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Exercício coletivo – da turma MBKM 22 – feito no dia 14/05/2011.

Para onde as organizações estão indo com a ruptura informacional e por que devem estar atentas e tomar atitudes?

Em pé: Alexandre, Rosane, Carolina, Alexandre, Alex, Eveli, Suellen, Eu, Elane, Fernanda, Gutemberg, Juliana, Patrícia, Clarissa, Jackson; Agachados: Wellington, Luiz, Nilton, Wallace, Alexandre, Rafael.

 

Quem sabe faz a hora não espera acontecer…- Vandré

Cenário da primavera da informação:

A Internet gera uma ruptura informacional,   trazendo características que levam a uma inquietação, causando uma crise cognitiva, que nos faz  repensar nossos mapas mentais.

O rompimento com os velhos filtros existentes causam um descontrole informacional, mudanças na gestão, através da desconstrução da atual estrutura de poder.

Apesar disso, é preciso compreender que estamos apenas nos primeiros estágios (“cinco minutos do primeiro tempo”) dessa revolução informacional.

Vê-se como necessário:

Criar nova forma das pessoas se comunicarem, com o objetivo de difundir e construir a inteligência coletiva.

Criar novas plataformas colaborativas (tecnologia 2.0), através de novos filtros informacionais, para a geração de relevância, utilizando, por exemplo, recursos como o Karma Digital, através dos rastros deixados pelos usuários.

Tal ação visa o aumento da produtividade, provocando fluxo constante de inovação.

Repensar o lucro como o principal fator de  motivação humana sem perder o foco na geração de valor econômico e social.

Promover a transparência pelo uso das novas tecnologias, provocando, assim, uma redução da hipocrisia entre o dizer e fazer (discurso e prática).

Resgatar a valorização do ser humano, promover o compartilhamento e estimular a colaboração.

Diferenciar e mapear o que é tendência e o que é modismo, o que nos remete a  revisar o planejamento estratégico nas organizações e na própria sociedade.

Realizar ações para aumentar e acompanhar a velocidade das mudanças culturais.

Analisar cases relevantes e estudar autores como:  Peter Drucker, Prahalah, Schumpeter e Pierre Lévy.

Relembrar a importância do estudo histórico de outras revoluções da Informação tais como a chegada da prensa.

Fomentar o relacionamento nas redes sociais, com o objetivo de ampliar, expandir, compreender e recriar o conhecimento. Isto é, conhecer e mudar a “gaiola”, construindo uma nova “tampa da caixa”.

Estimular a prática do diálogo e do  “coovencimento” para revisar processos.

Assumir o papel de agente de mudança, passando de objeto a sujeito.

Este exercício começou com esta “nuvem” de palavras abaixo, depois adicionamos verbos em cada palavra para colocá-las em frases e formar o texto, um trabalho que não levou mais de 2 horas. Tudo foi feito depois de algumas horas de discussão com a turma sobre o mundo 2.0:

Internet  ruptura informacional  características levando a essa inquietação  nova forma das pessoas se comunicarem  descontrole/controle informacional  crise  crise cognitiva – mapas mentais  filtros  inteligência coletiva  inovação em rede  motivação/lucro hipocrisia  tornar-se  questionar conceitos  ambiente favorável  poder  ser humano  gestão das emoções  compartilhamento  colaboração  tendência e modismo  planejamento estratégico  velocidade  cultura  case  Peter Drucker  cases  Gutemberg  transparência  foco  valor  relacionamento  rede  Prahalah  escolha  recriar do conhecimento  “coovencimento”  revisão dos processos  mudança na gestão  velho imita o novo?  tampa da caixa  gaiola  5 minutos  revolução da informação  redes sociais  doutrinar conceitos  primavera da informação  celebridade instantânea –  ser ou não ser  ser ou sobreviver  existência confunde o espaço físico  futuro  relevância  resiliência  modelo informacional  consciente e inconsciente  fator irroversível  população  rastros  Karma Digital  reputação  necessidades são fixas – quem sabe faz a hora não espera acontecer  Tsunami  só por prazer  interação  novos paradigmas  apicultor  ordenhador de vacas  sujeito  sujeitado  objeto  Schumpeter  – medo  tecnologia 2.0  salto tecnológico  as pessoas não mudaram  pessoas mudaram  Pierre Lévy –

PRÓXIMO CURSO:

GOVERNO 2.0 NA REDE SOCIAL: RISCOS E ESTRATÉGIAS

Projetando cenários reais e preparando as mudanças nas estruturas de relacionamento entre governo e sociedade

22 e 23 de Setembro de 2011 –  BRASÍLIA

(ABERTA PRÉ-INSCRIÇÕES)

Sugiro fazer o cadastro de reserva para o curso Governo 2.0, realizado todo ano em Brasília.

Ver o último:

http://www.agendapolis.com.br/workshop_governo2.html

Trabalho dos alunos:

http://nepo.com.br/2011/05/11/recomendacoes-e-diretrizes-para-governo-2-0-%e2%80%93-governo-aberto/

Minhas reflexões depois do curso:

http://nepo.com.br/2011/05/12/governo-2-0-o-que-aprendi-ensinando/

Bom, senti falta no meu último encontro de apresentar mais cases e a realidade do Governo 2.0, porém, vou suprir isso com este post, no qual pretendo colocar links comentados e relevantes, que apresentarei em sala de aula nos próximos cursos.

Vamos lá.

Iniciativas:

Brasil:

Governos Federais:

(Coletando)

Governos Estaduais:

(Coletando)

Governos Municipais:

(Coletando)

Exterior:

Governos Federais:

DataGov – http://www.data.gov/open/raw – “Objetivo fundamental: mudar a cultura da difusão da informação, a institucionalização de uma preferência para a tomada de dados do Federal mais amplamente disponíveis em formatos mais acessíveis” (EUA);

Projeto de Obama sobre Governo 2.0: (Beth Noveck) http://www.youtube.com/watch?v=RZ2JE0vlLTE&feature=player_embedded

You2Gov-
http://vimeo.com/9190493

Como acompanhar uma pandemia, via Google Maps?
http://www.web2expo.com/webexny2009/public/schedule/detail/9509

Governos Estaduais:

DataGov: Mapa americano de experiências de banco de dados abertos para criação de aplicativos (APPs) nos Estados: http://1.usa.gov/2M6uKM – (EUA);

Governos Municipais:

Os aplicativos da Nova York digital– como NY está usando redes sociais para se tornar uma cidade mais eficaz (EUA);

Como a cidade de Santa Cruz resolveu uma crise, via colaboração?
http://www.web2expo.com/webexny2009/public/schedule/detail/9979

Fontes de notícias:

Brasil:

Brasil Gov 2.0 – http://www.brasilgov2.com.br/index.asp

Exterior:

Gov 2.0 na Ásia:

http://www.futuregov.asia/





Uma das coisas mais importantes que devem ser ensinadas nos estabelecimentos educacionais de uma democracia é o poder de pesar os argumentos, preparando-se o espírito dos alunos a fim de que esses aceitem o ponto de vista que lhes pareça mais razoável – Bertrand Russel – da coleção;

(As fotos foram tiradas em Brasília durante o período que estive lá no curso.)


Passamos dois dias analisando a chegada da Internet e suas consequências na sociedade e, em particular, no Governo, o que alguns gostam de chamar “Governo 2.0” e outros “Governo aberto”.

Gosto do primeiro termo, pois mostra um caminhar e do segundo que induz para onde deveria ir a tal caminhada.

Talvez Governo 2.0 – aberto e colaborativo fosse o resumo do que é a coisa. Bom, vamos a um ping-pong comigo mesmo para facilitar as reflexões sobre o pós-curso.

Eu – Qual a principal dificuldade dos participantes dos teus encontros “Governo 2.0?

Nepô – Bom, isso vale para qualquer curso que coordeno. Estamos intoxicados de conceitos sobre a Internet, redes sociais, governo 2.0, ferramentas, métricas, retornos. Quem faz nossa cabeça (a mídia, os livros, os principais gurus americanos) estão acostumados a mudanças na sociedade, mas nada se compara a uma Revolução Informacional, que é algo incomum, muito grande, com mudanças profundas, que só uma visita à história nos permite trafegar de forma mais confortável, comparando situações.

Dificilmente, consegue-se ter clareza sem isso.

As pessoas sentem muito o primeiro choque, pois vêm para o curso procurando cases, uso das ferramentas, porém somos obrigados para ter coerência a falar de 500 anos atrás, quando uma sociedade foi abalroada por uma outra revolução informacional.

Comparamos momentos, analisamos causas, vamos colocando no lugar de “achismos” alguns conceitos mais consistentes, fundamentais para um gestor ser coo-vencido que precisa sair de uma zona de conforto para algo tão grande como um Governo 2.0.

Precisamos, assim, através da conversa e da razão, envolvendo nosso afeto, claro,  compreender a nova lógica, para, só então, pensar em ações prática.

Uma prática como tem se visto com lógicas da pré-Revolução da Informação acabam por nos levar a problemas. É uma mudança de paradigma grande. E todos temos que ter compreensão com as nossas dificuldades e a dos outros. Ninguém sabe tudo é preciso um esforço coletivo para superar essa crise teórica e prática.

Eu – E como é a reação durante o curso?

Nepô – Bom, há um período de adaptação, mas o modelo do encontro, conversa pura, sem power point, sem roteiro fixo, falando um pouco, ouvindo todo mundo (todos são chamados a opinar a cada intervalo dos meus discursos sempre curtos). Vamos trabalhando cada um dos pré-conceitos antes do encontro e problematizando, mostrando que pode não ter lógica consistente dentro deles. As pessoas vão raciocinando em grupo, cada um vai apresentando questões e vamos derretendo essa primeira visão, juntos e isso facilita muito, pois as pessoas vão se mútuo-ajudando a pensar.

Eu As pessoas estranham essa didática?

Nepô – Bastante, no início, mas na avaliação final sempre falam sobre ela, como foi importante conhecê-la. Estamos acostumados a ter um emissor com uma verdade, emitindo para os outros que a recebem de forma mais passiva.

Nós vivemos em um país muito autoritário, muito vertical e não somos chamados a opinar constantemente.

Quando se abre espaço, no primeiro momento vê-se a timidez, a vergonha (que chamo de tóxica) o medo de falar besteira, mas é tão natural conversar, que as pessoas vão se soltando e no final todos se sentem bem, com sorrisos e afetos, como se vê na foto final, uma tradição dos encontros (ver aqui.).

Eu – E você aprende algo durante o encontro?

Nepô – Sim, pode parecer papo furado, mas a dinâmica da conversa, mostra que é assim, só se ensina de fato aprendendo.

Eu levo uma lógica e valores, digamos mais sólidos sobre a Internet, como conceitos mais líquidos que tentam demonstrá-la.

Dificilmente, a lógica é alterada num encontro, muito menos valores (do tipo precisamos reduzir sofrimentos humanos), mas tudo que está em torno deste núcleo mais consistente, mas não fechado à reflexão sofre alguns abalos, maiores ou menores, dependendo do encontro.

Muda-se a forma de dizer, ao se mudar a forma de dizer, vê-se outra alternativa, o discurso é melhorado, mudo a forma de apresentar estes conceitos matrizes, sempre procurando um jeito mais simples e mais rápido de representá-lo.

Há mudanças, portanto, na maneira de defendê-la e alguns pontos vão ficando mais claros, reduzindo algumas obscuridades, falamos do último encontro sobre valores x tradições, liquidez x solidez, que me fizeram pensar e o que resultará em posts em breve.

EuQual a principal dificuldade com o curso?

Nepô – Conseguir fazer um programa que seja coerente com o que será dado e atrativo, pois as pessoas que olham algo pretensamente mais teórico, não de identificam, mas quando participam do encontro, consideram algo fundamental.

Estou trabalhando mais mais nisso, é uma questão de tempo de ajuste.

É preciso mostrar que sem teoria mais consistente não se poderá haver prática coerente numa Revolução da Informação, só através da história.

O mundo vai chegar lá, mesmo sem teoria, porém vai gastar muito mais tempo e dinheiro, como todo o sofrimento que está embutido nisso.

Um encontro como esse significa entrar num atalho.

Eu – Qual foi o resultado final?

Nepô – Bom, resolvemos construir um documento diretivo do debate, que colocamos aqui, que servirá para basear o trabalho de todos os participantes, bem como, de quem não fez ou vai fazer o curso.

O importante é que o conceito de Gov 2.0 está se espalhando e – a partir dos encontros – de forma mais consistente e, me parece, mas eficaz do que, de fato, será nosso futuro.

 

Resultado do curso:

GOVERNO 2.0 NA REDE SOCIAL: RISCOS E ESTRATÉGIAS

Projetando cenários reais e preparando as mudanças nas estruturas de relacionamento entre governo e sociedade

9 e 10 de Maio de 2011 –  BRASÍLIA

(Próximo curso – semestre que vem!!!)

Agradeço o carinho de todos e da Clemie por ter me convidado de novo a realizar o evento, sempre muito bom!

(Da esquerda para direita, em pé:  Vitor, Daniel, Rose, Alex, Jaynne, Irene, Eu, Fabiana, Lea, Xênia e Zildenor. Agachado: Luis Claudio.

Recomendações e Diretrizes para Governo 2.0 – Governo Aberto

(documento feito de forma colaborativa pela turma ao longo dos dois dias)

Por que é necessário problematizar este tema na organização de forma mais consistente e urgente?

  • Por que o processo de formação e disseminação do conhecimento está mudando, através da massificação de novas mídias colaborativas, que permitem uma interação mais efetiva, com uma nova forma de controle informacional diferente do que estamos acostumados;
  • Verifica-se que a procura de mais dinamismo das instituições está fortemente influenciada pelo vertiginoso aumento populacional dos últimos anos e o respectivo adensamento nas grandes metrópoles;
  • Tal mudança implica na maneira de pensar e agir da sociedade e da própria organização, o que alguns teóricos denominam Revolução da Informação com mudanças profundas na sociedade a curto, médio e longo prazo. Esse fato se reflete numa crise relevante que deve ser evidenciada;
  • Constatou-se que as Redes Sociais não representam um lugar para se ir ou se entrar, mas uma nova forma de interação humana que as organizações, querendo, ou não, já estão inseridas, tendo ou não políticas coerentes para elas, definindo-se como objeto ou sujeito do processo;

Quais são os passos para gerar uma maturidade na organização?

  • Criação de grupo de trabalho-estudo para aprofundar o debates na gestão; (sugere-se que este grupo de trabalho reúna pessoas com poder de decisão, gestores , profissionais de diferentes gerações e formas de relacionamento com as novas tecnologias);
  • Inserção do tema no Planejamento Estratégico com um plano de ação em etapas com o envolvimento das diferentes áreas da Organização ;

Que ações são recomendadas?

  • Implantação de plataforma colaborativa integrada que atenda o público externo (sociedade-Internet) e interno (colaboradores -Intranet), com respectiva equipe especializada;
  • Implantação de processo de Gestão de Mudanças (capacitação);
  • Na Internet, sugere-se:
  • que a Plataforma Colaborativa contemple, de forma integrada, os canais de atendimento ao cidadão;
  • que as bases de dados permitam que os cidadãos possam desenvolver aplicativos para a extração de dados de forma mais efetiva.
  • Na Intranet, sugere-se:

 

    • Criação de Redes Sociais Internas ao estilo Facebook, com grupos de discussão, perfil, relacionamentos entre os colaboradores, atividades em andamento, setor em que trabalha, aonde está no momento, cursos realizados, currículos, blogs pessoais, links compartilhados, visibilidade de cada colaborador perante à comunidade (comentários, visitas no perfil, blog, etc);
    • Implantação de gerenciamento da informação-gestão de documentos, através de repositórios únicos e inteligentes, que “aprendem” com o acesso, através do uso dos “rastros”  voluntários (comentários, estrelas, curtir, etc) e involuntários (cliques).

Quais são os valores – objetivos – metas – métricas a serem perseguidas:

  • Ampliar a capacidade de mudança – inovação;
  • Transparência (dos agentes públicos, ações e documentos);
  • Ampliação do diálogo interno e externo;
  • Participação do cidadão nas políticas públicas e legislação;
  • Aumento da eficiência (redução de retrabalho e aprimoramento de processos);
  • Atualização dos valores institucionais.

 

Escrever é refletir sobre sentimentos Nepôda safra 2011;

Tem horas que você tem um insight.

E fica com aquilo como uma abelha…..

E passa um tempo ali te perseguindo e você percebe que algo está fora de lugar.

Aquilo que você percebia sobre determinado fenômeno já não é mais o que era antes.

É a intuição de que A precisa ser B, agora…vai se consolidando…

E aí você começa a querer explicar a alguém, a começar a escrever e aquilo vai saindo meio torto.

E alguém te pergunta: o quê?

Cara, não tô entendendo.

E  começa a lapidar a intuição.

É o início da representação.

Você ao mesmo tempo que vai dando forma à intuição, vai começando a construir a representação daquilo.

Por isso, o ato de escrever não é uma psicografia.

É um trabalho de revisão da intuição e uma escultura de uma pedra bruta que veio e você precisa, na interação com outros e com você, usando a linguagem que dominas – representá-la.

E este é o processo de que aquela intuição, que causou um desconforto vai ganhando forma e vai conseguindo fazer sentido mais e mais para você.

E com a interação para outras pessoas também, mais ou menos para um e para outros.

Esse processo intuição e representação é algo que completa um ciclo.

Por isso, acredito que num mundo tão vasto de informação é fundamental que cada um possa ter um espaço de representação para colocar para fora suas intuições.

Seja em qualquer lugar, comentando, escrevendo no Facebook, tuittando, blogando.

Mas conseguindo expressar a intuição em algo inteligível para si mesmo e para os demais.

É o que podemos chamar de conteúdo (a intuição) e a forma (como expressá-la).

Um puxa a outra como uma locomotiva e vagões.

Eis o que vejo nesse dilema da criação e da luta para gerarmos significado diante dos nossos sustos e descobertas diante do mundo.

E tu?

Que dizes?

 

Me chamou a atenção “Somos uma agência que promove conversa”.

Agência de conversa?

Será que já temos agências totalmente 2.0, que estão fazendo o discurso e uma prática nova nesse mundo 2.0?

A WeAreSocial, com representação no Brasil, acredita que sim, bom, como não estou lá dentro para constatar, pedi para a Leslie Orsioli (@leslieorsioli) para responder algumas perguntas minhas e dos meus alunos, vejam o resultado e me digam vocês.


O que mudaria de uma agência, digamos 2.0 de vocês e uma 1.0, que vê a comunicação de outro jeito menos social media?

Leslie – Primeiramente, acreditamos em pessoas e no que juntas elas podem construir. Por isso, trabalhamos com colaboradores de background multi-cultural, nacionalidades diferentes, consumidores ativos e apaixonados e conhecedores de distintos mercados. Valorizamos o relacionamento em seus mais diversos níveis e pensamos que a aproximação humana entre consumidores e marcas é um caminho orgânico e natural que impacta os hábitos de consumo cada vez mais. As recomendações nas comunidades, a troca de informação, a pesquisa antes de tomar uma decisão de compra é muito importante e muitas vezes mais impactante do que uma peça de mídia. Estamos entrando na era onde o conteúdo é rei e ele é gerado por pessoas que consomem todos os dias. Não podemos ignorar o poder deste conteúdo nos dias de hoje. Nossa maneira de enxergar a comunicação é mais humana, mais natural.

As empresas estão querendo social media ou estão fingindo que querem?

Leslie – As empresas querem fazer parte das conversas, certamente. Nem todas conhecem o caminho, mas estão querendo sim. Algumas empresas estão presentes nas redes sociais mas não sabem como e porquê estão nestes canais. Outros estão apostando em games e aplicativos sem entender o potencial que pode ter sua marca nestes ambientes. Querer, todos querem mas poucos entendem que estes ambientes são extremamente importantes em gerar o boca-a-boca e conversas significativas. Temos a sorte de trabalhar com clientes que não só acreditam em nossa ética e valores, como também prezam o valor destas conversas.  Ajudamos estes clientes a identificar a relevância do que se diz em relação as suas marcas e construir laços significativos com seus consumidores.

É possível uma empresa mudar a comunicação, começar a dialogar e não mudar a gestão?

Leslie –Mudar a forma de comunicar é possível e faz parte de um ciclo evolutivo. Se acompanharmos a evolução da comunicação, podemos constatar que hoje tudo é mais rápido, mais dinâmico e mais próximo. Não existe mais a comunicação unilateral, ela se transformou em um diálogo. Mudar a gestão é também um caminho natural, é preciso entender além dos aspectos técnicos da relação destas marcas com seus consumidores, aprofundar relacionamentos, humanizar estratégias e pensar fora da caixa. É preciso abrir horizontes, investir em profissionais que vivem estes ambientes em seu dia-a-dia. Uma boa gestão vem da observação destes ambientes e da vontade em aprender com eles.

Qual a dificuldade vocês estão tendo de “vender” esse tipo de produtos?

Leslie – Dificuldades sempre vão existir, mas acreditamos que elas existem para nos desfiar e pensar cada vez mais em como a importância das conversas podem prevalecer. Como dialogar faz parte da nossa natureza, a dificuldade é menor do que a facilidade que encontramos em nos aproximar de nossos clientes. A transparência é um dos elementos primordiais em nosso approach e isso faz com que nossos relacionamentos sejam fáceis e prazeirosos.

Que cases apontaria como de grande sucesso de vocês?

Leslie – Temos grandes cases de sucesso, em nossa página de clientes, alguns dos nossos cases premiados: http://wearesocial.net/clients/

Que perfil de profissional acha que as escolas de marketing digital tem que formar?

Leslie – As escolas poderiam investir em entender relacionamentos dentro destes ambientes. O profissional se forma com excelência em sua grade curricular, porém falta o aspecto humano, falta entender como as pessoas se relacionam, regras básicas até mesmo de etiqueta social, e algumas vezes, etiqueta corporativa. Humanizar mais os cursos certamente seria benéfico para estes profissionais.

Alunos perguntam:


(Julia Linhares) – Que tipo de empresas procuram vocês para divulgar um produto? existe resistência a proposta de vocês? Como vocês convencem o cliente de que a proposta de vocês é inovadora?


