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Sustentar-se no consenso geral é precário porque significa abdicar da própria opinião – Gustavo Bernardo – da minha coleção de frases;

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Bom, tivemos duas etapas.

Primeira parte que durou uma hora foi uma avaliação com todos das sensações do último encontro.

Todos colocaram questões.

A mudança que estamos vivendo é tão profunda?

Em quanto tempo mudaremos as estruturas?

Como será essa nova geração?

Desatenta? Descontínua?

Contou-se casos.

É um bom espaço para sentir cada um, suas expectativas, sua maneira de falar.

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Fomos para a segunda etapa.

Nossa meta é construir um modelo teórico, que iniciamos abaixo, com a ajuda dos nosso engenheiros de plantão. 🙂

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Que dificuldades senti ao desenvolver o modelo, a partir de uma proposta inicial, que pode ser lida neste post que relata o primeiro encontro?

Questão central:

  • é possível ter  uma lógica estruturante? É preciso? É possível estabelecer elementos fixos na sociedade que não se alteram?

Bom, ontem começamos a desenhar o próprio modelo, que dá para começar a ver no desenho acima.

  • Uma entrada: as demandas humanas que variam, conforme o tamanho da população, vimos que existem demandas conscientes e outras latentes, que são inconscientes. Que também existem consumos necessários e os criados, os supérfluos, que é um detalhe do todo, mas faz parte;
  • A necessidade de se estabelecer um ambiente produtivo para resolver estas demandas;
  • E um movimento entre estes dois agentes, que chamamos de “experiência de consumo”. Todos consomem e vivem esta experiência, que pode, ou não, se repetida, a partir do resultado.

Seria este o coração do sistema.

  • Avançamos ainda de que o setor produtivo influencia a sociedade para garantir a venda de seu produtos e serviços, criando uma estrutura de poder favorável.
  • E, por fim, um sistema de comunicação para que a ideologia dominante, que mantém o sistema operante.

Não fomos mais adiante.

No próximo, vamos refazer todos passos para consolidar e dar continuidade à montagem do modelo.

É isso.

Questões?

13 Responses to “Grupo de Estudos – Ruptura 2.0 – II Encontro”

  1. Rodrigo Leme disse:

    É nessas horas que estar em SP me deixa triste…

    Nepô, não tem jeito de montar uma turma virtual? Videoconferência, Wiki do grupo, etc.? Imagina ter pessoas de diferentes estados colaborando…se tiver, primeirão da lista. 🙂

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Rodrigo, não é uma má ideia.

    Acho possível.

    Vou lançar a ideia no Twitter.

    abraços,

    valeu a força,

    Nepô.

  3. Formanski disse:

    Demorô,
    Tenho que viajar 3h de ida e 3h de volta, também estou na turma virtual, mas continuo na presencial, quando é possível vale o esforço.

    Felicidades,
    Formanski

  4. Lucia disse:

    Nepo,
    Acho que o modelo ficou bem claro. E a idéia do sistema de comunicação para que a ideologia dominante permaneça no poder, mantendo todos em suas caixas pré-definidas, foi a luz final.
    A discussão foi ótima. Só sinto falta de ver explicitado – apesar de não ter certeza se é um ponto a ser discutido agora – a questão da educação. Concordo demais com o Rodrigo com a idéia de educação para as novas mídias, mas acho que o contrário também é super importante: educação da nova geração das novas mídias em um contexto mais clássico, masi tradicional, mais reflexivo. Camila fez uma colocação perfeita. Nós, que estamos no meio da estória, a geração de 35 a 50 anos e mantemos a mente um pouco aberta, ainda conseguimos trafegar por esses dois mundos, com alguma mobilidade. Sabemos que o pessoal mais da antiga e mais rígido, tem sofrido demais com as mudanças. Já as novas gerações, super antenadas estão criando um novo ambiente que sinceramente, pode ser caretice, me amedronta, porque a imrpessão que dá é que não vão conseguir enxergar fora da caixa, já que estão totalmente envolvidos pela novidade e velocidade. Conseguir fazer com que eles parem e reflitam um pouco sobre tudo isso, me parece um grande desafio para o nosso futuro já que eles são os líderes de amanhã.
    Fica a idéia…

  5. Carlos Nepomuceno disse:

    Lucia,

    pois é…o educador deve ajudar nesse contra-ponto.

    O que me caiu a ficha é que estamos entrando num mundo, no qual, devido ao tamanho da população e a falta de tempo, reduzirá a capacidade individual de aprofundamento.

    Com pessoas, trabalhando bem em grupos pensantes.

    Estranho….

    O Formanski disse um pouco isso ontem ao falar que nosso grupo era um HD ampliado, abrindo espaço para compreender o fenömeno da redes juntos.

    A tentativa de tirar as pessoas das caixas é algo universal, filosófico e que independe do mundo de hoje.

    O problema é que quando alguém quer tirar alguém para fora da caixa, já está com uma nova caixa pronta.

    As pessos adoram estar nas caixas, pois dá uma sensação de pertencimento e aplaca nosso temor maior – o medo da morte.

