Feed on
Posts
Comments

Acredito que temos duas possibilidades ao lidar com conhecimento.

1372901922_524663377_1-Manutencao-de-Hardware-e-Software-Bento-Ribeiro

A narcísica –  atualmente mais vigente e comum: conhecer por conhecer, o que nos leva quase diretamente a assuntos e menos a problemas.

Ao fortalecimento do valor de “autoridades” que sabem muito, mas colaboram pouco para a redução de sofrimento da sociedade.

Tal linha permite e leva a um isolamento maior e ao fechamento do conhecimento por escolas isoladas.

A relacional/dialógica- uma visão mais ética e engajada que seria: conhecer para reduzir sofrimentos, o que nos leva NECESSARIAMENTE ao estudo de problemas.

Ao fortalecimento do valor de novas autoridades, que geram valor pela capacidade do sofrimento que reduzem.

rh-mindset-is-everything-620x330

Tal linha leva a um isolamento menor e a procura de abordagem mais interdisciplinar.

Diria que esta é uma questão filosófica da ciência e, no fundo, do propósito das organizações e do ser humano.

Porém, estes dois pólos oscilam, conforme a conjuntura tecno-cognitiva.

Quanto mais centralizada for a circulação de ideias da espécie, mais teremos um aumento da taxa de narcisismo das organizações, incluindo a ciência.

E vice-versa:

Quanto, mais descentralizada for a circulação de ideias da espécie, mais teremos um aumento da taxa de diálogo das organizações, incluindo a ciência.

A grande batalha hoje é a expansão de um novo modelo de governança digital na ciência, que nos leva a uma produção de conhecimento mais dialógico, com a, valorização daquelas “autoridades” mais voltados aos problemas da humanidade, com foco na redução de problemas.

É isso, que dizes?

Conjuntura cognitiva – momento do pêndulo cognitivo, em contração ou expansão;

Governança digital – modelo de governança da espécie influenciada e condicionada pelo, ambiente cognitivo;

Muitos acham que a Internet está mudando apenas a comunicação.

Sim, está.

Mas a comunicação é a base das trocas humanas.

Se mudamos a maneira que trocamos, mudamos a forma como nos organizamos para trocar.

Assim, não estamos mudando a comunicação, mas como nos organizamos.

E isso é o centro do que deve ser discutido ao pensar o futuro.

Que têm tecnologias que quando chegam mudam a forma como nos organizamos.

 Vou trabalhar aqui com o problema das organizações intermediadoras, aquelas que não são produtoras diretas, mas intermediam processo e produtos.

1324860738515_scrapeenet

Hoje, como detalhei aqui, vivemos crises diferentes com a chegada da Revolução Cognitiva:

  • Em países centrais e periféricos (não leve para o lado moral, apenas referência econômica);
  • E dentro deles das diferentes organizações, como detalhei aqui.

O ambiente cognitivo analógico passado deu a elas, ainda mais com o aprofundamento da contração cognitiva, forte poder de mídia e de mercados.

A intermediação, que tem um custo, foi pesando sobre a sociedade, que não tinha alternativas para estabelecer novas bases de troca, pois faltava canais para que isso pudesse ser feito e, ao mesmo tempo, confiança.

A crise da indústria de intermediação como um todo é justamente o poder que as tecnologias cognitivas reintermediadoras que estão se modificando têm para modificar a equação cognitiva na sociedade.

Cria-se um novo modelo de confiança, que mata o modelo de confiança do passado.

Note que a intermediação é, basicamente, a venda de confiança de que uma ponta pode trocar com a outra. E quem carimba/viabiliza essa confiança é o intermediador, cobrando um preço para isso.

blind-guides.jpg-w=538&h=403

A confiança/serviço de intermediação que era vendido perdeu o valor por dois motivos:

  • – abriu-se canais horizontais, que eram fechados, reduzindo o custo das trocas;
  • – e criou-se um novo modelo de avaliação dos produtos e serviços, via karma digital.

 O valor dos intermediadores analógicos-impressos despencou, pois eles não são mais necessários, ficando cada vez mais caros e ineficientes.

É uma indústria em extinção, que precisa se reinventar.

No Brasil, na América Latina, estamos vivendo uma bolha econômica-tecno-cognitiva, pois há uma ascensão de novos consumidores, que passam a operar com os antigos intermediadores, mas só um período, pois os que vão se incluído tecnologicamente tendem a optar pela nova intermediação digital, mais barata e eficaz.

É um caminho que leva ao abismo.

É preciso se reinventar por completo e isso não é nada fácil.

Que dizes?

 

Além da dialética demografia-governança, é preciso entender outra relação de causa e efeito e efeito causa, que é a relação entre governança, confiança, trocas e ambientes cognitivos.

2359253617_ab47306a0d

Somos uma espécie social e só sobrevivemos em grupo.

A qualidade das trocas define radicalmente o sucesso da espécie, de cada região, país e pessoa.

Uma sociedade precisa, então, criar organizações em quem confie.

Quanto mais houver confiança da população nas organizações, mais a sociedade tenderá a prosperar e vice-versa.

(Quando falo em confiança não é uma confiança de questionários, do que se diz, mas uma confiança do que se realmente faz. Confiar se vê nos gestos e não nas palavras)

A confiança, portanto, é o DNA das trocas humanas.

  • Só trocamos com quem confiamos,.
  • Quanto menos confiamos, menos trocamos e vice-versa.

E isso vale para tudo.

(Obviamente, que há transtornos emocionais no caminho, que é manter trocas em quem não confiamos e estão nos decepcionando o tempo todo mais isso é um campo mais da psicanálise e para distúrbios políticos-sociais.)

1188175285_belford_roxo_014

Assim, a equação confiança/governança/troca é construída, a partir do ambiente cognitivo que temos disponível.

Ou seja, há um equação entre:

Tecnologias cognitivas que definem o modelo de confiança e, por sua vez, o da governança, que, enfim, define o modelo padrão das trocas.

E é isso o mais difícil entender nas consequências da atual Revolução Cognitiva.

O que está mudando radicalmente é como as pessoas estão criando um novo modelo de confiança na sociedade, a partir de novas tecnologias cognitivas, que matam o modelo atual de governança, que foi estabelecido por um outro modelo troca-confiança.

Note que todas as atuais organizações são moldadas pro uma governança, na qual a confiança é mais vertical, que moldou as organizações atuais, através de um modelo de intermediação.

A possibilidade de:

  • – da massificação de trocas horizontais de todos os tipos;
  • – e os rastros e karma digital, que permite que os pares avaliem produtos, serviços, pessoas e organizações estabelece as bases para uma nova governança.

Como precisamos trocar por necessidade vital de sobrevivência, selecionamos organizações que promovem a intermediação das trocas, que se estabelecem dentro do ambiente tecnológico de confiança possível.

trust

Quando mudamos o ambiente cognitivo e estabelecemos tecnologias que nos permitem confiar de outra maneira, de forma mais eficaz, o modelo anterior começa a ruir para dar lugar a outro mais compatível.

O ambiente cognitivo analógico-impresso criou um ambiente de confiança baseado na intermediação entre serviços e produtos, no qual a organização estabelecia um padrão de confiança que já não mais se baseava em algo consistente, mas cada vez mais artificial, que é uma das consequências de um longo processo de contração cognitiva.

As organizações eram (e ainda são) muito mais fumaça do que fogo.

Hoje, as pessoas estão criando um novo modelo de confiança, que chamei de confiança digital, dentro de um novo ambiente cognitivo de trocas, e vão querer que as organizações sigam esse modelo, não mais na governança atual, mas em uma nova governança.

Este é o genoma principal para entender onde estamos e para onde vamos.

O que dizes?

É preciso para analisar os impactos da Revolução Cognitiva Digital na sociedade estabelecer uma diferença entre vários tipos de organização. As intermediadoras e as produtoras. E as produtoras com alta ou baixa taxa de inovação. As mais afetadas serão, pela ordem: as intermediadoras, as produtoras com alta taxa de inovação e, por fim, as produtoras com baixa taxa de inovação.

Clipboard07

A saber:

  • – as que produzem diretamente para a sociedade, com uma baixa taxa de intermediação;
  • – e as que geram valor intermediando produtos e serviços.

As primeiras são afetadas parcialmente e mais no longo prazo.

E as que intermediam são afetas totalmente e mais no curto prazo.

Temos ainda nas produtoras as de produtos primários, que alteram pouco a natureza, tais como minério, petróleo, produtos agrícolas, etc.

E as que transformam muito a natureza, tais como produtoras de equipamentos elétrico-eletrônicos.

As primeiras serão menos afetas, pois a taxa de inovação exigido é menor do que a dos outros.

cerebro-acorrentado

Note que há dois movimentos que se alteram fortemente em uma Revolução Cognitiva:

  • – o aumento radical da taxa de inovação da sociedade, em função da horizontalidade das trocas permitidas pelo novo ambiente cognitivo;
  • – E a reintermediação, que mata antigos intermediadores, criando um novo modelo de reintermediação.

Ambos afetam fortemente os negócios, conforme a área de atuação.

É isso, que dizes?

 

 

A base da compreensão da Revolução Cognitiva é a relação que se estabelece entre demografia e capacidade de governança.

reproductive-ethics

Quanto mais aumentarmos o número de habitantes mais sofisticada terá que ser a nossa capacidade de governança.

Um aumento de um para sete bilhões de habitantes nos últimos 200 anos, por exemplo,  nos levou a uma latência tecnológica cognitiva.

Ou seja, o ambiente cognitivo que permitiu o salto de 1 para 7 e a governança que adotamos não é mais capaz de gerenciar com eficácia a nova complexidade demográfica.

Vivemos, então, uma latência por mudanças profundas, que não sabemos exatamente qual é, pois nos falta a percepção que somos uma tecno-espécie, moldada e potencializada por tecnologias, principalmente as cognitivas.

E que determinadas crises só serão superadas com a implantação, massificação, adoção e aperfeiçoamento do uso de novas tecnologias cognitivas, que nos apontam caminhos para uma nova governança.

O século XXI será marcado por essa dialética e viverá crises e conturbações no momento de passagem da governança analógica, fundada no ambiente impresso e mídias de massa fortemente verticalizada no fim do movimento de contração cognitiva, o que eu chamei de pêndulo cognitivo.

Superpopulation_India

Para a construção da governança digital, marcada por um forte movimento de  horizontalização, que nos leva à um movimento de expansão cognitiva.

É isso, que dizes?

Bom, estarei diante de empresas de turismo que vão me perguntar o que fazer.

97jw0bao4w_zxicygrfm-ctd-2f9fuus5ku0irykghc

O que eu sugiro como atuação no Brasil:

  • 1- colocar a Revolução Cognitiva como o fator estratégico mais importante para os negócios;
  • 2- criar um projeto de carteira de inovação, que preveja três níveis: atender ao cliente mais excluído, o mais ou menos e o incluído na Revolução Cognitiva para cada um é preciso pensar produtos diferentes;
  • 3- os produtos pensados para os incluídos na RC devem ser feitos dentro de um laboratório digital participativo, que vai produzir inovação radical, o que não é possível, conforme constatei nos últimos anos, dentro das organizações;
  • 4- este laboratório pode ser feito por uma ou mais empresas de forma integrada para poder sobreviver no mercado, inclusive com aporte financeiro de investidores de risco, não excluindo a compra de startups e projetos inovadores promissores;
  • 5- a carteira de inovação deve prever portas de passagem entre os diferentes perfis de usuário para, conforme vão se empoderando das novas tecnologias, irem migrando de projetos incrementais para os radicais.

Conselho:

Não se iludir com o atual bolsão conservador cognitivo no Brasil, pois o excluído de hoje vai procurar ser o incluído de amanhã que pode não ser a sua organização.

Quando falamos em Revolução Cognitiva estamos falando da massificação de tecnologias cognitivas reintermediadoras em todo o planeta, de forma distintas entre regiões e dentro de segmentos da população em cada uma delas.

tendencia

De maneira geral, podemos dizer que Revoluções Cognitivas vêm para a sociedade para tornar mais complexo o ambiente cognitivo da sociedade para viabilizar, em um futuro próximo, um novo modelo de governança da sociedade.

Assim, podemos dizer que temos duas fases, que chamei de pêndulo cognitivo, uma de contração, ao final de uma Revolução Cognitiva e outra de expansão, a que estamos entrando agora.

Na expansão, que é o que interessa, vamos revisar e mudar as crises criadas pela contração, a saber:

  • empoderamento do cidadão/consumidor, que forçará a quebra do narcisismo das organizações, através do aumento radical das trocas horizontais;
  • reintermediação de processos – retirando tudo aquilo que é desnecessário e não gera valor, alterando assim todos os canais de troca, sociais, políticos e econômicos.

foco (1)

 

Estas, a meu ver, são as fortes tendências, que podem ser vistas como o DNA das principais mudanças que estamos assistindo.

  • Consumidores imersos na Revolução Digital: As organizações que estão vivendo em regiões ou atendem exclusivamente regiões ou camadas da população que estão fortemente incluídas na Revolução Digital precisam urgente rever seu modelo de negócios, pois há um crescente número de novos players criando novas alternativas, através da reintermediação de processos e estabelecendo uma relação mais horizontal com os consumidores.
  • Consumidores ainda não imersos na Revolução Digital: As organizações que estão vivendo em regiões QUE NÃO ATENDEM exclusivamente regiões ou camadas da população que estão fortemente incluídas na Revolução Digital precisam rever seu modelo de negócios, em paralelo criar alternativas para não perder seus antigos clientes, criando ponte entre estes e os novos.

Todos os setores que trabalharam como intermediadores de processos, fazendo a ponte entre o consumidor e um determinado produto e serviço serão bypassados, pois o novo valor será feito pelo acesso direto do consumidor-cidadão ao produto e serviço.

Como isso é feito?

Há o que chamei de confiança digital, dentro do trinômio cognitivo.

O grande problema que justificava o intermediário era que o consumidor desconfiava de um dado produto e serviço e precisava de um intermediador para carimbar um selo de qualidade de confiança nele.

trust (1)

O grande papel das concessionárias de veículo, da venda de usado, dos taxistas, do aluguel de apartamento de temporada, de hotéis, de restaurantes, de serviços de conserto de casa era que alguém precisava dizer que aquele fornecedor era de confiança para não ser ludibriado.

O modelo atual de confiança analógica exigia para esse tipo de troca a necessidade o intermediador, que exercia um papel cartorial na sociedade, “carimbando” os prestadores de serviço, prestando um relevante trabalho, porém encarecendo o mesmo.

A grande novidade de uma Revolução Cognitiva na sociedade, em todas elas, é que a nova tecnologia cognitiva abre a possibilidade de trocas horizontais para “matar” o antigo intermediador, cirando um novo patamar de confiança nas trocas horizontais.

Todo o ambiente de negócios pré-Revolução Cognitiva é afetado pela quebra da intermediação, pois novos modelos surgem e surgirão para mostrar que é possível fazer negócio entre pares, que antes não confiavam entre si.

A escrita, por exemplo, criou as bases para os contratos a distância, por exemplo, o que deu um salto gigantesco no comércio internacional.

Como isso é possível agora?

A grande mudança que temos hoje é a possibilidade da confiança digital, pois hoje um usuário é capaz de qualificar facilmente o serviço prestado por outro, deixando um rastro e criando um karma digital do prestador.

Esse é o pulo do gato para se “matar” o antigo intermediador.

Como vemos na figura abaixo a mudança:

tendencias_RC

 

Note que há uma reintermediação, através de um novo modelo de negócios, cuja as trocas passam a ser feitos cada vez com menos intensidade pelos atuais intermediadores, que perdem fortemente o valor.

Para lidar com isso é preciso atuar em três frentes:

a) fazer a inovação incremental para quem ainda está fora da Revolução Digital;

b) fazer a inovação radical para quem já está nela;

c) fazer a inovação radical uma estrada natural para aqueles que estão sendo incluídos.

Veja mais conselhos aqui.

É isso, que dizes?

 

 

 

Vivemos em todo o mundo e em especial nos países periféricos o que vou chamar de Conservadorismo Cognitivo.

blind-guides.jpg-w=538&h=403

Vou detalhar na minha lista de conceitos, Conservadorismo Cognitivo da seguinte maneira:

Estratégias voltadas a tirar e manter o máximo possível o ambiente cognitivo pré-revolução cognitiva digital, que atinge organizações de todo o tipo, sejam públicas ou privadas, incluindo fortemente o governo.

Isso no Brasil tem acontecido fortemente, pois temos dois movimentos em conjunto ocorrendo:

  • a inclusão social, política e econômica de camadas excluídas socialmente, que ocorre em toda a América Latina, em função da continuidade da democracia, que faz com que os despossuídos passem à prioridade;
  • a Revolução Cognitiva Digital que atinge fortemente a camada social com mais posse, criando novos modelos de troca, que irá influenciar todo o resto no futuro.

Há, assim, dois movimentos em paralelo o que leva as organizações a uma escolha de Sofia, pois precisariam ter uma dupla ação:

  • Mais emergencial e operacional – atender a forte demanda que vêm dos setores excluídos da Revolução Digital, que estão experimentando os velhos métodos de consumo;
  • Mais estratégica – e procurar atender a demanda dos novos setores, que estão se bandeando para os novos fornecedores do mercado, mais antenados com a Revolução Digital.

image005

Como já disse, o problema é que o setor incluído digitalmente é o futuro e vai puxar o excluído e não o contrário.

Podemos dizer, assim, que o “bolsão de excluídos digitais” que estão consumindo hoje no Brasil os produtos e serviços que estão sendo deixados de lado pelos incluídos tem uma data de validade, pois os excluídos de hoje ou os incluídos parcialmente serão os totalmente incluídos de amanhã.

E isso os leva aos braços de outros fornecedores, que estão criando inovações radicais dentro da tendência aberta pela Revolução Cognitiva Digital.

Note estas notícias do Valor, por exemplo, no setor do turismo:

cvc

Os motivos da melhoria dos lucros nos levam a um uso da Internet sem ainda as plataformas digitais, mas reforçando o trabalho de intermediação – o que acaba por repetir o modelo que já vinha sendo feito antes dela. Ou seja está se beneficiando do problema dos excluídos e os semi-incluídos, mas não está abrindo novas portas para o futuro. A camada mais incluída e com mais poder econômico está indo para plataformas participativas fazendo turismo de forma direta, longe do atual modelo de negócio atual.

É um abismo próximo.

 

Que dizes?

Ao procurar analisar tendências futuras no mundo, temos que entender os efeitos das tecnologias cognitivas reintermediadoras, que ganham cores diferentes em países centrais (com menos desequilíbrio de renda entre os mais ricos e pobres) e periféricos (com mais desequilíbrio de renda entre os mais ricos e pobres), que tenderão a ser menos influenciados pelas novas tecnologias disponíveis.

Women on a Seesaw on Littlehampton Beach, 1930

Nos países mais equilibrados economicamente nas três camadas cognitivas. As exceções ficam pelos tecno-resistentes (idosos e ou tecno-fóbicos, tecno-traumatizados) e não por falta de recursos para aderir.

No caso de países periféricos, onde se inclui o Brasil, temos que analisar a situação de outra maneira, pois temos as três camadas bem marcadas: excluídos, parcialmente incluídos e totalmente incluídos.

distribuição-de-renda

Os efeitos das tecnologias cognitivas reintermediadoras vão se acelerar muito na camada com mais posses e serão muito pouco aproveitada pela camada com menos posses.

E isso vai gerar uma falsa percepção e uma falsa tendência, pois haverá a possibilidade de se trabalhar com as camadas excluídas e parcialmente incluídas, que continuarão sendo “bolsões pré-Revolução Cognitiva Digital“, o que que retardará os efeitos da mesma.

Porém, as classes mais ricas estarão mais e mais se utilizando do novo ambiente, criando um fosso e um sério problema de estratégias para as organizações, pois terão que, de alguma forma, atender a demanda do novo ambiente e – ao mesmo tempo – conseguir manter para os excluídos e os parcialmente incluídos.

Vejo claramente que jornais e diversos setores da sociedade, onde se inclui o turismo, apostando nas camadas dos excluídos e dos parcialmente incluídos, como se fosse um “pré-sal que ainda não foi atingido pela Revolução Cognitiva”.

Imaginam que o que acontece nestes novos setores, que estão vivendo, no caso do Brasil, uma inclusão radical da população, algo que será para sempre e que as nova tendências não atingirão TAMBÉM esta camada.

Não estão construindo uma ponte harmônica entre os três segmentos, deixando para um novo fornecedor a criação do futuro, o que é um suicídio anunciado.

foto

E fazendo desse fato algo que justifica uma estratégia conservadora, sem conseguir perceber, ou não querer ver, que o seguimento totalmente incluído já migrou para outro fornecedor mais antenado com o futuro.

O problema disso tudo é que a Revolução Cognitiva não volta para trás.

Ou seja, o incluído totalmente não voltará para trás e sempre irá adiante, influenciado todo o resto nesse caminho, deixando os que apostarem nesse “bolsão do passado” a ver navios.

Isso se agrava muito no Brasil em função do conservadorismo cognitivo que está bebendo da mesma água, que falarei no próximo post.

Que dizes?

Quando vivemos uma Revolução Cognitiva começamos um movimento de mutação cognitiva da espécie, pois passamos a ter uma nova governança. Tecnologias Cognitivas têm esse poder, conforme estamos estudando aqui neste blog.

gostei-e-agora-gelatina-colorida-camadas-rainbow-jello-04

Uma Revolução Cognitiva é um movimento  provocado pela massificação de uma nova tecnologia cognitiva reintermediadora.

E isso é diferente, por exemplo, de uma pandemia ou de uma crise econômica, que atinge uma região, um país ou uma dada empresa.

Uma Revolução Cognitiva atua, assim, e se dissemina inicialmente para aqueles que começam a usar de forma intensa e, com cada vez mais, propriedade a nova tecnologia: isso atinge primeiramente, de maneira geral, classes economicamente com mais recursos e jovens, que gostam de novidades.

Assim, para analisar tendências futuras, temos que criar uma nova forma de dividir as sociedades e todo o planeta daquelas pessoas e regiões que já estão usando de forma plena, ou não, a nova tecnologia para analisar tendências presentes e futuras.

Podemos, assim, dizer que em uma Revolução Cognitiva temos três camadas:

  • Os excluídos – os que não usam absolutamente a nova tecnologia cognitiva reintermediadora;
  • Os parcialmente incluídos – os que já usam, mas não com segurança e desenvoltura a nova tecnologia cognitiva reintermediadora;
  • Os totalmente incluídos –  que já usam com segurança e desenvoltura a nova tecnologia cognitiva reintermediadora;

Como vemos na figura abaixo:

CAMADAS_COGNITIVAS

 Em países em que há um equilíbrio econômico maior, a separação entre a primeira camada e a última tende a ser bem pequena, pois o elemento resistência tecno-cultural é o único porém  da exclusão, reduzindo o fato econômico-social.

No caso do Brasil e países com desequilíbrios sociais e econômicos, isso é bem diferente, como veremos no post a seguir.

Que dizes?

Falei aqui da atual crise da ciência e seu desdobramento.

f2

Além de todas as questões abordadas ali, podemos dizer, principalmente na área humana, que os estudos acadêmicos se voltaram para assuntos, verdadeiros sacos sem fundo, de pouco interesse e valor para a sociedade.

Quando temos Revoluções Cognitivas há uma abalo no narcisismo organizacional e o estudo de assuntos vai ficando algo cada vez menos valoroso.

Há o início de uma forte pressão da sociedade para que os estudos se voltem, novamente, para onde o calo aperta: os sofrimentos e as suas soluções.

Obviamente, que não se pode resumir estudos apenas em problemas ligados a sofrimentos, pois existem pequisas que podem de forma aleatória ajudar nessa direção, mas é preciso trabalhar com taxas.

Diria que hoje 70% lida com assuntos e 30% com problemas, talvez na área humana, seja ainda maior. É preciso inverter essa relação, aumentando o esforço de estudos que ajudem a reduzir sofrimentos.

