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Da esquerda para direita: Carol, Gisele, Cassiano, Claudia, Kaká, Sabrina, Eu, Guilherme, Eduardo, Juliana, Deborah, Luciana, Natália e Amanda.

Estivemos hoje lá em São Paulo discutindo com o pessoal de Marketing da Natura o mundo que estamos entrando. Adorei, grato a Deborah, Kaka, Claudia & Equipe.

Segue foto:

Tudo que altera de alguma forma (mesmo que não seja tão radical) com o mercado, com a sociedade, principalmente com o consumidor deve ser analisado, debatido e ser incluído como projeto estratégico.

Quando a estratégia é ineficaz, não tem gênio que consiga ajeitar a tática – Nepôda safra 2011;

(Texto de quinta publicado hoje, estou indo para SP e atolado de atividades.)

(Complemento, assim, o post passado.)

Ok, já disse isso de várias maneiras, mas podemos ser mais diretos:

Implantar redes sociais nas empresas é algo estratégico e não operacional.

Motivos?

O be-á-bá do planejamento estratégico para Dummies:

Tudo que altera de alguma forma (mesmo que não seja tão radical) com o mercado, com a sociedade, principalmente com o consumidor deve ser analisado, debatido e virar projeto estratégico.

Estou certo?

Mas parece que a ficha demora (muito) a cair por aí!

A maior insanidade da gestão moderna é não incluir a discussão sobre as mudanças em curso, em função do novo ambiente informacional-comunicacional, no mercado e consumidores no planejamento estratégico.

Pergunte a qualquer executivo:

A Internet é algo que tem mudado o mercado, coisas no mundo e, por consequência, o consumidor?

Ele dirá que sim.

Pergunte ao mesmo executivo.

O que você tem feito do ponto de vista estratégico para alinhar esse movimento a sua empresa?

E ele vai responder: quase nada.

Sabem os motivos?

Medo, dificuldade de mudar, falta de tempo, gente que possa dizer isso de forma mais clara e direta.

Os gurus de plantão, na sua maioria, são operacionais, americanos (com a mentalidade de vamos aprendendo fazendo), precisam vender livros aos montes, têm uma carteira de clientes e não quer perder.

Seguem uma linha de continuidade e não de ruptura, o mesmo posso dizer das grandes agências de comunicação, das empresas de consultoria renomadas.

É fato?

Infelizmente, sim, é fato.

Ou seja, muita gente fala o que o mercado quer ouvir.

E para as pessoas operacionais e não para os estrategistas.

Os operacionais aceitam tudo, pois precisam de receita de bolo, são convencidos sem muita lógica.

Os estratégicos precisam entender o processo, perceber suas nuances, motivações, resultados e medições para fazer o seu trabalho.

É um velho filme de queda do avião.

Fulano tinha que ter apertado o parafuso, não o fez, pois foi tomar café mais tempo. Aí venho uma tempestade mais forte e o piloto, naquela hora, estava no banheiro com problemas estomacais…

As empresas hoje cada vez mais investem menos em estratégia de longo prazo, pois o mercado competitivo exige olhar mais para o concorrente do que para o futuro.

Entretanto, temos aí um risco enorme diante de rupturas como a atual!

Gurus, assim, dão aquilo que o mercado acha que precisa.

Mas é hora de começar a dar aquilo que o mercado não quer ouvir.

Tentar chegar nos poucos que podem perceber que implantar projetos colaborativos é um rompimento radical com o modelo mental, afetivo, operacional, de controle, espiritual, e todos os “als” que queira colocar nas empresas atuais.

Vivemos tempos diferentes, pouco comuns e temos que escutar coisas dolorosas.

Se sua empresa não mudar radicalmente, começar a operar em outro paradigma de gestão, o jardim das oportunidades (que está agora por aí) vai murchar, outros vão plantar, e vais colher cada vez mais riscos!

Que dizes?

O grande equívoco atual é que as empresas estão delegando ao pessoal operacional para lidar com as redes sociais, que é um problema estratégico e isso não está sendo nada eficaz.

Só se conhece o futuro, a partir da percepção das motivações humanas – Nepô, da safra 2011;

 

 

(Texto em duas partes. A segunda pode ser lida aqui.)

É bem comum ter tido problemas em sala de aula de um aluno ou aluna questionar o encaminhamento.

Opa, eu vim aqui para saber como faz as coisas e não me questionar o por quê das coisas!!!!

Tentar detalhar ao máximo o programa do curso não é o suficiente, pois todos hoje estamos ansiosos por uma receita de bolo para lidar com as redes sociais, num momento que não sabemos direito que bolo exatamente precisa se feito para a sobremesa do jantar.

E esta é a questão central de como devemos pensar nosso futuro diante destas mudanças.

É preciso se aprofundar nos por quês das coisas para depois chegar ao como fazer.

Estamos colocando o mouse na frente do teclado!

Já caí na armadilha de dizer que o curso que tenho trabalhado, com uma visão mais histórica e aprofundada sobre o tema é um curso mais teórico do que prático, mas não é bem esse o problema.

Toda teoria tem uma prática e toda prática tem uma teoria.

(Até para se fazer um bolo, titia tem uma teoria do que dá certo e o que não dá.)

Amadureci que, na verdade, ao se pensar neste problema é preciso separar dois perfis no mercado: os estrategistas (visão mais ampla/de descontinuidade) e os operacionais (visão mais focada/de continuidade).

  • Os primeiros lidam com o futuro e os segundos com o presente (tanto em aspectos teóricos como práticos).
  • Os primeiros lidam com os porquês e os segundos lidam com os comos (também nos seus aspectos teóricos e práticos).

O grande equívoco atual é que as empresas estão delegando ao pessoal operacional para lidar com as redes sociais, que é um problema estratégico e isso não está sendo nada eficaz.

Nem tem se gastado tanto, mas do pouco que tem se investido tem se obtido poucos resultados.

Não se sabe nem como medi-los, aliás!

O motivo: quem tem pensando o problema quer saber o como fazer, mas não amadureceu ainda o mais importante: o por que fazer.

como dos operacionais funciona bem para fenômenos conhecidos.

Como implantar uma plataforma de petróleo, trocar o pneu, trocar a placa mãe de um dado computador.

Porém, não é possível chegar ao como operacional e querer fórmula prontas sem ter antes esgotado um tanto os por quês das coisas.

Imagina numa crise de percepção como a que vivemos!!!

Como vai se convencer uma pessoa que tem meia dúzia de neurônios a ter uma estratégica de comunicação em rede social, se a pessoa não entende o que se quer com isso, quanto se ganha e como se mede?

Só se conhece o futuro, a partir da percepção das motivações humanas.

E as motivações humanas continuam a mesmas, pois somos animais sociais com nossas demandas físicas, cognitivas, afetivas, espirituais.

Porém, mudamos a maneira de como nos informamos, nos comunicamos, nos relacionamos.

E algumas coisas que estavam adormecidas voltaram com força redobrada.

O ambiente é outro e exige que as empresas se adequem como um todo a ele. E isso não é uma tarefa operacional, mas uma guinada estratégica.

Ou seja, só vamos entender o mundo em rede digital se entendermos com clareza o motivo que leva a 2 bilhões de pessoas a estarem conectadas e o futuro será recheada cada vez mais em direção a essa motivação original.

Quer-se velocidade, atenção, respeito, participação, eficiência, preocupação social, ecológica, ética, coerência entre o que se faz e o que se diz pilotados por uma máquina de articulação, comunicação, troca, relacionamento inigualável.

Se tivermos clareza, em relação aos propósitos, podemos começar a trabalhar no como.

É possível fazer com que esses propósitos ocorram da melhor maneira possível nos ambientes produtivos que estão sendo demandados, via redes sociais produtivas.

E aí, definida a nova estratégia, só então, entram os operacionais!

Assistimos, portanto, uma mega, hiper, super passagem lenta de um modelo de gestão aranha para estrela do mar e isso exige uma conversão, quase um  batismo 2.0.

Não é algo trivial, dentro do padrão que estamos acostumados.

Só através do conhecimento do DNA das motivações do novo consumidor pode se projetar e começar a definir, através de novos problemas estratégicos, do futuro, extemporâneos, não rotineiros.

Este é o desafio que temos que encarar de frente.

Que dizes?

PS – continuo o papo aqui.

Não adianta entrar em redes sociais,  se cabeça é de aranha. Essa cabeça aracnídea deve dar lugar a uma de estrela do mar!!!

 Redes são mais poderosas do que hierarquias engessadas – Steve Johnson – da coleção;

 


Não  existe nada mais poderoso no mundo humano que um ambiente de diálogo honesto.

Muito do que consegui aprender até aqui sobre a Internet se deve aos meus estudos, claro, mas principalmente aos debates intensos que já tive com mais de 800 pessoas ao longo dos últimos anos, em aulas, palestras, consultorias.

(Não desperdicem encontros presenciais em discursos fechados, via Power Point,  pois é jogar pela lata do lixo tempo, dinheiro, motivação, clareza e inteligência coletiva!)

Bom, dito isso….

Estivemos no sábado passado, no fechamento da DIG6, uma nova leva de estrategistas em Marketing Digital, do curso do IGEC, da Facha que vai para o mercado.

No meio da conversa, na hora de detalhar sobre as novas empresas ficou mais fácil de passar a última mensagem para eles algo que já circulava há tempos na cabeça, a partir do livro “Quem está no Comando?”.

(Sugiro que você leia urgente, pois não está na lista dos livros-fumaça do mercado, mas é um dos que considero chave para a compreensão do nosso mundo 2.0.)

Nele, os autores destacam dois tipos de modelos de gestão, a partir da nova possibilidade dos recursos das redes digitais: a gestão aranha e a gestão estrela do mar.

  • A gestão aranha é um tipo de organização centralizada, dependente da cabeça centralizada, hierárquica. Se algo ocorre no centro, afeta fortemente toda a periferia, com risco até de falecimento;
  • A gestão empresa estrela do mar, ao contrário, é completamente em rede, distribuída e se algo acontece em uma das partes, como ocorre com a estrela do mar, há uma fragmentação e tudo continua.

O que é interessante no livro é que ele – ao analisar os dois ambientes – demonstra que são incompatíveis. A gestão aranha desenvolve um tipo de lógica, de prática, de discurso que é incomunicável com a gestão estrela do mar.

Uma não consegue se relacionar com a outra.

Não adianta, portanto, tentar entrar em redes sociais, que têm características de estrela do mar, se a cabeça é de aranha.

A estrela vai dizer: mar!

A aranha  vai ouvir: teia!

E vice-versa.

Ou seja, temos um impasse civilizacional, provocado por um aumento radical da população.

É preciso, por causa disso, migrar para um novo modelo de gestão mais dinâmico para continuar conversando com o novo consumidor que já está dentro de um ambiente fluido da estrela do mar!!!!

Exemplos de projetos estrela do mar?

Youtube, Linux, Apache, Wikipedia, Camiseteria, Estante Virtual, Mercado Livre, etc….

Note que os organizadores destes projetos dizem o por que estão ali, mas quem determina o como, o que, com quem vou me relacionar e fazer negócio são as estrelas do mar.

Não cabe um pensamento de aranha controladora!

Ou seja, não adianta ter um discurso de estrela do mar com pele de aranha!

Pois não se trata de discurso, mas de uma nova forma de ser no mundo.

Clay Shirky, no seu último e imperdível livro “A Cultura da Participação”, (que elegi para a minha lista dos melhores do ano)  nos sugere, ao falar da produção social de software de forma colaborativa,  que foi preciso aos participantes ter feito um tipo de julgamento profundo para admitir que a produção social de programas era melhor maneira para desenvolvê-los.

Este julgamento profundo (note que não superficial, de maquiagem), que podemos chamar de ficha 2.0, conversão 2.0, percepção 2.0, mudança radical de paradigma, é quase um batismo nas águas do Rio das Estrelas do Mar.

Neste momento – e isso ocorre com muito dos meus alunos e clientes –  cai a ficha que não se trata de adotar tecnologias novas, mas entrar em um mundo novo, no qual nossa cabeça de aranha dá lugar a uma de estrela do mar.

Por todas as dificuldades atreladas a isso, principalmente do nosso afeto controlador, envergonhado, temeroso de um mundo mais líquido e sem o controle pelo qual nos sentíamos mais seguros pelo papai rádio e mamãe tevê.

Passamos, assim,  a procurar outra forma de relacionamento, que nos leva necessariamente a querer mudar a gestão da sociedade em todos os campos, das empresas, passando pelas escolas e culminando na organização social, todas focadas na desintermediação.

Outro dia a Fabiana do nosso grupo de discussão sobre o Manifesto 2.0 me perguntou qual seria, afinal, uma boa figura representativa para o nosso documento/movimento.

E eu fiquei sem resposta, a pensar.

Agora, ficou claro como água no pacífico sul: uma estrela do mar, que se você cortar um pedaço de uma parte, do nada, vira duas e vai adiante, pois o centro é em todo lugar, em cada pessoa.

Um ambiente muito mais meritocrático, dinâmico, colaborativo, inovador do que uma aranha, que funcionou bem, mas agora tem amarrado o futuro de nossa civilização.

Que dizes?

Não posso DEFINITIVAMENTE ter a cultura, a leitura, o aprofundamento de outra pessoa que tem outro contexto, outro cenário, outro tipo de vida, outra cognição e outro afeto. Ter o conhecimento adequado é preciso, mas cada um tem o seu!

Em plena “Era do Conhecimento” ninguém tem tempo de parar para pensar – Nepô – da safra 2010;

(“Em busca do Conhecimento adequado” – a ser lançado no “Nepô ao Vivo” de Setembro, cadastre-se.)

O que mais oprime as pessoas hoje é não saber o que exatamente tem que saber.

Quer se saber de tudo, mas tudo e nada moram sob o mesmo teto. 🙂

Fica aquela sensação de dívida.

Caraca, ainda não sei tal coisa!

Isso é estressante, causa ansiedade.

Tenho resolvido isso da seguinte maneira: as coisas vêm a mim no tempo certo, a partir dos problemas que tenho pela frente.

Ou seja, conhecer é um fim para resolver determinados problemas, para vivermos melhor e não um objetivo em si mesmo, como muita gente apregoa e usa como arma de opressão ao próximo.

Fico ligado, mas não oprimido.

Que são duas coisas bem diferentes.

Não preciso saber nada  além do que necessito.

Ou melhor posso separar o que é relevante (aquilo que devo arranjar tempo) e o que é interessante (até dar uma olhada se tiver tempo).

Tem que alinhar as duas coisas.

Não adianta me adiantar a eles, nem ficar atrás deles.

Não posso DEFINITIVAMENTE ter a cultura, a leitura, o aprofundamento de outra pessoa que tem outro contexto, outro cenário, outro tipo de vida, outra cognição e outro afeto.

Eu sou eu e o que conheço está relacionado na bolha que estou inserido, na rede que formei, na relevância ou irrelevância que tenho para ela. Nas minhas atividades pessoais, profissionais e nas pessoas que me cercam.

Há uma taxa de conhecimento  para estarmos no mundo.

O que é preciso saber é se estamos com o conhecimento adequado.

E isso passa por um processo de auto-conhecimento.

O mais importante é não se oprimir com o conhecimento dos outros.

Muita gente usa o conhecimento como uma arma de defesa e muitas vezes de ataque.

Você não sabe isso!!!?

Você responde:

Mas eu preciso me aprofundar nisso?


Mas, tirando a insanidade opressora de lado, as pessoas deveriam usar o conhecimento como ferramenta para viver melhor.

Faça isso. Procure isso. Almeje isso.

Coloque no espelho:

O conhecimento não é um fim em si mesmo, mas um meio para atingir nossos fins!

O primeiro passo é trabalhar nessa direção e você se responder: estou com o conhecimento adequado?

Nesse momento, temos duas situações distintas.

  • Conhecimento adequado para quem anda parado no tempo – estanque.
  • E conhecimento adequado para quem está ou quer estar –  em movimento.

Os primeiros não são tão exigentes, mas estão perdendo todo dia o ônibus da história.

Os segundos precisam de dicas poderosas, que vou falar mais adiante.

O que realmente eu devo acompanhar?

Que dizes?

O texto fará parte do E-book:

“Em busca do Conhecimento adequado” – a ser lançado no “Nepô ao Vivo” de Setembro, cadastre-se.

Galera, sentirei saudades, não sumam.

Que consigam construir estrelas do mar no lugar de aranhas.

 Vem cá, não tá na hora de recuperar a caixa-preta do teu piloto automático?Nepô –  Safra 2011;

Obviamente, que o dia-a-dia nos leva a automatizar decisões, maneiras de ser, coisas que fazemos,  de pensar.

Criamos um bolsão de coisas resolvidas, de como achamos que pensamos, o que somos, o que é a vida, o que queremos dela, para onde queremos ir.

Colocamos numa caixa fechada e vamos embora.

Nada contra, pois tem um lado do piloto automático que é saudável e necessário, mas temos um problema complicado de quando esta taxa fica muito elevada.

Quando chega determinado nível e por muito tempo, começamos a ter problemas.

O piloto automático necessariamente nos tira um pouco a intuição, os sentimentos, os afetos, a nossa relação com o presente e com o que ocorre a nossa volta.

Vamos indo como boiadas na mesma direção sem pensar muito.

Obviamente, se entrarmos pelo campo da psicologia chegaremos a conclusão que a robotização pode nos facilitar não nos aproximar de determinados sentimentos, problemas, abusos sofridos, etc.

Isso tem que ser levado em conta…

De qualquer forma, sem olhar para os lados, nos vamos nos robotizando.

Quando as pessoas falam na dificuldade das pessoas mudarem, na verdade, podemos traduzir: na dificuldade de se sair do piloto automático, da caixa, do ego engaiolante, etc.

E ver coisas de forma diferente daquela que nos “viciamos” a ver.

Ok, muito bem.

A sociedade funciona e se organiza em torno do poder estabelecido, que tenta criar um ambiente de conservação de ideias e até estimular que o piloto automático nos leve para a continuidade do modelo, aumentando a taxa robotização na sociedade.

Há diversidades, nichos, mas no geral cria-se um senso comum.

Porém, o que acontece quando esse exército com alta taxa de pilotos automáticos em ação se depara com uma ruptura radical como a que passamos trazida por uma nova mídia descentralizante?

  • As pessoas continuam a pensar do mesmo jeito, apesar das coisas, dos fenômenos, dos fatos apontarem em outra direção;
  • Negam as coisas que acontecem;
  • Criam teorias para continuar indo na mesma direção.

E este é o grande desafio num mundo que chega ao fim de uma Era Civilizacional.

Conseguir sair da economia do piloto automático e começar a tentar a enxergar novas visões, radicalmente diferente daquelas que nos viciamos.

Acredito que o processo é tão difícil que vamos demorar algum tempo, como Moisés que demorou 40 anos no deserto para chegar à terra prometida.

(Dizem que o objetivo de Deus era terminar com toda uma geração de escravos.)

Somos escravos de um modelo mental da civilização da mídia do papel/do rádio e da tevê, que nos condicionaram a pensar o mundo de determinada maneira.

Um mundo mais sólido, baseado em um tipo de poder, de gestão, de solução individual de problemas, de um pertencimento mais local.

Tudo isso está sendo abalado profundamente com impactos profundos na nossa cognição e afeto.

Sair da caixa automática, 24 horas, em cada esquina é um desafio e tanto.

Sei que todos nós temos um limite de conseguir ver adiante. Mas, pelo menos, já saber que o piloto automático nem sempre ajuda, é um grande passo.

Que dizes?

Tire aqui suas dúvidas no vídeo:

 

Curso on-line comigo -> de qualquer lugar/ a qualquer hora!

 

Outubro/novembro (17 de outubro – 18 de novembro),  com certificado –> R$ 220,00. Vai perder?

Turma aberta!!!


Pague em 10 vezes no cartão!




(Aviso importante: não é um curso pré-moldado, estarei produzindo todo o material ao longo dos debates de forma exclusiva para os participantes!)

Data:

17 de outubro a 18 de novembro.

Investimento: 

R$ 220,00

Pague em 10 vezes no cartão!

Perfil indicado:

  • Gestores;
  • Estrategistas;
  • Gerentes;
  • Profissionais que queiram mais embasamento para atuar nas redes sociais, implantação de projetos colaborativos na sociedade e, em particular, nas empresas, com visão estratégica e não operacional.

Carga horária estimada:

60 horas, com atividades ao longo de quatro semanas pela Internet.

(Deve-se reservar algumas horas ao longo da semana para as atividades. Normalmente, as pessoas acham que o curso online por não precisar ir a algum lugar, não precisa reservar horas para fazer, isso tem que ser evitado!!!)

Pré-requisito:

Estar ou querer estar envolvido em projetos em redes digitais, implantação de redes sociais, podendo ter qualquer formação, acesso à Internet e conta no Facebook.

R$ 220,00

Pague em 10 vezes no cartão!

Conteúdo:

  • Por que a Internet não é apenas uma revolução tecnológica, mas uma revolução da Informação? Qual a diferença entre ambas para os negócios das empresas?
  • Qual foi a última revolução da informação no mundo? Quais foram as causas e consequências no ambiente dos negócios?
  • Qual é o DNA de uma Revolução da Informação dentro de uma organização? Quais são as motivações que levam os consumidores à adotar um novo modelo de troca? Como relacionamos demanda de consumo, produção, inovação, informação e mudanças de gestão nesse novo ambiente?
  • Por que as organizações devem migrar para os modelos atuais de “aranha” (hierárquica) para ”estrelas do mar” (rede) sob o risco de perder competitividade?
  • Quais são os passos a serem dados? Por que a implantação de Redes Sociais Internas e Externas é muito mais um projeto estratégico do que operacional? Riscos e oportunidades nesse caminho?
  • Por que as organizações não incluem as redes digitais no planejamento estratégico? Por que pe fundamental incluir? Riscos de não incluir? Oportunidades?
  • As ações estratégicas possíveis a partir dessa inclusão?

Ganhos tangíveis:

  • Noção mais precisa de onde estamos/ para onde vamos com a revolução digital em curso;
  • Visão clara de ações para não desperdiçar recursos.
  • Compreensão embasada, através de argumentos lógicos e consistentes sobre o fenômeno das redes digitais, passado, presente e futuro;
  • Capacitação para tomada de decisão de ações a serem feitas de forma ordenada, com mais retorno e menor custo;
  • Capacidade de medir resultados nos projetos estratégicos a serem implantados;
  • Questionamento da sua forma de pensar por especialista com estudo aprofundando sobre o tema;
  • Networking com outros participantes do grupo.

 Didática:

  • Teremos atividades ao longo de 5 (cinco) semanas;
  • Semana 0 – ambientação – antes do curso;
  • Semana 1,2,3 – debates;
  • Semana 4 – avaliação final.

R$ 220,00

Pague em 10 vezes no cartão!

Atividades na semana:

  • Segunda – professor posta vídeo no Facebook analisando semana anterior da turma, comentando as participações dos alunos (bem personalizado para a turma, feito no mesmo dia) e indica formulário on-line no Google Documents para todos poderem comentar o vídeo até terça;
  • Quarta-Quinta-Sexta  – debates por e-mail na lista de discussão criada especialmente no Google Groups;
  • Sexta de tarde e fim de semana – avaliação por formulário on-line da semana no Google Documents;

Forma de pagamento:

Pague em 10 vezes no cartão!

Critérios para emissão do certificado:

  • Assistir a todos os vídeos postados pelo coordenador e acionar o botão curtir no Facebook para registrar presença;
  • Preencher todos os formulários emitidos durante o curso, até o fim da semana correspondente;
  • Participar dos debates, via email, ao longo das semanas.
(Os certificados serão enviados por e-mail, através de um PDF/ os alunos que não cumprirem as regras estabelecidas continuam no curso, mas não ganham certificado!)
Certificado especial:
  • Os alunos que se empenharem no curso além das regras estabelecidas, vou destacar isso no certificado como participante ativo, isso será feito a meu critério.

Como se inscrever: 

Basta fazer o depósito e dizer que  vai participar aqui –> http://www.facebook.com/event.php?eid=128725233879836

Currículo do coordenador:

nepo_lancamento

Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense. Jornalista e consultor especializado em Redes Humanas, com especialização no mundo Web, desde 1995.  É pesquisador dos efeitos da Ruptura 2.0 e procura ajudar a sociedade a lidar melhor com essa passagem.

Professor do MBA de Gestão de Conhecimento do CRIE/Coppe/UFRJ, da Pós-graduação em Gestão Estratégica de Marketing Digital, do Curso de Gestão Estratégia de Marketing Digital Faculdade Hélio Alonso e em Mídias Digitais e no Senac/RJ (Copacabana).

É ainda palestrante do AgendaPolis (Brasília).

Escolhido como um dos 50 Campeões brasileiros de inovação, pela Revista Info, em 2007.  É ainda co-autor do primeiro livro sobre Web 2.0 no Brasil: Conhecimento em Rede, da Editora Campus/Elsevier em co-autoria com Marcos Cavalcanti.

Por fim, Diretor Executivo da Pontonet, primeira empresa de Consultoria da Web Brasileira, fundada em 1995, que reúne na sua carteira mais de 300 projetos de consultoria estratégica em Internet, mais recentemente trabalhado com Vale, BNDES, Petrobras, Dataprev, Prodesp e Embrapa.

Apoio:

Webinsider, Nós da Comunicação, Dicas-L, Plurale, Administradores, ContentMind.

Como se inscrever: 

R$ 220,00

Pague em 10 vezes no cartão!

 Resumo da ópera 2.0: desintermediação coletiva irreversível em escala global, via tecnologias cognitivas – Nepô da safra 2011;

A Ciência é a arte de associar coisas aparentemente sem nexo para compreender fenômenos.

A avalanche esfumaçada sobre o mundo 2.0 anda cansando.

As pessoas têm me dito que estão evitando ir aos eventos, cursos, palestras, pois sempre é mais da mesma fumaça repetidora.

Tudo está mudando, você tem que se preparar!

Ok, mas pergunte aos gurus de plantão o que exatamente está mudando?

Que ele apresente a memória de cálculo – como chegou com essa ideia, baseado em quê exatamente?

Não vale cases em que não se apresentam resultados sólidos de geração de valor!!!

Quais são as causas e consequências, afinal? E o que se espera de tudo isso?

Para onde estamos indo?

É preciso  calma para chegarmos a alguns lugares.

Vamos a um DNA tentativo da coisa.

A desentermediação, a meu ver, é a palavra-chave do novo século.

No seguinte jogo de causa e efeito:

  • Aumenta a população radicalmente (de 1 para 7 bi nos últimos 200 anos);
  • Cria-se, assim, crises produtivas regulares e cada vez maiores para atender aos novos problemas complexos;
  • Assim, é preciso inovar, mas os modelos organizacionais da sociedade não conseguem dar conta do recado;
  • Há, assim, o surgimento e a massificada adesão a um ambiente informacional mais dinâmico, que permite a retirada eficente dos intermediários;
  • Por fim, começamos a desintermediar para gerir melhor.

Taí o DNA da nova sociedade.

Cases?

Ok, vamos aos fatos.

No jornal hoje, vemos isso ao vivo e a cores.

Ministério usará redes sociais contra dengue

Problema complexo:

  • Mais gente, mais casas, mais poças, mais mosquitos.
  • Modelo anterior –> mata-mosquito
  • Novo modelo –> cidadão, via rede, através de uma plataforma;
  • Os mata-mosquitos ao invés de circular perdidos, vão ser direcionados pelos cidadãos.
(Saiu no Globo, não achei online.)
Governo vai incentivar despacho das malas pelos passageiros para combater caos aéreo.

Problema complexo:

  • Mais gente, mais viagens, mais passageiros, mais malas.
  • Modelo anterior –> check-in com pessoa
  • Novo modelo –> cidadão, via quiosques, através de uma plataforma, irá despachar a mala.

Veja mais: banco online (todos), ingresso.com, compra e venda de mercadorias (mercado livre), compra e venda de livros usados (estante virtual e concorrentes).

O detalhe é que a desintermediação não é algo simples, pois implica em abandonar uma dada estrutura de controle para uma mais sofisticada.

Não é descontrolar, mas é controlar de uma nova maneira, via plataformas produtivas.

O controle é o epicentro pelo qual o poder é exercido.
E toda teia social se organiza em torno dele.

 

Obviamente, que vão argumentar – e com razão em alguns casos – que o cidadão vai se atrapalhar em despachar as malas, que o sistema de rede social contra a dengue não vai funcionar, etc…
Note que é fundamental, como disse aqui, que esse novo mundo seja estruturado em torno de novas redes sociais produtivas.

Ou seja, o desejo de desburocratizar sempre houve, ideologias, até experiências, mas a grande diferença é que agora contamos com plataformas poderosas que isso pode ser feito de forma eficiente.

Essa é a grande mudança.

Não é a ideologia da participação que nos garante isso, mas a tecnologia da participação que acaba por criar a tal cultura – uma coisa modela a outra se a plataforma não for inteligente.

Estamos descobrindo maneiras melhores de organizar a sociedade em todas as suas instâncias, através da colaboração, utilizando as ferramentas interativas que a Internet proporciona Manifesto 2.0;

O Manifesto mais conhecido é o Comunista, publicado em 1848.

Hoje, entretanto, tem se tornado moda manifestos.

Um importante é o Manifesto Ágil.

E o pai de todos aqui na Rede: Cluetrain Manifesto http://www.cluetrain.com/ e http://www.cluetrain.com/portuguese/index.html (dica de Luiz Garcia – @luizgarciamt)

A onda dos manifestos, a meu ver, é uma característica de uma sociedade mais participativa em rede.

No ambiente anterior, agíamos a partir de visões fechadas, ordens, determinações.

Nos agrupávamos por profissões, disciplinas, empresas, locais, regiões.

Nessa primeira fase pós-revolução da informação, passamos a nos identificar com visões e princípios.

E isso tende a crescer.

Por isso, necessidade de manifestos, pois as pessoas passam a se organizar por ideais.

É uma forte tendência.

Pessoas que sugerem o desenvolvimento de software de uma outra maneira, que vêem um determinado tipo de educação diferente ou, como o nosso, que querem apresentar uma nova forma de ver o desdobramento da revolução da informação na sociedade.

A ideia de realizar e fazer manifestos parte, acredito, de algumas necessidades:

  • – apresentar uma visão diferente de algo que não é corriqueiro;
  • – articular pessoas que se identificam com aquela visão;
  • – mostrar para a sociedade que aquela maneira de pensar, mesmo que não seja usual ou corriqueira, já tem um conjunto de pessoas que a considera válida.

Assim, um manifesto é uma “praça de ideias”, na qual as pessoas dizem que a visitam, colocam ali uma estátua para influenciar a sociedade em uma nova direção.

Nós pensamos assim,  o que você acha? Quer deixar seu nome na estátua?

Este manifesto 2.0 surgiu da articulação, discussão, debate entre pessoas que vêm discutindo o mundo 2.0 de vários cantos, mais fortemente aqui no Rio de Janeiro.

Fizemos uma lista de discussão, algumas reuniões prévias, modificamos no Google Docs algumas coisas, de forma coletiva e estamos propondo um “manifesto vivo”.

Vivo, pois a ideia é ter embaixo do manifesto uma plataforma produtiva para que possamos (todos que querem) ir modificando-o com a aprovação daqueles que o apoiaram e se expressaram no sentido de discutir seu futuro.

Tivemos uma boa polêmica sobre isso, pois, por tendência, o manifesto é um só, imexível e quem quiser que faça outro.

Mas a ideia de democracia 2.0 é justamente algo mais complexo.

Nada é para sempre, tudo é processo, nós todos vamos amadurecer e melhorar o texto, conforme formos repensando coisas.

E o documento digital tem que permitir que seja feito, a la Wikipédia.

Porém, precisamos que tal proposta ocorra num tempo hábil e por muita gente para construir um ambiente informacional que permita a todos que queiram votar nas propostas de mudança o façam sem grandes trabalhos, pois convivemos hoje com um grande inimigo: falta de tempo!

A versão beta que está no ar inicia esse processo ao incluir os emails de todos que querem participar e estamos desenvolvendo uma plataforma que permitirá que as pessoas possam votar e ir melhorado-o ao longo do tempo.

Essa plataforma, na verdade, é uma das muitas que vão aparecer para que possamos construir a democracia 2.0, pois não basta ter o desejo de tê-la, mas é preciso construir ferramentas que a viabilizem.

Como detalhei neste post.

Muitos discutindo e votando em tempo real, de forma fácil e alterando automaticamente textos, leis, regras, posturas, trabalhos.

Eis a sociedade para a qual estamos indo.

Leia o manifesto e só assine se realmente você considera que faz sentido.

Se há detalhes que podem mudar, se inscreva na lista dos que vão aprimorá-lo e quando a plataforma entrar no ar vamos começar a modificá-lo.

Vamos adiante.

Que dizes?

 

O profissional de informação se dedicará cada vez menos ao documento e cada vez mais às plataformas colaborativas, robôs informacionais e relação com pessoas – Nepô –  da safra 2011;

 

Imagina se acontecer um cataclisma que acabe com todas as conexões à Internet do planeta de uma hora para outra.

Se voltássemos apenas às cartas, encontros presenciais marcados por telefone, sendo informados pela mamãe rádio/tevê e papai jornal.

Muitas das novidades badaladas desse novo século não  seriam mais possíveis.

Viveríamos o caos nos bancos, nos aeroportos, nos cinemas… teríamos uma subida vertiginosa dos custos (vindo junto os preços).

Além da crise de abstinência dos viciados (ia ter gente babando pelas ruas). 🙂

Deixaríamos de ser os novos seres sociais-tecnológicos que nos acostumamos.

Assim, é bom perceber que sem tecnologias cognitivas em rede teríamos todas estas latênciassem possibilidade de minimizá-las.

Não conseguiríamos viver de forma menos burocrática e burra como temos feitos mais recentemente com o auxílio da rede digital.

É fato:

Ninguém vai para a lua 2.0 sem  um foguete que te leve lá!

 

Ou seja, desejos de escolas, de cidades, governos, empresas, parlamentos mais inteligentes e colaborativos todos temos, mas sem novas tecnologias cognitivas em redes nada sai da vontade.

São aspirações  seculares, que agora têm uma nova mídia que as viabilizam!

Geralmente, se imagina que é possível conseguir suprir a latência sem tecnologia.

Porém, não há sonho 2.0 sem tecnologia 2.0 e nem tecnologia 2.0 sem sonho 2.0!

