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Além da dialética demografia-governança, é preciso entender outra relação de causa e efeito e efeito causa, que é a relação entre governança, confiança, trocas e ambientes cognitivos.

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Somos uma espécie social e só sobrevivemos em grupo.

A qualidade das trocas define radicalmente o sucesso da espécie, de cada região, país e pessoa.

Uma sociedade precisa, então, criar organizações em quem confie.

Quanto mais houver confiança da população nas organizações, mais a sociedade tenderá a prosperar e vice-versa.

(Quando falo em confiança não é uma confiança de questionários, do que se diz, mas uma confiança do que se realmente faz. Confiar se vê nos gestos e não nas palavras)

A confiança, portanto, é o DNA das trocas humanas.

  • Só trocamos com quem confiamos,.
  • Quanto menos confiamos, menos trocamos e vice-versa.

E isso vale para tudo.

(Obviamente, que há transtornos emocionais no caminho, que é manter trocas em quem não confiamos e estão nos decepcionando o tempo todo mais isso é um campo mais da psicanálise e para distúrbios políticos-sociais.)

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Assim, a equação confiança/governança/troca é construída, a partir do ambiente cognitivo que temos disponível.

Ou seja, há um equação entre:

Tecnologias cognitivas que definem o modelo de confiança e, por sua vez, o da governança, que, enfim, define o modelo padrão das trocas.

E é isso o mais difícil entender nas consequências da atual Revolução Cognitiva.

O que está mudando radicalmente é como as pessoas estão criando um novo modelo de confiança na sociedade, a partir de novas tecnologias cognitivas, que matam o modelo atual de governança, que foi estabelecido por um outro modelo troca-confiança.

Note que todas as atuais organizações são moldadas pro uma governança, na qual a confiança é mais vertical, que moldou as organizações atuais, através de um modelo de intermediação.

A possibilidade de:

  • – da massificação de trocas horizontais de todos os tipos;
  • – e os rastros e karma digital, que permite que os pares avaliem produtos, serviços, pessoas e organizações estabelece as bases para uma nova governança.

Como precisamos trocar por necessidade vital de sobrevivência, selecionamos organizações que promovem a intermediação das trocas, que se estabelecem dentro do ambiente tecnológico de confiança possível.

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Quando mudamos o ambiente cognitivo e estabelecemos tecnologias que nos permitem confiar de outra maneira, de forma mais eficaz, o modelo anterior começa a ruir para dar lugar a outro mais compatível.

O ambiente cognitivo analógico-impresso criou um ambiente de confiança baseado na intermediação entre serviços e produtos, no qual a organização estabelecia um padrão de confiança que já não mais se baseava em algo consistente, mas cada vez mais artificial, que é uma das consequências de um longo processo de contração cognitiva.

As organizações eram (e ainda são) muito mais fumaça do que fogo.

Hoje, as pessoas estão criando um novo modelo de confiança, que chamei de confiança digital, dentro de um novo ambiente cognitivo de trocas, e vão querer que as organizações sigam esse modelo, não mais na governança atual, mas em uma nova governança.

Este é o genoma principal para entender onde estamos e para onde vamos.

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