Hoje, fica a critério de cada pesquisador o que ele deseja estudar e não há um programa de problemas escolhidos pela sociedade que gostariam de ver seus pesquisadores – pagos por ela inclusive – se debruçarem.

isolamento

A mudança profunda da ciência é que ela vai ser mais e mais pressionada por soluções e isso vai nos levar as mudanças em direção a uma nova governança e uma nova forma de se produzir conhecimento.

É isso, que dizes?

Bom, quem lê o blog sabe que o trilho principal é a filosofia tecno-cognitiva, que parte da hipótese que o ser humano é uma tecno-espécie.

vx477nkd-1350018704

Muitos que se aventuram no âmbito da relação das tecnologias e da sociedade cometem o equívoco de não levar em conta a Escola de Toronto, que deixa claro o quanto somos dependentes e influenciados pelas tecnologias cognitivas, principalmente as reintermediadoras, que quando se massificam causam Revoluções Cognitivas.

Assim, precisamos graduar as tecnologias e isso é uma tarefa difícil, mas vou tentar uma primeira hipótese, dividindo-as em três. O critério é o efeito que causam na espécie no futuro. Quanto mais efeito causar, mais alto é a sua quantificação. Assim, teríamos:

  • – Nível 1 – as tecnologias genéticas –  que podemo mudar a espécie diretamente, criando premeditadamente mutações;
  • – Nível 2- as tecnologias cognitivas – que alteram a forma das trocas sociais, a partir da potencialização do cérebro, gerando mudanças profundas na governança da espécie e em todo o modelo de organização da sociedade;
  • Nível 3- as outras tecnologias – que alteram nosso potencial físico, criando um aparato de aparelhos que reduzem o nosso esforço, com menos desgaste de energia.

Todas são relevantes, mas cada uma, ao ser utilizada e ao se massificar, nos leva e levará a mutações gradativas mais ou menos rápidas da espécie.

É isso, que dizes?

 

Não podemos lidar com aquilo que não compreendemos.

Vista

Este talvez seja o principal recado do século XXI para a nossa espécie.

Existem novas forças atuando que não conhecemos a fundo e estamos tentando lidar com elas como se fossem conhecidas.

Nossas metodologias de abordagem parecem uma escada voadora, não tem chão, não encosta na parede.

  • O chão é a filosofia que nos permite compreender melhor o ser humano, que mostra uma nova faceta nesta nova era – a sua co-dependência profunda das tecnologias, em particular das cognitivas, como uma tecno-espécie.
  • A parede a teoria que vai analisar como essa força já modificou a sociedade e como podemos criar metodologias para lidar com ela.

Só podemos lidar com a Revolução Cognitiva Digital quando a compreendermos o seu DNA e seu possível desdobramento para o futuro. E isso nos leva a estudar o passado, em particular em rompimentos similares, como a chegada do alfabeto e da prensa, como fez a Escola de Toronto.

stylehive.com-il_430xN.48248526

 Ou seja, a meu ver, estamos vivendo hoje uma mudança no que chamei da filosofia da filosofia, a base pela qual compreendemos o ser humano, o que nos leva a uma crise profunda de percepção.

Ou seja, tudo que pensávamos sobre nossa maneira de estar no mundo sofre um abalo, pois não somos a espécie natural que pensávamos, mas uma tecno-espécie FORTEMENTE influenciada pelas tecnologias, ainda mais as cognitivas.

Enquanto esse conceito não se disseminar e começar a frutificar novas filosofias, teorias e metodologias, que chamei de triângulo do conhecimento, estaremos gastando rios de dinheiro com tentativas de “domar” as mudanças do novo século sem sucesso.

aquisicao_maior

Por isso, quando passamos a dominar as causas e consequências de uma Revolução Cognitiva incorporamos ao nosso arcabouço metodológico a capacidade de lidar e atuar de forma eficaz nas suas consequências.

Esse é um grande desafio.

Que dizes?

Gostei muito do vídeo abaixo do prof. Luiz Alberto Oliveira.

O que ele tem de interessante:

  • – toca na questão da tecnologia e sua relação com a cultura;
  • – aponta a espécie humana como objeto de estudo;
  • – lembra os saltos demográficos como algo relevante;
  • – introduz também a questão da mutação.

Ele parte de Hanna Arendt e Paul Valéry que tocaram na relação tecnologia e cultura, de formas diferentes. A primeira no livro “Condição humana” e o segundo em poesia.

Há algumas questões a discutir.

  • Somos seres tecnológicos agora ou sempre fomos uma tecno-espécie?
  • E quais são as diferentes tecnologias e seus efeitos na sociedade?

Alberto Oliveira ainda não foi provocado pelas hipóteses, pelo menos não percebi no vídeo, pela Escola do Toronto, que aborda os efeitos das tecnologias cognitivas na sociedade.

Ele destaca, entretanto, algo que não está lá já tinha lido faz tempo em artigos antigos do Clay Shirky, que são os efeitos na espécie das pesquisas da biotecnologia e nossa capacidade de mudar os códigos genéticos da espécie, que ele considerava algo, em termos de consequência, ainda maior que a Internet.

Concordo.

Technology-guru-Clay-Shir-001

Tal perspectiva de mudar o humano e que nos cerca nos códigos genéticos nos leva a não ter mais uma base para dizer aquilo que somos e sempre seremos.

Partimos para algo mutante e indefinido.

Isso é um ponto de reflexão que ele resgata e acho interessante, ainda mais, mais para o final, o exemplo de como podemos alterar a espécie para viver em Marte, por exemplo.

Acredito, como ele, que vivemos hoje uma dupla crise, mas apontaria diferenças:

  • – de mutação real da espécie, que identifico como o grande pólo a expansão cognitiva, a partir das novas tecnologias que expandem nosso cérebro;
  • – e, por sua vez, fatos que não se encaixam mais no modelo filosófico-teórico-metodológico do passado, gerando uma crise paradigmática, na qual a relação humanidade-tecnologia tem que ser profundamente revista.

Uma revisão tão profunda e alteradora das ciências humanas tal como a teoria de Darwin sobre a evolução ou de Freud sobre o inconsciente.

O vídeo é interessante, recomendo.

Que dizes?

Ciência 3.0

Todo o processo de produção incremental que faz sentido em um momento de contração cognitiva deixa de valer na expansão e na necessidade de inovação radical! O que se precisas agora é uma “mesa” que permita, de novo, “embaralhar as cartas”.

nanotubo-imagem-michael-strock-cc-3.0-by-sa

Acredito que o principal elemento para entender o futuro é compreender os efeitos de tecnologias cognitivas reintermediadoras na sociedade.

Para isso, recomendo o aprofundamento na Escola de Toronto, na qual vamos ver o efeito do alfabeto, da escrita, da fala, dos meios de massa e da Internet, já com Pierre Lévy. Criando uma nova maneira de pensar o ser humano, através da filosofia tecno-cognitiva acabei chegando no conceito do pêndulo cognitivo em processos longos de expansão e contração cognitiva.

  • Na contração cognitiva, as ideias ficam mais controladas, a taxa de inovação radical ou disruptiva cai vertiginosamente;
  • Na expansão cognitiva, as ideias ficam descontroladas e a taxa de inovação radical ou disruptiva sobe vertiginosamente.

pendulo

O problema é que as organizações se moldam, a partir desse macro-cenário.

  • Quando há a contração cognitiva elas se voltam cada vez mais para elas mesmas, criando monólogos, sendo cada vez mais conservadoras e repetidoras em uma sociedade controlada e controladora;
  • Quando há a expansão elas se vêem obrigadas a resgatar o diálogo com a sociedade, tendo cada vez mais que adotar posturas inovadoras e transformadoras em uma sociedade descontrolada e disruptiva.

Note que na academia toda a estrutura de produção do conhecimento hoje é voltada para mudanças incrementais e não radicais, o que explica ser:

  • – dividida muito mais por áreas e não problemas, com seus autores e conceitos “enjaulados” em um campo de estudo;
  • – a seleção de novos pesquisadores, tanto para pesquisar e reproduzir conhecimento visam e procuram um perfil muito mais repetidor do que inovador (isso tem mudado nas verdadeiras escolas de ponta e de excelência), pois este foi o molde criado ao longo da contração cognitiva. A escolha atual é sempre auto-referenciada em quem pode repetir e não desconstruir;
  • – o critério de avaliação do que é bom e estimulado ainda está baseada nas auto-referências da própria organização e seus pares, mas não no impacto da leitura, comentários, curtidas, encaminhamentos, estrelas pela sociedade, bem representados por tentativas de referência como o Klout ou o sobe desce nas pequisas do Google;
  • – e, por fim, os textos produzidos têm que articular e se referenciar no universo conhecido no passado e em um campo determinado, tanto na forma como no conteúdo, o que nos leva a uma dificuldade de produzir ideias disruptivas.

A dicotomia entre o que a sociedade precisa e o que as organizações de conhecimento oferecem é um abismo profundo!

No passado, quando tivermos revoluções cognitivas como a atual digital, podemos citar duas:

  • a do alfabeto grego – que nos levou à filosofia e a primeira experiência da democracia, que podemos chamar de renascimento grego;
  • – e da escrita impressa – que nos levou à chegada da segunda experiência da democracia e a revisão filosófica, que podemos chamar de renascimento europeu.


Neste dois momentos de expansão cognitiva, em função de uma ruptura tecnológica, todo o processo de produção incremental que fazia muito sentido em um momento de contração cognitiva deixou de valer. E se cria uma nova demanda em função da expansão cognitiva e da necessidade de inovação radical do pensamento da sociedade!


O que se precisas agora é de uma nova “mesa” que permita, de novo, “embaralhar as cartas”.

embaralhando-um-baralho-corretamente (1)

Há um resgate de ideias antigas fundadoras, mas um desprezo pelas amarras que a produção conservadora, fruto da contração cognitiva, provocava. Foi preciso criar um espaço off-produtor, no caso do papel impresso, que nos trouxe Espinoza, Bacon de Descartes, por exemplo, ou Sócrates, Aristóteles e Platão, que vieram de fora da academia e não de dentro.


Vivemos hoje um momento similar.

Há uma incapacidade de compreender e pesquisar o mundo atual de dentro da academia, pois as barreiras departamentais, os ritos de produção, continuidade, ingresso dos pares e difusão de conhecimento foram pensados, principalmente na área humanas, para pesquisas incrementais e não disruptivas, que é o que precisamos hoje.

Os poucos pensadores de fora da academia, que estão na resistência, utilizando de ferramentas de publicação digital estão indo muito mais longe e sendo muito mais úteis para a sociedade do que departamentos universitários inteiros.

negociacion1

As bases de uma nova forma de produzir conhecimento precisam ser estabelecidas e incorporadas pela ciência, principalmente na área humana.

Vários centros de produção de conhecimento do mundo têm procurado esse novo espaço, com muito pouco eco no Brasil.

As bases, assim, da ciência 3.0 vão começar de fora da academia para dentro. A crise ainda não chegou a sua fase mais aguda. Mas caminha para isso e as respostas, até o momento, são de resistência e negação, tanto na área pública e pasmem na privada.

Que dizes?

 Sempre brinco que piloto automático anda bem na reta, mas tem dificuldade nas curvas.

history-channel-cacador-de-reliquias

Gosto muito daquele seriado da tevê “Caçadores de relíquia”.

Eles saem pela estrada à procura de garagens perdidas para comprar objetos raros.

Quanto mais raro e barato, mais lucram ao final.

O problema das organizações atuais é que elas querem inovar, mas querem inovar com grife. Ou seja, querem comprar barato e vender caro, mas dentro de um shopping center.

Todas as grandes inovações não surgiram das grifes principais.

Uma instituição de pesquisa ou de consultoria que monta a sua grife, um prédio grande, passa a ter um custo fixo e “um nome a zelar” e por causa disso começa a se comprometer a resolver cada vez mais os problemas presentes.

Caçadores-de-relíquias-moto

Os problemas de curto prazo, pois tem contas a pagar no final do mês. E algo mais distante não vale o investimento.

Esse tipo de organização de pesquisa e de consultoria, que tem grife, vai se arriscar pouco em algo de médio e longo prazo, ou em inovações mais radicais, pois a rede que está sendo montada visa repetir e gerar caixa rápido.

Isso se justifica e eu diria muito em momentos da história em que o mundo está na bonança, em céu de brigadeiro e pode-se ligar o piloto automático.

O problema que me parece claro é que estamos diante de algumas guinadas da história, a partir da chegada da Internet, que continuar indo em frente na estrada, pode levar para um abismo.

Sempre brinco que piloto automático anda bem na reta, mas tem dificuldade nas curvas.

Assim, como os caçadores de relíquia, as organizações que querem inovar precisam caçar novas percepções não no shopping center, mas ir para as garagens.

Procurar fora do eixo das grande marcas, novas ideias que possam trazer  nova luz no horizonte.

american-pickers

Um livro interessante sobre isso é o do Thomas Kuhn “A esrutura das revoluções científicas”, no qual explica que nas quebras de paradigmas, geralmente, as novas ideias promissoras vem de fora das instituições formais, que rejeitam inovações.

Quem não sair das garagens oficiais, não vai encontrar nada de muito diferente.

É preciso ter um espírito de aventura e ter capacidade de discernir o que pode ser bem interessante, apesar da falta de grife oficial.

E isso na Internet significa vasculhar novas ideias, blogueiros, canais do Youtube, twitter, gente que está off-mídia, que pode ter algo diferente a oferecer, tanto em termos de ideias, produtos e serviços.

Ousar é preciso, se quer uma inovação mais promissora!

Ou seja, as organizações querem muito inovar e criar algo diferente, desde que a inovação entre pela janela e caia no seu colo, prontinha e de banho tomado.

É ruim, né?

Que dizes?

 Quanto maior for o air bag, mais o micro empreendedor poderá apostar em uma estratégia de médio e longo prazo e vice-versa.

air-bag-6

O pior problema para um microempreendedor é se ver apertado pela falta de dinheiro.

E isso te tira o foco e te leva para ir para a emergência do “topo tudo por dinheiro”.

Emergência significa pegar qualquer coisa para se manter vivo.

Diria que um microempreendedor precisa de um “air bag” financeiro para se manter tranquilo sem desesperar na época das vacas magras. 

Quanto maior for o air bag, mais ele poderá apostar em uma estratégia de médio e longo prazo e vice-versa.

E isso tem muito a ver com custos fixos também.

A tendência do microempreendedor é mostrar para os outros que ele está bem e isso o leva logo a querer ter escritório, sede própria.

arrogancia

Um grande aprendizado que tive ao longo dos 18 anos de empresa é que quem tem que ficar satisfeito com o resultado no final do mês é a sua conta do banco.

Isso é o que importa, os outros são os outros.

E não se vive para demonstrar nadas a ninguém.

Só consegui melhorar resultados quando vim trabalhar em casa, pois o tipo de trabalho que faço permitiu.

Treinamento e consultoria.

Acho que a ideia de ter equipes remotas e apostar em controles online é algo fundamental para quem hoje abusa que precisa de escritório e de equipe.

Um micro empreendedor digital que não aposta tudo no digital me parece um contra-senso.

O custo fixo de um escritório, ainda mais nos grandes centros tem que ser muito, mais muito justificado.

poupar-água

Um custo fixo te obriga a ter receitas fixas e isso te leva a ficar meio desesperado.

Qualquer estratégia vai para o saco.

Clientes rompem contratos no meio e nem sempre dá para romper um aluguel do mesmo jeito.

Além disso, todo o mobiliário comprado e depois revendido não vale nada.

Se a justificativa de montar escritório é válida, estude bem se não é o caso de dividir com mais gente ou passar um tempo em um destes escritórios virtuais.

Quanto menor for o custo fixo, mais você poderá continuar apostando nas estratégias de médio e longo prazo.

Que dizes?

O grande problema para um microempreeendedor, especialmente na área digital é saber qual é o negócio.

foco (1)

O que é preciso:

Gerar valor para alguma organização, o cliente que vai te contratar.

Ele tem um problema que precisa de uma solução.

Há apenas dois tipos de problema de uma organização, grosso modo:

  • – ou ela está gastando mais do que deveria em um determinado processo;
  • – ou está ganhando menos do que deveria, idem.

O resto é o resto.

O que é preciso é alinhar o seu produto nestes dois cenários e tentar mostrar os resultados que o seu negócio gera para o negócio dele. Isso tem que ficar claro como água.

Se você conseguir ajudá-la em uma destas duas questões já tens um bom caminho andado para começar.

foco (2)

Note que nem sempre o cliente está aberto para novidades.

Porém, se você focar nestes dois itens acima e concentrar os seus serviços em um ou em ambos, dificilmente alguém vai deixar de, pelo menos, te escutar.

É preciso, então, conhecer bem o problema do cliente e como ele pode resolver o seu balanço, gastando menos ou ganhando mais.

Se o resultado é secundário, ou vai levar um tempo, não importa, mas isso tem que ser colocado de uma forma clara.

Toda a divulgação deve se concentrar nestes pontos e mostrar o quanto ele vai te pagar e o quanto ele vai “ganhar” em cima do teu serviço.

Ninguém contrata ninguém sem imaginar que vai ganhar alguma coisa.

Assim,  teu negócio é melhorar a vida do teu cliente e quanto mais você gerar valor, mais trabalho vais ter e mais SEGURANÇA vai ter o seu negócio e vice-versa.

Que dizes?

 

O grande barato de ser um microempresário é a liberdade que um emprego de carteira assinada não tem.

obstaculo

Montei a Pontonet em 1995, na época que ninguém sabia direito o que era Internet.

Hoje, depois de 18 anos, tenho 400 projetos registrados em carteira, passei por diversas fases (fazedor de homepage, desenvolvedor de softwares na web e agora como gestor de inovação digital).

Muitos dirão que a empresa não bombou e que não estou rico.

Porém, sobreviver 18 anos no mercado, colocar três filhos da faculdade e ter apartamento próprio já é alguma coisa, num esforço meu e de minha mulher que é arquiteta também autônoma.

Diria que há dois preconceitos em curso:

  • a) de que montar microempresa é para quem não conseguiu lugar no mercado, discordo;
  • b) de que quem monta microempresa tem que ficar rico e se não ficar, é que fracassou, discordo.

liberdade

O grande barato de ser um microempresário é a liberdade que um emprego de carteira assinada não tem.

Faz parte do temperamento de cada um.

Desde que montei minha empresa, adoro a sensação de ter o mercado aberto para mim.

Não é só bonança, pelo contrário, mas o que já vivi aqui é algo que não tem preço.

Assim, a ideia de um microempreendedor que consegue viver e sobreviver com sua empresa é algo bem bacana para quem não se encaixa no mercado formal.

Ou seja, o primeiro passo é saber se você vive bem com a insegurança, se gosta de inovação, de risco, de emoções fortes ou tem aquele perfil mais acomodado?

Lazy man

A maior parte dos empreendimentos – ainda mais na área de serviços – visa a sobrevivência do microempreendedor, dando uma ou outra bola dentro, algumas bolas fora.

Assim, a primeira dica é: se você não tem um perfil de desafios e talvez um  espírito mais independente, pense bem antes de montar o seu negócio.

Que dizes?

 

Saltamos de um para 7 bilhões, tornando a demanda cada vez mais complexa e vamos precisar reintermediar uma série de agentes em todos os campos (economia, negócios, política) para tornar o modelo mais sustentável, a partir das novas possibilidades, que quebram antigos limites, das tecnologias cognitivas.

Coroa_Camada 1.gif São três leis:

  1. Toda vez que tivermos um aumento muito grande da complexidade da demanda, teremos que ter um ajuste na complexidade da oferta;
  2. O aumento da complexidade da oferta significará necessariamente a reintermediação (retirada de intermediários) de alguma parte do processo para ganhar agilidade, alterando o modelo de governança exercido;
  3. Quando tecnologias cognitivas permitirem essa reintermediação rapidamente e em massa em vários setores da sociedade, estamos diante de uma mudança radical da governança da espécie, pois o modelo da troca entre oferta/demanda será o novo padrão em toda a sociedade.

O fato é simples e aceitável. Um exemplo que tenho usado, fora do âmbito das tecnologias, é o restaurante a quilo. Aumento radical da complexidade da demanda obrigou os restaurantes a tirar do circuito o garçom e o cardápio, no fundo o cozinheiro, que fazia cada prato por demanda. O novo modelo tornou a complexidade menos complexa, dando ao usuário mais poder para decidir. Essa é a base da compreensão das mudanças da governança para o próximo século.

Saltamos de um para 7 bilhões, tornando a demanda cada vez mais complexa e vamos precisar reintermediar uma série de agentes em todos os campos (economia, negócios, política) para tornar o modelo mais sustentável, a partir das novas possibilidades, que quebram antigos limites, das tecnologias cognitivas.

monarquia-51 Obviamente, que na maior parte dos casos, o uso de novas tecnologias cognitivas permitem que esse processo de reintermediação seja feito.

Quando pensamos na nova governança digital, estamos falando em lidar com mais complexidade de uma nova maneira, reintermediando os atuais processo, eliminando intermediários e fazendo com que a troca dentre a demanda e a oferta sejam feitas de forma mais direta.

Analisem todos os casos e verão que esta é a anatomia das mudanças em curso. Assim, o que está impulsionando o mundo não é a tecnologia, mas a nova complexidade da espécie (de 1 para 7 bi), que viu nas novas tecnologias cognitivas uma possibilidade de inovar e vencer antigos limites para tornar a relação oferta e demanda com mais adequada ao novo cenário. É isso, que dizes?

 Tenho acompanhado vários casos e intuo que temos que aplicar uma fórmula que tem que levar em conta o grau de complexidade do problema que o serviço/produto procura resolver.

6A-complexidade-do-mecanismo-GP-030C0-que-pode-admirada-através-da-esqueletização-da-caixa

Uma das perguntas mais frequentes nas palestras que faço é o tempo que as organizações terão para se adaptar à nova governança digital.

Todo mundo acha que a sua organização será atingida no futuro distante.

Tenho acompanhado vários casos e intuo que temos que aplicar uma fórmula que tem que levar em conta o grau de complexidade do problema que o serviço/produto procura resolver.

Peguemos o caso dos aplicativos de táxi que tiveram um boom, quebrando o monopólio das cooperativas.

Por que isso aconteceu?

Note que o serviço de táxi é o que podemos chamar de alta taxa de complexidade.

A saber:

  • É algo com grande volume;
  • Demandas irregulares (no tempo e no espaço);
  • Rapidez no atendimento.

Note que uma governança centralizada em algo assim tem tudo para ir, aos poucos, entrando em crise.

taxi-aplicativos

Um modelo como o dos aplicativos de táxis  é algo que dá um salto de qualidade enorme na relação oferta/demanda, pois ao reintermediar o serviço, deixando motorista e passageiro se entenderem diretamente, cria-se uma nova governança que permite lidar de forma mais eficaz com o alto grau de complexidade.

Assim, se formos aplicar essa fórmula em cada setor ou empresa, é preciso se perguntar:

  • a) o setor tem grande quantidade de demanda?
  • b) as demandas são regulares ou irregulares?
  • c) o prazo de atendimento das demandas irregulares é curto?

Se for sim em todos os quesitos, o setor está prestes a ser alterado por um novo modelo de governança, através de tecnologias cognitivas.

É isso.

Que dizes?

 

Noto com os meus alunos que temos uma ideologia na qual tudo se justifica em nome de estar trabalhando e vivo, como se não houvesse, por outro lado, uma demanda por algo mais significativo para se deixar um legado, quando a consciência da mortalidade passa a existir.

escolha-vida-ou-morte

Não existe nada mais definidor na vida de cada ser humano e de toda a sociedade do que nossa relação com a morte.

Podemos dizer que a visão da morte define a vida.

Se eu vou viver em outra vida, a atual é apenas uma passagem da qual não preciso me esforçar/preocupar muito.