Ou seja: ir para a lua 2.0 é preciso e ir para o laboratório desenvolver o foguete, idem!

Portanto, não é possível imaginar as novas plataformas tecnológicas com a mesma lógica do passado.

Há necessariamente que se empoderar as pontas, desintermediando os caixas, os bilheteiro, os agentes de viagens, como já fizeram os bancos on-line, as ingressos.com e as cias aéreas num pequeno trailer do quase tudo que ainda virá.

(Estes projetos usaram tecnologia em rede, mas ainda não redes sociais produtivas, está chegando a hora de se juntar as duas coisas!)

É um modo de operar (oferta e consumo) diferentes, movidos pela mesma latência, porém viabilizada por uma nova possibilidade tecnológica inusitada.

Diria que o sonho e os desejos humanos de uma sociedade melhor e mais colaborativa são eternos e acalentados há séculos por muitos humanistas.

Precisamos agora, além de novos paradigmas cognitivos/afetivos dos foguetes digitais em rede que os viabilizam.

Que dizes?

 

“Não é hora de ser pragmático. É hora de ser sonhático” – Marina Silva.

Marina saiu do PV na semana passada e apareceu uma charge interessante no Globo.

Note que ela pula de dois partidos para um ponto de interrogação.

A charge representa bem o momento que estamos passando não só a Marina, não só o Brasil, mas o mundo, nossa civilização.

Estamos pulando de estruturas hierárquicas que não funcionam de forma eficaz (partidos, empresas, escolas) para outras mais dinâmicas, fortemente tecnológicas, produtivas e sociais.

Para as quais não temos ainda certeza de como serão, como viveremos nesse mundo mais desentermediado.

O impasse da Marina é o nosso.

Ela consegue nos representar nas suas dúvidas.

Marina sai do PV, pois acredita que aquela estrutura de partido não lhe assenta bem.

Ela não critica o PV, mas o partido como expressão de representação, o que lhe dá um peso histórico.

É o único político de peso no país que está diante dessa interrogação, que capta bem o momento em que estamos vivendo diante de uma revolução da informação inapelável.

 

Vamos analisar o discurso dela deste artigo para pontuar as coisas:

O movimento que pretende criar –que eventualmente pode gerar uma nova sigla– vai “metabolizar uma nova forma (de fazer política)”.

Ou seja, é um movimento, diria até que é uma rede, mas para que isso ocorra Marina vai ter que passar um tempo sem a pretensão de querer o poder para construir algo mais adiante.

O  “mundo inteiro não sabe como ela (a nova política) é”. “Ela não tem fórmula. Eu compreendo a pergunta. Mas eu também estou em uma expectativa”.

Foi o que ocorreu na Espanha principalmente, não é essa democracia é uma outra,  baseada em plataformas produtivas, que possam expressar o desejo de milhares, desintermediando os atuais partidos, parlamentares, prefeitos e governadores.

Não existe solução teórica ou ideológico apenas, pois é preciso desenvolvimento tecnológico, baseado em um novo paradigma.

Temos já a latência, mas não temos as ferramentas.

O que falta é começar a fazê-las!

 Não se deve criar “a velha ideia” de liderança que “sabe de tudo e do resto”. “É uma construção”, disse a ex-senadora, que lembrou que “tudo” o que o homem pretendeu planejar com começo, meio e fim, “foi um tremendo fracasso”.

Essa visão é pertinente, pois nos lembra que estamos saindo de um ambiente mais fechado de geração de conhecimento para um mais aberto, construído, através das interações.

O que muda?

Se altera o como, mas não os princípios.

Uma rede de cidadãos pode definir que se quer reduzir a exclusão social como meta principal e isso é programado dentro do algoritmo da plataforma, que nos leva às ações nessa direção.

O como é feito isso a interação dentro da plataforma resolve.

A política assume vezes de apicultura e não de ordenha de vaca!!!

“Não gosto de ficar “submetido a uma estrutura”, “dando jeitinhos” para conseguir suportar as regras atuais com objetivo de conseguir se candidatar em eleições futuras”.

A base para se trabalhar na rede, com a rede, pela rede é de que deve-se atirar em um poço escuro em direção ao futuro que hoje pode parecer incerto.

Os frutos serão colhidos, pois o discurso da Marina é permeado de futuro.

“A saída do PV “não é o fim. É o início”.

Pois é, o problema é o séquito, ávido de poder, que gira em torno de qualquer celebridade. Contra estes conselheiros que ela terá que lutar.

A ver.

Na sua visão, os partidos brasileiros estão transformando os eleitores em meros “espectadores”. Segundo ela, seu “foco principal” nessa “caminhada esperançosa” é sensibilizar as pessoas que acabam ficando de fora das decisões importantes do país.

Esta é a base da política 2.0. Precisamos de um novo conceito e uma nova prática, através de plataformas inteligentes.

Ao final do artigo, vem a nota do PV:

“Nega que não haja democracia interna na legenda, como reclama a ex-verde Marina Silva”.

Ela não está falando de democracia interna, está falando de uma outra maneira de se pensar e fazer política.

Aposto no sonhático da Marina, mas alguém tem que dizer que além disso tem que ser também platafórmico.

Aí vai!

Pois é, o blog está de cara nova.

Depois de mais de 3 anos com uma cara de origem do Worpresso, o Moreno veio sugerindo mudar.

Eu topei.

Ainda estamos ajustando, mas quero ouvir sugestões.

Não sei se a vida é nova, mas vamos ver…:)

Diz.

 

 A realidade só se apresenta quando queremos mudá-la – Nepôda safra 2001;

Estamos semana que vem lançando nosso Manifesto 2.0 do qual falarei bastante por aqui.

Estamos – o núcleo de pessoas que está preparando o movimento – discutindo qual é a melhor plataforma para colocá-lo.

Parte tem sugerido o Facebook.

E outra uma plataforma própria.

Ambas as propostas são eficazes, mas carecem de aprofundamento.

Tenho para mim que a realidade só se apresenta quando queremos mudá-la.

E todo o processo que vamos viver daqui por diante ao construir uma nova sociedade mais colaborativa faz parte de uma mudança na maneira de pensar.

Vamos todos evoluindo fazendo e pensando e vice-versa.

No post que escrevi há tempos, consegui perceber conceitualmente que podemos falar de duas redes sociais: as informativas e as produtivas.

  • O Facebook, por enquanto, é uma rede social meramente informativa (podemos dizer de relacionamento).
  • A Wikipédia é uma rede social produtiva (apesar do resultado final ser a informação).

Ou seja:

  • O Facebook visa apenas que as pessoas se relacionem, troquem mensagens, não tem a meta de se alcançar um determinado produto ou serviço particular, por enquanto;
  • A Wikipédia, por sua vez, visa gerar artigos sobre a realidade de forma dinâmica, a partir de critérios estabelecidos – produz algo. As pessoas não entram lá para se relacionar, mas para se informar, a partir de um serviço gerado coletivamente.

Note que em ambos os casos,  cada serviço um cumpre um papel e talvez hoje não se possa pensar em nenhuma atividade de massa sem que o Facebook e quem está lá fique sabendo.

Uma página de fãs, por exemplo, é de bom tamanho.

Porém, no caso do Manifesto queremos fazer algo maior, que aponta uma novidade de produzir manifestos, por isso o nome manifesto 2.0, que tem que ser 2.0 na forma e no conteúdo.

O texto do manifesto gostaríamos que pudesse ser vivo.

Ou seja, a pessoa assina, mas pode sugerir mudanças, que devem ser aprovadas por aqueles que assinaram e gostariam de aprovar a alteração.

Pois na evolução podemos ir pensando mais coisas, evoluir, repensar coisas e isso é a base de um coletivo que pensa junto, digamos.

Obviamente, como ponderou o Rodrigo, que outros manifestos podem ser feitos, a partir deste, mas nós mesmos podemos chegar a novas conclusões e não queremos que o manifesto fique velho.

Temos que ter critérios coletivos gerais de mudá-lo.

Nada impede que se um grupo propuser mudanças e o coletivo não aceitar que faça outro, em outra plataforma e assim caminha-se.

Um manifesto vivo e coletivo é um problema complexo de impossível solução a baixo custo e esforço sem uma plataforma colaborativa em rede social que nos apóie.

Um problema similar vai ocorrer quando quisermos implantar uma nova democracia.

Nosso modelo atual é o máximo que conseguimos com as plataformas colaborativas que tínhamos: rádio, jornal, tevê, urnas, panfletos, cartazes.

(Sim, podemos dizer que as mídias de massa eram colaborativas, com uma taxa baixa de colaboração, mas eram.)

O que é interessante notar é que só vamos conseguir fazer coisas diferentes em termos de participação se conseguirmos desenvolver NOVAS PLATAFORMAS que permitam que muita gente, com baixo esforço, possa decidir coisas coletivamente a partir de critérios previamente acordados.

No caso do manifesto, por exemplo, a ideia é que:

  • As pessoas assinam e decidem que participarão das mudanças;
  • Quando alguém sugerir uma mudança, as pessoas recebem um link, o que está se propondo mudar e clicam em sim ou não, de uma forma rápida;
  • Se os cliques atingirem um percentual X dos que estão decidindo, é implementado automaticamente.

Para isso, vamos precisar de plataforma e um algoritmo que regule a participação, que nos leva a uma discussão política mais sofisticada da que estamos hoje acostumados.

Sem a plataforma, vamos precisar de um esforço individual de pessoas, de tempo, coisa que vai faltar e causar uma falta de transparência do processo.

Imagina se tivermos 400 pessoas querendo discutir cada mudança?

Essa discussão nos leva a esse ponto.

Um mundo 2.0 só é possível com uma mudança na forma de pensar no qual aceitamos que estas plataformas sejam desenvolvidas e as usemos para tornar nossa participação coletiva possível.

A vontade de mudar é o primeiro passo.

Mas sem plataforma caímos no mesmo impasse de nossos antepassados, que não tinham os meios para fazê-lo.

Assim, a cada passo que a nossa civilização quiser dar em direção ao futuro mais e mais dependeremos de tecnologia em redes sociais (principalmente das plataformas produtivas) e a regulação dos algoritmos que regerão o nosso “modus operandi”.

As leis 2.0.

Que dizes?

 

A Internet tem a inteligência nas pontas e é uma obra inacabada –Sérgio Amadeu – da coleção;

Não considero eficaz tais palpites:

Agora no mundo das redes…na era da colaboração, na era da informação, na era do conhecimento…

Já disse e repito.

Tudo é um pouco mais….

–> Mais rede, mais colaboração, mais informação, mais conhecimento.

Pois não se inventou a civilização com a Internet.

A civilização está resolvendo problemas com a Internet que não podia antes, o que é bem diferente.

E os problemas continuam os mesmos de sempre dos tempos do Matusalém: sobreviver (o melhor possível), ser, curtir, se reproduzir, criar, conhecer, transcender e lutar para adiar o morrer.

Sim, de fato, é uma rede mais descentralizada, com novas opções de troca, mas o rádio, a tevê, o livro tinham lá sua dose de rede, de troca, de colaboração, muito mais lenta.

Com uma taxa baixa, mas tinham.

Que era maior do que foi o do mundo oral, preso ao tempo e espaço.

E depois ao livro manuscrito, que era muito caro para deslanchar.

Uma mídia digital em rede nos permite mudar tudo mais rápido e por muita gente a distância e isso gera mudança no ambiente geral.

Não podemos, entretanto, achar que tudo muda (tecno-otimistas) e também que nada muda (tecnofóbicos).

Perceber o que de fato muda é o grande desafio dos pensadores modernos.

Os tecno-realistas, um clube onde procuro ser sócio. 🙂

Isso exige, como em toda crise, mais história e mais filosofia.

Ver o que é macro-histórico e mais permanente e o que está se alterando justo agora com a nova rede mais aberta.

Ou seja, há a tendência e o modismo.

A maioria acha que a tendência é modismo, os que lutam contra.

A minoria acha que o modismo é a tendência, os que estão na crista da onda da nova tecnologia.

Mas ver a tendência e o modismo articulados é algo pra lá de complexo e exige muita gente, muito tempo, muito diálogo e muita sabedoria.

É modismo achar que somos novos humanos, uma nova sociedade A, B, C, pós isso e aquilo.

Chega de umbiguismo e de micrismo!

Mas é preciso ver que essa rede mais aberta, mais colaborativa, mais relacional, mais dinâmica nos leva a uma percepção de mundo muito mais incerta do que tínhamos antes.

Estamos em um tipo de conhecimento mais líquido do que o anterior que nos faz ter que mudar muita coisa na nossa maneira de pensar e sentir.

Estamos começando.

Talvez tenhamos que passar 40 anos no deserto, como Moisés e os Judeus depois que saíram do Egito, até que todos os escravos do mundo 1.0 morram, para a civilização poder chegar  terra 2.0 prometida.

Lá, onde tudo isso não precisará ser explicado, discutido, simplesmente, já será. Lá, onde lerão (e vão rir muito) do que nós escrevemos nesse tempo de dúvidas.

 

COLOQUE NA AGENDA:
PRÓXIMO ENCONTRO: 28 de Novembro – 18:00 hs, inscrições pelo Facebook –> Aqui.

 

–> Vídeo completo do quarto programa;

–> Vídeo completo do terceiro programa;

–> Vídeo completo do segundo programa;

—>  Vídeo completo do primeiro programa.

Sobre o último Nepô ao Vivo:

  • Ontem, fiz o lançamento do e-book-free:

“50 coisas que aprendi sobre o mundo 2.0”.

  • E do curso online por e-mail:

“Como implantar projetos 2.0 – com mais eficiência e menor custo?”

O próximo programa (a pedidos)  será no dia 01 de agosto, como aula inaugural do curso online, aberta para os alunos inscritos e para todos que quiserem compartilhar minhas ideias.

Estou na dúvida do horário, comente abaixo o que acha melhor ou lá no Face.

Hora do almoço, meio da tarde, happyhour (tipo 18 hs) ou mais para 20 hs?

Apoiam este programa:

Veja abaixo nossa sala de bate-papo, seleção dos melhores Tweets da noite com meus comentários.

O pessoal que participou gostaria que respondesse este questionário para me ajudar no próximo.

 

Papos em Rede
paposnarede Papos em Rede

@
@nanndasilvestre o @cnepomuceno já está convidado estamos definindo agenda e aguardando as definições do chat

Ok, feito, vamos combinar!!!!

Empreiteira Digital
empreiteiros Empreiteira Digital
“A Realidade é uma interpretação que alguém faz”, by @cnepomuceno (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Gavroche Fukuma
Gavras Gavroche Fukuma
@lisandramaioli: “Quem precisa de conteúdo é coxinha! Precisamos é de significados” (@cnepomuceno live ontwitcam.com/5kw0q)”// sério???
Adriano Rocha Campos
adrianorcampos Adriano Rocha Campos
@cnepomuceno é sempre um prazer ouvir tuas idéias, Nepo!!! Obg por mais uma grande aula e parabéns!!!
Myla Connor
Myla_Multimidia Myla Connor
Você podia fazer isso mais vezes! (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Já marquei dia 01 de agosto!!!

Lu Pecegueiro
lupecegueiro Lu Pecegueiro
Nepo, obrigadíssima por ser colaborativo e subir o nível da discussão! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Myla Connor
Myla_Multimidia Myla Connor
Foi muito bom. Valeu, Nepô. Não participei dos cursos da @quatroXpoum,mas valeu a pena! Abs (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
patricia miranda
santamistura patricia miranda
ameiiiiiiiii nepo!!! parabens!!! (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Mel Danda
meldanda Mel Danda
Eu querooo curso onlineeee!!! Abre um blog privado, quem tiver inscrição pode entrar… (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)

Mel, o curso está aberto se inscreve!!!

Fabiana
nao dá nem para fazer sorteio ja que o livro é online ne? (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

Não Fabiana 😉

Chamado e-book-free (livre do papel transgênico) 😉

Um Brinco
UmBrinco Um Brinco
Quando vai ser a próxima? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Já marquei dia 01 de agosto!!!

patricia miranda
santamistura patricia miranda
vc escolhe na faculdade o que quer aprender independente de uma area e ai seu cv fica unico (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Oi Patrícia, sim já está acontecendo isso, li algo assim no MIT. O Dimenstein publicou artigo sobre isso. Veja aqui.

Social business ✔
Colatto Social business ✔
Parabéns Nepo (@cnepomuceno) pela palestra, são com essas novas iniciativas que mudaremos velhos conceitos. #Sucesso
Cynthia Dias
cymadi Cynthia Dias
Muita gente ainda tem o conceito de colaboração como “dar uma ajudinha”! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Fabio Pedrazzi
fabiopedrazzi Fabio Pedrazzi
abraço nepô…sempre um prazer (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Mel Danda
meldanda Mel Danda
P/contribuir c/ sobre os impressos: http://goo.gl/bjgTE (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5koho)
Cynthia Dias
cymadi Cynthia Dias
Fala sobre o conceito de co-laboração como “trabalhar junto”! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

Cynthia, não deu para detalhar mais isso, na próxima vamos fazer.

Tenho coisas sobre isso aqui.

Sthefan Berwanger
sthefan Sthefan Berwanger
Excesso de tecnologia, não apodrece a sociedade, já que temos pessoas ainda com pé no barro? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra! 

Marco Simões
MarcoSimoes Marco Simões
Abraço, Nepo. Sou seu fã! (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Um Brinco
UmBrinco Um Brinco
Veronica: e os sites de conteúdo estático vão acabar? cnepomuceno (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Cynthia Dias
cymadi Cynthia Dias
Tentativa de mudar o mundo e reduzir sofrimento via colaboração e games: http://is.gd/17MUBM (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
alanaboop
alanaboop alanaboop
Eu realmente acredito nesse mundo! Acho que está havendo um despertar do povo web. (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Myla Connor
Myla_Multimidia Myla Connor
Inclusão social + empreendedorismo e descentralização” @cnepomuceno sobre “o país ideal (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Social business ✔
Colatto Social business ✔
Qual seu conselho para o estudante de Jornalismo que esta começando ? (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Mel Danda
meldanda Mel Danda
Nepô! Viveremos o minority report!!!! Que loucura! To adorando! Ótima comparação c/ impresso (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)

Respondi na palestra!

Um Brinco
UmBrinco Um Brinco
UmBrinco: Veronica Fraga: a tendência então é de fusão de todas as plataformas? cnepomuceno (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

alanaboop
alanaboop alanaboop
Acho lindo esse mundo ideal Nepô! Quero viver para viver tudo isso! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Armando Moniz
armandomoniz Armando Moniz
Esse seria o planeta inteligente pregado pela IBM. (@cnepomucenolive on http://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Fabio Pedrazzi
fabiopedrazzi Fabio Pedrazzi
sempre defendi a ideia de q o sal. de qquer func público deveria ser indexado ao sal. mínimo (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Mel Danda
meldanda Mel Danda
“Só vamos sair do online quando morrermos” #poético (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5koho)
Newton Alexandria
New_Alexandria Newton Alexandria
O Avaaz é uma rede muito importante e atuante, mas vc não acha q fica muito no online? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Armando Moniz
armandomoniz Armando Moniz
Qual sua opinião sobre a fusão do Grupo Pão de Açúcar com o Carrefour envolvendo o BNDS? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Mel Danda
meldanda Mel Danda
Nepô, em qto tempo teremos isso? Quero viver pra ver esse 5º poder em vigor! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5koho)

Respondi na palestra!

VivianneVilela
viviannevilela VivianneVilela
Seria uma democracia tipo a que começou a ser construída na Espanha @cnepomuceno (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)

Respondi na palestra!

Um Brinco
UmBrinco Um Brinco
Veronica Fraga: a tendência então é de fusão de todas as plataformas? (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Myla Connor
Myla_Multimidia Myla Connor
Daqui pra frente a realidade será um universo cheio de internetshttp://bit.ly/pLDTz7 (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
alanaboop
alanaboop alanaboop
mto boa essa expressão de “anorexia presencial” (@cnepomucenolive on http://twitcam.com/5kw0q)
Cristiano Santos
cristianoweb Cristiano Santos
Como sempre, ótimo papo com o Nepo! Mas tenho que sair! Parabéns mestre, boa noite! (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
patricia miranda
santamistura patricia miranda
anorexia presencial!!! yes vou ter que procurar um psiquiatra?? nãoooo sou virtual nepoooo (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Newton Alexandria
New_Alexandria Newton Alexandria
Falando em civilização, o que vc acha de políticos aumentando muito seus salários? O q fazr? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Myla Connor
Myla_Multimidia Myla Connor
Entrar no mundo 2.0 pode ser perigoso pra quem não tem noção e consciência sobre privacidade (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Bruno Aguiar
brunuaguiar Bruno Aguiar
Estamos saindo do controle das mídias tradicionais = saindo do Jornal Nacional e passando para o controle do FB e google @cnepomuceno
Fabio Pedrazzi
fabiopedrazzi Fabio Pedrazzi
nepo, falando em controle, qual a sua opinião sobre a lei Azeredo? (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Social business ✔
Colatto Social business ✔
E-book : “50 coisas q aprendi s/ mundo 2.0” : bit.ly/meIlIY (via @cnepomuceno)
alanaboop
alanaboop alanaboop
Tem que se gerar significado em cima do conteúdo! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Bruno Aguiar
brunuaguiar Bruno Aguiar
RT A guerra Facebook e Google+ promete e quem ganha somos #nozes … @rcolnago (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Cristiano Santos
cristianoweb Cristiano Santos
“Jornalista de comentário”? Acho que mesmo com força do público, isso um dia acontecerá? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Myla Connor
Myla_Multimidia Myla Connor
Eu não troco meu Facebook nem por 10 Google+! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Lu Pecegueiro
lupecegueiro Lu Pecegueiro
Você considera a impressora 3D como catalisador da tendência da “fábrica de desejos”? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Adriano Rocha Campos
adrianorcampos Adriano Rocha Campos
Concordo com o @MarcoSimoes filtros automáticos são o caminho para a alienação e manipulação (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Um Brinco
UmBrinco Um Brinco
Veronica Fraga: o caçador de tendência vai perdeu seu papel? cnepomuceno (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Marco Simões
MarcoSimoes Marco Simões
e os filtros automaticos? não limitam nossa informação? (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

alanaboop
alanaboop alanaboop
no futuro vi ser deus (google) e o diabo (facebook)! duas forças concorrentes! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Myla Connor
Myla_Multimidia Myla Connor
“Nós estamos humanizando a internet,criando camadas hiper sofisticadas” @cnepomuceno (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Social business ✔
Colatto Social business ✔
Você acho que o Google Plus oferece algum risco ao Facebook ? (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

patricia miranda
santamistura patricia miranda
mas nepo sobre conteudo, se por exemplo no youtube cada segundo entra 24horas de conteudo (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

Respondi na palestra!

Fabiana
processos de produção precisam revistos (+ colaboração)gera + custo, tempo para org? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Fabio Pedrazzi
fabiopedrazzi Fabio Pedrazzi
se tirar um intermediário aumenta a velocidd pra q uma organização hierarquica? (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Newton Alexandria
New_Alexandria Newton Alexandria
Defendo completamente essa visão e conceito do Prahalad. Mais espaço para a meritocracia! (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Myla Connor
Myla_Multimidia Myla Connor
E a minha net quase discada. PNBL que é bom, necas. (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
alanaboop
alanaboop alanaboop
Colaborativismo é o futuro! Sempre acreditei nisso! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Cynthia Dias
cymadi Cynthia Dias
P/ entender muitos desses conceitos, é ótimo ler “Conhecimento em rede” http://is.gd/cz7RJr (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Ana Luiza Archer
analuizaarcher Ana Luiza Archer
Nepo, está ótimo, mas preciso sair. Depois vejo o video. Bjs! 🙂 (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5koho)
Adriano Rocha Campos
adrianorcampos Adriano Rocha Campos
Foi d+ essa! @lisandramaioli “Quem precisa de conteúdo é coxinha! Precisamos é de significados” (@cnepomuceno live ontwitcam.com/5kw0q)
Cynthia Dias
cymadi Cynthia Dias
@cristianoweb a empresa terá que estar organizada em rede! não necessariamente ter UMA rede. (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Rodrigo Rebouças
rodrigor Rodrigo Rebouças
As infinitas fontes de informação produzem muito conhecimento inútil e com pouca credibilida (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Mel Danda
meldanda Mel Danda
como fazer as empresas enxergarem a importancia do 2.0 no Planej. Estrategico? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)
Bruno Aguiar
brunuaguiar Bruno Aguiar
“Quem precisa de conteúdo é coxinha! Precisamos é de significados” (@cnepomuceno live on twitcam.com/5kw0q)
Cristiano Santos
cristianoweb Cristiano Santos
Se toda empresa tiver a sua RS o público não ficará saturado dessa relação? (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

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patricia miranda
santamistura patricia miranda
New_Alexandria: Nepô, ñ entendi a parte que vc diz que não existe produtor de conteúdo. (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

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roberto gaspar
robertogaspar roberto gaspar
Para quem está em aula ou com problemas, o vídeo está sendo gravado. (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Marco Simões
MarcoSimoes Marco Simões
Estou na area 2.0 🙂 (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Adriano Rocha Campos
adrianorcampos Adriano Rocha Campos
Um exemplo desse esquema de usuarios escolhendo o filme (no final) = http://migre.me/5ccci (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Bruno Aguiar
brunuaguiar Bruno Aguiar
com é a historia de Deus? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

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Newton Alexandria
New_Alexandria Newton Alexandria
Nepô, ñ entendi a parte que vc diz que não existe produtor de conteúdo. (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

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A notícia agora é feita pelo expectador. Já era o tempo do jornalismo ser o poder. (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
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alanaboop alanaboop
Jornalista é o gestor de plataformas! Gestores de notícias! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Fabiana
adorei essa: realmte temos que nos desapegar dessa liderança “umbigal” e controladora (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Um Brinco
UmBrinco Um Brinco
E os institutos de pesquisa de tendências continuarão tendo seu papel de filto cnepomuceno (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

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lisandramaioli
lisandramaioli lisandramaioli
“Jornalista nos representa onde não podemos entrar, mas não é mais o ‘filtro’ no mundo 2.0” (@cnepomuceno live ontwitcam.com/5kw0q)
Cynthia Dias
cymadi Cynthia Dias
@cnepomuceno Exemplo de utilização de rede informacional p/ produção: promoções de cias aéreas motivadas pela mobilização de clientes no FB?
Luiz Eduardo Garcia
luizgarciamt Luiz Eduardo Garcia
Nepo, como você enxerga as mudanças nas relações de trabalho trabalhador/empregador/empresa? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)

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alanaboop
alanaboop alanaboop
Esse case do @carrefourbrasil e da Visa acho que é um início dessa evolução! (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
patricia miranda
santamistura patricia miranda
acho que é o caminho do mundo masssss o poder no brasil ?? (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

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VivianneVilela
viviannevilela VivianneVilela
Rede informativa (Facebook) x rede colaborativa (Camiseteria, Wikipedia) (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5koho)
Mel Danda
meldanda Mel Danda
Abri um .doc aqui pra anotar tanto conteúdo bom.. vou passar pro meu chefe esse lance do PE (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)
alanaboop
alanaboop alanaboop
um bom case dessa corrente de organizações pra determinado fimhttp://goo.gl/39UVf (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
Myla Connor
Myla_Multimidia Myla Connor
O Mkt 3.0 é feito para pessoas e produzido pelo prosumidor! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
alanaboop
alanaboop alanaboop
Adoro esse conceito da empresa ser uma impressora de desejos do seu público. #demais (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
lisandramaioli
lisandramaioli lisandramaioli
“Planejamento para Mídias Sociais deve fazer parte do Planejamento Estratégico das empresa” (@cnepomuceno live ontwitcam.com/5kw0q)
alanaboop
alanaboop alanaboop
O novo consumidor já está na rede social e ele já consome na rede social! (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Fabio Pedrazzi
fabiopedrazzi Fabio Pedrazzi
Democracia Representativa 1.0 x Democracia Participativa 2.0 (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Rafael Felix Cohen
raffcohen Rafael Felix Cohen
as escolhas individuais sem influencias externas é o grande benefícioo da internet (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)
VivianneVilela
viviannevilela VivianneVilela
Filtro virou um tipo de oráculo ou deus neste contexto de revolução da informaçao. É isso @cnepomuceno?
lisandramaioli
lisandramaioli lisandramaioli
Jornalistas mantém seu papel como “filtros” no mundo 2.0? (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)

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André Damasceno
andredamasceno André Damasceno
Boa RT @viviannevilela@cnepomuceno explique um pouco melhor a diferença entre comunidade de informaçao x uma produtiva”

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Fabiana
mas a internet está sendo usada de maneira realmente colaborativa pelas > das instituições? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)

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roberto gaspar
robertogaspar roberto gaspar
Agora só saio da agência depois da palestra do @cnepomuceno. rs (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5kw0q)
Victor Hugo
victorhugo77 Victor Hugo

@
Recomendo este artigo RT @cnepomuceno E-book “50 coisas q aprendi s/ mundo 2.0”- > PDF -> bit.ly/meIlIY
Newton Alexandria
New_Alexandria Newton Alexandria
“Desculpe, este clip não está funcionando.” Ah vá… (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5koho)
Cynthia Dias
cymadi Cynthia Dias
Quem não estiver conseguindo ver acessehttp://twitcam.livestream.com/5kw0q (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)
Mel Danda
meldanda Mel Danda
Como ensinar as pessoas a escolherem melhor seus filtros na internet? Para ñ ficar alienado? (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)

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Mel Danda
meldanda Mel Danda
Internet é descentralização de informação e garante mudança da civilização. (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5koho)
Cynthia Dias
cymadi Cynthia Dias
Tomando uma sopinha 2.0 e assistindotwitcam.livestream.com/5kw0q (@cnepomuceno live ontwitcam.com/5kw0q)
Loreane Brandizzi
lorebrandizzi Loreane Brandizzi
Para quem não conseguiu, aperte o pause e depois o play que ele atualiza. @cnepomuceno (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)
Amanda Coiro
amandacoiro Amanda Coiro
Baixa o livro aqui: pontonet.com.br/ebooks/50coisa… e vem 🙂 RT @cnepomuceno Estou AGORA online em palestra – >bit.ly/paDUbH (Chega mais!)
Orlando Moreira
Orlando_MS Orlando Moreira
as vezes corta mas clicando na tela volta o som @cnepomuceno (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5koho)
Loreane Brandizzi
lorebrandizzi Loreane Brandizzi
@cnempomuceno graças Mídias Sociais é possível essa transmissão em broadcast!Perfeito! (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5koho)
Mel Danda
meldanda Mel Danda
Que tri, primeira vez que me chamam de twitespecatadora! 😀 (@cnepomuceno live on http://twitcam.com/5koho)
cnepomuceno
cnepomuceno cnepomuceno
bem vindos à palestra do Nepomuceno (@cnepomuceno live onhttp://twitcam.com/5kw0q)
cnepomuceno
cnepomuceno cnepomuceno
Como perguntar na Twitcam na palestra do Nepô? Basta colocar a pergunta seguida de @cnepomuceno ….
Rafael Malhado
rafaelmalhado Rafael Malhado
RT @cnepomuceno A riqueza não provém do domínio das fronteiras, mas do controle dos fluxos – Pierre Lévy;
Admi nistradores
admnews Admi nistradores
Colunista do @admnews@cnepomuceno, fala sobre o mundo 2.0 na Twittcam http://adm.to/nbJaOT

A prática condiciona o pensamento; assim como o pensamento condiciona a práticaaquele que vier primeiro Nepô da safra 2011;

Parece aquela perguntinha boba:

O que veio primeiro: o ovo ou a galinha?

Costumo brincar em sala que veio o ovolinha versão 1.0 e foi se desenvolvendo até chegar ao ovo 1.0 e na galinha 1.0. 🙂

Temos uma ilusão, ao pensar as coisas do mundo, que o ser humano é livre para pensar e não é condicionado. Ou que é totalmente condicionado e não livre para pensar.

Em ambos os casos não podemos cair nestes dois extremos.

Somos condicionados pelos ambientes, época, capacidade afetiva, cognitiva, relações, interações. E temos nossa dose de livre-arbítrio.

Como diz Manuel Bandeira:

Somos duplamente prisioneiro: de nós mesmos e do tempo em que vivemos;

Tudo isso num jogo para lá de intrincado.

Uma massinha de modelar toda misturada em algo assim:

Existem fatos externos  que nos obrigam a tomar atitudes, que chamamos momentos de crise para rever nossas ideias.

E ideias que vem sendo construídas, mesmo sem crise, de melhoria contínua e por curiosidade de algumas almas inquietas que nos levam a fatos novos.

Gleiser nos lembra que todo o sistema é obrigado a mudar quando entra em desequilíbrio.

Assim, mudanças ocorrem em crises, principalmente, naqueles ambientes mais conservadores.

E nos ambientes mais dinâmicos, que trabalham constantemente com a mudança, estimulam o tempo todo a se repensar, reduzindo até a crise, pois ela não se torna tão aguda.

Outro dia num comentário em um dos meus artigos uma pessoa disse que a ideia de um livro centralizado e vivo que sugeri é antiga.

A proposta como conceito até pode ter sido veiculada.

Mas o fato de termos essa possibilidade – tecnologicamente – não é mais uma ideia.

É um fenômeno, que passa a nos condicionar as ideias.

É um fato!

Muita gente considera tudo que vem do digital como modismo, porém se existem fatos concretos – e não ideias – têm que ser encarados de forma diferente, pois eles passam a condicionar nossas novas ideias.

Ideias –> fatos –> Ideias –> fatos –>

São duas coisas importantes de separar…para conseguir perceber quando são ideias soltas, que podem ou não vingar, ou fatos concretos que já estão por aí nos condicionando, que vieram de ideias que foram se consolidando, por atender necessidades humanas.

Que dizes?

Não existe nada mais prático do que uma boa teoria Kurt Lewinda coleção;

No nosso encontro II em São Paulo, caiu uma ficha interessante.

Temos tido um cuidado cheio de dedos para dizer que vamos fazer um curso mais filosófico, mais teórico, mais embasado, mais quebrador de paradigmas.

Temos que colocar isso em CAIXA ALTA, explicar bem direitinho, pois podemos receber participantes que querem a coisa mastigada, um passo-a-passo, uma lista de ferramentas a serem implantadas.

As pessoas – muitas vezes – querem qualquer passo-a-passo, saber o que deve ser feito, mesmo que esse não seja eficaz.