Leslie – As empresas com as quais trabalhamos são empresas que se identificam com nossa proposta de ética e valores. Não fazemos o tipo insistente. Temos a sorte e o prazer de conduzir conversas que naturalmente se transformam em trabalhos, por isso, é desnecessário o ‘convencimento’. Promovemos o boca-a-boca e na maioria das vezes trabalhamos através de recomendações de outros clientes e é exatamente no que acreditamos, na recomendação espontânea. Nossa proposta pode ser inovadora, mas conversar não é novidade. Nem mesmo a idéia de que o mercado é feito de conversas. Mas conversar é um hábito universal, e conversamos bem o que nos ajuda muito. 🙂

(Michele Baêta) Na visão de empresa 2.0, a captação para profissionais 2.0 será em um futuro próximo ou vocês acham que as outras empresas ainda não estão prontas?


Leslie – Acreditamos que as empresas estão se preparando cada vez mais para a captação destes profissionais. Já está acontecendo. Grandes empresas estão se munindo e buscando estes profissionais para atuação interna até mesmo para saber como gerenciar uma agência. Os clientes são cada vez mais educados e preparados para as demandas das marcas que representam.

(Michele Baêta) Como aplicar informações 2.0 para um público acostumado com a educação 1.0?

Leslie – O mundo mudou e a forma de comunicação mudou. O processo evolutivo se encarrega de aplicar estas informações. Aplicativos, comunidades e gadgets cada vez mais intuitivos e auto-explicativos. É um processo que já acontece há algum tempo e acaba sendo natural, como aprender a usar um rádio, uma TV, um computador.

(Michele Baêta) Qual será o papel do comunicólogo dentro dessas agências 2.0?

Leslie – O comunicólogo deve ser o ponto de apoio principal dentro das agências observando as tendências do mercado. Estudando ativamente o comportamento da comunicação nestes ambientes, acompanhando os profissionais de perto, orientando estratégias e participando ativamente de processos criativos.

É simples: ninguém tem tempo, pois se perde muito tempo ao invés de achá-loNepôda safra 2011;

 

Acredito que a questão central, o tal ROI (retorno sobre o investimento) de qualquer esforço de gestão se dá em torno do tempo, incluindo principalmente o a discussão sobre a inserção de organizações em redes sociais.

(O que eu chamaria a inserção da sociedade em um novo ambiente de troca informacional/comunicacional.)

O tempo mede o que temos de mais precioso: a vida.

E todos temos um senso de valor sobre a vida.

Logo percebemos quando estamos jogando fora algo que podemos estar em outro lugar fazendo algo mais nobre.

Isso faz parte de nosso instinto mais básico.

O que vai naquela frase de que tudo se recupera, menos o tempo, blá, blá, blá.

Todo o esforço humano, desde que saímos de cima das árvores com medo que os animais nos devorassem durante a noite gira em torno da melhoria da qualidade do tempo, ou seja, de como vivemos a nossa vida.

Todos os gênios que já tivemos no passado pensaram em formas de gastarmos menos tempo em coisas que não nos dão prazer, para nos dedicarmos mais aquelas que nos dão.

Vide as inovações, da roda, ao avião, do telefone à Internet.

Reduzir o tempo burro para o tempo menos burro.

Como diria o poeta:

A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda – Mário Quintana;

Toda inovação tem esse medida como retorno.

Fala-se muito hoje em dia do que quer a nova geração do mercado de trabalho.

Simples, estar num lugar onde a burrice do trabalho não seja gigantesca.

Pode perguntar por aí e chegará a essa verdade simples.

(A outra geração também sente a burrice no trabalho, até se revolta, mas está mais acostumada com ela e não é tão chocante – como é para quem chega.)

Assim, as organizações produtivas precisam lidar melhor com o tempo daqueles que contrata e dos que hoje lá já estão para que todos se sintam mais úteis para produzir no menor tempo possível o máximo para quem é cliente.

Potencializar o que têm de melhor e gastar menos tempo com tarefas burras que claramente são desnecessárias.

Essa é a regra oculta de qualquer sistema econômico e não é diferente agora.

Temos apenas que ambientar a questão do “problema tempo” ao século XXI, aí podemos analisar que:

  • – a visão egoísta e do “faço tudo sozinho“, gênesis do sistema vigente, nos levou a nichos, a não troca, a trabalhos cada vez mais isolados, repetitivos e burros, perde-se tempo não estando em redes colaborativas!!!!;
  • – isso nos leva a produzir informação para a minha “eu-quipe” o que as torna obsoleta, sem renovação, mais burras, menos inteligentes;
  • O cliente fica lá parado e nós imaginando o que fazemos para atendê-lo sem o chamar para conversar, para ele mesmo produzir por si o que quer, recuperando esse fosso que perdemos quando inventamos as organizações, já que a relação produtor/consumidor já foi bem menos separada. Menos perda de tempo, como é o caso de uma livraria que lança 20 títulos para vender um best-seller, mais burrice!
  • –  não conseguimos refazer nossas vidas para viver em cidades grandes, engarrafadas, pois o modelo de controle de produção ainda é do século passado, trabalha-se de forma centralizada e não descentralizada, jogando a qualidade de vida para o buraco, fica-se no trânsito ao invés de estar produzindo de casa, mais burrice!;
  • – e pior ainda, a nova forma de produzir informação, nos faz perder tempo consumindo tudo que é inútil e não nos concentrarmos no relevante. Nos falta a construção de novos filtros informacionais, com mais maturidade,  para separar o relevante, do interessante e do totalmente viciante e, por sua vez,  preocupante.

Objetivamente, não temos ainda estruturas emocionais e cognitivas (estamos desenvolvendo) para enfrentar o desafio que está colocado: criar novas organizações que consigam melhorar a qualidade do tempo que perdemos com coisas burras.

O ROI é simples: combate à burrice, a mesmice, a mediocridade, que dará lugar à inteligência de uma nova forma de produção mais compatível com o mundo super-populoso, global, lotado, com pressa, etc.

O problema é que fomos educados para a conservação, gostamos dela, nos sentimos ameaçados de alterar o padrão.

E colocamos tudo em cima disso: tecnologia, normas, padrões, regras pra fingir que estamos mudando, mas nossas vidas continuam medíocres presas a um século em que o conceito do tempo era outro.

Não temos mais o tempo que tínhamos, mas a burocracia continua a mesma.

Este é o impasse e por isso todo mundo reclama do tempo.

Tá faltando melhorar o uso deste para sobrar tempo para o relevante, simples assim.

Ou seja, estamos exigindo uma nova qualidade do tempo que gastamos.

Dizem que a nova geração é ansiosa, tem pressa. Talvez, ela simplesmente não queira perder o tempo que os mais velhos perdem com burrice. Isso vale em sala de aula, principalmente!!!

Pergunte para um usuário de um produto da Apple por que ele gosta de usar aquele produto?

Melhora da performance do tempo com uma interface amigável e inteligente.

Faça a pesquisa e veja se não é fato!

Uma empresa 2.0 será aquela que encara uma nova forma de não se perder tempo.

Procura a qualidade de um tempo 2.0, utilizando-se de forma inteligente todos os recursos da rede eletrônica digital para ganhar tempo dos colaboradores internos e dos que eles servem, jogando a burrice pela janela.

Para isso, é preciso superar as barreiras anteriores (afetivas/cognitivas) que nos fazem perder tempo – o tempo burro.

Uma empresa burra, assim, é uma empresa que perde tempo sem necessidade. E qualquer projeto 2.0 virá lidar contra o tempo desperdiçado contra essa burrice.

O problema é que a perda de tempo é algo que interessa a muita gente e aí vem o problema.

O tempo burro só interessa a quem não é prejudicado por ele.

E aí temos um nó político, que é a base da luta surda do mundo 2.0.

Quem produz a perda de tempo, ganha dinheiro em cima dela, mantém o seu poder, tira vantagem do tempo que se perde, vendendo ou melhorias para uns, ou mantendo-se no poder.

Melhorar a qualidade de como gastamos o tempo num mundo com 7 bilhões de habitantes é uma tarefa que leva à civilização a um outro patamar de qualidade.

E é essa a revolução que está em curso, que já está acontecendo no futuro do presente, basta ter olhos para ver.

Falo mais disso depois.

Que dizes?

 

O equilíbrio demorado tende a coisificar o mundo Nepôda safra 2011;

Acabo de ler atentamente o livro “O Remédio é a palavra” de Edemilson Antunes de Campos, baseado na sua tese de doutorado em que fez uma etnografia sobre o modelo terapêutico dos Alcoólicos Anônimos.

(O livro me leva a discutir e pensar em futuros posts que vão desde redes colaborativas presenciais  – para pensar na Internet, como já fizeram outros autores –  como também o processo de mudança, a partir da experiência dos grupos de mútuo-ajuda, sendo o AA mais conhecido.)

Vou começar a série de reflexões pós-livro com a questão da coisificação, como um passo importante para um processo de mudança das pessoas, em busca de uma saúde melhor e, diria, fundamental para essa nova sociedade que quer se basear na inovação.

O grande salto do tratamento do alcoolismo dado pelos alcoólatras foi a percepção de que beber de forma descontrolada e perder completamente o controle sobre a sua vida é uma doença.

Mais: uma doença crônica.

Tal fato partiu do estudo de médicos, que levou a repensar totalmente o tratamento da doença.

O AA é fruto de uma rede criada para resolver um problema de muita gente que não teria como ser feita de outra maneira, por uma questão de custo.

(O que demonstra a tese de que quando temos graves problemas a resolver e complexos, criamos formas novas, inovadoras e colaborativas – alguma semelhança com a Internet?)

E ainda com causas afetivas e genéticas com as quais o “doente do álcool” não consegue se controlar.

Não é uma questão de “força de vontade”, mas é preciso um tratamento bem direcionado para que ele passe a mudar a maneira que encara o problema e ter atitudes que o façam conseguir controlar a doença.

(O que abre uma discussão sobre a liberdade que temos sobre nossas doenças afetivas, fora a do álcool, como neuroses e todos os tipos, compulsões a várias coisas, inclusive à informação, bem comum, mas ainda pouco diagnosticada.)

Do ponto de vista filosófico, a questão abrange algumas questões humanas mais amplas , pois para conseguir controlar a doença o alcoólatra tem que trabalhar com a visão do “estar” e não do “sou”.

Ele não é um cachaceiro, mas está um cachaceiro e pode não estar mais, desde que consiga cumprir algumas ações, a partir de novas percepções, através de um tratamento grupal, gratuito por um grupo com suas regras de passos e tradições.

Ele tem que se afastar de pessoas, lugares e hábitos que o fazem querer beber e criar um novo ambiente mais saudável para que possa olhar a doença de fora e não como um labirinto, de dentro.

Uma sociedade, qualquer uma, é baseada em forças de interesse que se estabelecem nas estruturas de poder e tendem, para se preservar, a tentar aparentar aos seus cidadãos, que as coisas são assim.

Quanto mais paradas estiverem, melhor.

(O álcool, como outros produtos geradores de compulsão – incluindo futebol, novela, informação, nos levam a dependências, estimuladas pelo consumismo desenfreado e a dificuldade que temos em viver nossa vida. São estimuladas pela sociedade, pois há interesses e lucros envolvidos nos resultados.)

Quanto mais as pessoas tiverem a sensação de imobilidade e de não-mudança fortalece os lados conservadores.

O problema é que isso funciona se o tamanho da população permanece estável, mas quando muda, radicalmente, o modelo conservador tende e ruir, pois o modelo produtivo anterior torna-se obsoleto para atender à nova demanda.

Por isso, vem uma revolução da informação, seguida de mudanças radicais na sociedade, que precisa se repensar!

É preciso inovar e não mais conservar!

Assim, tudo tem que se estabelece na direção da coisificação e da amarração dos conceitos, das teorias, do senso comum e, por sua vez, das pessoas funciona bem na tentativa de se manter um equilíbrio em torno de um modelo conservador, porém, incompatível quando se quer inovar.

Não sou daqueles que atribuem essa coisificação ao capitalismo.

Coisificar é uma ferramenta de poder, de qualquer poder, vide o que as estruturas do comunismo de estado fizeram na URSS, China e Cuba.

Qualquer estrutura de poder tende a nos levar, através da burocratização, a esse lado de conservação que, por sua vez, nos leva a coisificação generalizada (vide Matrix).

A Internet vem possibilitar – através do descontrole informacional – esse papel de revisão geral de conceitos e da coisificação.

Quando um alcoólatra consegue ver dentro dele uma doença afetiva diferente dele mesmo, há uma separação entre o “estou” e “sou” que é o único elemento possível de mudança de uma pessoa, seja ela dependente do álcool ou não.

Só mudamos quando somos capazes de não nos coisificarmos em algo imutável e eterno. Quando vemos a vida em movimento.

Só podemos alterar qualquer conceito, teoria, pessoa quando não lhe atribuímos o dom da eternidade, pois assim, não a coisificando podemos colocá-la na história, no tempo e ter a capacidade de aprender a atuar dentro do processo.

Há em curso em toda civilização o início do questionamento do egoísmo como centro do sistema.

Não por quem está fora dele, mas por quem está na ponta dele, que precisa inovar de forma coletiva, o que esbarra justamente nesse modelo de cada um por si.

O novo capitalismo (2.0? Social? Colaborativo?) exige uma nova maneira de pensar o ser humano.

 

A experiência da rede dos anônimos nos dá a possibilidade, na prática, de compreender que quando saímos do nosso lado “coisificado” podemos vê-lo de fora e estabelecer com ele uma relação de conhecimento, relação e, portanto, de independência e de liberdade.

Não somos o que pensamos.

Não penso logo existo.

Penso logo estou preso nesse que pensa.

Para me libertar, tenho que vê-lo de fora, como uma placa-mãe programada para que eu tenha reações que não são necessariamente minhas!

No cerne das mudanças  da sociedade, através da revolução da informação em curso, essa experiência do AA é muito rica, pois nos leva a perceber que para inovar é preciso descoisificar e “desajetivar” as pessoas, os conceitos e as teorias e vê-las todas em movimento.

Passíveis de serem revistas, o que é característica de uma Revolução Informacional, que muda a base filosófica, como ocorreu na Idade Média, quando o ser humano incorporou um pouco de Deus e precisou gerar o renascimento para se repensar.

Cabe achar o melhor método, como faz o AA, baseado na palavra, na troca, na rede descentralizada.

Tudo completamente ligado ao conceito da Internet que veio depois, apenas sem tecnologia.

Assim, conseguimos separar aquilo que “estamos” e podemos ser daquilo que achávamos que “éramos” de forma permanente.

Que dizes?

(Volto ainda ao tema.)

PS – recomendo o livro para quem quer pensar em redes colaborativas e gestão de mudança, detalho mais as duas abordagens depois;

Não adianta consumir informação sem uma lógica que a ordene – Nepô – da safra de 2011;

Ok, vamos lá.

Meus alunos reclamam que não conseguem filtrar nada. Muita informação, não têm tempo, sensação de vazio depois de um dia cheio.

Ok, sim, somos a primeira geração pós-televisão na veia.

Estamos saindo do filtro papai e mamãe para a orfandade digital em rede.

Fomos desfiltrados!

Nossas cabeças e coração não estão preparados para o mundo 2.0.

Somos como a tribo de Moisés penando pelo deserto, a procura de terra 2.0 prometida, sem a maturidade suficiente para deixarmos de ser escravos do filtro anterior!

Somos ex-telespectadores que não fomos educados, preparados para cuidar nós mesmos de nossos filtros.

E começo a achar que isso é uma tarefa afetiva – cognitiva grande, sofisticada, complexa e que está muito além de lidar com tecnologia, como defendi no post passado.

Envolve as profundezas do nosso afeto, na relação mais primitiva com papai e mamãe que filtravam o mundo para nós.

É toda uma geração que está sem saber como administrar a informação no mundo.

A informação da época da televisão começava com alguém nos dando a tampa da caixa de um quebra-cabeças, explicando como as coisas se encaixavam.

E nós complementávamos isso com mais um tanto de informação, o que reforçava uma visão de mundo.

Hoje, não temos mais a tampa da caixa, temos apenas as peças.

Milhares de peças que não sabemos como dar um corpo.

E por isso essa sensação de tão perdidos.

Os dois lados, por incrível que pareça, com a tampa ou sem a tampa nos leva ao mesmo lugar: ao imobilismo.

Só conseguiremos fazer grandes mudanças quando ampliarmos coletivamente a maturidade de vermos o mundo por nós mesmos.

É disso que se trata.

Sá vai haver mundo 2.0, democracia 2.0, etc se as pontas foram auto-suficientes em lidar com tanta informação!

Nós precisamos incorporar um “editor de mundo”, coisa para o qual não fomos educados na escola, que nos ensinou a seguir o professor, a mamãe-tevê.

E perder o medo de nos expressarmos.

Há uma incompatibilidade total entre como aprendemos a lidar com a informação, com alguém nos guiando para nós caminhando com nossas próprias pernas.

Por isso, esse desespero.

Os passos a serem dados?

De longo prazo:

  • – nova educação mais associativa e mais filosófica, mais questinadora, formadora de tampas de caixas de quabra-cabeças e não montadores de peças;
  • – superação de medos, vergonhas, timidez para podermos passar a ser agentes de informação e não apenas consumidores, telespectadores como no passado (temos vergonha de nos expressarmos, pois somos os tímidos da mídia de massa).

De curto prazo:

  • Superação disso, através de uma revisão de nosso prática, ampliando a leitura de clássicos, de quem forma cenários e reduzindo (e muito) o consumo de informação sem nexo;
  • Consumindo e, ao mesmo tempo, escrevendo, repensando e digerindo o que lemos, através das questões fundamentais. (Quem não escreve, não digere.)

Sair da fofoca para o significado!

Sair dos dados para a sabedoria!

É um caminho difícil, um grande desafio, o grande salto a ser dado para chegarmos num mundo mais descentralizado.

Sem esse amadurecimento, esquece!

Montei um curso para discutir isso, tentando fechar uma primeira turma, mas aberto a levar para qualquer lugar seja online ou presencial.

 

Dentro de cada Internauta dorme um telespectador passivo que ainda não amadureceu para ser um agente de informação Nepô da safra de 2011;

Sim, também já pensei  que a mudança do mundo, com a chegada da Internet se daria por termos todos mais informação.

Mas amadureci.

Acho que isso é parte, mas tem mais coisa.

Quando MacLuhan diz que o “meio é a mensagem”, que é uma frase meio enigmática, acho que ele quis dizer: “o meio é a modelagem”.

Ou seja, vestimos tecnologias e elas nos moldam, tanto quando nós a moldamos.

Carros, roupas, geladeiras, elevadores, tudo isso passa a fazer parte de nossas vidas, do nosso ambiente social/tecnológico, já que sempre teremos tecnologias ao nosso redor para sobrevivermos.

E nós as incorporamos na nossa maneira de pensar e sentir o mundo.

Somos socio-tecnológicos.

As tecnologias cognitivas são ainda mais radicais.

Nos revestem de um novo vestir, dentro do qual nos comunicamos/informamos.

Passamos a ser algo diferente a partir delas.

O meio somos nós e nós somos o meio.

Assim, quando se fala em “usar a Internet” e se ter mais informações existe uma parte cognitiva e um outro lado afetivo do que precisamos amadurecer, no caso coletivamente, com o uso dessa tecnologia.

Nosso afeto é moldado pelos filtros informacionais.

E é disso que tratamos de discutir aqui.

Há um grande salto afetivo coletivo com o uso da Internet.

Explico.

  • Uma sociedade se organiza, a partir de uma ordem estabelecida.
  • Essa ordem é determinada pelos filtros da informação existentes;

(Quando pensamos em mídias, na verdade, estamos falando de filtros.)

  • Estes filtros nos infantilizam para que possamos “aceitar” o poder vigente;
  • Quando muda-se os filtros, há um amadurecimento coletivo, uma preparação para uma nova sociedade com um outro poder mais sofisticado;
  • Assim, a “desfiltração” é um processo de amadurecimento geral, da escolha dos cidadãos por novos filtros e isso é um crescimento afetivo geral que nos coloca aptos para uma nova sociedade mais descentralizada.

Só poderemos descentralizar se todos nós pudermos escolher de forma mais madura os filtros que nos guiam e isso é o que está ocorrendo agora.

Estamos deixando de ser infantilizados pelo “filtro_de_papai_e_mamãe _mídia_de_massa” para criarmos um novo tipo de escolha.

Foi o que ocorreu com a chegada do papel impresso, na sociedade, outra revolução da informação, em 1450, na Alemanha,  que possibilitou o acesso à novas fontes para a sociedade, que culminou nas revoluções sociais mais democráticas que se seguiram 200 anos depois.

Nas quais o cidadão mudou a relação com Deus (como comentei aqui) e com os governantes que iam cuidar de sua vida.

Um upgrade cognitivo e (muito) afetivo!

Os reis absolutos deram lugar a algo mais palatável, mais escolhido, menos infantil.

Além do “meio ser a mensagem”, acredito que somos o resultado dos filtros que temos.

O que nossa mãe nos dizia quando éramos pequenos?

Não fale com estranhos!!!!

Os filtros sociais nos induzem a falar com conhecidos e receber a informação destes, o que nos limitam cognitivamente (ideias viciadas) e afetivamente (só nos relacionamos com conhecidos).

Somos infantilizados pelo habitual, o que se modifica em uma revolução da informação.

Agora, afetivamente escolhemos os desconhecidos com os quais vale a pena nos relacionar.

E isso exige maturidade.

Estamos nos preparando para um mundo mais complexo e isso exige um novo tipo de afeto menos infantil, que nos permite fazer coisas nas pontas sozinhos que antes não tínhamos maturidade para fazer.

Isso nos leva a outro caminho.

Da nossa incapacidade de deixarmos de ser telespectadores infantis, a escolher nossos filtros e saber lidar com eles de forma mais madura.

Mais isso é papo para outro post!

(Que acabei fazendo, veja aqui.)

Que dizes?

Uma tese de doutorado é um post que ficou longo demais – Nepôda safra 2011;

Demorou, mas como diz o filósofo da multidão, todo túnel chega ao fim, se você não parar no meio. 😉

Eis, então a tal tese.

(Agradeço a todos que me ajudaram, incluindo meus dois orientadores Rosali e Marcos.)

Não é agora que sou doutor que vou dizer que a tese é necessária.

Não acho que é.

Acredito que um doutorado pode ser feito com artigos e até com um blog, como já defendi por aqui.

A tese começou com uma ideia, passou para outra e acabou em uma terceira.

Minha vontade era de defender que a Internet está aí por causa do aumento da população, toco nisso, mas não chego lá.