Diria que em contrações cognitivas há uma venda descarada da ilusão da imortalidade.

Vivemos num limbo do presente sem futuro.

Todos colocam a morte como algo não determinante nas suas atitudes.

Fingi-se que estamos aqui para sempre e a luta pela sobrevivência/prazeres é o único propósito.

O caminho de uma vida mais ou menos significativa passa por essa reflexão sobre a morte, pois se a minha grande missão no mundo é apenas sobreviver a qualquer custo, ou me agarrar em coisas irrelevantes, não preciso de nada mais.

corda bamba

Noto com os meus alunos que muito se justifica em nome da ideologia de estar trabalhando e vivo, como se não houvesse, por outro lado, uma demanda por algo mais significativo para se deixar um legado, quando a questão da mortalidade vem com força.

Diria que esse é o conflito principal do ser humano.

  • O quanto ele vai emergir no mundo esquecendo da morte?
  • Ou colocá-la presente para a sua tomada de decisões de todos os dias?

Note que as pessoas que costumam falam em vida significativa tendem a trabalhar com a morte como um fator muito mais presente.

Obviamente, que a morte pode nos levar também a uma vida entregue aos prazeres mais imediatos. Se vou morrer, vamos aproveitar.

Não se trata de questão moral, mas da ética que cada um tem para si e para os outros.

E a morte exerce um papel fundamental nisso tudo.

Uma vida mais significativa é a tensão entre o que eu tenho que fazer para poder viver e o que que posso e quero fazer, a despeito do que eu tenho que fazer.

É a luta entre as brechas de sobreviver e TAMBÉM viver.

E se vivemos em uma sociedade em que o esforço em deixar um legado é pequeno, temos um problema grande para quem vai ficar por aqui depois de nós.

Uma expansão cognitiva aumenta a interação entre as pessoas e essas questões mais existenciais vem à tona.

Que dizes?

É isso que dizes?

 O espaço do pensamento independente em um ambiente de contração cognitiva é muito pequeno. A Revolução Cognitiva vai abrindo aos poucos brechas, mas quem quiser caminhar nessa corda bamba tem que ter fôlego (capital para se manter independente) e sangue frio.

escravo

O problema principal para o pensamento humano é a sua necessidade de sobrevivência e a sua ligação necessária com organizações.

Podemos dizer que a taxa de independência da vida organizacional é bem pequena, pois quando ela se forma, se burocratiza e todos que vivem nela acabam por defender o seu salário e seu emprego, deixando a sociedade em segundo plano.

Não é algo do bem e do mal, mas, a meu ver, humano.

Já disse aqui que as organizações vêm ao mundo para resolver problemas da sociedade e, como o tempo, acabam por se voltar para elas mesmas, ainda mais em momentos de forte contração cognitiva, pois passam a resolver só os seus próprios.

Estamos, a meu ver, no ápice da contração cognitiva, com um macro-distúrbio que chamei de narcisismo organizacional, com uma taxa muito alta das organizações (todas elas) se servindo da sociedade e muito pouco a sociedade das organizações.

Note que as organizações de plantão têm seus interesses e estão dispostas a financiar, contratar, atrair quem as defenda. E quanto mais o ambiente é fechado e com organizações voltadas para si, há menos espaço para visões independentes, que vão na direção contrária das mesmas.

escravo_do_pecado

Qualquer um que precise sobreviver acaba por ter que atender a estas demandas, criando uma relação de co-dependência com as organizações de plantão, o que acaba por condicionar o pensamento.

(Note que todo pensamento é condicionado, com taxas distintas, mas podemos dizer que quando temos que atender diretamente a interesses mais imediatos esta taxa sobre muito!)

E isso faz com que haja um condicionamento do pensamento que tem que, de alguma forma, atender aos interesses mais imediatos das organizações, mesmo que esta visão seja extremamente nociva para a sociedade e até para o futuro da própria organização.

Ou seja, narciso quer ver o que está no espelho.

Portanto, as discussões do mundo organizacional são geralmente muito focadas no presente e nas metodologias, que, queiram ou não, são condicionadas pelas teorias e filosofias.

As metodologias são o epicentro dos debates e há pouca margem para especulações. Isso é mortal em Revoluções Cognitivas!

Quando o mundo entra em uma guinada como a atual, vivemos um momento de profunda crise organizacional, pois há que se trabalhar com filosofia e teorias para construir um melhor cenário. Porém, as organizações não têm musculatura e nem o hábito de se virar nessa direção.

E isso gera um problema profundo, pois acaba-se por se viver um momento bumerangue canino: do cachorro que fica o tempo todo girando sobre o próprio rabo.

cao-corre-atras-do-rabo-dog-The-Chase

As organizações atuam, assim,  na maior parte das vezes, na parte baixa do triângulo do conhecimento: nas metodologias, seguindo aqueles que falam o que elas querem ouvir.

Os espaços para reflexão filosófica e teóricas ficam, ilusoriamente, restritos à academia.

A academia, entretanto, é também uma organização com seus interesses próprios e sofre do mesmo mal de todas as outras que chamei de narcisismo organizacional. Ou seja, tende-se a repetição e reforço do que já existe.

Não é à toa que os estudiosos dos novos paradigmas sempre afirmam que eles vêm de fora das estruturas para dentro e quase nunca de dentro para fora.

O ambiente narcisista não permite!

foto_en-la-cuerda-floja1.jpg?w=620

O espaço do pensamento independente em um ambiente de contração cognitiva é muito pequeno. A Revolução Cognitiva vai abrindo aos poucos brechas, mas quem quiser caminhar nessa corda bamba tem que ter fôlego (capital para se manter independente) e sangue frio.

É um caminho off-road que só vai dar frutos a médio e longo prazo, mas é uma estrada longa e esburacada daqueles que procuram dar significado à vida.

É aquele drama humano entre o que se pode fazer e o que não se pode.

Tá dentro?

É isso, que dizes?

 

 

 

A principal função da filosofia é compreender as limitações e potências da espécie. Quando abordamos este tema – que condiciona todos os outros – estamos lidando com a filosofia da filosofia, a mãe de todas as filosofias, que coordena todas as suas outras variantes, tais como o aprofundamento dos conceitos de justiça, o amor, o ódio, a liberdade, etc. 

2001-Uma-Odisséia-no-Espaço-Macaco

A filosofia de maneira geral é encarregada das grandes questões de fundo. E podemos dizer que existem questões mais ou menos profundas abordadas pela filosofia. E quando falo em profundidade diria que se trata do que é condicionado e o que é condicionante. Quanto mais for condicionadora uma visão sobre as outras coisas, mais profunda podemos dizer que ela é, mais enraizada está e vice-versa.

Diria, assim, que a principal função da filosofia é compreender as limitações e potências da espécie. Quando abordamos este tema – que condiciona todos os outros – estamos lidando com a filosofia da filosofia, a mãe de todas as filosofias, que coordena todas as suas outras variantes, tais como o aprofundamento dos conceitos de justiça, o amor, o ódio, a liberdade, etc.

As questões, tais como: o que sou, para onde vou, por que estamos aqui e o que eu devo, posso e quero fazer ao longo da minha vida? Fazem parte do núcleo filosófico, que desdobram em outras perguntas. Conforme se responde de um jeito essa questão, as outras todas são SUBORDINADAS a ela.

Ou seja, a filosofia da filosofia é condicionadora ou uma filosofia condicionante e as demais são subordinadas. Esta é a área nobre da filosofia.

A filosofia da filosofia procura, assim, traçar o que é a nossa impotência, potência e onipotência.

monolito

A atual crise filosófica pós-Internet é tão profunda, pois exige uma revisão na placa-mão do pensamento, na filosofia da filosofia, a partir de um erro grosseiro até aqui: o papel secundário dado à tecnologia para compreender a nossa espécie.

Viemos até aqui, de certa forma, empurrando com a barriga esta questão, mas agora as atuais mudanças nos deixam sem alternativa.

Tocamos muito de leve, de forma periférica, mas nunca a tecnologia foi um elemento relevante na filosofia da filosofia. E este, eu diria, é o erro central que nos leva a visões distorcidas, nas outras filosofias periféricas, que, por sua vez, o conjunto da obra, condiciona as teorias e, por sua vez, condicionam as metodologias, como detalhe no triângulo do conhecimento.

O problema é que a filosofia das filosofias é como o epicentro de todas as outras visões que temos do mundo. Hoje, nos vemos como uma espécie natural diante das outras e não como rigorosamente uma tecno-espécie, que tem nas tecnologias o grande fator de mudança de potência da espécie humana. A tecnologia nos liberta e nos condiciona, conforme vamos aumentando nossa complexidade demográfica. Ou seja, uma tecnologia altera a filosofia das filosofias de duas formas:

  • de forma estrutural – não podemos mais ver a nossa espécie sem a visão da tecno-espécie;
  • de forma conjuntural – analisar a cada nova camada tecnológica o que terá impacto na nossa vida dali por diante.

gota

Se existe um erro grosseiro nesse epicentro filosófico, tudo que vem depois, as filosofias secundárias, as teorias e as metodologias que são subordinadas a elas repetirão esse equívoco.

Tal revisão nos leva à mudança radical no pensar sobre a nossa espécie, que deixa de ser vista como “natural”, mas condicionada por mudanças radicais nas tecnologias, principalmente as cognitivas que passam a ser os fatores principais de mudança da espécie.

Arrisco a dizer que essa revisão da filosofia da filosofia é o grande corte epistemológico do século XXI e fará parte da grande revisão epistemológica das ciências humanas do futuro.

Sem esse ajuste, toda a visão sobre o novo século será cada vez mais turva. 3CA08F874189F5ED14CACCC3B3565F_h450_w598_m2_q90_caEKuZyPz

Mudanças desse tipo de percepção são demoradas, pois abalam certezas  que estão no centro da nossa concepção da espécie, bem arraigadas,  nem a terra e nem nós sermos o centro do universo, nossa descendência dos macacos e o conceito do inconsciente e da sexualidade desde a infância. São exemplos de mudanças de paradigmas que mexeram justamente nessa filosofia da filosofia, pois mudaram certezas básicas sobre nossa espécie.

A meu ver, qualquer tentativa de compreender o que estamos passando sem essa revisão na filosofia da filosofia, vai nos levar a areia movediça dos equívocos da filosofia das filosofias do passado. deserto

É preciso, portanto, uma nova corda filosófica para nos tirar do atoleiro!

É isso, que dizes?

Cara, está cada vez mais complicado, pois todos querem que você baixe um aplicativo deles, que vem para a sua máquina te perturbar, mudar a home do browser, criar novas barras, etc.

uol

Gostei do Download da UOL, que, por enquanto, está bem light.

Fica a dica.

 

Baixei um programa que funcionou:

Everest.

everest

 

 

 Na contração cognitiva, temos um longo período de centralização das ideias, o que vai provocando macros-distúrbios em toda a espécie, em um fenômeno de massa e não individual. Posso relatar isso com minha pesquisa ao longo dos últimos sete anos, com mais de mil alunos, em aulas participativas.

528f6acac86fc

Comi disse aqui, temos dificuldade de estudar a nossa tecno-espécie.

A antropologia nos ajuda nisso, mas quando falamos em antropologia, pensamos no passado distante e não como um campo para nos ajudar a entender o presente.

Tenho defendido o campo de estudo da Antropologia Cognitiva, que visa estudar as rupturas nas tecnologias cognitivas ao longo da história e, em particular, a da Internet para entender o que nos reserva o próximo século.

Desse ponto de vista, temos que perceber que forças alteram de forma mais ou menos consistentes a nossa tecno-espécie.

Podemos dizer que:

  • Ecologia – Era do gelo, meteoro, escassez de água, comida fizeram com que tivéssemos que tomar atitudes;
  • Sociais – mudanças nas formas de nos organizar e sobreviver;
  • Tecnológicas – ferramentas que nos permitiram ampliar nossos limites.

Qualquer alteração nestes campos, faz com que a espécie mudasse mais ou menos.

Como viemos uma mudança estruturante, novas tecnologias cognitivas se massificam em todo o planeta, estamos diante de uma mutação da nossa tecno-espécie. E podemos começar a analisar com mais clareza o quanto somos co-dependentes e formatados pelas tecnologias, que nos tornam mais ou menos potentes diante das novas complexidades demográficas.

E o quanto as tecnologias cognitivas exercem um papel fundamental nas mudanças sociais, englobando a política e a economia.

1257981764414_f

O que podemos defender, se formos rever a história da nossa tecno-espécie é que vivemos ciclos que chamei de pêndulo cognitivo.

  • Quando há contração cognitiva – temos concentração e consolidação de um dado modelo de governança da tecno-espécie;
  • E quando há expansão cognitiva – temos a descentralização e crise de um dado modelo de governança da tecno-espécie, que é o que vivemos agora.

Na contração cognitiva temos um longo período de centralização das ideias, o que vai provocando macros-distúrbios em toda a espécie, em um fenômeno de massa e não individual. Posso relatar isso com minha pesquisa ainda experimental ao longo dos últimos sete anos, com mais de mil alunos, em aulas participativas.

Diagnosticaria os seguintes macro-distúrbios cognitivos-afetivos como os principais, todos provocados fortemente pela contração cognitiva (que acredito atingir em níveis diferentes toda a tecno-espécie em níveis distintos):

  • Incapacidade de distinguir entre realidade e percepção – todos se acham dono da verdade, pois acham que conseguem vê-la diretamente, o que nos leva a um segundo distúrbio;
  • Incapacidade de diálogo – já que o outro vem só atrapalhar a nossa visão da realidade, não vem somar, mas criar problema. Quando achamos que vemos a realidade diretamente tudo que o outro vê, nos parece loucura, o que nos leva ao próximo distúrbio;
  • Baixa abstração – dificuldade de pensar e sentir e procurar fazer algo diferente, que fecha o ciclo com mais um;
  • Incapacidade de construir um caminho próprio – a incapacidade de ver e interagir, nos leva a uma forte isolamento e uma submissão das ideias vigentes, nos tornando seres morais (que seguem o certo e o errado sem a procura de uma vida significativa, beira à imortalidade) e não seres éticos, que procuram dar sentido a sus vidas, percebendo a sua finitude;

Estes distúrbios nos levam à uma crise da espécie que se volta cada vez mais para o presente e a individualização (e todos os prazeres imediatos) cada vez menos com um sentimento de parte.

Não é à toa que o dinheiro sem significado passa a ser o centro da sociedade, com organizações se servindo da sociedade e não o contrário.

(O Lobo de Wall Street é uma metáfora dessa nossa sociedade.)

1310588913067781333S600x600Q85

E não para uma visão mais ampla de passado, presente e futuro, sentido histórico, de pertencimento à espécie.

Tenho tentado desenvolver uma metodologia de quebra destes distúrbios, através de módulos participativos que estou experimentando na formação de laboratórios de inovação digital colaborativos.

Temos muitos a fazer e precisamos de muita gente!

 A academia e a sociedade têm, cada vez mais, vivido de sentimentos e de impressões e menos de reflexão. Estamos querendo olhar a realidade sem óculos (um campo de estudos capaz de entender as atuais mudanças) e acreditando que conseguimos vê-la diretamente apenas com emoções e intuições – estamos quebrando a cara.

download

Não podemos analisar os fatos (flores) sem um óculos adequado (ciência).

Precisamos de um campo de estudo, de uma ciência para analisar os fatos, pois são eles os ordenadores do caos, o que vai nos permitir enxergar a “realidade” de formas menos equivocada.

É preciso para que esse “óculos” nos ajude optar por o que chamei de triângulo do conhecimento:

  • Filosofia – uma visão mais ampla do ser humano, com suas impotências, potências e onipotências;
  • Teoria – as forças que atuam no problema, diante desse ser humano;
  • Metodologia – as formas para atuar nesse problema para minimizar sofrimentos.

Porém,  a academia e a sociedade têm, cada vez mais, vivido de sentimentos e de impressões e menos de reflexão. Estamos querendo olhar a realidade sem óculos (um campo de estudos capaz de entender as atuais mudanças) e acreditando que conseguimos vê-la diretamente apenas com emoções e intuições – estamos quebrando a cara.

Vivemos hoje o fim de um longo período de contração cognitiva, o que nos leva a uma radicalização do estudo do presente e uma dificuldade muito grande de abstração.

As atuais ciências ou são muito pragmáticas (querem resultados muito imediatos) ou viajandonas (vivem no mundo dos anjos e dos duendes).

Duende6

Estamos vivendo um momento muito peculiar que vai embaralhar definitivamente todas as ciências sociais, pois há uma dupla novidade:

  • A mudança real de uma tecnologia estruturante da espécie – alterações nas tecnologias cognitivas, que nos leva a um novo potencial e, portanto, a uma mutação da nossa tecno-espécie;
  • A demanda por um campo de estudos (um óculos) que seja capaz de incorporar tal mudança do ponto de vista filosófico (nos ver como uma tecno-espécie), teórico (entender como essa nova força altera a sociedade) e metodológico (como podemos lidar com ela).

Chamei esse campo de Antropologia Cognitiva, que estuda as mudanças da alterações das tecnologias cognitivas.

Nestas macro-crises, na qual um elemento estruturante da espécie está em movimento: as tecnologias cognitivas, é preciso colocar a tecno-espécie, de novo, no centro do foco para recomeçar.

Perdemos de perspectiva que somos uma espécie animal com seus movimentos estruturantes, tal como quando começamos a andar em pé, falar, usar o fogo e agora nos comunicamos de forma completamente diferente, via digital.

Estamos, assim, diante não só de uma mutação da tecno-espécie, mas das ciências que nos estudam, tanto do ponto de vista do objeto, como da forma de construir o conhecimento, do que chamei de Ciência Ninja.

Não foi fácil, pois a tela que aparecia, a principio esta debaixo não oferecia nenhuma alternativa de incluir novos plugins.

Tem que clicar em preferência duas vezes, como me sugeriu o meu amigos Jones de Freiras, mas eu insisti em ir pela lógica e acabei me perdendo…. 

Estou na versão 1.23.

dhcdjbia

Como resolvi?

Ao invés de entrar pela lógica na preferência – e depois embaixo no meu optar por >> Adicione Plugins para melhorar o calibre.

Tem que clicar direto em preferência duas vezes, que, aí sim, abre outra caixa de diálogo, que leva para outra opção para melhorar o Calibre.

Acho que é um problema de interface, mas…

Dicionario_Humor_Verbetes

Eis aqui os principais conceitos que tenho desenvolvido.

