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 “Aqueles que não podem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo” – George Santayana.

paris

Há duas abordagens sobre a Internet, se formos trabalhar com teorias distintas.

  • As que partem do estudo do presente pelo presente e chegam a diversas conclusões;
  • As que partem do estudo do passado para entender o presente e também chegam a diversas conclusões.

Diria que as primeiras têm chances de se iludir mais dos que os segundos.

  • Quanto mais passado, mais dados, mais comparações, mais aprendizado.
  • Quanto menos passado, menos dados, etc.

Ao se analisar a chegada da Internet, portanto, há abordagens do presente-para-o-presente que nos levam a começar a cometer mais erros teóricos.

  • Um deles é do da Rede como salvadora do mundo.
  • A rede mais descentralizada como o fim para todos os males.
  • A rede como a grande vacina contra a cura da humanidade.

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O que aconteceu também com os iluministas com a chegada do livro impresso.

As Tecnologias Cognitivas trazem tantas novidades e mais liberdade para o ser humano que são fáceis de nos intoxicar.

Muitos iluministas acreditaram que quanto mais livros, mais consciência e mais liberdade.

Porém, a coisa não foi bem assim.

A rede social, turbinada por Tecnologias Cognitivas, resolve problemas do passado (que não tinham mais solução no Ambiente Cognitivo passado) e avança em vários aspectos, mas bate nos problemas futuros.

Há uma relação fundamental para recolocar as coisas no lugar.

senhor

 Teremos redes mais complexas para uma complexidade demográfica maior.

A rede tecno-social que vai sendo criada vai permitir:

  • – que possamos crescer ainda mais;
  • – mas vai esbarrar nos limites de complexidade da própria rede, pois quanto mais gente mais complexidade e quanto mais complexidade precisamos de redes mais sofisticadas.

A rede tecno-social é uma ferramenta, assim, para lidar com mais complexidade e será a base para a reformulação de todas as organizações que irão ter novas autoridades renovadas, mas que tentarão, por tendência humana, a se consolidar no poder.

São ciclos que vão e vêm de renovação e consolidação.

A humanidade não está entrando em um paraíso com a Internet, apenas em um novo oásis temporário, que servirá para uma revisão completa dos ambientes sociais atuais, mas que esbarrará em novos limites mais adiante, pois ao mesmo tempo que resolve o déficit demográfico passado, vai produzindo um novo para o futuro.

Além disso, temos visto que uma nova Rede Social NÃO SE ESPALHA DE FORMA HOMOGÊNEA pela sociedade.

Hoje, temos muito mais gente no ambiente da Idade Média, oralizado, do que escrito, imagine dentro do Digital. Para a maior parte dos habitantes do planeta, vivemos um Ambiente Cognitivo pré-revolução francesa. As pré-condições para a República não estão dadas para estes!!!

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Hoje, convivemos com várias Versões Cognitivas da Espécie Humana, que são capazes de lidar com diferentes níveis de complexidade.

Assim, não é a humanidade que está chegando no digital, mas uma parcela ainda pequena da humanidade, 2 bilhões de 7 bilhões, que estão começando a construir um mundo novo e, por sua vez, liderar esse mundo, pois serão a espécie mais complexa.

Além disso, temos que entender que a rede é uma Plataforma Baixa, onde o jogo do ser humano será jogado. Em cima dela, temos o Ambiente de Pensamento, que produz filosofias, teorias e metodologias. E são estes pensamentos que formam as organizações.

A Plataforma baixa influencia – e muito – o Modelo Cognitivo, que influencia o Ambiente de Pensamento, que forma as organizações. Assim, temos um longo período no qual vamos colocar por sobre a nova Rede Tecno-Social Digital muitas ideias para construir a nova sociedade, revendo muito do passado.

Os milhares de anos do passado nos dão uma base para saber o que é mais fixo e o que é variável na espécie humana.

As redes vieram para equilibrar a relação Ambiente Social – Demografia, mas não os definem, apenas cria um novo cenário cognitivo, onde boa parte é reconstruída, mantendo algumas taxas de injustiça e de desigualdade.

Tendo consciência de tudo isso, podemos superar estes desafios?

Não sei.

É isso, que dizes?

 

 

2 Responses to “Os tecno-iludidos”

  1. Concordo. Não podemos ser demasiadamente otimistas ou simplificarmos demais a visão da internet e outras tecnologias como a solução de todos os problemas. O fato é que conhecermos as limitações da internet de das diversas tecnologias vai ao menos aumentar nossas chances de resolver problemas ou sabermos até onde podemos ir na resolução de cada problema.

    Estamos lidando com problemas novos e mais complexos, tendo que sair da zona de conforto para resolvê-los. As respostas não estão prontas e nem todas serão conseguidas nas primeiras tentativas, … talvez essa seja a melhor parte de tudo isso. Seguimos avançando!

  2. […] do princípio que a Tecnologia Cognitiva usada define a versão da espécie humana, uso o termo pela primeira vez, aqui, em […]

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