Comecei a falar de macrocrise de informação e como não havia nada sobre isso, cumpri o papel de defender esse novo conceito na área.

Depois dele, poderia falar nas causas da macrocrise, mas já tinha quase 200 páginas e guardei munição para o pós-doc, que anda rondando aqui a minha cabeça.

Pois bem, ei-la em PDF.

Leiam em comentem.

 

 

 

Quanto mais consumimos informações irrelevantes, mais alienado estamos Nepô da safra 2011;

 

Há um certo mito de que a informação nos leva sempre à consciência.

Porém, a mesma informação que pode amadurecer, pode  infantilizar.

A que pode conscientizar, pode alienar também, depende da dose e do objetivo.

Tenho observado algumas coisas interessantes nesse vasto mundo, de Raimundo.

  • 1) a informação é uma ferramenta que só tem sentido quando nos leva à ação. É uma ferramenta para a mudança;
  • 2) informação que não está ligada à mudança, a minimização de problemas (de sofrimentos), passa a ser uma informação irrelevante, de prateleira,  que pode, ao invés de conscientizar,  nos levar à alienação, uma arma para manter o status quo.

O caso típico é aquele intelectual de prateleira que sabe de tudo, mas não muda nada.

Ou nós quando consumimos tudo que nos chega, mas não digerimos e o que era para nos fazer pensar e mudar, nos paralisa.

Cuidado, consumir informação na Internet pode estar fazendo, ao contrário do que se imagina, nos tornando mais conservadores, se não a transformamos em ação!

Só é possível administrar melhor a informação quando ela está a serviço de um processo de mudança.

A vida com suas respostas inapeláveis é um ótimo parâmetro para saber se estamos no caminho mais ou menos eficaz.

Quem não coloca a vida – e sua contínua mudança –  como um parâmetro para modelar a informação necessária,  começa a se perder no tempo.

E se alienar.

Que dizes?

Mais sobre essas questões no curso sobre como lidar com excesso de informação.

Uma revolução social é pinto, diante do galinheiro da revolução informacional – Nepôda safra 2011;

Na atual crise teórica, filosófica, paradigmática da Revolução da Informação a maior dificuldade que temos de rever alguns conceitos é sobre a influência das tecnologias da inteligência (como gosta Lévy) na vida social.

(Já usei também tecnologicas cognitivas, fica a critério de cada um.)

É bom, antes de tudo, separar tecnologias.

Não é incomum, até em palestras que participei, de alguém comparar a revolução informacional em curso com a chegada da luz elétrica, da locomotiva ou do avião.

Sim, são revoluções tecnológicas importantes, mas aqui é um tipo de mudança tecnológica particular e específica: a passagem de uma tecnologia intelectual, que expande a nossa capacidade cognitiva, para outras que expandem outras impotências humanas (ver no escuro, ir mais longe, mais rápido, voar).

A capacidade de pensar define como nos organizamos e isso tem uma relação direta com o controle da informação e, por sua vez, com o poder.

O que deve ser chamada a atenção para não haver confusão.

Assim, o primeiro passo para criar uma lógica menos ilógica com a chegada da Internet é estudar o passado das mudanças das tecnologias da inteligência, tal como a fala, a escrita e suas vertentes, escrita manual, impressa, depois a difusão da voz, via rádio, e das imagens, via tevê.

Amplia-se ainda pelo telégrafo,  telefone, celular, que expandiu nossa capacidade de conversar ainda dentro da perspectiva das tecnologias da inteligência.

Esta é uma barreira que precisa ser superada para não nos perdermos na lógica da estrada.

Há em curso uma mudança radical em uma tecnologia da inteligência. Que tem causas e consequências específicas que devem ser estudadas sob esse ponto de vista!

O segundo passo a ser dado é separar mudanças diversas de diferentes tecnologias da inteligência.

Há várias formas de se chegar a essa diferença, já vi inúmeras, mas a mais eficaz e a que me ajudou a afinar o fenômeno é o impacto que essa nova tecnologia intelectual exerce sobre o ambiente de poder estabelecido pela sociedade.

As tecnologias da inteligência são as que mais influenciam em mudanças radicais na forma que organizamos a sociedade!

O rádio, a tevê, o telefone, o fax foram, sem dúvida, novas tecnologias da inteligência importantes para o mundo provocaram diferentes mudanças, estuda-se profundamente seus aspectos até hoje.

Porém, a sua capacidade de criar novos canais na sociedade, abrindo o leque para novos atores, não se mostraram efetivos. Foram criados e utilizados basicamente por aqueles que já detinham já os instrumentos do poder.

Foram tecnologias da inteligência que reforçaram e ampliaram, aliás, o poder que existia, obviamente, com mudanças sutis e cosméticas aqui e ali, mas não de forma radical, como vemos na rede.

Tais tecnologias da inteligência tinham cláusulas de barreiras altas, eram caras, nem todos podiam operá-las.

Além disso, o controle sobre aqueles que ousavam desafiá-la não era tão complexo, vide a repressão às rádios piratas.

Ou seja, outro passo que temos que dar é que há diferentes tecnologias intelectuais.

As que permitem uma oxigenação social, ferramentas que permitem a circulação de novas ideias na sociedade, a baixo custo, como foi o caso da fala, da escrita, principalmente a partir da difusão da prensa.

Tais tecnologias rompem com o controle informacional anterior, sendo uma ampla estrada para mudanças sociais de larga expressão.

E, de outro, lado tecnologias da inteligência que mantém o controle informacional, como foi o rádio e a tevê.

Ao olharmos a Internet, portanto, temos que descartá-la como uma uma mudança tecnológica qualquer como a chegada da luz elétrica, por exemplo.

Mas uma mudança de uma tecnologia da inteligência.

E ainda um tecnologica da inteligência barata e oxigenadora, que cria um descontrole de poder, ou seja, radical.

Por fim, é preciso quebrar outro mito, este mais difícil, pois a adesão coletiva à uma tecnologia da inteligência propicia (não faz por si só) mudanças sociais. Podemos chamar de:

A mão invisível da informação.

Ou seja, o descontrole informacional permite novas ideias circulando e quem quer mudar o que não lhe agrada passa a ter um canal privilegiado para isso.

Assim, revoluções da informação são barrigas grávidas de revoluções sociais.

Explico.

Gutenberg, ao lançar a prensa, tinha o objetivo de vender panfletos na porta da Igreja de forma mais barata.

Estava há milênios de anos luz da sua mente imaginar que a difusão da escrita impressa iria ajudar tanto o mundo nas mudanças que se seguiram.

Tal como a revolução francesa, industrial, americana, o surgimento do próprio capitalismo e até a sua crítica, o comunismo, todos movimentos feitos a base da troca de ideias no papel impresso.

Idem com o surgimento da Internet nos EUA, que tinha fins militares.

Ou seja, os estudos da história da informação que se iniciam fortemente impulsionados pela Internet já demonstram que temos que rever a maneira que a história é pensada, tanto pelos historiadores não-marxistas, como por estes.

De alguma forma, ambos terão que rever o papel das tecnologias da inteligência em mudanças radicais na sociedade, a partir de um ambiente na qual as ideias ficam mais baratas para circular e são incontroláveis pelo poder vigente.

Diante disso, cria-se um novo cenário e abre-se uma nova etapa humana, dentro da qual as lutas internas, de poder, de classe, econômicos, começam a duelar, na qual as velhas teorias podem ser aplicadas, porém, dentro de um novo patamar de correlação de forças.

Na pós-revolução da informação os cidadãos passam a ter mais poder de mudança e embaralham de forma diferente as antigas teorias.

É um elemento macro a mais a ser pensado e incorporado na fórmula final de cada um dos campos que estudam a sociedade.

Que dizes?

 

 

 

Pessoal,

a partir de um artigo na Revista Dom da Fundação Dom Cabral, 12, cheguei a Chris Argyris.
O que me chamou a atenção é que ele diz que existem dois tipos de formação, single loop e o double loop learning.
A primeira resolve problemas pontuais e a segunda vai mais fundo nas premissas.
Acredito que os modelos de cursos de pós que estamos fazendo tem justamente esse problema estamos investindo no single loop,
como se o mercado fosse continuar igual, quando precisamos o double looping, no qual temos que rever as bases das premissas.
Veja o detalhe dele neste texto:
Um dos conceitos importantes de Argyris, a Ciência da Ação, começa com o estudo de como seres humanos imaginam suas ações em situações complicadas. Ações humanas são designadas para atingir pretendidas conseqüências e governadas por uma série de variáveis ambientais.
O modo como essas variáveis governantes são tratadas ao designar ações são as diferenças cruciais entre o single loop e o double loop learning. Quando ações são designadas para atingir as conseqüências pretendidas e suprimir conflitos quanto às variáveis governantes, um ciclo de single loop learning geralmente ocorre.
De outra maneira, quando ações são tomadas, não apenas para atingir os resultados pretendidos, mas também para abertamente inquirir acerca de conflito e possivelmente transformar as variáveis governantes, ambos os ciclos de single e double loop ocorrem.Chris Argyris  

Na revista da FDC, diz-se que na aprendizagem de circuito duplo há uma identificação do erro organizacional e das premissas que o geraram o que permite usa correção de forma mais aprofundada. Ainda no artigo, citam estudo da Business Week em que 500 maiores empresas questionam o método de aprendizado que considera o aluno um receptáculo vazio, dizem:
“O ensino tradicional não se encaixa nas demandas de um tipo de mercado que parece estar crescendo. Fórmulas tradicionais se esgotaram e as empresas buscam outras formas mais adaptadas aos desafios empresarias”
Fala-se muito em co-criação e o fim de palestras e aulas unidirecionais. E ainda o alinhamento do rigor teórico com casos práticos.
Que dizem?

 

É melhor uma filosofia barata, do que filosofia nenhuma – Nepôda safra 2011;

Tanta confusão, né?

No meu último módulo no IGEC discutimos o assunto: o que é modismo e o que é tendência nesse mundo 2.0 tão louco?

Com tantas mudanças?

E aí vem a Marilena Chauí, num livro que recomendo a todos “Convite à Filosofia” e me diz o seguinte:

“A filosofia tem especial interesse pelos momentos de crise ou críticos, quando sistemas se envolvem em contradições internas, ou buscam transformações e mudanças cujo sentido não está claro e precisa ser compreendido”.

A filosofia é uma atitude humana de questionar, diria que é um verbo, uma maneira de ver o mundo, chamo a Chauí de volta:

“Filosofia é uma reflexão (não uma ciência) sem a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual (…) tem como finalidade ensinar-nos a virtude, o bem-viver (…) de como pensamos, agimos e falamos, através da análise, reflexão, da crítica, da síntese é o mais útil de todos os saberes de que os seres humanos são capazes.(…) “

Tenho dito aqui nesse humilde blog de esquina da rede que estamos entrando em um surto filosófico, pós-revolução informacional, pois justamente estamos precisando rever todos os conceitos que estão aí no mundo perdidos.

Uma revolução informacional retira da sociedade um véu do controle da informação, que deixa de bumbum de fora o que era líquido (ou melhor sólido) e certo.

O poder vigente consolida conceitos para se manter e estes, quando começam a ser oxigenados, passam a ter que se refeitos.

Eis o movimento filosófico em curso.

Precisamos subir o patamar e como detalhei nas 3 dimensões da informação, estamos necessitando subir na cobertura do conhecimento humano para conseguirmos resgatar uma lógica perdida, portanto, a filosofia.

E veja, que no livro da Chauí me veio uma chave importante para esse tema tão discutido do que é do que é modismo ou tendência no mundo 2.0?

O que vem para ficar com a rede e o que passará rapidamente?

A filósofa nos lembra que os gregos definiram que no mundo temos três fenômenos sociais e da natureza que precisam ser separados: o necessário, o acaso e o possível.

  • O necessário é algo que sempre acontecerá por faz parte das necessidades;
  • O acaso, idem, mas não são tão regulares, são coisas que acontecem, que mudam, mas sob as quais não temos ingerência também;
  • E o possível que são coisas que não estão dadas, que dependem de ações humanas que podem nos levar a diferentes caminhos, conforme nossa ação.

Tal fato, nos leva a caminhos muito interessantes se aplicarmos esses conceitos ao estudo da Internet.

Ao emprestarmos a rede fatores que são determinantes, tais como: ” A Internet vai nos deixar mais burros, mais superficiais” Ou que “é um celeiro de criminosos” etc, estamos colocando um fator necessário, como se fizesse parte constituinte do fenômeno e não algo que temos a capacidade com ações interferir, possível.

A rede lida com os fatores necessários, do tipo melhorar a produção, a inovação, a informação para podermos sobreviver. Sem ela, o mundo entra em colapso por causa da super-população.

Isso parece lógico e necessário.


O que acontecerá, a partir desse fato, podemos atribuir alguns fatores ao acaso, como o surgimento do Facebook ou do Google, daquele jeito, por aquelas pessoas.

Porém, como vamos utilizá-los, as campanhas que podemos fazer para corrigir rumos que a Internet pode estar tomando, tais como não privilegiar o acesso a todos ou reduzir a comunicação presencial, são fatores que podemos agir e inteferir.

Não estão dados, são passíveis de ação.

Tal fato, demonstra o quanto a filosofia vai entrar nas nossas vidas, é o elemento que falta para podermos dar saltos de compreensão.

E que não devemos acreditar em determinados fatores sólidos sobre a rede, daquilo que podemos mudar.

O interessante é que quem não quer mudar escolhe justamente os dois inversos.

  • A rede não vai vingar é modismo, passível de alteração.
  • E será ruimo para a sociedade, tendência.

Quando a lógica mostra justamente o contrário.

Ela é necessária e inapelável, porém tem coisas que devemos e podemos mudar!

Basta agir.

Que dizes?

 

Num mundo que se move a terabites por segundo, não serão os maiores que engolirão os menores, mas os mais rápidos que engolirão os mais lentos – Benito Paret – da coleção;

Bom, e chegou nem sei bem como o aviso que a Estante Virtual tem concorrente. A Estante é boa, mas anda meio parada, não inova, tem mil coisas que imagino para facilitar a minha vida lá (sou comprador frequente).

Aí, como todo o mercado que se preza, se o bicho não corre, alguém pega, mandei email para o pessoal do Livronauta e está aí uma entrevista para começar a falar deles com o empreendedor Giancarlo Rubio.

 

Segue:

A ideia do Livronauta surgiu a partir do sucesso da Estante?

A idéia foi anterior ao nascimento da Estante virtual em meados de 1995, mais não tivemos tempo e tecnologia suficiente para torná-lo realidade. Naquela época já existiam portais de livros usados no mundo inteiro  como o Iberlibro e a Abebooks, só faltava um no Brasil. Não podemos negar tambem que o sucesso da Estante Virtual nos fez ver o mercado com outros olhos e em Junho de 2010 iniciamos o desenvolvimento do Livronauta. Foram 6 longos anos de desenvolvimento, com uma equipe  qualificada e unida, até o lançamento em Janeiro de 2011.

Quantos sebos já estão na rede?

Hoje temos 207 sebos e livreiros e quase 1.5 milhão de livros, com esse número crescendo dia a dia.

Qual a mudança de conceito entre vocês e a Estante?

Nosso foco não é de ser apenas um portal de vendas de livros usados, oferecemos todas as ferramentas aos livreiros para que possam trabalhar adequeadamente com o livro. Todos os livreiros colaboram entre si no compartilhamento das informações bibliográficas,o que torna o precesso de catalogação extremamente ágil. Alem disso, nós gostamos muito do que fazemos e temos prazer em ver os livreiros satisfeitos. Nosso portal não oculta os dados do livreiros como telefone, endereço e email o que não permite que uma compra seja feita fora do portal. Com o surgimento do Livronauta vejo que muito deles recuperaram a auto-estima do seu sebo.

O que os usuários podem esperar de melhoria?

De ínicio usamos o modelo tradicional de venda, onde apenas fazemos a intermediação dela,  mas  estamos implantando uma política para garantir todas as transações, golpistas e picaretas, que são raros mais ainda existem, estarão fora do mercado nesse momento. Temos algumas outras idéias, mas que estão em fase de análise para ai sim serem divulgadas

E os livreiros?

Livreiros mais satisfeitos com o serviço do portal, que executem menos tarefas rotineiras do dia a dia e que possam gastar seu tempo em outras tarefas junta a a sua livraria ou ao cliente.

Vai ter espaço também para pessoas físicas venderem seus livros?

Até o momento não.

Acreditam que os sebos online baixam o preço dos livros no Brasil?

O valor do livro usado já é muito inferior em relação ao livro novo, e nem sempre o mais barato é o melhor ou mais bem conservado. Baixar o preço do livro significa tambem reduzir o ganho do livreiro, mais de certa forma a centralização dos preços, tende a aumentar o nível de comparação de preços. Dessa forma os clientes estão aptos a escolher o melhor custo beneficio e comprar de quem tiver a melhor oferta.


O que está no ar é tudo, ou vem mais coisa pela frente?

Temos muitas idéias novas, algumas que já estão em desenvolvimento e outras em fase de estudo. Viemos para assumir uma fatia do mercado dos portais de sebos.

 

Parabéns pela ousadia.

 

Mudança não é chuva que cai do céuNepôda safra de 2011;

Qual a missão de um agente de mudança 2.0?

O agente de mudança 2.0 é aquele que visa acelerar as mudanças para um mundo mais horizontal, aproveitando-se das oportunidades trazidas pela revolução da informação.

(Já falei mais sobre nós aqui.)

E ainda tentando minimizar os problemas que ela traz junto, pois nenhum tecnologia é só alegria, gera sofrimento também.

Temos alguns desafios:

  • – a lógica – compreender o DNA da mudança – causas e consequências;
  • – o discurso – conseguir colocar no papel, em verbo essa percepção e chegar no outro de tal forma que possa sensibilizá-lo, através de técnicas de colaboração, diálogo, participação, ego 2.0, etc…;
  • – a ação – reunir forças para que com uma nova lógica e compreensão, através de uma nova narrativa, as forças da mudança bem alinhadas consigam mexer seus pauzinhos.

Os três movimentos devem estar alinhados, mas nossa missão é deveras difícil, porém contamos com fortes aliados:

  • – o tempo que favorece cada vez mais à adesão a um mundo horizontal com o amadurecimento da rede e de todos que pensam sobre ela;
  • – a nova geração que força mudanças, pois já se habituou a um outro ambiente de consumo, produção e troca de informação;
  • – a competitividade que passa a ganhar vantagem enorme ao reduzir custo e ganhar escala com o novo modelo para atender a uma super-população, para qual o ambiente informacional anterior era/é incompetente.

Nossos principais inimigos:

  • O tamanho da mudança, pois não estamos acostumados a lidar com rupturas desse tamanho, o descontrole informacional modifica a base dos nossos conceitos, numa crise filosófica, que é difícil de ser absorvida rapidamente, ainda mais por quem toma decisões e tem muito a perder;
  • A tendência conservadora do ser humano que resiste à mudanças ainda mais nessa escala, ainda mais por quem tem mais a perder, ou mais responsabilidade, que vê tudo isso com muita cautela;
  • A dificuldade de aproximar dos tomadores de decisão daqueles que não  estão conseguindo entender bem o DNA da mudança, os que realmente decidem, que acabam, normalmente, cercados de pessoas mais próximas, mais pela continuidade do que pela ruptura.

Este é o cenário que deve ser visto com seus riscos, problemas e oportunidades.

É preciso, assim se preparar para:

  • Aprofundar a percepção, tanto teórica como conhecer os novos “cases de sucesso”;
  • Articular o que está na visão geral com o que está acontecendo;
  • Conseguir demonstrar o quanto a mudança é definitiva e mexe com a base do sistema, com a sobrevivência da organização;
  • Mostrar os resultado tangíveis nos resultados e procurar pessoas que tendem a ter menos resistência à mudança e com forte poder de decisão.

É um momento difícil e delicado.

Mas é, no mínimo, fascinante.

O que dizes?

Quem quiser se aprofundar abri o curso de preparação para agentes de mudança 2.0…ainda sem data, mas aguardando parceiros para realizar no Rio e fora daqui, presencial ou a distância.

Vamos organizar um evento no Rio, em breve com os agentes, aguarde!

Não reclame do excesso de informação, pois quem escolhe os filtros é você! – Nepô da safra 2011;

Costumamos classificar informação como um grande bolo.

Consumimos como se tudo fosse o mesmo prato, do mesmo tipo.

Ando pensando bastante e mais ainda agora que preparo meu novo curso sobre como lidar melhor com a explosão informacional em curso.

Pois bem, acredito que temos três dimensões da informação:

 

Informações factuais – as coisas que acontecem no mundo, mortes, vidas, acidentes, compras, vendas, golpes, eleições, etc.

As informações factuais nos enredam, perdemos a maior parte do tempo com elas, nos tomam, são aquilo que produzimos, os documentos, as planilhas, mas não conseguimos ver que existe uma lógica teórica e filosófica que poderiam nos dar mais sentido.

Acompanhamos fatos, através da mídia, das redes sociais e, quase sempre, nos perdemos neles.

 

– Informações teóricas – são aquelas que lidam com a fatos para dar um certo significado e aborda questões de sobrevivência, de classificação de diferentes fenômenos, que nos ajudam a sobreviver no mundo e a compreender os fatos.

Mas que estão dentro de uma filosofia mais geral, apesar de não percebermos isso.

As informações teóricas guiam nossa prática, mudam mais constantemente, estão coladas mais nos nosso softwares aplicativos do que na placa-mãe,  são até visíveis, são da ordem da estrutura, mexem com movimentos mais próximos das nossas vidas.

Abordamos mais na universidade e nas pós,  temos também pouco tempo para pensar sobre elas no dia-a-dia, apesar de serem elas que nos guiam na nossa vida prática, pois consideramos que a melhor maneira de fazer é por aqui, baseado em alguma teoria.

Porém,  foram construídas por pessoas, que ao se perpetuar no tempo se tornaram muitas vezes pouco visíveis.

– Informação filosófica – aquela que consolida teorias para dar um certo significado, que trata de questões do ser, do significado, das questões da nossa relação com o desconhecido, com Deus, o poder superior, morte, etc (ser ou não ser);

As informações filosóficas são constituintes, pouco mudam, estão coladas na nossa placa mãe, são invisíveis, são da ordem da super-estrutura, mexem com movimentos macros.