  • Ambiente Cognitivo Analógico – todos os que vieram antes do Digital – 17/06/14, a partir deste post; 
  • Ambiente Cognitivo – criado a partir do somatório de Tecnologia Cognitiva + Plástica Cerebral + Modelo Mental + Cultura + Organizações, que passam a ser compatíveis entre si – 17/06/14 (um termo que uso muito, mas só agora vi que não tinha definido);
  • Algoritmos de Colaboração de Massa ou Colaborativos – programas que permitem gerenciar grande massa de dados, avinda dos cliques e geração de conteúdo, via telas digitais – 09/05/14;
  • Ambiente de Pensamento – a capacidade de criação dos pensadores de criar Filosofias, Teorias e Metodologias e que forma a Cultura vigente e os modelos organizacionais – 18/08/14 – apareceu aqui;
  • Ambiente de Pensamento Analógico – produzido pré-Digital – 18/08/14 – apareceu aqui; 
  • Ambição Tóxica – quando a luta por poder, fama e dinheiro, sem nenhum significado mais coletivo, passa a ser a única meta de uma pessoa ou de uma dada sociedade – ver mais aqui 06/05/14;
  • Ambiente Tecno-cognitivo – conjunto de ações que ocorrem em um dado momento histórico, a partir do uso das tecnologias cognitivas em uso;
  • Ambiente Social ou Tecno-social – é o resultado prático de uma nova Tecno-Cultura, que inicia o processo de mudança das Organizações e principalmente das leis, através de Revoluções sociais, mais ou menos violentas – 16/06/14 – Apareceu aqui.
  • Ambiente Tecno-Cognitivo-Demográfico – ambiente social que estabelece a relação entre as tecnologias cognitivas e a demografia;
  • Angústia do Desconhecido – sentimento humano que demanda o conhecimento pela curiosidade que pode, ou não, se propor a resolver problemas práticos – em 14/07/14, apareceu aqui;
  • Angústia da Sobrevivência –  sentimento humano que demanda o conhecimento pela sobrevivência que se propõe resolver problemas práticos – em 14/07/14, apareceu aqui;
  • Anorexia Presencial – dificuldade de se comunicar presencialmente, fruto de um uso intenso de ferramentais de comunicação a distância – já uso muito o termo, mas só agora registro – 23/06/14 – (Apareceu aqui);
  • Antropologia Tecno-cognitiva – estudo das Revoluções Cognitivas no passado, fortemente influenciada pela filosofia tecno-cognitiva, tendo as rupturas nos ambientes cognitivos humanos (causas e consequências) como problema central;
  • Aparato tecno-cognitivo – conjunto de tecnologias cognitivas vigentes e hegemônicas em um dado momento histórico da sociedade humana;
  •  Aparato tecno-cognitivo analógico-escrito-eletrônico –   conjunto de tecnologias cognitivas marcadas pelo surgimento da prensa em 1450, passando pelas mídias de massa até a chegada das tecnologias cognitivas digitais, principalmente a Internet;
  • Aparato tecno-cognitivo digital – conjunto de tecnologias cognitivas marcadas pelo surgimento da Internet, a partir do final do século passado;
  • Assuntologia – estudo e ação baseado em assuntos e não mais em problemas, que aumenta consideravelmente nas contrações cognitivas;
  • As três leis da complexidade da governança – quanto mais complexo for a demanda, mais complexa terá que ser a oferta; Haverá a necessidade de reintermediar o processo, tirando intermediários. Quando isso ocorre em massa, em função da chegada de novas tecnologias cognitivas, estamos diante de um fenômeno de mutação da governança de toda a espécie;
  • Camadas da Complexidade – níveis de pensamento que nos permitem ver consequências de curto, médio e longo prazo mais aqui, em 28/07/14;
  • Capacete cognitivo – um termo mais popular que ajuda a demonstrar que o cérebro da nossa espécie usa ferramentas para poder trabalhar, geralmente coloco aspas – Vai ver aparecer aqui – 09/06/14;
  • Carteira de Inovação – planejamento de ações para promover mudanças nas organizações no curto, médio e longo prazo;
  • Carteira de Inovação Disruptiva – que prevê além da inovação incremental a inovação radical, ou disruptiva;
  • Carteira de Inovação Disruptiva Digital – que prevê além da inovação incremental e disruptiva, ações digitais para a migração para a nova Governança da Espécie;
    Certificadores da verdade
    – agentes com poder nas organizações de construir as verdades/ideias circulantes na sociedade (detalhei aqui);
  • Ciclo da chegada de novas tecnologias na sociedade – identifiquei: latência, barreira, superação e adaptação cultural;
  • Ciência Analógica – que é feita com métodos, práticas e Modelo Mental Analógico – 17/06/14, surgiu aqui;
  • Ciências da Curiosidade – voltada para a redução do desconhecido, dedicada a fenômenos – em 14/07/14 – surgiu aqui;
  • Ciências da Sobrevivência – voltada para a solução da sobrevivência, dedicada à problema – em 14/07/14surgiu aqui;
  • Ciência Ninja ou Ciência 3.0 – forma de produzir conhecimento, através de intensa colaboração digital, através de karmas e rastros digitais;
  • Cientista Social – aquele que procura forças e seus contextos, visando reduzir, através de metodologias, sofrimentos humanos (ver detalhamento aqui);
  • Circuito de produção do conhecimento – Impressão, Reflexão, Expressão e Feed-back – (Ver mais aqui05/05/14;
  • Coaching Orgânico – um processo de descoberta da pessoa de valores mais significativos, que fogem da Ambição Tóxica na sociedade que é a procura sem refletir por poder, fama e dinheiro – (ver mais aqui) 06/05/14;
  • Códigos de Tomada de Decisão – tecnologias disponíveis, que permitem melhorias incrementais ou radicais na Governança da Espécie, tais como: a fala, a escrita e os algoritmos (já na Governança Digital);
  • Colaboração – ato de trabalhar junto. Não há diferença, assim, entre colaborar e trabalhar, pois a espécie humana não consegue produzir nada isoladamente;
  • Colaboração digital – uso das novas tecnologias cognitivas digitais para produção de produtos e serviços;
  • Colaboração Matemática – começo, a partir do aprofundamento da história do computador a ver a importância da linguagem matemática para a história humana e a junção desta na Antropologia Cognitiva, 23/06/14, aparece aqui;
  • Colaboracionismo – novo sistema econômico e político baseado na Colaboração de Massa, que vem substituir o capitalismo/república, base da nova Governança da Espécie (ver definição aqui. Criado em 22/04/2014)
  • Colapso de Governança – quando há um limite tecnológico para que a governança possa ganhar em qualidade, sem o aumento do seu custo;
  • Complexidade Demográfica – quanto mais habitantes tivermos no planeta, mais complexa deve ser a governança da espécie a e as tecnologias cognitivas que a suportam, 07/07/14, detalhada aqui. Já usava a mais tempo, mas detalhei melhor neste dia;
  • Complexidade Móvel (passei a chamar também de líquida) – Diga-me a complexidade demográfica que temos e te direi o homo sapiens que fabricaremos – 26/07/14, veja aqui. Líquida foi em 16/08/14, neste post.
  • Comunicação Algorítmica Colaborativa ou Comunicação Matemática – só possível dentro de Plataformas Digitais Colaborativas, que produzam registros dos usuários de forma voluntária e involuntária gerenciados por algoritmos, que geram relevância e valor  – ver mais aqui 08/05/14 – Comunicação Matemática, ver aqui;
  • Conservadorismo cognitivo – estratégias voltadas a tirar e manter o máximo possível o ambiente cognitivo pré-revolução cognitiva digital, que atinge organizações de todo o tipo, sejam públicas ou privadas;
  • Confiança digital – nova forma de se confiar nas trocas, através dos rastros e karma digital- ver mais aquiem 10/06/14;
  • Conjuntura cognitiva – ambiente cognitivo em que se está vivendo que define limites e possibilidades de criação e recriação da cultura, organizações, etc, usando de novo hoje, 30/06/14, pode ver aqui. Conjuntura Tecno-Demográfica
  • Conjuntura Demográfica – tamanho da espécie que define a Complexidade Demográfica que estamos operando – 30/06/14, ver aqui. Uso também Conjuntura Tecno-Demográfica.
  • Contração cognitiva – longo movimento de concentração de ideias da espécie humana, a partir das tecnologias cognitivas disponíveis. Uso de vez em quanto a expressão Entropia cognitiva com a mesma intenção;
  • Cosmovisão – conjunto de ideias e princípios culturais de uma corrente de pensamento da sociedade. Há dois tipos de cosmovisões: (de sobrevivência) as políticas e econômicas e (de transcendência) as religiosas (ver mais aqui);
  • Crise da governança – incapacidade de quem está no topo da Pirâmide do Poder de lidar com a complexidade da vez – 14/07/14, aparece aqui;
  • Cultura Teórica Hegemônica – aquela que é possível de ser produzida por um dado Modelo Mental, mas é impossível de ser feita ou questionar alguns parâmetros, que só poderão ser feitos por um Modelo Mental mais sofisticado – 16/06/14, apareceu aqui;
  • Cultura 3.2 – aquela produzida pelo Homo Sapiens 3.2, 23/06/14,m ver mais aqui;
  • Custo de Governança – valor envolvido para a tomada de decisão que consiga melhora a sua qualidade para os diretamente envolvidos e a sociedade (ver mais detalhes do verbete aqui);
  • DNA da Governança – Relacionamento, Aprendizado, Troca, Tomada de Decisão e Produção de Ideias (ver mais aqui);
  • Diálogo Honesto – espaço de conversar entre pessoas dispostas a reduzir sofrimento a partir de minimização ou solução de um dado problema – já usava este conceito faz tempo, mas resolvi oficializar só hoje, 26/06/14, ver mais aqui;
  • Didática reversa – base para montar cursos participativos, que parte da dificuldade dos alunos para a estruturação dos módulos – (Ver mais aqui)28/04/14.
  • Ditadura cognitiva – período de forte concentração das mídias, em função dos limites tecnológicos e o uso político/econômico das mesmas. Se caracteriza pela verticalização da comunicação, reduzindo a troca horizontal, gerando macros distúrbios afetivos-cognitivos (Ver detalhes aqui);
  • Ditadura cognitiva analógica-eletrônica – ditadura ocorrida na espécie, principalmente no século XX com a criação da mídia de massa (jornais de grande circulação, rádio e televisão), atingindo de forma diferenciada cada região do planeta;
  • Diversidade de Decisões – capacidade de se tomar decisões com mais gente, atrelada a ideia de que isso pode ser feito com menor custo e sem perda de tempo, 17/11/14, apareceu aqui;
  • Economia da Reputação – ambiente de trocas que incorpora a reputação a produtos, serviços, fornecedores e colaboradores, através do Karma Digital – em 20/08/11, ver mais aqui;
  • Ego digital – uma nova subjetividade provocada pela Revolução Cognitiva Digital, que nos tira do isolamento provocado pela contração cognitiva. A expansão cognitiva provoca questionamento na direção de um ego mais aberto, mais interativo, mais ético, que facilita o novo ambiente de interação;
  • Ego monocentrista – com distúrbios provocados por uma Ditadura Cognitiva. Fechado, pouco ético ou aberto à interação;
  • Empreendedor ou empreendedorismo orgânico – pessoas ou projetos que visam levar ao mercado novos conceitos;
  • Entropia cognitiva – processo de inflexão, na qual as organizações ganham poder além do limite, em função do aumento de complexidade demográfica, reduzindo o espaço para a sociedade se expressar – em 05/08/14, ver aqui;
  • Escola de Toronto – grupo de pesquisadores, que se dedicou ao estudo das Revoluções Cognitivas no passado, sendo o McLuhan o mais conhecido no passado e Pierre Lévy, no presente (Lévy não se considera pertencente a esta escola, mas eu sim);
  • Espiral Cognitivo – movimento circular para cima, em outro patamar, a partir da chegada de novas Tecnologias Cognitivas, que nos levam a uma nova Governança da Espécie – ver mais aqui 08/04/13, refeito em 09/05/14; 
  • Equação cognitiva – relação dialética entre confiança/governança/troca/ambiente cognitivo. Quando mudamos as tecnologias cognitivas os outros elementos mudam;
  • Estratégia Dedutiva – que parte de latências ainda invisíveis de longo prazo – em 11/09/14;
  • Estratégia Indutiva – que parte de fatos e tendências já visíveis, curto prazo – em 11/09/14;
  • Estrategistas de Longo Prazo – profissional que se dedica aos cenários futuros e a inclusão de projetos estratégicos nos Laboratórios Estratégicos de Inovação;
  • Exosfera Social – mudanças que acontecem, a partir da introdução de Tecnologias Cognitivas, que mudam a forma do ser humano de produzir ideias e, por sua vez, modificam profundamente à sociedade. O termo Exosfera se justifica por ser algo que está acima da possibilidade de intervenção humana, pois acontece de forma massiva e definitiva – – em 11/09/14; – ver onde surgiu aqui;
  • Expansão cognitiva – movimento de expansão de ideias da espécie, a partir das tecnologias cognitivas disponíveis, movimento que surge depois do fim de Ditaduras Cognitivas, o que provoca primaveras cognitivas, tais como o período de ouro da Grécia, depois do alfabeto, ou o renascimento pós Idade Média e o monopólio da escrita manuscrita. Ou como agora pós-Internet;
  • Fator Custo/benefício diante das avaliações digitais – O critério de valor tempo/dinheiro/risco que o usuário dá para esse novo modelo de avaliação pelos pares. Isso vai depender da urgência, valores envolvidos e risco para a sua integridade. Quanto mais rápida for a urgência, menos investimento e menos risco, menos ele vai ligar para os critérios de avaliação de outros usuários e vice-versa;
  • Filosofia da filosofia – área nobre da filosofia que lida com as questões centrais do ser humano (quem somos, o que podemos fazer, o que nos limita e nos potencializa?) áreas que condicionam outras áreas da filosofia e por sua vez de todo o triângulo do conhecimento;
  • Filosofia tecno-cognitiva – novo campo de estudo da filosofia que propõe como  visão principal: somos uma tecno-espécie, fortemente influenciados pelas mudanças tecnológicas, principalmente pela massificação de novas tecnologias cognitivas mais horizontais e intermediadoras, que alteram a governança da espécie em todo planeta, de forma diferenciada, conforme cada caso. O que ela sugere é que são as tecnologias que criam os limites da governança e as condicionam em várias instâncias e não o contrário;
  • Força Relevante para Mudança da Governança – determinada força que se inicia em dado ambiente e que tem o poder de mudar a Governança que vem sendo exercida (ver o verbete mais detalhado aqui);
  • Governança – é a maneira que tomamos decisões para resolver problemas;
  • Governança da espécie – pressuposto de que há uma governança de toda a espécie condicionada pelos ambientes tecno-cognitivos, atingindo cada região de forma distintas, mas com características similares;
  • Governança de Alta Qualidade – quando as decisões são tomadas no médio e longo prazo e visando aqueles que se beneficiarão mais diretamente, mas incluindo as consequências sociais a um primeiro plano;
  • Governança de Baixa Qualidade – quando as decisões são tomadas no curto prazo e visando apenas aqueles que se beneficiarão mais diretamente, relegando as consequências sociais a um segundo plano;
  • Governança analógica de baixa colaboração – modelo de governança marcado pelo ambiente cognitivo formado pela mídia impressa e de massa, com forte verticalização;
  • Governança Analógica – (Mudei, Ver Governança Oral-Escrita – Escrita Analógica); Acho que o termo analógica é mais simples. Que abarca as outras duas a Oral e a Escrita – 28/05/14
  • Governança digital colaborativa ou Governança Digital– surge com a chegada da Internet, no final do século passado, a partir do uso intenso de redes sociais digitais, mais baseada no modelo de comunicação dos insetos (via rastros e Karma digital) e menos dos mamíferos (com lideranças muito mais demarcadas). A Governança Digital permite, em função das novas possibilidades, estabelecer trocas mais efetivas entre estranhos, criando um novo ambiente de confiança na espécie, melhorei hoje, 30/06/14.
  • Governança Oral-Escrita – baseada nos Tecno-códigos da palavra oral e escrita, criada a partir da chegada da escrita há 10 mil anos e que moldou a nossa sociedade até a chegada do Digital e o Tecno-código Algorítmico;
  • Guinada Cognitiva – momento de pico de uma Expansão Cognitiva, dentro do movimento do Pêndulo Cognitivo, em que há uma mudança incremental ou radical da Governança da Espécie;
  • Hierarquia Flexível – capacidade das redes se adaptar aos diferentes níveis de relevância de cada ponto para torná-la cada vez mais eficaz – ver mais aqui – 07/05/14;
  • Hiper controlismo – excesso de controle das ideias em uma contração/ditadura cognitiva;
  • Hipnose Tóxica – quando a Taxa de Subjetividade atinge um nível muito baixa em uma pessoa ou na sociedade. em função do aumento continuado da baixa Taxa de Concentração de Poder – ver mais aqui 06/05/14; 
  • Homo Sapiens 3.2 – aquele que já opera no ambiente digital colaborativo, fiz um bom desenho sobre isso aqui, registro no dia 23/06/14;
  • Imaturidade Cognitiva – incapacidade da sociedade a pensar no longo prazo, devido às consequências da Contração Cognitiva, mais aqui, em 28/07/14;
  • Inovação – atividade humana inerente da espécie (não foi inventada agora) de procurar agir diferente diante de problemas, a partir de novas demandas ou mudanças de cenário;
  • Inovação incremental – inovação diante de processos, produtos e serviços visíveis e já existentes;Inovação radical – inovação diante de processos, produtos e serviços ainda não existentes;
  • Inovação radical digital colaborativa – inovação que experimenta em uma dada organização o novo modelo de governança da espécie;
  • Inovadores tecnológicos – os que inventam novas tecnologias;
  • Inovadores tecno-sociais – os que potencializam o uso das tecnologias se aproveitando das Zonas de Liberação Tecnológica que abrem;
  • Inversão cognitiva digital – fenômeno que altera a forma de publicação na Internet. Antes, se organizava para publicar, hoje se publica para organizar, com o apoio de quem consome. Conceito inspirado em Clay Shirky;
  • Isolamento Decisório – quando há uma baixa qualidade da Governança, sem novas tecnologias cognitivas e em que as decisões são mais e mais tomadas por menos gente (Ver Colapso de Governança);
  • Jogo do pode-não-pode tecnológico – movimentos de liberação de ações que antes não podiam ser feita e agora passam, em função da chegada de novas tecnologias – vide termo Zona de Liberação Tecnológica;
  • Karma digital – o histórico disponível na rede digital, a partir dos rastros, que permite se informar sobre determinada pessoa, serviço ou produto, objeto de informação, a partir do que foi deixado por outras pessoas;
  • Kloutinização – ampliar os rastros digitais para criar a reputação de massa – Ver mais aqui – 22/08/14;
  •  Laboratório de Migração Cognitiva (uso também conforme demanda e cliente Estratégico de Inovação/Laboratório de Inovação Digital Colaborativo) – responsável por coordenar e promover a migração da Governança Analógica para a Digital – 28/05/14 – detalhei neste dia melhor esse conceito, incluindo o Cognitiva e unificando todos;
  • Laboratório Teórico – espaço em que um teórico trabalha, dividindo a bancada em três campos: filosofia, teoria e metodologia – 28/05/14 – ver mais aqui;
  • Latência tecnológica cognitiva – movimento que ocorre de forma subjetiva antes da chegada de uma Revolução Cognitiva, provocada pela incompatibilidade do tamanho da população e o modelo da governança, que é regido pelo ambiente cognitivo de plantão;
  • Liderança Digital – responsáveis por gerenciar grandes Plataformas Digitais Colaborativas para que se possa tomar decisões com mais diversidade a baixo custo, criado em 30/06/14. 
  • Macro-canalização cognitiva – movimento de expansão cognitiva que permite que mais gente tenhas canais de expressão, em função das redução de custo do uso de novas tecnologias cognitivas reintermediadoras;
  • Macro-desequilíbrio cognitivo-afetivo – quando o aumento populacional não é acompanhado com mudanças das tecnologias cognitivas, criando impasses para a governança da espécie;
  • Macro-distúrbios (ou transtorno) cognitivos-afetivos massivos – efeito nas pessoas/sociedades ao final do um longo período de contração/ditadura cognitiva – (ver mais aquiatualizado em 26/05/14;
  • Macro-Era Civilizatória – fases da civilização marcadas pelas Tecnologias Cognitivas – Ver mais aqui – 09/06/14;
  • Médio-Era – sub-divisões das Macro-eras marcadas pelas Tecnologias Cognitivas – Ver mais aqui – 09/06/14;
  • Maturidade Cognitiva – maior capacidade da sociedade a pensar no longo prazo, devido às consequências da Expansão Cognitiva, mais aqui, em 28/07/14;
  • Micro-Era Civilizatória – sub-divisões das Médio-eras marcadas pelas Tecnologias Cognitivas – Ver mais aqui – 09/06/14;
  • Macro-história cognitiva – estudo histórico baseado nas rupturas dos aparatos cognitivos, ou seja, mudanças radicais nas tecnologias cognitivas;
  • Macro-latência cognitiva – sentimento difuso da espécie em querer romper barreiras que as tecnologias cognitivas correntes não permitem;
  • Meio de Comunicação de Missa – a defesa de que o altar exerceu na idade média o mesmo peso que a televisão no século passado, que Luli chamou de Idade Mídia – (Ver mais aqui) – 28/04/14;
  • Mentoria Orgânica – um processo de aconselhamento mais focado para projetos com  valores mais significativos, que fogem da Ambição Tóxica na sociedade que é a procura sem refletir por poder, fama e dinheiro – (ver mais aqui) 06/05/14;
  • Mentalidade Cognitiva – maneira que o cérebro passa a realizar seus movimentos já alterados, a partir de novas Tecnologias que chegam – 09/06/14;
  • Meritocracia de massa – capacidade de permitir que a colaboração, via ferramentais digitais, permita qualificar pessoas, produtos ou serviços;
  • Meteorologia Social – capacidade de prever movimentos de massa, a partir da análise dos Rastros Digitais – criado em 17/04/14 (ver mais aqui.)
  • Mídias Participativas – uma formas menos científica de chamar as Plataformas Digitais Colaborativas, de forma genérica. O participativa significa, no fundo, mais participativa, pois toda a mídia tem uma taxa de participação, alta ou baixa – em 10/06/14;
  • Migração de governança – movimento consciente de uma dada organização ou sociedade da passagem de uma governança da espécie para outra;
  • Modelo Mental – a forma que o cérebro se adapta, de forma autônoma, ao Tecno-código disponível (ver mais aqui.) Ver ainda Plástica Cerebral Hegemônica; (criado em 17/04/14) (comecei a chamar agora – 23/06/14 de Modelo Cognitivo também)
  • Modelo Mental Estruturante – é aquele que definimos como o básico e diretamente influenciado pela Plástica Cerebral, 17//6/14, citado pela primeira vez aqui;
  • Modelo Mental Secundário – é aquele que marca outras características da pessoa, tal como gênero, idade, formação, região em que vive, etc, 17/6/14, citado pela primeira vez aqui;
  • Modelo mental consciente – o lado de dentro que é permitido intuir determinadas sensações e construir pensamentos mais inteligíveis, que chamei de Ambiente de Pensamento – 18/08/14apareceu aqui;
  • Modelo mental inconsciente – o lado de fora que vem dos inputs da Plástica Cerebral que leva sensações a serem intuídas para construir o Ambiente de Pensamento – 18/08/14 – apareceu aqui;
  • Modelo Mental Analógico – o que veio antes do Digital, que é a junção do Oral, Escrito, Eletrônico – 17/06/14, referência do post;
  • Modelo Mental Digital – compatível com o Tecno-Código Digital que incorpora todos os outros em um somatório; (criado em 17/04/14)
  • Moléculas CognitivasUnidade menor no qual um registro de ideias se utiliza para ser armazenado e se propagar – referência do áudio – aparece em 31/07/14;  
  • Mutação cognitiva da espécie – mudança no ser humano que ocorre, a partir da massificação das tecnologias cognitivas reintermediadoras, que mudam inicialmente a plástica cerebral e esta o mundo futuro;
  • Narcisismo organizacional – distúrbio organizacional provocado pela contração cognitiva, tornando as organizações fechadas para elas mesmas, com alta taxa de abuso de interesses sobre a sociedade, em função da co-relação desequilibrada de poder ver ainda perversão organizacional;
  • Narrativa teórica – discurso teórico que procura alinhar conceitos e se expressar para um número maior de pessoas – 28/05/14, ver mais aqui;
  • Nova Ordem Cognitiva – capaz de lidar com mais eficácia com a complexidade demográfica da vez – 14/07/14, aparece aqui;
  • Oralidade Descentralizada Racional a Distância – uma nova forma de disseminação da oralidade trazida pela Internet – (ver mais aqui20/05/14;
  • Paradigma Cognitivo – um determinado momento da sociedade em que tudo é regido por determinadas Tecnologias Cognitivas. Lévy chamou isso de Eras Cognitivas, em 14/07/14, aparece aqui;
  • Paradigma Mental – um conjunto de Ambientes de Pensamento formado por um dado Modelo Mental, que se modifica após uma Revolução Cognitiva, tudo que se faz depois de lá é algo bem diferente do modelo anterior, pois a Plástica Cerebral e o Modelo Mental é outro – 18/08/14 – apareceu aqui;
  • Participacionismo – uma procura de encontrar o nome para o pós-capitalismo, em que a tônica é o aumento de participação no tripé da ambição humana: fama, poder e dinheiro – ver mais aqui06/05/14;
  • Patamar de princípios – conforme a espécie desenvolve novas ferramentas de comunicação e se espalha o conhecimento pela sociedade, algumas práticas de princípio que eram aceitas, deixam de poder, como é o caso da escravidão –  ver mais aqui – 25/07/14;
  • Pêndulo cognitivo – movimento de expansão e contração das ideias ao longo do tempo, modelado pela possibilidade oferecidas pelas tecnologias cognitivas intermediadoras ou reintermediadoras (aquelas que expandem nosso cérebro e capacidade de troca);
  • Pêndulo Cognitivo incremental – mudanças de contração, expansão e guinadas cognitivas, a partir do uso dos mesmos códigos de relacionamento e tomada de decisão;
  • Pêndulo Cognitivo Radical – mudanças de Governança da Espécie, a partir do uso de novos códigos de relacionamento e tomada de decisão;
  • Pensamento Analógico – produzido pelo Modelo Mental Analógico, 17/06/14, surgiu aqui;
  • Pensamento Digital – produzido pelo Modelo Mental Digital, 17/06/14surgiu aqui;
  • Perversão organizacional – consequência de um excesso de controle das organizações sobre a sociedade, que se voltam cada vez mais para seus interesses, ver ainda narcisismo organizacional;
  • Pirâmide do Poder – quem está no topo é quem tem mais capacidade de lidar com a complexidade da vez – 14/07/14, aparece aqui;
  • Plástica Cerebral – movimento autônomo do cérebro, que aqui é muito utilizado pelas mudanças provocadas por Tecnologias Cognitivas. Senti necessidade de detalhar esse conceito hoje 16/06/14 neste post, já que estou repetindo-o bastante;
  • Plástica Cerebral Hegemônica – é como o Modelo Mental altera o cérebro, ver Modelo Mental; (criado em 17/04/14)
  • Plataformas digitais colaborativas – ambientes tecnológicos que permitem a prática da Colaboração de Massa;
  • Plataforma Digital Colaborativa de produtos tangíveis  – que são voltadas para a venda/distribuição de produtos e serviços tangíveis, que visa lucro, ou não – 01/05/14;
  • Plataforma Digital Colaborativa de produtos intangíveis  – que são voltadas para a venda/distribuição de produtos e serviços intangíveis, que visa lucro, ou não  – 01/05/14;
  • Plataforma Digital Colaborativa de Circulação de Ideias– que são voltadas para a venda/distribuição de ideias –  01/05/14;
  • Primavera cognitiva – período pós-ditadura de expansão das ideias, fortemente marcada pela construção de novo modelo do governança da espécie. Aumento vertiginoso da taxa de inovação da espécie;
  • Problemologia – estudo e ação baseado em problemas e não mais em assuntos, que aumenta consideravelmente nas expansões cognitivas;
  • Processamento de subjetividades – capacidade de conhecer mais fundo a demanda das pessoas, através de Tecnologias Cognitivas, que foi aumentado agora com a chegada da Internet e da Colaboração de Massa, 25/08/14, apareceu aqui;
  • Qualidades das verdade – quanto menos interação, mais a verdade tem baixa qualidade e vice-versa. Contrações cognitivas provocam verdades de baixa qualidade e expansões, o inverso;
  • Rastros digitais – tudo que é guardados nos computadores e utilizado por outras pessoas para tomada de decisão (comentários, estrelas, curtir, etc). Há os voluntários (produção de conteúdo) e os involuntários (cliques); (atualizado em 17/04/14);
  • Redes sociais – redes humanas, mediadas por tecnologias cognitivas;
  • Redes sociais digitais – redes humanas medidas por tecnologias cognitivas digitais;
  • Reputação Algorítmica ou Reputação de Massa – possibilidade que a Colaboração de Massa propicia para avaliar ações dos agentes sociais, através do uso de Tecnologias Cognitivas Digitais – em 22/08/14;.
  • Reputacionismo – o mesmo que Kloutinização, em 22/08/14;
  • Restauradores Filosóficos pós-ditaduras cognitivas – filósofos que surgem para reconstruir métodos de pensamento, como Descartes, pois Idade Média ou Morin, pós Idade Mídia – ver mais aqui 02/06/14;
  • Revolta Tecno-cognitiva – uma Revolução Cognitiva em menor escala que não muda de foram radical a Governança da Espécie, mas apenas a atualiza incrementalmente. Ex. alfabeto, papel impresso – ver verbete sobre Revolução Cognitiva;
  • Revolução Cognitiva da Escrita – a partir de 10 mil anos, com diferentes fases (Ver mais aqui) – 25/04/14.
  • Revolta Tecno-cognitiva do Papel Impresso – a partir de 1450 na Alemanha, que quebrou as barreiras tecnológicas e permitiram que os inovadores formulassem os conceitos de república e capitalismo – ver verbete sobre Revolta Cognitiva;
  • Revolução Tecno-cognitiva – surgimento e massificação de novas tecnologias cognitivas reintermediadoras, que permitem um aumento da Taxa de Horizontalização da Circulação de Ideias, mudando de forma radical a Governança da Espécie. Ex: linguagem, escrita e computador – ver verbete sobre Revolta Cognitiva;
  • Revolução Tecno-cognitiva Digital – massificação da Internet, principalmente, depois da chegada da banda larga, que expandiu o uso dos rastros e karma digital;
  • Sofrimentologia – bandeira ética de colocar ao sofrimento humano como o fator principal para guiar as ações em todas as áreas – 30/06/14, criado aqui;
  • Sombras Cognitivas – são fatos que ficam sem a possibilidade de registros, devido à limitação dos Tecno-códigos de plantão, que variam conforme o movimento do Pêndulo Cognitivo, que nos leva à Expansão ou Contração Cognitiva. (ver mais aqui.); (criado em 17/04/14)
  • Surto de inovação – fenômeno que ocorre com o aumento radical da Taxa de Canalização Humana, uma das consequências de uma Revolução Cognitiva;
  • Taxa de Canalização Humana – aumento radical de canais de fora das organizações, ver também verbete Taxa de Circulação Horizontal de Ideias;
  • Taxa de Circulação Horizontal de Ideias – aumento vertiginoso de ideias circulando de fora das organizações na e pela sociedade ver também verbete Taxa de Canalização Humana;
  • Taxa de Controle Cognitivo – a capacidade das organizações de plantão conseguirem controlar as ideias, a partir do conhecimento do uso das Tecnologias Cognitivas disponíveis;
  • Taxa de concentração de poder – que pode ser medido por concentração de dinheiro, fama e redução ou aumento da diversidade da tomada de decisões – ver mais aqui – 06/05/14;
  • Taxa de Disrupção – quanto mais radical for a mudança (comparação do que é feito hoje com o que está se propondo a fazer) mais a taxa de disrupção vai subir – 30/04/14;
  • Taxa de Ganância – há uma relação entre o aumento da taxa de ganância e a contração cognitiva ou a expansão – ver mais aqui – 28/04/2014;
  • Taxa de Impacto da Revolução Digital – setores mais ou menos impactados no curto e médio prazo com a massificação das tecnologias cognitivas reintermediadoras;
  • Taxas da Mutação da Espécie – quanto mais houver descontrole cognitivo, via novas tecnologias, mais a espécie aumenta sua taxa de mutação;
  • Taxa de Negociação da Inovação – o esforço que tem que ser feito para convencer e implantar um dado projeto inovador – (Ver mais aqui) 30/04/14;
  • Taxa de participação – formada por desejo, custo de participação e mudanças a partir da participação, detalhada aqui, em 24/06/14;
  • Taxa de Resistência à Inovação – quanto mais disruptiva for a inovação, mais a taxa de resistência tende a subir – 30/04/14;
  • Taxa de subjetividade – aumentou ou redução do espaço interno de cada um de refletir e colocar em prática algo diferente do que lhe passaram – ver mais aqui 06/05/14;
  • Tecno-códigos  – ferramentas tecnológicas, que permitem uma melhoria de relacionamento entre a espécie, a destacar a nível macro (oral, escrita e digital) e a nível micro (escrita cuneiforme, alfabética, manuscrita, impressa, algoritmos.) (ver mais aqui)
  • Tecno-código Digital ou Algorítmico – viável, a partir das Tecnologias Cognitivas Digitais (Ver mais aqui);
  • Tecno-ecologia – ambiente em que vivemos, podemos chamar de tecno-cultura, que é regulado pelas Tecnologias Cognitivas disponíveis – ver mais aqui – 30/06/14, não foi criado nesta data, mas foi quando anotei a data;
  • Tecno-espécie – definição da espécie humana como co-dependente das tecnologias, o que nos diferencia fortemente dos outros animais;
  • Teorias participativas – forma de produzir teorias, através da Cultura 3.2, 23/06/14, apareceu aqui;
  • Impasses  Civilizatórios Tecno-cognitivos – quando determinadas crises não são resolvidas pela falta de novas Tecnologias Cognitivas, que nos permitem expandir o cérebro e criar novas formas de troca de ideias e bens entre a espécie – surge aqui –  em 09/06/14;
  • Tecno-organizações – provocação para demonstrar que toda organização é moldada pelos Tecno-códigos vigentes;
  • Tecnologias cognitivas – todas as tecnologias que têm a capacidade de expandir o nosso cérebro (linguagem, escrita, computadores, rádio, televisão);
  • Tecnologia Cognitiva Radical ou Disruptiva – que introduz um novo Código de Relacionamento e/ou Código de Tomada de Decisões;
  • Tecnologias Cognitivas intermediadoras – todas as tecnologias cognitivas que promovem, o aumento da taxa de verticalização da comunicação;
  • Tecnologias Cognitivas reintermediadoras  – todas as tecnologias cognitivas que promovem, o aumento da taxa de horizontalização da comunicação;
  • Tecno-ética – procurar usar as tecnologias para redução de sofrimentos humanos;
  • Tempos Cognitivos – diferentes uso de tecnologias cognitivas, que marcam a diferença como cada pessoa, país, região, organização, grupo de pessoas está usando novas tecnologias e lidando com a complexidade ambiental presente;
  • Teorizar – é o exercício intelectual, que visa criar leis provisórias que possam reorganizar fenômenos do passado e projetar futuros, através do estudo das forças e a relação entre elas dentro de diferentes contextos, descrito em 25/04/14.
  • Três tipos de tecnologia – cada uma com um potencial de provocar mutações na espécie, pela ordem de relevância: genética, cognitiva e as outras;
  • Três camadas cognitivas – as tecnologias cognitivas reintermediadoras não atingem a sociedade da mesma maneira, criando camadas diferentes na sociedade, a saber: excluídos, parcialmente incluídos e totalmente incluídos;
  • Triângulo do conhecimento – base para análise dos fenômenos sociais, baseado em três espaços distintos de análise: filosofia no topo (limites e potenciais humanos), teorias no meio (como as forças atuam na sociedade) e metodologias na base (como podemos criar métodos para agir diante das forças) (Ver mais aqui);
  • Triângulo do poder – a relação que se estabelece entre governança, controle da informação e tecnologias cognitivas, quando uma muda, todas mudam;
  • Triângulo Político: Igualdade, Sustentabilidade e Liberdade, em 16/07/14, ver mais aqui;
  • Tripé da ambição humana – poder, fama e dinheiro, que variam de taxa, conforme o Pêndulo Cognitivo, na contração sobe e na expansão descem – 05/05/14 – (Ver mais aqui);
  • Velha Ordem Cognitiva – incapaz de lidar com mais eficácia com a complexidade demográfica da vez, em contraponto à Nova Ordem Cognitiva – 14/07/14, aparece aqui;
  • Versões Cognitivas da Espécies Humana – parto do princípio que a Tecnologia Cognitiva usada define a versão da espécie humana, uso o termo pela primeira vez, aqui, em 26/06/14;
  • Virtual – não utilizo neste blog este conceito, de forma comum usado como sinônimo de digital ou a distância;
  • Zona de Liberação Tecnológica – momentos da espécie em que uma tecnologia libera determinadas ações que antes não podam ser feitas, ver detalhes aqui.