É quase um vício.

Que tem sentido em um mundo estático, não mutante da pré-revolução da informação.

É preciso deixar claro que ESTAMOS VIVENDO UMA RUPTURA RADICAL NA MANEIRA DE PENSAR O MUNDO POR CAUSA DA REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO.

Ou se passa a onda, sai da rebentação, ou vamos ficar perdidos em máquina de lavar roupa.

 

Precisamos construir uma nova teoria sobre o forte papel da informação como fator de mudanças históricas.

Se não for assim, o passo-a-passo pode virar um tropeça-tropeça. 🙂

Existe na sociedade um preconceito sobre teorias e isso se deve a meu ver, em função da academia, que resolveu, diante da crise estrutural que vive, criar teorias irrelevantes.

Resolvemos achar que teorias irrelevantes são sinônimo de teoria (qualquer uma), mas não são.

Sem teoria adequada não há prática adequada e vice-versa, meu!

Note bem que não podemos confundir teorias irrelevantes (que a academia vem produzindo aos borbotões) daquelas que são relevantes e fundamentais para melhorar nossa prática.

É preciso entender que o ser humano trabalha sempre em duas dimensões.

  • Cria uma percepção do real, um modelo teórico, consciente, ou não;
  • E testa essa percepção com sua vida, tato, experiência, reações que a sociedade lhe traz.

Nessa percepção (baseada em teorias) e prática (o que fazemos) vamos criando e moldando nossa vida, ações, projetos, estratégias, empresas, etc.

Ou seja, a teoria e a prática são dois lados da mesma moeda, não faz sentido pensar uma sem a outra.

Obviamente, quando temos assuntos consolidados, do tipo: como implantar um software, ou realizar uma newsletter, etc…pode-se pensar em um tipo de curso mais passador de conhecimento, mas será que vale a pena fazê-lo presencialmente?

Os cursos práticos tendem a serem feitos cada vez mais a distância, via videos, interações online, pois são apenas para colher as dicas e repeti-las.

Não faz muito sentido juntar gente, custo, tempo, etc para as pessoas se encontrarem para decorar coisas.

Esse tipo de encontro está ficando cada vez mais anacrônico.

Por outro lado,  temos que evitar que nossas práticas pós-revolução da informação sigam teorias capengas, pouco articuladas, ineficazes.

Depois de muito discutir e ministrar cursos e palestras diria mais.

Qualquer cursos/debate/palestra que fale sobre resolver problemas do mundo 2.0 que não passe por uma reflexão teórica de mudança de paradigma da nossa maneira de pensar NÃO SERÁ EFICAZ SERÁ DINHEIRO JOGADO FORA!

Não se trata de uma opção de abordagem, mas a única possível hoje em dia, quando todas as organizações estão tentando implantar seus conceitos de controle informacional passado na mídia nova ao pensar em projetos 2.0.

Querem receita de bolo para vender pudim!

Isso obviamente não vai emplacar.

Não é para lá que o mundo 2.0 está indo e você vai gastar dinheiro e tempo indo para o lado oposto para onde consumidores estão se dirigindo.

É necessário passar por um car wash cognitivo para sair do outro lado pensando de uma outra maneira.

E isso tem ficado cada vez mais claro.

Se não tiveres uma boa teoria eficaz por detrás – não vai dar em nada.

Vai se gastar muito dinheiro e terás, mais dia menos dia, que sentar e rever paradigmas.

Quem tem dito isso, aliás, têm sido meus alunos, que me falam como deram um salto teórico com mais embasamento.

E, por incrível que pareça, como isso os têm ajudado a resolver seus problemas pontuais.

Veja aqui.

Por causa disso, eu complementaria a frase do Kurt Levin da seguinte maneira:

Não existe nada mais prático do que uma boa teoria e nada mais teórico do que uma boa prática.

Ao lidar com projetos 2.0, procure cursos que permitam ver o outro lado do túnel, pois sem isso pode ser bastante ineficaz.

Que dizes?

 

 

Estivemos lá com o pessoal da 4X1 organizando a discussão ao longo do último sábado, segue abaixo a foto do pessoal:

Esquerda para direita: Viviane, Luciana, Nadine, Vany (agachada), Deborah (na frente de verde), Nepô, Lúcia (atrás), na frente Dani (de rosa), Fernanda, Mônica, Kaká (Foto: Daniel Mitchell Laubé).

 

Embora cada um estivesse, em parte certo, todos estava errados” – John Godfrey Sake – Os cegos e o elefante da coleção de frases;

 

Já está por aí o bom livro de Cláudio Starec: Educação Corporativa em xeque“, editado pelo Senac, lançado agora em junho de 2011, que eles me enviaram, a meu pedido, para ler e resenhar.

O livro apresenta pesquisa na área de Educação de grandes corporações, com mais de 500 horas de entrevistas com cerca de mil pessoas.

Nele, o pesquisador conclui:

  • Há uma miopia nas organizações do novo momento, no qual passamos do ambiente organizacional de mais estático para mais dinâmico;
  • Tal mudança demanda a criação de novos produtos e serviços, bem como respostas muito mais rápida das empresas;
  • O que nos leva a um ambiente produtivo, no qual o conhecimento tem um prazo de validade cada vez menor;
  • Tal fato, implica nova percepação da Educação corporativa.

 

O novo momento exige a passagem de uma educação corporativa:

  • Pontual;
  • Esporádica;
  • Sem mensuração adequada;
  • Por demandas muito imediatas e não vinculadas ao planejamento estratégico.

Para uma Educação Corporativa para uma:

  • Continuada;
  • Com parâmetros mais científicos de retorno do investimento;
  • Estratégica;
  • Holística.

Starec afirma que há uma crise de percepção, uma miopia das empresas ao tentar lidar com empresas num novo cenário, pensando com paradigmas ineficazes de um passado passado.

O que está em xeque, segundo ele, são os métodos de avaliação dos resultados da Educação Corporativa, que não permitem um trabalho mais eficaz.

Em resumo, gasta-se muito, colhe-se pouco.

Não estamos migrando as empresas sólidas (pré-revolução da informação) para líquidas.

O interessante é que o diagnóstico sob o prisma da Educação serve também para  os projetos em curso de Comunicação, Informação, Gestão do Conhecimento, Gestão, etc…

O que fiquei a me questionar na pós-leitura-do-livro?

  • Como esgotar o conhecimento interno, através de redes de comunicação e informação  e como procurar em outras redes o que falta nesse espaço informal?
  • Como criar formas mais dialógicas e menos impositivas no ensino corporativo?
  • Como aliar o movimento de redes sociais à Educação Corporativa, hoje vistos, quase sempre, como projetos separados e não sinergéticos?

O livro reforça minha velha e rouca ladainha: se a radical mudança para a nova ecologia informacional (do papel para o digital em rede) não for problematizada na estratégia da empresa, fica muito mais difícil ser eficaz.

Problemas resultantes:

  • Falta de visão geral do cenário;
  • Ações descoordenadas e não sinergéticas;
  • Maior custo;
  • Maior risco;
  • Lentidão, desmotivação e pouca inovação;
  • Perda de oportunidade e, principalmente, competitividade.

O livro provoca, recomendo.

Que dizes?

 

Noto que hoje temos que combater algumas coisas nesse mundo 2.0 veloz: falta de tempo e desatenção. Esse método de ler detrás para frente ajuda a combater os dois na mosca – Nepô.

Ok, vamos economizar tempo ao ler livros?

Um recurso que muita gente usa é saltar direto para a conclusão para saber logo o que o autor tem a dizer nos finalmentes.

É um bom recurso e vou dar outro ainda mais radical.

Ler do último parágrafo, ao contrário, e vir subindo.

Obviamente, que não falo de romances ou ficção.

Me sinto confortável para usar esse método em livros de negócio, técnicos nos quais tenho uma longa estrada e vou coletar detalhes, filigranas, modos novos de pensar sobre coisas que já venho matutando.

É uma forma de me aborrecer menos, de criar curiosidade e de despertar.

Tenho feito esta experiência e gostado bastante.

Vantagens:

1– bom, logo sei como ele terminou tudo, se não tiver mais tempo para ler nada, sei quais são as palavras finas, aonde ele, realmente, quis chegar. Vou percebendo como é o desenlace do autor com o leitor, as últimas coisas que realmente ele tem a dizer. E se o que ele tem realmente algo a contribuir com meu “aquário de conhecimento”, indo direto aos finalmentes, antes mesmo dos parágrafos iniciais da conclusão, pois começo dos últimos;

2– um autor vai desenvolvendo um discurso e considera que ao final o “leitor/aluno” já está “formado” no que ele propõe, utilizando os seus conceitos de formas mais solta. Posso perceber dessa maneira que conceitos novos ele utiliza já sem pudor e quais são os não domino e gostaria, criando uma curiosidade não natural, que talvez no texto corrido, possa achar que já conheço aquilo, quando, na verdade, é algo estranho para mim. (Sublinho os conceitos para entendê-los melhor, nas outras partes do livro).

3– ao ler, assim, sou obrigado a parar para pensar após cada parágrafo, saio do encadeamento proposto, que me dá uma certa dose de possibilidade de desatenção. Essa leitura é muito mais atenta, pois tem que recriar a lógica. Dessa maneira tenho que ficar mais ligado para poder ir reconstruindo – é algo que me desperta. Muitas vezes o texto corrido que o autor propõe pode adormecer os sentidos e quando vejo já estou pensando em outra coisa. Me sinto quase como se a cada parágrafo fosse um Twitter, ou um post no Facebook, algo que estamos mais acostumados;

4– Fujo, assim, de um texto lógico do autor para um  ilógico, novo, diferente, para o qual ele não está preparado, olhando-o de novo ângulo, tirando um pouco o discurso de convencimento e me dando a oportunidade de relê-lo antes mesmo de lê-lo. É como se tivesse tirando uma foto de um ângulo que ele não está tão posado;

5– desenvolvo, dessa forma, uma leitura mais criativa, pois vou começando a tentar perceber como e qual caminho fez para chegar aquele ponto, reinventando ao meu jeito o livro, tapando os buracos com o que já conheço do assunto e indo procurar depois no livro, aquilo que realmente acaba me faltando;

6– se for algo que realmente valha a pena, já posso ter certeza que não vou perder tempo com o livro, volto e leio tudo na ordem certa, mas já estou com algo mais consolidado e com uma relação mais arejada com aquele pensamento.

 

Experimente com um livro novo e comente o que achou.

Conhecer deveria ser uma brincadeira muito mais criativa do que é hoje em dia.

 

 

“Embora todos estivessem, em parte certo, todos estava errados”Hohn Godfrey – do poema “Os cegos e o elefante”;

 

Diante de tantas mudanças, é natural que procuremos explicações (muitas vezes apressadas e sem reflexão individual e principalmente coletiva) sobre o mundo atual.

Vivemos hoje um momento em que temos muitos pensadores-intérpretes, que cantam a música dos outros; e poucos pensadores-compositores, que compõem sua própria teoria.

Isso é algo que se espalha, se espalha, se espalha.

E como há interesses ou dificuldades afetivas/cognitivas de se abandonar determinados  conceitos ou de preservar aquilo que me é mais favorável, uma meia verdade, ou uma visão estreita, repetida mil vezes, ainda mais na mídia de massa, se torna uma verdade absoluta.

(Por mais que a mídia de missa esteja aqui rouca de dizer isso.)

No que posso perceber em todas as especulações sobre a sociedade atual em curso existe uma questão central:

  • O que é pretensamente no humano?
  • E o que é condicionado pelo tempo?

(Aliás, um ponto central de todas as reflexões de todos os pensadores que quiseram trazer ao mundo uma nova visão, ao longo de todas as épocas.)

Chamaria de micrismo aquilo que é universal, mas visto como conjuntural. Ex. Sociedade da Informação, já que a informação sempre esteve presente na sociedade cumprindo o seu papel. Idem para conhecimento.

O umbiguismo, por sua vez, nos leva a ver a sociedade da nossa janela disciplinar.

  • Os economistas a chamam de sociedade pós-industrial;
  • Os tecnólogos de sociedade digital;
  • Os de informação/comunicação da sociedade do conhecimento, de informação ou em rede.

Não sou o primeiro a dizer que todas as sociedades humanas foram dependentes de redes, da informação e do conhecimento.

Todas tiveram o seu aparato produtivo.

E que qualquer coisa chamada de pós é pela incapacidade intelecutal de uma definição mais exata do que de fato pode ser.

Diria mais.

Que o perene na nossa sociedade são os sentimentos humanos incontroláveis, que nos conduzem, sem discussão, e com pressa a procurar soluções para nossas demandas de espécie animal/social.

Ou seja, o que é permanente é sempre a falta, o desejo, a necessidade, como vamos resolver isso é que podemos dizer que é conjuntural, a saber:

  • Dos mais básicos: fome, sono, sede, frio, calor, urinar, defecar.
  • Aos mais sofisticados: se reproduzir, se acasalar, criar, significar a existência;
  • E as ações e os meios criados para que tudo isso seja possível: informar, comunicar, produzir, gerir, conhecer, ensinar, aprender.

Que a complexidade destes fatores humanos  foram, são e serão relacionados ao tamanho da população, um fator irreversível que cria problemas a serem resolvidos que condiciona, na sequência, todos os demais.

Mudanças na demografia fazem parte da macro-história e todo o resto da micro.

É preciso para não cair no micrismo e no umbiguismo de duas ferramentas poderosas:

  • A história – para comparar e poder perceber o quanto podemos estar analisando o presente de forma equivocada, sem perceber o que é tendência de modismos, que nos permite nos afastar do tempo;
  • A filosofia – um instrumento para podermos ver como pensamos, aliada fundamental nas crises teórico-paradigmáticas, como a que vivemos hoje, que nos permite afastar do ego, da gaiola, da caixa, ou o nome que preferir.

Ambas as doenças intelectuais geram muito mais fumaça do que fogo; confusão do que significado.

E nos colocam na crise atual de percepção e, por sua vez, de ação.

Não sabemos o que fazer, pois não compreendemos o que de fato está mudando e o que sempre será demanda humana, independente do seu tempo.

Num círculo pantanoso, no qual grande parte está hoje atolada.

Se me perguntassem, então:

Como podemos definir o mundo de hoje?

Poderia dizer que a única grande novidade, de fato, que pode definir a nossa sociedade, a nível macro, é pela primeira vez na história sermos 7 bilhões de habitantes, todos no mesmo espaço e tempo, nessa bola que habitamos.

E isso gera, como consequência, alterações em todas as áreas, de maneiras distintas e relacionadas, todas para suprir as demandas que estas almas e corpos nos obrigam.

Estamos fazendo um macro-ajuste nesse processo.

Estamos descobrindo, a duras penas, que a ruptura nos ambientes integrados da informação, do conhecimento e da comunicação é o primeiro passo de uma nova era civilizacional, que chamei aqui de Civilização 2.0.

Não sabíamos isso antes da Internet e estamos apalpando.

São placas-mães e sistemas operacionais da sociedade que estão sendo trocados e todos os aplicativos virão na aba.

Mas só precisamos da rede digital e a adotamos por uma necessidade de produzir mais e melhor, além de resolver problemas materiais e do espírito relacionados.

Porém, não podemos, por causa disso, definir nossa sociedade como a da rede digital pois é o tal umbiguismo micral. 😉

Seríamos, a meu ver, uma nova espécie, que procura construir uma nova sociedade, que chamaria dos 7 biliuns homuns e mulheres sapiens.

Que tem que se virar num mundo lotado e cada vez mais amontoado e interconectado em grandes aglomerações.

O que virá depois terá a marca desse DNA da hiper-população.

Isso seria o uísque de tudo sem gelo.

Que dizes?

 

 

É falsa a expressão “futuro do livro, da TV, do rádio”; mais adequada: “futuro da circulação de ideias” Nepô, da safra 2011;

Estamos passando uma fase difícil, resistindo ao novo século que chega cheio de sangue novo.

Todos falam da preservação do livro, do rádio, da televisão, do jornal impresso.

Outro dia em uma palestra sobre rádio foi me subindo uma raiva e saiu uma frase:

“Ideias sonoras, saiam desse corpo que não te pertence (rádio)!”. 🙂

O ser humano precisa de significado.

Para tal, procura desenvolver canais de distribuição de ideias, seja por áudio, áudio e imagens e textos – os mais flexíveis e baratos que tiver as mãos.

Vamos sempre – enquanto formos humanos – precisar de ideias circulando em mídias disponíveis, as mais flexíveis e baratas que tivermos.

Ponto.

Existe os fetiches do antigo. OK.

Tem gente que desfila com carros de 1910.

Ok, são raridades interessantes, mas não serão elas que vão resolver os problemas de transporte do novo século.

Mas isso já disse e não vou repetir.

Quero falar do conceito novo: o livro vivo.

Note que quando escrevia um texto, eu era obrigado a concluí-lo, fechá-lo, editá-lo para publicá-lo em um meio que ia ser distribuído para as pessoas.

Ao imprimir um livro o autor concluía uma etapa de sua obra.

E fechava aquelas ideias em um determinado ponto.

E todos passavam a ter contato com aquele documento fechado.

Não há como alterá-lo se houver um erro, se ele mudar de ideia, se quiser acrescentar algo, pois aquele corpo não te pertence mais.

Está distribuído na mão dos leitores, já era!

É um canal de distribuição fechado na ponta, sem possibilidade de alteração.

No próprio contrato das editoras, o autor dá a ela o direito de copiar e do acesso aquele material. Em muitos casos, só pode alterar e mexer com a autorização da editora.

Esse é o modelo que marca profundamente a sociedade, pois condiciona nossos cérebros a pensar a produção de ideias dessa forma (fechada, pronta, acabada, distribuída sem possibilidade de alterar, já está).

Penso –> Organizo –> Publico –> Distribuem –> Acessam

O que dá uma falsa impressão que aquele autor fechou o seu pensamento, algo sólido, como se ele não continuasse a pensar sobre aquele assunto e fosse mudando.

O meio condiciona.

Esse tipo de característica da tecnologia do livro, que molda todo o nosso pensamento contemporâneo, pois é o principal canal de ideias no mundo, nos colocou em um ambiente fechado de conhecimento, lento, ilusoriamente não-mutante e não-participativo.

Podemos dizer que um livro em papel, então, quando sai parte do autor é morta, enterrada naquelas páginas.

O que começamos a ter com a Internet é um outro movimento, no caso deste blog, por exemplo, ou dos novos livros eletrônicos, por exemplo.

Quando eu publico um post, ele é centralizado num local, do qual eu tenho controle sobre as mudanças.

As pessoas estão também descentralizadas, mas vêm ao mesmo ponto buscar o texto.

As pessoas de diferentes lugares, meios, regiões, não recebem mais uma cópia exclusiva, mas vêm até mim acessar um texto central, no qual o autor tem controle e pode alterá-lo, não passando por intermediários (editora).

O que me permite estar sempre atualizando a obra, caso queira.

Já aconteceu muitas vezes alguém me alertar para um erro, comentar um trecho, sugerir uma mudança e eu mudar.

(Não sou daqueles que marco as mudanças, pois não vejo necessidade, o texto é vivo, quem entra num dia vai ver a versão daquele texto, naquele dia, pois me representa melhor. O texto, acho eu, tem que representar o que o autor pensa agora!)

Obviamente, que isso nos leva à diversas discussões sobre memória, preservação, etc, mas tirando isso, o que estou falando é outra coisa relevante e importante com a chegada dos leitores eletrônicos e textos centralizados em rede.

Existe uma macro-tendência em curso da produção de livros mortos para livros-vivos.

Ou seja, ao se ler um livro, por exemplo, na segunda, será diferente de ler o mesmo trabalho na sexta, pois o autor pode ter alterado algo.

E você, inclusive, pode pedir para acompanhar as alterações e até sugerir, ou colocar suas impressões nela.

Os livros passarão a ser centralizados, pois muita gente terá acesso a computadores com conexão o que nos levará a um controle maior do autor, que fará um texto muito mais vivo do que é hoje.

(Obviamente, que esse fenômeno ficará restrito a uma elite, porém é ela que define, infelizmente, os rumos do planeta e isso marcará a civilização, querendo ou não.)

O livro deixa de ser algo fechado e passa a ser aberto, o que tende a influenciar fortemente como pensamos a realidade.

Pois vamos ver o mundo muito mais perto do que de fato ele é: um processo vivo e dinâmico e não parado e estático, como os livros davam a sua impressão.

Um texto só irá estar concluído quando um autor não mais existir, mas mesmo assim teremos os seus seguidores, complementando a obra.

Ok, já é assim hoje com novas edições, mas será muito mais rápido e dinâmico, o que mudará bastante nossa percepção do real.

Seria algo como dizer que as novas edições serão revisadas muito mais rapidamente com o controle e a participação muito mais efetiva dos leitores, pois haverá a concentração dos comentários sobre o livro em um dado lugar.

Este é um dos (talvez o maior), a meu ver, impacto que teremos ao distribuir os livros eletrônicos, a passagem de uma percepção de uma realidade sólida para algo mais líquido, mais compatível com um mundo inovador e mais lotado que estamos.

Bem-vindo ao mundo do livro vivo!

Que dizes?

 

A empresa se torna mais veloz e proativa. Com esta abertura e colaboração, sabemos que hoje estamos melhor que ontem e pior que amanhã – Keith Matsumoto.

Faltam bons cases no Brasil de implantação de colaboração interna.

Troquei e-mail com o Keith Matsumoto, coordenador de inteligência coletiva da Alog e resolvi fazer umas perguntas para compartilhar a experiência dele aqui no blog.

Veja o resultado:

O que vende a Alog?

A Alog terceiriza serviços de infraestrutura de TI. Para quem não conhece este mercado: a Alog possui três grandes centros para alojar servidores ou “computadores centrais” de médias e grandes empresas. Entre as vantagens de nos contratar estão:

  • continuidade: se faltar energia, temos geradores para garantir a continuidade de seus computadores.
  • conectividade: possuímos links de conexão com diversas operadoras. Se um link falhar, outro entra em ação.
  • segurança física e lógica: ninguém acessa seus servidores sem sua autorização
  • serviços: temos mão de obra que respiram infraestrutura 24 horas por dia.

Nós somos os “caras” em infraestrutura de TI.

Atualmente temos mais de 1.300 clientes corporativos e mais de 400 funcionários. Este ano a Alog foi comprada (90%) pela Equinix (www.equinix.com) e agora fazemos parte de uma rede de 95 data centers, em 12 países e 4 continentes, com faturamento anual acima de US$ 1 bilhão.

O que vocês têm feito de colaboração dentro da empresa?

Primeiro, temos feito um trabalho cultural muito forte. Colaboração antes de tudo é atitude. As ferramentas sociais de colaboração são apenas ferramentas. Precisamos que todos tenham no DNA que é importante colaborar e que isso aumenta a produtividade e a qualidade dos serviços.

Entre as ações, destaco:

1. Criamos a área de inteligência coletiva.

Somos responsáveis pela coleta e análise de informações, além da utilização destas informações. Vi um caso de uma empresa que a área de inteligência de mercado se tornou uma verdadeira metralhadora de relatórios. A postura era: “Não me interessa o que fazem com a informação, o importante é que as informações solicitadas estejam lá”.

Vimos que ao invés de fazer 300 relatórios que ninguém utiliza, é melhor fazer um só que gere ações de correção e melhoria.

Um exemplo: fazemos um relatório semanal com as insatisfações de clientes. Mais do que dar o comportamento estatístico, procuramos identificar onde podemos melhorar imediatamente.

O que podemos fazer hoje que gera ganhos imediatos para os clientes? Pegamos estes casos e vamos conversar com os coordenadores de suporte, por exemplo. Juntos, elaboramos um pequeno plano de ação para implementar um treinamento, um aviso, uma melhora de processos e etc.

2. Ambientação

Todos os novos colaboradores recebem um treinamento de 4 horas sobre o mercado, produto e processos da empresa e também sobre os valores da empresa. Todos saem deste treinamento sabendo qual é a “atitude” que esperamos de um “aloguiano”: colaborativo, proativo e positivo.

3. Alog TV

É o nosso Youtube interno onde divulgamos vídeos sobre eventos, novidades, premiações, iniciativas das áreas e etc. O formato do vídeo é mais agradável do que o email, por exemplo.

4. Fundo de tela

Utilizamos o papel de parede dos computadores para divulgar mensagens e principalmente, humanizar a empresa. Todos os papéis de parede tem fotos do colaboradores para sabermos quem faz parte de nosso universo coletivo.

5. Eu na sua área

Promovemos um job rotation de 10 a 40 horas para colaboradores desenvolverem projetos em outras áreas. Exemplo: colaboradores do suporte desenvolveram projetos com o pessoal de redes. Ou até: tivemos um técnico de TI atuando na narração dos treinamentos online.

6. Wiki

Cada diretoria possui uma wiki para que seus colaboradores concentrem o conhecimento técnico necessário para desenvolver o trabalho.

7. Blogs

Algumas áreas possuem blogs para divulgar novidades e procedimentos. A idéia deste ano é ter blogs de todas as áreas e criar um portal central com as atualizações de todos. É a intranet democrática, onde todos podem participar.

8. Alog Idéia

Portal de idéias que será lançado no segundo semestre, onde os colaboradores poderão postar idéias e votar nas idéias que mais gostarem.

9. Rede social interna

Projeto para o segundo semestre: ter uma rede social interna para que todos saibam um pouco mais do colega. O que ele faz, o que sabe, onde trabalhou, em qual projeto está atualmente e etc.

Quais são os resultados em termos de inovação e competitividade?

Quando abrimos espaço para todos colaborarem e participarem dos processos da empresa, vemos diversas pequenas melhorias que realmente geram ganho para o nosso cliente.

Não esperamos uma consultoria externa ou um “puxão de orelha” para implementar melhorias em processos, por exemplo.

Assim a empresa se torna mais veloz e proativa. Com esta abertura e colaboração, sabemos que hoje estamos melhor que ontem e pior que amanhã.

Vocês usaram ferramenta própria?

No Alog TV e Blogs utilizamos wordpress.

No facebook interno queremos utilizar o Sharepoint

No Alog Idéia foi desenvolvimento interno, mas existem ferramentas no mercado como o Idea Scale.

Na wiki utilizamos o software próprio das wikis. Não me recordo do nome. Como poderá ver, o gargalo não são as tecnologias. Isso é fácil. O difícil é criar uma cultura onde todos participem. Já pensou criar um portal de idéias e não ter participação de ninguém? A ferramenta por si só não resolve.

 

Quando resolveram adotar tal modelo quais foras as resistências? Quais são as dificuldades culturais que têm enfrentado?

Acho que a cultura da empresa sempre pregou esta colaboração. Um de nossos valores é: “Sem fronteira entre as áreas”.

Ter esta abertura no nosso DNA facilitou muito o início deste modelo. Mas, é claro que sempre teremos uma parcela que participa ativamente e outros que participam pouco.

Segundo o livro Engage, somente 1% criam conteúdo, outros 9% espalham e comentam e o restante, 90%, consomem conteúdo.

Você acredita que a médio prazo o modelo de participação no lucro da empresa tende a se modificar, incorporando mais os funcionários/colaboradores?

Acreditamos que as pessoas colaboram e participam por outra razão. Não é por dinheiro. É mais pelo sentimento de “pertencimento”. De poder colocar sua “digital” em ações da empresa. De realmente poder fazer a diferença.

(Bom, comentando a última questão: hoje pode ser assim, mas amanhã com certeza, na minha opinião, não será, vamos ter que rever a questão do lucro, como tem tido Drucker, Senge, Prahalah, entre outros).

É isso, que dizem?

 

 

Somos como um peixe que vive aprisionado num aquário; mesmo que o nosso “aquário” cresça sempre (pois é isso o que ocorre com o corpo do conhecimento humano), tal como o peixe, nunca poderemos sair dele e explorar a totalidade do que existe. Haverá sempre um “lado de fora”, além do que podemos explorar – Marcelo Gleiser – da coleção;

Hoje em dia o que mais escuto é o seguinte: não tenho tempo.

Vejo gente comprando livro compulsivamente e não lendo nada.

É como se quisesse o conhecimento, mas não soubesse como tê-lo.

Lembra aquele cara que paga a academia e não vai!

Ou compra roupa de ciclista e não pedala!

Ter o livro em casa ou mesmo colocá-lo debaixo do travesseiro não vai deixá-lo mais inteligente nem te deixar “por dentro das coisas”. 🙂

Tenho falado muito sobre nossa dificuldade afetiva-cognitiva para lidar com a explosão informacional que a rede digital trouxe para o mundo.

Nossa cabeça e afeto não foram criados para ter essa independência toda.

Somos infantilizados intelectualmente.

Não estamos maduros para termos liberdade e conseguir ler o que é preciso de forma consistente.

Essa questão atormenta, pois nos exige rever diversos processos na relação mais infantil com pais, escola, trabalho.

Algo muito marcado por imposições, por discursos fechados, por abuso intelectual, pela falta de espaço de desenvolvimento da capacidade crítica e de exposição da  individualidade de cada um.

Para poder lidar de forma diferente com essa massa de informação sem causar ansiedade, precisamos superar, digamos estes traumas.

Uma forma é trazer tudo isso para a consciência.

Entender, por exemplo,  como aprendemos, por que aprendemos e como mudamos nossa maneira de pensar de “A” para “B”.

E principalmente por que fazemos isso.

Diria que para superar esse obstáculo precisamos entender algumas etapas, tal como ter a consciência do aquário em que estamos.

Estamos dentro de um determinado aquário de conhecimento afetivo.

Aquilo que chamamos de “realidade” é algo que nos faz bem por um lado e mal por outro.

O aquário reúne as pessoas com as quais nos identificamos, nossa maneira de pensar e um conjunto de ideias que justificam para nós e para a sociedade a maneira que vivemos.

Só saímos desse ambiente confortável quando uma crise vem nos tirar da tranquilidade.

As crises podem ser pessoal, na família, no trabalho, na sociedade mais próxima (bairro/cidade), no país ou no mundo de maneira geral (como é o caso das mudanças que a Internet traz).

Quando isso ocorre precisamos olhar o aquário de fora, ver os conceitos, ideias, maneiras de pensar que nos atrapalham, repensá-lo, trocar de água e começar a nadar em um novo renovado.

Ou seja, quando vamos ler um livro ou entrar em contato com ideias novas, diferentes, devemos identificar que tipo de mudanças  o livro propõe e se vamos adotá-las na nossa vida de peixes.

Somos ao mesmo tempo que conservadores por natureza, (por uma questão de economia de energia e medo de mudanças), também curiosos.

É um paradoxo humano de todas as sociedades e tempos entre o não mudar e mudar, em inovar e manter.

Porém,  se existe algo que podemos fazer de forma melhor, pensando de nova maneira, gastando menos esforço, energia, tempo e dinheiro, por que não?

  • Assim, somos curiosos de maneira geral, como default, tendendo ao conservadorismo, fazendo mudanças muito bem pensadas em momentos de calmaria;

 

  • E altamente curiosos e carentes por novidades nos momentos de crise!

(Obviamente que os curiosos de plantão se antecipam as crises, pois estão sempre se renovando.)

Existem ainda, por temperamento, perfis distintos, uns mais inquietos do que outros, criando um movimento na sociedade entre inovação e conservação/ inovadores e conservadores, uma tensão que leva o mundo adiante, não ficando parado, mas mantendo-se em algumas bases para evitar que o aquário se parta, mas sempre se repensando.

Ler um livro, conversar com alguém, ver um filme, uma peça, qualquer que seja a atividade de contato com novas ideias, nos leva a olhar, de alguma forma, para fora da parede do aquário para a visão de outro peixe sobre ele mesmo.

Visto de fora.

Procuramos saber se existe algo útil naquele discurso (formado por novas teorias, premissas, conceitos)  para colocar em prática na nossa vida.

Quanto mais incomodados estamos, em crise, precisando mudar, mais vamos procurar autores/pensadores que nos permitam enxergar de fora, através de livros, ideias para repensar nossas vidas e mudar para uma nova, bem diferente.

A crise nos abre para o novo, pois percebemos que temos que mudar, não é mais algo opcional, mas uma necessidade premente.

E vice-versa, quanto mais acomodados estamos mais vamos procurar autores que nos confirmem que nossa vida é essa mesmo, que devemos continuar nesse caminho.

A continuidade nos fecha para o novo.

Obviamente, que isso não é racional ou previsível, pois não podemos prever o que há de aleatório na vida, pessoas que se acham conservadoras mudam radicalmente a partir de novas ideias ou em crises que não esperavam.

E pessoas que se acham mutantes, muitas vezes, são tão fingidamente mutantes, que não mudam nada em suas vidas, apesar de criar uma aura de fumaça em torno delas.

Tudo pode ser enganoso no discurso, por isso, gosto de olhar a prática.

Ao ter contato com novos autores, assim, você deve se perguntar, isso vale para você, família, bairro, condomínio, empresa, país, etc:

  • Qual é o meu momento?
  • Estou bem ou mal?
  • O que quero mudar?
  • Estou numa crise ou fora dela?
  • Sou mais conservador ou mais mutante?
  • O que procuro ao ler um livro, assistir a uma palestra?
  • O que esse pensador acrescenta para o meu aquário?
  • O que é útil para pensar mais tarde?
  • O que vou passar a adotar desde já?
  • E o que definitivamente não vou?

Qualquer pessoa que traga ideias novas está de alguma forma propondo mudanças para o mundo e para você.

Diz:

Está do jeito “A” precisamos fazer “X”, “Y”, “Z” para chegar no ponto “B”.

E podemos avaliar as ideias novas/velhas que estamos tendo contato da seguinte maneira:

  • Qual é a proposta do autor tal?
  • De onde para onde ele sugere que devemos ir?
  • Com que clareza ele defende seus argumentos?
  • Compreendi claramente o que  propõe?
  • Considero relevante para as mudanças que preciso fazer em minha vida/empresa/família/cidade/etc?
  • Como devo adotá-las?

Na verdade, conhecer/se informar/aprender passar por uma estratégia que será feita a partir das perguntas acima.

Num mundo muito mais mutante, em função das ideias circularem de forma mais descontrolada e dinâmica em um ambiente digital em rede, que chamo de líquido, nos obriga a ter outro tipo de estratégia, diferente da anterior.

Nossa taxa de conservadorismo e fechamento para o novo se era de 10 deve cair para um nível menor, pois quanto mais fechado você se coloca para um mundo que muda, menos estará preparado para ele.