Abordamos pouco na escola, não temos tempo para ela no dia-a-dia, apesar de serem elas que nos guiam, pois consideramos que somos ela, são nossa filosofia de vida, nossa religião, nossa maneira de pensar, quando, na verdade, foram  construções de um coletivo de pessoas, que ao se perpetuar no tempo se tornaram invisíveis, como se fossem nossas.

Ou seja, gastamos muito tempo com fatos, pouco com teoria e quase nada com filosofia.

O problema é que quando temos uma revolução da informação, como consequência, temos uma explosão informacional e sugere-se inverter o triângulo. Gastar mais tempo para compreender as filosofias, que abrangem as teorias que nos ajudam a analisar os fatos.

Analisar fato funciona em momentos de estabilidade, quando a lógica está consolidada, mas são abalada nas rupturas, como a que vivemos com a chegada da Internet.

Nestes momentos, sem a filosofia não entendemos das diferentes teorias, que nos permitiriam ordenar melhor os fatos e perder menos tempo com que é interessante, mas não relevante.

Conseguir resolver a crise informacional em curso é conseguir dedicar mais tempo a refletir sobre as filosofias macros, pois elas estão mudando.

São a base das grandes mudanças em curso.

São estas mudanças que vão separar o que é modismo (fatos/teorias) de mudanças filosóficas grandes.

Assim, podemos ver o que é preciso rever nas teorias e como podemos compreender melhor os fatos.

Isso torna-se mais evidente e necessário em uma revolução informacional, que descortina a falta de compreensão dos fatos, que nos fazem rever teorias e fica evidente que as filosofias que estamos baseados não são nossa maneira de pensar, mas um arcabouço construído que deve ser revisto para rever teorias e, por fim, conseguir analisar melhor os fatos.

Gasta-se menos tempo e tem-se muito mais.

Que dizes?

No navio do novo século é preciso jogar as lógicas passadas ao mar Nepôda safra 2011;

Já venho há anos trabalhando para compreender os motivos e o encadeamento das mudanças em uma revolução da informação, que tentei trabalhar na tese, não deu, devido à complexidade e devo caminhar para um pós-doc, provalvemente na Coppe/UFRJ, Engenharia de Produção, sob orientação de Marcos Cavalcanti.

A base da relação é a seguinte:

Existe uma relação de causa e efeito entre o aumento da população, a produção, a inovação, a informação e a democracia.

Ou seja, quanto mais aumenta a população nos países que fazem parte do bloco produtivo do mundo, mais criamos crises de produção, que se resolvem com inovação, que, por sua vez, exigem mais liberdade informacional, que obriga a se ter mais liberdade política.

Esta é a base lógica de uma revolução informacional, que nos leva basicamente a superar uma crise produtiva, com o aumento da velocidade e qualidade da inovação, através de um ambiente mais aberto de informação, criando uma nova democracia.

Eis o desenho:

QUADRADO_REV_INFORMACAO

Tal lógica nos leva a compreender a mudança atual, pois precisamos descentralizar a sociedade para atender as novas demandas, mudando a forma de controle da informação e de poder anteriormente estabelecida.

Portanto, a meta de implantação de projetos 2.0 está no aumento da inovação para produzir melhor, através de uma informação mais descentralizada e uma nova forma de gestão mais aberta.

É isso.

O que dizes?

O marco zero

O termo “revolução” serrá utilizado para indicar a velocidade, abrangência e intensidade das mudanças relativas ao fenômeno das mídias sociais – Leonardo Araújo e Rogério Gava;

Gostei muito do artigo da Revista Dom, 13, da Fundação Dom Cabral, de Leonardo Araújo e Rogério Gava com o título “Proatividade de mercado e mídias sociais”.

(Não achei na rede.)

O artigo tem uma boa narrativa sobre a necessidade de mudança nas organizações por causa das redes sociais.

Gostei de alguns termos como passagem do broadcasting para o socialcasting, que ainda não tinha reparado na sonoridade e na força da palavra socialcasting.

E temos dois pontos altos, pois os autores têm o que falta muito hoje em dia, capacidade de síntese, criatividade e coragem para criar termos novos e não ficar repetindo receitas.

O primeiro conceito é o “momentos-zero“, que define situações nas quais uma grande mudança começa, a partir de um novo paradigma.

E citam, no mercado, as situações de mudança em três dimensões:

  • Oferta;
  • Indústria;
  • E Cliente.

E consideram que as mídias sociais alteram a dimensão Cliente, de forma inusitada, envolvente, jamais experimentada,  com novas dinâmica, com grande impacto e amplitude.

O outro ponto de destaque é a orientação das empresas em relação ao mercado e as mudanças, que eles chamam de organizações:

  • Ativadoras;
  • Atentas;
  • Ajustadas;
  • E aflitas.

Pela ordem.

As primeiras promovem a mudança, as atentas seguem rápido, as ajustadas vão se preparando e as aflitas ficam desesperadas. 😉

O artigo ainda fala em co-criação e inovação aberta como grandes tendências e me parece que está tudo lá. Muito bom.

Mandei o seguinte e-mail para os dois, que serve para o comentário final do post, daquilo que problematizaria ao tema (dei uma melhorada por aqui):

Tenho feito a abordagem do mesmo fenômeno do ponto de vista da informação e o impacto dessa na sociedade como ocorreu com a prensa. Tal abordagem permite criar argumentos que reforçam essa visão.

Vocês tocam na questão estratégica mais voltada para a comunicação e do marketing, mas tenho evoluído para o caminho da alteração da própria gestão.

Por quê?

Há uma outra dimensão não estudada de marco-zero, que você colocou no cliente, pois é mais visível nele que eu chamaria para adaptar à sua narrativa o momento-zero de uma revolução da informação, quando há um descontrole informacional, (na dimensão informação) que é uma grande e importante dimensão oculta, na qual o cliente aparece, porém logo vai se refletir também internamente entre os colaboradores da geração Y, problema vivido pela Petrobras, Dataprev, Prodesp e BNDES, Vale, todos meus clientes.

Seria uma dimensão não trabalhada, pois não é todo dia, fazem 500 anos, que tivemos uma coisa parecida.

Tal visão, alarga a dimensão da mudança, pois é o ambiente de produção e consumo da informação que muda, afetando inicialmente a maneira do cliente se relacionar com as empresas e com toda a sociedade.

Esse post me deu vontade de escrever outra sobre co-vencimento 2.0, que seria a capacidade de criar novas narrativas.

Vou preparar.

Que dizem?


Uma boa pergunta vale mais do que mil respostas Marx;

Definida as repostas, as pessoas, organizações, sociedade traçam estratégia para um lado ou para outro, são elas:

(Processo beta que pode mudar com a interação.)

  1. A Internet é uma evolução ou uma revolução para a sociedade?
  2. Em sendo evolução, de que tipo? /Em sendo revolução, de que tipo?
  3. A Internet afetará a civilização (*) a médio e longo prazo?
  4. Caso sim, como? Caso não, por que?
  5. Em caso sim, quais as tendências de mudanças nos diferentes setores fundamentais (Produção, Educação, Informação/Conhecimento/Comunicação, Saúde, Relacionamentos)?
  6. A Internet vai melhorar ou piorar a humanidade (**)?
  7. Caso sim, como? Caso não, por que?

(*) todas as atividades de sobrevivência do ser humano”;

(**) todas atividades humanas que vão além da sobrevivência.

Responda as questões acima e te direis quem és no mundo 2.0.

Que dizes?

Que sugeres?

Que respondes?

Aqui no BNDES a discussão mudou de patamar após o workshop com o Nepô” – Nelson Pfefer – Gerente de Desenvolvimento de  Recursos Humanos do BNDES;

VER AGENDA DOS CURSOS ABERTOS

DEPOIMENTOS DE CLIENTES E ALUNOS

Uma pedaço do curso em SP em Junho/2011:

Wikishop estratégico – onde estamos para onde vamos com o mundo digital em rede e o que você deve fazer para ir junto?

Carga horária: variável, conforme disponibilidade do cliente

Conteúdo:

  • Por que a Internet não é apenas uma revolução tecnológica, mas sim uma revolução da Informação? Qual a diferença entre ambas?
  • Qual foi a última revolução da informação no mundo? Quais foram as causas e consequências?
  • Qual é o DNA de uma Revolução da Informação? Quais são as motivações? Como relacionamos demanda de consumo, produção, inovação, informação e mudanças de gestão?
  • Por que as organizações devem migrar para os modelos atuais de “aranha” (hierárquica) para ”estrelas do mar” (rede) sob o risco de perder competitividade?
  • Quais são os passos a serem dados? Por que a implantação de Redes Sociais Internas e Externas é muito mais um projeto estratégico do que operacional? Riscos e oportunidades nesse caminho?

Ganhos tangíveis:

  • Compreensão embasada, através de argumentos lógicos e consistentes sobre o fenômeno das redes digitais, passado, presente e futuro;
  • Capacitação para tomada de decisão de ações a serem feitas de forma ordenada, com mais retorno e menor custo;
  • Capacidade de medir resultados.

Didática:

  • Encontros sem o uso das tecnologias, apenas a conversa e escuta;
  • Não utilizo slides, todos os encontros são feitos de improviso, seguindo um roteiro geral, mas completamente direcionado pele demanda dos participantes;
  • Apresentação de argumentos para discussão, ao invés de afirmações vazias, baseadas na autoridade das fontes;
  • Diálogo e escuta atenta, respeitando o conhecimento dos participantes.

Investimento: (conforme tempo e local)

Forma de pagamento:

  • 50% no agendamento;
  • 50% na conclusão do evento.

Local: oferecido pelo cliente.

Quem é Carlos Nepomuceno?

Não é guru, mágico, profeta, ilusionista, apenas um pesquisador persistente, honesto, que gosta da boa lógica, autores com consistência e conversar e aprender com os outros, por isso, está sempre aprendendo e desaprendendo.

Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense/IBICT, no qual se dedica há mais de 15 anos a estudar a história de outras revoluções informacionais e, por isso, consegue ter uma visão mais ampla e profunda do fenômeno. Graduado em Jornalismo e Mestre em Ciência da Informação;

Apesar da consistência teórica, Nepô, como gosta de ser chamado, é empreendedor há mais de 15 anos na Internet, com mais de 400 projetos desenvolvidos em todas as áreas, formatos e tamanhos, até consultoria estratégica e treinamento em empresas de grande porte em todo o país, principalmente no Rio de Janeiro.

Tem ajudado empresas como Vale, Nokia, Petrobras, BNDES, Dataprev, Prodesp a ter uma visão mais ampla sobre o fenômeno, procurando alterar modelos mentais. Recebeu o prêmio da Revista Info, há cerca de dois anos, por ser considerado uma dos 50 pessoas mais inovadoras do país na área de tecnologia.

Nepô se caracteriza por seguir a filosofia de Gandhi; “Seja a revolução que queres para o mundo“. Assim, tem um dos blogs mais ativos no Brasil (www.nepo.com.br) do mundo 2.0, com mais de três anos de atividade, com postagens diárias (pode ler o novo post de hoje).

São até hoje 800 postagens, com mais de 4700 comentários.

É ativo nas redes sociais, através de dicas e principalmente frases curtas e filosóficas sobre fenômeno, com forte carga filosófica e humana, através do Twitter, (@cnepomuceno), replicando no Facebook e Linkedin com cerca de 3 mil seguidores, a maioria com especialização no mundo 2.0.

Promove encontros como o atual há 7 anos em diversas cidades brasileiras e pela própria Internet, naquilo que ele chama “sala de aula 2.0“, baseada no conceito do diálogo honesto. (Pede que os participantes não levem laptops e deixem todos os seus gadgets desligados durante o encontro).

A média das notas na avaliação dos participantes de suas palestras, cursos e encontros é de 9 a 10.

VER AGENDA DOS CURSOS ABERTOS

DEPOIMENTOS DE CLIENTES E ALUNOS

(Veja abaixo mais depoimentos nos comentários)

 

Deus 2.0

Deus é a nossa impotência em forma de crença – Nepôda safra de 2011;

Bom, vamos a um tema mais profundo e polêmico.

(Para informação, sou agnóstico, respeito quem acredita e faço, apenas, digressões filosóficas, históricas e pseudo-científicas sobre a relação de Deus com a Informação sem querer desrespeitar ninguém.)

Que bom que tenho um blog para essa prática compartilhada! 🙂

Diria que o fenômeno “Deus” para a civilização – do meu ponto de vista –  representa a necessidade humana de lidar com tudo aquilo que não conseguimos controlar ou explicar.

(Claro que cada um tem uma relação com isso, mas falo da humanidade.)

Lá dos tempos dos Deuses da chuva, do trovão, da água, da terra, etc…Deus vem sendo útil e necessário para a humanidade para lidar com as suas impotências.

Vide a adoração e largo uso de seu nome, principalmente em fenômenos que não conseguimos controlar ou explicar (enchentes, terremotos, Realengos).

Se sou impotente diante de um fato, “entrego a Deus”.

O avanço da civilização – aumento de população – vem nos obrigando a sofisticar nossa relação com nossas impotências e com as coisas que não podemos explicar.

Vem a Ciência tentar ajudar um pouco a “explicar” o que seria culpa de Deus.

  • Deus ficaria no espaço daquilo que não conseguimos explicar – nossa impotência;
  • A Ciência é a tentativa de exercer nossa potência, delimitada por descobertas possíveis que vem se colocar no lugar de Deus.
  • E a nossa onipotência é achar que tanto uma quanto a outra vão resolver todos os nossos problemas.

Quanto mais complexo é o ambiente menos podemos lidar com fatores imponderáveis, que a ciência, as técnicas tentam agir e tentar explicar.

(Recuso-me a aceitar quando se fala em fenômeno inexplicável. Diria: fenômeno ainda não estudado e aprofundado para chegarmos a verdades sempre provisórias sobre ele.)

A ciência – nos últimos séculos – cumpriu o papel de ir jogando luz nos “deuses do trovão e etc”.

Sofisticando a figura de Deus.

Há, assim, uma relação intrínseca entre nosso avanço enquanto humanos em direção a dominar a natureza para sobreviver, a necessidade de mais ciência e, podemos dizer, da sofisticação, inclusive, do conceito de Deus.

Por fim, tudo isso é influenciado pelos ambientes informacionais.

O conceito de Deus antes do surgimento da escrita impressa, que popularizou a mesma, era de um Deus mais gestor, que escolhia reis (que tinham sangue azul por causa disso) e papas.

Ambos exerciam uma forte influência na sociedade, que era muito mais regida por Deus do que é hoje, cada vez menos gestor.

Deus é a figura do pai e exerce simbolicamente um papel importante em como respeitamos as autoridades.

Vejo pessoas que atribuem a dada autoridade algo de Deus.

Quando Deus perdeu seu espaço e força na gestão das sociedades, por causa do avanço da ciência e do domínio informacional, criamos regimes democráticos que incorporavam o poder de Deus às pessoas, quando passamos a escolher quem nos representava na sociedade.

E não mais aceitávamos quem Deus havia escolhido um Rei de sangue azul.

“Deus Autoridades” passaram a ser eleita, digamos assim por um poder mais coletivo dos homens e menos divinos.

Não era mais compatível um estado no qual Deus podia escolher quem nos governava, apesar de isso existir fortemente e até com retornos do poder da religião nos Estados ainda hoje.

A chegada de um novo ambiente informacional tende a nos levar a um avanço na possibilidade de conhecer, de trocar, de quebrar determinados paradigmas, entre eles, a figura de quem nos representa (em nome de Deus (coletivo), mesmo escolhido por nós).

Há – como houve – no fim da Idade Média, marcada pela chegada do papel impresso, o surgimento de um Deus mais horizontal, pois as pessoas se “potencializam” com a nova mídia e descobriram que o “Deus” é mais a gente do que achávamos antes.

E temos mais poder do que imaginávamos.

Deus tende a ser incorporado nas pessoas.

Potencializando-as e reduzindo seu medo diante do desconhecido.

E isso é uma subjetividade importante na mudança em curso.

Tal imaginário, pode-se dizer, que começa a criar um novo Deus 2.0, muito mais horizontal do que o anterior, com mais potência do indivíduo em relação ao coletivo.

Somos e seremos mais Deuses do que no passado, reduzindo o espaço de Deus nas coisas cotidianas.

Ou seja, para criar a nova democracia nas pontas, precisamos rever, de novo, a figura de Deus, pois estamos nos potencializando ainda mais.

Ele tende a ficar ainda mais etérea, mais espiritual e menos interventor.

Quanto mais amadurecemos informacionalmente, mais caminharemos nessa direção, conforme analiso a história da relação entre informação, democracia e a nossa percepção de Deus.

Que, como se vê, é mutante na sociedade.

E essa nova visão do novo Deus mais científico, mais colaborativo, mais gente como a gente, que vai nos fazer questionar ainda mais as autoridades vigentes, que, no fundo, não estão falando em nome de nenhum poder superior, apesar de terem sido eleitas para isso.

O sistema é falho e vai precisar de uma revisão, que começa também pela maneira que organizamos a sociedade.

Note que ao percebermos o quanto tudo é produto de construção humana, mas podemos interferir nela e vice-versa.

E se procurará pessoas mais espiritualizadas, mais grupais, mais representantes de um poder superior (do coletivo) para se colocar no lugar.

É a procura de uma nova representação mais espiritualizada, de líderes mais coerentes e mais fiscalizados por uma nova mídia social que tudo vê e tudo sabe.

É o lado etéreo e espiritual da nova democracia que desponta, necessária para acelerar o processo de inovação social e, por sua vez, resolver graves problemas de produção para um mundo mais populoso.

Temos que incorporar mais um pedaço de Deus para sermos mais potentes.

A base de uma nova filosofia, com um Deus muito mais horizontal, que trafegará no meio de nós.

Que dizes?

Inovar é mudar Nepô da safra de 2011;

Inovar é a capacidade de uma pessoa ou de uma organização de repensar determinado processo e fazê-lo diferente, a partir dos fatos.

Ou seja, a inovação é um processo que lida com a nossa dificuldade de ver a realidade e alterar nossas ações, conforme nossos atos se tornam, de alguma forma, incompatível com os objetivos propostos.

Assim, há alguns fatores.

  • As mudanças que ocorrem no mundo externo, já que a vida/sociedade/mercados/organizações são sistemas em mutação (mais gente, menos recursos, mais adensamento, novos riscos, novas oportunidades, novas descobertas);
  • Nossa capacidade de ver a necessidade de mudança, a partir de uma análise do que está mudando e nossa capacidade de se adaptar a esse novo fluxo;
  • E de realmente transformar essa percepção em ação, que é traçar um planejamento dessa percepção, transformando esse novo saber em ação.

Obviamente, que a inovação, assim, não é algo abstrato, pois a necessidade de mudança vai variar conforme cada caso, a partir do cenário que a pessoa ou a organização lida.

Uma empresa de telecomunicação terá que mudar mais rápido e constantemente do que uma que extrai ouro, que tem também a sua taxa de inovação, menos acelerada.

O mesmo vale para diferentes departamentos de uma mesma organização.

O jurídico é diferente da área de vendas, ou de novos produtos.

Assim, a inovação é uma taxa que varia conforme o ambiente que a pessoa ou a organização está inserida.

E perde o sentido em falar de gestão de inovação.

(Ou em sociedade do conhecimento em que a inovação é mais importante do que já foi antes. Ela é apenas mais rápida. Uma sociedade de inovação mais acelerada.)

Mas talvez seja mais eficaz se falar em gestão para a inovação.

Ou melhor ainda a gestão eficaz e adequada para a inovação necessária.

(O que chamam por aí de Open Inovation, que é inovar mais coletivamente que antes, pois a inovação também sempre foi coletiva, mas agora está se abrindo para outros campos.)

E não encarar a inovação como algo de pesquisa e desenvolvimento, mas que envolve a mudança de toda a organização.

Gestão de inovação e gestão de mudança é a mesma coisa com apenas nomes – e talvez livros e consultores – diferentes.

Para acabar, lembro que vivemos com o aumento da população (de 1 bilhão em 1800 para 7 bilhões em 2011) uma crescente taxa de inovação constante.

O que resultou, como tenho enfatizado aqui neste blog, o surgimento da Internet, que criou um outro cenário, acelerando tremendamente a taxa de inovação no novo século.

Ajustes são precisos, pois a taxa geral de aceleração mudou em todas as organizações que precisam operar no novo ambiente, que tem uma nova lógica de consumir e produzir a informação, que é a base de toda a inovação.

Quem quiser se aprofundar, sugiro ler os posts dessa categoria.

Que dizes?

PS – toco nesse assunto também neste curso/palestra que faço regularmente.

É preciso separar o que é relevante do que é interessanteNepôda safra de 2011.

Bom, fase nova.

Estou lançando o curso:

Avalanche informacional da Internet:
como filtrar tanta informação de forma eficaz no mundo digital em rede?

(com aplicação diversas em vários setores: médicos, engenheiros, jornalistas, arquitetos, etc…)

E já começo a preparar a cabeça para tal tarefa.

Acredito que temos que cumprir alguns passos para filtrar bem a informação profissional que tanto necessitamos para sobreviver.

Diria que as etapas são:

  • a) qual o problema que você vem ajudar o mundo a resolver?
  • b) qual é o histórico desse problema?
  • c) quais são as diferentes abordagens sobre este problema? (já traçou um mapa delas?)
  • d) quem são as pessoas que você considera relevante que pensam constantemente sobre este problema?
  • e) quais são as variáveis operacionais deste problema (metodologia, formação e tecnologia)? Quais as melhores fontes que acompanham estas variáveis?
  • f) Como traçar uma estratégia para acompanhar as evoluções deste problema?
  • Que grupos existem ou podem ser criados para ajudar você a refletir sobre ele?

(Vou desenvolver mais estas questões no blog ao longo dos próximos posts)

Ou seja, diria que qualquer problema que temos para resolver temos 90% de cognição, de como as pessoas pensam no problema e 10% do resto, as ferramentas que nos ajudam a minimizá-lo.

Hoje, ao acompanhar determinado problema na sociedade, gastamos 90% do tempo com o resto e quase nenhum, ou digamos, 10% com o fundamental: quais são os modelos mentais em andamento?

Lembro aquele livro “O lado oculto das mudanças” que o autor Brandebére afirma que ninguém muda nada se não mudar os modelos mentais primeiro.

Ou seja, só mudamos depois de pensar, problematizar e alterar a forma como pensamos.

E a diferença na filtragem da informação é justamente a capacidade de perceber o que é relevante: os modelos mentais, que condicionam a maneira das pessoas pensarem.