  Vivemos hoje a passagem de uma contração para uma expansão cognitiva e o que ocorre nestes momentos, no início de uma revolução cognitiva, é justamente a passagem da moral para a ética, ou das regras fechadas para a aposta na sabedoria.

www.pranselmomelo.com.br

Todo ser humano tem um grande dilema ao longo da vida. Andar na corda bamba entre a impotência e a onipotência.

Ou melhor dizendo, conseguir viver a sua potência, entre estes dois extremos.

  • A impotência leva à depressão.
  • A onipotência à mania.

No fundo, os reguladores de humor procuram lidar com estes dois pólos para que consigamos sobreviver, vivendo.

E isso que é difícil, pois nosso lado animal, que precisa comer, se vestir, sobreviver, é uma espécie de bola de ferro que temos que arrastar.

Quando pensamos em liberdade, temos que imaginar liberdade com a auto-sustentabilidade. E a sustentabilidade é procurar se inserir em uma dada sociedade, que nem sempre é aquela que gostaríamos de viver e trabalhar.

Surge o impasse.

bola de ferro

 Assim, o dilema da impotência x a onipotência é a arte do bem viver e acho que o AA, como a primeira governança em larga escala descentralizada tem muito a ensinar, desde a década de 30, ver mais sobre isso aqui.

O mantra da serenidade é fundamental para quebrar essa dicotomia, vamos a ele, que abre e fecha as reuniões do AA:

Que eu tenha serenidade para o que não posso modificar;
Coragem para o que eu posso:
Sabedoria para perceber a diferença.

Note que nessa filosofia  a decisão do que deve ser feito não está baseada:

  • – de fora para dentro;
  • – em preceitos morais;
  • – naquilo que serve a todos de maneira geral e você tem que se adaptar;
  • – em um líder que define o que é bom para cada um (o que é fortemente religioso).

Encruzilhada-2910b

Nesta filosofia, o que está colocado é a aposta na sabedoria individual de cada um e no livre arbítrio, que coloca o tempo todo o dilema universal do ser humano.

  • O que eu faço na minha vida e está acima do que posso fazer, ou pensar de forma onipotente;
  • O que está abaixo e que eu posso me esforçar para fazer, saindo da impotência?
  • E como posso criar uma auto-sabedoria para me guiar nesse processo?

 Vivemos hoje a passagem de uma contração para uma expansão cognitiva e o que ocorre nestes momentos, no início de uma revolução cognitiva, é justamente a passagem da moral para a ética, ou das regras fechadas para a aposta na sabedoria.

Ou melhor, daquilo que mandaram eu fazer ou tenho que fazer, para aquilo que eu quero e posso fazer.

É a liberação da potência de uma sociedade massacrada por uma ditadura cognitiva, fortemente marcada ou pela impotência e a impotência, que sempre nos levam para o mesmo lugar: crises.

O dilema da potência é algo que está no centro e na base da mudança individual que deve acompanhar essa guinada civilizacional.

Que dizes?

Quando temos um problema de volume/velocidade em larga escala é preciso descentralizar a governança!

ALEVAR_ADIANTEA_1357984521P

Tenho estudado, a fundo, os grupos de anônimos (AA, NA, etc), como uma das primeiras redes colaborativas presenciais da história. E tem algo interessante naquela história para pensar Internet, nossa espécie e novos modelos de governança.

Um livro que recomendo para quem quer começar o estudo é o livro “Levar adiante” de Bill Wilson, um dos fundadores do AA na década de 30. Outro livro que faz a junção AA e rede, é o “Quem está no comando?”.

QUEM-ESTA-NO-COMANDO

O AA surge em função da crise do alcoolismo, que não tinha tratamento pela sociedade oficial, que considerava um problema moral e não uma doença.

O primeiro modelo de governança do AA é feita, através da intermediação de curadores não alcoólatras, mas que se tornou insustentável quando o projeto cresceu e saiu em um jornal de circulação nacional.

Ou seja, eles trabalhavam em um espécie de pirâmide e tiveram que criar um modelo de rede descentralizada/distribuída.

Sem líderes.

wilsonwilliamg

Bill Wilson – um dos pais do AA.

O problema foi: com os primeiros resultados positivos, foram forçados a criar grupos em todos os EUA rapidamente.

(abre parenteses)

E isso tem algo bem interessante, pois podemos analisar o seguinte, que é o que vou chamar de descentralização emergente, que é uma regra seguinte:

Quando temos um problema de volume/velocidade em larga escala é preciso descentralizar a governança!

Isso se aplica no caso do AA e também de toda a espécie, com o salto de 1 para 7 bilhões de habitantes nos últimos 200 anos.

No caso do AA, entretanto, eles conseguiram criar um novo modelo de governança descentralizada presencial, apenas com a tecnologia da palavra. No caso da Internet, a descentralização é possibilitada pela tecnologia.

(fecha parenteses)

O que podemos aprender da experiência do AA e suas redes descentralizadas?

AA_bookcovercrop

Para que uma governança descentralizada seja possível, é preciso duas pré-condições.

  • Definir claramente os propósitos – qual é o problema a ser atacado e como será atacado?
  • Definir as regras de como se vai organizar os nós da rede – de que forma serão coordenados, por quem e como se mudam pessoas e regras?

Assim, apenas com a intuição o AA criou as 12 tradições (como organizar um grupo)  e 12 passos (metodologia para parar de beber). Ou seja, todos os grupos podem ser criados, desde que sigam estas duas regras básicas.

E há um eixo estruturante, que é a cereja do bolo filosófica, que acredito ser a base fundamental para um modelo descentralizado, como lidar com o dilema onipotência e impotência.

Todo início e final de grupos de anônimos começam com um mantra da serenidade, ou oração:

Que eu tenha serenidade para o que não posso modificar;
Coragem para o que eu posso:
Sabedoria para perceber a diferença.

Isso é a base para a inovação e a filosofia mestra para se criar uma rede descentralizada ou distribuída, como vou explicar no próximo post sobre o dilema da potência.

Tenho escutado caminhando o vídeo abaixo:

É algo muito bem feito sobre a história da nossa espécie e do nosso planeta.

Como têm que resumir toda a história em duas horas é preciso escolher bem os fenômenos marcantes que definiram nosso caminho até aqui.

O vídeo apresenta uma série de coincidências que fazem com que a vida na terra fosse possível e detalha por que nossa espécie conseguiu ser dominante no planeta:

  • – andar em duas pernas e ter as mãos livres para criar tecnologias;
  • – conseguir, com isso, apostar no cérebro como o diferencial principal;
  • – criar condições para que um cérebro tão grande e consumidor de energia fosse sustentável;
  • – por fim, inventar tecnologias e códigos que nos permitissem trocar experiências.

Note que as tecnologias cognitivas ganham destaque ao longo do vídeo.

paleontologia1

Ou seja, quando falamos da história do mundo muita coisa é relevante como marcante para a espécie e outras nem tanto.

Ouvindo o vídeo vai notar que o momento que nos faz passar de um proto-humano para um humano é a nossa capacidade de começar a alterar a natureza e construir objetos, que marca a Idade da Pedra a 2 milhões e 600 mil anos atrás.

  • A linguagem só aparece há 200 mil anos.
  • E a escrita há 6 mil anos.
  • O alfabeto, que permite escrever mais com menos, há 3 mil anos.

Ou seja, é preciso perceber, o que é difícil, quando alguns fatores chamados ESTRUTURANTES ocorrem e modificam e modificarão para sempre a nossa história.

hominiids1

A Internet tem esse potencial, assim como as mudanças que podemos fazer nas estruturas genéticas.

A primeira altera a tecnologia-mãe da espécie, que regula todas as trocas.

E a segunda nos possibilita, em tese, alterar, como nunca antes, os seres vivos em um bio-tecnologia.

Antes, tivemos no século passado a invenção das bomas de auto poder destrutivo, que nos deu a possibilidade de nos suicidar.

É precismo em momentos assim, de mudanças estruturantes, subir na montanha para ver mais longe.

Pensando seriamente em incluir este vídeo nos meus cursos mais longos.

Que dizes?

Note bem que não se trata aqui de um um discurso maniqueísta e desgastado contra a velha mídia de massas, mas apenas uma análise sócio-tecnológica de que fomos aumentando o número de pessoas e complexidade no planeta e reduzindo nossa capacidade de conversar para resolver nossos problemas. As redes sociais, via digital, promovem o reencontro!

isolamento

Muitos acham que o Facebook é uma perda de tempo.

É também.

Mas tem algo fundamental nas redes sociais agora via digital: a quebra do isolamento.

A base de qualquer sociedade disfuncional como a do século passado é o necessário isolamento das pessoas. Quanto mais isolada está a sociedade, mais abusos ela vai aceitar e vice-versa!

É a criação da intermediação dos discursos verticais, que vai criando um discurso único e criando uma incapacidade de dialogar entre as pessoas, o que nos leva a uma falsa visão da realidade.

Detalhei mais os distúrbios pós-concentração neste post.

Nada explica melhor a situação de crise que temos hoje como o rompimento da conversa pós-mídias de massa.

Não era Freud que dizia que a mãe de toda a loucura é a solidão?

Toda revolução cognitiva é marcada pelo surgimento de novas tecnologias que reabrem o canal horizontal de troca entre as pessoas.

  • O mundo oral – criou a conversa;
  • A escrita (e depois a impressa) potencializou a conversa a longa distância;
  • A mídia de massa – verticalizou e concentrou a difusão de ideias;
  • A comunicação digital – cria, de novo, o espaço horizontal, em um momento de primavera da comunicação, resgatando conversas perdidas.

solidao

Note bem que não se trata aqui de um um discurso maniqueísta e desgastado contra a velha mídia de massas, mas apenas uma análise sócio-tecnológica de que fomos aumentando o número de pessoas e complexidade no planeta e reduzindo nossa capacidade de conversar para resolver nossos problemas.

Não existe cenário melhor para as crises: aumenta a taxa de abuso e reduz-se as vacinas contra ele.

O isolamento criou uma acomodação nas sociedades do século XX, o que nos levou à dificuldade de criar espaços de trocas para solucionar das micro às macros questões.

A abertura de canais horizontais, antes de tudo, têm o poder de tirar-nos do isolamento da mídia de massa e nos fazer nos sentir mais empoderados objetiva e subjetivamente.

Beijing Set To Miss Environmental Protection Campaign Target

Essa sensação de pertencimento a um determinado grupo, ou a vários, é a base afetiva das mudanças que assistiremos, pois os abusos que aceitamos isolados, não é o mesmo que aceitamos quando temos alguém para conversar, falar, ouvir e ser ouvido.

Nossa sociedade entrou na atual crise de significado justamente em função da alta taxa de isolamento das pessoas diante de um discurso vertical da mídia de massa.

Junho de 2013 foi a primeira expressão no Brasil dessa mudança, como já vem acontecendo em vários países.

Uma Revolução Cognitiva, portanto, marca o reencontro da espécie com ela mesma e estabelece um novo patamar de pertencimento e de posicionamento em relação ao mundo.

É isso, que dizes?

 Temos pouco estudo sobre as instabilidades tecnológicas. O que acontece quando tecnologias se massificam e, em especial, as tecnologias-mães da espécie: as tecnologias cognitivas.

dc-open-bird-cage (1)

Escrevi ano passado um ebook inteiro sobre o que chamei filosofia tecno-cognitiva.

O papel da filosofia nas crises é rever verdades absolutas ou bastante consagradas, diante de novos fatos que não se encaixam.

Diria que o filósofo é o cracker/hacker dos conceitos.

As ciências humanas tem se debruçado sobre instabilidades que modificam a sociedade, com mais ênfase nas áreas econômica, social, política, ecológica.

Temos pouco estudo sobre as instabilidades tecnológicas. O que acontece quando tecnologias se massificam e, em especial, as tecnologias-mães da espécie: as tecnologias cognitivas.

voo-de-balao_640_1280x960

Este é o grande gap filosófico em um tecno-mundo cada vez mais tecnológico.

Faltam parâmetros para entender o salto de visão que temos que dar, pois os últimos séculos nos tornaram um tanto onipotentes, como se fôssemos uma espécie natural e não artificial, fortemente dependente das tecnologias.

O interessante é que hoje com as ferramentas conceituais atuais não temos condições de analisar o que está acontecendo e vai acontecer.

Há que se ter uma revisão filosófica profunda  dos efeitos das mudanças tecnológica em especial das mudanças nas tecnologias cognitivas.

A Escola de Toronto, a meu ver, a que mais dedicou seu tempo ao estudo da filosofia tecno-cognitiva, sem dar esse nome, é algo que está na periferia do mundo acadêmico.

Eric_A_Havelock-1

Eric Havelock

Sim, não havia forte interesse em instabilidades tecno-cognitivas, pois como elas são raras e tinham efeito de longo prazo não davam Ibope.

Porém, a emergência por algo mais eficaz vai nos levar à essa revisão, que é a base, a meu ver, da grande mudança das ciências sociais nestes século XXI, recolocando o papel da tecnologia que ela nunca teve.

Como um novelo, é preciso recolher toda a lã e começar de novo diante desse novo paradigma, pois a tecnologia, em especial as cognitivas, são um agente importante nas mudanças sociais, mas que recebem hoje um nota zero no cenário futuro.

Sem essa revisão, não conseguiremos entender os grandes desafios que temos pela frente.

Que dizes?

 A confiança das organizações não era verdadeira, mas feita de forma artificial por falta de opções e intoxicada pelo antigo controle dos mercados e das ideias.

Trust

Como disse aqui, a governança da nessa espécie é variável, em função da demografia e o aparato tecnológico que temos para estabelecê-la.

Além disso, vemos que existe uma taxa de confiança das sociedades como um todo nas suas organizações, que dependem da força (do controle dos mercados) e da desinformação (do controle das ideias).

Revoluções Cognitivas ocorrem após um longo período de controle dessa taxa de confiança de forma artificial, um pouco pela força (monopólio das trocas) e desinformação (monopólio das ideias).

O que se percebe ao se estabelecer um novo ambiente informacional e uma nova possibilidade de trocas é o rompimento de uma longo período de camisa de força na sociedade.

A confiança das organizações não era verdadeira, mas feita de forma artificial por falta de opções e intoxicada pelo antigo controle dos mercados e das ideias.

(Tentei trabalhar nesse momento com o conceito do pêndulo cognitivo, no qual quanto mais distantes estivermos de uma Revolução Cognitiva, mais as organizações atuais estarão se servindo da sociedade.)

신뢰1

As antigas organizações da governança impressa/eletrônica aprenderam a usar o aparato das trocas de produtos, serviços e ideias e foram cada vez mais se servindo da sociedade.

As organizações, assim, depois de um longo período de controle dos produtos, serviços e ideias estão completamente incapacitadas para exercer uma governança na base da confiança, pois foram estruturadas para trabalhar em um modelo com forte controle.

A abertura que uma Revolução Cognitiva traz é a tentativa do resgate da confiança e isso pede um novo modelo de governança, não mais baseada no modelo de monopólio de troca e desinformação passado.

O novo ambiente pede um novo tipo de organização que seja capaz de lidar com um novo ambiente muito mais descontrolado que antes, baseado em um resgate do mérito, uma das características da fase inicial pós- Revolução Cognitiva.

A mudança que se pede não é, portanto, de forma mas de conteúdo, de resgate da vontade de realmente ter uma taxa maior de serviço para a sociedade.

Isso é muito difícil de assimilar, compreender e se preparar para agir.

Esta é a batalha dos que querem ajudar as organizações nessa difícil passagem.

É isso, que dizes?

 Diferente do que imaginava Marx, a meu ver, a tensão que existe na sociedade e vai definindo a história não é entre classes sociais, mas entre a população e as organizações que são criadas em cada uma das sociedades. As organizações sempre querendo se servir da sociedade e esta procurando evitar. 