Estamos mudando a taxa geral para um nível mais baixo de conservadorismo que o anterior.

A despeito disso é importante perceber que nem todas as ideias são relevantes para o seu momento e é preciso ter consciência de onde você está e para onde vai e quem pode te ajudar nessa jornada.

Que dizes?

 

 

Toda transformação que ocorre no mundo natural é resultado de alguma forma de desequilíbrio – Marcelo Gleiser – da coleção;

Desenvolvi aqui a ideia das Redes de Conhecimento.

Em resumo, somos cardumes dentro de aquários de conhecimento, não podemos compreender como as pessoas pensam isoladas desses aquários.

Porém, estes aquários operam, mudam, se renovam, através de peixes-guia. Ou seja, um cardume procura alguns peixes para guiá-los por diversas características.

Acredito que existam milhares de “espécies”, claro, mas três podemos dizer que se destacam no item mudanças de conhecimento.

Mutantes por natureza – Os que estão sempre tentando ampliar as fronteiras do aquário, úteis para não deixar tudo se acomodar.

Preservacionistas/conservadores – Os que preservam o ambiente para que nada mude muito rápido ao ponto de virar.

Cardume geral – E os que ficam entre os dois extremos, procurando argumentos sólidos.

A minoria faz parte dos visionários mutantes, tipo Raul Seixas, que queria ser uma metamorfose e não ter opinião formada sobre tudo.

E a maioria tende a manter as coisas como estão, pois existe muito a perder.

(Aliás, quando o muito a perder, deixa de existir é que existe a tendência de revoltas e até revoluções, vide Espanha e bombeiros do Rio, recentemente.)

Ambos os lados mutantes e preservacionistas/conservadores tendem a ter pessoas que conseguem ter mais clareza do aquário como um todo e ainda representar essa clareza em forma de discurso, seja em textos, áudios, vídeos, etc.

Que seriam os grandes peixes-guias, repassando para peixes-guias menores numa cadeia de repercussão de ideias, que o Twitter representa muito bem com seus seguidos e seguidores nos mais diferentes assuntos.

Todos com seu grau de importância para o cardume respectivo. Ao se invalidar pessoas, na verdade, está se inviabilizando cardumes inteiros!

Ou seja, os aquários se organizam por cardumes de pensamento e quem modifica o modus-pensante são basicamente os peixe-guia e a rede que está por baixo deles.

Compreender essa dinâmica nos coloca numa posição interessante se queremos interferir nesse processo e mudar o mundo.

Isso é a rede social, que se espelha hoje na Internet, que é a coisa mais antiga do mundo, mas que é hoje representada no mundo digital de forma mais transparente, entre seguidos e seguidores.

Que dizes?

Fotos do Gil

As apresentações do @gilgiardelli são marcadas por irreverência, dicas de sites e fotos maravilhosas, selecionei algumas daqui:

Palestra na Twittcam, dia 06/07 – 19 horas – conto com você!

Por que um e-book e não um livro de papel?

Tenho tentado experimentar outra maneira de publicar minhas ideias. A minha experiência com meu primeiro livro impresso não foi satisfatória em vários aspectos. Prefiro ter o controle sobre o texto, não ganhar, pois tudo será free e apostar tudo no pagamento dos meus serviços como consultor e palestrantes. Estou tentando seguir o Gandhi: “ser a mudança que quero para o mundo”. Vamos ver.

O que o novo e-book “50 coisas que aprendi sobre o mundo 2.0 traz de novo?”

Bom, quem lê o blog terá uma síntese das minhas ideias. Falo sobre tudo que aprendi sobre Internet, Empresa 2.0, Governo 2.0, Encontros 2.0 e Escolas 2.0. É um resumo das minhas ideias que ajuda a quem não tem tempo para ler o blog que é muito denso, textos longos e muito cheio de conteúdo.

E o que você aprendeu afinal sobre o mundo 2.0?

Esse é o primeiro ponto. Apresento o que aprendi e não me atrevo a dizer que as coisas são assim ou assado. Ou seja, o que consegui chegar até aqui. O e-book tem grandes novidades para quem não me acompanha: a ideia da nova civilização, a influência da população na Internet, o conceito que tudo que vivemos é uma grande crise produtiva, de inovação e de gestão da sociedade. E, por fim, de que entramos em uma nova civilização, mas não em uma nova humanidade, pois isso depende de movimentos que são independentes da tecnologia.

E o curso online, o que muda?

Bom, tenho tentando montar um modelo comercialmente viável para mim e os alunos. Tentei um encontro, via Skype, ano passado, mas temos o problema do tempo, fechar uma turma é mais difícil. Vou fazer, então, um encontro, via e-mail, o que não inviabiliza que não possamos nos encontrar esporadicamente, via Skype. Quero debater os pontos do novo e-book e dar um upgrade no pessoal que vai participar, dissipando um pouco a fumaça que está no mercado. Acredito que a pessoa mudará bastante a maneira de encarar o problema.

E como será o lançamento do curso e do e-book?

Vou fazer uma palestra na Twittcam, dia 06/07 – 19 horas, em torno do meu Twitter @cnepomuceno, quando vou responder as questões, falar do e-book, do curso e espero que possamos trocar. Tentei nesse lançamento fazer um pool dos meus queridos amigos no off-mídia e espero que possamos fazer um fogo bem forte com o apoio da Plurale, Nós da Comunicação, Dicas-L, Webinsider, Administradores. É isso.

A realidade é um aquário repleto de conceitos convenientes, nos quais navegamos até a água ficar turva – Nepô da safra 2011;

O primeiro passo para pensar o futuro, crises e mudanças é repensar o conceito que temos de realidade.

Em sala de aula, de maneira geral, meus alunos acreditam que existe uma realidade, que é possível chegar até ela, como algo fechado.

Porém, como bem disse Gleiser, a realidade é sempre histórica e condicionada pela capacidade que temos de medir e pensar sobre tudo aquilo que medimos.

Instrumentos, metodologias e teorias – a realidade é algo que é aprisionada no presente, foi diferente no passado e será outra no futuro.

Ideias que abraçamos – muitas sem consciência – que nos situam no mundo, nos acomodam, nos acalmam e justificam a maneira que vivemos, o que fazemos, como nos relacionamos.

A realidade é poluída do presente e, principalmente, de seus interesses.

O ser humano, avalio eu, só muda nas crises, quando esse conjunto de ideias que nos rodeiam tornam-se obsoletas.

Somos conservadores de maneira geral, gostamos de uma certa comodidade, economizamos energia repetindo ações e padrões nos nossos pilotos automáticos e só deixamos de fazê-lo impelidos por crises, que podem até ser provocadas por pessoas que não se encaixam nesse perfil, inventando, por exemplo, novos inventos, empresas, revoluções, etc.

A vida – por algum motivo – nos mostra que estes conceitos não são mais suficientes para levá-la.

Nestes momentos fica tudo no ar.

Isso pode acontecer individualmente (numa separação), em uma dada comunidade (um crime por exemplo) ou em todo o globo (com a chegada de uma nova ecologia informacional, como agora).

São raros os fenômenos globais de alto impacto.

A possível queda de um asteróide, a ficcional visita de ETs agressivos, aumento vertiginoso da população ou uma mudança da ecologia informacional são fenômenos macro-históricos, como detalhei aqui.

Quando ocorrem há uma contradição entre a maneira que pensamos e o que passa acontecer a nossa volta.

É o momento de um repensar global, na qual vemos que os conceitos que temos hoje não são mais compatíveis como uma série de fenômenos que ocorrem a nossa volta.

(Kuhn chamou isso de crise paradigmática da Ciência, que vale para toda a sociedade.)

A nossa noção de realidade fica coletivamente obsoleta e é preciso agir em bloco, pensando fora da caixa, como é o caso de uma mudança radical na ecologia informacional em curso com a chegada da Internet.

Percebemos que muitos dos conceitos que temos: trabalho, privacidade, lucro, democracia, colaboração não se adequam mais ao que estamos vendo em torno.

Estabelece-se uma macro-crise geral de percepção para a qual temos que trazer para nos ajudar uma série de ferramentas pouco utilizadas no mundo atual: história (para poder comparar fenômenos globais iguais) e filosofia (que nos permite olhar para os conceitos de fora e analisá-los).

Assim, nesse descortinar podemos ver que existem macro-conceitos, a partir de latências humanas que acompanham qualquer sociedade.

Quando vamos analisar mudanças, temos que partir do princípio que estas latências da nossa espécie criarão, em qualquer situação, um conjunto de ideias e conceitos, um bolsão que podemos chamar de ideologias vigentes dentro de uma rede de conhecimento.

Podemos dizer que estas latências são sentimentos humanos que não temos como controlá-los, pois eles fazem parte de nossa sobrevivência, em primeira instância como animais e em outro momento como animais mais complexos. E em torno dele vamos criar ações e conceitos que as justifiquem.

  • Num nível mais básico, podemos admitir que não temos  controle sobre o  frio ou o calor intenso, sono, sede e fome.
  • Num nível intermediário temos ações que viabilizam para que estes sentimentos básicos sejam satisfeitos, que podemos chamar de latências-meio ou de viabilizadores de latências. Precisamos delas para que os problemas  sejam resolvidos: informação (e respectivos filtros e tecnologias) comunicação, organização, produção, inovação, educação, motivação;
  • Num terceiro nível: amor, sexo, reprodução, reconhecimento, relação com a morte, com um poder superior, com nossas realizações, ser, estar, etc.

(Conceitos estes que parto da pirâmide de Maslow e sofistico.)

Este conjunto de latências inerentes aos humanos formam a base dos macro-conceitos.

Ou seja, sempre teremos essas necessidades seja aonde, quando e onde estiver um grupo de humanos e em torno deles criaremos o nosso modus-operandi, marcados pelo tempo, região, geografia, tamanho da população.

Os micro-conceitos se atrelam aos macro-conceitos que são como resolvemos essa latência, tipo de roupa, de comida, de gestão, de produção, relação com sexo, com a morte, com um poder superior.

  • Ou seja, os macro-conceitos enquanto pensamento são estruturantes e devem formar a base de qualquer teoria sobre o humano e a sociedade.
  • Os micro-conceitos nos dão conta como essas macro-latências estão sendo resolvidas.

Essa separação é útil, pois quando temos mudanças radicais na sociedade, que geram crises de percepção,  não podemos perder de vista que a base humana e suas latências, independente qualquer mudança  se alteram apenas no como, mas não na base.

Tentam nos vender que algumas mudanças estão ocorrendo na base humana, mas geralmente estão apenas alterando o como resolvemos essas latência gerais.

(Exceção agora a alguma mudança genética, de pessoas que poderiam comer menos ou não poderão se reproduzir, por exemplo.)

Até que isso ocorra, podemos dizer que a base da sociedade se estabelece, a partir de macro-latências demarcadas que são resolvidas em micro-soluções do presente.

“Pensar fora da caixa” é, assim, conseguir ver acima da poluição do presente, aquilo que é inconveniente nos velhos conceitos.

E o que há de permanente e geral e o que está e precisa, de fato, mudar para podemos continuar a tocar a vida.

Esse deslocamento da realidade pode ser útil, por exemplo, ao se afirmar que toda sociedade precisa de uma motivação para produzir.

Que atualmente essa motivação é o lucro.

Porém, o lucro não é algo que sempre precisa existir da maneira como o resolvemos nos últimos 200 anos, já que nem sempre foi assim e pode mudar se alguns fatores na produção geral se alteram.

Tal como a necessidade urgente de inovação e, para isso, termos a colaboração. E pensarmos em um tipo de lucro mais colaborativo, por exemplo.

Aplicação prática dos conceitos macro e micro.

Assim, para superar as crises de percepção (como temos hoje) a ideia de macro-conceitos e de micros é algo fundamental para não confundirmos o que é passageiro do que é permanente em nós.

Que dizes?

As empresas precisam se redesenhar ao redor de um novo tipo de indivíduo, que sabe muito mais, que está mais conectado. Agora há um ‘homus conectadus’ na jogada Silvio Meira, da coleção;

Versão 1.0 – 01/11/2011 – post em rascunho.

(Eram duas, mas amadureci que são três, a versão do “eram duas” pode ser vista aqui.)

Há uma certa confusão no ar.

Sim, são tantas as dificuldades de interpretação do cenário.

Vivemos um tempo em que o avião da histórica está voando muito mais rápido (e alto)  e não temos como descer para fazer a manutenção. Tem que arrumar em vôo.

Temos praticamente três problemas:

a) consideramos que tudo que ocorre com a chegada das redes sociais é tecnologia;

Sim, mas tecnologia cognitiva desintermediadora com mudanças em toda a sociedade;

b) que é algo opcional;

Não, é inevitável, pois o ambiente cognitivo desintermediado não volta para trás;

c) que as mudanças que devem ser feitas são cosméticas, principalmente de comunicação.

          As mudanças passam pela informação, comunicação e em processos. Os projetos atuais querem se limitar a comunicação, esquecendo das outras duas.

Entretanto, similar a outros ambientes informacionais baseados no livro, no telefone ou computador vivemos uma migração de ecologias informacionais de um ambiente mais intermediado e controlado de uma maneira mais centralizada para outro mais desintermediado com uma nova forma de controle (não se iluda que não há controle.)

Ou seja, estamos passando a ser homus redes digitalis ao invés de homus de massa du papel impressus.

Assim, é preciso categorizar as redes sociais nas organizações.

Acredito que ao falarmos em redes sociais digitais estamos falando de três ambientes distintos que se cruzam:

A rede social digital comunicativa – a mais fácil, evidente, a que está aí sendo implantada na sociedade. São redes que fazem com que os participantes se comuniquem de forma distinta. Exemplo: Twitter/Facebook, Lotus Connection (IBM) e ByYou (Totvs),  tanto fora quanto dentro das organizações;

A rede social digital  informativa – todos os registros que são produzidos pelas interações, que podem ser qualificados, não só pelos gestores do projeto, mas principalmente pela classificação dos usuários, seja de forma consciente (comentários/curtir/retuitar/dar estrelas), bem como de forma inconsciente, bastando clicar, criando um karma digital dos documentos. Ex: na Internet, veja como administram os registros do site download.com. Nas empresas, não conheço plataformas 2.0 para informação. (Alguém dá pista?)

A rede social digital produtiva – que incorporam os atores do processo na rede, fazendo com que os processo se modifiquem, eliminando atravessadores obsoletos para ganhar velocidade e agilidade.  Na Internet, mercado livre, estante virtual, Ingresso.com, bancos on-line, imposto de renda on-line. Na Intranet: mudanças de processos automatizados pela rede social.

 

Como ando rouco de dizer a Internet veio ao mundo para resolver problemas produtivos, via inovação. E isso vai desaguar em grandes redes sociais produtivas, no qual clientes, fornecedores, acionistas, colaboradores estarão trabalhando no mesmo ambiente, sendo as redes sociais digitais informativas e comunicativas um apoio para essa principal.

Estamos colocando toda nossa energia nas mais fáceis de implantar para não enfrentar o desafio de mudar os processo. Lembra-me a frase do André na Dataprev, que me perguntou:

“Nepô, estes blogs corporativos são projetos de comunicação ou mudança de processos?”

Deveriam ser mudanças de processo, mas, por enquanto é apenas comunicação.

Nas redes sociais digitais produtivas que mudam de fato a organização o  usuário vai encomendar o seu produto, via rede social, e aquilo será parte integrante do processo da organização.

Cada clique significará uma mudança na maneira de se produzir, não apenas de informar.

É a transformação de informação/comunicação em ação.

E esta é a passagem necessária para sair do estágio atual de querer entrar na rede social para transformar o negócio em rede social. Da empresa 1.0 para a 2.0, mais inovadora em rede digital.

Por isso, defendo tanto a discussão de tudo isso no planejamento estratégico, pois estará se discutindo o futuro da organização nesse momento, imaginando e projetando-se a migração de uma empresa hierárquica, baseada em um ambiente digital do papel, controlado para outro digital com outro tipo de controle.

Ou seja, qual é o projeto para se se entrar no novo Século XXI de forma competitiva.Que dizes?

Pessoal, bate bola rápido com o pessoal do Vote na Web.

Papo com Fernando Barreto por e-mail:

Como surgiu a ideia do vote na web?

O site foi lançado em novembro de 2009 durante o TEDx São Paulo com o objetivo de oferecer ao cidadão uma maneira mais fácil, simples e direta de acompanhar o trabalho dos parlamentares. Nossa intenção é resgatar o respeito e a credibilidade da atividade política.

Acreditamos na importância da transparência das informações como pilar da democracia. Queremos apresentar informações sobre projetos de lei de forma tão simples e direta que votar se torna quase que uma atividade de entretenimento.

Quantos usuários?

Atualmente temos mais de 16 mil membros cadastrados; 350 mil votos computados e 9 mil comentários.

Me parece que o pessoal critica os parlamentares, isso é bom, mas como pode ser ainda melhor?

O Votenaweb foi desenvolvido para ajudar o cidadão a acompanhar o trabalho dos políticos de uma forma mais fácil. Nossa intenção é fazer com que o cidadão fique cada vez mais informado e assim, tenha mais consciência crítica. Os comentários do Votenaweb mostram que além de simplesmente votar, os participantes querem comentar, trocar ideias entre si e debater.


Como vêem a política 2.0 nesse novo mundo?

 

A internet é um meio que proporciona infinitas oportunidades e serve como base fundamental para a chamada Webcracia na qual os cidadãos encontram ferramentas, aplicativos e plataformas que fomentam e potencializam o exercício da democracia.

 

As tecnologias digitais são capazes de servirem como canais de participação, trazendo mais abertura, transparência e democracia para a administração pública, promovendo um diálogo público colaborativo, um senso de comunidade acessível e significativo.

 

Os brasileiros estão avançando com o processo democrático por meio da internet e diversos aplicativos, como o Votenaweb são importantes ferramentas que contribuem com este fenômeno. Não só os brasileiros, mas inúmeras nações já descobriram que a internet pode contribuir de maneira significativa com a construção da consciência política.


O que acham que têm que mudar?

 

O Brasil é um país que conquistou sua democracia recentemente, e desde então milhões de brasileiros ainda enxergam a política como algo distante de suas vidas e acreditam que não há o que fazer. A burocracia e a pouca transparência do Poder Público impõem dificuldades para o cidadão brasileiro buscar informações sobre questões coletivas e, principalmente, acompanhar o trabalho dos políticos que foram eleitos para representá-lo.  Acreditamos que precisamos despertar o sentimento de pertencimento do brasileiro em relação aos temas de interesse coletivo, além de resgatar a credibilidade política a aumentar a participação.

Como manter o site sustentável? Vocês têm procurado recursos?

Desde o início do projeto o Votenaweb foi completamente custeado pela empresa privada, Webcitizen. Parte dos lucros da empresa é destinada ao financiamento deste projeto que não possui nenhum tipo de patrocínio ou subsídio governamental.

Estamos pensando em desvincular o Votenaweb da empresa Webcitizen e criar um fundação para captação de recursos e financiamentos.

 

Com um financiamento pretendemos:

 

– Ampliar a base de projetos inseridos no aplicativo. Hoje temos 2.000 projetos disponíveis para votação. Somente na Câmara e Senado são mais de 10.000 projetos a serem cadastrados.

– Ampliar a atuação. Queremos levar o Votenaweb para Estados e Municípios.

– Aumentar os locais de votação permitindo que o usuário consiga dar a sua opinião através de redes sociais como Facebook e Orkut, e que sites e blogs também consigam se transformar em urnas digitais.

– Disponibilizar a ferramenta para uso em outras modalidades de votação, por exemplo, uso interno em escolas e instituições.

 

Quantas pessoas estão na equipe?

Trabalhamos com uma equipe multidiciplinar, que envolve pessoas especializadas em Direito, Comunicação, Gestão, Programação e Design. Estas pessoas trabalham com a atualização da ferramenta, assim como monitoramento e relacionamento com os cidadãos, usuários e políticos.

Por fim, a webdemocracia, da maneira que vêem, terá esse formato de parlamentares ou vamos inventar outra coisa?

O mundo inteiro está passando por transformações. Tunísia, Egito, Espanha, é o que chamam de World Revolution (ou #worldrevolution na língua da internet). A realidade é esta e o Brasil está sendo impactado por ela. Eu acredito que isso será intensificado. Há uma vontade de participação e uma insatisfação grande com tudo o que está acontecendo. Combustíveis que alimentam a mudança social.

 

A verdade é que o mundo está um caos, há pessoas morrendo de fome, sem acesso a água potável, os desastres climáticos são um consenso. Esta nova geração tem consciência disso e não está de braços cruzados. Todos estão incomodados com a realidade. A política faz parte disso. Acreditamos que no futuro o Governo deixará de ser visto como uma “vending machine”, onde você coloca o dinheiro dos impostos e retira serviços como saúde ou educação. Estamos na transição da democracia direta para a participativa – onde cidadãos e governos construirão juntos o futuro.

 

Redes são mais poderosas do que hierarquias engessadas –Steve Johnson – da coleção;

Em Nova Iorque, para descer do ônibus basta apertar na porta, que ela abre.

No Rio, você depende do motorista que controla a abertura.

Mais do que apenas uma metodologia de segurança do transporte público, as duas políticas denotam diferentes culturas de controle e intermediação.

Em NY, há uma desintermediação na abertura das portas dos coletivos, o que exige também maior responsabilidade do passageiro e um tipo de ambiente democrático de maneira geral – que se reflete no ônibus.

Nas livrarias se dá o mesmo. O vendedor não te” leva pela mão ” para a estante para te mostrar o livro. Tais fatos refletem todo o ambiente que caracteriza a sociedade americana e outras mais maduras na democracia.

No Rio e no Brasil, de maneira geral, há uma infantilização maior da população (e não só no ônibus). Outro dia tinha um cara, que segurava um guarda-chuva e uma pasta que queria que o caixa da pipoca levasse o refrigerante para ele para dentro do cinema.

Ascensoristas, porteiros, trocadores, impostos, modelo-do-estado-pai, centralização, cartéis, cartórios, bilheteiros, entre outros fazem parte de uma sociedade controladora com um nível menor de desintermediação e maior de intermediação.

O nível de uma dada democracia, na verdade, está diretamente ligada a um cotidiano no qual se “confia/desconfia” do cidadão nesse dilema:

Controle/descontrole versus intermediação/desintermediação versus confiança/desconfiança.

O controle cultural se reflete também no informacional.

Tal como  limitações ao acesso ao conhecimento, aos documentos públicos, ao entretenimento (ao barrar crianças no cinema, mesmo com os pais).

Não confiar no documento do cidadão/cidadã e precisar “autenticar” tudo no cartório também caracterizam esse controle.

A revolução informacional em curso se caracteriza por uma rápida descentralização informacional e de procedimentos, simultânea, em todo o globo, com algumas diferenças regionais e sociais.

De qualquer forma, se altera a maneira que uma dada intermediação mais controladora era feita.

Não é algo planejado, nem controlável por quem definia o controle anterior (de empresas a governos).

A sociedade vive, assim, um intenso processo de desintermediação coletivo.

O que se busca?

Mais facilidade, velocidade e eficiência.

Há  fenômenos que ocorrem em paralelo nesse processo:

 

  • a aceitação dos controladores sociais de passar a operar no novo ambiente;
  • O surgimento de novos players com outros modelos de controle, mais descentralizado;
  • e o amadurecimento por parte da população, que se desinfantiliza coletivamente.

 

Em ambos os casos, tal mudança atinge com mais ou menos impacto as  sociedades.

Quanto mais controladora era, mais as mudanças serão sentidas havendo, naturalmente, mais rejeição por parte dos beneficiados do ambiente controlado anterior.

O poder foi, é e sempre será baseado em um tipo de controle.

Rumamos, assim, para uma sociedade mais democrática com a Internet com um descontrole maior (porém controlado), o que, por sua vez, nos leva a um sociedade mais amadurecida.

Precisamos de algo assim para resolver de forma mais ágil os problemas de 7 biihões de almas, que não param de crescer.

Empoderar as pontas e torná-las mais independentes é fator fundamental para a inovação e mudanças.

Entretanto, esse novo ambiente – mais democrático por necessidade prática – não nos garante nova humanidade.

E este, a meu ver,  é o desafio político-espiritual do novo século: reduzir o sofrimento humano pela rede, com a rede e também sem a rede.

Mas estamos tão perdidos em tecnologias, ideologias, passadologias, egologias e apologias que algo assim me parece cada vez menos provável de acontecer.

Precisamos de movimentos, líderes, pessoas que apontem nessa direção no contra-fluxo do que a moda nos leva hoje.

É isso, que dizes?

 

Pessoal, acabei de fazer parte, via Twittcam.

Ficou armazenada aqui.

 

http://jovaed.ning.com/video/mundo-posinternet-onde-estamos

Se faltou algo pode perguntar abaixo.

 

“Estamos apenas no início de uma nova era da democracia digital” – @briansolis;

Já me perguntaram por aí em que mundo eu estou.

Quando falo  que a nova civilização está chegando.

E, de fato, dá essa sensação de isolamento, de ficar aqui tateando seres no escuro (tendências) para saber que bichos, afinal, são e serão (quando crescerem e tornarem-se mainstream).

Tem gente que só consegue ver o que virá com holofotes acesos, alto-falantes, mas aí já é, e nossa capacidade de interferir no processo será mínima.

Quem tenta olhar o futuro, como é o meu caso, trabalha com o tato, o olfato, o cheiro de coisas que estão aí ainda impercepitíveis.

O Peter Drucker (viu como este blog é chique) lembra que para olhar mais para frente é preciso ver as árvores pequenas, que vão formar a floresta e não as grandes, pois estas estão na fase final da vida.

Bom, né?

Pois é, hoje, no meu monitoramento que faço no Google Notícias, (lembre-me de dar as dicas como se faz bem isso), saiu um artigo relevante, de mais gente que pensa como nós.

(Sim, nós, agentes de mudança 2.0, pois estamos preparando um manifesto que vai sair em breve.)

A Social Democracy: The White House Learns To Listen

O artigo toca em alguns pontos fundamentais, que marcam a discussão da democracia 2.0:

  • – O cidadão tem voz;
  • – Quer ser ouvido e ser ouvido significa mudar o que querem que mudem;
  • – E os governos precisam ter inteligência para realizar tais tarefas.

A Casa Branca fez uma pesquisa para saber o que o público quer, no resultado avança-se na direção de mais diálogo.

Não se fala ainda na necessidade de uma plataforma colaborativa, na perspectiva de criar um ambiente de colaboração mútua, mas é interessante ver que há uma passagem do uso das redes sociais de um estágio 1 – ainda meio mídia de massa para um 2 que seria algo do tipo, vamos passar a falar mais e mais.

O estágio 3 levará a algo do tipo, já que está se falando tanto, que tal começar a ouvir e mudar, conforme estes pedidos?

Gosto bastante da frase que Brian termina o post e repito aqui:

“O futuro da política não é criado, é co-criado”.

Genial!

Diria isso do mundo!

Porém, lembro que a política é, como todo o resto, sempre foi co-criada, porém com menos gente. Refaria a frase assim:

“O futuro da política não é criado, é co-criado (por muito mais gente)”.

 

 

Você tem que ser a mudança que você quer para o mundo – Gandhi;

1- com a revolução da informação em curso estamos diante de uma mudança radical na forma de se fazer política;

2- estamos apenas começando a questionar a atual democracia, mas não se iluda com a solidez do modelo atual, muitos questionamentos estão em curso, tal como as demandas recentes da juventude na Espanha;

3- basicamente, esta mudança tende a reduzir a importância ou mesmo a permanência dos atuais intermediários (parlamentares);

4- a nova democracia será feita, através de plataformas colaborativas, nas quais os cidadãos/cidadãs tomarão suas decisões, de forma colaborativa, como começa a acontecer em várias partes do mundo;

5- toda a regulação destas plataformas será feita, através de algoritimos que definem como as relações serão estabelecidas, criando um espaço de embate político com forte carga tecnológica;

6- neste novo ambiente  se espera ampliar a democracia existente, tornando-se mais eficaz no tempo e nos custos, comparada com a de hoje;

7- na nova democracia se ampliará, e muito, a transparência das ações daqueles que são escolhidos. Haverá uma redução da sombra, porém não o fim da hipocrisia, que será reciclada, porém não será esta atual, primitiva;

8- haverá a necessidade de articulação de ações políticas  globais, também em grandes plataformas,  pois a divisão entre os países tende a serem cada vez mais invisíveis;

9- por outro lado, haverá fortemente, a tendência de articulações globais ( acima dos governos dos países) e locais (nas questões específicas);

10 – o objetivo geral do ajuste democrático será na direção de ajustar a gestão da sociedade ao novo tamanho da população (que saltou de 1 para 7 bilhões de habitantes;), mas nada garante que nesse novo cenário  haverá solução para os problemas crônicos da humanidade: disparidades, guerras, fome, miséria, violência, individualismo, etc. Seremos, com certeza mais eficientes, mas não se sabe se mais eficazes e humanos.

 

Pessoal, vou ter que jogar a toalha.

Estou tendo dificuldade de fechar turmas.

As pessoas querem compartilhar o conhecimento que estou propondo, mas o que falta é tempo, ajustes, preço.

Note que um curso presencial tem alguns custos embutidos:

Sala + coffe-break, transporte, tempo.

Estes custos serão, obviamente, passados para o valor do curso, o que reduz o espaço para que as pessoas possam vir discutir.

Além disso, temos o problema do tempo, do horário, complicado.

Quando o curso é presencial, tem um dia na semana.

É bom, é ótimo, mas tem que haver um mega-esforço para que todos possam chegar e fechar.

Por outro lado, vinha tentando ter grupos on-line com dia marcado, o problema do custo despenca, mas bate nas datas das pessoas.

Ou seja, é preciso, então montar um modelo de encontros que permita:

1- não ter custos de espaço;

2- que não tenha problema de horários.

E que possamos, assim, reunir pessoas diferentes de todo o país para discutir as questões que tenho estudado e têm ajudado a muita gente a dar um salto adiante na maneira de pensar o mundo 2.0, como pode ser visto aqui com meus clientes.

Assim, estou montando para o segundo semestres turmas mensais que funcionarão assim:

– Todo o debate por email, através de listas de discussão do Google;

– Um espaço de identificação para o pessoal saber quem é quem no Facebook.

Esta é a experiência que farei, já abrindo as primeiras turmas.

Vejam aqui o modelo e espero que me apoiem e venham compartilhar comigo as discussões.

Na sala de aula, nem sempre o senso incomum vem do professor –Nepô – da safra 2011;

(O texto abaixo formará um livro, “50 coisas que aprendi sobre o mundo 2.0″. Colaborações são bem vindas e os que ajudarem na revisão, melhoria do texto serão citados nele. Ver também outros posts para o e-book. )

————–

1- com a revolução da informação em curso o conhecimento passa por necessidade a ser produzido de forma mais dinâmica, o que torna inviável que os  encontros de aprendizagem (presenciais ou a distância) continuem a ser feitos da mesma maneira;

2 – atualmente os encontros se baseiam num modelo fechado de ensino, no qual o professor/coordenador chega com uma verdade pronta e acabada e transmite a mesma para os participantes, o que desperdiça o conhecimento/intuição/necessidades dos participantes. O professor sai como entrou, quase não aprende com a interação, o que vai tirando dele sua motivação e sua capacidade de transmitir para os novos alunos a experiência dos diálogos anteriores;

3- para ganhar agilidade, motivação, colaboração tais encontros devem admitir que o conhecimento é sempre algo em aberto e que todos podem contribuir para avançar o que não sabemos, de forma colaborativa, pois o conhecimento sempre foi líquido, dinâmico, nós é que não nos dávamos conta, pois a ecologia do papel impresso o aprisionava em um tempo e uma mídia demorada e lenta para sua publicação e troca;

4- quando se organiza encontros abertos algumas regras de conduta são importantes, pois todos passam a ser alunos/professores e devem se guiar por um espírito de colaboração, tais como respeito, abertura, colocar os princípios acima das personalidades, argumentar procurando a lógica;

5- é importante que haja, de comum acordo, a escolha ou a aceitação de que o coordenador do encontro é a pessoa do grupo que tem maior tempo de todos no tema escolhido para a discussão e está capacitado, ou se capacitando, para permitir que o debate aconteça, apontando atalhos em momentos em que a discussão chega a pontos, já presenciados. Não é mais o dono da verdade, mas o incentivador das dúvidas;

6- todos devem procurar argumentos lógicos para se posicionar, evitando, portanto, adjetivações do que é apresentado, pois quando se adjetiva, introduz-se questões subjetivas, morais, invalidadoras, depreciativas, o que estimula inseguranças de todos e se traz o ego individual (geralmente cego) de volta para um lugar onde deve prevalecer o coletivo. O grande inimigo deve ser a ignorância;

7 – nos encontros presenciais, deve-se evitar que haja uso de tecnologias (que não seja a fala e a escuta), pois tais equipamentos dispersam os participantes na troca com o grupo, principalmente, quando é possível conexão na Internet com outras pessoas, fatos, informações que estão fora daquele espaço. Admite-se anotações digitais, porém sem conexão externa e, obviamente, computadores quando o tema é o aprendizado do seu próprio uso, o mesmo vale quando o tema é o uso da Internet;

8- é importante, entretanto, que quando o grupo não esteja reunido presencialmente, que todos possam ter todas as tecnologias digitais em rede para dar continuação ao encontro presencial, como listas de discussão, blogs coletivos, páginas em redes sociais;

9- é preciso que cada membro, inclusive o coordenador, fale e dê espaço para os demais falarem e que haja o exercício atento da escuta;

10 – por fim, é importante que os egos sejam recolocados de lugar, pois os conceitos devem ser vistos como ferramentas para vencer as ignorâncias e não como ferramentas de auto-afirmação ou de depreciação dos demais. Cada pessoa é importante para a sua rede de conhecimento, pois levará algo para esta que a fará refletir sobre alguns pontos obscuros, em um movimento em cadeia.

Que dizes?

Nenhum investimento produzirá retornos efetivos se nossos conceitos sobre educação e gestão escolar permanecerem os mesmos – Viviane Mosé;

Publiquei semana passada este post:

10 coisas que aprendi sobre Escola 2.0

E recebi o seguinte e-mail de uma leitora:

“Lamentavelmente, o Sr. está vivendo num mundo só seu”.