    (Vi uma discussão sobre o medo da morte e religião no livro “Criação Imperfeita”, do Gleiser.)

    No fundo esse medo é um buraco, no qual não temos saída, explicação e precisamos tapã-lo, dando em troca, nossa capacidade de pensar de forma distinta.

    É um dos elos dessa prisão caixal.

    Note que todos os grandes revolucionários trabalharam para tirar o pessoal do senso comum, mas foram raros, os que defenderam a liberdade individual de escolher cada qual a sua caixa.

    Um exemplo é um indiano o Krishnarmuti que dizia “Não me sigam, se sigam.”.

    Por isso, tenho insistido que a Web cria um nova civilização, mas não aponta em absoluta para uma nova humanidade.

    A civilização é uma necessidade básica a humanidade é opcional e exige esforço da relação anti-natural (pois é preciso superar o medo da morte e a ideologia 1.0 e a neo-ideologia 2.0, ambas que colocam as pessoas nas suas respectivas caixas).

    Uma nova escola deveria preparar para essa nova civilização e fazer o trabalho para a nova humanidade.

    Temos que agregar gente para contra-atacar por esse lado.

    é isso,

    valeu a visita, beijos

    Nepô.

  6. Nepo e amigos,
    ontem acho que realmente começamos a construir nosso modelo teórico sistêmico. O interessante é que cada um de nós falou algo que complementou o outro. O caso da Roberta completa bem o que tenho visto em mídias sociais. O Formanski com sua visão sempre objetiva nos deu uma senhora luz, quando disse que juntamos nossas memórias para abrir arquivos mais pesados. O que a Camila colocou com muita precisão sobre as diferenças entre a nossa e a chamada geração Y. Perfeito. Enfim, tenho a agradável sensação que estamos num caminho bem legal. Destaco tb as boas observações do Gustavo e do Rafael, sobe o labor.

    Acho que esse pensamento da criação do modelo teórico poderá nos servir como base para pensar o mundo e seus desdobramentos daqui por diante.

    Grande abraço,
    Fábio.

  7. Carlos Nepomuceno disse:

    Fábio,

    sim, a ideia de termos uma ferramenta para ordenar o mega-conjunto de informações, ajuda muito, desde que ela não vire uma camisa de força, mas apenas uma referência, sempre pronta a ser alterada, quando, por algum motivo, não se encaixar.

    Valeu

    Nepô.

  8. Formanski disse:

    Nepo e Amigos,
    A Lúcia disse “sistema de comunicação para que a ideologia dominante permaneça no poder”, pergunto: Quem faz isso tem consciência que está fazendo? por exemplo a intel quando retarda o lançamento de um novo chip para “explorar” melhor o anterior certamente é em função de se manter no poder dos microprocessadores. Concluo portanto que a “ideologia dominante” é mantida a partir de interesses particulares sem uma organização maior. Neste sentido surge um google e começa a modificar a “ideologia dominante”. Quero entender este fenômeno pois penso que assim poderemos aprender a interferir no sistema. Olha ai o interesse particular!!!
    Felicidades,
    Formanski

  9. Carlos Nepomuceno disse:

    Formanski, essa foi um pouco a confusão que o Vinícius fez e eu chamei a atenção no grupo.

    Quando falamos de poder, existem vários, mas no nosso modelo, estamos falando de poder na sociedade.

    Poder que influencia e às vezes impõe = governo, normas, leis, justiça, modus operandi.

    Quem está no setor produtivo precisa criar um “modus-operandi” sutil ou não para que continue operando.

    Para isso, precisa de dominar/influenciar os canais de troca de ideias para que essa ideologia seja a dominante.

    Dessa forma, estamos falando do modelos de governos, a serviço de interesses privados.

    Outra coisa é as brigas internas e competição entre os diferentes atores que estão nesse modelo produtivo – do tipo Intel e Google – e a sua relação com seus consumidores, servindo bem ou mal, enganando bem ou mal.

    Note que estamos saindo da Idade Mídia, na qual a relação com os consumidores era imposta e autoritária, você se adapta ao meu produto.

    Agora, com o descontrole, organização dos consumidores, as empesas precisam refazer o modelo..e os novos donos do poder precisarão ter um governo que espelhe e ajude esse novo ambiente.

    Sugiro ler este post:

    http://nepo.com.br/2009/05/05/a-reforma-do-consumo/

    Vamos falar mais disso na sequência,

    abraços,

    Nepo

  10. Lucia disse:

    Nepo/Formanski,
    Você disse:
    “Note que estamos saindo da Idade Mídia, na qual a relação com os consumidores era imposta e autoritária, você se adapta ao meu produto.”
    Outro post no Mídias Sociais, sobre as 4 regras de ouro da Coca-Cola exemplifica bem a ruptura nesse sentido. http://www.midiassociais.net/2010/03/as-4-regras-de-ouro-da-coca-cola-para-as-midias-sociais/

  11. […] Vi no excelente blog do nosso amigo Nepôsts – Rascunhos Compartilhados […]

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