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Converso com muitas organizações e o problema principal é a dispersão de iniciativas. São várias metodologias sobrepostas que dá uma impressão que se quer fazer muita fumaça e pouco fogo.

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Em uma organização um pouco maior temos em paralelo projetos:

  • – de redes sociais;
  • – de educação corporativa;
  • – de gestão de conhecimento;
  • – de gestão da informação.

Cada um muitas vezes sendo tocado por um setor distinto.

O problema é que temos apenas uma organização e não várias para experimentar cada um destes projetos.

Isso é fruto do seguinte:

  • – ilhas que não se falam;
  • – falta de leitura de futuro;
  • – falta de coordenação de projetos estratégicos, ou de uma carteira de inovação, que crie sinergia entre o mundo de hoje, o que virá e como podemos nos alinhar com ele.

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Já nem lembro quem disse, deve ter sido o Drucker, de que o que faz a diferença entre uma organização e outra é a sua visão de futuro. Se isso valia para um mundo estável, imagina agora que somos surpreendidos a cada esquina com um novo modelo de negócios!!!

O problema é que a sociedade como um todo rebaixou a futurologia (leia-se filosofia) para debaixo do tapete e agora a conta está vindo.

Somos cegos tateando o futuro e cada um com a sua intoxicada visão setorial quer resolver o problema geral, sem saber, afinal, que bicho é esse que tem pela frente.

Quando me consultam sobre projetos desse tipo, eu digo que são ineficazes, completamente ineficazes, pois o mundo que conhecemos está acabando, os paradigmas estão ficando obsoletos e o modelo de governança das atuais organizações estão entrando em franca decadência.

Muitos acham uma visão radical, pois acham que o futuro está na página dos grande jornais, nas revistas que leem, no que aparece na televisão.

O futuro está sendo construído e sem espaço na mídia por jovens que estão bolando coisas completamente diferentes em seus quartos bagunçados com capitalistas de riscos suprindo-os de dinheiro.

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Olham para os lados e não sentem isso, acham que vai demorar algumas décadas.

Pode ser.

Porém, a sociedade tem dado sinais evidentes de tremores, que nos avisam que terremotos podem acontecer e é preciso se precaver de alguma forma.

Em uma carteira de inovação (que a maior parte das organizações não têm)  eu colocaria muito pouco peso (e recursos) em projetos que acreditem no atual modelo de governança e colocaria muitas, mais muitas fichas na experiência de um novo modelo de governança mais dinâmico.

As organizações, entretanto, estão completamente intoxicadas e acomodadas por um mundo que não saía do lugar e não se mexia, com seus privilégios garantidos.

Entende-se a pasmaceira, mas não a cegueira, pois quem tem um patrimônio a gerir tem que estar atento para algo que está por vir, mesmo que não se sinta, ou não queira sentir.

É a profilaxia estratégica.

 

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