Já estava cá pensando que mundo era esse tão meu, tão baseado em intuições e não em fatos concretos de carne o osso,  quando recebo a seguinte notícia, que twittei:

Ao invés de prêmio, punição: “Estudante é suspensa no Rio após colocar lição no Facebook” – http://bit.ly/ivOYd4

Ou seja, diria para a leitora que me mandou que sim, estou vivendo num mundo meu, que e escola é essa mesmo que está aí, que pune uma estudante que publica no Facebook.

Que o professor acha que o estudante que copia e cola está “errado”, pois eles respondes de forma inteligente uma pergunta não tão inteligente do professor.

A nova geração e toda a sociedade precisam de uma escola nova e não esta que está aí.

Querem aprender coletivamente e recriar o conhecimento e não memorizá-lo.

Uma wikiescola!

Mas nada disso é contemporâneo.

Somos taxados de loucos, “um mundo que é só meu”. 🙂

Trabalhamos com perspectivas, intuições, não sou só eu que pensa assim, tem mais gente, muitos mais, dispersos por aí, por enquanto.

Que dizes?

 

 

GOVERNO 2.0 NA REDE SOCIAL: RISCOS E ESTRATÉGIAS

Projetando cenários reais e preparando as mudanças nas estruturas de relacionamento entre governo e sociedade

22 e 23 de Setembro de 2011 –  BRASÍLIA

(ABERTA PRÉ-INSCRIÇÕES)

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(O texto abaixo formará um livro, “50 coisas que aprendi sobre o mundo 2.0″. Colaborações são bem vindas e os que ajudarem na revisão, melhoria do texto serão citados nele. Ver também outros posts para o e-book. )

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1- Da mesma maneira que vai ocorrer com as empresas privadas, o mundo das organizações públicas também será abalado pela chegada da Internet de forma profunda nas próximas décadas;

2- Governos tratam a revolução da informação e da comunicação em curso como mudanças tecnológicas e destacam setores específicos para lidar com elas, em geral, TI, Marketing, Comunicação e mais raramente Recursos Humanos o que tem se mostrado ineficaz;

3- São poucos, muito poucos,  os que percebem que estamos entrando em uma nova sociedade (civilização) dentro de um ambiente informacional mais aberto e que é preciso incluir essa mudança no cenário informacional/comunicacional no planejamento estratégico do setor público e envolver todas as áreas da organização para a mudança. Não se trata, assim, de entrar em redes sociais, mas criar a sua junto com os cidadãos;

4- A primeira fase da Internet foi a de colocar os dados, depois vários serviços, no chamado Governo Eletrônico, mas não houve mudanças na relação  com o cidadão. É ele lá e o Governo aqui e não os dois juntos criando juntos dentro de uma mesma plataforma;

5- Os planejamentos estratégicos devem prever esse novo ambiente de troca, disponibilizando plataformas online colaborativas, tanto para os colaboradores internos como para os externos. Tais plataformas visam modificar as estruturas atuais são centralizadas em redes hierárquicas, portanto, lentas e ineficazes, começam a migrar para estruturas abertas, com a participação intensa dos cidadãos;

 

6- Este movimento não pode ser visto como algo simples, pois implica em mudança cultural profunda e altera diversos interesses atrelados a forma atual de estrutura das empresas públicas. Tais alterações são difíceis, pois envolvem fatores emocionais humanos profundos, como a nossa relação com figuras paternas e com nosso ego;

7- Que os ambientes informacionais/comunicacionais dos governos serão muito próximos ao que hoje é o Facebook, plataformas inteligentes, no qual toda a relação com a sociedade será definida em algoritimos inteligentes;

8- Os serviços estarão todos cada vez mais on-line, os dados abertos e haverá a possibilidade do cidadão não só acessá-los, como os mais especializados, desenvolver aplicativos para facilitar ainda mais esse processo;

9- De que teremos uma grande dificuldade no Brasil de implantar esse modelo, por se tratar de uma país muito centralizado, burocrático, no qual o Estado está voltado para os interesses de seus gestores e, muitas vezes para os que lá trabalham e muito pouco para o cidadão;

10 – Que a forma de eleger os representantes irá se alterar e isso vai afetar também a estruturas das organizações públicas, ajudando o processo de migração do governo atual para o novo governo 2.0.

 

Taí a foto, foi muito bom…

Da esquerda para direita: Loreane, Grilo (no fundo), Rodrigo, Carmensita, Michele, Martha, Vany, Regina (ao fundo) Dani, Eu e Kaká (foto:Daniel Mitchell Laubé).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Somos como um peixe que vive aprisionado num aquário; mesmo que o nosso “aquário” cresça sempre (pois é isso o que ocorre com o corpo do conhecimento humano), tal como o peixe, nunca poderemos sair dele e explorar a totalidade do que existe. Haverá sempre um “lado de fora”, além do que podemos explorar – Marcelo Gleiser – da coleção;

Não há como pensar o conhecimento de forma individual sem tê-lo embebido numa rede de relacionamento.

Somos ou nos acomodamos dentro de um “aquário” (na verdade em vários interconectados) cercado de peixes que mais ou menos vêem as mesmas paredes do aquário que nós.

Talvez, por insegurança, acabamos procurando um cardume que pensa como nós para ficarmos ali quietinhos nadando.

(A ideia do aquário do conhecimento é do Gleiser, pode ver mais dele aqui.)

Precisamos dessas referências para gastar menos energia, levar nossa vida, sobreviver, ir tocando.

Criamos, assim, “bolsões” de conhecimento e neles nos acomodamos até que fatos ou ideias nos tirem da zona de conforto.

(Kuhn ao analisar as revoluções científicas for por essa trilha.)

São momentos de crise em que aquele conjunto de ideias de determinado cardume no aquário não é mais suficiente para continuar levando a vida.

Então, os “peixes” têm que parar tudo, procurar novas ideias, compreender os novos fenômenos, rever a maneira de pensar e, de novo, voltar a nadar como se nada tivesse acontecido.

Assim, nada a humanidade. 🙂

Portanto, cada um destes bolsões cria uma “realidade suficiente” que é aquela que lhe permite sobreviver até uma determinada crise ou pode ser abalada por novos peixes, ideias que começam a expandir as paredes do aquário.

Existem milhares de filmes, livros, peças que são baseadas em pessoas que moravam em cidade pequena e têm contato com ideias de outro lugar e querem sair pelo mundo afora bem sozinho…. 🙂

A sociedade é formada por milhares de bolsões, com algumas “verdades preponderantes”, digamos, que abarga e transcede os pequenos aquários,  formam um coletivo de aquários que trocam águas e estabelecem um modus operandi, através dos embates políticos, nas quais as diferentes visões se acomodam.

(O Brasil, por exemplo, é bastante conservador e pouco afeito a mudanças, a repensar seu próprio aquário.)

Essa percepção de que só podemos entender como as pessoas pensam a partir do aquário que ela vêm, do ambiente coletivo no qual ela está inserida nos dá bases para trabalhar e pensar de forma diferente em vários aspectos da realidade.

Por exemplo, em sala de aula, pois não estamos lidando com um paradigma de um aluno, quando trazemos ideias novas, mas de um conjunto que se assemelham embebidos em um senso-comum parecido.

Tendemos a ir, com o tempo, pensando cada vez mais igual e os aquários vão se juntando, pois há um poder central que irradia um tipo de visão ao mundo e os que estão embaixo acabam se dobrando a este de alguma forma.

Um soft-power para manter o controle.

As redes, os aquários, entretanto, funcionam com os peixes líderes, falo isso a seguir. Falei aqui.

Que dizes até aqui?

 

Karma Digital

Artigo de Camila Pessoa (@cami_pessoa) , brilhando em Goiânia, grato pela citação.

Saiu hoje no jornal Diário da Manhã, na coluna de Tecnologia da Informação, sobre Karma Digital.
http://www.dmdigital.com.br/novo/#!/view?e=20110609&p=16


Não sei para onde vou/Sei que não vou por aí! – José Régio.

Interessante ler os comentários sobre o que acontece na Espanha, nos jornais brasileiros, um movimento de jovens com mestrado, doutorado, pós que estão a conviver com uma taxa de 46% desemprego.

Veja, por exemplo, aqui.

Eles foram para a praça para dizer.

Não é isso que queremos de democracia.

Quando pergunta o que querem.

Não sabemos, mas não é esta.

Da mesma maneira que há tempos, há uns 300 anos, sabia-se que o Rei e a monarquia não eram o melhor sistema político e não tinham outro foram, então, copiar os gregos e estabeleceram a democracia, só que não mais na praça, mas em uma casa escolhida pelo povo.

Os espanhóis foram para a praça para conversar e pensar juntos seus impasses.

Esta casa escolhida pelo povo lá atrás ficou caduca, queremos algo novo!

É o primeiro país desenvolvido que tem um movimento desse tipo.

No Egito (países árabes inclusos), disseram que queriam democracia no lugar de ditadura.

Na Espanha, querem outra democracia, chamam de democracia real.

O pessoal tem chamado o movimento de anarquista, diria que é uma revolta sem definições claras, mas está se criando um primeiro caldo que será usado depois.

Um poder que não seja esse poder.

Toda mudança aliás, quando começa parece meio anárquica mesmo, mas depois vai se consolidando.

A Espanha mais do que a resposta, coloca na mesa a pergunta adequada em um sistema político cansado, falido e sem espelhar o que o século XXI deseja:

Que nova democracia queremos?

Uma recado que fica, mas que pouca gente tem hoje percepção de ouvir, é que esta que está aí não serve mais , o que me lembra o poema do José Régio, ao seu final:

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: “vem por aqui”!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou…
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!


 

Estarei no Leblon – no Centro Cultural Midrash para um curso interessante de seis encontros, que será o meu grupo de estudos do segundo semestre, veja a programação:

Rua General Venâncio Flores, 184
Leblon – Rio de Janeiro – RJ
55 (21) 2239-1800

Investimento: R$ 300,00

O site para o evento –> http://www.midrash.org.br/programacao/grupo-de-estudo-internet-onde-estamos-e-para-onde-vamos-carlos-nepomuceno/428


INTERNET – ONDE ESTAMOS PARA ONDE VAMOS?
DATA CURSO: (SEGUNDAS) – 20 – 22 HORAS (05/09 (aula aberta) – 12/09 – 19/09)
RESUMO:Uma visão geral sobre o fenômeno Internet.
DESCRIÇÃO DO TEMA DA PALESTRA E/OU DAS AULAS:
A revolução da Informação: onde estamos, para onde vamos?

  • A relação entre aumento da população e revolução 2.0;
  • A relação entre a revolução 2.0 e necessidade de produzir mais e melhor;
  • A relação entre a necessidade de produzir mais e melhor com a inovação radical;
  • A relação da inovação radical e a necessidade de mudança no modelo de gestão da sociedade;
  • O impacto da revolução 2.0 na sociedade, política, sociedade, família, religião, empresas, pessoas, educação.

 

DURAÇÃO: 4 horas dois encontros
Material necessário: Mentes abertas.

Contato:

Saiu hoje no Globo:

Suprema Corte de Nova Jersey decide que blogueiros não têm direito a sigilo de fonte

Ou seja, uma pessoa não pode fazer denúncias em um blog e não querer revelar as suas fontes, mas o jornalista pode.

O curioso da notícia é que a corte decidiu que só tem esse direito quem escreve “em similares às mídias tradicionais”;

  • Um blog dentro da UOL seria exatamente o que?
  • Um jornalista profissional no seu blog pessoal pode? Ou não pode?

O problema da decisão é tentar separar critérios por mídias, o que é algo que não terá sentido num mundo volátil.

O que se quer é evitar que pessoas sejam acusadas sem direito de resposta. E pessoas acusem sem estarem passíveis de punição.

Acho que ambos os casos devem ser protegidos.

Deve-se, então, procurar outros critérios, que não sejam étereos e fora da realidade.

Talvez uma norma de conduta global que todos assinem e se comprometam com ela.

Norma de conduta de jornalista cidadãos, por exemplo.

E quem assiná-la, com selo no blog, é considerado um agente de informação, com seus direitos e deveres, benefícios e punições.

Me parece que por aí…fica mais fácil.

Que dizes?

 

Nenhum investimento produzirá retornos efetivos se nossos conceitos sobre educação e gestão escolar permanecerem os mesmos – Viviane Mosé;

 

(O texto abaixo formará um livro, “50 coisas que aprendi sobre o mundo 2.0″. Colaborações são bem vindas e os que ajudarem na revisão, melhoria do texto serão citados nele. Ver também outros posts para o e-book. )

 

1- Existem mudanças na sociedade na forma de se informar, conhecer e comunicar e isso inapelavelmente têm forte impacto na forma de ensinar e aprender a inalcançável realidade;

2- A principal modificação no conhecimento é que ele está deixando de ser mais consolidado (sólido/individual) baseado numa mídia do papel impresso (lenta) para um mais dinâmico (líquido/coletivo) baseado numa mídia digital (rápida) para atender as novas demandas de produção e consumo de uma sociedade superpovoada, que impacta em todos os setores, inclusive na escola. (A Wikipédia é um bom exemplo de representação do conhecimento líquido/coletivo);

3– O modelo atual da escola se já era questionado no passado, agora se torna ainda mais obsoleto, pois é lento, ineficaz, pouco inteligente e pouco motivador, não formando o cidadão/cidadão para os novos desafios num mundo cada vez mais complexo e dinâmico. Estamos, assim, iniciando de forma coletiva a passagem das escolas baseadas em um modelo fechado de conhecimento (que não se modifica com os encontros) para outra em que o conhecimento é aberto (se altera a cada interação);

4 – De uma escola na qual existe algo a “ser aprendido” em uma base de conhecimento definida por “doutores”,  na qual o aluno tem muito pouco a  contribuir, na qual só o professor “sabe”. Para uma nova Escola 2.0,  na qual o professor passa muito mais a ser um coordenador de dúvidas, apresenta até onde problematizou questões e incentiva fortemente o debate entre os alunos;

5- Tal escola alternativa esteve presente na mente de vários educadores (como Paulo Freire), mas agora se tornarão sistêmicas, incentivadas por quem está no poder, pois o mundo tem que ser mais ágil, em função do tamanho da nova população e suas consequências, movida agora por uma mídia mais dinâmica, e, portanto, leva a escola junto (além das outras instituições da sociedade). Assim, se o modelo da escola atual é filha do livro impresso, o da nova será a do ambiente digital em rede;

 

6- A mudança de postura do professor implica numa nova relação  deste com o seu ego, que deixa de se apegar em conceitos estabelecidos e passa a combater o desconhecido, procurando reduzir o surgimento dos egos em sala de aula. Trabalha-se com argumentos e não com adjetivos. O inimigo passa a ser a ignorância de todos diante do desconhecido inatingível, no qual todos são alunos e professores procuram coletivamente a forma mais eficaz de vencer os impasses;

7– Os alunos precisam utilizar todas as ferramentas colaborativas online  quando não estão juntos presencialmente e quando estão presencialmente, algo cada vez mais difícil, caro, que demanda tempo, espaço,  devem evitar, ao máximo,  o uso de equipamentos eletrônicos e serem estimulados fortemente a conversar e a trocar, a não ser que o tema seja algo que estes sejam extremamente necessários;

8 – Assim, procura-se na nova escola permitir que o  cidadão/cidadã do novo século  não mais lide com a informação de forma decorada (utilizando a memória), mas consiga construir cenários, compreender a lógica para lidar com uma informação abundante, mas pobre de significado (utilizando a criatividade) . Isso implica em um amadurecimento afetivo de todos os cidadãos/cidadãs para lidar de forma mais efetiva com uma liberdade informacional cada vez maior;

9– Neste cenário, o ensino de história e filosofia devem ganhar forte ênfase, pois são as disciplinas humanas que ajudam a superar crises de conhecimento desse tipo e incentivam a descolar o ser humano da sua realidade mais presente e atual, permitindo-o ver os conceitos e a realidade “mais de fora”;

10 –  A ideia de separação dos alunos por turmas, séries, idades, espaço físico, cidades, estados, países, idiomas tende a ficar cada vez mais obsoleta, bem como, a separação do espaço entre sala de aula e casa  mais invisível. Por fim, estamos, por necessidade de lidar com o complexo, em um aprendizado muito mais coletivo do que individual.


Que dizes?

(O texto abaixo formará um livro, “50 coisas que aprendi sobre o mundo 2.0″. Colaborações são bem vindas e os que ajudarem na revisão, melhoria do texto serão citados nele. Ver também outros posts para o e-book. )

1– A atual revolução da Informação e da Comunicação inaugura um novo ambiente de troca, que irá impactar fortemente na maneira de se fazer negócios.  Assim, não há a opção de entrar, ou não entrar nesse novo mundo, apenas como e de que forma. E disso dependerá o futuro da organização;

2- Como ocorreu com a chegada do livro, do telégrafo, do telefone, do computador, pois quando um dos elementos do sistema adere a um novo ambiente informacional mais dinâmico, passa a ser mais competitivo que os demais e os obriga agora a aderir. A colaboração em rede é mais dinâmica do que o modelo hierárquico atual;

3– De maneira geral, as empresas tratam a revolução da informação e da comunicação como mudanças tecnológicas e destacam setores específicos para lidar com elas, em geral, TI, Marketing, Comunicação e mais raramente Recursos Humanos, aumentando o risco de prejuízos e de perda de oportunidades, pois é uma visão parcial, limitada, com alto custo e resultados muitas vezes até contrário ao pretendido;

4– São poucas, muito poucas,  as que percebem que estamos entrando em uma nova sociedade (civilização) e que é preciso incluir essa mudança no cenário informacional/comunicacional no planejamento estratégico, como um dos fatores principais de risco e oportunidade;

5- As mudanças em curso são basicamente na forma de estrutura de poder e de gestão das empresas e da sociedade e, portanto, são muito mais complexas do que a chegada do computador, por exemplo, pois envolve fatores culturais, emocionais humanos profundos, como a nossa relação com figuras paternas e com nosso ego, o que se relaciona com a figura do chefe e das autoridades nas organizações;

6– Que os ambientes informacionais/comunicacionais nas empresas serão muito próximos ao que hoje é o Facebook e de que a troca de arquivos (sistema de informação) terá todas as facilidades das redes sociais, não só um ambiente único compartilhado, bem como comentários, estrelas, “curtir”, repassar, alterar, histórico de alterações, mais baixados, mais relevantes para os mais experientes, etc;

7–  Implantar projetos 2.0 significará procurar um novo sentido para o conceito de trabalho e colaboração (co-laborar=trabalhar junto). Objetiva-se transformar a empresa em um ambiente mais dinâmico, menos burro, sem retrabalho, valorizando o tempo de cada um, incorporando todas as cabeças brilhantes, inclusive dos clientes e fornecedores para produzir mais e melhor, de forma inovadora, com menor custo. Não adianta mais produzir e ver o que o mercado acha dos produtos e serviços, mas chamar fornecedores e clientes para fazer junto com eles;

8– Ou seja, que não se trata de colocar as empresas nas redes sociais, mas transformar as empresas em grandes redes sociais de negócio para ganhar agilidade, tendo com um dos grandes desafios repensar o conceito do lucro, que deve deixar de ser um resultado apenas pelos acionistas e ser compartilhado com todos os membros da rede;

9– De que não tivemos, desde que as organizações foram criadas nenhuma mudança de gestão tão radical como a que enfrentaremos nas próximas décadas, principalmente a disparidade entre as diferentes gerações;

10 – E de que toda a nossa capacidade de pensar o mundo a curto prazo serviu muito bem no passado, mas agora é preciso ampliar os horizontes, alterar nossos paradigmas, se quiser ser competitivos.

 

Vivemos um daqueles momentos em que o risco maior talvez seja não apostar em nada – John Elkington;

(O texto abaixo formará um livro, “50 coisas que aprendi sobre o mundo 2.0″. Colaborações são bem vindas e os que ajudarem na revisão, melhoria do texto serão citados nele. Ver também outros posts para o e-book. )

1 – A Internet forma um conjunto de tecnologias de informação e comunicação integradas, surgidas no final do século passado, que inaugura uma nova ecologia informacional na sociedade, tivemos algo similar com a chegada da fala, da escrita e da escrita impressa;

2– A passagem de uma ecologia informacional para outra pode ser considerada uma revolução da informação e da comunicação. No passado tal fenômeno macro-histórico, com a chegada do papel impresso, passou por 4 fases distintas: difusão e massificação da tecnologia, surto filosófico, revoluções sociais e, por fim, consolidação. Estamos agora ainda na fase 1, nos cinco primeiros minutos do primeiro tempo;

3- Revoluções nestes dois campos são fenômenos raros na sociedade, tendo outro similar ocorrido há 500 anos com a chegada do papel impresso na Europa e têm como característica principal a descentralização da informação e da comunicação (o que não ocorreu com a chegada do rádio ou da tevê), impactando fortemente na forma de estruturação do poder, com variações nas diferentes regiões do globo;

4– Tais revoluções, apesar de serem iniciadas com fenômenos tecnológicos, têm forte impacto na maneira em que a sociedade se organiza, criando condições sociais para um longo processo de mudanças culturais e filosóficas, alterando a forma que pensamos o mundo e gerimos a sociedade tantas alterações que pode-se afirmar que inauguramos uma nova civilização, a partir desse fenômeno;

5– Há fortes indícios que a Internet e suas consequências sejam motivadas pelo acentuado aumento da população ocorrido nos últimos 200 anos, quando passamos de 1 para 7 bilhões de habitantes, o que obriga a toda a sociedade a rever seus modelos de gestão, onde se inclui principalmente a forma de exercer o poder na políticas, nas empresas, nas escolas, etc;

6– O novo ambiente informacional permite, de forma mais dinâmica, em função das novas e mais complexas demandas, resolver problemas produtivos, de informação, comunicação e de gestão social de forma menos burocrática, restabelecendo novas formas de trabalho mais colaborativas, que são mais econômicas e competitivas do que as anteriores e, por isso, tendem a ser adotadas em larga escala, apesar as resistências culturais vistas hoje em dia;

7– Todas as instituições da sociedade passam a ser influenciadas pelo novo ambiente informacional, tendendo a descentralização de poder, revisão de processos e procura de novas formas de gestão mais inovadoras e ágeis. São mudanças estratégicas de longo prazo. Para isso, alguns pilares conceituais começam a ser revistos, tais como: trabalho versus colaboração; lucro versus motivação; democracia atual x  novo tipo de democracia;

8– A chegada desse novo ambiente informacional, entretanto, induz quase que naturalmente mudanças estruturais de gestão, pela nova forma de comunicação e informação,  mas não garante que elas ocorram de forma mais humana, reduzindo sofrimentos, o que depende dos esforços que podem ser feitos por movimentos sociais e espirituais, certamente utilizando esse novo ambiente de troca;

9– Mudanças em ecologias informacionais alteram a forma de funcionamento do cérebro de forma irreversível, tendo aspectos que reduzem e outros que ampliam sofrimentos humanos, no que podemos chamar de inevolução, parte resolve problemas, parte cria;

10 – A nova ecologia informacional por ser fenômeno raro e incomum questiona de forma radical nossas teorias sobre a sociedade, principalmente, a influência da demografia e a relação desta com a informação, comunicação e mudanças sociais. Assim,  para compreender o fenômeno é preciso recorrer à filosofia e história, que ajudam a superar crises desse tipo. Tal fato, exige de todos nós grandeza de espírito, abertura ao novo, aprofundamento teórico e criação de espaços de diálogo aberto para superar de forma coletiva as dificuldades que já temos e teremos para participar e influenciar nesse processo irreversível.

Que dizes?


Um blog off-mídia não sobrevive sem o mínimo de autenticidadeNepôda safra 2011;

Luz na sombra

Post remasterizado (versão original de 2008).

Versão 1.1 – de 03 de junho – da Série “Dicas Matadoras

ESTAREI EM SP – SEMANA QUE VEM – > VEJA ONDE E COMO.

Quanto mais somos no planeta, mais necessidades temos de comer, vestir, morar, consumir. Isso nos leva a uma maior e mais diversificada necessidades de informação e comunicação para preencher esses desejos dispersos que o viver provoca

Mais fatos são colocadas na roda do mundo e mais versões sobre elas ocorrem.

Fatos e versões se multiplicam.

Os meios de comunicação e de informação tradicional, com seus poderosos  filtros, tentam/tentaram, ao longo dos últimos séculos, dar conta desse grande universo demandante.

Fizeram sua parte na maratona, mas estão cansados.

A mídia tradicional, rádio, TV, jornais… cumpriu um papel relevante, mas com o crescimento da população, a complexidade do planeta, vem se tornando bastante ineficaz para cobrir tudo que acontece nos quatro cantos do planeta.

A maneira de olhar o mundo era e ainda é fortemente filtrada por um conjunto de pessoas, o que cria um verdadeiro impasse da civilização, pois temos poucas visões sobre as coisas que acontecem que se tornam obsoletas.

Os mesmos colunistas que se repetem, repetem, repetem….

Os fatos e a versões das mídias tradicionais não são mais compatíveis com o mundo dinâmico do novo século.

No meio dessa nova ordem ainda caótica, surge o fenômeno dos blogs, dentro do universo maior das redes sociais.

Os blogs – como as redes sociais que o sucederam – vieram trazer luz à sombra, não só em termos do que acontece, mas das versões sobre o que acontece.

Os blogs vieram complementar os fatos e as opiniões do mundo e, quando assim o fazem, geram valor para a sociedade.

Desde blogs de humor, de consumo, de opinião, técnicos vão sendo encontrados por pessoas que estão em um estágio A” e com o blog passam para um estágio “B” em termos de informação e conhecimento.

Os blogs complementam e em alguns momentos suprem a informação necessária para muita gente.

Assim, a mídia faz uma espécie de feijão com arroz, do qual nos já estamos acostumados e os blogs vêm adicionar ao mundo muito tempero.

Em muitos casos se tornam tão importantes que são assumidos pela mídia tradicional, ou passam a exercer sobre ela um influência.

A criatura que manda no criador.

Os fatos, os detalhes, os nichos, os pontos de vistas são diversos e amplos do que o volume de microfones, câmeras, bloquinhos dos jornalistas permitiam.

Por isso, há uma nova demanda!

Um novos espaço, uma nova off-mídia, disputando com a mídia oficial.

A rede veio cumprir esse novo papel:

iluminar as sombras deixadas pela mídia tradicional, permitir que novas idéias entrem “na roda” e gerem debates entre pessoas, compatibilizando o volume de cabeças pensantes com o ambiente de conhecimento disponível.

Como mostra a figura abaixo, na qual o off-mídia (produção indendente de usuários ou grupos de usuários), agregando relevância ao planeta:



O principal erro dos blogueiros, entretanto, é querer ser a mídia e não o off-mídia.

Querer ser a luz na luz e não a luz sobre a sombra.

A mídia no que ela faz é competente, ou se não é tem força para correr atrás, há dinheiro, capacidade,  etc.

Um blog tem que gerar valor naquilo em que a mídia não consegue!!!

O blog veio para dar um contra-ponto na mídia tradicional e não acabar com ela, (porém, obrigando-a a se repensar, com certeza.)

Os leitores vão aderir e ir para um lugar, digamos mais alternativo, a procura disso: diferença, tesouros, esconderijos, reserva, mistério, segredos, informação privilegiada, autenticidade, curiosidade, tudo que estão sedentos de ter e não há por aí.

Caso não tenham isso nos blogs, preferem o tradicional.

É bom observar que o leitor de um blog tem que romper com um hábito, ir atrás de algo que não está acostumado.

Este esforço tem que ser compensador, senão o blog tende a ficar ilhado, perdido e acaba sumindo por falta de náufragos que o visitem.

São raros os blogueiros que não querem público!

(Evito de falar a palavra sucesso, pois um blog pode exercer uma grande influência e não ser rentável, mas atingir os objetivos do criador / criadores.)

Assim, um blog eficiente não é aquele que tenta ser um espaço a mais onde a mídia oficial coloca luz, mas deve procurar trabalhar nas sombras, nas brechas que essa deixa. A off-mídia veio complementar o que a mídia oficial não o faz!!!

Aí temos vários caminhos.

O primeiro definido na tese de mestrado do Moreno:

Blogs do eu vi – eu repasso informações daquilo que só eu tenho condições, que eu vejo de um lugar privilegiado, que outros não podem entrar, ou ver, ouvir, ser, pertencer, complementando o que a mídia já faz, um bom exemplo é o blog fim de jogo, que oferece notícias do que acontece em torno dos estádios. Complementa algo que a mídia tradicional “não está lá para ver”. São blogs informativos, trazem informação “fresca” que só

Blogs do eu acho – são blogs opinativos, que dão versões sobre temas de especialistas com uma visão distinta do que acontece, procurando complementar uma visão diferenciada sobre os fenômenos que a mídia não cobre bem. O meu blog (nepo.com.br) é um exemplo deste modelo, como é o da Raquel Recuero ou do Silvio Meira e tantos outros.

Obviamente, que há um misto entre os dois, mas os blogs que ganham audiência são aqueles que dão o que a mídia oficial não dá, que geram valor para um determinado usuário.

Ponto!

Podemos ainda caracterizar um blog:

O blog de nicho – a maior parte dos blogs pertence a um dado nicho, a uma especialização, sendo o blogueiro um especialista na opinião ou no conhecimento, bem informado, sobre determinado assunto. É preciso perceber que uma audiência de blog de nicho não pode ser avaliada apenas por quantidade, mas pela qualidade dos visitantes dentro do nicho escolhido;

O blog geral – são raros blogs que abordam temas gerais que fazem sucesso, pois eles competem com a mídia de forma direta. Geralmente, são blogs coletivos ou de redes sociais que se organizam para dar uma visão distinta.

Além disso, podemos ainda definir alguns atributos fundamentais para quem vai jogar luz na sombra:

Autenticidade – coerência entre o produto e o perfil do blogueiro. As pessoas estão cansadas de uma mídia “comprada” por comerciais, que não pode ser sincera, é um requisito bastante solicitado na praça, poder dizer o que realmente se pensa. Perceber que a opinião é dada sem interesses de marketing direto (quanto mais isso for preservado, mais o blog ganha em credibilidade). Blogs que passam a “se vender” e fazem isso de forma clara, se descobertos, tendem ao declínio;

Sentido de valor para quem o acompanha – o seguidor deve sentir que está valendo a pena acompanhar o blogueiro, que há novidade, não mesmice ou perda de tempo, que a missão do blogueiro está sendo bem cumprida e o que ele vai lá buscar está sendo dado. É uma relação de sinergia;

novidades exclusivas/originalidade – o blogueiro tem que possuir  qualidades, talentos, que o levarão a se destacar: um faro e farol, uma opinião distinta, clareza, feeling incomum, informações que só ele viu. Quanto mais isso for explícito e agregar valor para o visitante, mas audiência terá no nicho escolhido;

sensação de pertencimento /diálogo –  o blogueiro tende a quebrar a mídia vertical, deve conversar com seus leitores, deixá-los se expressar livremente e ponderar as opiniões, mudando quando necessário pontos de vista, maneira de conduzir o blog. Saber ler o que os leitores gostam e, quando achar que devem, segui-los, ir com eles para o lugar, cumprir a sua missão;

regularidade – um blog que não está vivo é um blog morto, simples assim.

Diante disso, repito:

Um blog que repete a mídia geralmente não vinga, a não ser que sejam de pessoas da própria mídia, mas neste caso, não considero um blog off-mídia.

É barulho, ruído, sem valor e tende a ser ignorado pelo público, que vai procurar a luz que o off-mídia coloca na sombra.

Há em cada leitor a procura de um balanço e uma necessidade de preencher as suas necessidades de informação, com relevância para que possa tomar as decisões e seguir adiante.

Um site off-mídia tem que ser este algo a mais.

Toda vez que uma off-mídia não vem para agregar luz à sombra, tende a ser ignorada, pois entra no rol dos ruídos.

Há uma sabedoria e um equilíbrio entre todas as novas e velhas mídias, que o profissional (ou mesmo amador) do off-mídia tem que procurar!

Diria até que podemos ter três categorias:

Mídia, off-mídia e não-mídia.

Este último é um blog sem visita, o que acaba não sendo mídia, pois a mídia exige que alguém fale para alguém.

(Não estou sendo contra blogs sem nenhum tipo de público, que podem ganhar depois, mas para ser mídia tem que ter leitor, senão é apenas um caderno de anotação que, por acaso, está na rede.)

Se você observar os blogs com trânsito, que geram “calor”, movimento, verás  que estão atuando muito bem em algum tipo de sombra, cumprindo um papel de pequena lanterna que dá luz ao todo, seja informando na escuridão, ou juntando diversas partes, que mesmo na luz, não faziam sentido.

Penetrando em uma brecha onde a mídia não pode ir ou ainda não foi.

O objetivo de agregar informação ao mundo é sempre de levar relevância, o resto é entropia (caos, barulho) que tende a ser rejeitado.

Essa é a nova dialética em que estamos: mais vale o silêncio do que a abobrinha. E quando vem a abobrinha, que seja de uma forma a colaborar na salada.

Que dizes?

 

Conhecer é procurar a lógica das forças em movimento – da safra de 2011;

—> TEMA ANTIGO – SENDO DESENVOLVIDO COM NOVAS METÁFORAS <—-

ESTAREI EM SP – SEMANA QUE VEM – > VEJA ONDE E COMO.

Imagina que você quer a próxima maré alta e não sabe que a lua exerce forte influência na mesma.

Não, não tem o Google para te ajudar. 🙂

Imagina ainda um tempo em que não havia teorias sobre lua e maré.

E se você precisa sair de barco, pegar onda, colher moedas na praia vais certamente precisar conhecer essa lógica maré-lua

Você pode perder tempo olhando as ondas, vendo os tatuís, observando as nuvens, mas o que vai te permitir planejar é conhecer a lógica das marés.

O horário da lua, suas fases, etc.

Ou seja, há uma lógica entre o movimento lunar e a maré subir e descer.

Que se você não conhecer, por mais que consuma informações sobre a praia, não conseguirá entender por que o mar sobe e desce e o que o motiva.

Diríamos que a informação IMPORTANTE para você tomar decisões é saber as relações das forças em movimento que poderá te dar a possibilidade de antecipar o movimento das marés.

Mas você não sabe.

Não sabe que há  variação das fases lunares, quando os peixes, as tartarugas e vários animais aproveitam para desovar, comer, sair das tocas, etc.

Podemos dizer que há uma lógica oculta das marés.


Obviamente, que com o tempo, além da lua, poderá descobrir outros fatores, tais como chuva, época do ano, etc.