Se temos um mapa deles e acompanhamos a evolução – em qualquer área – economizamos muitas horas de perda de tempo com o desnecessário.

Além disso, temos que combater a dispersão, que é se perder do problema central, que é o, digamos, lazer, que deve ter um tempo delimitado, pois são coisas interessantes, mas não relevantes.

Aquela sensação de tempo perdido.

PS- espero você no curso!

Bom para começar é isso.

Que dizes?

Avalanche informacional da Internet:
como filtrar tanta informação de forma eficaz no mundo digital em rede?

Assuntos:

  • A “desfiltração” da Internet frente aos outros meios;
  • A compulsão informacional como problema emocional;
  • A compulsão informacional e a ansiedade da informação;
  • A ineficácia de lidar com dados soltos e não lógicas consistentes;
  • Fofoca x significado;
  • Estratégia de leitura de textos;
  • Estratégia de escolher os filtros adequados;

(Não se trata de curso técnico, mas filosófico para se pensar o problema de forma COMPLETAMENTE diferente.)

Quem deve fazer?

Todos que precisam de uma visão estratégica diante da atual avalanche da Informação para uso eficaz dos filtros para melhorar a sua vida pessoal,  profissional e ampliar a competitividade das organizações;

Como será o encontro?

Dinâmica participativa, há sete anos testada e aprovada, com intensa troca de ideias para todos serem “coo-vencidos” de uma nova lógica e poderem se sentirem mais capazes de filtrar o excesso de informação  de maneira mais eficaz, tendo um solo mais sólido e menos líquido para tomada de decisões.

O que esperar ao final do encontro?

Uma mudança radical de paradigma de como os participantes encaram a explosão  informação (dissipando a fumaça superficial que reina no mercado sobre o assunto), tendo uma dimensão filosófica, histórica e prática, podendo filtrar com muito mas eficácia.

(Acredite que a mudança radical de paradigma não é para vender o encontro);

Veja depoimentos:

“Nepô provoca reflexōes que estão latentes na cabeça de todos nós que trabalhamos em grandes empresas e estamos expostos a um conjunto ilimitado de estímulos. Independente do cargo, função ou idade saímos dos workshops sensibilizados pela ousadia,  clareza e objetividade das propostas. A leitura do seu Blog após os encontros nos dá a continuidade necessária prá estarmos permanentemente conectados com o tema. Aqui no BNDES a discussão mudou de patamar após o workshop com o Nepô” – Nelson Pfefer- Gerente de Desenvolvimento de  Recursos Humanos do BNDES.

“Os encontros com o Nepô são sempre instigantes! Ele nos leva a refletir, rever que até questionar paradigmas estabelecidos. Os debates såo ricos porquê ele consegue reunir pessoas com visões complementares e diferentes perspectivas. Nesses encontros, nåo dá para sair como se entrou. E isso é maravilhoso porque a provocaçåo intelectual nos movimenta a um “outro lugar” de açåo, que é o que faz a diferença em todos os segmentos de mercado cada vez mais competitivos “- Ana Cláudia Freire – Gerente de Geståo da Inovação/Innovation Manager – VALE.

Quem é Carlos Nepomuceno (o provocador dos debates)?

Não é guru, mágico, profeta, ilusionista, apenas um pesquisador persistente, honesto, que gosta da boa lógica, autores com consistência e conversar e aprender com os outros, por isso, está sempre aprendendo e desaprendendo.

Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense/IBICT, no qual se dedica há mais de 15 anos a estudar a história de outras revoluções informacionais e, por isso, consegue ter uma visão mais ampla e profunda do fenômeno. Graduado em Jornalismo e Mestre em Ciência da Informação;

Apesar da consistência teórica, Nepô, como gosta de ser chamado, é empreendedor há mais de 15 anos na Internet, com mais de 400 projetos desenvolvidos em todas as áreas, formatos e tamanhos, até consultoria estratégica e treinamento em empresas de grande porte em todo o país, principalmente no Rio de Janeiro.

Tem ajudado empresas como Vale, Nokia, Petrobras, BNDES, Dataprev, Prodesp a ter uma visão mais ampla sobre o fenômeno, procurando alterar modelos mentais. Recebeu o prêmio da Revista Info, há cerca de dois anos, por ser considerado uma dos 50 pessoas mais inovadoras do país na área de tecnologia.

Nepô se caracteriza por seguir a filosofia de Gandhi; “Seja a revolução que queres para o mundo“. Assim, tem um dos blogs mais ativos no Brasil (www.nepo.com.br) do mundo 2.0, com mais de três anos de atividade, com postagens diárias (pode ler o novo post de hoje).

São até hoje 800 postagens, com mais de 4700 comentários.

É ativo nas redes sociais, através de dicas e principalmente frases curtas e filosóficas sobre fenômeno, com forte carga filosófica e humana, através do Twitter, (@cnepomuceno), replicando no Facebook e Linkedin com cerca de 3 mil seguidores, a maioria com especialização no mundo 2.0.

(Se tens dúvida de sua influência em alguns pensadores pode pedir indicação dele para Gil Giardelli, Martha Gabriel, entre outros. Depoimentos em breve).

Promove encontros como o atual há 7 anos em diversas cidades brasileiras e pela própria Internet, naquilo que ele chama “sala de aula 2.0“, baseada no conceito do diálogo honesto. (Pede que os participantes não levem laptos e deixem todos os seus gadgets desligados durante o encontro).

A média das nota na avaliação dos participantes de suas palestras, cursos e encontros é de 9 a 10.

Quando, onde e quanto?


Três encontros em Junho (carga horária 9 horas):
dias 06/06, 13/06 e 20/06

De: 19 às 22 horas
(com intervalo)

Local: no IGEC – Presidente Vargas, 534/15º andar, Centro- Rio de Janeiro.

Investimento: R$ 300,00

Fazer inscrição direto comigo: cnepomu@gmail.com

Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe pra onde ir – Sêneca da coleção de frases;

(3 encontros na capital dos engarrafamentos - regados a muita conversa e procura da melhor lógica 2.0)

(3 encontros na capital dos engarrafamentos 🙂 - regados a muita conversa e procura da melhor lógica 2.0)

Estratégia 2.0:
A revolução da Informação: onde estamos, para onde vamos?

Compreender novas lógicas para ter novas práticas:

  • A relação entre aumento da população e revolução 2.0;
  • A relação entre a revolução 2.0 e necessidade de produzir mais e melhor;
  • A relação entre a necessidade de produzir mais e melhor com a inovação radical;
  • A relação da inovação radical e a necessidade de mudança no modelo de gestão;
  • A necessidade de mudança no modelo de gestão e o planejamento estratégico 2.0;
  • O planejamento estratégico 2.0 e as novas ações, sob um novo paradigma, na Gestão, Comunicação, Marketing, Atendimento ao consumidor, Gestão do conhecimento, Gestão da Informação, RH e outros setores das organizações (discutiremos questões setoriais a partir das demandas);
  • As ações na Gestão, Comunicação, Marketing, Atendimento ao consumidor, Gestão do conhecimento, Gestão da Informação, RH e outros setores das organizações e o aumento de competitividade (mais com menos e com os clientes e colaboradores internos ajudando);
  • O aumento de competitividade (mais com menos e com os clientes e colaboradores internos ajudando), numa nova empresa 2.0. por fim, riscos e oportunidades.

Quem deve fazer?

Todos que precisam de uma visão estratégica diante da revolução da Informação para tomada de decisão em sua carreira e nas organizações em que trabalham para aumentar a sua competitividade no mercado;

Como será o encontro?

Dinâmica participativa, há sete anos testada e aprovada, com intensa troca de ideias para todos serem “coo-vencidos” de uma nova lógica e poderem se sentirem mais capazes de olhar o futuro 2.0 de maneira mais eficaz, tendo um solo mais sólido e menos líquido para tomada de decisões;

O que esperar ao final do encontro?

Uma mudança radical de paradigma de como os participantes encaram a revolução da informação (dissipando a fumaça superficial que reina no mercado sobre o assunto), tendo uma dimensão histórica, teórica e prática, podendo agir com muito mais embasamento, medindo resultados, riscos e oportunidade nas ações 2.0 no presente e no futuro.

(Acredite que a mudança radical de paradigma não é para vender o encontro);

Veja depoimentos:

foto2

“Nepô provoca reflexōes que estão latentes na cabeça de todos nós que trabalhamos em grandes empresas e estamos expostos a um conjunto ilimitado de estímulos. Independente do cargo, função ou idade saímos dos workshops sensibilizados pela ousadia,  clareza e objetividade das propostas. A leitura do seu Blog após os encontros nos dá a continuidade necessária prá estarmos permanentemente conectados com o tema. Aqui no BNDES a discussão mudou de patamar após o workshop com o Nepô” – Nelson Pfefer- Gerente de Desenvolvimento de  Recursos Humanos do BNDES.

“Os encontros com o Nepô são sempre instigantes! Ele nos leva a refletir, rever que até questionar paradigmas estabelecidos. Os debates såo ricos porquê ele consegue reunir pessoas com visões complementares e diferentes perspectivas. Nesses encontros, nåo dá para sair como se entrou. E isso é maravilhoso porque a provocaçåo intelectual nos movimenta a um “outro lugar” de açåo, que é o que faz a diferença em todos os segmentos de mercado cada vez mais competitivos “- Ana Cláudia Freire – Gerente de Gestão da Inovação/Innovation Manager – VALE.

Quem é Carlos Nepomuceno (o provocador dos debates)?

Não é guru, mágico, profeta, ilusionista, apenas um pesquisador persistente, honesto, que gosta da boa lógica, autores com consistência e conversar e aprender com os outros, por isso, está sempre aprendendo e desaprendendo.

Jornalista e Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense/IBICT, no qual se dedica há mais de 15 anos a estudar a história de outras revoluções informacionais e, por isso, consegue ter uma visão mais ampla e profunda do fenômeno.

Não é guru, mágico, profeta, ilusionista, apenas um pesquisador persistente, honesto, que gosta da boa lógica, autores com consistência e conversar e aprender com os outros, por isso, está sempre aprendendo e desaprendendo.

Apesar da consistência teórica, Nepô, como gosta de ser chamado, é empreendedor há mais de 15 anos na Internet, com mais de 400 projetos desenvolvidos em todas as áreas, formatos e tamanhos, até consultoria estratégica e treinamento em empresas de grande porte em todo o país, principalmente no Rio de Janeiro.

Tem ajudado empresas como Vale, Nokia, Petrobras, BNDES, Dataprev, Prodesp a ter uma visão mais ampla sobre o fenômeno, procurando alterar modelos mentais. Recebeu o prêmio da Revista Info, há cerca de dois anos, por ser considerado uma dos 50 pessoas mais inovadoras do país na área de tecnologia.

Nepô se caracteriza por seguir a filosofia de Gandhi; “Seja a revolução que queres para o mundo“. Assim, tem um dos blogs mais ativos no Brasil (www.nepo.com.br) do mundo 2.0, com mais de três anos de atividade, com postagens diárias (pode ler o novo post de hoje).

São até hoje 800 postagens, com mais de 4700 comentários.

É ativo nas redes sociais, através de dicas e principalmente frases curtas e filosóficas sobre fenômeno, com forte carga filosófica e humana, através do Twitter, (@cnepomuceno), replicando no Facebook e Linkedin com cerca de 3 mil seguidores, a maioria com especialização no mundo 2.0.

(Se tens dúvida de sua influência em alguns pensadores pode pedir indicação dele para Gil Giardelli, Martha Gabriel, entre outros. Depoimentos em breve).

Promove encontros como o atual há 7 anos em diversas cidades brasileiras e pela própria Internet, naquilo que ele chama “sala de aula 2.0“, baseada no conceito do diálogo honesto. (Pede que os participantes não levem laptos e deixem todos os seus gadgets desligados durante o encontro).

A média das nota na avaliação dos participantes de suas palestras, cursos e encontros é de 9 a 10.

Quando, onde e quanto?

Teremos três encontros em São Paulo:
Sábados de 9 às 18 horas.
(com direito a 2 coffes breaks)

Dias 07/05, 21 /05 e 11/06

No Hotel (a definir, em breve anunciamos)

O participante pode participar de um, dois ou os três encontros, a critério, pois os grupos e as conversas vão variar conforme os participantes.

Sugere-se, pelo menos dois, pois a quantidade de informações é elevada e conceitos novos pode sentir necessidade de fazer mais que um para consolidar e três para sair multiplicando com mais segurança, a critério.

O investimento para cada encontro é de R$ 600,00.

Grupo 07/05/2011

  • Comprando ate 22/04 – R$ 460,00
  • Comprando ate 29/04 – R$ 550,00
  • Comprando ate 06/05 – R$ 600,00
  • Comprando 2 encontros – R$ 1.000,00
  • Comprando 3 encontros – R$ 1.400,00

Grupo 21/05/2011

  • Comprando ate 29/04 – R$ 500,00
  • Comprando ate 13/05 – R$ 550,00
  • Comprando ate 20/05 – R$ 600,00
  • Comprando 2 encontros – R$ 1.000,00

Grupo 11/06/2011

  • Comprando ate 27/05 – R$ 500,00
  • Comprando ate 03/06 – R$ 550,00
  • Comprando ate 10/06 – R$ 600,00

Pagamento pode ser facilitado em 2x sem juros nos cartões ou em ate 10x com juros da administradora (1,99% a.m). O Inscrito vai receber todas as informações por email de pagamento etc.

Como se inscrever: basta completar o formulário aqui.

Os encontros estão sendo  realizados em parceria com a QuatroxUM, mesma empresa que organiza o Circuito 4×1 de Marketing Digital.
Curador: @KakaMachine.

Filtros 2.0

Nós não temos um problema de excesso de informação, mas de filtros Clay Shirkyda coleção de frases;

A Ombusman da Folha, Suzana Singer, há alguns domingos, levantou os principais desafios do jornalismo atual, com a chegada da Internet.

Foram eles:

  • Como diferenciar-se nesse mar de informações?
  • O que fazer para atrair a atenção dos que nasceram com o computador em casa e mal sabem manusear um jornal?
  • Como satisfazer leitores dispersos em nichos de interesses?
  • Qual a maneira de tornar atraente o debate dos assuntos de interesse público?
  • De que forma identificar os movimentos de transformação social realmente importantes?
  • Como manter-se um polo de experiências inovadoras?

Se pudesse resumir a preocupação de Singer, bem antenada nas mudanças do mundo 2.0, diria que a questão central é : como filtrar com eficiência nessa nova ecologia informacional?

Temos que superar alguns bloqueios cognitivos para enxergar o problema de forma diferente, pois não é todo dia que estamos diante de uma revolução da informação:

  • 1) o ser humano depende da informação/comunicação para viver;
  • 2) precisa ter contato com os fatos que ocorrem na realidade para tomar decisões das mais triviais às mais estratégicas;
  • 3) pessoas e organizações filtram o mundo para nós (sempre foi assim) selecionamos, por intuição/racionalmente, as que fazem isso melhor;
  • 4) ou seja, “manter informado”, na verdade, não é gerar conteúdo, mas filtrar o que aconteceu, transformando fatos em informação, via comunicação.

Assim,  a mídia,  ou qualquer organização “informadora/comunicadora” deve se ver não como  fornecedora de conteúdo, mas como  filtradora deste.

E o grande salto de percepção que podemos ter nesse momento, a saber:

  • Os filtros são condicionados pelo ambiente tecnológico informacional/comunicacional da vez;
  • Não existem sempre do mesmo jeito, mas mudam, conforme as tecnologias de informação e comunicação mudam também.

Estamos saindo do ambiente do papel/eletrônico para o digital em rede.

Diferenças?

Principalmente, que há uma descentralização de quem filtra.

Ou seja, a lógica de que  todos precisamos de filtro continua, não mudará nunca, pois é constituinte da espécie, assim como, respirar, comer, dormir, etc…

Não se iludam nesse aspecto.

O que muda basicamente é o “quem” e o “como“.

O quem:

Novas organizações/pessoas passaram a filtrar o mundo que era filtrado basicamente pela Indústria do filtro anterior, a saber:

    • – Ferramentas de busca (Google, etc);
    • – Comunidades on-line, usuário ajudando usuário a filtrar (Twitter, Facebook, etc);
    • – Blogs.

O como:

Os filtros eram feitos por pessoas (jornalistas, geradores de conteúdo, médicos, bibilotecários, profissionais de informação, do conhecimento) que detinham a “chave” do cofre para os quais tínhamos que passar por eles.

Tal filtragem – que funcionou bem com determinado tamanho de população – se mostra ineficaz quando aumentamos vertiginosamente as pessoas no mundo (de 1 em 1800 para 7 bilhões em 2010).

A Internet vem ao mundo, assim, para resolver basicamente o problema dos filtros, criando algo mais compatível para 7 bilhões de consumidores de informação.

E aí apelamos para amigos, pessoas mais próximas, desconhecidos, todos em rede,  novos filtradores e principalmente robôs digitais.

Sai o ser humano individual, filtrando sozinho ou com os vizinhos, regionalmente,  para o coletivo em rede digital.

Sai o critério manual para o digital em rede, via robôs.

Mas se mantém a mesma necessidade de filtragem de qualidade.

E aí está o novo nó: como filtrar com qualidade no novo ambiente digital em rede, pós-revolução informacional?

E aí temos que desenvolver técnicas, tecnologias, metodologias e pessoas (tanto teóricas para pensar o novo problema – meu caso e de tantos outros, como profissionais que consigam operar os novos filtros.)

A mesma Suzana publicou neste domingo falando sobre uma fonte, que levou o jornal a dar uma “barriga”(informação que se mostrou falsa mais adiante):

Diz ela:

O “Manual de Redação” diz que a fonte mais fidedigna deve “ter um histórico de confiabilidade com o repórter, falar com conhecimento de causa, estar muito próxima do fato que relata e não ter interesse imediato na divulgação”.

Veja que os robôs procuram exatamente identificar entre as pessoas que colabora em um site:

  • –  fonte mais fidedigna – o histórico de participações daquele login em dado site, no qual o usuário colabora;
  • –  deve “ter um histórico de confiabilidade com o repórter – idem, apenas trocando repórter por robô;
  • falar com conhecimento de causa – isso pode ser aferido por quem o segue, o perfil que ele tem, se é especialista em determinada área, também, através de dados dos robôs.
  • –  estar muito próxima do fato que relata e não ter interesse imediato na divulgação – idem, idem.

Notemos que, como diz Shirky lá em cima, nosso problema hoje não é de muita informação, mas de filtro.

E antes disso é que temos que rever como víamos o papel de quem filtrava.

Temos que:

  • – nos conscientizar da revolução da informação em curso;
  • – mudar a maneira como filtramos;
  • – aceitar os novos filtradores;
  • – e aperfeiçoar mais e mais os filtros, via robô, comunidades e rever o papel do filtrador profissional manual, que passa a ser o artesanal de hoje em dia, fundamental, mas com outra função.

O filtrador manual, o antigo jornalista, por exemplo, deixa de ser o cara que filtra novidade (que está cada vez mais velha) para ser o cara que sofistica tudo aquilo que os filtros digitais não permitem.

Ele entra nas brechas com um papel fundamental.

Ele não só é o programador dos robôs para fazer isso cada vez melhor (se aliando ao pessoal de tecnologia).

Mas entra nas brechas daquilo que os filtros digitais não conseguem fazer: conseguir analisar, sintetizar e ampliar o significado de tudo que é produzido na rede digital.

Vejo assim um papel forte de:

  • Jornalista de comentários – aquele que vai extrair dos comentários sobre determinado assunto tendências de opiniões;
  • Analistas e sintetizadores de tendências – que vai tentar mostrar macro-tendências;
  • Repórter apurador (o velho e bom fuçador) – de fatos que não estão facilmente disponíveis na rede, que a força do coletivo e dos robôs não conseguem chegar, mas o que não impede de trabalhar com elas.

O papo é longo, mas fico por aqui.

Que dizes?

Ciência 2.0

Um artigo científico demora 12 meses para ser publicado; a ciência, assim, é sempre do ano passado – Nepô da safra de frases de 2011;

Bom, não vai ter jeito.

Vão ter que mudar a Ciência também.

Ciência se faz com documentos.

Antes, na época do Sócrates, era na voz, no papo, na oratória.

Agora, ainda é quase sempre no documento impresso.

Foram avançando com a Ciência, mas é tempo de lembrar sua origem: veio para ajudar a sociedade a pensar e, principalmente, resolver os problemas dos seres humanos e da vida à sua volta.

Fomos construindo ao longo do tempo condicionados por uma mídia do papel:

  • – uma maneira de produzir os textos;
  • – criando regras de pesquisa;
  • – separando disciplinas;
  • – e muitas, muitas normas, em nome de um rigor, que já em muitos casos não é mais eficiente para o seu propósito maior.

Toda essa lógica, como é produção de conhecimento, está condicionada ao ambiente informacional disponível.

A Ciência é, assim, influenciada por:

  • Se é na voz, uma;
  • Se é no livro, outra;
  • Se é em rede digital, outra ainda.

E é isso que temos pela frente, a questão que não quer parar de Twittar:

Para onde vai a Ciência 1.0, de hoje, para a 2.0, de amanhã, em rede digital?

Posso tentar dizer que como macrotendências, seguindo a linha do que está acontecendo geral por aí:

  • – terá que ser mais dinâmica;
  • – menos especializada, mas transdisciplinar;
  • – menos rígida, naquilo que se burocratizou, sem sentido;
  • – menos individual e mais coletiva;
  • – mais digital, muito mais líquida do que sólida;
  • – mais intuitiva do que cerebral (um dos pontos principais desse post).

E não vamos perder nada com isso, ao contrário, vamos nos reequilibrar e tentar dar resposta a um planeta muito mais populoso e complexo para o qual o atual modelo não está mais conseguindo dar resposta no tempo hábil.

Vamos balançar o “cachorro” para tirar algumas “pulgas” que já estavam incomodando faz tempo.

Bom lembrar que:

Um texto acadêmico – nesse mundo de hoje –  demora 12 meses para ser publicado!!!!

Isso é algo incompatível com o planeta fast-wiki, que demonstra algumas coisas relevantes para a nova Ciência,  muito mais conservadora do que deveria –  não quer ver.

Vamos a um case particular e pessoal, mas vale como exemplo.

Acabo de fazer a minha tese de doutorado.

Posso dizer que foram 200 páginas vividos por mim como um quase soco intelectual.

