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Hoje se fala em inovação como se fosse a salvação da lavoura. Faz sentido, pois estamos saindo de um mundo contraído para um em expansão, em função do big bang dos canais de comunicação disponíveis para os usuários.

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Boom!

Estamos saindo de um modelo de sociedade repetidora para um de sociedade criadora. Repetir gerava valor, hoje é o criar que gera valor.

Isso é típico do processo de expansão.

O problema é que a sociedade, organizações e seres humanos foram formatados para serem repetidores e não criadores.

E isso cria um sério problema para o futuro.

Temos que começar um processo de reconstrução social.

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Por isso, começamos a falar em inovação em todos os cantos.

Porém, temos que entender que a nossa sociedade está saindo de uma fase de contração, que acho mais preciso chamar de ditadura cognitiva e temos que caminhar para uma primavera: flores precisam desabrochar.

Uma das formas que se pretende fazer essa migração de forma planejada é o que muitos chamam de CARTEIRA DE INOVAÇÃO.

Quando se fala carteira, parte-se do princípio que vai haver uma seleção de projetos, vai haver algo racional (o que é raro e cada vez mais demandado) para selecionar ações de inovação que serão executadas no curto, médio e longo prazo.

Há algo de estratégico na carteira de inovação.

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O que nos leva a detalhar quatro opções de carteira:

  • 1 – A não carteira – ou seja, não ter nada planejado e ir tocando de forma intuitiva e pouco racional, um projeto de inovação, conforme as demandas, sem muito planejamento;
  • 2- A carteira incremental – que é projetos que vão melhorar o que já existe, mas não se vai pensar em nada disruptivo;
  • 3- A carteira incremental + disruptiva – em que um setor ou projetos tentarão criar produtos, serviços e projetos inovadores, bem diferentes;
  • 4- A carteira incremental + disruptiva + governança radical digital – em que uma área da organização vai procurar um novo modelo de governança, a partir da compreensão da mudança radical da espécie trazida pela Internet e gerar projetos inovadores já com a nova premissa cultural.

Diria que hoje, no olho, temos muito da primeira, alguma coisa na segunda, quase nada na terceira e só alguma experiência que eu tenho feito com dois clientes na quarta.

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De maneira geral, as organizações não conseguem muito olhar para fora quando pensam em inovação, pois há um vício ou uma intoxicação de que o mundo lá fora continua (e continuará) igual, pois as organizações têm o controle dos mercados e que os ajustes que tenho que fazer são de dentro para dentro e de dentro para fora.

Perdemos a prática de criar cenários e de estudar o mundo.

Como ele ficava mais ou menos igual, aposentados os futurólogos.

O problema que o mundo hoje ganhou um novo dinamismo como o boom dos canais de comunicação, que iniciam um processo de mudança radical na sociedade, inusitadas e não previstas em todas as áreas.

É preciso colocar um X de incógnita no futuro e se preparar para alguns cenários distintos.

Esse é o papel da carteira de inovação que, a meu ver, deve incluir dentro do escopo dos projetos, um laboratório de inovação radical e que já incorpore um novo modelo de governança disruptiva digital, que seja compatível com a cultura emergente do lado de fora.

É um primeiro passo da organização para experimentar uma nova cultura de solução de problemas.

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Obviamente, para as organizações é mais fácil carteiras de inovação mais conservadoras, pois é mais coerente com o mundo que estamos saindo, mas não, em absoluto, com o que estamos entrando.

Diria até que podemos afirmar:

Me mostre a sua carteira de inovação e te direi o que serás no futuro.

Por aí,

que dizes?

One Response to “Os quatro tipos de carteira de inovação”

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