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Geração Z: “mamãe, no céu tem wi-fi?” – da safra de 2011;

ESTAREI EM SP – SEMANA QUE VEM – > VEJA ONDE E COMO.

—> Tema novo <—-

Estávamos nós discutindo em grupo o Manifesto 2.0, que está em produção, quando surgiu a questão da geração Y.

Viver com a cabeça em mil diferentes lugares (tv, rádio, micro, etc) é uma característica nova do ser humano? E todos seremos assim daqui por diante? E isso nos fará mais serenos?

Parte, achou que sim, parte que não.

Estou entre aqueles que tem lutado em sala de aula por valorizar os encontros presenciais sem nenhuma tecnologia, que não seja a da fala e da escuta.

Vários alunos não passaram dos 25 anos.

O resultado tem sido muito bom.

Quem diz isso são os alunos, não eu.

Não caio no modismo de achar que mil aparelhos ao mesmo tempo é algo natural, “agora é assim, o pessoal gosta disso”.

Admito que há uma mudança cognitiva e que talvez sejam capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas isso não pode ser visto como uma “característica da nova geração”, apenas como um fato que precisa ser trabalhado e, em alguns momentos, combatido, pois acarretará danos.

 

Em toda mudança existe sempre algo que vem equilibrar e outro desequilibrar.

Nem tudo é “bom” ou “ruim”.

É preciso estimular o que é positivo, uma expansão da capacidade da mente para fazer várias coisas ao mesmo tempo, mas isso não precisa se dar o tempo todo, pois por trás disso também existe uma ansiedade intrínseca.

E isso tem e vai causar bastante sofrimento, além de uma dificuldade visível de estar junto com pessoas, principalmente novas pessoas.

Há uma anorexia presencial no ar.

 

E para sair do impasse precisamos ir mais fundo e trabalhar, como educadores que todos somos, no contra-ponto.

Para isso é, preciso discutir, por exemplo, dois conceitos interessantes:

  • as necessidades humanas insubstituíveis (tendências humanas);
  • e como as resolvemos ao longo do tempo (modismos de uma determinada época).

Tudo que nos leva a nossa animalidade enquanto espécie, ou seja, sentimentos dos quais não podemos abrir mão, mesmo que desejemos, do tipo: fome, sono, sede, desejos, calor, frio, etc fazem parte da espécie humana e são nossas “verdades” enquanto espécie.

Para resolver estes desejos animais, criamos a sociedade e o que está em torno. As necessidades vão além da nossa vontade.

Não conseguimos deixar de sentir fome ou sono, pois somos animais.

E pronto.

Ou seja, essa é a nossa verdade, encoberta pelos fatos históricos de cada época.

Incluiria entre estas tantas a necessidade de estar só, de ter contato com seus sentimentos e com outras pessoas de forma profunda e todos os elementos que estão em torno – históricos – que nos impedem destes momentos.

Isso é uma necessidade humana, pode não estar na banca de jornal, nem ser vendida no cartão de crédito em 10 vezes, mas é, como defendem diversas filosofias orientais e ocidentais pelo mundo, algo que traz um equilíbrio para as pessoas.

Basta uma grande crise pessoal e recorrermos a esse recolhimento e a procura de relações mais profundas.

 

Diria, assim, que a nova geração viverá grande necessidade de se encontrar com ela mesma e terá mais dificuldade, pois estará mais enfronhada em dispersões constantes.

Acredito que tanto como a televisão, o rádio e tudo que nos levou no passado a não ter esse momento conosco, agora são os gadgets que atrapalharão.

Nada de novo, apenas mais uma geração com suas dificuldades de ter relações consigo e com os outros.

Agora, por causa de novos aparelhos.

Diria que meu cérebro não foi igual ao do pai dele nem o dele a do meu avô.

Temos mudado em ritmo cada vez mais acelerado.

A procura dessa “paz de espírito” a meu ver é uma macro-verdade humana, uma necessidade insubstituível que agora lida com novos “inimigos”.

Não vamos abrir mão disso por causa de novos equipamentos.

É confundir tendência com modismo, algo recorrente quando temos mudanças dessa magnitude.

É isso…

Que dizes?

 

 

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