Que vai ficar aí na rede, praticamente sem leitor, devido a seu tamanho, tempo de preparação, amarração metodológica, tipo de texto (por mais que tenha tentado suavizar) que foi uma camisa de força mental para o meu tipo de cognição.

Não quero que a academia se adapte a minha pessoa, veja bem, mas a um tipo de perfil, que acho que eu e muita gente por aí tem também e não encontra eco.

Um grupo de pessoas mais intuitivas de algumas tendências gerais, que podem colaborar de outra forma que deveria ter espaço e não tem (ainda).

Esse tipo de perfil cognitivo intuitivo de tendências tem muito valor em épocas de mudança e num ambiente mais dinâmico.

Calma, vou explicar.

É fato que já existem instituições pelo mundo que já aceitam conjunto de artigos no lugar da tese, mas eu iria muito, muito, mais longe.

O futuro tudo permite! 🙂

A saber:

Eu deveria ter sido aprovado no doutorado pelo meu blog!!!

(Já deve ter também gente pensando nisso ou fazendo isso.)

Estou há três anos produzindo textos, provocações, colaborando para discutir novas ideias e conceitos com a sociedade, basicamente sobre os impactos da chegada da Internet.

Foram exatos 751 Posts e 4.622 comentários nesse período, paralelo à tese!!!

Poderia selecionar alguns deles para leitura e ser aprovado por uma banca, por que não?

Loucura?

Pois é, na minha academia 2.0, não acho não.

Note que existem cientistas que vêm consolidar e outros que vêm romper.

Os que vêm romper – e assumem essa função – não podem trabalhar com determinadas regras e formas, mas com outro tipo de ferramentas, métodos, que o modelo passado os impede de ajudar a viver o seu potencial como deveriam.

O conteúdo novo exige nova forma, pois senão não é pleno!

O seu papel é outro e MUITO necessário para a Ciência.

(Se nós temos perfis diferentes e deveríamos ter diferentes formas de ajudar a Ciência a partir deles, pois cada um cumpre uma função distinta.)

Claramente, nestes casos de perfil rompedor/intuitivo/provocador,  deveria se apresentar nessa linha, comprovar que suas ideias são provocadoras e relevantes, dentro de um determinado prisma, acolhido, não rejeitado pela academia.

Nestes casos, pelo reconhecimento da relevância das provocações, a forma seria outra, um blog, por exemplo.

Mas pode variar conforme a área.

Pode ser produção constante de vídeos, de áudios, etc…

Geralmente, tal perfil tem provocações, que, geralmente, são muito mais amplas do que uma hipótese só, podem ser variadas.

E ajudam a criar cenários e incutir determinadas questões mais gerais para outras pessoas.

São indutores de percepções, de insights e de novas hipóteses, que formam o DNA de qualquer pesquisa acadêmica.

No meu blog, por exemplo,  não posso, não quero,  me fechar em disciplinas estanques.

Isso é simplesmente uma prisão cerebral que vai de encontro a meu jeito de pensar e a expressar o que tenho visto por aí.

A separação de disciplinas mais turva, do que ajuda.

E aí?

Não posso seguir uma linha, método, escola, pensador, já que venho romper, esse é meu claro propósito: ajudar a mudar.

Quer um exemplo?

A comunicação separou-se da informação quando criamos a escrita há 5 mil ou 4 mil anos.

Se eu estivesse estudando naquela época (que não tinha o conceito de ciência, mas tudo vale como exemplo) seria um especialista em info-comunicação.

Nunca de informação. Ou de comunicação.

Sem separação alguma.

A divisão foi feita depois disso, principalmente quando o papel impresso se disseminou, a partir de 1450.

(Falei mais sobre isso aqui.)

Hoje, quando estão, de novo, se encontrando na rede digital, não tenho base teórica para desenvolver uma tese sobre comunicação + informação.

Estamos começando a repensar isso.

E se isso fosse fato em qual escola poderia se desenvolver?

Numa tese formal, perderia tanto tempo fazendo essa junção dificilmente aceita por uma banca, pois teria furos teóricos gigantescos, do ponto de vista das regras atuais.

É algo que vai levar um certo tempo para haver a junção de novo.

É um trabalho coletivo de muita gente, mas que tem que começar com uma faísca, uma intuição que possa direcionar alguns trabalhos em uma nova direção.

Tais faíscas acabam por não acontecer, ou acontecem mais lentamente, pois o tipo de perfil que as provoca tem mais dificuldade de encaixar tais temas em teses.

Como arriscar a temas inovadores é complicado numa banca, opta-se por trabalhos mais conservadores.

E todo um conjunto de linha de pesquisa  continua a caminhar em paradigmas completamente equivocados.

Principalmente em momentos de ruptura.

Mas se a hipótese  é relevante e tem gente mais capacitada que eu para fazer algo assim, mais metodológico, o blog serviria de ponto de encontro e debate, sendo útil para todos.

Um levantador de intuição.

Quanta e quantas teses estarão sendo feitas numa direção equivocada, diante do novo fenômeno?

Quanto tempo está se perdendo separando algo que vai ter que se juntar?

É preciso acolher mais os intuitivos e dar voz para poder criar novos rumos?

Reconhecer esse tipo de cognição e forma de expressá-lo como um perfil válido e FUNDAMENTAL para ajudar a Ciência a economizar caminhos.

E discutir suas ideias para que elas se aprofundem cada vez mais!

Hoje, essas pessoas estão afastadas da academia, nem vão lá, não podem ser citadas, não são consideradas como insights válidos.

Triste e ineficaz.

Ou seja, um blog é um espaço privilegiado para lançar provocações, recriar discussões que a academia não tem condições de dar hoje sustentação, mas deveria, pois é dessas intuições que muitos novos pesquisadores poderão se inspirar para fazer pesquisas em outra direção.

Seriam pré-hipóteses.

É um novo tipo de escrita mais livre e necessária, sem amarras.

A ciência na sua sabedoria deve acolher, de forma criteriosa esse tipo de colaboração.

Esse espaço permite que questões sejam lançadas na sociedade e que possam inquietar pessoas que podem, a partir disso, começar a pesquisar de forma diferente não eliminando outras formas, válidas para outras necessidades.

  • Um blog, assim, seria aprovado como um passo para ser doutor, pela relevância das inquietações que provoca e as intuições que levanta;
  • Os artigos, de quem optar por isso, pelas consolidações preliminares nessas novas intuições;
  • E as teses, de quem queira, para comprovar essas consolidações dos artigos numa pesquisa mais aprofundada.

Tudo opcional, conforme cada perfil, área, necessidade, etc….não é regra, camisa de força, mas passando por bancas, com critérios bem estabelecidos para cada caso.

A ciência se expande e não encolhe!

Assim, ajustaríamos a academia a diferentes perfis de pessoas e necessidades da sociedade, economizando tempo para se chegar ao propósito final: ajudar a sociedade a lidar com seus problemas, não esqueçamos desse objetivo!

Todos economizam e talentos são potencializados naquilo que são mais fortes.

Faz sentido para você?

Para mim está, por enquanto, fazendo – e muito.

Você pode dizer:

Nunca vão aceitar um troço desses!!!!

Pode ser, mas temos um grande aliado nessa luta:

o tempo e a necessidade humana.

Que dizes?

Sem uma lógica eficaz, não há conteúdo que não vire lixo – Nepô da safra de frases de 2011;

Para mim, está cada vez mais claro que temos dois tipos de cabeças pensantes hoje na sociedade, discutindo o futuro.

  • – um grupo que insiste na continuidade, sem compreender que estamos no epicentro de uma revolução informacional/comunicacional e tudo que ela representa de mudanças;
  • – outro que já realizou tal fato e tenta compreendê-lo, com variações grandes também de percepção, mas já dá a ela alguma relevância ao pensar mais adiante.

Podem me dizer que “para o martelo todo o problema é prego” como já escutei de uma pessoa.

E que estamos olhando o mundo sobre o prisma da informação/comunicação, assim como o médico olha do ponto de vista da saúde e o piscólogo do inconsciente, etc…

Na calmaria tem lógica, na crise, não.

Definitivamente não.

Nas grandes crises existem coisas, fatos, acontecimento que mexem com as pessoas, independente das teorias, são fenômenos externos para os quais os especialistas são chamados para ajudar a entender e minimizar consequências.

É o caso agora nos eventos trágicos no Japão.

Primeiro, foram os que entendiam de terremoto e depois os que estudam radiação e energia nuclear.

São fatos que ocorrem, a despeito das disciplinas.

Agora, chegou a hora dos especialistas em revolução da informação!

(Depois de 4 anos de doutorado, me arvoro em ser esse tipo de especialista, em processo líquido e não sólido.)

Uma revolução informacional/comunicacional é longa e demorada.

Seus efeitos estão apenas começando e vão levar algumas décadas até que possamos ver suas consequências de forma mais clara!

E nos leva para uma nova lógica.

Ponto.

É evidente que o consumidor, o cidadão e a sociedade de maneira geral estão em processo de mudança, discutindo e comentando, blogando, fotografando, filmando, participando, colaborando, produzindo em/de todos os lugares.

Vivendo e querendo mudar várias coisas que estão por aí há séculos.

Parece também estranho que se dê coisas de graça para se ganhar depois, se colabore sem retorno imediato.

Empresas surgem do nada, como nunca antes, e passam a ter mais valor do que aquelas que já têm séculos de estrada, experiência e lógica consolidada.

Novas formas de gestão aparecem, invertendo a lógica da pirâmide do acionista no topo e consumidor na base.

Parece que o consumidor está de novo casando com o produtor; a informação fez as pazes com a comunicação e uma certa hipocrisia entre o que se diz e faz não tem mais tanto sentido.

O mundo está de cabeça para baixo, dirão alguns.

Isso é fruto de algo do mesmo DNA: estamos mudando a forma de consumir e produzir informação e o jeito que nos comunicamos.

A forma como utilizamos a Informação/comunicação é algo estruturante do ser humano, algo na sua placa-mãe mais profunda.

Mudanças desse tipo mudam radicalmente a sociedade, pois alteram de forma irreversível fatores cognitivos (passamos a conectar os neurônios de forma diferente) e afetivos (já que o controle informacional é emocional da base da relação filho-pais).

Ponto.

No passado, foi assim também.

Basta ver que depois da prensa em 1450 criamos o capitalismo e o modelo de democracia.

Algo mudou naqueles cidadãos feudais, que não tinham contato com ideias do mundo exterior.

Ou nos conscientizamos que estamos em uma nova lógica, com várias fatores que nunca mudam – a substância.

E muitas se alteram – as camadas acima da substância – ou iremos patinar no presente e, principalmente, no futuro.

  • Que lógica nova é essa?
  • Qual o seu DNA?
  • Onde estamos e para onde vamos?

Podemos chamar esse momento de “hiato de lógica“, no qual existia uma bem definida no passado, na qual as coisas estava aparentemente “consolidada” para outra que estranhamos bastante.

Assim, temos que ir aos clássicos.

  • O que realmente é fundamental no ser humano?
  • Quais as características que levamos para todo o sempre?
  • E quais são aquelas que podem variar por mudanças?
  • E quais as que mudam em revoluções da informação?

Não é à toa que estamos tão perdidos.

O conteúdo, o consumo de fatos, dados, versões, notícias, novidades, precisam ter antes uma determinada lógica geral que os organize.

Quando se muda a lógica-mãe, digamos assim, é preciso refazer essa lógicas-variantes para depois poder consumir, de novo, o conteúdo dentro de um novo reequilíbrio.

Foi em função disso que pós-revolução informacional da prensa, a partir de 1450, levou aquela sociedade viver um surto filosófico, com o iluminismo, renascimento,  no qual as pessoas sentiram necessidade de responder estas questões acima, de forma mais profunda.

Conteúdo sem lógica é algo completamente inútil.

E este é o problema de quem filtrava a sociedade no passado – a mídia de massa –  estão produzindo conteúdo novo, mas com  lógica passada.

E a sociedade está perdida, pois não consegue mais entender  que ocorre, olhando os fatos e lendo as versões que produzem.

Ninguém tira significado disso.

Só há significado quando já estivermos trabalhando na nova lógica pós-revolução informacional/comunicacional.

Diria, assim, que a sociedade precisa de um banho geral de espuma lógico dentro de uma revolução informacional/comunicacional.

Sem nos debruçarmos nesse DNA principal da mudança , que alinham várias outras o conteúdo que estamos produzindo e lidando perderá, como tem ocorrido, o sentido.

Estamos produzindo dados sem uma lógica que o sustente.

Patinamos, assim, nesse hiato da lógica.

Que dizes?

O jeito como nos informamos  e nos comunicamos condiciona a sociedade – Nepôda safra 2011;

Depois da rica experiência na última turma de mkt digital na Facha (Dig8),  fiquei a pensar.

Será que uma aula tipo como vemos no cinema – professor inquieto, levando várias problematizações aos alunos – é algo contemporâneo, uma tendência a se espalhar como método de ensino ou um modismo de dado professor?

Lembro-me de uma cena daquele filme “Escritores da liberdade” que a professora muda radicalmente a relação com alunos considerados problemáticos.

O coordenador do Estado, depois dos ótimos resultados,  pergunta para ela: é possível expandir seu método ou ele está restrito a você?

Ela responde: não sei!

Ou seja, perguntou-se:

É uma macrotendência possível ou um micromodismo de um professor?

Aposto hoje na macrotendência e explico.

O mundo 2.0 é uma guinada civilizacional.

Saímos do mundo da repetição, de uma inovação pingada e arrastada,  para o da inovação acelerada em tsunamis.

Temos 7 bilhões de almas espalhadas em todo o globo a alimentar e precisamos dar uma verdadeira guinada produtiva, tendo como base a inovação.

Esta é a palavra de ordem nas empresas, conforme detalho neste post.

Obviamente, que se vamos caminhar na direção da inovação acelerada – que a meu ver é a base dessa nova sociedade – é preciso repensar a escola.

E não me venham falar em computador!!!

O que muda basicamente é a relação de todos (professor e alunos) com o conhecimento.

O conhecimento está se desprendendo do papel e isso tem vários significados profundos para a sociedade, pois está mais, entre outras características:

  • – ágil;
  • – líquido;
  • – mutante;
  • – coletivo;
  • – acessível.

E o nosso cérebro é influenciado por essa guinada, nossos neurônios, aos poucos, estão se relacionando de forma diferente para serem mais adaptados a esse novo ritmo – e isso é permanente.

Nosso cérebro está ficando mais ágil, líquido, mutante, coletivo e acessível, justamente compatível para funcionar em outro patamar informacional.

Ou seja:

É a nova cognição do século XXI numa escola do século XVII.

É, portanto fato: estamos todos migrando de um conhecimento/cognição mais sólida/o para um/uma mais líquida/o (falei mais sobre isso aqui).

E isso tem se dado aos poucos na rede, mas não na escola, que é um campo de reação à mudança em curso, do maternal ao pós-doutorado, passando principlamente pela academia produtora da dita Ciência, que deveria ser uma ferramenta de inovação.

Estamos resolvendo um problema de sobrevivência da espécie, na qual a inovação constante passou a ser necessidade fundamental e, por isso, a escola terá que formar novo tipo de aluno!

Precisamos de pensadores e de inovadores e não mais de repetidores!

Não há lugar para impor um conhecimento sólido, fechado e transmitido de forma vertical, pois este tem sentido em um mundo com uma taxa de abuso alta e fruto de um controle informacional elevado.

Com respectivo ritmo de inovação bem mais lento, dependente fortemente de autoridades centralizadas, que controlam o fluxo da informação para manter seus privilégios.

Uma coisa leva a outra.

No novo ritmo e isso é inapelável, pois é uma mudança cognitiva irreversível, é preciso, basicamente, criar essa nova relação aluno-professor – aluno-aluno.

Porém, estamos olhando para a escola pelo retrovisor e não, através do para-brisa para a linha do horizonte.

É necessário criar espaço mais respeitoso, mais humano, de um conhecimento mais líquido, aberto e transmitido de forma horizontal, no qual o aluno será preparado para exercer seu pensamento.

E poderá expandir essa prática na sociedade de forma mais livre.

É disso que se trata a mudança!

Diálogo!

Em algo basicamente afetivo, entre iguais, na busca do conhecimento aberto.

E ninguém vai inovar sendo abusado e oprimido na sociedade e, principalmente na sala de aula, quando nunca lhe perguntam o que acha da lógica do conteúdo que está sendo apresentado.

O conteúdo é de papel.

(Marcha soldado!)

É para ser engolido sem discutir.

E pronto!

Pior: se não decorou, leva zero na prova!!!

Isso é que é, a meu ver,  o verdadeiro bullying a ser combatido na escola!

Assim, a tendência na formação 2.0 é procurar uma nova escola bem diferente da que estamos acostumados.

Na qual, o conhecimento passa a ser cada vez mais líquido e as relações afetivas – estas sim –  mais sólidas.

(Inverte-se o que é hoje, conhecimento sólido e relações líquidas.)

É o espaço de encontros de diálogo e conversa.

E não mais monólogos.

É desse tipo de aluno que o mercado estará demandando aqui e ali no presente e estará fortemente sendo demando num futuro breve.

Vamos esperar sermos atropelados pela necessidade urgente como bons brasileiros do passado, ou podemos nos planejar melhor apostando em um novo país?

Se quisermos ser competitivos a lógica que consigo ver no momento aponta nessa direção.

Que dizes?

Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe pra onde ir – Sêneca;

Ok, vamos falar em mudanças?

Não adianta chorar:

Mudanças exigidas pelas empresas 2.0 têm que começar de cima senão é perda de tempo!

Ano passado –  meus vários clientes 2.0 são prova disso – tentamos bater na porta 1.0, mas ela não abriu de jeito nenhum.

Geralmente, as pessoas insatisfeitas, que percebem o novo ciclo, entram na guerrilha 2.0.

E pior que me chamam.

E pior ainda: eu ia!

Começam projetos isolados de colaboração 2.0 dentro das organizações com entusiasmo, mas que batem de frente com a estrutura formal da empresa, até que chega alguém, que não discutiu profundamente a ruptura.

E ponto.

Vamos adiar isso, vamos parar, novas prioridades!!! O mundo lá fora urge.

Claro que urge e ruge, só que o leão está solto, fugiu da jaula e vai morder muita gente.

Mas como tá todo mundo no escuro, estão chamando leão de gato e colocando leite para ele beber.

Cuidado, a mordida dói!

Projeto engavetado, adiado, deixado de lado.

Não adianta  projeto colaborativo que não esteja dentro de um novo DNA da corporação.

Não estamos mudando de calça, mas o guarda-roupa inteiro!

É melhor começar com calma, por cima, do alto, vai levar mais tempo, mas é o caminho.

Essa é a minha principal avaliação crítica das minhas atividades do ano passado.

Balanço, baby.

Topei começar sem estar envolvido em um projeto mais global da empresa e não fomos bem.

Este ano, estou fechado para esse tipo de projeto – rebelde sem causa.

Só topo projetos de planejamento estratégico 2.0.

O playground 2.0 está em crise!

(Se não pintar nada, acho que vou esperar comprando um táxi 2.0 –  só para nerds. Quem sabe não te pego no aeroporto e falamos sobre como operar no Twitter? E “entrar” nas redes sociais) 🙂

Planejamento estratégico 2.0  é o novo foco, o próximo passo,  e vamos batalhar por ele.

Escrevi no Twitter semana passada:

Quem vende conceito, tem que saber (e poder) dizer não;

Assim, inauguro com este post uma nova etapa deste blog e da minha vida profissional.

Estou formalmente migrando do público de tecnologia, de comunicação e informação para tentar chegar no pessoal de administração, gestão e, em particular, o pessoal de planejamento estratégico.

Convoco a quem quer começar a trabalhar com mais lógica e eficiência no mercado a fazer o mesmo.

Quem vem?

Depois, detalhamos a estratégia 2.0 para a comunicação, para o marketing, para o RH, gestão de conhecimento, etc….não antes!

Chega de colocar pen-drive na frente da USB!

Estou negociando um curso no Rio, ainda neste primeiro semestre, que vai se chamar “Planejamento Estratégico 2.0”.

(Quem quiser ir se pré-inscrevendo, me avisa aí embaixo comentando).

Não será diferente do que já faço nas aulas e grupos de estudo, mas será mais focado para planejamento estratégico e contarei na  turma com gente dessa área para irmos construindo e co-criando conceitos e metodologias juntos.

Podemos partir da segunda parte do meu livro “Conhecimento em Rede“, de 2006, era só isso, mas o mercado estava muito virgem para esse serviço, agora não.

Vide estes dois posts, no qual a HSM e o Wall Street Journal apontam esse futuro e a necessidade desse serviço aqui defendido.

Ou seja, não sou eu querendo vender geladeira para esquimó.

É o esquimó querendo comprar algo que esquente,  não sabe que é um aquecedor.

Não sabe direito o que, onde ou quem está se vendendo.

Aqui, Inupia!

Aqui Parka!

As palestras este ano – e acredito nos próximos – também vão nessa direção.

Estou alinhavando outras atividades – variadas – para ir nessa linha com pessoas antenadas e queridas, aqui do Rio, de São Paulo.

Aguardem novidades esparsas ao longo do período. 🙂

Conto com meus 3 leitores para me ajudar a refletir e começar a aderir aos produtos e serviços que serão oferecidos nesse novo foco.

É uma oportunidade que vai se construir com alguns poucos clientes que já acordaram.

É crescente.

Uma ação em baixa, bem baixa, que vai subir muito num mercado carente.

Vivemos um tempo estranho de ruptura radical no qual se compra tecnologia, sem o fundamental conceito que a guie. Uma civilização que está acabando e não sabe;

A12 – água;

B8– água.

C5 – água!

Quem topa?

Vamos agir na direção mais eficaz?

Diz.

Veja um exemplo de uso do Twitter.

O que tem de bom?

A dona, ela mesma, conversa com seus consumidores e muda, faz amigos, coloca humanidade.

Transparência e diálogo.

Tudo de bom.

Saiu no Globo de hoje.

– “Não somos corporativos, mas humanos”.
“Transformamos seguidores em colaboradores”. Isso é ser 2.0, simples!

(Abra a imagem abaixo, que está grande, em uma nova guia, ou baixe para ler.)

twitter_bem_usado 001

“This ongoing social effort to correct errors our subjectivity leads us into is what I call objectification – Brookes”

Is everything information?

Is an ox grazing in the field information?

