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Estou atendendo um cliente na área privada para aprofundar o que seria a cultura digital.

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A grande mudança que temos para a área de negócios com a chegada das Mídias Participativas é a introdução de uma nova possibilidade de confiança nas trocas. Podemos até em falar na Confiança Digital.

Podemos partir da seguinte premissa:

  • – o ser humano é interdependente, precisa das trocas para sobreviver;
  • – toda troca exige uma taxa de confiança para que se reduza riscos;
  • – as trocas são feitas dentro de um ambiente cognitivo, através das ferramentas disponíveis;
  • – ao se alterar o Ambiente Cognitivo, pode haver alteração no modelo de confiança.

Esta é a melhor explicação para o declínio das organizações tradicionais, principalmente as que geram valor na intermediação.

Note que um conjunto grande de organizações tradicionais, até a chegada das Mídias Participativas, “vendia” antes de tudo confiança, fazendo a ponte entre um determinado fornecedor e o consumidor.

É o caso, por exemplo, da Indústria do Turismo.

Veja a figura abaixo:

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Este modelo pré-Mídias Participativas gerava valor para a agência de Turismo, pois o consumidor tem dúvida se pode confiar num dado fornecedor, como um hotel que estava oferecendo serviços, além da dificuldade que tinha de estabelecer contato com ele diretamente.

A Agência da Turismo, durante anos fez uma preciosa Intermediação entre fornecedor e consumidor do turismo, garantindo, com isso, uma boa taxa de confiança entre as partes, além do conforto.

É assim que era gerado o valor de forma estável ou até ascendente, dependendo da competência de cada Agência.

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Muitos se iludem hoje com a Internet de que a mudança é a chegada da tecnologia das redes, onde consumidor e fornecedor podem falar diretamente.

Esta é uma parte pequena.

O processo de uso da Internet vem desde 1995 no Brasil e isso não abalou as Agências de Turismo. Isso pode ter atrapalhado um pouco, mas não gerou grandes problemas para o antigo intermediador, pois a taxa de confiança e comodidade ainda era maior com ele.

O que abala o mercado é quando surgem Plataformas em que se consegue o aumento da Taxa de Confiança e Comodidade, com redução de custos!!! Isso estabelece um novo ambiente de trocas do mercado e muda completamente a geração de valor.

E aí está a grande novidade das Mídias Participativas, a Colaboração de Massa, via Algoritmos Digitais de Colaboração de Massa.

Há um processo acelerado de (RE)INTERMEDIAÇÃO entre o consumidor e os fornecedores, que passam conviver em uma mesma plataforma que permite que ambos os lados sejam conhecidos por uma espécie de “SPC Digital”, criando um novo ambiente de troca. Muda-se a cultura do negócio e não apenas a tecnologia que se faz o negócio.

Ou seja, quando se faz negócios nestas Plataformas Digitais Colaborativas todos se avaliam o tempo todo de duas formas:

  • – de forma voluntária – classificando consumidor e fornecedor, através ícones, tais como estrelas, curtir ou comentários;
  • – de forma involuntária – através de cliques, transações feitas, desfeitas, etc.

A mudança permite que haja uma (RE)INTERMEDIAÇÃO como vemos no modelo abaixo:

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Antes das Plataformas Digitais Colaborativas não era possível que um consumidor pudesse se sentir seguro de fazer contato direto com os fornecedores do turismo, ou fechar sozinho um pacote.

Não só por falta de ferramenta para isso, mas principalmente pelo problema da confiança, o mesmo pode-se dizer do fornecedor aceitar qualquer cliente.

As Plataformas Digitais fecham o circuito estabelecendo uma Taxa de Confiança mais elevada. Assim, o serviço de Intermediação que gerava valor, através da comodidade e confiança vai perdendo o dito cujo.

O valor, no caso da intermediação, sempre é gerado por algo que dois lados precisam para poder trocar e precisam de alguém no meio para juntar as partes. Quando há uma nova forma de troca de forma mais barata e que mantenha uma razoável taxa de confiança, significa que o que fazia a intermediação tende a perder gradativo valor.

Estamos na verdade criando uma nova Cultura de Intermediação, que deixa de ser analógica e passa a ser digital, mas não digital do uso da Internet, mas do uso de novas Plataformas Digitais Colaborativas, cujo o centro é a Colaboração de Massa, regulada por Algoritmos Digitais.

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A crise do Turismo no Brasil só não é maior, pois:

  • – há um enorme contingente de brasileiros (consumidores e fornecedores) ainda fora da Cultura Digital;
  • – um certo conservadorismo no geral.

Porém, o cenário do futuro é todo disruptivo.

Quanto mais gente for aderindo e sofisticando o consumo, mais e mais as antigas intermediações vão perder o valor. Isso vale para tudo, incluindo a Indústria do Turismo.

É isso, que dizes?

 

One Response to “A nova Cultura de Intermediação Digital”

  1. […] digital – nova forma de se confiar nas trocas, através dos rastros e karma digital- ver mais aqui – em […]

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