Ou seja, quando precisamos de uma informação é preciso identificar o que realmente É IMPORTANTE para conhecer o fenômeno para o qual estamos acompanhando.

Se não soubermos a lógica das marés e a força que a lua, que aparentemente não se relaciona com ela exerce, estaremos perdidos, por mais que fiquemos observando várias coisas, nos entupindo de dados.

Essa metáfora nos ajuda a pensar no nosso mundo de hoje com a informação saindo literalmente pelo ladrão.

Há lógicas e forças que exercem pressão sobre o  movimento em diversos setores sociais.

Se não sabemos como esses movimentos funcionam e para onde e que dados devemos acompanhar, simplesmente vamos ficar perdidos.

Por mais esforço que façamos, não conseguiremos nos antecipar aos problemas, pois estamos OLHANDO PARA O LADO ERRADO.

Essa situação é o que podemos chamar da necessidade de sairmos dos dados, da informação e passarmos para uma visão filosófica, que estuda os fenômenos em sua totalidade, nos seus movimentos, o que a história ajuda bastante, pois nos dá poder de comparação.

Isso vale para qualquer época humana, mas para complicar mais ainda as coisas, temos em curso uma revolução da informação com algumas consequências:

1)  a explosão da informação nos coloca em um mundo ainda mais complexo, turvando mais o ambiente. Fomos desfiltrados;

2) fomos educados para receber as lógicas prontas e agora temos que criar a nossa própria lógica, pois estamos com a informação diante de nós, criando nossos próprios filtros;

3) e ainda mais grave: várias “lógicas de marés”, que estávamos acostumados, e que filtravam para nós, estão sofrendo novas influências da “lua” Internet e perdemos a noção de como e por qu.

Ou seja, é o caos por baixo, pelos lados e por cima!!!

É esse um dos fatores mais difíceis que temos pela frente.

Éramos observadores dos movimentos do mar e tínhamos uma lógica na cabeça que está mudando e precisamos aprender uma nova, que ainda não existe, no meio de uma chuva torrencial de dados sem sentido!

Estamos, de fato, sempre olhando para o lado errado, consumindo muitos tatuís, contando ondas, colhendo conchas, mas estamos perdidos no que realmente importa e o que deve se olhar: a lógica das marés que influenciam nossas vidas e dos locais em que produzimos.

É esse o grande salto para conseguir filtrar a informação: procurar as lógicas,  seu atores e conseguir identificar as forças que governam o ambiente analisado.

Os movimentos que são consequências destes e os dados têm que ser analisados à luz dessa regra!

Ou seja, deve-se olhar para o lugar que define as coisas e não para onde as coisas já estão definidas!!!!!

E é esse o desafio que temos que é o de jogar um pó de pirlimpimpim da filosofia na sociedade para reaprender a pensar na lógica e procurar olhar para onde as coisas realmente terão consequência.

Aprendendo – ao mesmo tempo – uma nova lógica, pois o mundo está mudando influenciado por uma nova maré informacional.

Não é simples, mas também não é o bicho de sete cabeças que dizem por aí.

Precisamos, apenas, amadurecer enquanto cidadãos, dentro de um mundo muito mais complexo, que exige novas maneiras de pensar.

É isso.

Que dizes?

 

 

Geração Z: “mamãe, no céu tem wi-fi?” – da safra de 2011;

ESTAREI EM SP – SEMANA QUE VEM – > VEJA ONDE E COMO.

—> Tema novo <—-

Estávamos nós discutindo em grupo o Manifesto 2.0, que está em produção, quando surgiu a questão da geração Y.

Viver com a cabeça em mil diferentes lugares (tv, rádio, micro, etc) é uma característica nova do ser humano? E todos seremos assim daqui por diante? E isso nos fará mais serenos?

Parte, achou que sim, parte que não.

Estou entre aqueles que tem lutado em sala de aula por valorizar os encontros presenciais sem nenhuma tecnologia, que não seja a da fala e da escuta.

Vários alunos não passaram dos 25 anos.

O resultado tem sido muito bom.

Quem diz isso são os alunos, não eu.

Não caio no modismo de achar que mil aparelhos ao mesmo tempo é algo natural, “agora é assim, o pessoal gosta disso”.

Admito que há uma mudança cognitiva e que talvez sejam capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas isso não pode ser visto como uma “característica da nova geração”, apenas como um fato que precisa ser trabalhado e, em alguns momentos, combatido, pois acarretará danos.

 

Em toda mudança existe sempre algo que vem equilibrar e outro desequilibrar.

Nem tudo é “bom” ou “ruim”.

É preciso estimular o que é positivo, uma expansão da capacidade da mente para fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas isso não precisa se dar o tempo todo, pois por trás disso também existe uma ansiedade intrínseca.

E isso tem e vai causar bastante sofrimento, além de uma dificuldade visível de estar junto com pessoas, principalmente novas pessoas.

Há uma anorexia presencial no ar.

 

E para sair do impasse precisamos ir mais fundo e trabalhar, como educadores que todos somos, no contra-ponto.

Para isso é, preciso discutir, por exemplo, dois conceitos interessantes:

  • as necessidades humanas insubstituíveis (tendências humanas);
  • e como as resolvemos ao longo do tempo (modismos de uma determinada época).

Tudo que nos leva a nossa animalidade enquanto espécie, ou seja, sentimentos dos quais não podemos abrir mão, mesmo que desejemos, do tipo: fome, sono, sede, desejos, calor, frio, etc fazem parte da espécie humana e são nossas “verdades” enquanto espécie.

Para resolver estes desejos animais, criamos a sociedade e o que está em torno. As necessidades vão além da nossa vontade.

Não conseguimos deixar de sentir fome ou sono, pois somos animais.

E pronto.

Ou seja, essa é a nossa verdade, encoberta pelos fatos históricos de cada época.

Incluiria entre estas tantas a necessidade de estar só, de ter contato com seus sentimentos e com outras pessoas de forma profunda e todos os elementos que estão em torno – históricos – que nos impedem destes momentos.

Isso é uma necessidade humana, pode não estar na banca de jornal, nem ser vendida no cartão de crédito em 10 vezes, mas é, como defendem diversas filosofias orientais e ocidentais pelo mundo, algo que traz um equilíbrio para as pessoas.

Basta uma grande crise pessoal e recorrermos a esse recolhimento e a procura de relações mais profundas.

 

Diria, assim, que a nova geração viverá grande necessidade de se encontrar com ela mesma e terá mais dificuldade, pois estará mais enfronhada em dispersões constantes.

Acredito que tanto como a televisão, o rádio e tudo que nos levou no passado a não ter esse momento conosco, agora são os gadgets que atrapalharão.

Nada de novo, apenas mais uma geração com suas dificuldades de ter relações consigo e com os outros.

Agora, por causa de novos aparelhos.

Diria que meu cérebro não foi igual ao do pai dele nem o dele a do meu avô.

Temos mudado em ritmo cada vez mais acelerado.

A procura dessa “paz de espírito” a meu ver é uma macro-verdade humana, uma necessidade insubstituível que agora lida com novos “inimigos”.

Não vamos abrir mão disso por causa de novos equipamentos.

É confundir tendência com modismo, algo recorrente quando temos mudanças dessa magnitude.

É isso…

Que dizes?

 

 

Troquei e-mails com Gustavo Alexandrino, que está lançando o Sebos Livres, entrevista rápida para o blog:
O que o motivou para o projeto?

A ideia de uma rede de sebos é muito boa e quando eu conheci a Estante Virtual, como web designer, imaginei que poderia fazer uma rede de sebos com características diferentes. Mas não o fiz imediatamente porque na época eu preferia ser freelancer. Só comecei o projeto anos depois, quando eu decidi empreender.

Qual a diferença do teu projeto para a Estante e o Livronauta?

Como leitor, sempre achei que um grande defeito desses sites é desorganização do livros anunciados. Neles, cada vendedor cadastra o livro como quer. Já vi um mesmo livro catalogado em Administração, Economia e Ciências Exatas, e com o nome do autor escrito de maneiras diferentes. Isso é ruim para quem procura. Se todos os exemplares são idênticos, logicamente eles devem estar juntos num único lugar. É o que acontece na rede Sebos Livres, está tudo organizado e linkado.

O detalhe é que quando um sebo adiciona um livro no site, outro vendedor não precisa ter o trabalho de digitar título, autor e editora ou fazer upload da capa quando ele tem um livro igual, basta digitar preço, ano e estado de conservação do seu exemplar. Os dados catalográficos de cada obra são compartilhados.

Crowdsourcing é o coração da rede Sebos Livres, eu levo muito em consideração a capacidade de organização e de colaboração dos próprios vendedores em rede.

Em relação ao design, eu quis valorizar a imagem das capas, destacando-a nas páginas mais do que outras coisas.

Por fim, o site é a primeira e única rede de sebos que possui uma versão para smartphones.

Notícias informam que a venda desses aparelhos vai superar a de computadores este ano, isso significa mais gente usando a internet móvel para ler e-mails, ver vídeos, acessar redes sociais e comprar coisas.

É uma grande oportunidade para o comércio eletrônico, que agora os sebos podem aproveitar.

Não acha que o mercado de venda de sebos já saturou?

Não, enquanto existir livros de papel sendo vendidos. Na verdade, acho que se o livro de papel deixasse de ser produzido, os sebos seriam os últimos a fechar as portas, as grandes livrarias fechariam primeiro.

Depende também dos proprietários dessas lojas, como empreendedores, manterem-se no negócio. Descobrir um novo posicionamento, mudar a imagem dos sebos, pode garantir o futuro desse mercado.

Vi que a Amazon está chegando, será que ela não vai trazer a venda de livros usados tb e “varrer” o mercado?

Acho que não. Para a Amazon será mais importante promover o Kindle (o seu leitor de e-books) no Brasil e vender livros eletrônicos em português.

Quanto tempo levou para desenvolver o projeto?

Levei cerca de um ano.

 

A Ciência precisa de uma estrutura, de um arcabouço de leis e princípios para funcionar – Marcelo Gleiser – da coleção;

Estava lendo o Demétrio Magnoli no texto “O país dos impuros“.

Gosto muito da maneira dele pensar e da forma de escrever, porém lá pelas tantas ele sapeca no texto acima:

“Não acredite em acadêmicos que têm uma causa: eles mentem em nome dela.”

Fiquei a pensar.

Quem não tem suas causas?

O próprio Demétrio tem as suas que defende no artigo, que não há como se definir as pessoas por raças e tendo a concordar com ele.

Porém, acho que essa ideia do acadêmico sem causa, ou do jornalista sem causa, ou do ser humano sem ela é algo difícil.

Obviamente, que podemos acreditar que ele está usando o conceito causa como dogmatismo, fechamento das ideias para os fatos.

Algo como:

Os fatos são relevantes e bons, desde que se encaixem na minha teoria. 🙂

Não há como sermos pessoas apartidárias, ou sem causas.

Nos envolvemos nos projetos geralmente por querermos mudar algo do “A” para “B” (tirando os picaretas que querem se mudar da casa pequena para uma mansão).

Ou seja, todos nos envolvemos e temos nossas causas.

Quanto mais as causas estão ligadas à nossa sobrevivência, talvez mais nos agarremos a elas.

Ou quanto mais estamos embolados com nosso ego – achando que nossos conceitos e o e ego são as mesma pessoas, mais difícil será entrar em um debate honesto.

Os conceitos, assim,  são interessados.

Eu conceituo, convenço e passo a ter o direito de praticar aquilo que conceituei e convenci.

Por isso é na briga dos conceitos, em uma sociedade em que não se disputa no tapa, mas nas ideias passam a ser o ambiente de disputa de tudo, inclusive do poder.

Uma  sociedade mais harmônica tenta evitar que se digam coisas, se defendam ideias sem a possibilidade de questionamento.

Quanto mais tivermos espaços de debates honestos e mais a lógica prevalecer, mais aquela sociedade é democrática e menos autoritária!

Ou seja, as pessoas vão precisar ser menos defensoras de suas causas e conseguir ser mais cuidadosas com o que pensam e dizem, a partir de suas paixões, desde que possamos criar um ambiente de diálogo, no qual os absurdos serão questionados.

É aquela mudança da maneira de pensar entre:

O ser humano é bom, mas pode tomar o caminho “errado”, do mal – um pensamento bem cristão.

Para:

O cidadão nasce para viver suas paixões e impulsos, mas precisa ser modelado pela sociedade para evitar que isso ocorra – na linha de Freud (vai-se encontrar isso no livro “Mal Estar da Civilização”);

O que faz o humano melhor não é a sua maturidade, ou a sua honestidade, ou a sua intenção, mas o ambiente que o posiciona e não deixa que suas “viagens” e seus interesses passem a ser os conceitos.

Onde a neutralidade passa a ser questionada, pois entende-se os interesses, mas procura-se ver o que é mais lógico.

E – no melhor dos mundos – o que é mais eficaz em nome de um bem maior.

Obviamente, que existem pessoas mais ou menos equilibradas nesse quesito, que aceitam as regras e os que sempre as ignoram, precisando, então, de regras, punições, censuras, multas, etc.

Assim, acreditar na academia pura e sem causa é algo que não condiz com o que vejo na realidade.

Somos nossos defeitos e a interação nos possibilita percebê-los e – quem sabe – mudá-los.

Que dizes?

Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida – Sandra Carey – da coleção;

Estamos numa sinuca de bico histórica.

Estamos todos em bloco saindo juntos de um ambiente de produção de conhecimento fechado para um aberto, como abordei nestes dois posts (aqui e aqui).

No presente, temos o início da construção de ambientes de conhecimento abertos, no qual as ideias circulam, mas não temos nem cognição nem afeto para administrar essa novidade.

Não aprendemos por diletantismo.

Ou a maioria das pessoas não o faz.

Aprendemos, conhecemos, nos informamos, na maioria dos casos, para exercer um papel social, o que não se resume só na profissão.

Um cidadão precisa de um conhecimento adequado para ser eficaz.

Demais, ele perde o contato com a ecologia informacional/produtiva que o cerca, de menos, idem.

Assim, somos frutos dessas necessidades de conhecimento que vão nos levando a conhecer também aquilo que é fundamental e o que é superfluo.

Nesse processo, temos alguns  inimigos.

O que vem de fora:

Os abusos intelectuais – aquelas pessoas que querem invalidar o seu conhecimento, pois apontam algo que vem de fora de sua ecologia. Dizem que para se afirmar qualquer  coisa é preciso saber isso e aquilo, o que não é necessariamente real, pois cada um tem um papel de produzir e influenciar a sua ecologia informacional particular. Cada um, por mais que esteja caminhando, sabe mais do que outros e pode ajudar na rede do conhecimento. Ou seja, é um passando para o outro o que sabe tendo um papel na rede geral, o que não pode ser menosprezado;

Os apelos de consumismo – que aparecem de livros, revistas, links, etc, que você TÊM que consumir, mesmo que não tenha parâmetros com o conhecimento adequado da sua vida. Perde-se aqui o referencial de nossa vida.

Os que vem de dentro:

A falta de auto-conhecimento – que te leva a fraquejar diante dos abusos e dos apelos de consumismo, fruto da baixo estima, do não conhecimento da sua vida, de como você reage à diversas situações, a compulsão mal administrada, ao medo da rejeição, à dificuldade de lidar com abusos de autoridades, etc.

O conhecimento adequado é uma procura relacional com a sua vida, com o que você lida e com a superação de problemas que você vai percebendo que exigem mais conhecimento.

Ou seja, conhece bem aquele que consegue dar respostas adequadas para o que vai acontecendo na sua vida.

Ponto.

Quem se esconde no conhecimento, lê muito além do que precisa, pode acabar se distanciando dos problemas reais e deixa de ter um conhecimento adequado, pois se perde, transformando o meio (conhecer) no fim em si mesmo.

Ou o que não quer saber de conhecer, que acaba se atolando nos mesmos problemas, não sai do lugar e acaba por criar uma ogeriza ao novo.

O conhecimento adequado é o que te harmoniza com o meio que está vivendo, ele deve ter a curiosidade de ir adiante, mas sem ter a pretensão de ir além do necessário.

Como saber a medida?

Aplicaria o mantra da serenidade:

Serenidade para aceitar o que não posso modificar,
coragem para o que posso
e sabedoria para perceber a diferença.

Que dizes?

Recebi o Marcelo Feitosa, estudante da UniverCidade, como achei o tema interessante, gravei e combinei com ele que ia compartilhar a entrevista.

Eis aqui.

Reciclagem MBKM

Reciclagem MBKM

 

Já faz tempo que eu e o Marcos viemos discutindo uma forma de dar uma possibilidade de reciclagem nos alunos do MBKM.

Bom, a ideia é um fazer um encontro comigo em um sábado, com direito a dois coffes, no mesmo local do curso, no RBS, na Rua do Carmo, 71 – 2º andar.

Os temas farão parte da ideia de encontros abertos, (saber mais sobre o conceito de encontro aberto aqui), mas falaremos:

  • – O que amadureci sobre a ruptura 2.0 em curso;
  • – Novas visões para desenvolver projetos em organizações, a partir dos últimos cases e debates realizados;
  • – Papel dos Agentes de Mudança no processo.

E todas as questões que virão dos presentes.

Data: 09/07/2011 – de 9:00 às 18 horas.

(Intervalos para coffe e de almoço.)

Valores:

  • R$ 200,00 (até o dia 25 de junho)
  • R$ 250,00 (até o dia 30 de junho).

Estamos fazendo o cadastro de reserva.

Basta comentar no blog, deixando e-mail que mandaremos os detalhes do depósito por e-mail.

O evento está sendo organizado por mim, com o apoio do Crie.

Informação oficial do Marcos Cavalcanti:

 

Carissim@s amig@s!

Já faz tempo que vários ex-alunos nos procuram perguntando sobre cursos que, de alguma forma, atualizassem os conteúdos debatidos em nossos cursos e os permitissem estabelecer novas redes de relacionamento. Além disso, os cursos passaram por várias transformações conceituais ao longo destes quase 12 anos de existência. Assim, após um longo amadurecimento desta proposta, resolvemos começar oferecendo um encontro sobre os temas que o
Prof. Carlos Nepomuceno aborda, tendo como objetivo reciclar as ideias e as práticas das redes sociais e o mundo 2.0.

Faremos então um encontro no sábado 09 de julho, no mesmo local do curso, RBS – Rua do Carmo, 71 – 2º andar -, no centro do Rio de Janeiro, para trocarmos as impressões sobre estas mudanças.

Os temas farão parte da ideia de encontros abertos e as primeiras
propostas são:
– O que foi amadurecido sobre a ruptura 2.0 em curso;
– Novas visões para desenvolver projetos em organizações a partir dos
últimos cases e debates realizados;
– Papel dos Agentes de Mudança;

Data: 09/07/2011
Valores:
R$ 150,00 (até o dia 15 de junho)
R$ 200,00 (até o dia 20 de junho)
R$ 250,00 (até o dia 30 de junho).
O cadastro para reserva já está sendo feito. Para tanto, basta comentarem no blog do prof. Nepomuceno (nepo.com.br) sobre seu interesse em participar, deixando seu e-mail de contato, que mandaremos os detalhes do depósito.

O evento será feito pela empresa Pontonet, do Carlos Nepomuceno. Os
certificados serão expedidos pelo CRIE – Centro de Referência em
Inteligência Empresarial.

GRANDE ABRAÇO!!!!

Marcos Cavalcanti
Coordenador do CRIE – COPPE/UFRJ
(Centro de Referencia em Inteligencia Empresarial)

 

Não conseguiremos compreender o quebra-cabeças da Internet sem a peça-chave dos fenômenos da macro-história –Nepô da safra 2011;

Não adianta rebolar em cima da mesa.

Não vamos compreender a Internet com o ferramental que temos sobre a história.

É algo novo e precisamos rever como pensamos a história do ser humano, senão vamos ficar na fumaça tossindo, cof, cof, cof.

Seremos incapazes de entender a lógica da maré e ficaremos vendo a espuma.

Por isso, precisamos de uma nova teoria (lógica) que explique fatos sociais, como macromudanças que consigam fazer uma relação entre movimentos como o aumento da população, o surgimento da Internet e as consequências que isso traz para a sociedade.

Neste post vou tentar começar a desenvolver de forma mais efetiva, ainda provisória, como um bom blog deve fazer, que crescimento de população (é macro-história), o surgimento da Internet (é média-história) e as mudanças que ocorrem na sociedade por causa das duas fazer parte da (micro-história).

Todas relacionadas, sendo que temos menos possibilidade de atuação, conforme o tamanho do movimento, na macro-história quase nenhum, pois a demanda provocada pelo aumento da população é irreversível, depois que se estabelece.

Todos querem comer, se vestir, etc, etc, etc…

Que gera demandas que precisam ser atendidas, criando uma tensão para épocas futuras, que eclodem em movimentos de massa como a adesão a meios novos de comunicação e informação para os quais também podemos mudar algo na oferta, mas não na demanda.

E, por fim, ações na micro-história na qual podemos interferir, desde que possamos compreender que existem fatos que são irreversíveis.

Em resumo seria isso.

Vamos lá.

Há teorias que já trabalham  aqui e ali, com fenômenos macro e micros, a Economia, a Ecologia, Medicina (com epidemologia) já tratam destas questões com certa desenvoltura.

Trabalhei um pouco com isso na minha tese de doutorado.

Pois bem.

A macro-história seria formada de fatos marcantes que alteram fortemente nossa maneira de sobrevivência no planeta, a média entraria em fenômenos intermediários de massa que são consequências dessa mudança e a micro no dia-a-dia.

Em resumo:

  • Diria que tudo que altera substancialmente a sobrevivência e o cumprimento de nossas necessidades básicas afetam a macro-história: aumento da população, grandes fenômenos naturais, como a queda de um meteorito ou algumas bombas atômicas, ou mudanças radicais no clima, a visita de ETs, destruindo o planeta;
  • Fatos que acontecem de forma coletiva, impulsionados por consequências macro-históricas, principalmente o novo cenário e demandas,  criam uma média-história. Sobre tais acontecimentos  temos parcialmente controle, tais como epidemias, grandes migrações, difusão de uma nova mídia como a Internet, porém eles vêm atender a movimentos para os quais não temos como evitá-lo, mas apenas fazer pequenos ajustes, pois são consequências de fatores externos à sociedade (muita gente, por exemplo, cria demandas irreversíveis, que passam a ser independente de nossa vontade);
  • A micro-história se relaciona a fatores condicionados por estes de cima, que nós temos mais possibilidade de controle, de intervenção, tanto para evitar como, de forma consciente ou inconsciente promover. Porém, são condicionadas por aqueles.

O problema é que achamos que podemos alterar tudo e mexer com tudo e não conseguimos analisar que o ser humano tem seus limites e têm que aprender a lidar com eles.

Isso é algo que a Internet está aí para demonstrar.

Ou seja, somos impotentes diante das consequências da macro-história, ou parcialmente impotentes e mais potentes diante da média e com capacidade de influenciar mais na micro-história.

Somos sujeitados pela primeira e mais sujeitos da última, obviamente havendo troca constante entre as duas, com a média-história no meio, pois uma bomba atômica é algo que o ser humano pode lançar, mas não pode controlar o que virá depois, por exemplo como consequência desta.

Os movimentos macros criam demandas, tendências, para a média e micro-história resolverem com ações individuais e coletivas.

Podemos supor,  que o rápido e acelerado crescimento da população de 1 para 7 bilhões nos últimos 200 anos é algo que muda bastante o panorama da civilização e eu caracterizaria como fenômeno macro-histórico, pois depois que estamos todos aqui, existem mudanças que vão acontecer independente das nossas vontades.

O fato de sermos 7 bilhões de almas é um fator irreversível, pois elas estão aí com demandas a serem atendidas.

Ponto!

Mesmo com as diferenças regionais e de poder aquisitivo entre as populações, de maneira geral, amplia-se o “problema consumo”, fica mais complexo.

Vide a criação das megacidades e todos os ajustes que estamos fazendo para nos situar com tanta gente.

Não houve um grande cérebro planejando a explosão demográfica, o que não quer dizer que não temos responsabilidade de não assumir um papel nisso, pelo menos, planejando melhor tudo isso.

Ou seja, fomos passivos e agora o fato consumado est.

Certo?

Só teríamos uma forma de interferir nesse processo, que seria através do controle populacional, de forma ativa, o que não foi feito no passado.

Não houve também um macro-planejamento para abrigar essa nova população e agora herdamos um planeta com 7 bilhões de seres humanos demandantes, com fome, querendo melhorar de vida, migrando para lugares mais ricos, etc.

O mundo vai se virando de forma distinta.

Deixa (de forma deliberada, ou não) que uma parcela morra, via fome, doenças, ou mesmo, como ocorreu em tempo recente, com holocaustos planejados.

Loucuras macro-históricas de um macro-louco.

Criamos, enfim, uma demanda a ser resolvida.

Ponto.

Ou seja, a macro-história não faz produtos, revoluções sociais, não é agente ativo, mas é agente demandante, cria necessidades reais e concretas que o mundo não pode simplesmente ignorar. Tem que resolver e o faz em movimentos na média e micro-história.

E o que se constata ainda de forma inconsciente.

Somos uma geração marcada por esse fenômeno macro-histórico (multiplicar 7 vezes a população em 200) que cria demandas para a média e micro-história resolver.

A Internet é um fenômeno que diria médio-histórico.

É uma tecnologia de comunicação e informação que vem resolver uma demanda relativa ao crescimento populacional.

Do ponto de vista da demanda é algo incontrolável, precisamos de um ambiente mais rápido e com mais qualidade de troca de ideias.

Resta as ofertas, que é algo que é produzido e parcialmente guiado ao sabor dos mercados, interesses, disputas típicas da micro-história.

Assim, o ambiente de troca digital em rede de ideias  surge por uma uma latência da macro-histórica: resolver problemas de informação e comunicação de uma superpopulação que precisa de um outro espaço de troca de ideias para inovar e sobreviver com mais conforto na sociedade.

Ou seja, essa demanda é macro-latente e não é micro-planejada.

Pode-se dizer que há também demandas de transporte, de energia, de alimentos, etc…que são motivados por essas macro-demandas.

Porém, o uso da informação e da comunicação é algo estruturante no ser humano, pois todas as outras ofertas e demandas passam pela nossa capacidade de conhecer, trocar, inovar, etc.

É uma alteração numa placa-mãe da sociedade que afetam todas as outras áreas, criando consequências também irreversíveis.

Por isso, situaria como uma média-história, pois é consequência de um movimento maior e fica como um recheio no sanduíche entre os dois movimentos, o macro e o micro.

E quando é alterada a forma como nos informamos e trocamos geramos consequências também para a sociedade, são tendências que estão acima das vontades, pois precisam se ajustar às maiores.

(Isso vale para a Internet como para a prensa de papéis impressos, em 1450)


Ou seja, não podemos dizer que a rede é um fenômeno natural, que surge por si mesmo, mas sim se afirmar que vem atender a uma latência invisível da macro-história, por causa da demanda da nova população.

E depois que se estabelece passa a influenciar fortemente na micro-história, pois abre a possibilidade do ajuste necessário entre um mundo pré-explosão demográfica e outro que vai se adequar a este.

O interessante do fenômeno é que ele nos chama a atenção para os movimentos macro-históricos e para o papel da informação nas mudanças na micro-história.

Podemos supor que existe uma regra que é:

Quanto mais gente tivermos, mais a informação tem que ter mais qualidade e velocidade para manter todos vivos.

Isso é algo que regula a média-história, na qual a Internet transita.

E leva para a micro-história mudanças da sociedade, pois com a informação circulando as estruturas sonolentas de poder são despertadas e novos agentes que querem alterá-la ganham instrumentos para isso, tanto para informar, como articular, vide Eleição Obama, Egito e agora Espanha.

Ou seja, só vamos entender diversos fenômenos da micro-história se entendermos o efeito da macro-história no geral, se não ficamos perdidos entre tendências e modismos e essa, a meu ver, é a grande dificuldade de percebermos os fatos atuais.

Querem impedir algo que não temos controle as exigências de uma nova população muito maior.

Não há ingerência, possibilidade, pois se trata de um movimento macro-histórico para o qual somos impotentes, pois já foi criado.

A rede é um movimento médio-histórico que cria um novo patamar das mudanças que vão acontecer daqui por diante em micro-movimentos.

Estamos em outro patamar no caminhar de algo bem maior.

Podemos atuar na micro-história, sim, para regular e conduzir melhor o processo, mas isso exige um grande esforço de compreensão do cenário, que pouca gente tem hoje.

A academia está perdida no seu próprio umbigo e as empresas no afã do lucro e resolver o problema da semana seguinte não conseguem subir adequadamente na montanha.

Escuridão no breu.

Sobram por aí meia dúzia de pensadores independentes ainda sem força na sociedade para trazer mais luz ao cenário.

Bom, é preciso dizer, ainda:

Isso tudo é só treino, pois o jogo não começou (estamos nos primeiros 5 minutos do primeiro tempo no movimento médio-histórico).

 

Por fim, para fechar, no macro, temos “o que” e o “porque”?

  • O que? – mais agilidade, menos burocracia, descentralização, colaboração, velocidade (isso vai acontecer com o tempo, querendo ou não os agentes da micro-história);
  • Por que? – muita gente, problemas de produção, de inovação, de informação e de controle, que precisam se adequar ao novo ritmo.

No micro, temos o “como?”

  • Como? – empresas 2.0, escolas 2.0, governos 2.0, cidades 2.0, etc 2.0, o que não se pode prever é o quando, exatamente como e quem, aonde, etc..isso vai depender de vários fatores ainda não inteiramente conhecidos, vide a explosão na Espanha (juventude bem formada + Internet + desemprego), dentro dos movimentos da micro-história.

É um fenômeno hoje ainda acima de nossa compreensão, pois não vemos a histórica dessa maneira e com esses movimentos – digamos – independentes de nossas vontades.

Quando abordo o assunto com alguns marxistas, por exemplo, o pessoal pula na tamanca, mas relendo Marx tudo se encaixa perfeitamente dentro da ideia do materialismo histórico.

O ser humano é agente daquilo que ele pode mudar, o que não pode ele é objeto. E determinados fatores estão acima das lutas na micro história, tal como aumentar a população de forma vertiginosa.

Temos um certo grau (pequeno) de controle da oferta da Internet, mas não da demanda.

Somos impotentes me relação ao ajuste necessário que ela vem proporcionar com a arrumada da civilização para abrigar a nova população em tamanho.

Há o que pode ser feito, mas há também o que é macro-tendência que temos que nos ajustar.

Essa é a principal dificuldade, pois mexe na nossa onipotência.

E é essa a peça que falta no tabuleiro:

Aceitarmos o macro-movimento inapelável que a tudo arrasta.

E, dentro deste, ter consciência do que é ajuste da vela, para nos ajustarmos ao macro-vento, que sopra.

E o que temos condição de mudar no leme nos micro-ajustes para onde o novo cenário nos leva.

Eis aí o cenário e nossa possibilidade de intervenção nele.

O difícil agora é conseguirmos passar essa visão e agirmos o quanto antes.

Que dizes?

ps- vamos falar mais sobre isso.

Bom, tudo que começa acaba, depois de 8 encontros, fechamos um ciclo, aprendi muito com o pessoal, mil ideias novas, vou blogar todas semana que vem.

Espero que todos tenham gostado.

Foto:

Da esquerda para direita: Bruna, Rodrigo, Rafael, Henrique, Eu, Tito e Adriano (Foto:Tia Renata).

 

Gostaria de deixar meus clientes e alunos relatarem as experiências:

VEJA CURSO OFERECIDOS

PORTFÓLIO

 

 

 
“Aqui no BNDES a discussão
mudou de patamar após o
workshop com o Nepô”
 
Nelson Pfefer –
Gerente de
Desenvolvimento
de  Recursos Humanos
do BNDES.

“Os encontros com o Nepô são sempre instigantes! Ele nos leva a refletir,
rever que até questionar paradigmas estabelecidos. (…) 
E isso é maravilhoso
porque a provocação intelectual nos movimenta a um “outro lugar” 
de ação,
que é o que faz a diferença em todos os segmentos de mercado
cada vez mais competitivos “ –

Ana Cláudia Freire – Gerente de Gestão da Inovação/
Innovation Manager – VALE.

“Pra mim o Nepô é um dos
grandes pensadores brasileiros,
que enxerga o cenário de
transformações de forma
holística, destacando com
clareza o papel da tecnologia
nesses processos, como agente
e não fim.
Esse foco permite uma
compreensão das mudanças
de modelos de negócios e
estrutura social. 
Adoro
papear com o Nepô, ou, em outras palavras, ‘neposar’” –

Martha Gabriel –
pensadora da 
área de
Marketing Digital;

O que vivemos nestes dois dias foi uma imersão  profunda.
A minha sensação se assemelha àquela de quando
experimentamos um novo sabor ou vivemos qualquer
outra experiência nova, pensamos: “Por que não fiz isso antes?”
Assim é o Wikishop” –
Fabiana Gonçalves – Ministério da Cultura.
‘Contar com Carlos
Nepomuceno desde o princípio da implantação do programa
de Inovação e
Gestão do Conhecimento na
Prodesp fez toda a diferença
para o sucesso do programa.
Informal – é impossível não
chamá-lo de Nepô em pouco
tempo de contato -,
provocador; questionador,
envolvente, ele faz o que um
bom mestre deve: nos coloca
para pensar e desenhar nossos próprios caminhos.
Inevitável tê-lo como
referência e prepare-se:
você sairá diferente dessa
experiência.” – 
Maria Clara
Lopes –
Especialista
de Comunicação Social
e membro do Grupo
Executivo de Inovação e
Gestão do Conhecimento
da Prodesp.

“Participo de grupos de estudos com o Carlos Nepomuceno
e posso dizer que a estratégia da Agência Azul é
altamente influenciada pelas reflexões geradas nesses
encontros. Recomendo suas palestras e serviços de consultoria
a todos os executivos que tenham visão de longo prazo e
queiram se aprofundar no entendimento das profundas
mudanças iniciadas a partir do advento da chamada web 2.0”.
Tito Costa Santos – Diretor Executivo – Agência Azul


Como integrante do Grupo de Estudos Ruptura 2.0, posso afirmar que as aulas
/encontros são mais uma experiência que nos fazem refletir e repensar
todos os modelos atuais. Não apenas fazendo fumaça, como tanto temos
visto por aí, mas buscando o que faz o fogo, o gera e incita os movimentos
que acompanhamos no mundo contemporâneo e instigando como
podemos ser protagonistas e não apenas meros seguidores.
Altamente provocativo, Nepo, nos leva a questionar o status quo e o
que o estabelece.