It is in part – almost.

It might or might not be part of the process.

An ox grazing in the field is the “real world” without representation.

If all humans die, there will only be the feeling and instinct of animals, as words will have disappeared.

  • The cougar will smell the ox.
  • The ox will moo to the cow.

The world without humans will have no representation and, therefore, will be timeless.

The ox will only exist in that second grazing in the field.

Only the human being is capable of recasting the ox in time.

The grazing ox is a quasi-reality with no filters. It will be filtered by whoever is watching it, whoever looks at the scene with a certain point of view – the ox grazing in the field –.according to older or younger eyes, more rural or less rural eyes, etc.

The ox in the pasture is the world in almost a pure state. When it is represented, it’s filtered by our interests/lack of interest with more or less efficacy.

For those going by, the ox grazing in the pasture is a landscape.

What if someone wants to represent it?

“Papa, look at the ox in the pasture.”

This presupposes language.

And the desire to highlight it in the present time.

Or else, to preserve it.

The ox will only exist outside that time – in which we relate to it, alive, in the pasture – if we store it in our memory and tell someone else.

“Auntie, I saw an ox grazing in the field.”

Or document it, through some kind of record, text, photo, video, drawing, sculpture, etc.

Thus, in the relation human being-ox in the pasture, we have the real being revealed in a process that we might call informational, going through the contact with the fact in process, the interest in recording it, and preserving it in time.

When we observe the ox in the pasture outside our memory, we create a document. If we want to pay homage to it with a statue, we erect a monument.

The difference is that I can carry the document from one place to the other.

While the monument, depending on its size, stays in its site, static, almost an ox, although more durable, making it into a perennial ox in the pasture.

Until someone decides to destroy it.

(Or someone decides that a grazing-ox statue is not adequate for a square and should be replaced by the statue of a relative – a typical decision in Brazil).

The ox grazing in the field is a process that may generate a document.

Information is the whole process of watching the ox, recording it, disseminating it, as well as the interpretative assimilation of whoever sees the document about the ox in the pasture and creates a new representation, or even a new document.

A poem about the photograph of the ox in the pasture.

Or a description of that photograph or poem to be retrieved, something called documentary language in archival science. This is the effort of achieving maximum representation with minimum words for those avid for information.

Thus, the document is the partial register of the real by whoever made the record.

It’s never the real, but part of it, filtered by someone.

We need information to transform what is complex into simple, thus enabling our limited minds (despite all their potential) to apprehend and make decisions.

And the ox, who’s got nothing to do with all this, is the ox who one day grazed in that field, or in any other field, depending on the record.

Information is a process that tends to unfold into documents.

Thus, the world is always a representation of itself or of our memory, either transitory or documented.

The first documents, if we could call them as such, were virtual documents, stored in human memory and transmitted orally from parents to children – stories, poems, repeated theatrical plays – since language was invented about 100,000 years ago, so we could:

  • Name things through nouns
  • Put them in movement through verbs
  • And express our subjectivities through adjectives

In fact, every information process is a simplification of something more complex that we will never be able to represent. Complexity forced us to invent writing some 5,000 years ago to record things.

Memory was too fleeting and inaccurate.

This doesn’t mean documents don’t have these characteristics, but less so.

Thus, representing the world is an eternal incompleteness that at best expresses a determined fact in movement, a process.

Information will always be an illusion of the unreachable real.

A version of the facts.

Hence, the more facts we place in a version, the closer we will be of what was meant to be represented – without ever reaching the actual fact.

The closer we will be to the process in itself, but never of the pure process. Just the closest we can get to it, now with increasingly sophisticated resources to represent it.

No matter what we want, to be informed is to be more or less deluded.

However, there are moving forces at work in the information process.

  • On one side, volume.

The greater the volume, the more complex to find what we want and the more sophisticated the representation, through methodologies, technologies, and specialized professionals.

  • On the other side, time.

Information, as a process in movement, needs to be available at the right time and has to be found before the decision is made. There is no point in knowing the schedule of a train that has already departed.

  • At a reasonable cost.

It’s no good to have top-rate information that nobody can afford and that remains inaccessible to increasing numbers of people.

Thus, information is an attempt to create a dynamic balance between volume, time, and cost.

To inform is to try to inject the maximum number of facts into versions to help reduce the illusion of the represented process. Disinformation and manipulation are just the opposite.

What do you say?

This text was inspired by this one.

More Neposts in English.

Twitter in English. Follow me.

Twitter in Portuguese. Follow me.

Translated by Jones de Freitas. Edited by Phil Stuart Cournoyer.

(This article in Portuguese.)

Hoje, foi o final, muito emocionante o retorno de ser capaz de ajudar as pessoas a repensarem suas vidas pessoal e profissional.

O que posso querer mais?

Seguem fotos:

DSCN5400

Bom, vamos tentar colocar todo mundo...na frente à direita o Leonardo, Luana, Rodrigo, Nicole, Marcela (de azul piscina), a esquerda do Rodrigo a Tassia, e a direita a Julia, depois o Filipe, no fundo o Paulo, completando a mesa do lado direito. No lado esquerdo, começandona frente, o Rodrigo, Fabiano, Eu, Enio, Erika, Baeta, João, Camilla, Caroline, Fabiana, Diogo. (Faltaram na foto o Allan, a Ana, Beatrice, Gabrielle, Michele, Priscila, Silvi, Iara.)

A avaliação final da turma pode ser vista aqui.

Foi muito legal o retorno.

Tks, galera!

Não estamos em uma época de mudanças, mas em uma mudança de época – Chris Anderson;

(English version here.)

Rascunho, ajude na revisão.

Há muita curiosidade atualmente sobre o impacto da chegada das Redes Sociais (também conhecida como Web 2.0) e tudo que elas podem vir a representar no futuro das empresas, tanto na gestão, como na própria forma de se fazer negócios. Sobre o tema, o Wall Street Journal publicou relevante reportagem (23/08/10) em que apontava: “Século XXI pode trazer o fim da administração moderna”.

No texto, alertava-se em resumo:

a)      A administração “moderna” está próxima de uma forte crise existencial;

b)      Se por um lado o mundo está cada vez mais complexo flexível, ágil, adaptável, inovador, por outro, as organizações se burocratizaram e os gestores são resistentes à mudança;

c)     Empresas, segundo a reportagem,  não foram criadas para mudar, mas, ao contrário, para resistir a elas.

Na reportagem, um grupo de presidentes de empresas americanas declarou que o livro de negócios mais influente para eles foi “Dilema da Inovação”, de Clayton Christensen, esgotado no Brasil, mas disponível em inglês nesse link: (http://migre.me/46EAQ).

O livro aborda, entre outras,  a crise das indústrias de discos rígidos para computador e escavadoras mecânicas, entre outras.

Christensen procura demonstrar que, em sua maioria, as grandes empresas se esquecem de gerir a inovação em seus negócios e que o futuro depende fortemente da capacidade de abandonar práticas de negócio tradicionais e adotar inovadoras, quando necessárias.

Demonstra o fracasso das organizações em se manter no topo de seus ramos de negócio quando confrontadas com certos tipos de mudanças de mercado e de tecnologias.

A reportagem alerta ainda que empresas diante de rupturas tecnológicas fracassam não por causa da sua gestão “ruim”, mas porque seguiram as diretrizes da “boa” gestão: escutaram clientes, estudaram tendências, alocaram capital para inovações que prometiam o maior retorno.

Mas, entretanto, deixaram de considerar na sua estratégia inovações perturbadoras que criaram novos clientes e mercados para produtos de margem menor e com enorme apelo.

Há claramente um quadro de dúvidas e incertezas em diversas empresas brasileiras, com taxas distintas de preocupação, conforme a proximidade dos efeitos da atual Revolução Cognitiva, em curso.

De fato, o efeito é diferenciado.

Em algumas atinge o próprio negócio, em outras a maneira de se fazer a gestão.

E isso em tempos distintos.

Uma já estão no epicentro do furacão, outras já sente apenas uma certa brisa.

A Web, que completa 20 anos de vida em 2011, passou por duas etapas bem marcadas: o surgimento e expansão (1990-2004) e a massificação (2004-?).

Esta última denominada de Web 2.0, quando tivemos a explosão da banda larga, que barateou o custo da difusão de ideias, ao deixar de cobrar por hora e passar a um fixo mensal.

Ou seja, até 2004 era treino e depois entramos todos  no novo jogo.

Possibilitou e libertou, assim, usuários domésticos, principalmente, de exercerem de forma intensa e globalmente o principal potencial da rede, desde os seus primórdios: diálogo e produção coletiva a distância. Uma forma de interação que os meios informacionais anteriores não permitiam basicamente por limitações técnicas e algumas vezes políticas.

Fundou-se, dessa maneira, o fenômeno das Redes Sociais, do Wikipédia ao Youtube, nas quais o usuário é o único e soberano provedor de conteúdo.

Tal modificação pode ser denominada de revolução informacional, Revolução Cognitiva,  fato raro e atípico, pois altera a forma de algo fundamental na constituição humana: o ato diário, fundamental, rotineiro de consumir e produzir informação.

Antes era de um jeito, no qual o sistema, digamos de poder, tinha aprendido ao longo dos anos a exercer um certo controle para uma nova situação de descontrole.

O único fenômeno informacional similar mais recente nessa escala ocorreu há 500 anos com a chegada da prensa, invenção de Gutenberg, na Alemanha, em 1450, que fundou e influenciou fortemente a sociedade moderna, através de mudanças radicais na Política (monarquia/república/democracia) e na Economia (feudalismo/capitalismo/corporações).

Se vamos racionalizar e aprofundar o tema é necessária essa comparação para nos dar uma âncora histórica.

Podemos dizer assim, que novas ideias circulando em larga escala em novos canais, de uma hora para outra, descontrolam o ambiente da informação, as bases estabelecidas, através do controle do fluxo de ideias, exercendo uma força descentralizadora e democratizante em todos os setores.

Nossa maneira de agir e pensar, entretanto, não está preparada para lidar com uma rupturas tão ampla.  Além disso, por serem raras, as macromudanças em ambientes informacionais e comunicacionais não constam ainda como fator de ameaça ou oportunidade em nenhum livro de Planejamento Estratégico.

Em resumo: no cálculo do futuro, o que era constante, passou a variável, gerando um grave erro de como pensamos o que virá.

O que era fator zero ganha uma relevância muito maior, criando um erro grosseiro, como consequência, na visão do cenário e as estratégias, tanto de negócios, como de gestão que as organizações de todos os setores devem tomar.

É algo tão novo que a ciência chama de fato paradigmático (sem conhecimento ou teoria registrada ou desenvolvida), o que nos exige uma revisão radical de como pensamos o presente e como projetaremos o porvir, incluindo principalmente o futuro da gestão nas organizações.

Estamos, antes de tudo, e primeiramente, diante de uma crise teórica, que, por consequência, nos leva a várias outras.

Para traçar estratégias de médio e longo prazo, é preciso, uma clara visão histórica das causas e consequências de uma revolução informacional para a sociedade e como cada organização irá se adaptar a ela.

Em termos de possíveis causas, na minha tese de doutorado, recém concluída, na Universidade Federal Fluminense, em Ciência da Informação, levanto a hipótese de que provavelmente não podemos negar haver forte relação entre o crescimento populacional  e o surgimento da revolução da informação.

Saltamos de 1 bilhão de habitantes, em 1800 para 7 bilhões, em 2010, como tínhamos também dobrado a população por volta de 1450.

Crescimentos demográficos em grande escala, como previa Thomas Malthus nas suas teorias, por volta de 1798, geram crises produtivas na sociedade que, para superá-las sofistica-se os métodos de inovação, como diagnosticou depois Joseph Schumpeter.

Inovação, por sua vez, exigem mais liberdade de informação e comunicação, que nos leva a uma crise de representação, em uma cadeia sinergética de acontecimentos.

Ou seja, as crises macro-sistêmicas, pela ordem são, demográfica, de produção, de inovação, de informação/comunicação/conhecimento e, por fim, geram uma evidente crise de representação, na qual está inserida a gestão.

Tudo começa a se modificar quando surge uma tecnológica cognitiva disruptiva nova que exerce um papel de forçar um equilíbrio em um novo patamar.

A Internet vem, assim, de forma sistêmica e a nível macro, criar este ambiente informacional propício, menos controlado, com ideias circulando mais livremente para garantir que a inovação possa ser feita na qualidade e velocidade do consumo cada vez mais personalizado de 7 bilhões de consumidores em todo o planeta.

Podemos dizer que estamos vivendo sob a égide a “mão invisível” das tecnologias cognitivas disruptivas para construir uma nova sociedade mais compatível com 7 bilhões, porém, estamos vivendo essa hiper-população com métodos de gestão e representação de um mundo de 1 bilhão de pessoa.

Eis o DNA da crise que se apresenta em vários setores: desde a crise européia do Euro, até as revoltas dos jovens por todo o mundo.

A troca constante via rede, nos leva a um questionamento radical e permanente dos poderes constituídos.  O cidadão se capacita informacionalmente, ganha asas, e passa a exigir da sociedade, do governo e das empresas a curto, médio e longo prazo uma nova maneira de relacionamento mais madura e menos infantilizada, pois há – e haverá cada vez mais – uma relação clara entre controle da informação passado e nova capacidade de pensar e sentir de quem está no novo ambiente.

O exemplo típico que ilustra essa lógica é o salto na vida de um analfabeto quando passa a ler e desejar nova vida. Essa mudança emocional/cognitiva definitiva, a meu ver, é a base mais profunda da mudança cultural que estamos assistindo, na qual a tecnologia é apenas uma indutora.

Vivemos uma passagem cultura profunda, induzida por uma tecnologia. E não uma mudança cultural.

Dentro dessa perspectiva, o consumidor e os colaboradores internos das organizações não aceitam mais a falta de diálogo do controle passado e as condições que foram estabelecidas de consumo, na qual o poder estava pesando muito mais para o lado das organizações com regras nem sempre favoráveis para os lados mais fracos da balança.

Um exemplo disso são os recentes acontecimentos no Egito e arredores, nos quais autoridades que se mantinham no poder por um dado controle informacional não conseguem mais convencer seus cidadãos do poder de sua autoridade quando há o descontrole neste campo.

A partir daí, há o desequilíbrio e a procura de uma nova ordem, uma autoridade mais representativa.

A Internet podemos supor, portanto, é uma grande máquina informacional, que cria um ambiente que nos leva a uma nova regulação sistêmica, à procura de mais autenticidade e mais representatividade dos poderes estabelecidos.

De maneira geral, as organizações vêem apenas a face tecnológica da chegada dessa nova fase da Internet colaborativa, na qual o consumidor, deixando de lado o seu lado mais impactante: o cultural, que tende a mudar a sociedade como um todo.

Poucas vezes analisam que é nessa percepção e ações a partir dela que pode estar se definindo a própria sobrevivência da organização, dependendo do setor em que atua.

Vê-se com um problema de mídia e não de gestão.

Ou no máximo de gestão, mas jamais de inovação.

E, quando de inovação e informação, quase nunca de representação e de reputação.

Procura-se resolver tal “problema”, criando estratégias de “marketing digital”, introduzindo novas ferramentas de diálogo e troca (Facebook, Twitter, Blogs) em organizações que estão muito longe de estarem prontas para conversar com o consumidor, pois estão intoxicadas e viciadas no monólogo.

Co-criar, então, com eles muito menos.

Na atual transparência das redes sociais torna-se claro a incoerência entre o que é dito e o que se faz.

E vê-se que o novo diálogo proposto não vem para corrigir falhas na comunicação. Quer se manter em um ambiente de conversa o modelo de comunicação corporativa atual. Assim, pensar em migrar para empresa 2.0 é, antes de tudo seguir algumas tendências:

a)     Ter noção clara de que mudança atual é uma guinada cultural da civilização para um mundo mais descentralizado, horizontal, baseado muito mais no diálogo, no “co0-vencimento” lógico do que na imposição e repetição de ideias, via mídia tradicional;

b)    Incluir tais riscos e oportunidades no planejamento estratégico;

c)      Traçar linha coerente de ação em toda a organização para implantar projetos de mudança para uma gestão mais horizontal de maneira rápida, porém consistente, com os investimentos adequados, de forma participativa, que inclua também ferramentas de documentos colaborativos;

d)    Por fim, esperar como resultado não apenas a melhora da comunicação ou do marketing, mas sim a capacidade de inovar mais com menos, o que torna a organização mais alinhada com a nova velocidade externa, mantendo taxas de competição, incorporando o consumidor/colaborador como aliados, co-criador, com suas contribuições nos mais diferentes canais que se abrem.

Dialogar para, de fato, mudar e não para postergar!

Infelizmente, ou felizmente, não se trata mais de querer aderir ou não.

A realidade está posta.

As redes sociais não são um lugar distante no qual as “empresas vão entrar”, mas um ajuste sistêmico global em direção a uma sociedade com necessidades de mais inovação e, por consequência, liberdade informacional.

Resta, assim, apenas saber qual é o número da senha que cada organização irá “pegar” na fila da mudança em direção a esse futuro. E é justamente nessa longa fila que se definirá o cenário daqueles que vão liderar e os que vão apenas seguir o mercado em um século que avança com muita pressa e muito mais gente precisando consumir de forma completamente diferente do que estamos, até hoje, acostumados.

No futuro, quem se atrasar pagará muito mais caro para comprar o novo.

Ou venderá seus ativos de forma mais barata.

Que dizes?

Eis a lista:

Desfiltrados

Autoridades 2.0

A ilusão da informação

O abuso 1.0

A lógica oculta das mudanças 2.0

Somos ou estamos?

Encontros fechados (1.0) versus abertos (2.0)

Empresa 2.0: mito e realidade

As doenças intelectuais do micrismo e do umbiguismo

A luta entre as empresas estrelas do

mar versus empresas aranhas

Implantar redes sociais nas empresas é algo estratégico e não operacional

O mal estar das organizações

As revoluções cognitivas e as mudanças nas topologias das redes

 Por que teremos outro tipo de hipocrisia com as redes sociais?

Pierre Lévy e o novo papel do conhecimento

 

Ego 2.0

 

Valor 2.0

 

“Não adianta tentar empurrar o gênio de volta para dentro da garrafa, por que infelizmente ele está fora e não há como voltar atrás” – Alan Moore;

A revista HSM, 85, nas bancas, traz na capa “A Conectividade mudou a Gestão (Mesmo!) – Você está preparado?”.

É um passo importante para a HSM e para as empresas no Brasil.

A HSM é a principal revista brasileira de negócios e aponta um caminho relevante para o futuro das organizações, mostrando-se antenada (como já vem fazendo há algum tempo) e problematizando as questões que deveriam ser relevantes para os executivos brasileiros.

Começa a ficar menos turvo  – para cada vez mais gente – que o mundo digital não é baseado somente e apenas em tecnologia e nem é mudança necessária no departamento de comunicação, através de marketing digital, colocando operadores de Twitter ou de Facebook para “entrar” nas redes sociais, como se elas fossem uma praia.

Continua-se, assim, com o mesmo processo vertical da comunicação corporativa passada e fingi-se que nada ocorre no mundo a sua volta.

Porém, como tem cada vez mais gente apontando  é algo que vai mudar a gestão, assim como o fez ambiente informacional criado pelo livro impresso, que propiciou a cama na qual o capitalismo acabou por se deitar.

As organizações, fundadas há 150 anos, nunca viveram uma mudança tão radical.

O interessante ao ler a revista é que de artigo para artigo se nota pensadores/profissionais da gestão que alguns estão conscientes do processo de mudança e o problematizando e outros passam ao largo como se não houvesse nenhuma alteração no horizonte.

É algo menor a ser avaliado.

E isso – somado a vários outros – vai criando um clima de grande incerteza de quem precisa pensar o futuro.

Assim, poderia dividir os depoimentos na revista e na atual sociedade entre os que “estão percebendo ou parando para pensar nessa mudança” e aqueles que “não estão a pensar” sobre o tamanho da ruptura que se apresenta.

Quem não está, continua a falar de gestão como se fosse uma linha contínua, sem alteração e cegos para aquela cachoeira do filme Piratas do Caribe, que aponta o final de um mundo, caindo em outro.

Entre a turma dos que percebem a mudança, o ponto alto da revista – até onde li até aqui a HSM 85, pois ainda não acabei – é a entrevista de Alan Moore, feita pela Patrícia Timoner.

Veja aqui: artigo de Alan Moore (@ Alansmlxl) da HSM 85 em PDF: http://bit.ly/e1IsuG

Moore que é inglês, (o que reforça um pouco minha teoria aleatória de que os não-americanos conseguem sair do pragmátismo e ver mais longe), defende que estamos saindo da sociedade em linha reta para uma outra não linear. que ele batizou (todo mundo gosta de chamar a seu jeito) de NSL = “no straight line“, batizando o artigo: “A sociedade e a economia NSL”.

De maneira geral, Moore reforça as macrotendências, que diversos estrategistas de gestão 2.0 têm apontado para o futuro das organizações:

  • Mais horizontais;
  • Em rede, envolvendo cada vez mais os usuários na produção.

Porém, o diferencial de Moore, como tenho me esgoelado aqui no blog, é de defender que a atual ruptura é principalmente uma mudança de poder.

Moore, tem essa clarividência e toca na questão principal da atual ruptura. Ele nos diz:

“Está se fazendo uma cortina de fumaça para esconder o verdadeiro incômodo, o poder está mudando de dono e saindo das mãos dos que muitos descrevem como cidadãos Kane contemporâneos” (…) O magnata da mídia Rupert Murdoch é um dos  que compartilham esse nervosismo, irritação e fúria, por exemplo, é a perda de controle que elas têm da sociedade conectada que emerge das tecnologias digitais. Essa conectividade está minando o poder de Murdoch e outros e, assim, lhes é frustrante.

Moore defende que estamos passando do paradigma linear dominante baseado em uma progressão, razoavelmente lógica, com causas e consequências, a partir de um olhar da sociedade industrial. E que a passagem é basicamente de mentalidade.

Considera que a ideia do Freeconomics (tudo de grátis) é falsa, “uma forma 1.0 de pensar”, pois o usuário quando percebe valor está disposto a pagar por ele, principalmente nas redes que se formam.

(É o que se tem visto nos projetos por aí, vide o sucesso, por exemplo, da Estante Virtual, coletivo de sebos on-line. O consumidor, como defendi aqui, quer sair de uma relação de abuso passada e introduzir uma nova relação menos vertical e mais justa.)

