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Pessoal, bate bola rápido com o pessoal do Vote na Web.

Papo com Fernando Barreto por e-mail:

Como surgiu a ideia do vote na web?

O site foi lançado em novembro de 2009 durante o TEDx São Paulo com o objetivo de oferecer ao cidadão uma maneira mais fácil, simples e direta de acompanhar o trabalho dos parlamentares. Nossa intenção é resgatar o respeito e a credibilidade da atividade política.

Acreditamos na importância da transparência das informações como pilar da democracia. Queremos apresentar informações sobre projetos de lei de forma tão simples e direta que votar se torna quase que uma atividade de entretenimento.

Quantos usuários?

Atualmente temos mais de 16 mil membros cadastrados; 350 mil votos computados e 9 mil comentários.

Me parece que o pessoal critica os parlamentares, isso é bom, mas como pode ser ainda melhor?

O Votenaweb foi desenvolvido para ajudar o cidadão a acompanhar o trabalho dos políticos de uma forma mais fácil. Nossa intenção é fazer com que o cidadão fique cada vez mais informado e assim, tenha mais consciência crítica. Os comentários do Votenaweb mostram que além de simplesmente votar, os participantes querem comentar, trocar ideias entre si e debater.


Como vêem a política 2.0 nesse novo mundo?

 

A internet é um meio que proporciona infinitas oportunidades e serve como base fundamental para a chamada Webcracia na qual os cidadãos encontram ferramentas, aplicativos e plataformas que fomentam e potencializam o exercício da democracia.

 

As tecnologias digitais são capazes de servirem como canais de participação, trazendo mais abertura, transparência e democracia para a administração pública, promovendo um diálogo público colaborativo, um senso de comunidade acessível e significativo.

 

Os brasileiros estão avançando com o processo democrático por meio da internet e diversos aplicativos, como o Votenaweb são importantes ferramentas que contribuem com este fenômeno. Não só os brasileiros, mas inúmeras nações já descobriram que a internet pode contribuir de maneira significativa com a construção da consciência política.


O que acham que têm que mudar?

 

O Brasil é um país que conquistou sua democracia recentemente, e desde então milhões de brasileiros ainda enxergam a política como algo distante de suas vidas e acreditam que não há o que fazer. A burocracia e a pouca transparência do Poder Público impõem dificuldades para o cidadão brasileiro buscar informações sobre questões coletivas e, principalmente, acompanhar o trabalho dos políticos que foram eleitos para representá-lo.  Acreditamos que precisamos despertar o sentimento de pertencimento do brasileiro em relação aos temas de interesse coletivo, além de resgatar a credibilidade política a aumentar a participação.

Como manter o site sustentável? Vocês têm procurado recursos?

Desde o início do projeto o Votenaweb foi completamente custeado pela empresa privada, Webcitizen. Parte dos lucros da empresa é destinada ao financiamento deste projeto que não possui nenhum tipo de patrocínio ou subsídio governamental.

Estamos pensando em desvincular o Votenaweb da empresa Webcitizen e criar um fundação para captação de recursos e financiamentos.

 

Com um financiamento pretendemos:

 

– Ampliar a base de projetos inseridos no aplicativo. Hoje temos 2.000 projetos disponíveis para votação. Somente na Câmara e Senado são mais de 10.000 projetos a serem cadastrados.

– Ampliar a atuação. Queremos levar o Votenaweb para Estados e Municípios.

– Aumentar os locais de votação permitindo que o usuário consiga dar a sua opinião através de redes sociais como Facebook e Orkut, e que sites e blogs também consigam se transformar em urnas digitais.

– Disponibilizar a ferramenta para uso em outras modalidades de votação, por exemplo, uso interno em escolas e instituições.

 

Quantas pessoas estão na equipe?

Trabalhamos com uma equipe multidiciplinar, que envolve pessoas especializadas em Direito, Comunicação, Gestão, Programação e Design. Estas pessoas trabalham com a atualização da ferramenta, assim como monitoramento e relacionamento com os cidadãos, usuários e políticos.

Por fim, a webdemocracia, da maneira que vêem, terá esse formato de parlamentares ou vamos inventar outra coisa?

O mundo inteiro está passando por transformações. Tunísia, Egito, Espanha, é o que chamam de World Revolution (ou #worldrevolution na língua da internet). A realidade é esta e o Brasil está sendo impactado por ela. Eu acredito que isso será intensificado. Há uma vontade de participação e uma insatisfação grande com tudo o que está acontecendo. Combustíveis que alimentam a mudança social.

 

A verdade é que o mundo está um caos, há pessoas morrendo de fome, sem acesso a água potável, os desastres climáticos são um consenso. Esta nova geração tem consciência disso e não está de braços cruzados. Todos estão incomodados com a realidade. A política faz parte disso. Acreditamos que no futuro o Governo deixará de ser visto como uma “vending machine”, onde você coloca o dinheiro dos impostos e retira serviços como saúde ou educação. Estamos na transição da democracia direta para a participativa – onde cidadãos e governos construirão juntos o futuro.

 

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