Monarquia-

Nossa espécie, como disse aqui, precisa de estabelecer trocas variadas para sobreviver.

A ideia de um ermitão sozinho em uma caverna é interessante, mas são muito poucos exemplos de alguém que consiga viver desse jeito, objetiva e subjetivamente falando.

É, digamos, um modelo não sustentável em maior escala. Quanto mais gente, mais trocas teremos que ter e mais elas têm que ser fluídas.

Assim, a sociedade humana procura criar e manter organizações para regular as trocas e sobreviver no tempo.

Vou chamar de governança, assim, o modelo geral em que as organizações se estruturam internamente e mantém seu poder sobre a sociedade.

Ou seja, as trocas são mediadas por organizações que são o resultado das tensões entre  oferta e demanda.

Diferente do que imaginava Marx, a meu ver, a tensão que existe na sociedade e vai definindo a história não é entre classes sociais, mas entre a população e as organizações que são criadas em cada uma das sociedades. As organizações querendo se servir da sociedade e a esta procurando evitar.

É uma eterna tensão e haverá em todas as sociedades humanas.

monarquia-5

As organizações, assim, são aceitas pela sociedade para que estabeleçam, promovam e coordenem as regras das trocas de todos os tipos. E aí estabelece-se uma relação de poder entre as organizações e a sociedade, que define a capacidade da sociedade impor mais ou menos as suas demandas para as organizações.

Essa relação de poder das organizações está baseada fortemente em dois pilares:

  • – a força – que é a capacidade de impedir que se reclame ou se modifique algo, principalmente nas ditaduras;
  • a desinformação – que é a capacidade de controle das ideias circulantes para criar uma ilusão de que as organizações querem servir a sociedade e não se servir dela, criando uma área de sombra entre o que se diz e o que se faz, de fato (a intenção declarada e o ato feito).

A governança, assim, sofre um abalo quando estes dois pilares são implodido de alguma forma.

  • No primeiro caso, com uma revolta e a tomada de poder, com uma abertura também informacional, em quedas de ditaduras.
  • E no segundo, com a possibilidade da população poder se informar melhor, através de mudanças no ambiente tecno-cognitivo, como está acontecendo agora com a Internet, em uma Revolução Cognitiva.

Sturm auf die Bastille

Em uma Revolução Cognitiva abre-se de forma rápida e muita intensa a capacidade de troca horizontal entre a sociedade, reduzindo o poder de desinformação das organizações.

Percebe-se mais claramente o desserviço que vem sendo prestado e a relação viciada que se estabeleceu das organizações em função do poder da desinformação do ambiente tecno-cognitivo passado.

Aliado a isso, a primavera informacional permite o aumento da taxa de inovação e o surgimento de novos modelos de negócios mais próximos das demandas reprimidas, apresentando ainda de forma mais clara o deserviço.

É um abalo profundo no antigo modelo, o que causa um longo período de perda de confiança nas atuais organizações e a procura de um novo modelo, um período pré-revolucionário, em que uma nova governança da espécie vai sendo gestada.

A atual Revolução Cognitiva e seus agentes estudam formas de criar uma nova governança e um novo modelo de organizações mais compatíveis com o novo ambiente.

Foi isso que gerou a Revolução Francesa pós chegada do papel impresso na Europa, que moldou as atuais organizações.

O processo está findo.

Estamos diante agora da procura de um novo modelo organizacional mais compatível com a atual complexidade demográfica.

Que dizes?

 Um ser humano pelado na natureza não sobrevive, a não ser que consiga criar tecnologias para se proteger. Ou seja, somos tecnologicamente dependentes!

102_191-alt-blog-lions-males

O grande aprendizado que tive ao estudar os efeitos da Internet sobre a sociedade foi a capacidade que determinadas mudanças tecnológicas tem em toda sociedade e na governança da nossa espécie (um termo que acabei tendo que criar).

A base filosófica disso é a compreensão da humanidade como uma tecno-espécie e não uma espécie animal como as outras.

  • Todos os animais vivem na ecologia e criam “ferramentas” naturais para sobreviver.
  • O ser humano vive em uma tecno-ecologia e cria ferramentas artificiais para sobreviver.

Um ser humano pelado na natureza não sobrevive, a não ser que consiga criar tecnologias para se proteger. Ou seja, somos tecnologicamente dependentes!

Assim, não há nada natural na humanidade, pois nossa ecologia é tecno, é artificial.

traducao_toque_humano

Nos moldaremos e nos adaptaremos ao tecno-ambiente, conforme ele vai tendo a necessidade de se sofisticar.

Aí temos um outro aspecto importante para entender nossa espécie.

A relação entre demografia e tecnologia.

Quanto mais formos, mais sofisticado terá que ser o aparato tecnológico da sociedade para que possamos continuar existindo.

Assim, a espécie humana com 1 bilhão de pessoas precisa de um tipo da aparato tecnológico bem diferente quando saltamos para 7 bilhões.

Isso ocorre no aumento da densidade das cidades, onde se observa claramente esse salto.

Superpopulação2

Assim, a compreensão do atual mundo e para onde ele vai passar justamente pela revisão filosófica da tecno-espécie e teórica da relação tecnologia-demografia-governança.

E aí podemos falar de diferentes tipos de tecno-governanças.

A tecno-governança se modifica, conforme aumentamos a população e temos a necessidade de sofisticar a tecno-ecologia.

A governança faz parte do trinômio cognitivo: confiança, informação e troca, que vou detalhar no outro post.

Que dizes?

 

 Hoje eu posso trocar com pessoas que não conheço, pois há plataformas que me permitem confiar nelas, pois agora eu as conheço melhor em função dos rastros digitais deixados, a base de sucesso dos novos negócios.

confiança

O ser humano não resolve seus problemas sozinho.

A troca é fundamental para sua existência. Por isso, somos uma espécie fortemente social.

(Não é à toda que toda a dificuldade de interação gera algum tipo de problema objetivo ou subjetivo.)

A troca, entretanto, exige confiança.

E a confiança é baseada na informação que tenho do outro para poder confiar. Quanto mais informação eu tenho, mais eu confio, principalmente se posso comparar o que a pessoa faz com o que ela diz que faz.

Ou seja, temos um elo evidente entre confiança, troca e informação, que vou chamar de trinômio cognitivo.

Quando temos limitação da quantidade de informação sobre os outros, desconfiamos e não trocamos, ou trocamos pouco ou só trocamos naqueles que confiamos, mesmo que a confiança seja falsa, ou seja, a pessoa não faz aquilo que promete fazer.

Compreender o século XXI passa justamente por compreender como as tecnologias cognitivas, responsáveis pela informação que circula, alteram este trinômio cognitivo: confiança, troca e informação.

Temos diante de nós um novo ambiente informacional-comunicativo, que, pela primeira vez, permite em grande escala, que desconhecidos avaliem desconhecidos, quebrando com as barreiras informativas anteriores. Este é o DNA principal de tudo que está para mudar daqui para frente.

confia1

Ou seja, hoje eu posso trocar, estabelecer relações objetivas, com pessoas que não conheço, pois há plataformas que me permitem confiar nelas, pois em função dos rastros digitais deixados, a base de sucesso dos novos negócios.

Não há negócios novos sem que haja essa novo ambiente cognitivo da confiança digital.

Todas as expansões cognitivas no passado da humanidade: oral, escrita, escrita impressa e agora a digital tiveram como o DNA da mudança a alteração na troca entre as pessoas, pois criaram um novo patamar informativo, que nos levou a um novo ambiente de credibilidade mútua, mais sofisticado, que permitiu transações com desconhecidos.

O caso clássico é a chegada da escrita e a oficialização de contratos que ambos os lados concordavam com os termos, o que na oralidade não era possível.

Assim, quando eu pego um táxi no Taxibeat, tanto motorista quanto passageiro têm informações prévias sobre os atores da corrida, pois estão regidos pelo novo ambiente informativo, que permite ter uma nova forma de confiança.

A confiança, portanto, é a base em que se estabelece o ambiente de governança das sociedade, que molda as organizações e é alterado, conforme o ambiente cognitivo se altera, permitindo expandir as trocas com desconhecidos.

Tal possibilidade elimina antigos intermediadores, abrindo as transações laterais.

confianca1

A Internet, a segunda etapa da fase digital, com os aplicativos e novas plataformas digitais, com o critérios de rastros digitais (estrelas, curtir, comentários, etc), modifica esse trinômio e, por sua vez, o modelo de governança, numa guinada civilizacional e uma expansão da espécie.

Temos uma nova forma de confiar nos outros, que nos permite novos modelos de trocas, quebrando as barreiras anteriores. Isso faz com que fiquemos mais solidários, criando uma primavera de trocas e um novo modelo de governança.

Por aí, que dizes?

Quando falamos em inovação e especialmente de inovação radical, na qual é preciso uma capacidade de olhar para o que não existe, esbarra-se fortemente nestas barreiras subjetivas criadas em um mundo fortemente controlado e verticalizado.

126_artigo-desafio_faltoni

Faz anos que organizo aulas participativas, que estimulam fortemente o diálogo.

A diferença de uma aula participativa horizontal para uma aula expositiva vertical é que o organizador da primeira passa a conhecer seus alunos, pois está o tempo todo INTERAGINDO com eles. E o segundo sai da sala praticamente do mesmo jeito que entrou.

Assim, muitas turmas e muita conversa serve como uma base de pesquisa.

Acredito que nos últimos oito anos já tive mais de mil alunos com os quais conversei.

São eles de todas as idades, gêneros, experiência, setores, perfis, responsabilidades diferentes.

Posso, assim, falar sobre o Brasil, o que marca fortemente um tipo de cultura, mas talvez possa extrapolar um pouco, pelo menos, para a América Latina.

141269727

Os alunos que chegam em sala de aula têm o seguinte déficit que os impedem de inovar:

  • – Baixa capacidade de abstração;
  • – Baixa capacidade de assumir compromissos;
  • – Baixa capacidade de expressão;
  • – Baixa capacidade de diálogo.

Tais características, a meu ver, são resultados de um ambiente cognitivo vertical e centralizado que nos tirou a capacidade de criar.

Quando falamos em inovação e especialmente de inovação radical, na qual é preciso uma capacidade de olhar para o que não existe, esbarra-se fortemente nestas barreiras subjetivas criadas em um mundo fortemente controlado e verticalizado.

O método que tenho desenvolvido para a criação de laboratórios de inovação digital participativo é justamente tocar nestes pontos e procurar problematizá-los, através de provocações, filmes, exercícios, conversas, casos.

main_c4089f5d-93cb-4fb0-9b9c-020b75b4a83c

A meu ver, se não tocarmos nestes problemas culturais, não teremos uma equipe inovadora, pois só haverá uma mudança de qualidade se as pessoas mudarem a relação que tem com a vida e com os outros.

O grande equívoco, portanto, que tenho visto na tentativa de implantar a inovação nas organizações é não conseguir compreender a guinada que estamos passando, saindo de uma contração cognitiva, de ideias e projetos controlados para um momento de expansão cognitiva, que nos leva para um descontrole.

É preciso uma nova subjetividade para viver esse novo mundo, que virá naturalmente nas novas gerações, porém a geração atual de passagem precisa ser fortemente trabalhada, pois vai contra toda a sua formação e modus-operandi.

É isso, que dizes?

O que há de novo no campo da inovação é que vivemos uma mudança radical na “placa tectônica” dos negócios, motivada pelo aumento de complexidade da sociedade em função da explosão demográfica acrescida da chegada de novas tecnologias cognitivas, a mãe de todas as tecnologias. Há, assim, a necessidade de um aumento da taxa de inovação e não de inovação.

environment

Temos que ter um certo cuidado com os conceitos, pois eles estão sempre embebidos de penduricalhos.

Ainda mais aqueles que entram no ramo dos negócios com um conjunto de interesses de venda de produtos e serviços.

Uma coisa que anda cheia de serelepes é a ideia de inovação.

Se não houvesse inovação na humanidade não estaríamos aqui.

Ou seja, fazer algo diferente não é um problema do século XXI.

Inovar é fazer diferente algo que já se faz de forma incremental (de leve) ou radical (de forma completamente nova).

Toda empresa pratica em certa medida uma taxa de inovação todos os dias.

O que há de novo no campo da inovação é que vivemos uma mudança radical na “placa tectônica” dos negócios, motivada pelo aumento de complexidade da sociedade em função da explosão demográfica acrescida da chegada de novas tecnologias cognitivas, a mãe de todas as tecnologias. Há, assim, a necessidade de um aumento da taxa de inovação e não de inovação.

Assim, o que temos que melhorar é a taxa de inovação das organizações, tanto na qualidade quanto na quantidade.

inovar2

Ou seja, o que era feito de forma dispersa agora é preciso ser mais pensado e organizado, dentro da estratégia maior de cada organização, o que nos leva a ter que praticar a tal “Gestão da Inovação”, que nos leva a criar uma carteira de inovação.

As empresas, por natureza humana, são estruturadas para solucionar um dado problema, criar métodos e repeti-los.

Este é o modelo chave das organizações do século passado, que ajustavam regularmente seus processos, serviços e produtos com uma baixa taxa de inovação em um mundo com uma taxa muito maior de controle e previsibildiade.

Funcionava, pois os “russos” do outro lado (clientes, fornecedores, concorrentes, sociedade) estavam também com uma taxa baixa de mudança nas demandas e alterações.

Atualmente, há uma dicotomia entre a taxa de inovação praticada pelas organizações com o ritmo inovativo promovido pelo lado de fora, o que cria um cada vez maior “gap inovativo“.

E aí é preciso criar um processo de mudança organizacional que promova uma mudança cultural de uma organização que mais repete do que cria para uma que mais cria do que repete, com taxas variáveis de inovação dependendo do cenário de atuação.

Quanto mais mutantes, mais a taxa de inovação terá que ser maior!

criatividade

 (Porém, em todas as áreas o gap vai existir com mais ou menos intensidade. E quando não houver ações o que vai acontecer uma bolha que vai crescer, pois a qualidade de inovação da oferta vai estar cada vez mais incompatível com a taxa de qualidade da demanda.)

O projeto de gestão da inovação, entretanto, é assim fortemente estratégico e não operacional como vem sendo tratado na maioria dos casos.

Não se cria uma área de inovação, como um deparamento de software, mas percebe-se que é preciso repensar o modelo organizacional da repetição para a criação e isso implica mudanças profundas na organização, o que deve estar afinado e subordinado diretamente ao comando do barco.

Porém, encarar as mudanças atuais de frente é algo bem difícil. A maioria das organizações prefere não fazê-lo.

O discurso subliminar que mais ouço é:

Vamos inovar sim, mas desde que não mudemos nada” 😉

bebe entediado

Uma gestão da inovação deve, portanto,  prever duas áreas de atuação distintas:

  • – as mudanças incrementais – que devem ser feitas com o avião voando;
  • as radicais – que devem ser criadas fora do atual modelo, em separado, para que se possa fugir do calor do dia-a-dia para que se possa ousar (ninguém ousa com prazos rígido nos cangote).

Na área da inovação radical, sugere-se a criação de laboratórios de inovação, startups, aceleradoras de negócio. Ou seja, uma organização sabe que vai ter que mudar e cria sementes e mudas para que seja ela a “matar” a própria nave-mãe em um futuro incerto.

O esforço dos laboratórios de inovação radical é compensador, pois permite que o processo atual continue funcionando, sem que impeça que novas práticas sejam testadas.

Estou praticando essa metodologia em algumas organizações e criando o primeiro curso on-line do Brasil para formação em especialistas neste campo, veja mais detalhes aqui.

Que tal vir conhecer e entrar nessa nova onda com menos penduricalhos?

Que dizes?

 

Quanto mais radical for a mudança nas tecnologias cognitivas, mais radical será a mudança na governança da sociedade.

20set2013---aparecendo-como-uma-coluna-de-fumaca-subindo-do-horizonte-uma-faixa-escura-de-poeira-marca-o-plano-da-via-lactea-nesta-imagem-que-ficou-em-segundo-lugar-na-categoria-pessoas-e-espaco-feita-1379677058120_956x5

Sim, tem muita fumaça no horizonte e pouco fogo.

Quando há muitas alterações de um dado equilíbrio, é preciso analisar com calma o principal motivo DESESTABILIZADOR.

Se nos concentramos em entender o fator principal da INSTABILIDADE podemos ter uma análise mais eficaz do que está por vir.

O fator chave da mudança atual é a chegada massiva de novas tecnologias cognitivas, que têm, apesar de não estar no nosso radar teórico, o poder de mudar a forma como realizamos a governança da espécie.

Foi assim no passado como nos ensina a Escola de Toronto, que estuda mudanças radicais nas tecnologias cognitivas desde a chegada da escrita (todos os posts em que cito Toronto podem ser vistos aqui).

As tecnologias cognitivas são as tecnologias mãe, ou master, ou estruturantes da nossa espécie. Quando mudam, abrimos o espaço para uma mudança na governança geral de toda a nossa civilização.

formigas3

(Só vamos entender essa premissa se encararmos de frente a concepção da filosofia tecno-cognitiva que prevê que não somos uma espécie natural, mas uma espécie artificial que só pode ser entendida dentro de um ambiente tecnológico, uma tecno-espécie, como detalhei aqui.)

Assim, quanto mais radical for a mudança nas tecnologias cognitivas, mais radical será a mudança na governança da espécie.

É o que tenho defendido, desde as reflexões do meu livro lançado no ano passado.

Que há uma governança geral da espécie que se modica no tempo.

Obviamente, que isso já levou milênios, séculos, agora estamos mais rápidos.

A governança da espécie se modifica pelos seguintes fatores.

  • População – quanto mais formos, mais o aparato tecnológico terá que se modificar para atender a complexidade das novas demandas, ficando cada vez mais sofisticado;
  • Aparato tecnológico-cognitivo – mais e mais sofisticado, permitindo a criação de novos modelos de governança;
  • Modelos de governança – a governança vai tendo que se descentralizar e horizontalizar, pois quanto mais complexidade tivermos, menos podemos controlar os fluxos das trocas para a solução dos nossos problemas.

candeloro_categ

Há nesse processo um movimento inconsciente de cópia do modelo de governança dos outros grupos de animais.

  • A governança atual e do passado, diante da população, era mais próxima dos líderes-alfas e da liderança, através de aparatos escritos-orais;
  • O modelo que estamos entrando é mais descentralizado e horizontal, baseado no Karma Digital, através dos rastros que as bases de dados permitem, nos aproximando do modelo dos insetos, em particular mais próximo das formigas.

Qualquer projeto – REALMENTE EFICAZ – nas organizações deve prever essa mudança radical de governança como o fator PRINCIPAL para ser alterado.

É por isso que tenho me especializado em criar espaços de migração da governança atual para a nova, através de laboratórios de inovação digital participativo.

Os projetos que estão por aí implantados, que não encaram a mudança de governança radical de frente, a meu ver, são apenas fumaça e que não vão gerar grande valor, pois o valor é sempre a capacidade de uma pessoa/organização conseguir oferecer algo que esteja próximo das mudanças do ambiente atuais e futuras.

É isso, que dizes?

Para compreender as mudanças atuais, é preciso fazer uma revisão na relação ser humano-tecnologia, pois estamos vivendo mudanças radicais por causa de alterações em tecnologias estruturantes da espécie: as de como nos relacionamos entre nós, a saber, comunicação, informação, trocas, aprendizado.

robo_japao2_300_1

Entender o mundo de hoje exige uma revisão na relação humana com as tecnologias.

O senso comum trata o ser humano como um animal que usa a tecnologia como algo opcional e periférico.

O grande salto filosófico a ser feito é nos vermos como uma espécie tecnológica, a única no planeta.

Somos uma tecno-espécie.

Isso é o início de todo o processo de revisão necessária para compreender as mudanças atuais, pois estamos vivendo mudanças radicais por causa de alterações em tecnologias estruturantes da espécie: as de como nos relacionamos entre nós, a saber, comunicação, informação, trocas, aprendizado.

Enquanto tecno-espécie temos que entender que as tecnologias não são algo fora da espécie, mas próteses que fazem parte da espécie, com a qual nos relacionamos e estabelecem algo fundamental.

A relação entre possibilidade e necessidade, que define os limites da civilização.

É o que falarei neste outro post.

 

A tecno-espécie humana se estrutura em uma relação dialética entre a possibilidade e a necessidade.

Atravessan_882011_93533

Obviamente, que existem vários fatores que podemos explorar, mas quero me concentrar apenas nas possibilidades tecnológicas.

Podemos dizer que necessidades existem, mas nem sempre são viáveis.

Um cidadão que não sabe nadar pode querer atravessar um rio, mas não consegue ir se não tiver uma ponte, um barco, algo que o permita atravessar em segurança.

Há, então, uma latência que se acumula e não ocorre a não ser que ha uma POSSIBILIDADE tecnológica que permita que a necessidade dê vazão.

Uma tecnologia, assim, quando chega ela tem um aspecto fortemente cultural, pois há um conjunto de necessidades que não se concretizam em função dos limites tecnológicos impostos.

escalada-10

É como uma barragem que não está aberta, mas quando abre as comportas dá vazão a uma série de latências.

Ou seja, uma sociedade é do jeito que é, conforme os limites tecnológicos que tem diante dela. Quando estes limites são superados a sociedade se modifica e um conjunto de necessidades que estavam latentes vem à tona!

Quando temos mudanças em tecnologias periféricas temos mudanças periféricas, quando temos alterações em tecnologias estruturantes, temos mudanças estruturantes. Tecnologias cognitivas (as que expandem nosso cérebro) são tecnologias estruturantes.

Ou seja, todas as alterações que assistimos hoje na sociedade têm com raiz uma nova possibilidade tecnológica, que traz embutida uma necessidade que estava latente, mas que não vinha à luz, por falta de tecnologias que as viabilizassem.

25

 

Neste momento temos que analisar quais eram as necessidades latentes que agora se expandem na sociedade.

A minha hipótese é de que o aumento populacional de 1 para 7 bilhões nos últimos 200 anos criou um modelo de governança da sociedade incompatível com o novo tamanho da população.

Se vamos analisar o que está acontecendo temos que ir da força principal (a mudança radical da governança da sociedade) para as periféricas mudanças na sociedade, economia, política, negócios, educação relacionamento.

Essa mudança de governança é a mudança mais radical que estamos vivendo.

É rara, ocorreu poucas vezes e teve consequências radicais no passado, com a oralidade, a escrita, escrita impressa, a comunicação de massa e agora a comunicação digital.

Por aí, que dizes?

Eis o que uma organização deve assumir ao montar laboratórios disruptivos digitais:

1- preciso urgentemente incorporar a nova cultura digital;

2 – isso será melhor realizado em uma área separada devido a dicotomia entre a cultura atual e a nova;

3 – a palavra de ordem será motivação e voluntariado;

4 – o trabalho com motivação com os novos colaboradores digitais será feito na base da parceria e não na antiga relação vertical patrão-empregado;

5 – os resultados devem ser focados no cliente que terá sofrimento reduzido a médio prazo;

6 – a inovação radical, assim, geralmente, apresenta resultados de médio e longo prazo;

7 – o mais importante é a mudança ética-cultural em curso;

8- além de uma nova forma de concepção para solução de problemas;

9 – o investimento aparentemente será meio a fundo perdido, por isso os resultados que virão serão considerados milagres;

10 – a lógica dos resultados é outra, pois além dos concretos, há fatores intangíveis, tais como: novas lideranças e motivação generalizada, que terão impactos indiretos na organização.

Não, não são todas as organizações e gestores que topam algo desse tipo.

Porém, as que toparem não se arrependerão.

É isso, que dizes.

Saber cobrar é uma arte.

image

E há, assim, vários tipos de formas de se cobrar resultados para vários tipos de pessoas em vários tipos de situações.

Basicamente, vou abordar o aspecto da motivação e cobrança em inovação radical.

Se está diante de uma pessoa ou equipe pró-ativa, empolgada por um tipo de trabalho disruptivo – a cobrança deve visar aperfeiçoar as ações.

