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Não se pode fingir que há uma macro mudança em curso, mas é difícil definir exatamente qual.  O problema do diagnóstico se deve a tentar entender no particular, em várias ciências, um paradigma novo: a demografia tem um papel fundamental nos rumos da nossa espécie e na cultura. Enquanto não fizermos essa revisão, estaremos em uma areia movediça teórica.  

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Aprofundam questões específicas dentro de um paradigma humano equivocado.

A atual ruptura nos faz voltar para uma questão filosófica básica: quem somos?

E acho que quando temos algo desse tipo, se não subimos nesse topo da montanha para refazer a pergunta, tudo que levamos adiante tem problema.

A base da reflexão teórica-filosófica necessária se prende ao seguinte:

  • A demografia é a força principal definidora dos rumos da nossa espécie, quanto mais formos, diferentes seremos;
  • A demografia define o modelo necessário de comunicação e governança;
  • A comunicação e a governança definem a nossa cultura.

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Assim, o fator principal das mudanças humanas é a demografia e as consequências que têm para nossas vidas.

Isso fica evidente quando saltamos de 1 para 7 bilhões, pois é algo drástico e nos serve bem para ver a diferença.

Tal visão – sem contabilizar a força demográfica na cultura – nos leva a um processo de revisão antropológico-filosófico no qual precisamos colocar o ser humano como o epicentro de nossas análises.

Hoje, tendemos a ter uma visão enviesada, do tipo,  cada ciência social procura ver o ser humano sob a sua ótica, mas não colocam como epicentro de sua visão a questão das mudanças demográficas mutantes da espécie.

Ou seja, viramos cegos tentando ver que elefante é esse, mas sem conseguir compreendê-lo, pois a força principal da mudança é ignorada.

Toda a teoria que não consegue perceber as forças principais é uma teoria ineficaz.

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Note que não podemos dizer que tudo é demografia, mas a demografia é a base para que comecemos a ver todo o resto.

 

É a demografia que pressiona, a médio e longo prazo, a cultura e não o contrárioEnquanto não fizermos essa revisão, estaremos trabalhando com um paradigma que não está preparado para entender a sociedade dos 7 bilhões de indivíduos e seus desdobramentos. Continuaremos com a pobreza da sociedade do conhecimento, de rede, da informação, pós-moderna, digital, etc…

E nem ajudar a desenvolver metodologias mais eficazes, tanto do ponto de vista operacional, quanto ético.

Por aí, que dizes?

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