Como Coordenadora Acadêmica do Curso de Pós-Graduação em
Gestão Estratégica em Marketing Digital da Faculdade Hélio
Alonso,
posso dizer que é um professor
muito elogiado e ao final das aulas os alunos comentam que seus
ensinamentos são não apenas para suas carreiras, mas imprescindíveis
para suas vidas – Leticia Bade – Coordenadora Acadêmica
do Curso de Pós-Graduação em 
Gestão Estratégica em
Marketing Digital da Faculdade Hélio Alonso.

 

 

 

 

“O curso Governo 2.0 é assim: a gente chega esperando
uma coisa boa e vem outra melhor ainda! Ele respeita
profundamente o principal conceito 2.0, que é o compartilhamento
de ideias. Por isso, no curso nada vem pronto; ao contrário,
todos constroem juntos a partir de uma reflexão
histórica profunda sobre como chegamos até aqui.”
– Irene Lôbo – Jornalista da Embrapa –
Recursos Genéticos e Biotecnologia.

 

 

 


“Participando das aulas do Nepô no MBKM e depois no
seu grupo de estudo
Rupturas 2.0 eu me senti um orelhão em pleno f
uncionamento, caindo uma ficha atrás da outra. Nepô é um
visionário que consegue através do estudo da história e da
filosofia traçar cenários e possibilidades para essa nova
civilização tecnológica e colaborativa que está surgindo –
Não dá para viver no piloto automático 2.0 após interagir
com Nepomuceno. É um caminho sem volta.” –
Lucia Peixoto – Gerente de Documentação –
Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016.

 

 

Fazer parte do grupo de estudos do Nepô é um privilégio que vai te ajudar
a construir um norte como ponto de partida. No final você vai ficar com a
sensação de que chegou no limiar do Rio Arno. Recomendo este grupo de
estudos para todos aqueles que querem sair do “aquário”.
Venha fazer parte você também – Vivianne Vilela Souza – Analista Técnico
– UAI – Unidade de Atendimento Individual – Sebrae.

 

 

 

 

“Encontrei o Nepô pela primeira vez no curso de pós graduação
de midiasdigitais e interativas do Senac em 2010. Foi “amor à
primeira vista”. Estava aflita porque achava que para viver no
mundo 2.0 eu teria que ser uma técnica da informação, saber
tudo de twitter, facebook e etc. Foi com alívio que recebi o
discurso afetivo-colaborativo do Nepô. Pela primeira vez tive
uma visão macro do que é construir conhecimento e realizar
ações sem necessariamente ter que dominar esta avalanche
de inovações que recebemos diariamente. Ele apurou meu “filtro”
e me encontrei como agente de mudança ao dar uma guinada
para um pensamento estratégico. Fiquei mais otimista com os
rumos da humanidade e estimulada ao realizar, por meio das
aulas e do workshop que fiz posteriormente com ele, a revolução
informacional que estamos vivendo” – Dora Lima –
sócia-gerente da produtora MadeforTv.

 

 

 

 

 

Fiz o curso RUPTURA 2.0 de 4 semanas com o Nepô, via SKYPE.
Na verdade, mais que um curso, um bate-papo de muito conteúdo,
reflexão e questionamento sobre momento mudanças que vivemos.
Nepô é daqueles que consegue levar uma papo via computador de
forma descontraída e calorosa mesmo com o ‘papo cabeça’ que
permeia toda a conversa. Para quem quer limpar os para-brisas e
enxergar a estrada que estamos trilhando, vale a pena embarcar
de carona com o Nepô. A viagem, mesmo que curta, é ótima!!! –
Robson Barros – Coordenador de Informação da área de
Governo da CAIXA ECONÔMICA FEDERAL –
em Vitória – ES.

 

 

Se você está confuso e cansado dos “how to” ter uma conversa com
este professor pode te dar a visão que necessita para continuar e
direcionar sua trilha. Indico este grupo para todos os sagazes!
Obrigada Nepomuceno, você está contribuindo muito para mudar
o mundo! – Loreane Brandizzi – Analista do SEBRAE.


Hoje, assisti a um vídeo (De onde vêm as boas ideias) que me
remeteu diretamente as aulas de Conversão 2.0. São naqueles
curtos encontros, de pessoas completamente diferentes, com
muitas falas e dúvidas no ar, regados com a generosidade,
ensinamentos e estímulos do Nepô, é que vem as boas ideias.
Desconstruir para construir novas ideias, e de forma coletiva,
foi uma das várias lições que aprendi com esse grande mestre –
Sylvi Faustino – Fundação Roberto Marinho (Projeto Olá, Turista!).

 

Nepô é um professor raro: trilha um caminho no qual cada aluno
parte de seu local particular para desconstruir, refletir
e construir conhecimentos em uma dinâmica coletiva. 
Sua prática desafia de forma acolhedora e demonstra a
importância do embasamento teórico para compreendermos
e lidarmos com a revolução informacional que vivenciamos.
Ampliei e fortaleci meu posicionamento e visão estratégica
sobre as possibilidades do mundo 2.0 - Aparecida Lacerda - Gerente Adjunta de
Educação e Implementação -
Fundação Roberto Marinho.

 

 

 

 

 

 

 

Fernanda Sarmentodisse:16 16Etc/GMT+2 abril 16Etc/GMT+2 2011 às 0:03 (Editar)Fazer aula com o Nepô, foi, no mínimo uma experiência fantástica pela sua capacidade de “se virar nos 30″ e montar a aula na hora, junto com os alunos, usando nossos conhecimentos, formulando as perguntas certas e levando todos juntos a um conhecimento maior. Além disso, toda a sua teoria sobre internet e as mudanças que vêm com ela são algo que vale a pena ouvir e refletir.
Júlia Linharesdisse:18 18Etc/GMT+2 abril 18Etc/GMT+2 2011 às 23:20 (Editar)Poder participar de encontros 2.0 com o Nepô foi fundamentalpara a minha formação profissional e pessoal. O Nepô tem a capacidade de instigar quem participa a ter sede de conhecimento, pelas verdades que a vida apresenta, sem se prender a um único conceito, e sim ficar/ estar aberto a novos conceitos, que passeiam pelas nossas mentes da mesma forma que água de um rio passa pela sua margem.Nepô me mostrou como uma aula 2.0 pode ser feita, realizada sem tecnologia alguma, ou melhor, com tecnologia sim, mas a da fala/ da conversa. Mostrou que ser 2.0 não é estar conectado 36 horas por dia no mundo virtual, e sim, que é uma questão de ponto de vista, de como você encara a vida e lida com ela.Júlia Linhares
Gestora de conteúdo da intranet do Centro de Pesquisas da Petrobras, designer, e blogueira nas horas vagas.

Milena Almeidadisse:4 04Etc/GMT+2 maio 04Etc/GMT+2 2011 às 22:47 (Editar)Em poucas horas de aula com o Nepô foi possível perceber o impacto que tal experiência foi capaz de proporcionar ao grupo. Sinto que foi uma importante contribuição para mim, como profissional e também como pessoa, passando, finalmente, a me enxergar como agente de mudança no meio em que atuo. Ajudou a abrir a cabeça, desconstruir conceitos e crenças, traçar paralelos, ou seja, a ficha caiu. E como profissional de mídias digitais, acredito que esse choque de realidade é fundamental para, assim como dito pelo Nepô, não sermos meros intelectuais de prateleira e sim capazes de promover transformações relevantes.Agradeço ao Nepô pela “chacoalhada” no HD.

Achei fascinante a forma como o Nepô contornou um problema que ocorreu com um aluno em sala de aula. Uma verdadeira lição de humildade, comportamento, afeto e fraternidade. Além disso, a participação dos presentes foi intensa devido ao incentivo dado pelo Nepô. A turma trocou muitas ideias e pode crescer não só intelectualmente, como também, espiritualmente. Com ideias inovadoras e um gás de otimismo injetados na turma, pudemos perceber que a web nos abre um mundo de possibilidades na busca do conhecimento e na participação política. Sem dúvida, uma das melhores aulas que tive na vida – Rafael Barcellos;


Matilde Oliveira disse:

7 07Etc/GMT+2 maio 07Etc/GMT+2 2011 às 0:41(Editar)

Nepô,

Impossível silenciar diante de tanta sabedoria passada com a simplicidade de poucos.

Obrigada pela oportunidade do repensar, por mexer nos alicerces, por balançar a base frágil da nossa infantilidade. Como é maravilhoso se redescobrir e perceber que o crescimento é eterno e vale à pena.

Co-laborando!!!

 

João Paulo Anzanello disse:

 

18 18Etc/GMT+2 abril 18Etc/GMT+2 2011 às 15:19(Editar)

Participar dos encontros 2.0 com o Nepô foi uma experiência altamente ‘ensurdecedora’. A contextualização que pudemos fazer sobre nós mesmos, e a própria forma de pensar o mundo globalizado e colaborativo de hoje, foi um choque gritante e enriquecedor que reverberou intensamente em nossas cabeças.

—————————–

Pessoal, quem for deixar comentário, coloca a função e empresa em que trabalha e me manda foto por e-mail para colorir a página.

cnepomu@gmail.com

Grato!

 

Na sala de aula, nem sempre o senso incomum vem do professor – Nepôda safra 2011;

(Post antigo, revisado)

Temos uma prática cotidiana de encontros de pessoas de maneira geral.

Salas de aulas, reuniões de trabalhos, cursos a distância, comunidades na Internet.

Mas podemos conceituar duas modalidades de encontros: os fechados e abertos, como vou tentar demonstrar na tabela abaixo.

Cada um é útil para uma determinada situação, não há regra.

Exemplos?

Um piloto de avião que é treinado tende a um encontro fechado, pois existem muitas normas a serem seguidas.

Um curso de marketing digital ser algo fechado me parece uma loucura, pois está se descobrindo tudo e ninguém ainda domina o tema completamente.

Porém, quando temos rupturas informacionais, como a que estamos vivendo na atual Revolução da Informação, os encontros abertos são mais eficazes, pois é preciso rapidamente inovar e ganhar velocidade, aproveitando ao máximo o encontro.

Passa a ser um movimento geral para rever processos na sociedade, um movimento de ruptura com um modelo “A” para o “B”, no qual encontros líquidos, construídos e abertos são mais compatíveis com o ritmo da sociedade.

Já que estamos migrando da civilização do papel impresso para a digital.

Tanto os participantes, como o coordenador, mudam de posição dentro do ambiente de troca.

A tabela abaixo é útil para demonstrar como é diferente um encontro aberto e outro fechado.

E serve, como base, para um DNA do mundo que estamos saindo e para o qual estamos entrando.

Demonstra que no mundo de hoje realizar encontros fechados, com tanta inovação, é algo pouco eficaz e tende a não atender às demandas vigentes de velocidade de troca necessária.

Sem falar, dos custos que se tornam inviáveis, pois a colaboração vai permitindo que participante aprenda também com participante.

Ou seja, estamos passando, por tendência, a termos com o tempo mais o segundo do que o primeiro.

Eis a tabela, sempre em produção, pois vai se evoluindo.

Comente abaixo.

 

Encontros fechados (1.0) versus abertos (2.0)


 

Encontros 1.0 (fechados):

 

 

 

Encontros 2.0 (abertos)

Objetivo é a reprodução de conhecimento;

Objetivo é a produçãode conhecimento;
Mais comuns em momentos de estabilidade e sem crises de percepção; Mais comuns em momentos de instabilidade e crisesde percepção;
Áreas consolidadas sem grande instabilidade;  Áreas consolidadas com grande instabilidade;

Realidade consolidada e não será modificada com a interação no encontro, apenas apreendida;

 

Realidade não consolidada e será modificada com a interação, será reconstruída;

Alguém (professor/chefe) domina a realidade consolidada e repassa, através de discurso fechado (o uso do power point se justifica, bem como espaço tradicional de um participante atrás do outro);

 

Alguém (professor/chefe) problematiza a realidade não consolidada, através de discurso aberto (o uso do power point não se justifica, opta-se por círculo de participantes);

Taxa de participação tende a ser baixa, mais recebe do que colabora;

 

Taxa de participação tende a ser alta, colabora e recebe;
Taxa de inteligência coletiva baixa,  sem incentivo de  troca participante -participante; Taxa de inteligência coletiva alta com incentivo de troca participante-participante;
É pouco provável que os participantes repensarão o seu próprio “eu” no encontro pois não haverá revisão da percepação da realidade. É bem provável que os participantes repensem o seu próprio “eu” no encontro, pois haverá revisão da percepção da realidade,  pois quando se vê diferente fora, questiona-se para dentro;
Tende-se ao incentivo cognitivo da memória, conservação; Tende-se ao incentivo cognitivo da criatividade, intuição, associação;
Taxa de inovação do encontro baixa; Taxa de inovação do encontro alta;
Pratica-se o convencimento; Pratica-se o coo-vencimento;
Mantém-se a mesma lógica do que se entrou, com possibilidade de novas informações; Procura-se nova lógica com novas informações;
Há uma identificação do coordenador (ego) com os conceitos apresentados, reforçando conhecimentos consolidados. Não há identificação do coordenador (ego)  com os conceitos a serem problematizados, questionando-se conhecimentos consolidados.
O coordenador não precisa ser pesquisador/ questionador do tema e geralmente, sai do mesmo jeito que entrou. O coordenador precisa ser pesquisador/ questionador do tema e geralmente, sai diferente de como entrou, pois aprende com a interação.

Que dizes?


Recebi este email e resolvi compartilhar:

Redes sociais geram prejuízos de milhões de dólares às empresas

Por IT World/EUA

Fabi (@biaglaus)

Artigo super interessante, pois tenho dito que quando você faz uma pesquisa com uma cabeça, tem o resultado compatível.
Se as redes sociais não são incorporadas à produção, de fato, podem dar prejuízo, pois estâo “fora da produção”, atrapalhando.
O problema é que no trecho “perda de foco no trabalho”, parte-se do contexto que trabalho é  algo isolado, de dentro da empresa para ela mesma e nesse caso, estão fazendo coisas “fora do trabalho”.
Co-laborar não é trabalhar junto.
Eu-laboro.
Trabalhar é algo individual dentro da “eu-quipe”.
E aí rede social atrapalha a esse tipo de visão.
É algo novo numa empresa velha que não quer mudar.
A questão chave é repensar o que é trabalhar, produzir em um novo ambiente aberto e mais dinâmico.
E isso é a mudança de paradigma, pois se a empresa vira uma grande rede social, aí o trabalho é social, colaborativo e só fará sentido nesse ambiente.
Chamaria essa pesquisa de perfeita, coerente, eficaz em um/para um mundo que não quer mudar.
Só que tem que combinar com os concorrentes para que as coisas continuem assim.
O artigo ———
 

2011/5/23 Fabiana Gonçalves <biaglaus@gmail.com> 

Redes sociais geram prejuízos de milhões de dólares às empresas

Por IT World/EUA

Publicada em 23 de maio de 2011 às 09h00

 

Perda de produtividade causada por ferramentas de comunicação é de cerca de 10 mil dólares por funcionário, segundo pesquisa.

As ferramentas de colaboração e redes sociais são apresentadas no mundo corporativo como ótimos meios de se aproximar dos clientes, facilitar a comunicação entre os funcionários e até como forma de aumentar a produtividade e cortar custos.

Pois uma pesquisa do instituto uSamp com 500 trabalhadores nos Estados Unidos, e divulgada pela empresa harmon.ie, mostra que na grande maioria dos casos, elas representam uma cara perda de foco no trabalho (ou seja, dinheiro).

Segundo o levantamento, a perda de produtividade por conta dessas ferramentas está causando prejuízos de milhões de dólares todos os anos.

A pesquisa afirma que 60% das interrupções no trabalho envolvem o uso das chamadas ferramentas sociais (Facebook, Twitter, e-mail, Messenger…). Por conta disso, 45% dos empregados não conseguem trabalhar nem 15 minutos sem serem interrompidos. E 53% perdem pelo menos uma hora por dia com esse tipo de distração.

Pela pesquisa, essa perda de produtividade significa cerca de 10 mil dólares por trabalhador em um ano. Para empresas com mil funcionários, essa interrupção chega a 10 milhões de dólares por ano.

O e-mail continua na frente entre as maiores distrações, com 23%. Redes sociais, como o Facebook aparecem com 9% e mensagens instantâneas ficam com 6%.

 

“We are not in an epoch of change, but in a change of epochs.” – Chris Anderson *

(* This is a free retranslation from Portuguese of Anderson’s quote. Unfortunately, we could not locate the original sentence in English on the Internet. If you find it, please send it to us.)

There is a lot of curiosity about the impact of Social Networks (also known as Web 2.0) and everything they may come to represent for corporate management. On this issue, the Wall Street Journal published last year (August 23) an important article which signaled in this direction: “The End of Management.”

In brief, the article warned:

a) “Modern” management is approaching an existential crisis.

b) On one hand, the world is increasingly complex, flexible, agile, adaptable, and innovative; on the other hand, organizations have become bureaucratized and managers resist change.

c) Companies were not created for change, but rather for opposing it.

In the article, a group of chief executives from US companies said that for them the most influential business book had been Clayton Christensen’s “The Innovator’s Dilemma,” which is out of print in Brazil but available in English at http://migre.me/46EAQ.

The book addresses the crisis in the computer hard disk and mechanical excavator industries, among others.

Christensen seeks to demonstrate that most companies forget to manage innovation in their business, and that their future is heavily dependent on their capacity to abandon traditional business practices and adopt innovative ones, whenever they are needed.

He also demonstrates the failure of many organizations to keep at the top of their business sectors when confronted with certain types of marketing and technological changes.

The WSJ article also warns that in the face of technological disruptions firms fail not because of “bad” management but for adhering to the guidelines for “good” management: they had listened to their customers, studied trends, and allocated capital to innovations that promised the highest returns.

However, they missed disruptive innovations that opened up new customers and markets for lower-margin, hugely appealing products.

Clearly, there is a scenario of doubts and uncertainties in many Brazilian companies.

Some of them even witness their employees creating parallel communities for the company on Facebook, and are still reflecting on a future policy for something increasingly real in the present.

The Web, whose 20th anniversary is in 2011, has gone through two well-defined stages: emergence and expansion (1990-2004) and massification (2004-?). This latter stage was dubbed Web 2.0, when broadband burst forth decreasing costs and shifting user charges from hourly rates to monthly flat rates.

Thus, it became possible, especially for domestic users, to put into practice in intense and global fashion the main potential of the network since its beginning: distance dialogue and collective production. This was a form of interaction that previous information means had not allowed, basically due to technical limitations, but also in some cases because of political constraints.

In this way, the phenomenon of social networks, from Wikipedia to YouTube emerged, in which the user is the only content provider.

This change can be called an information revolution. This is a rare and atypical fact because it alters the form of something fundamental for human constitution: the daily, key, routine act of consuming and producing information.

The only recent similar informational phenomenon of such scope took place 500 years ago with the invention of the printing press by Gutenberg in 1450 (Germany). This founded and strongly influenced modern society through radical changes in politics (monarchy, republic, democracy) and in the economy (feudalism, capitalism, corporations).

As we have seen, the sudden, rapid widespread circulation of new ideas throughout society decontrols information, the established foundations, and ends up deeply conditioning all society, exercising a decentralizing and democratizing force.

However, our way of acting and thinking is not ready to deal with such broad disruptions. In addition, because they are so rare, macro changes in information environments are not yet included as a threat or opportunity in any book on strategic planning.

It’s something so new that science calls it a paradigmatic fact – without knowledge or written or developed theory. This requires a radical revision of how we think about the present and how we project the future, especially the future of management in organizations.

To design mid- and long-term strategies it is necessary to have a clear historical view of the causes and consequences of an information revolution for society, and how each organization will adapt to it.

In terms of causes, in my recently completed PhD dissertation in Information Science at the Rio de Janeiro Federal University (Niterói), I put forward the hypothesis that there is a likely relation between population growth and the emergence of the information revolution. We jumped from 1 billion inhabitants in 1800 to 7 billion in 2010.

Large-scale demographic growth, as Thomas Malthus predicted in 1798, generates production crises in society; overcoming them makes innovation methods more sophisticated, as Joseph Schumpeter diagnosed a century later.

However, nobody innovates without freedom of information!

Thus, the Internet has created this favorable information environment, less controlled, with ideas circulating more freely to ensure innovation in the quality and rapidity required by the increasingly customized consumption pattern of 7 billion consumers worldwide.

In terms of consequences, the massive use of the Internet has basically created a lack of information control in society. Citizens not only began to have more access to information as new talented people have gained a wider audience through new and increasingly more inexpensive channels: blogs, Twitter, Facebook, LinkedIn, etc. This has “oxygenated” society.

In addition to the obvious cognitive impact – with changes in the ways our brains organize themselves – this fact leads to a deeper transformation of our own subjectivity, which evolves to emotional maturity.

The ongoing exchanges through the network lead to a radical and permanent questioning of established powers. Citizens acquire information skills, grow wings, and begin to demand from society, government, and companies, in the short, mid, and long term, a more mature, less infantilized relationship, as there is a clear relation between information control and the ability to think.

A typical example of this logic is the earth-shaking change in the life of an illiterate person, when he or she learns how to read and starts to wish for a new life. In my opinion, this definitive emotional and cognitive change brought about by the network is the deep-seated basis of the cultural change we are witnessing, in which technology is only an inducing factor.

Consumers and organizations’ staff no longer accept the lack of dialogue inherent to the old controls and the established conditions for consumption, in which power weighed much more on the side of organizations, with rules not always favoring the weaker side.

The recent events in Egypt and neighboring countries are an example of this, (now in Spain, too) when authorities who maintained power through a given information control become incapable of convincing their citizenry of the power of their authority when that control is lost. From then on, there is disequilibrium and the search for a new order, a more representative authority. The new information environment did not promote the change, but provided the road for it.

Thus, we can assume that the Internet is an information environment that favors a systemic regulation by flesh-and-blood actors with their own interests in search of more authenticity and representativeness of established powers.

In general, organizations view the emergence of this new phase of collaborative Internet, in which consumers have become active information agents, as a “communication or marketing problem.” They address it as a minor technological issue, and not as a cultural one. They never see it as something that might define the very survival of their organization. It is dealt with as a media problem, not a managerial one. At best, as a management issue, but never as innovation.

They try to solve this “problem” by developing “digital marketing” strategies, introducing new tools for dialogue and exchange (Facebook, Twitter, blogs) in organizations that are far from ready to talk, produce, and innovate dealing with their collaborators and consumers as friends and not enemies in this new “decontrolled” environment, in search for legitimate authorities.

The inconsistency between what is said and what is done becomes clear in the social networks. The new proposed dialogue is not meant to correct communication failures. They try to maintain the current corporate communication model in the new conversational environment.

For increasing numbers of consumers, what the vertical media used to manage to hide has become clear: the shareholder always was and is right!

Thus, to migrate to company 2.0 is above all to follow some trends:

a) Have a clear notion that this current change is a cultural shift of civilization toward a more decentralized, horizontal world, more based on dialogue and logical reasoning than on imposition and repetition of ideas through traditional media.

b) Include such risks and opportunities in the strategic planning.

c) Have a coherent line of action for all the organization to implement projects to change rapidly but consistently to more horizontal forms of management. Adequate investments should be allocated and projects implemented in a participatory way, including also tools for collaborative documents.

d) Finally, they should expect as results not only communication and marketing improvements, but also the enhancement of the capacity for more innovation with less costs. In sum, to be more competitive, incorporating the consumer/collaborator as allies, co-creators, with contributions via many different new channels.

Dialogue to change, not to postpone!

Unfortunately (or fortunately) this issue is no longer a matter of wishing or not to adhere. The reality is here. Social networks are not a distant place where “companies will arrive,” but a global systemic adjustment toward a society with need for more innovation and, consequently, information freedom. Actually, companies are already there, but they don’t know yet!

Thus, all that is left to find out is the number each organization will get on the line to change toward this future. On this long line will be defined which organizations will lead and which ones will merely follow the market, in a century that advances in a big rush, with many more people needing to consume in ways completely different from what we have so far been used to.

What do you say?

More Neposts in English.

Twitter in English. Follow me.

Twitter in Portuguese. Follow me.

Translated by Jones de Freitas. Edited by Phil Stuart Cournoyer.

(This article in Portuguese.)


 

Há algo de radicalmente novo acontecendo nesse mercado e temos de ser sensíveis a isso, como gestores, profissionais e também acadêmicos – C.K Prahalad – da coleção;

O texto da semana passada me levou a um outro patamar para compreender as macro-mudanças históricas que estamos passando com a chegada de um novo ambiente informacional, trazido pela rede digital (Internet).

O que posso observar e compreender até aqui dos macro-movimentos históricos, influenciados por revoluções da informação?

Pode-se dizer que existe um movimento de passagem de um sistema fechado e bem controlado para outro aberto e com um novo tipo de controle ainda não assimilado pelas estruturas de poder vigente.

O que abre um vão enorme para mudanças de todo tipo, inaugurando uma nova civlização, como detalhei no meu  e-book “Civilização 2.0″.

(Vide mundo árabe e #spanhishrevolution agora.)

Vejamos.

Estamos vivendo a última etapa da ecologia informacional do papel impresso, que começa por volta de 1450, na Europa, e declina, a partir da massificação do computador e da Internet, que podemos situar por volta da última década do século passado.

Há algumas características importantes de um ciclo completo e, principalmente, de estarmos vivendo no presente o seu final:

  • – o domínio completo do uso do ambiente dá as estruturas de poder um controle muito grande da sociedade;
  • – este controle estabelece fortes sensos comuns e formas de produção e troca de informação e conhecimento bem consolidadas e enraizadas nas pessoas que a praticam;
  • – e este controle leva à sociedade como um todo a um movimento forte de conservação do conhecimento e da própria realidade dentro desse ambiente.

Cria-se um ambiente de sistema fechado, no qual a realidade é apreendida em documentos – no caso – de papel.

Apenas doutores – depois de muito estudo  – podem alterar esse conteúdo, através de tese que tragam inovação a todo esse bloco.

Ou seja, todos temos contato com essa massa de conhecimento, mas apenas muito poucos podem se atrever a questionar os seus princípios, através de um longo ciclo de filtragem.

Todo o resto da sociedade é obrigado a “aceitar” tal conteúdo, através do ensino variado, nas escolas, família, na mídia que é reprodutor do mesmo.

Estabelece-se uma forte hierarquia na produção de conhecimento.

E tais características criam um sistema fechado de compreensão da realidade, no qual os encontros que visam “conhecê-la” são apenas para transmissão do conhecimento e não de revisão do mesmo, de mudança ou de questionamento.

Há um forte controle do que circula e de como pode ser alterado, pois os canais são poucos e fortemente controlados.

O que não passa por estes filtros não é “publicado”, vide a produção acadêmica que necessita que os pares analisem aquilo que sairá.

Ideias novas, por tendência, são desistimuladas, pois podem não ser compreendidas e aprovadas.

Isso gera um processo de engessamento da realidade, da percepção de nós mesmos e vai criando uma espécie de escuridão de ideias, ou do controle muito rígido.

O que nos leva a estruturas sociais cansadas e decadentes.

Isso é fruto desse sistema fechado de conhecimento que estamos habituados, via mídia de massa, hierárquico, que nos trouxe até aqui e – digamos – funcionou, pois todos estamos vivos, apesar das péssimas condições de vida da maioria e das tamanhas disparidades.

Minha hipótese – que não canso de repetir – é que o aumento da população (de 1 para 7 bilhões nos últimos 200 anos) vai pressionando esse sistema fechado a se abrir.

Esse método de produção de conhecimento fechado e hierárquico, que atinge a toda a sociedade tem uma velocidade, que vai ficando incompatível para resolver os problemas cada vez maiores e mais complexos que uma população maior exige.

Tal velocidade baixa, digamos, assim, repercute fortemente no tempo de inovação e, por sua, vez da melhoria da produção.

O sistema fechado que estamos habituados é gerador de crises produtivas, pois encarece os custos da produção, não é flexível, demora a se adaptar, não atende ao que se quer, gera insatisfação, mesmo que não consciente.

Fazemos trabalhos burros, repetitivos, duplicados e ineficazes, o que vai gerando problema de oferta e demanda.

Reforça-se uma casta que se aproveita desse ineficácia.

Porém, isso desestabiliza a sociedade ao longo dos anos, pois verifica-se claramente que há algo ineficaz que podia mudar e não muda.

Gesta-se mudanças de todo tipo.

E principalmente a juventude que chega começa ou começará a querer mundo diferente.

Há, assim, uma latência por um sistema mais dinâmico e aberto em toda a sociedade, da produção, à democracia, passando por novas formas da escola, família, indivíduos.

Spanish Revolution - Maio de 2011

Essa latência recebe muito bem novos meios de produção de conhecimento, como foi o computador e depois a Internet, com suas novas formas de produção de ideias.

Note que a Internet nos traz a primavera da informação (e da comunicação).

Novos canais de publicação de novas  ideias  se estabelecem que não seguem mais as normas do sistema fechado anterior. E alguns ambientes inovadores do sistema fechado também vão se abrindo.

(Vide participação de leitores em jornais, por exemplo.)

Quer-se ganhar velocidade e qualidade no pensar e agir.

No novo ambiente aberto produção do conhecimento não passa mais pelos canais formais, as pessoas começam a produzir  fora das esferas tradicionais.

(Note que os termos Governo aberto, inovação aberta, desenvolvimento aberto, vem daí.)

E isso imprime nova velocidade de produção de conhecimento, que ao entrar no sistema como um todo, estabelece nova taxa de inovação e, por sua vez de produção.

Todo sistema produtivo é competitivo entre si.

Necessita – para se manter e estar compatível – uma velocidade  com a nova taxa em vigor, por causa disso foram adotados sem questionamento – por uma questão de sobrevivência –  as cartas, o telégrafo, o telefone, o fax, etc…

Ou seja, a produção se estabelece em um novo ritmo, não mais em sistemas fechados, mas em um novo patamar que cria um novo ciclo social dentro de um novo ambiente informacional que é o da rede digital, que nos levará a uma nova civilização mais compatível com 7 bilhões de habitantes.

No sistema aberto, o conhecimento passa a ser produzido e questionado em todos os lugares.

Como demonstra a figura abaixo:

No sistema fechado o conhecimento vem todo de fora para dentro. E no aberto há uma troca, com a possibilidade de construção de conhecimento, a partir da interação.

No aberto, a cada encontro é possível se questionar o que se diz, criando um processo rico – e muitas vezes ainda caótico – de nova produção de ideias.

Tal expansão nos leva à uma nova visão da realidade, que começa a não mais parecer tão estática e dominada, mas como algo que está em aberto a ser mudada a cada interação.

Isso nos provoca um questionamento na própria maneira que nos vemos e, por sua vez, toda a sociedade, começando a vontade de alterá-la para torná-la compatível.

Nesse novo ambiente aberto viveremos um forte ciclo de questionamento dos poderes vigentes e teremos que reformar nossos sistemas fechados, introduzindo a inovação em todos os canais.

As escolas tenderão a adotar novas formas de ensino para permitir que  novas ideias e questionamentos ocorram mesmo nas crianças menores, pois o que se quer é um cidadão questionador e não mais replicador.

Viveremos esse grande ciclo de reajustes global, em função das novas demandas sociais existentes.

Precisa-se preparar o ser humano para criar e não mais para repetir para um novo tipo de desafio.

Tal fato já está ocorrendo também nas empresas, quando pede-se cada vez mais que o colaborador, colabore, mas isso terá um preço em ampliar sua  participação do poder e, principalmente, nos lucros, um conceito que terá que ser repensando.

Fala-se do capitalismo social, por exemplo (Prahalah.)

Ou seja, viver em ambientes abertos de produção – que levará um longo ciclo – até ir se fechando novamente em outro patamar (o que me parece uma tendência mais adiante).

Tudo isso nos fará repensar a maneira que pensamos a nós mesmos e a realidade.

Somos, por formação,  incompatíveis com esse mundo aberto e participativo.

Não fomos educados para isso, nossa psicologia foi toda montada para obedecermos e seguirmos o manual da família, da escola, da empresa, etc.

Não somos questionadores do sistema, mas reprodutores do mesmo.

E isso não será algo de uma geração, como foi a de 68, por exemplo, mas é uma demanda básica do próprio sistema, vide a maioria dos pensadores na área de negócios que falam em repensar as empresas.

É diferente.

Há uma vergonha e uma timidez tóxica a ser superada para nos expressarmos e podermos dizer a que viemos.

Somos ainda telespectadores da vida e não atores.

Não acreditamos que podemos criar novos conhecimentos.

Não temos auto estima para isso.

É uma fase difícil e muito rica.

E temos que ter consciência histórica dos desafios que temos pela frente.

É isso.

Quer dizes?

(Veja ainda a anatomia comparativa entre o sistema aberto e o fechado.)

 

 

 

Ok, hoje meu blog saiu do ar.

Sou cliente da Locaweb há mais de 10 anos.

Minha fatura é paga em débito automático, houve uma troca no cartão de crédito, coisa super natural.

(Depois que paguei resolveu rápido, tudo automático, mas o ponto é outro)

Todas as revistas que assino, incluindo o jornal, me ligaram pedindo o novo número, esqueci da Locaweb, pois pago trimestral.

Eles – pelo Twitter – depois que reclamei alegaram que me enviaram um – apenas um e-mail no dia 07/05.

(Estou justo agora no chat pedindo cópia do email só para checar se até este um veio mesmo.)

Para um email que hoje não é mais o meu principal.

Não recebi.

Não me avisaram pelo SMS, por exemplo.

Ou me mandaram vários emails, apenas um.

E pronto, o blog estava fora do ar.

Tirar um blog do ar – achou eu – é algo que uma empresa que visa prestar um serviço em um mundo novo deve ser algo que deveria ter alguns cuidados muitos especiais.

Acho algo muito grave, uma punição severa a um consumidor.

Um fato a ser feito em última instância, depois de tentar várias vezes que o consumidor se posicione.

Eles tratam isso como se fosse algo simples.

Não pagou, cortou.

Ok, beleza.

Um email não lido (hoje em dia com milhares na caixa posta, com propaganda inclusive da própria Locaweb) = blog fora do ar.

(Estou pedindo cópia do email.)

