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GOVERNO 2.0 NA REDE SOCIAL: RISCOS E ESTRATÉGIAS

Projetando cenários reais e preparando as mudanças nas estruturas de relacionamento entre governo e sociedade

22 e 23 de Setembro de 2011 –  BRASÍLIA

(ABERTA PRÉ-INSCRIÇÕES)

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(O texto abaixo formará um livro, “50 coisas que aprendi sobre o mundo 2.0″. Colaborações são bem vindas e os que ajudarem na revisão, melhoria do texto serão citados nele. Ver também outros posts para o e-book. )

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1- Da mesma maneira que vai ocorrer com as empresas privadas, o mundo das organizações públicas também será abalado pela chegada da Internet de forma profunda nas próximas décadas;

2- Governos tratam a revolução da informação e da comunicação em curso como mudanças tecnológicas e destacam setores específicos para lidar com elas, em geral, TI, Marketing, Comunicação e mais raramente Recursos Humanos o que tem se mostrado ineficaz;

3- São poucos, muito poucos,  os que percebem que estamos entrando em uma nova sociedade (civilização) dentro de um ambiente informacional mais aberto e que é preciso incluir essa mudança no cenário informacional/comunicacional no planejamento estratégico do setor público e envolver todas as áreas da organização para a mudança. Não se trata, assim, de entrar em redes sociais, mas criar a sua junto com os cidadãos;

4- A primeira fase da Internet foi a de colocar os dados, depois vários serviços, no chamado Governo Eletrônico, mas não houve mudanças na relação  com o cidadão. É ele lá e o Governo aqui e não os dois juntos criando juntos dentro de uma mesma plataforma;

5- Os planejamentos estratégicos devem prever esse novo ambiente de troca, disponibilizando plataformas online colaborativas, tanto para os colaboradores internos como para os externos. Tais plataformas visam modificar as estruturas atuais são centralizadas em redes hierárquicas, portanto, lentas e ineficazes, começam a migrar para estruturas abertas, com a participação intensa dos cidadãos;

 

6- Este movimento não pode ser visto como algo simples, pois implica em mudança cultural profunda e altera diversos interesses atrelados a forma atual de estrutura das empresas públicas. Tais alterações são difíceis, pois envolvem fatores emocionais humanos profundos, como a nossa relação com figuras paternas e com nosso ego;

7- Que os ambientes informacionais/comunicacionais dos governos serão muito próximos ao que hoje é o Facebook, plataformas inteligentes, no qual toda a relação com a sociedade será definida em algoritimos inteligentes;

8- Os serviços estarão todos cada vez mais on-line, os dados abertos e haverá a possibilidade do cidadão não só acessá-los, como os mais especializados, desenvolver aplicativos para facilitar ainda mais esse processo;

9- De que teremos uma grande dificuldade no Brasil de implantar esse modelo, por se tratar de uma país muito centralizado, burocrático, no qual o Estado está voltado para os interesses de seus gestores e, muitas vezes para os que lá trabalham e muito pouco para o cidadão;

10 – Que a forma de eleger os representantes irá se alterar e isso vai afetar também a estruturas das organizações públicas, ajudando o processo de migração do governo atual para o novo governo 2.0.

 

One Response to “10 coisas que aprendi sobre Governo 2.0”

  1. Pra mim o grande entrave continua sendo a limitação do acesso à informação. Tudo ainda é tratado como sigiloso, ou a postura sucumbe ao velho chavão de que ter informação é ter poder, e por isso poucos na administração pública estão dispostos a realmente dar luz a essas informações. E, mesmo em ambientes interessados em transparência, as informações não são lapidadas, mas sim fornecidas em estado bruto, dificultando o acesso. Algo como “a informação está lá, é só procurar”, sendo que a informação é uma concha e o lá é a praia de Copacabana. Temos muito o que caminhar.

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