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  Vivemos hoje a passagem de uma contração para uma expansão cognitiva e o que ocorre nestes momentos, no início de uma revolução cognitiva, é justamente a passagem da moral para a ética, ou das regras fechadas para a aposta na sabedoria.

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Todo ser humano tem um grande dilema ao longo da vida. Andar na corda bamba entre a impotência e a onipotência.

Ou melhor dizendo, conseguir viver a sua potência, entre estes dois extremos.

  • A impotência leva à depressão.
  • A onipotência à mania.

No fundo, os reguladores de humor procuram lidar com estes dois pólos para que consigamos sobreviver, vivendo.

E isso que é difícil, pois nosso lado animal, que precisa comer, se vestir, sobreviver, é uma espécie de bola de ferro que temos que arrastar.

Quando pensamos em liberdade, temos que imaginar liberdade com a auto-sustentabilidade. E a sustentabilidade é procurar se inserir em uma dada sociedade, que nem sempre é aquela que gostaríamos de viver e trabalhar.

Surge o impasse.

bola de ferro

 Assim, o dilema da impotência x a onipotência é a arte do bem viver e acho que o AA, como a primeira governança em larga escala descentralizada tem muito a ensinar, desde a década de 30, ver mais sobre isso aqui.

O mantra da serenidade é fundamental para quebrar essa dicotomia, vamos a ele, que abre e fecha as reuniões do AA:

Que eu tenha serenidade para o que não posso modificar;
Coragem para o que eu posso:
Sabedoria para perceber a diferença.

Note que nessa filosofia  a decisão do que deve ser feito não está baseada:

  • – de fora para dentro;
  • – em preceitos morais;
  • – naquilo que serve a todos de maneira geral e você tem que se adaptar;
  • – em um líder que define o que é bom para cada um (o que é fortemente religioso).

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Nesta filosofia, o que está colocado é a aposta na sabedoria individual de cada um e no livre arbítrio, que coloca o tempo todo o dilema universal do ser humano.

  • O que eu faço na minha vida e está acima do que posso fazer, ou pensar de forma onipotente;
  • O que está abaixo e que eu posso me esforçar para fazer, saindo da impotência?
  • E como posso criar uma auto-sabedoria para me guiar nesse processo?

 Vivemos hoje a passagem de uma contração para uma expansão cognitiva e o que ocorre nestes momentos, no início de uma revolução cognitiva, é justamente a passagem da moral para a ética, ou das regras fechadas para a aposta na sabedoria.

Ou melhor, daquilo que mandaram eu fazer ou tenho que fazer, para aquilo que eu quero e posso fazer.

É a liberação da potência de uma sociedade massacrada por uma ditadura cognitiva, fortemente marcada ou pela impotência e a impotência, que sempre nos levam para o mesmo lugar: crises.

O dilema da potência é algo que está no centro e na base da mudança individual que deve acompanhar essa guinada civilizacional.

Que dizes?

One Response to “O dilema da potência”

  1. […] Isso é a base para a inovação e a filosofia mestra para se criar uma rede descentralizada ou distribuída, como vou explicar no próximo post sobre o dilema da potência. […]

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