Imagino:

  • a) mandar vários avisos, até o desligamento;
  • b) procurar varias as possibilidades, via SMS.

Tudo pode ser automático, basta pensar, conceituar, se programar e fazer.

Não é uma empresa de alta tecnologia a serviço do cliente???

A Locaweb cresceu muito nestes últimos tempos e aposta no Marketing tradicional, faz fumaça e pouco fogo.

Tem ferramenta 2.0, mas a cabeça não chegou neste ponto.

O pessoal do Twitter que me respondeu não passou a me seguir temporariamente para conversarmos em DM.

Ou seja, eles afirmam algo e você tem que conversar com eles no aberto!!!??

Locaweb não cresceu demais, não?

Não é algo diferenciado alta tecnologia?

Não, me parece uma empresa de fora da rede, tipo um restaurante de pizza que usa a ferramenta.

O que não se espera, decididamente não,  do líder de mercado no Brasil em hospedagem?

Locaweb virou um micro-monopólio?

E o serviço está ficando cada vez pior?

Tenho tido problemas frequentes de performance, e-mail, etc.

Vou ver alternativas, devem existir, recomendações?

 

Hoje, abri o jornal e levei um susto.

O Globo, por cegueira ou manipulação, não publicou uma linha sobre os acontecimentos na Espanha.

Que não aparecesse na capa, tudo bem, mas nada na parte de dentro?

O WP abriu o tema na primeira página esta semana:

 

É o principal interesse nos artigos do WP hoje:

http://www.washingtonpost.com/blogs/blogpost/post/spainish-demonstrations-continue-around-country-for-fourth-day/2011/05/19/AFbBUC7G_blog.html

O movimento na Espanha tem um fato histórico muito importante para quem estudo política e, principalmente, a Internet:

  • – é um movimento em um país considerado desenvolvido;
  • – não é articulado por meios tradicionais, mas todo dentro do ambiente da rede, assim como aconteceu nos países árabes;
  • – não tem um pedido específico, mas deseja reformar o sistema político e econômico, de maneira geral, querem uma reforma ampla, que chamam de democracia real ( o site está fora do ar, devido ao intenso movimento).
  • – é baseado na juventude que quer um novo futuro e uma nova civilização.

O fato é novo, as manifestações se espalham, inclusive para outros países europeus.

A Folha hoje não coloca o tema na sua capa.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/

O Estadão idem:

http://www.estadao.com.br/internacional/

Ou não conseguem perceber a consequência, que é mais provável, ou não querem fazer fumaça, o que é pouco provável, pois não se combina coisas desse tipo.

Ou seja, estão considerando algo eleitoral e não o sentido que o movimento tem na história.

O resumo que apontaria os rumos do processo, que indicam o início de uma revisão do atual ambiente de poder, que mesmo que não ocorra na Espanha, que é bem provável, apontaria um norte para o movimento da juventude e para o questionamento futuro seria (colhido do manifesto que peguei na rede do site “democracia real ya”):

  1. Nós somos pessoas comuns. Estamos indefesos, sem voz. É preciso  mudar as coisas, o tempo para construir uma nova sociedade;
  2. O estado atual do nosso sistema de governo e de economia não cuidam desses direitos e, em muitos aspectos, é um obstáculo ao progresso humano;
  3. A democracia pertence ao povo (demos = povo, krtos = governo), a maioria da classe política nem sequer nos ouvir, facilitando a participação política dos cidadãos através de canais diretos
  4. A vontade eo propósito do atual sistema é a acumulação de dinheiro, e não sobre a eficiência eo bem-estar da sociedade. Desperdício de recursos, destruindo o planeta, criando desemprego e consumidores insatisfeitos.
  5. Somos anônimos, mas sem nós nada disso existiria, porque move o mundo.
  6. Podemos eliminar os abusos que todos nós estamos sofrendo.
  7. Precisamos de uma revolução ética. Em vez de colocar o dinheiro acima de seres humanos, devemos colocá-lo de volta ao nosso serviço. Somos pessoas e não produtos. Eu não sou um produto do que eu compro.


O manifesto compeleto (traduzido da versão em inglês pelo Google):

Nós somos pessoas comuns. Nós somos como você: pessoas que se levantam todas as manhãs para estudar, trabalhar ou procurar emprego, pessoas que têm família e amigos. Pessoas que trabalham duro todos os dias para proporcionar um futuro melhor para aqueles que nos rodeiam.

Alguns de nós nos consideramos progressivo, outros conservadores. Alguns de nós são crentes, outros não. Alguns de nós temos claramente definido ideologias, outros são apolíticos, mas estamos todos preocupados e irritados com as perspectivas políticas, económicas e sociais que vemos ao nosso redor: a corrupção entre políticos, empresários, banqueiros, deixando-nos indefesos, sem voz.

Esta situação tornou-se normal, um sofrimento diário, sem esperança. Mas se juntarmos forças, podemos mudá-lo. It’ss tempo para mudar as coisas, o tempo para construir uma sociedade melhor juntos. Portanto, é altamente argumentam que:

As prioridades de qualquer sociedade avançada deve ser a igualdade, o progresso, a solidariedade, a liberdade de sustentabilidade, cultura e desenvolvimento, bem-estar ea felicidade das pessoas.

Estas são verdades eternas que devemos respeitar em nossa sociedade: o direito à habitação, emprego, cultura, saúde, educação, participação política, desenvolvimento pessoal livre, e os direitos do consumidor para uma vida saudável e feliz.

O estado actual do nosso sistema de governo e de economia não cuidar desses direitos e, em muitos aspectos, é um obstáculo ao progresso humano.

A democracia pertence ao povo (demos = povo, krtos = governo), o que significa que o governo é feito de cada um de nós. Contudo, em Espanha a maioria da classe política nem sequer nos ouvir. Os políticos devem estar levando a nossa voz para as instituições, facilitando a participação política dos cidadãos através de canais diretos que oferecem o maior benefício para toda a sociedade, não para ficar rico e prosperar em nossa despesa, atendendo apenas à ditadura das grandes potências económicas e exploração no poder através de um bipartidism chefiada pelo imóvel sigla PP e PSOE.

O desejo pelo poder e seu acúmulo em apenas alguns, criar tensão, a desigualdade ea injustiça, o que leva à violência, que nós rejeitamos. O obsoleto e antinatural econômica combustíveis modelo da máquina social em uma espiral crescente de que se consome, através do enriquecimento de uns poucos e envia para a pobreza do resto. Até o colapso.

A vontade eo propósito do actual sistema é a acumulação de dinheiro, e não sobre a eficiência eo bem-estar da sociedade. Desperdício de recursos, destruindo o planeta, criando desemprego e consumidores insatisfeitos.

Os cidadãos são as engrenagens de uma máquina concebida para enriquecer uma minoria que não respeita as nossas necessidades. Somos anônimos, mas sem nós nada disso existiria, porque move o mundo.

Se, como sociedade, aprendemos a não confiar em nosso futuro para uma economia abstrata, que não volta mais benefícios para a maioria, podemos eliminar os abusos que todos nós estamos sofrendo.

Precisamos de uma revolução ética. Em vez de colocar o dinheiro acima de seres humanos, devemos colocá-lo de volta ao nosso serviço. Somos pessoas e não produtos. Eu não sou um produto do que eu compro, porque eu posso comprar e que eu comprar.

Por tudo o exposto, estou indignado.

Eu acho que pode mudar isso.

Eu acho que posso ajudar.

Eu sei que juntos nós can.I acho que posso ajudar.

Eu sei que juntos nós podemos.

 

 

Comentei no seguinte artigo da Revista da Unisinos (do Instituto Humanitas):

Ecologia da mídia e a percepção do mundo

http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3765&secao=357

 

Oi Anelise Zanoni, muito boa a entrevista e oportuna, a ideia da ecologia, que Lévy toca depois e Davenport idem é um salto importante para desvendar o fenômeno Internet., pois o impacto das ecologias informacionais na história não é algo considerado pelas Ciências Sociais como fator relevante para se pensar os rumos da sociedade.

A influência desse ambiente nos rumos da história, ou da macrohistória, como abordei na minha tese de doutorado.

Na banca um dos professores questionou essa ideia, que está embutida nessa frase do artigo que linquei em cima:

“Mas esse novo ambiente introduzido por um novo meio é tão imperceptível como a água para o peixe”.

Há – disse eu para ele na ocasião – na introdução dessa nova ecologia fatores que não são premeditados, tais como uma “mão invisível” que nos leva de uma a outra, como foi a chegada da prensa e da Internet.


Quem as criou não sabia que estava criando um novo ambiente informacional, que condicionaria à sociedade a fazer um conjunto de mudanças, a partir da troca de ideias que elas proporcionam, diante da passada.


Marx ao pensar a história acertou ao defender o materialismo, necessidades, como fator principal, mas deixou ao largo a questão das mudanças das mídias, bem como outros historiadores, por um fato simples: é um fenômeno muito eventual e ainda não problematizado a fundo pela Ciência.


Só agora estamos vivendo algo assim de forma mais consciente.


Esse ponto me parece chave para montar estratégias na rede e repensar como imaginamos a história, ou o que chamo de macro-história, que é regida de tempos em tempos, por revoluções informacionais radicais, como é o caso agora com a Internet.


O que reforça esse Tweet que acabo de receber:
RT @JPBarlow The internet is the first thing that humanity has built that humanity doesn’t understand. – Eric Schmidt

Só não concordo que é a primeira, mas tivemos outras.

Vai na mesma linha.

Muito boa a entrevista, fiquei a pensar.
Nepô.

Somos uma possibilidade em movimento constante Nepôda safra 2011;

Até aqui, pelas interações que pude ter e apreender delas posso observar que o ser humano é formado por três movimentos em conflito, bem embolados, como se fosse uma bola de massinha com cores misturadas.

  • Uma essência – aquilo que viria na placa mãe, nossa genética, tendência a perceber às coisas;
  • Um padrão civilizatório – que é essa nossa essência em contato com nossas condições de vida: família, bairro, escola, irmãos, amigos, país, idioma;
  • E uma consciência – que nos permite “olhar de fora” nossos padrões e essência, formada por nossa cognição e afeto.

O interessante é que estas três forças estão em movimento, conforme a vida que levamos, os problemas que temos, as pessoas com quem lidamos.

São taxas que variam, conforme a qualidade pior ou melhor dos ambientes e de como lidamos com a sobrevivência, os abusos sociais, etc.

Humor, satisfação, capacidade de nos sentirmos para cima ou para baixo.

A consciência seria assim, em essência, uma ferramenta de auto-conhecimento mutante, pois não podemos dizer NUNCA que chegamos a um limite da mesma, pois nunca vivemos tudo que temos para viver, até a morte.

Não nos testamos, nem interagimos com situações que ainda temos para interagir, que podemo nos levar a novas descobertas.

Somos uma possibilidade em movimento constante com nossa capacidade de deixar o resultado em aberto ou fechar o dito cujo.

As pessoas mais conservadoras são aquelas que já pediram a conta e vivem uma vida regrada, controlada, sem entrar em contato com o novo, justamente para manter a sua noção da realidade e de si mesmo inalterada.

Os mais inquietos estão sempre pensando na saideira, se relacionando com fatos novos e repensando a sua noção de realidade.

São dois opostos em qualquer sociedade, dois pólos.

Porém, ambos podem viver situações inusitadas que os tiram do eixo e os faz repensar a noção tanto de realidade e de si mesmo.

Exemplos.

Uma pessoa acha que se conhece – forma uma fronteira do que acha que ele é, porém, se perde um pai/mãe de forma trágica,  ou perde/ganha um filho, sabe que está com uma doença terminal ou vive algo traumático, ou muda de parceiro/parceira num relacionamento, é demitido e começa algo completamente novo está prestes a descobrir lados novos, a se repensar.

O que era consolidado “eu sou assim” e penso “o mundo desse jeito”.

É abalado.

Somos o que vivemos e o que conseguimos apreender e sentir e elaborar dessas vivências.

Podemos também começar um processo terapêutico ou espiritual novo que vai levá-lo a ver determinadas percepções de sentir, perceber coisas que não percebíamos antes, reformulando nosso conceito do “ser”.

Assim, na turma houve um questionamento sobre o estar.

Argumentaram que não podemos dizer que estamos, pois existe um “ser”, uma essência que está lá, independente de nós, que não a conhecemos, mas existe, como se fosse algo dado, palpável.

Como se estivesse sempre lá e nós andamos naquela direção do conhecimento pleno.

Agora sim estou mais perto da “minha verdade”.

Nós não nos conhecemos, mas somos algo que existe (uma verdade)  e podemos, através de algum método, chegar nela, podendo alguém com mais sabedoria tê-la atingido antes de nós, tal como um guru, um santo, um iluminado.

Tal fato, me levou a me conscientizar – depois daquele debate –  que essa visão de nós mesmos como algo que “existe” e precisamos chegar lá é uma percepção de nós, assim, como vemos a realidade.

Uma coisa leva a outra.

Nós e a realidade somos “praias” que podem ser visitadas.

Ou seja, transferimos para nós mesmos a maneira que vemos a realidade e aí temos duas opções, a realidade existe, é um sistema fechado e vamos chegar lá um dia, que é o senso comum.

Ou a realidade pode até existir, mas nunca conseguiremos fechar a conta, que é um senso incomum.

Este foi meu salto quântico, uma coisa leva a outra, naturalmente!!!

Não é possível achar que nós somos mutantes e a realidade não é, ou vice versa.

Somos o que pensamos.

Assim, se pensamos que a realidade existe, nós existimos e podemos nos conhecer ou a realidade como uma possibilidade, através de um caminho de descoberta finito e fechado.

O que nos levaria a um sistema fechado de conhecimento e não aberto.

Alguns vão chegar lá e outros não.

Ou talvez eu já tenha chegado a meio caminho e aquele ainda não começou, etc…

 

Porém (vou de Marcelo Gleiser, adaptando-o):

A realidade é histórica e nós somos históricos, sempre teremos uma visão parcial de nós mesmos pelos “instrumentos” que temos para nos perceber e pelas interações que tivemos até aqui seja com pessoas, fatos, situações, mudanças, etc.

Isso nos remete à discussão sobre o que é, então,  a realidade.

Gleiser tem colocado essa questão de forma clara e lógica.

(Já resumi bem os pensamentos deles aqui.)

Ele afirma que o ser humano é impotente em relação à realidade, pois nós nunca conseguiremos chegar a ela, pois para medi-la (conhecê-la) precisamos de instrumentos e de pessoas que consigam usar teorias, métodos e ferramentas de forma cada vez mais criativa.

Os instrumentos e as pessoas criativas são históricas.

Podemos ter grupos criativos – como estamos tendo – que nos faz repensar a realidade a cada tempo.

Ou grandes gênios que fazem sínteses em cima de trabalho de outros que ninguém ainda conseguiu fazer.

(Vide Einstein.)

O que nos leva a afirmar que a realidade sempre será histórica.

E, portanto, há uma impotência humana.

Não conseguiremos nunca fechar a realidade.

A realidade é um problema em aberto e sempre será para a nossa espécie.

Qualquer afirmação sobre ela – e sobre nós mesmos- estará nos levando a ter dificuldades ainda maiores de percebê-la.

Dentro da percepção histórica possível.

O nosso conhecimento sobre nós mesmos, sempre será parcial e não temos como fechá-lo, não podemos definir nossa essência, nossos padrões ou nossa consciência, pois sempre estaremos revendo cada um destas partes, ou outras que vamos conhecendo pelo caminho.

Quando alguém, assim, diz que é isso ou aquilo e fecha determinada questão, simplesmente ele está saindo do processo de auto-conhecimento, cristalizando uma realidade, criando um espaço conservador de como vê a si mesmo e o mundo.

Passando a agente de conservação de uma dada realidade, muitas vezes uma realidade interessada pelos apelos históricos de uma dada época.

Ou por dificuldades pessoais de estagnar em determinada etapa da vida, na qual o mundo precisa fazer sentido para mim nesse momento.

E me fecho em uma concha de uma realidade fechada.

Tal visão de si e da realidade, entretanto, tem uma consequência para um mundo colaborativo que estamos entrando.

Dificulta a colaboração e os diálogos honestos, pois parte-se do princípio que quando sentamos para colaborar e trocar há algo em aberto, uma troca que nos levará a algo inesperado e não conhecido.

Quando dialogamos – e as empresas estão nesse discurso com as redes sociais – eles querem impor o seu mundo fechado, sua visão da realidade pré-definida e não construir outra problematização, a partir do diálogo.

Ou seja, é um monólogo fechado, que finge-se de aberto, pois quem chega para conversar vem com uma concepção de si mesmo e da realidade fechada.

Impossível para a interação honesta.

Tal visão cristalizará a realidade, a si mesmo e, por tendências,  as outras pessoas e os conceitos.

Algo que se estabiliza, como um sistema que se perpetua e essa percepção dela mesma e do mundo dificulta as relações humanas, pois viver é algo em aberto por mais que vamos construindo um rastro provisório.

Quem fecha, passa ao monólogo.

Ponto.

Sempre há pontos novos, a partir do que conhecemos e do que o mundo conhece sobre si mesmo, como as novas descobertas sobre o cérebro, na qual muitas doenças afetivas têm fundo químico, por exemplo.

E este é ponto que nos leva a repensar  nossa chegada – acreditando numa realidade e nós mesmos como algo fechado.

Num mundo 2.0 temos mudanças mais velozes, de mais colaboração,  com a criação de inteligência coletiva mais emergente precisamos repensar nossa relação com a realidade e nós mesmos como sistemas abertos.

Como uma problematização que não se fecha, pois nunca terá fim.

Não existe uma essência ou um padrão passível de serem conhecidos.

Temos que nos admitir como uma eterna versão, que é dada pelas interações que tivemos até aqui e pelo que conseguimos pensar e sentir sobre elas.

Somos uma versão de um problema em aberto que nunca irá se fechar.

E para promovermos a inteligência coletiva aberta – o diálogo honesto em sala de aula, pela rede, nas organizações é preciso ter essa postura do estamos. E nunca do somos.

Sem ela, levamos algo fechado, que existe, que alguém detém e que outro tem que se render a este para ser aquilo também.

Nossa percepção sobre nós e sobre a realidade é algo fora das interações.

Porém, se há um problema em aberto cada interação nos leva à cada vez mais fundo nessa procura, nesse caminho.

O que muda completamente a postura de quem dialoga!

Quem acredita na realidade fechada tende a se fechar para a interação e o novo e vice-versa.

Por fim, que o post está longo, podemos dizer que o que nos identifica como pessoas é aquilo que já conseguimos perceber e as problematizações novas que as interações nos trazem.

Ou seja, quanto mais dialogamos mais conhecemos a realidade e nós mesmos, justamente o contrário de quem vem com um sistema fechado.

Para a visão do sistema fechado, o diálogo atrapalha, pois bagunça o que já está arrumado, evitando-se, assim, o diálogo honesto, sob o risco de quem tem essa percepção de mundo se perder na conversa, pois ele tem uma realidade e um ser a defender em todas as interações.

Essa percepção (e postura) diante da realidade e de nós mesmos é peça-chave para podermos interagir sem medo e aprender com cada encontro, algo fundamental em um mundo claramente mutante e mais veloz, como o vemos agora.

Esta é a questão de fundo que impede a civilização 1.0 de avançar para a nova.

É uma mudança de como vemos a realidade e a nós mesmos.

Uma passagem para uma física quântica, que cada objeto muda quando é observado ou entra em contato com o outro.

Só podemos conhecer interagindo e não nos fechando, como no passado, no qual o conhecimento era escondido na gaveta!

Um agente de mudanças é um ser que deve procurar essa reflexão, se não será um ser contraditório.

Precisa estar aberto, assim para se repensar assim como a realidade que ele não conhece, mas vai, através da interação, problematizando cada vez mais.

Assim, a visão que temos de nós mesmos e da realidade definem nossa postura e nossa capacidade de viver em um mundo mais colaborativo.

Essa reflexão é fundamental, a base, para podermos criar espaços de diálogos honestos, facilitando as interações.

E é um salto para quem quer ser um agente de mudanças nesse mundo complexo e aberto.

É isso.

Fui até aqui.

Que dizes?

 

 

 

A civilização nunca vai parar de se mexer, pois sempre acordará com fome Nepô da safra 2011;

 

Já discuti um pouco este tema aqui.

Mas é algo recorrente, pois todo pensador de qualquer época se depara com uma questão central:

– o que é inerente ao homem, permanente, pouco muda?

– e o que é histórico, algo que se dá conforme dada situação?

A realidade social gira em torno destes dois campos.

As pessoas do “sistema” tentando convencer a todos que o “modus vivendi, operandi e pensanti” são os melhores, que não tem outro e até que foram e são eternos.

E quem está fora do “sistema”, filósofos, críticos, pensadores, visionários, empreendedores, etc afirmando que as coisas não são bem assim e podem ser vistas de outro jeito.

É a luta do rochedo (convicções estabelecidas) contra o mar (novas convicções).

Aquilo que é permanente e o que é transitório na humanidade.

Marx ao pensar sobre o mundo, ao defender o conceito do materialismo histórico, argumentou que as necessidades humanas são aquelas que nos definem enquanto sociedade.

E que essa procura de resolver estes problemas, a materialidade que isso nos obriga definiria os rumos da história.

E que qualquer estudo histórico só poderia ser pensado, a partir dessa base humana, aquilo que é inerente ao humano, o que vai definir qualquer sociedade: nossas necessidades materiais.

O fato do marxismo estar hoje em baixa, devido as experiências trágicas dos países dito comunistas, não invalida algumas ideias do autor, que se deparava com a separação do que era momento e o que não era, tal como o lucro, propriedade privada, etc.

Defendia que a produção era algo fundamental, mas que poderia ser feita em outras bases que não a baseada no lucro e na posse dos meios por uma dada minoria.

Defendia um retorno a produção comunal, anterior ao capitalismo, na qual haveria uma outra possibilidade de se estabelecer a sociedade.

Daí a ideia do comunismo, a produção comum, que ocorreria nos países desenvolvidos, que chegariam a um patamar de riqueza, que os levaria a uma revolução, compartilhando a produção.

Até me pergunto se não teremos um resgate de Marx, ao se pensar na colaboração e no pós-capitalismo.

Um Marx 2.0?

A ver.

Concordo com ele, como, aliás, tempos depois Maslow também quando avaliou que o ser humano, antes de qualquer coisa, precisa comer, dormir, se vestir, etc para conseguir se estabilizar e passar para outros estágios de motivação.

É simples: tem lógica!

Maslow

Na verdade, qualquer reflexão sobre a realidade deve partir desse ponto de vista.

Precisamos sobreviver e isso define como o ser humano se move.

Quais são as bases humanas mais permanentes, que formam a nossa estrutura e quais aquelas que fazem parte da névoa que os interesses de cada sociedade nos levam a acreditar que são permanentes?

Todos os grandes pensadores foram obrigados a lutar contra os conceitos do seu tempo, ao analisar que aquelas “verdades” eram fruto de conceitos pontuais, que faziam sentido em dado momento, mas não eram algo que ia acontecer sempre.

Ou que era possível imaginar algo diferente do que até então havia sido pensado, tal como Darwin ao pensar na evolução das espécies, que combateu a visão de que Deus havia criado o homem.

Ou Freud ao conceber que o ser humano tinha um lado inconsciente e as crianças viviam sua sexualidade, desde o nascimento, confrontando com a ideia de seres donos de sua vontade, um bloco e de pessoas assexuadas até determinada idade.

Hoje, ao analisar nosso mundo diante de uma revolução informacional temos uma tarefa similar.

O que nesse nosso mundo é permanente na humanidade e o que é um modismo passageiro da história, que avança em seus milhares de anos?

O que pode mudar em futuro próximo, a partir de um novo ambiente informacional de troca e de espaço de ideias, antes inimagináveis em uma mídia hierárquica, fechada e difusora do senso comum dominante?

  • A ideia de direito autoral, copyright (direito de copiar) por exemplo, ainda mais num mundo que copiar é muito fácil e com fiscalização praticamente impossível;
  • O lucro como o único motivador humano para a produção, já que outras formas de produção aparecem com outras motivações, tais como o Linux, o Wikipédia, a incorporação da colaboração voluntária de colaboradores e de consumidores;

 

    São alguns temas que vêm à tona, a partir de mudanças do ambiente, que demonstram que tais conceitos não eram permanentes, mas frutos de um contexto histórico, que podem mudar.

    E vão, ou precisam ser repensados, para se adaptar a essa nova ecologia.

    Difícil?

    Sim, mas não será a primeira vez que o mar e o rochedo entram em confilto.

    E nem será a última.

    Que dizes?

     

    Conhecer é se auto-conhecer – da safra de 2011;

    Temos a fantasia infantil que somos o que pensamos.

    Me parece que somos o que nos fizeram acreditar o que somos.

    E o processo de conhecimento não é para fora, mas para dentro.

    Descobrir como fizeram nossa cabeça e começarmos a refletirmos sobre aquilo que achamos que somos e pensamos.

    Conhecer é se auto-conhecer.

    Ninguém aprende novos conhecimentos, mas simplesmente problematiza e amadurece a visão que tem de algo.

    Ou passa a ter mais informação, deixando de lado uma visão mais leiga.

    Ou passa a refletir sobre uma nova maneira de pensar.

    Mudando a forma de ver o mundo.

    Diante disso, acredito que temos três níveis, instâncias, na forma de ver a realidade.

    • As teorias – nossos modelos mentais;
    • As versões – como analisamos os fatos a partir destes modelos;
    • E os fatos – a pseudo-realidade que passa pelo nosso filtro.

    As teorias se dividem em duas:

    • As teorias que reforçam o modelo vigente na sociedade – que é o senso comum, a majoritária, a dominante, a que nos ensinam na família e na escola, a conservadora;
    • E as as teorias que questionam mais ou menos o modelo vigente na sociedade – que adquirimos em famílias divergentes, ou com professores destoantes, ou que vamos lendo aqui e ali e compondo uma nova proposta de mundo.

    No filme Matrix, quando Morpheu oferece à pílula para Neo, na verdade, ele está propondo que este passe a ter uma nova teoria daquele mundo – fora de Matrix.

    Ou seja, que ele consiga ver Matrix de fora e possa repensar o modelo mental que ele tinha e que ele acreditava que era a realidade e que ele era aquela pessoa que vivia dentro daquela “fantasia”.

    As versões reforçam as teorias e os fatos, pois se não conseguimos ver as teorias de fora, sempre vamos analisar tudo que nos chegam com o velho olhar.

    Com o paradigma atual.

    Portanto, as sociedades sobrevivem com um senso comum, que estimula um piloto automático, que nos leva a um conservadorismo.

    Trabalhar no piloto automático economiza nossa energia física e mental.

    Tudo isso se encaixa em sociedades estáveis e sem crises de produção.

    “Deixa a vida me levar”, como sugere o filósófo-pagodeiro na melô do piloto automático, Zeca Pagodinho.

    O pilotos automáticos – digamos – são mais úteis, quando há um certo equilíbrio mesmo que haja injustiças.

    Ou em desequilíbrios, mas que são mantidos pela força (ditaduras) ou pelo poder de persuasão (pelo controle da informação, principalmente em mídias controladas).

    Tais equilíbrios criados (pela força) ou (pela persuasão)  podem ser quebrados de duas maneiras:

    • Revoluções sociais – que usam a mídia atual para fazer contra-informação, de forma pontual em uma região específica, que pode se espalhar por mais países, como foi o caso da república, pós-revolução francesa, ou do comunismo;
    • Revoluções informacionais – quando uma nova tecnologia informacional cria um novo ambiente de troca de ideias, o fenômeno é global e atinge cada vez mais, mais regiões.

    É o nosso caso atual com a chegada da Internet, como foi o da prensa há 500 anos.

    Numa revolução informacional, as teorias do passado que davam sustentação à sociedade são questionadas no seu conjunto, por um grupo grande de pessoas, ao mesmo tempo.

    E nesse momento todo mundo fica meio se perguntando: “o que é Matrix?”. “Onde estamos e para onde vamos?” “Que pílula eu tomo agora?” “A que nos leva a repetir ou criar algo novo?” “O piloto automático está me levando para um abismo que não conheço?”

    E aí chega a hora de repensar nossas antigas teorias, as mais enraizadas, as mais profundas, as que foram construídas ao longo de muitos anos.

    (Chamem os filósofos para nos ajudar!).

    Os fatos e versões perdem o sentido, tudo fica obsoleto, pois estabelece-se uma nova lógica, é uma reconstrução completa de Matrix.

    Quem quer construir um mundo pós-revolução da informação, portanto, deve criar uma teoria divergente da atual, mas terá que ter um embate sério com o modo de pensar vigente, agarrado ao modelo anterior com unhas, dentes, cabelo, barba e bigode.

    O que nos leva a pensar que nunca tivemos clareza da força das revoluções da informação.

    E nunca atuamos de forma conjunta – ou de forma política – para implantá-la com consciência do que de fato estamos passando.

    Isso é novo na história.

    A consciência desse movimento e a possibilidade de agir dentro dele.

    Esse é o nosso desafio atual.

    E para isso um grupo aqui no Rio de Janeiro começa a se mexer.

    Falo mais sobre isso depois.

    Que dizes?

    QuatroxUM e Carlos Nepomuceno se unem.
    E criam
    Grupo de Estudos para produzir mais e melhor com inovação

     

    ( VEJA DEPOIMENTO DE CLIENTES QUE JÁ ESTIVERAM COM NEPOMUCENO )

    São Paulo, maio de 2011 – A empresa QuatroxUM, de Oscar Ferreira, fundada em março/2010 e mais conhecida como a produtora do circuito4x1, único evento circulante de pensadores digitais do Brasil, acaba de se unir ao jornalista e doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense/IBICT, Carlos Nepomuceno.

    Em parceria, a dupla traz para São Paulo a experiência bem-sucedida do grupo de estudo “Estratégia 2.0: A revolução da informação – onde estamos, para onde vamos?”, realizada em abril, no Rio de Janeiro. “Para produzir mais e melhor com inovação é preciso entender as novas lógicas do mundo atual”, diz Oscar Ferreira. “Ao trazer a experiência de Carlos Nepô, como é mais conhecido o profissional, a QuatroxUM amplia sua missão em São Paulo de atuar como formadora de pensadores nas áreas de marketing e comunicação digital, cybercultura e empreendedorismo. Quanto a ele, são mais de 15 anos estudando a história de outras revoluções informacionais. Por isso, Nepomuceno consegue ter uma visão mais ampla e profunda do fenômeno”, completou.

    (Meu encontro com o Kaka, onde tudo começou, em uma ótima entrevista, uma das melhores que já dei.)


    O curso

    O grupo de estudo “Estratégia 2.0: A revolução da informação – onde estamos, para onde vamos?” acontece em uma das salas do Campus da Faculdade Veris/São Paulo, à Avenida Paulista, 302, uma das áreas mais bem localizadas da cidade, fácil de chegar – em frente ao metrô Brigadeiro – de carro, ônibus, bicicleta, e a pé.  Marcado para um dia inteiro de trabalho, das 8h30 às 17h30, com direito a dois coffee-breaks, durante os trabalhos, e a certificado de participação, ao final, terá como primeira data o sábado, dia 11 de junho e a segunda, o dia 2 de julho. A terceira data será marcada sob demanda.

    Grupo 02/07/2011

    •    Comprando até 17/06 – R$ 550,00
    •    Comprando até 30/06 – R$ 600,00

    Pagamento pode ser facilitado em 2x sem juros nos cartões ou em até 10x com juros do intermediador de pagamento (1,99% a.m). O Inscrito vai receber todas as informações por email de pagamento etc. As inscrições poderão ser feitas por aqui. Para dúvidas, basta comunicar-se via email com cursos@quatroxum.com.br. Pede-se não levar computadores, tablets e manter os celulares desligados durante o evento.

    Os interessados podem participar de um, dois ou os três encontros, a critério, uma vez que os grupos e as conversas vão variar conforme os integrantes.  É o próprio Carlos Nepomuceno quem explica os integrantes podem esperar: “É uma dinâmica testada e aprovada há sete anos e bastante intensa, com imensa participação do grupo. A troca de ideias serve para todos serem “coo-vencidos” de uma nova lógica e poderem se sentir mais capazes de olhar o futuro 2.0 de maneira mais eficaz, com um solo mais sólido e para tomada de decisões”, disse.

    A agenda do curso prevê as seguintes discussões:

    Estratégia 2.0:
    A revolução da Informação: onde estamos, para onde vamos?

    • A relação entre aumento da população e revolução 2.0;
    • A relação entre a revolução 2.0 e necessidade de produzir mais e melhor;
    • A relação entre a necessidade de produzir mais e melhor com a inovação radical;
    • A relação da inovação radical e a necessidade de mudança no modelo de gestão;
    • A necessidade de mudança no modelo de gestão e o planejamento estratégico 2.0;

    OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

    Não é um curso que fala de ferramentas, mas uma estratégia geral para depois ter mais clareza como usá-las.

    Não é um curso de dicas!

    Não é um curso que teremos power point!

    Não é um curso para quem quer ser guiado, mas um curso para quem quer guiar e ter autonomia.

    O depoimento da Loreane, que fez o primeiro,  é bem representativo:

    Se o futuro pode ser um lugar que podemos ir para ter a visão macro do presente e direcionar nossas ações: estar no grupo de estudos como este do Circuito 4×1 é estar no futuro.
    Mas este grupo não é para qualquer um, é para aqueles que desejam ver por cima da floresta, tirar a venda dos olhos ou sair do mundo das sombras e contemplar a realidade.
    Se você está confuso e cansado dos “how to” ter uma conversar com este professor pode te dar a visão que necessita para continuar e direcionar sua trilha.
    Indico este grupo para todos os sagazes! Obrigada Nepomuceno, você está contribuindo muito para mudar o mundo!
    Loreane Brandizzi – Analista do SEBRAE – loreanebrandizzi.com.br

     

    Links relacionados:

    Inscrições: http://bit.ly/estrat20
    Local:  Campus da Faculdade Veris/São Paulo, à Avenida Paulista, 302
    Perfil QuatroxUM: http://www.facebook.com/QuatroxUM
    Perfil de Carlos Nepomuceno: http://nepo.com.br/perfil/
    Blog de Carlos Nepomuceno: http://nepo.com.br/2011/04/19/a-logica-oculta-das-mudancas-2-0/
    Perfil de Oscar Ferreira: http://br.linkedin.com/in/kakamachine

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