Sempre de forma compreensiva com o lado experimental do processo.

Deve-se destacar o lado positivo do que vem sendo feito , pois a cobrança indevida para um motivado disruptivo pode ser desmotivadora.

E aí perde-se duplamente e não se tem resultados.

Inovação radical só faz sentido, se voluntária, ética, com um envolvimento subjetivo dos envolvidos, como uma missão de vida.

Haverá que de resgatar mais adiante a motivação, criando um problema que não havia.

Diria que é a pressão no amor, apenas do alinhamento para manter a motivação.

image

Já quando há desmotivação, o quadro é mais difícil, pois a inovação disruptiva sem motivação tem tudo para fracassar.

Não sai do lugar.

A cobrança deve ser pelo resgate da motivação, o que é algo muito mais sofisticado e diria delicado.

Há que se ter sabedoria na hora de cobrar resultados disruptivos.e analisar a motivação de quem será cobrado.

A motivação é item raro e deve ser preservada e mantida feito ouro.

Em LabDisDig isso deve ser algo fundamental, pois a maior parte do que será feito é de forma voluntária e auto-motivada.

Diria que é um tipo de relação de cobrança muito mais fraternal do que paternal.

É isso, que dizes.

Acredito que temos que separar os tipos de projetos dos LabDisDig – laboratórios disruptivos digitais.

image

1 – projetos estruturantes – aqueles que permitem seu funcionamento (ferramentas tecnológicas, jurídicas, organizativas e recursos humanos);

2 – projetos edificantes – aqueles que são o resultado do trabalho  e passam a resolver problemas de uma nova maneira.

Normalmente, vêm em paralelo, tendo mais ênfase no início no primeiro. E depois no segundo.

Ambos em diálogo permanente.

São três passos:

image

– Conseguir trabalhar, gerar recursos para sobreviver com as próprias pernas;

– Trabalhar em algo que goste;

– E, além das outras duas, ajudar a reduzir sofrimento na sociedade, deixando um legado.

Talvez, a terceira venha apenas com o tempo. Um fator é fundamental, entretanto, para isso: conseguir fugir do consumismo.

Viver uma vida sem se viciar no supérfluo.

É isso, que dizes?

Quanto mais complexa e populosa for uma espécie, mais sofisticado terá que ser o seu aparato de comunicação e, baseado nele, o modelo de governança.

jobs-freud

  • Uma espécie complexa se torna cada vez mais dinâmica e com seus membros mais singulares;
  • Uma população maior traz problemas maiores de complexidade.

Hoje, a principal crise que temos é a da comunicação.

Estamos com um déficit enorme de qualidade de comunicação presencial e a distância, o que nos leva diretamente a um modelo de governança também de baixa qualidade. 

Criamos uma complexidade demográfica, mas mantivemos o modelo de comunicação (a distância e presencial) muito aquém do desafio que temos pela frente.

O que vai nos tirar da lama é a chegada de novas tecnologias de informação e comunicação que vai nos empoderar e permitir criar uma governança mais compatível com a complexidade que temos para administrar hoje e amanhã.

Precisamos incorporar no nosso aparato tecnológico-cognitivo o modelo dos insetos que deixam rastros. Não é de surpreender, por exemplo, que 6 milhões de brasileiros já usem o aplicativo Waze, que permite que haja troca de informações entre motoristas no trânsito.

O aplicativo usa os rastros involuntários (GPS e posição do carro) para identificar engarrafamentos e o voluntário (comentários) para apontar acidentes ou irregularidades.

Para um problema tão complexo, só um aparato novo desse tipo.

waze

Muitas vezes, geralmente quando alguns colunistas de jornal não têm assunto, resolvem atacar as tecnologias dizendo que elas estão nos desumanizando.

Eu tenho insistido em dizer que o ser humano é uma tecno-espécie e que são justamente as tecnologias que sempre vieram e sempre virão nos salvar da barbárie. Sem elas, seríamos uma espécie em extinção, nadando em um caos supremo.

O que é necessário, entretanto, é a sabedoria do uso.

Há uso adequados e eficazes e inadequados e ineficazes, dependendo do contexto.

Estamos cada vez tornando mais complexo nosso aparato tecnológico, pois não paramos de crescer. Quanto mais complexidade demográfica, maior será a tecnológica.

Assim, temos que criar um balanço entre nossa capacidade de ser e de usar as tecnologias disponíveis para o bem viver.

Uma relação tênue e umbilical entre psicologia e tecnologia.

Ou seja, o uso das tecnologias, principalmente as novas, não vão para o divã.

Mas deveriam, pois nossa subjetividade muda (e como!)

É isso, que dizes?

 

 

Temos que analisar o fenômeno da comunicação em dois níveis: a presencial e a distância.

5 (1)

  • A presencial pode ocorrer com os recursos das tecnologias biológicas e incorporadas. Órteses externas são opcionais;
  • A distância só ocorre com os recursos  de órteses externas, sendo estas obrigatórias.

Quando surge uma nova mídia que nos permite transpor ainda mais a distância (escrita, escrita impressa, rádio, televisão, Internet) há uma espécie de explosão de uma latência antiga e as pessoas se apaixonam pelas novas possibilidades.

Há um fenômeno de uso inadequado da mesma na comunicação presencial.

O que ocorre hoje com a Internet é simplesmente o mesmo que ocorreu com o livro, o rádio e a televisão. Um uso exacerbado de uma nova mídia da qual estamos maravilhados.

Cabe as organizações educacionais da sociedade separar e preparar as pessoas para que quando juntas conversem sem tecnologias externas e, quando separadas, as potencialize ao máximo.

É isso que dizes?

Podemos concluir o primeiro balanço de um ano e meio de trabalho de capacitação para formação de laboratórios disruptivos digitais.

Cerkamed

O foco destes laboratórios não tem sido em empresas nativas, pois esta já é um laboratório nato e vivo.

O grande problema do mundo organizacional hoje são com as empresas mutantes, preparadas para viver em um mundo vertical e pouco mutante.

Precisam criar a cultura de um mundo mais horizontal e mutante e isso não é fácil.

Há duas possibilidades na montagem destes laboratórios:

  1. começando do zero – o laboratório começa do zero, contratando pessoas com o perfil mais adequado, em geral mais jovens.
  2. reciclando profissionais mutantes –  o laboratório se utiliza de pessoas que hoje trabalham no atual modelo e precisam migrar para o novo.

O modelo 1 é muito difícil de emplacar, pois a necessidade do laboratório não é tão evidente para os atuais gestores. Assim, a ideia de que é preciso contratar gente e investir é algo pouco provável.

wallpapers-10

Nas experiências que tenho tido temos optado pela opção 2, que consegue uma melhor aceitação pelos gestores, pois o laboratório terá um período, digamos encubado, pelo pessoal da casa.

O modelo, ainda em teses, é a dedicação de um tempo (cerca de 10% do horário mensal de cada colaborador) para o laboratório. Dará certo?

Porém, a opção 2 tem os seus desafios (e mais custos de capacitação).

De maneira geral, a força de trabalho das atuais organizações, seja ela pública ou privada, tem os seguintes problemas:

  • baixa capacidade de abstração – o que dificulta o trabalho com inovação disruptiva (geralmente confundem percepção de realidade);
  • baixa capacidade de diálogo – estamos intoxicados pelo modelo de seguir um líder/chefe com pouco incentivo para defesa franca de ideias, o que dificulta o trabalho mais horizontal;
  • baixo compromisso com causas sociais – cada um segue mais a ordem que vem de cima do que um compromisso individual (independente chefes) com a sociedade. Culpa-se os superiores (sejam eles quais forem pelos fracassos na sociedade), mas não assume o seu papel no processo;
  • baixa iniciativa – aprendemos a esperar ser mandados do que fazer. Há um medo do erro e da reprimenda vinda de cima;

foto_destaque

  • Não compreensão da nova cultura digital – ou seja, incapacidade de interferir em novos projetos disruptivos nessa área;
  • Incapacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares e horizontais – há os dialetos de cada formação, além da falta de prática de troca de argumentos.

Toda a capacitação que tenho feito é o de procurar suprir estes déficits com conversas, exercícios, exemplos e problematizações de tal forma a preparar o pessoal para conseguir trabalhar nesse novo ambiente de forma mais eficaz.

O grande problema que temos hoje, a meu ver, é essa geração que está no auge da sua vida profissional e foi atingida pela revolução cognitiva e há aí um desafio de prepará-los para mudar velhos e consolidados conceitos. Será possível? Em que medida?

A questão humana é, assim, o grande desafio nessa migração, principalmente quando falamos em laboratórios formados por profissionais mutantes.

6500783159

Talvez o ideal seria uma mescla dos dois, mas nem sempre isso é possível.

Os resultados, entretanto, de um e de outro são lentos, mas, acredito, bem relevantes no futuro, pois a avaliação de cenário é de que há uma nova cultura de solução de problema que a organização terá que adotar. Quanto mais maturada e tranquila for a migração, menos traumática e melhores serão os resultados.

Há que se ter a sabedoria de plantar para colher no tempo certo.

É isso, que dizes?

A grande dificuldade de se implantar laboratórios de inovação disruptivas nas organizações é o vício no presente.

18277_zoom

Nossas organizações – e vamos incluir todas elas incluindo a academia – se prepararam para atuar em um mundo estável e previsível, fruto de um contração cognitiva.

O lado de fora sempre foi um pouco mutante, mas não surpreendente.

Em nenhum momento de passado recente, nos deparávamos com novos modelos de governança como atualmente.

O modelo piramidal-hierárquico era o dominante e inquestionável.

Hoje, a cada semana um novo modelo para solução de problemas surge e é completamente diferente ao que estávamos acostumados.

Não setores na organização preparados para pensar o futuro, pois o futuro era certo e não incerto.

2593261209_656e0c2664_z

Todo o ambiente organizacional hoje, incluindo a mídia de massa, trabalha com a premissa da continuidade e não da ruptura.

Não há ninguém sendo preparado para pensar melhor o que virá, mas apenas administrar o que já está.

Se isso é comum lá fora, no Brasil isso se agudiza, pois somos co-dependentes da visão estrangeira e esperamos aquilo que os americanos têm para nos contar.

O problema é que os americanos (aqueles que chegam até nós) não trabalham muito bem com mudanças desse tipo. A cultura americana é muito eficiente nas mudanças incrementais, mas não nas radicais, que exige um trabalho mais teórico-filosófico.

Na maior parte dos casos, não há muito o que se fazer, apenas deixar a história se encarregar de trazer a conta.

Fica apenas o registro.

Que dizes?

É algo meio simples, mas nem sempre juntamos as duas coisas. Se eu acho que vejo a realidade de forma direta, naturalmente eu não preciso de ajuda para ver a realidade.

slide_203437_590408_huge

Quando interajo com os outros é apenas para registrar aquilo que vejo, pois eu não preciso de mais olhos para me ajudar a ver melhor.

Comunico aos outros o que vejo.

Isso é o que chamo de ego fechado.

O ego fechado interage para convencer, pois ele, entre todos os outros, consegue ter algo de especial que chega na verdade com mais eficiência.

Por outro lado.

Se acho que a realidade é sempre algo turvo e eu tenho apenas a capacidade de ver um pedaço e de forma provisória, de forma indireta, naturalmente eu preciso de ajuda para ver a realidade.

11042006112011g (1)

Quando interajo com os outros é para ampliar a minha visão daquilo que vejo, pois eu preciso de mais olhos para me ajudar a ver melhor.

Compartilho percepções para ver melhor.

Isso é o que chamo de ego aberto.

O ego aberto interage para aprender, pois ele, como todos os outros, não consegue  ver a realidade sozinho e precisa dos outros para ver com mais eficiência.

Num mundo do bang big, em que há concentração de ideias, o ego fechado é hegemônico e aumenta a taxa daqueles que se acham os donos da verdade. É tempo do ego fechado. A interação é a do convencimento vertical.

Big-Bang (1)

Num mundo do big bang, em que há descentralização e ideias, o ego aberto é demandado e reduz a taxa daqueles que se acham os donos da verdade. É tempo do ego aberto. A interação é a do coo-vencimento coletivo horizontal.

Algo fundamental para um trabalho de passagem da geração do ego fechado para o aberto é, portanto, a quebra do conceito de verdade individual e absoluta para o de apenas percepção precária que demanda a interação coletiva.

É o passo primeiro para os egos se abrirem.

É isso,

que dizes?

Converso com muitas organizações e o problema principal é a dispersão de iniciativas. São várias metodologias sobrepostas que dá uma impressão que se quer fazer muita fumaça e pouco fogo.

ideias-cegos-e-o-elefante

Em uma organização um pouco maior temos em paralelo projetos:

  • – de redes sociais;
  • – de educação corporativa;
  • – de gestão de conhecimento;
  • – de gestão da informação.

Cada um muitas vezes sendo tocado por um setor distinto.

O problema é que temos apenas uma organização e não várias para experimentar cada um destes projetos.

Isso é fruto do seguinte:

  • – ilhas que não se falam;
  • – falta de leitura de futuro;
  • – falta de coordenação de projetos estratégicos, ou de uma carteira de inovação, que crie sinergia entre o mundo de hoje, o que virá e como podemos nos alinhar com ele.

cegoseelefante (2)

Já nem lembro quem disse, deve ter sido o Drucker, de que o que faz a diferença entre uma organização e outra é a sua visão de futuro. Se isso valia para um mundo estável, imagina agora que somos surpreendidos a cada esquina com um novo modelo de negócios!!!

O problema é que a sociedade como um todo rebaixou a futurologia (leia-se filosofia) para debaixo do tapete e agora a conta está vindo.

Somos cegos tateando o futuro e cada um com a sua intoxicada visão setorial quer resolver o problema geral, sem saber, afinal, que bicho é esse que tem pela frente.

Quando me consultam sobre projetos desse tipo, eu digo que são ineficazes, completamente ineficazes, pois o mundo que conhecemos está acabando, os paradigmas estão ficando obsoletos e o modelo de governança das atuais organizações estão entrando em franca decadência.

Muitos acham uma visão radical, pois acham que o futuro está na página dos grande jornais, nas revistas que leem, no que aparece na televisão.

O futuro está sendo construído e sem espaço na mídia por jovens que estão bolando coisas completamente diferentes em seus quartos bagunçados com capitalistas de riscos suprindo-os de dinheiro.

1159_BnHover

Olham para os lados e não sentem isso, acham que vai demorar algumas décadas.

Pode ser.

Porém, a sociedade tem dado sinais evidentes de tremores, que nos avisam que terremotos podem acontecer e é preciso se precaver de alguma forma.

Em uma carteira de inovação (que a maior parte das organizações não têm)  eu colocaria muito pouco peso (e recursos) em projetos que acreditem no atual modelo de governança e colocaria muitas, mais muitas fichas na experiência de um novo modelo de governança mais dinâmico.

As organizações, entretanto, estão completamente intoxicadas e acomodadas por um mundo que não saía do lugar e não se mexia, com seus privilégios garantidos.

Entende-se a pasmaceira, mas não a cegueira, pois quem tem um patrimônio a gerir tem que estar atento para algo que está por vir, mesmo que não se sinta, ou não queira sentir.

É a profilaxia estratégica.

 

Não joguem pedra nas atuais organizações. Se você está lendo este blog por algum motivo o modelo piramidal, setorial, gerencial, do presidente, diretor, gerente, chefe, colaborador e estagiários te trouxe até aqui.

soldiers_54sm-1h4dnb5

Não cuspa no prato que comeu.

Mas também não o leve para dormir na sua cama! 🙂

A pirâmide organizacional foi a única forma possível para sobreviver ao aumento radical de complexidade da nossa sociedade nos últimos anos.

Dividir para gerir!

As atuais organizações imitaram os exércitos, que imitaram a igreja, ou a igreja imitou o exército, pouco importa.

  • General, coronel, tenente, major, sargento, cabo e soldado.
  • Papa, cardeal, bispo, padre e fiéis.

Paróquias e divisões.

Descartes neles: dividir para entender, entender para gerir.

Santa hierarquia, maldita hierarquia.

sociedade-hierarquia-clero

Tudo ia bem, mas tivemos dois problemas no modelo:

  • – o aumento de 1 para 7 bilhões de habitantes em apenas 200 anos;
  • – o big bang cognitivo ocorrido, a partir de 2004, com a macro-canalização da espécie, que nos levou a:
    • um novo modelo de solução de problemas, ou seja de gestão, trazido pelo digital-participativo;
    • a explicitação da crise da atual governança com o empoderamento dos canais pelo consumidor-cidadão e os exemplos novos, que mostram o quanto as organizações atuais são reticentes às mudanças necessárias e urgentes, o que gera uma tensão cada vez maior entre o lado de fora x o de dentro.

Sim, hoje temos na sociedade uma nova forma de solucionar os problemas que FINALMENTE pode nos tirar do modelo clero-militar que tanto nos deu e tanto nos tirou.

Os ambientes digitais estão cirando uma nova hierarquia, sai o gestor diretor e passa a gerir algorítimos e são estes que gerenciam as pessoas.

Uma plataforma digital participativa se encarrega de monitorar o que hoje um gestor tem que fazer: quem faz o que, quando, de que forma e quando entrega.

O gestor deixa de ser alguém que controla pessoas e passa a gerenciar a plataforma digital participativa e seus respectivos algorítimos.

0000

As organizações passam a sair do modelo piramidal oral-impresso para um novo modelo digital participativo, no qual a regulagem das ações passa a ser feita por um robô.

Esse é o grande salto da governança organizacional atual para a digital, emergente.

O que levará a organização contar com cada vez mais e mais demandas, sem ter problemas de ofertas, o que hoje não ocorre.

Para isso, é preciso experimentar e começar gradualmente, passo a passo.

Esse é o desafio.

Muitos falam, até intuem, mas poucos atuam para experimentar.

É isso, que dizes?

As organizações perderam a capacidade de “futurologar”. Estamos saindo de um mundo do bang-big cognitivo e indo para o do big-bang.

future

Ou seja, a expansão das ideias nos leva à mudança radical do modelo de governança.

Me parece que esse é o diagnóstico principal que qualquer estrategista deve fazer sobre o futuro.

E isso nos remete a teoria dos futurólogos ao fazer seus cálculos, que, a meu ver, se faz assim:

  • Quais são as forças principais que movem a sociedade?
  • Como elas atuam?
  • Qual a relação entre elas hoje e provavelmente amanhã?

O problema é que temos um erro de avaliação das tecnologias neste cálculo.

Somos uma tecno-espécie;

  • Nossa tecno-espécie muda quando nossas órteses (tecnologias) mudam;
  • Especialmente quando tecnologias cognitivas se alteram;
  • As tecnologias cognitivas concentradoras consolidam a governança da espécie criada anteriormente;
  •  As tecnologias cognitivas descentralizadoras abrem espaço para a criação da nova governança da espécie futura.

tempo

O problema que temos hoje é que nosso paradigma teórico-filosófico nos leva a dar uma nota muito baixa ao poder das tecnologias.

Achamos que nossa espécie é uma espécie e não uma tecno-espécie.

Enquanto tecno espécie, nos adaptamos e mudamos, conforme as órteses que nos cercam, principalmente as que expandem nosso cérebro (o epicentro de tudo).

O mosquito que morde hoje a sociedade é a massificação de uma tecnologia cognitiva descentralizadora, ou reintermediadora que provoca um bing-bang cognitivo e nos leva a migrar para uma nova espécie, que pede uma nova governança, mais compatível com a atual complexidade demográfica.

Cálculos de futuro e estratégias que não levem esse mosquito em conta, vão chamar tudo de virose e não terão os remédios adequados para controlar a “doença”.

Este deve ser o eixo estratégico das organizações para o futuro, a locomotiva principal, o resto é vagão.

É isso, que dizes?

 

 

Hoje se fala em inovação como se fosse a salvação da lavoura. Faz sentido, pois estamos saindo de um mundo contraído para um em expansão, em função do big bang dos canais de comunicação disponíveis para os usuários.

153940191-701b7ef1-305e-4b9c-b53f-28c2012e7a0d

Boom!

Estamos saindo de um modelo de sociedade repetidora para um de sociedade criadora. Repetir gerava valor, hoje é o criar que gera valor.

Isso é típico do processo de expansão.

O problema é que a sociedade, organizações e seres humanos foram formatados para serem repetidores e não criadores.

E isso cria um sério problema para o futuro.

Temos que começar um processo de reconstrução social.

Expansion_des_Universums

Por isso, começamos a falar em inovação em todos os cantos.

Porém, temos que entender que a nossa sociedade está saindo de uma fase de contração, que acho mais preciso chamar de ditadura cognitiva e temos que caminhar para uma primavera: flores precisam desabrochar.

Uma das formas que se pretende fazer essa migração de forma planejada é o que muitos chamam de CARTEIRA DE INOVAÇÃO.

Quando se fala carteira, parte-se do princípio que vai haver uma seleção de projetos, vai haver algo racional (o que é raro e cada vez mais demandado) para selecionar ações de inovação que serão executadas no curto, médio e longo prazo.

Há algo de estratégico na carteira de inovação.

ebc-words_76e9bc8dd5

O que nos leva a detalhar quatro opções de carteira:

  • 1 – A não carteira – ou seja, não ter nada planejado e ir tocando de forma intuitiva e pouco racional, um projeto de inovação, conforme as demandas, sem muito planejamento;
  • 2- A carteira incremental – que é projetos que vão melhorar o que já existe, mas não se vai pensar em nada disruptivo;
  • 3- A carteira incremental + disruptiva – em que um setor ou projetos tentarão criar produtos, serviços e projetos inovadores, bem diferentes;
  • 4- A carteira incremental + disruptiva + governança radical digital – em que uma área da organização vai procurar um novo modelo de governança, a partir da compreensão da mudança radical da espécie trazida pela Internet e gerar projetos inovadores já com a nova premissa cultural.

Diria que hoje, no olho, temos muito da primeira, alguma coisa na segunda, quase nada na terceira e só alguma experiência que eu tenho feito com dois clientes na quarta.

carteira-passaporte-ferragamo-detalhe

 

De maneira geral, as organizações não conseguem muito olhar para fora quando pensam em inovação, pois há um vício ou uma intoxicação de que o mundo lá fora continua (e continuará) igual, pois as organizações têm o controle dos mercados e que os ajustes que tenho que fazer são de dentro para dentro e de dentro para fora.

Perdemos a prática de criar cenários e de estudar o mundo.

Como ele ficava mais ou menos igual, aposentados os futurólogos.

O problema que o mundo hoje ganhou um novo dinamismo como o boom dos canais de comunicação, que iniciam um processo de mudança radical na sociedade, inusitadas e não previstas em todas as áreas.

É preciso colocar um X de incógnita no futuro e se preparar para alguns cenários distintos.

Esse é o papel da carteira de inovação que, a meu ver, deve incluir dentro do escopo dos projetos, um laboratório de inovação radical e que já incorpore um novo modelo de governança disruptiva digital, que seja compatível com a cultura emergente do lado de fora.

É um primeiro passo da organização para experimentar uma nova cultura de solução de problemas.

3340139

Obviamente, para as organizações é mais fácil carteiras de inovação mais conservadoras, pois é mais coerente com o mundo que estamos saindo, mas não, em absoluto, com o que estamos entrando.

Diria até que podemos afirmar:

Me mostre a sua carteira de inovação e te direi o que serás no futuro.

Por aí,

que dizes?

Quanto tempo um laboratório de inovação disruptivo digital vai levar para produzir resultados concretos?

Eis uma ótima pergunta!

img (1)

Ainda estamos engatinhando na metodologia, mas já podemos dizer que temos três fases:

  • intangível – mudança na visão;
  • formalização – preparação de como o laboratório vai funcionar e se relacionar com a organização;
  • tangível – quando produtos e serviços disruptivos começam a sair.

(Note que a fase de formalização e tangível ainda vai sofrer atraso, pois os laboratórios que estamos criando ainda não têm ferramentas para a gestão do novo modelo, que precisam ser construídas. Estas ferramentas vão viabilizar que problemas sejam colocados e um robô/algorítimo ajude a aproximar demanda de oferta/perfil e disponibilidade de equipe)

Com o tempo, estas etapas ficarão mais curtas, mas há que de entender a parte intangível, a mais complexa, que leva mais tempo e não pode ser acelerada, sob o risco de uma falsa mudança de paradigma.

A missão do incentivador do laboratório é a de levar os participantes do treinamento do laboratório de uma cultura do modelo de governança “a” para um “b” e tudo que isso implica em termos afetivos-cognitivos.

Há um tempo longo de maturação, mas, terminado, temos uma equipe já “rodando” com um primeiro pé na nova cultura.

Colheita de soja_120

A missão do incentivador do laboratório é garantir um tempo mais curto, desde que não prejudique a mudança de paradigma.

Talvez aí esteja aonde se possa mais aprender.

Como é uma metodologia bebê, ainda estamos na fase pré-beta do seu processo de amadurecimento.

Há, por enquanto, uma fase dupla de maturação, que demanda mais tempo:

  • – Tempo de aprendizado da metodologia;
  • – Mais o tempo de implantação da mesma.

Tende-se a reduzir o primeiro, ficando no tempo que podemos chamar de ótimo.

Estamos aprendendo, ou fazendo a manutenção do avião enquanto voa.

O risco de turbulências faz parte.

Registro, por fim, uma outra fase ainda não vivida: a resistência da organização aos novos projetos e ao novo modelo de solução do problema com o projeto rodando, que é uma parte que só saberemos como lidar no processo.

A ver.

É isso, que dizes?

Vivi intensamente semana passada o workshop que coordenei para o projeto ANTT 3.0 (coloquei todos os áudios aqui.)

O que me chamou mais a atenção foi a preocupação, válida, de que ao abrir mais espaços de comunicação com o público vamos criar problemas para o já difícil atendimento das demandas dos usuários.

por-quilo

E acho que se o modelo de comunicação e governança continuar igual é realmente um risco real abrir mais canais, pois a crise será maior.

Projetos digitais não são projetos só de comunicação, mas de criação de uma nova forma de governança.

Muda-se o jeito e os atores na tomada de decisões.

Note que temos a seguinte equação para superar em todo o mundo e em todas as organizações:

  • – aumento em sete vezes nos últimos 200 anos da população mundial, cada vez mais concentrada em megalópolis;
  • – problemas foram ficando cada vez mais complexos (variação, velocidade e quantidade);
  • – e, a partir do final do século passado, o cidadão/consumidor ganhou canais para se articular, reclamar, criar novos projetos e formas de comunicação e soluções de problemas.

itiriki_restaurante-por-quilo-na-liberdade-1

O melhor exemplo para podermos entender a saída necessária é trabalhar com algo bem conhecido e singelo que são os restaurantes a quilo que nos dão uma pista para onde temos que ir.

Imagina o que seria o horário de almoço em um grande centro urbano sem os restaurantes a quilo.

Vamos ver a passagem que ocorreu na maneira de pensar dos donos de restaurantes foram obrigados a mudar o conceito de atendimento.

quilo1

quilo2

Note que há a necessidade de aumento de participação do usuário para ganhar tempo em funções que antes ele não fazia.

Isso podemos dizer que é quase uma lei humana.

Quanto mais complexidade, mais latência por participação!

Assim, o que disse na ANTT foi que não se pode imaginar um projeto de inovação disruptiva com o mesmo modelo que temos hoje de “RESTAURANTE A LA CARTE” na cabeça.

É preciso imaginar um restaurante a quilo e formas de que o usuário vá podendo mais e mais ter poder de decisão para “escolher a comida”.

Ou seja, que a fiscalização não será feita mais APENAS PELA ANTT, mas que vai, aos poucos, passando para o usuário poderes regulados por uma plataforma digital, não mais apenas para reclamar, mas que possa ao apontar um erro o sistema tomar providências por ele, independente da agência reguladora.

Ou seja, o usuário é o fiscal, desde que esteja sendo regulado por uma plataforma, que possa saber quem é, seu passado na plataforma e evitar fraudes e vandalismo de todo tipo.

1169801005

Não se trata, portanto, de aumentar apenas a comunicação, mas criar um novo modelo de governança, na qual a tomada de decisão vai ser repassada de alguma forma para o usuário que passará a ter mais poder.

Veja o modelo abaixo:

Slide1 Slide2

Note que há uma mudança no gerenciamento da relação, pois dá-se poder ao usuário, através de novos processos, que permita que uma reclamação, transforme-se em multa ou ação, pois a plataforma poderá identificar mais e mais os autores das mesmas.

Isso, óbvio, que implica em uma mudança grande na própria legislação e na maneira de pensar o problema.

A fiscalização passa a ser feita no atacado e não mais no varejo, pois mais e mais dados poderão ser gerenciados e saber qual é o padrão de atendimento e saber quem está bem e deve ser um modelo a ser seguido e quem está mal e deve aprender com estes.

Além de haver uma grande necessidade de incentivar a inovação para que os melhores fiquem cada vez mais excelentes.

Essa mudança não é opcional, pois com o aumento de complexidade mais e mais vamos precisar transformar nossas organizações em restaurantes a quilo.

O difícil é entender o cenário e criar projetos que rumem nessa direção.

Esse é o objetivo e o desafio dos laboratórios de inovação disruptivos digitais, que estão aparecendo aos poucos como uma saída mais consistente para fazer o alinhamento com os novos desafios do século.

É isso, que dizes?

 

Tenho defendido a tese de que estamos caminhando para imitar as formigas, mas cabe um reparo.

Não estamos indo para ser formigas, já somos “formigas”!

Porém, o que é mais grave, sem o que faz delas uma colônia harmônica: uma nova governança e uma nova comunicação compatível com o número de membros ds colônia.

Ou seja, temos a demografia das formigas, mas a cabeça dos mamíferos.

Este é o epicentro da crise e o desafio principal do novo século.

O que temos tentado agora com as novas plataformas é tentar humanizar o formigueiro!

A base da reflexão sobre a nossa espécie se baseia na demografia.

Somos quanto somos.

Por questões econômicas e culturais, quanto mais somos maiores são as cidades e a sua complexidade.

Ao saltarmos, pela primeira vez de 1 para 7 bilhões, criamos um ambiente completamente novo da nossas espécie.

Nossas cidades vivem da hiper atividade.

Tudo é muito.
Tudo é rápido.
Tudo é complexo.

Assim, podemos dizer que, do ponto de vista, numérico já saltamos de problemas da espécie que nos aproxima das colônias de insetos.

O problema é que a forma como nos comunicados e, por sua vez, nos organizamos não incorporou essa nova realidade.

A comunicação atual é dos mamíferos basicamente de uma comunicação menos dinâmica e mais vertical.

De maneira geral, os mamíferos trabalham com líderes-alfas, através de sons.

Os insetos, em função da quantidade, se viram obrigados a abrir mão de algo tão marcado e preso a um centro, pois a complexidade das colônias não permite que se tenha uma liderança tão inflexível.

Cada elo tem que ser um micro-líder.

Para se abrir mão do líder-alfa, é preciso estabelecer uma nova comunicação e uma nova governança, baseada em algo mais horizontal baseado em cheiros, rastros.

As lideranças são baseadas no mérito. É relevante quem tem algo a informar para a colônia decidir.

Dedicou de ter, voltou para o anonimato.

A espécie humana é a única entre os seres vivos (salvo desconhecimento biológico) que migra periodicamente e rapidamente de governança ao longo do tempo, pois é uma tecno-espécie.

E pode, mudando a tecnologia, fazer ajustes, conforme aumenta a “colônia humana”.

image

A nossa opção pela tecnologia como base para a formação da espécie nos fez adaptativos, na relação entre:

problema-solução tecnológica.

Vamos avançando para resolver nossos problemas de todos os tipos, através de novas tecno-modelagens.

Quando aumentamos o tamanho da espécie – ainda mais nesse salto de sete vezes – criamos uma macro-crise entre o modelo de governança-comunicação que trouxemos até aqui, desde que saímos das cavernas e vamos agora para a dos insetos.

Inauguramos uma nova espécie e isso implica em uma mudança radical em todo nosso aparato afetivo-cognitivo, pois temos que sair de um modelo de espécie dependente de líderes-alfas para um outro que é a independência dele, através de um trabalho horizontal.

O difícil é compreender esse salto para que possamos tornar essa passagem menos traumática possível.

É o esforço que temos que fazer quando falamos em projetos digitais.

image

O problema é que não estamos com essa visão geral e estamos batendo cabeça sem entender o tamanho do problema.

É isso, que dizes?

Não se pode fingir que há uma macro mudança em curso, mas é difícil definir exatamente qual.  O problema do diagnóstico se deve a tentar entender no particular, em várias ciências, um paradigma novo: a demografia tem um papel fundamental nos rumos da nossa espécie e na cultura. Enquanto não fizermos essa revisão, estaremos em uma areia movediça teórica.  

cblo_233

Aprofundam questões específicas dentro de um paradigma humano equivocado.

A atual ruptura nos faz voltar para uma questão filosófica básica: quem somos?

E acho que quando temos algo desse tipo, se não subimos nesse topo da montanha para refazer a pergunta, tudo que levamos adiante tem problema.

A base da reflexão teórica-filosófica necessária se prende ao seguinte:

  • A demografia é a força principal definidora dos rumos da nossa espécie, quanto mais formos, diferentes seremos;
  • A demografia define o modelo necessário de comunicação e governança;
  • A comunicação e a governança definem a nossa cultura.

megalopolis

Assim, o fator principal das mudanças humanas é a demografia e as consequências que têm para nossas vidas.

Isso fica evidente quando saltamos de 1 para 7 bilhões, pois é algo drástico e nos serve bem para ver a diferença.

Tal visão – sem contabilizar a força demográfica na cultura – nos leva a um processo de revisão antropológico-filosófico no qual precisamos colocar o ser humano como o epicentro de nossas análises.

Hoje, tendemos a ter uma visão enviesada, do tipo,  cada ciência social procura ver o ser humano sob a sua ótica, mas não colocam como epicentro de sua visão a questão das mudanças demográficas mutantes da espécie.

Ou seja, viramos cegos tentando ver que elefante é esse, mas sem conseguir compreendê-lo, pois a força principal da mudança é ignorada.

Toda a teoria que não consegue perceber as forças principais é uma teoria ineficaz.

cegoseelefante (1)

Note que não podemos dizer que tudo é demografia, mas a demografia é a base para que comecemos a ver todo o resto.

 

É a demografia que pressiona, a médio e longo prazo, a cultura e não o contrárioEnquanto não fizermos essa revisão, estaremos trabalhando com um paradigma que não está preparado para entender a sociedade dos 7 bilhões de indivíduos e seus desdobramentos. Continuaremos com a pobreza da sociedade do conhecimento, de rede, da informação, pós-moderna, digital, etc…

E nem ajudar a desenvolver metodologias mais eficazes, tanto do ponto de vista operacional, quanto ético.

Por aí, que dizes?

Agora, finalmente, posso dizer que tenho uma nova especialização:

Sou um consultor especializado em implantar laboratórios de inovação digital disruptiva em organizações.

Demorei alguns anos para migrar de um consultor estratégico generalista de Internet para essa nova especialização.

cinco-erros-que-nenhum-consultor-em-midias-sociais-nao-pode-cometer

Note que a implantação de projetos digitais de maneira tradicional não têm funcionado.

Outro dia um amigo me perguntou se eu não estava sendo radical em não acreditar mais no modelo de governança das atuais organizações e apostando nos laboratórios disruptivos.

Respondi que acredito que um consultor é como um médico. Ele parte de um diagnóstico (filosofia-teoria) e procura apresentar um tratamento (metodologia). Como na medicina, existem vários médicos como diferentes abordagens para diferentes problemas.

  • Alguns são mais invasivos e querem operar logo de cara.
  • Outros procuram outro tipo de alternativa.

Porém, é preciso ter um sentido ético no exercício de qualquer profissão e atuar diante dela.

Se você acha que tem que operar, é preciso defender o seu diagnóstico e vice-versa, pois trata-se de um problema em que o resultado virá querendo o médico/consultor, ou não, pois a vida está acima dos diagnósticos e tratamentos!

O diagnóstico se pretende entender a vida com mais precisão.

Se ele acertar no diagnóstico e o tratamento vai reduzir o sofrimento do cliente/paciente e vice-versa.

diagnostico-exame-radio-x-check-up-size-598

Um médico, como um consultor, deve apresentar um tratamento em que ele acredite no seu resultado para seu paciente/cliente.

Um médico pode achar que um paciente deve se operar e este achar que não quer.

O médico não vai mudar o seu diagnóstico ou o tratamento sugerido só por que o cliente/paciente se sente aflito ou com medo.

Se ele acha que é caso de operação, pronto.

Resta o cliente/paciente procurar um médico que tenha outro diagnóstico e seguir o que ele prescrever.

Porém, na medicina, como nas organizações, não é o desejo do cliente que define a vida,  esta segue seu curso, independente da nossa vontade. Temos, então, médicos e consultores que acertam mais ou menos no diagnóstico e tratamento, por isso temos médicos e médicos e consultores e consultores.

Fibrose-pulmonar-ou-Doenca-Intersticial-Pulmonar-causas-sintomas-diagnostico-e-tratamento

Note que diante de tantas macro-mudanças no mudanças no mundo, me parece óbvio que é uma VERDADEIRA LOUCURA uma organização não destacar um grupo especial para estudar as mudanças que o mundo digital está trazendo e analisar como deve agir dentro dela de forma estratégica.

O laboratório disruptivo digital tem essa missão.

Note que o laboratório vai propor soluções novas e processos novos, SEM ALTERAR OS ATUAIS, QUE CONTINUARÃO IGUAIS.

Será um polo para pensar novas soluções para velhos problemas, criando uma nova cultura, que será uma espécie de start-up da nova orgaização.

Criar um grupo separado para, através de um trabalho consistente:

  • – analisar o cenário;
  • – compreender as novas forças;
  • – se preparar para elas;
  • – propor mudanças para que a organização se insira de forma adequada.

É preferível, entretanto, como no caso da relação paciente-operação acreditar em algo mais simples que uma aspirina cura pneumonia e fugir de médicos ou consultores que tenham uma visão mais invasiva.

Assim, quando alguns clientes acham um exagero criar o laboratório sugiro que escolham outro consultor, pois a maioria acredita que a mudança é incremental e não disruptiva. Na minha análise, é um beco sem saída que vai se gastar mais e mais dinheiro sem resultado.

Não sou eu, entretanto, que está com a razão.

Quem manda em todos nós é a vida.

Um bom médico e/ou consultor  são aqueles que procuram entender as forças da vida de forma mais aguda e tentam prescrever tratamentos que são mais eficazes em cada caso.

Quando aposto minha reputação de que temos que criar laboratórios e não fingir que nada está mudando, existe aí:

  • – anos de estudo e prática;
  • – coragem para, mesmo arriscando a perder cliente, dizer o que, de fato, precisa ser feito.

Para isso, estudei e trabalhei em centenas de projetos para poder colocar minha reputação em jogo. Há que se ter coragem para ser um bom médico ou um consultor.

O compromisso de ambos é com a vida e suas particularidades e não com a aflição do cliente com medo do que precisa ser feito. Pode-se lidar com este medo, mas não fazer dele um impeditivo para se ter um diagnóstico e um tratamento que se considere mais eficaz.

Unconnected bridge above the Colorado River

Não é uma questão de gosto ou de posição política, mas de análise profissional.

É a vida – e não a preferência do cliente/paciente – é que vai dizer, em última instância, qual o diagnóstico e o tratamento adequado no futuro e qual foi uma roubada.

Aceita-se que não se tenha disposição para se fazer uma operação que faz sentido que tenha que ser feita, mas que se procure, a partir daí, a tentar se convencer que ela não é necessária, é um risco e tanto.

Por aí,

que dizes?

Já tive mais de mil alunos nos últimos sete anos.

Recebo em sala o resultado de séculos de controle cognitivo.

image

Meus alunos não foram ensinados a conversar.

– Têm vergonha de opinar;
– Não sabem argumentar;
– Têm dificuldade e escutar o outro;
– O ego tem verdades e não percepções.

Quando há só verdades o ego se fecha para a interação, pois a verdade está fechada.

Só há necessidade de interação para se exibir e não para trocar.

Só um ego que duvida quer interagir para ter menos dúvidas.

Quando falamos de preparar alguém para ser um incentivador de interação, é preciso, antes de tudo, que tenha um ego duvidante.

Esta dúvida existencial abre a necessidade de interagir para aprimorar e não para convencer ou humilhar.

A verdadeira interação pede egos abertos.

image

Um ego que vê e não cego.

Esse, a meu ver, é o epicentro do início do renascimento que precisamos, urgente, neste novo século.

Não acredito em projetos inovadores que não toquem para valer nesta inflamação da alma.

Com isso melhorando, o resto vem na aba.

Que dizes?

Versão 1.0 – 06/12/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

Imagine um ônibus indo em uma estrada e há uma árvore caída que impede a viagem.

wpid-20131205_130355.jpg

Oficialmente, é o motorista que deve resolver, mas todos os passageiros descem e tiram a árvore.

Há uma relação humana, assim, entre tamanho do problema e taxa de participação.

Quanto maior e mais complexo for, mais haverá uma demanda por participação.

A participação é demandada e obrigatória quando o problema não têm outro jeito.

Um bom exemplo é do restaurante a quilo.

Veja a complexidade:

– muita gente;
– pouco tempo.

O modelo:

– fim do cardápio;
– fim do garçom dos pedidos e da entrega da conta.

Dá lugar a:

– cada um faz o deu prato;
– se serve e paga.

Elimina-se um intermediário pela participação, gerando uma nova cultura participativa como única forma de superar a complexidade.

Num mundo em que os humanos cresceram sete vezes não há alternativa para solucionar as atuais crises a não ser uma ajuda mútua.

Participar é gerar percepção e decidir.

Foi assim, é assim e será assim.

Que dizes?
Versão 1.0 – 06/12/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

Muito se fala de complexidade.

Mas do ponto de vista social e gerencial há dois fatores fundamentais.

image

O primeiro é a quantidade.

Quanto mais, mais complexo.

Uma forma de lidar com a quantidade é garantir que se tenha mais regularidade.

Quanto mais complexidade temos, mais se vai apostar no controle para conseguir um certo equilíbrio.

Tal lógica ajuda a entender a crise atual.

O aumento demográfico gerou mais e mais complexidade, o que nos levou ao aumento do controle dos canais: cognitivos e produtivos.

Houve a necessidade da pasteurização de massa para garantir que com o mesmo modelo de produção pudéssemos lidar com o aumento da complexidade.

image

Houve, assim, gradualmente, a necessidade de um achatamento da diversidade e da singularidade de cada ser humano como forma de lidar com o aumento de quantidade.

O controle, entretanto, chega a um limite e cria a latência coletiva do descontrole.

A revolução cognitiva, que abre canal para cada cidadão, via redes digitais, vem para reequilibrar o sistema.

E coloca nas cordas o velho modelo de gestão, pois agora ao, aumento demográfico é acrescido o aumento da diversidade, com o povo canalizado.

O que estava contido sai do armário.

É agora temos a complexidade – que já existia demograficamente – somada à diversidade oprimida que sai do porão.

As organizações não-nativas não têm capacidade para lidar com esta dupla complexidade, pois temos algo novo: uma complexidade cada vez mais dinâmica

Por isso, chove novos aplicativos, modelos de negócio e startups.

Reinvenção radical é a palavra da moda, que bate de frente com nossos gestores viciados em controle.

Vai dar M…..

Que dizes?

Versão 1.0 – 06/12/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

Vai mudar a intranet?

Não tenha, entretanto, esperança de melhorar muita coisa. A tendência é a baixa interação.

image

As atuais organizações nasceram para trabalhar em ilhas e setores isolados.

Cada chefe, setor, uma tribo, um dialeto.

Há trabalhos extra-tribos, mas são raros.

Uma intranet numa organização não-nativa digital vai ajudar, se muito bem implantada, melhorar a comunicação NO ATUAL MODELO de trabalho.

Mas não é santa para promover o milagre de transmutar o modelo para um novo, pois nasceram assim – filhas das tecnologias cognitivas do passado: a fala e a escrita.

O novo modelo nativo digital tende a:

– não ter setores;
– não ter chefes.

Uma organização marcada pelo digital será algo como o Mercado Livre: pessoas conectadas em uma rede digital, organizadas por algoritmos, rastros, avaliações.

O que vai unir os pontos da rede são problemas e não falsas divisões.

image

Não adianta dar uma ração especial para uma chester que ele não vira um peru de natal. 🙂

O que temos pela frente é a necessidade de migração da, atual gestão impressa-oral para uma nova digital.

Mas não digital com computador, mas digital com redes que canalizam, dando canal, voz, participação para o trabalhador.

Serão organizações mais abertas economicamente e politicamente.

Prontas para o desafio da complexidade dinâmica que temos agora pela frente.

O futuro, assim, exige:

– visão estratégica;
– área isolada para testar a nova cultura;
– processo longo e bem estruturado para promover a gestão da mudança/migração.

Não tenha falsas esperanças.

Nem no natal, com toda reza e devoção, o chester acorda peru.

É isso,
que dizes?

Versão 1.0 – 06/12/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

Existe uma ilusão sobre implantações das novas mídias pelas organizações.

image

A base do problema é conceitual, o quer nos leva a ações equivocadas.

O pessoal separa colaborar de trabalhar, como se fossem duas coisas separadas e diferentes.

Co-laborar é trabalhar junto.

Ou seja, são sinônimos.

O que há é trabalho/colaboração com mais ou menos qualidade de interação entre os profissionais.

Quando temos mais interação o trabalho tende a render mais e vice-versa.

Quando queremos usar o recurso das redes digitais para resolver problemas o objetivo é criar uma nova forma de trabalhar mais interativa.

image

E não um novo canal de comunicação, que mantenha a mesma forma de trabalho.

Trata-se de mudar o método de trabalhar, que permita mais interação dentro da solução dos problemas.

Não são dois ambientes, mas um só: trabalho mais interativo.

A interação que temos hoje nas redes digitais visa dar mais poder de decisão para as pontas, através da regulação das atividades, via algoritmo.

Ou seja, a regulação das tarefas passa a ser feita por um algoritmo que faz a vez dos atuais gestores.

É a comunicação química a serviço da solução de problemas e não uma nova rede de comunicação em cima do modelo piramidal atual.

Que dizes?

O ato de conhecer não é feito no vazio.

image

Não há um problema do mundo ainda virgem. Já foram todos deflorados.

Todos têm um passado envolto principalmente interesses, pois o exercício do poder se estabelece na forma como resolvemos os problemas e quais priorizamos.

Conhecer, assim, é estar diante de um código já escrito, que precisa ser craqueado.

Ao se procurar abordar novas saídas para velhos problemas, o pesquisador do real têm como desafio craquear os códigos existentes.

image

Diria que têm que:

– conhecer os códigos;
– analisar seus “bugs”;
– reescrever uma nova versão sempre, sempre, beta.

É interessante observar que o maior inimigo de quem pesquisa é ele próprio.

Do ponto de vista afetivo, não se sentir capaz de quebrar os códigos por um processo de baixa auto estima.

– Os códigos aceitos e seu reforço nos coloca dentro dos grupos.

– Os códigos questionados nos coloca à margem deles.

Há uma solidão ao se hackear o conhecimento, que deve ser aceita como um preço a pagar por este desafio.

image

Conhecer, assim, é reinventar novas saídas para velhos problemas.

Repetir as mesmas saídas não é um ato de conhecimento, mas apenas de reconhecimento.

Conhecer necessariamente é hackear.

Que dizes?

Versão 1.0 – 06/12/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

« Newer Posts - Older Posts »