Moore ainda afirma que o mundo 2.0 possibilita o redesenho de todo o processo de criação de valor, como o dinheiro entra e sai da plataforma de negócios.

Resgata a ideia do Manifesto Cluetrain, de que mercados são conversações e sempre foram.

O que nos aproxima da grande novidade que Moore nos traz nessa entrevista na maneira de olhar a ruptura, que se expressa aqui:

“(…) as empresas nos últimos 150 anos nos impuseram o modelo separatista de produtores e consumidores, algo tão natural, pois somos multidimensionais”.

Ou seja, que essa divisão entre consumidores e produtores, que no feudalismo, principalmente não era tão clara, passa a existir fortemente no capitalismo.

Ele defende a tese de que  é mais tradicional o consumidor participar do processo de produção, do ponto de vista histórico, do que essa separação de hoje em dia, que a rede vem devolver.

O que muda bem a maneira de pensar e se colocar o problema.

Grato Moore!

Não estamos inventando o consumidor participativo, mas, simplesmente, nos rendendo a entender que essa separação precisa, de novo,ser modificada pra uma reaproximação.

Isso é muito rico!

Cita diversas empresas modelos para se espelhar, entre elas, a Best Buy, Lego, Local Motors, Grow VC.

Lembra ainda  Johathan Schwartz, CEO da Sun, que diz:

“Mil blogueiros (da SUN) internos fizeram mais pela empresa do que uma campanha publicitária de 1 bilhão de dólares”.

Afirma que as empresas tradicionais preferem possuir um departamento de marketing de cinco pessoas do que contar com 500 funcionários dedicados à atividade nas redes sociais.

Para mudar, considera que é preciso enfrentrar os investidores e que isso não será feito espontaneamente.

Por fim, acredita que o novo modelo não-linear de negócios é mais eficaz, eficiente e sustentável e que é papel das empresas ser um habilitador e simplicador da vida dos consumidores e não mais um complicador.

Coloco a entrevista de Moore na HSM 85 na minha lista do que vi de melhor até aqui em 2011.

Grato a ele e a HSM por ter reforçado pontos importantes e aberto a cabeça de muita gente – inclusive a minha –  para novas ideias!

No nosso caminho cada vez maior em direção ao conhecimento líquido!

Que dizes?

Vamos falar hoje da “Editora de pessoas” – ou “Editora de encontros”.

Eis o resultado do exercício em sala de aula:

 

NOVA EDITORA 2.0 – uma produtora de idéias

Nomes sugeridos:

Pensamentos líquidos

 

Diante da mudança possível no cenário:

  • Problema de mentalidade/quebra de paradigma
  • Queda do preço/sebos online/cópias piratas
  • Aumento de títulos/falta de tempo de leitura
  • Novo público jovem com outras demandas
  • Aumento cada vez maior da interatividade
  • Mudança de canal de distribuição/mercado digital/livros digitais/tablets/venda de livros por capítulos
  • Novos modelos de negócio/Novos concorrentes
  • Independência dos autores publicando e vendendo seus próprios produtos
  • Conhecimento sólido passando para o líquido, menos consolidado.

Sugerimos ao cliente da editora tradicional que ele deve ponderar e problematizar para tomada de decisão:

a)      Pensar na hipótese de criar uma nova editora, como uma empresa em separado (independente de criação, ou não de novo CNPJ), com equipe própria e modelo cultural de gerenciamento de funcionários colaborativo;

b)      Deve escolher executivo compatível com  novo paradigma e visitar empresas inovadoras em gestão colaborativa, seguida de capacitação estratégica;

c)       A editora deixará de vender “livros” e se caracterizará com venda de idéias, através basicamente da promoção de eventos presenciais ou on-line, grandes, pequenos, customizado  para empresas, grupos, etc;

d)      Será feito acordo com pensadores/articuladores/estimuladores/linkadores que adaptarão seus pensamentos para um modelo de interação com suas platéias;

e)      Tais encontros serão documentados e disponibilizados em plataforma que será gratuita e/ou paga ou terá venda de patrocínio, a discutir melhor;

f)       Por fim, serão feitos sub-produtos dos encontros por demanda, que podem ser nos mais diferentes formatos, conforme pedidos feitos pelos consumidores.

“O futuro está lá fora, apenas está mal distribuído” – Alvin
Toffler;

Temos a ilusão que o futuro é algo que ocorre no tempo.

“Amanhã ele vai chegar”.

Porém, não há lógica nisso.

É uma ilusão esfumaçada pelo senso comum.

Pode até se dizer que o imprevisto, aquilo que é externo ao homem – as forças da natureza: terremotos, meteoros, etc são ainda imprevisíveis.

O futuro, fora isso, não é um disco voador que pousa do/no nada!

É um processo lento em conflito de ideias novas, de quem quer mudar, ajeitar e daqueles que resistem a isso.

O futuro é , assim, um local e não um tempo.

O futuro – através de ideias – se espalha geograficamente o que dá uma impressão falsa de temporalidade.

Há, assim, dois futuros:

Os construídos – pela ação humana, que se pode influenciar com mais eficácia;

Os acidentais – pelas força da natureza, para as quais podemos prever, mas não influenciar tanto.

O presente, portanto, é uma fábrica de ideias futuras multi-localizada, de processos, de serviços e produtos.

E são alguns poucos lugares, pessoas, no mundo que o produzem (aqueles que o definem).

São estes centros futuristas que conseguem aliar demandas latentes com superações.

Locais de inovação, de gente aberta para o novo.

Eles criam o futuro do futuro.

São a ponta da ponta.

(O Brasil, a meu ver, está na periferia da produção do futuro. Sempre somos passado! Por isso, me veio a frase de que somos o país do futuro do pretérito.)

A previsão do porvir, assim, é identificar:

• As necessidades básicas e perenes dos humanos, pois são elas que vão sempre permanecer no tempo;

• As atualizações dessas necessidades (demandas em curso), que ocorrem por movimentos de ajustes, tal como aumento da população, aprofundamento da vida nas grandes métropoles;

• E os movimentos que nos levam à superar essas necessidades/demandas.

O futuro, assim, já é.

Está aí pelos cantos do planeta!

Temos, sim, que aperfeiçoar nossas teorias e metodologias, através de talvez uma Ciência do Futuro para conseguir enxergá-lo cada vez melhor.

E, com isso, adotá-lo e, se possível, influenciá-lo.

Que dizes?


Informação inútil, fofoca e extrato de banco perdem o sentido ao final do dia – Nepô, da safra 2011;

Bom, discutimos bastante ontem com a turma Dig8, do curso de pós de Marketing Digital da Facha, sobre muitas coisas e algo que considero principal é a capacidade das pessoas nesse momento em conseguir ir reduzindo o tempo que se dedicam ao superficial (fofoca) para o relevante.

(Chamo de fofoca o consumo desenfreado de dados soltos sem nenhum tipo de articulação).

Bom, basicamente é preciso se dedicar mais tempo a quem cria significado e menos tempo em quem passa dados sem importância.

A mídia 1.0 acredita que vai competir na Internet com o Twitter, ao invés de gerar significado.

Estamos perdidos, desfiltrados, um tiroteio de cegos, até tudo começar, de novo, a se ajeitar.

O Moreno na tese dele afirma que na Internet temos o povo do “eu vi” e o do “eu acho”.

98% estão no primeiro e a minoria no segundo.

Todo mundo repassa tudo, mas ninguém nem para para ler o que está passando, muito menos consegue alinhavar um cenário onde se contextualiza o que se está repassando adiante.

E isso é grave.

Para ampliar significado e reduzir a fofoca é preciso ter estratégia de leitura e como tendência geral caminhamos para a seguinte direção para quem quer sair da manada:

a) reduza o tempo de consumir migalhas e procure mais o pão, menos joio e mais trigo, ler alguns livros é importante, veja minha lista de sugestões;

b) procure depois de ler qualquer coisa, antes de fechar e ir para outro, situar o que leu da seguinte maneira, respondendo as perguntas:

(É um exercício que verás será um diferencial na sua vida):

  • Qual o problema que o autor aponta, que o incomoda na sociedade?
  • Como ele pretende minimizá-lo/ respondê-lo?
  • Qual a relevância do problema que o autor apresenta?
  • Qual a viabilidade das sugestões de mudança?
  • Você acha que o problema foi bem apresentado, o que acrescentaria?
  • O que que mudaria na sugestão de minimização/solução?
  • Como você apresentaria a questão com a sua bagagem?

Diante disso, você define uma escola de pensamento.

Aquele autor – sobre tal problema – o vê desse jeito, sugere esse tipo de mudança e eu tendo a concordar ou discordar dele por tais motivos e considero que as propostas de minimizar tais problemas são eficazes, ou não.

Farás um balanço crítico do que foi lido e colocará isso em algum lugar na Internet para discutir com seus amigos.

Esse exercício lhe dará um potencial crítico interessante, verás que por trás de cada autor existe uma linha de pensamentos e começarás a ver como vários autores pensam igual ou diferente.

Verás ainda mais assustado que a maioria – quase sempre – pensa quase igual, são poucas as mudanças de pensamento, o que vai te dando uma economia gigantesca de tempo, depois de alguns resumos.

Logo saberá de qual linha de pensamento é aquele autor.

E vais ganhando mais e mais diferencial de leitura!!!

Vais criar um time de futebol ao longo do tempo, identificando maneiras de pensar o problema que está analisando e começará a perceber que rapidamente, lendo cada vez menos, irá identificando as linhas de raciocínio cada vez mais rápido, poupando tempo e eliminando a necessidade de se aprofundar tanto.

Bingo, começas a lidar melhor com o lixo informacional e separa o que é caixa de quebra cabeça e o que é peça, encaixando-as conforme a caixa.

Com o tempo, se dedicará a procurar pessoas com ideias diferentes das que você conhece e sugestões de mudanças distintas.

Esse é o exercício crítico de leitura.

É bom, a partir daí, ler pessoas que fundam linhas gerais, tais como Marx, Freud, Sócrates, Platão, etc…que são pensadores tão relevantes que criam linhas de seguidores.

Na área da cibercultura, por exemplo, alguns autores são clássicos e fundamentais, tais como Pierre Lévy e Castells, por exemplo.

Se debruçar com calma sobre o livro “Cibercultura“, do Lévy,  lê-lo com atenção, marcando e fazendo o exercício crítico acima descrito será um exercício que lhe economizará muitas horas de perda de tempo com dados, infográficos, etc.

Lévy vê a Internet do alto, quase de um satélite, traçando tendências macro que nos dão a caixa do quebra cabeça e não cada uma das peças.

Lê-lo nos mostra muito mais do que maratonas inteiras de Twitter.

Leonardo me pergunta quem seguir no Twitter.

Acredito que deves procurar ir encontrando estes autores de satélite e passar a ver quem faz a cabeça deles e ir fazendo esse exercício de estratégia de leitura.

Quem quer sair do operacional e passar a estratégia deve seguir estes passos.

Quem deseja ser operador de ferramenta, Twitter, Facebook, não verá muita graça neste post.

Mas também daqui a alguns anos terá um salário bem menor do que aqueles que conseguem criar significado.

Que é algo cada vez mais escasso no mercado, apesar do que se diz ingenuamente em contrário.

Que dizes?

Estivemos ontem lá e o Rodrigo  ficou de fazer o resumo.

Me chamou atenção a pergunta do Leonardo sobre quem devemos seguir?

Preparei um roteiro para sair da fofoca e irmos para o significado, aqui.

Mudanças 2.0: o afeto passa a ter uma nova relação de intermediação com figuras paternas – Nepôda safra 2011;

(Republicando os melhores do ano para revisá-los e formar um e-book no final do ano)

Dando aula esta semana na Pós da Facha em Marketing Digital (que, na verdade, é Marketing nas empresas digitais, como discutimos na turma) aprofundamos um pouco o cenário atual.

Lembrei de uma conversa, via Facebook, com o Ermio Patrão, na qual ele não acreditava que os acontecimentos do Egito e arredores era apenas fruto de um povo que não tinha informação e agora passava a ter com a Internet.

Concordei com ele.

Vendo o filme Lutero ontem que é bem revelador de um momento similar ao nosso, me caiu essa ficha de forma bem mais clara.

O modelo de controle informacional  é introjetado por nós desde nossa tenra infância. Ele é um dos pilares de nossa subjetividade, identidade.

Aprendemos a respeitar as autoridades, a própria civilização, a partir de um modelo de controle informacional, que se perpetua na escola, na televisão…

Ele define um grau de infantilização, pois eles filtram e nós, limitados, aceitamos algumas “verdades”.

Respeitamos pai, mãe, professor, via uma mídia, com seus padrões, no caso verticais, com um nível de infantilização.

Respeitamos as figuras paternas da sociedade, através de um filtro estabelecido que nos assegura que ali há uma “verdade” e passamos a respeitar estas autoridades, por falta de ideias que questionem o que eles dizem.

Passamos a ser “súditos” infantis por que são eles que nos guiam, em função de dado controle.

Obviamente, que há o processo de não respeitar as autoridades, a partir de crescimentos individuais e coletivos localizados aqui e ali.

O que se vive com a Internet é isso, porém, entretanto, todavia, em escala global, em função da mudança da mídia, quando há um descontrole e uma desintermediação geral, ao mesmo tempo.

Estamos vivendo é esse desilusão com as autoridades vigentes em escala macro, em função de uma nova mídia que nos permite questionar juntos , nos conscientizar juntos, nos “desinfantilizarmos” juntos.

E esse salto de qualidade, de amadurecimento, de saída de um estágio mais infantil do nosso ser para outro.

Tivemos o mesmo amadurecimento quando a civilização adotou fortemente a leitura (depois de 1450);

Isso nos faz dar um salto coletivo contra as autoridades vigentes.

Queremos novas autoridades, pois não somos mais infantis como éramos na mídia passada, no controle informacional que nos tolhia.

A Internet com suas novas possibilidades de acesso e de expressão nos amadureceu e isso não tem volta.

Tal poder era anteriormente exercido por um intermediador infantilizador que definia, assim, uma taxa de abuso.

Quem está no poder infantiliza para abusar. Exercer seus privilégios o máximo possível sem prestar conta para ninguém.

Quem lê tende a ser menos infantil de quem não lê.

Depender menos.

Ter mais poder de escolha.

Imagina se isso se dá em larga escala, ao mesmo tempo, todo mundo junto, em todos os lugares?

Podemos produzir nossos próprios discursos globais, via redes sociais, fazer textos, áudios, vídeos e termos a possibilidade de sermos escutados.

Reclamar de tudo e ser retuitado…isso é um novo poder para o qual estamos aprendendo a exercer e a sociedade precisará se ajustar para atendê-lo.

Assim, no cerne de todo o movimento que assistimos podemos dizer que há basicamente uma “desinfantilização” da civilização, pois o controle informacional mudou de qualidade para melhor.E nós com ele.

O que nos leva a perceber uma relação entre controle da informação e infantilidade das pessoas.

Por isso o processo é tão difícil, pois todos, incluindo as empresas, têm que ser também mais maduras do que eram.

E convencer com ações que sejam coerentes com nossa nova subjetividade menos infantilizada.

E isso que é o grande salto que nos levará a civilização 2.0 com uma taxa de infantilização menor e, por consequência, com taxa de abuso reduzida, como discutimos neste post passado.

Estamos, portanto, saindo todos juntos da casa de papai e mamãe para um novo mundo informacional com mais opções informacionais e menos infantilização.

Que dizes?

O abuso 1.0

Quando a civilização não coíbe o abuso, a violência tende ao descontrole – Nepô – da safra 2011;

(Republicando, ou seja, não dei aula ontem, mas em um ontem)

Dando aula ontem na Pós da Facha em Marketing Digital (que, na verdade, é Marketing nas empresas digitais, como discutimos na turma) aprofundamos um pouco o cenário atual.

Podemos, assim, dizer que:

  • Toda sociedade tem uma estrutura de poder, que o detém para obter o previlégio de produzir e tirar os frutos subsequentes;
  • Para manter o poder, se estrutura um aparato de mídia, na qual se vende comodismo, status-quo, “fiquem calmos”;
  • E, com o tempo, estrutura-se um ambiente permanente de abuso consentido.

Vimos na turma o filme Lutero o abuso da igreja.

Hoje, vemos o abuso contra o consumidor/cidadão diante da empresa ou dos governos.

Há uma taxa de abuso que é relacionada.

Quanto mais controle da informação, mais tendemos a elevar a taxa de abuso.

A estrutura de poder faz o que quer, pois cria uma zona cinza, turva, que esse abuso, causador de sofrimento parece “normal”, até natural.

  • No caso do passado, a Igreja vendia indulgências para se entrar no céu;
  • Hoje, a pessoa, apesar de pagar, não tem hospital para se tratar e quando tem é muito caro;
  • Ou ainda compra um produto que depois de alguns dias não funciona mais, etc…

Esse ambiente abusador pode ser questionado e mudado por dois movimentos.

O tradicional e bem conhecido pelas ciências humanas que são as revoluções sociais, na qual um grupo deliberadamente toma um meio de comunicação alternativo, introduz novas ideias na sociedade e consegue mudar o poder.

Ou o fato novo, atualmente vivido por nós, com a chegada da rede, quando um conjunto grande de pessoas passa a ter uma nova mídia e o abuso estabelecido passa a ser questionado pelo cidadão comum, sem tanto um grupo que o guie, mas como um movimento coletivo, que vai, obviamente, ganhando seus guias.

Há, assim, uma relação entre o abuso social e o controle da informação.

O abuso é uma taxa que quanto mais controle informacional tivermos, mais abuso teremos.

E que quando há uma ruptura informacional como a nossa, através de uma nova mídia, questiona-se o absurdo da taxa elevada de abuso. É o que faz o consumidor nas sociedades mais democráticas, via redes sociais e os cidadãos nas ditaduras (Líbia, Egito, etc.) indo para a rua estimuladas e articuladas pelo Twitter e afins.

Que dizes?

Hoje, é a segunda parte do filme Lutero.

Vamos aprofundar mais o tema.

Afeto 2.0

“Tens que ser a mudança que queres para o mundo” – Gandhida coleção;

No post passado, narrei minhas impressões/dor de cotovelo de não ter passado num concurso público para professor de uma Universidade pública.

Tá passando. 😉

Concentrei meus esforços para o estudo, partindo da visão da banca sobre o mundo informacional e foi aí que caí do cavalo.

Teoricamente, nos últimos textos da banca, se lê claramente a percepção da mudança, sua relevância e a necessária procura de saídas.

Acreditei nisso.

Porém, meu grande aprendizado nesse concurso – que fecha algo que já pressentia – é de que qualquer mudança paradigmática, ainda mais na informação/comunicação é cognitiva (inicialmente) no discurso, mas principalmente afetiva (nos finalmente) em colocar coisas em prática.

Ou seja, a banca era 2.0 no discurso, mas a avaliação, os critérios, a estrutura do concurso era toda 1.0, baseada nos paradigmas passados.

Não houve um salto reflexivo no afeto, apenas no intelecto!

Um novo paradigma impõe  mudar nossa prática, o dia-a-dia, e isso é mudança afetiva, pois temos que atuar de outra maneira, contra nosso impulso mais básico de ir seguindo, conforme o piloto automático, ensinado do berço para cá.

Só reflexão sobre o afeto muda a maneira de agir.

É a parte hard do processo, que Senge e outros expressaram no livro Presença. Mudança de atitude e não de discurso, o resumo da obra.

O mesmo que Dimenstein registra no último domingo quando apresenta o convênio de Harvard e MIT, produtores de prêmios Nobels, jogando a toalha da onipotência e se unindo para pensar saídas para o câncer.

Superam egos, vaidades, para poder dar um salto de qualidade, de forma colaborativa, usando a rede e fora dela.

O objetivo?

Inovar melhor e produzir melhor, continuando à frente.

Quanto de trabalho em cima do ego foi feito aí?

Um novo paradigma informacional é algo que altera nossas raízes mais profundas.

Um paradigma informacional reestrutura a forma de poder vertical, iniciada em casa, amadurecida na escola e depois na profissão.

Mexe com o totem e o tabu.

Produzir colaborativamente em rede, de forma horizontal, superando antigos intermediários vai contra o nosso falso-afeto original, congelado pelo ego, e definido como “nossa maneira de ser” em um ambiente informacional marcado por um determinado tipo de relação vertical.

A mentira informacional construída que chamamos de “nossa verdade”

Estamos embebidos num ambiente vertical, vemos que o mundo muda, mas precisamos nos mudar com ele.

Conhecer é se auto-conhecer.

Gandhigamente falando: “é preciso ser a mudança que queremos para o mundo”.

E isso é complicado, pois é preciso entrar em processo de mutação cogntiva/afetiva, pensar e agir coerentemente a cada etapa do processo.

E é esse o desafio que o mundo 2.0 nos impõe.

O Rei precisa ser guilhotinado, ele não foi escolhido por Deus, não tem sangue azul, existe uma nova forma de estruturar a sociedade – mais de baixo para cima ainda.

Mas nós precisamos andar em direção à diferença entre o nosso afeto prisioneiro por uma mídia passada e a porta da prisão que está aberta.

Só você é capaz de dar estes passos!

Quantos acham que a coisa é tão profunda?

E dos que até intuem, quantos estão dispostos a isso, já agora?

Por que não adiar mais um pouco?

Não é fácil, mas necessário.

O mundo gira em outros mares nunca dantes navegados em 7 bilhões de braças (habitantes no planeta).

O passado pode parecer uma bóia conhecida, que salva,  mas tende sempre a afundar cada vez mais, levando-nos inapelevamente com ele.

Que dizes?

Nossas cabeças de “semana que vem” não estão prontas para as mudanças em curso – Nepô – da safra de frases 2011;

Se temos um problema, nosso cérebro calcula rápido e aperta um botão para minimizá-lo.

As crises das mais simples as mais complexas revisam mapas mentais e nos apontam para botões conhecidos.

  • Dor de cabeça –> melhoral
  • Restaurante –> os conhecidos
  • Cinema –> aquele da esquina

Ou seja, nosso cérebro calcula todo tempo dentro de um modelo matemático estabelecido pela nossa vida (seja de forma consciente ou inconsciente, maioria dos casos).

O ser humano tende a ser conservador para poupar energia.

Vamos no que conhecemos, pois é mais rápido.

Ponto!

Só mudamos quando os botões que apertamos para resolver as velhas crises não funcionam mais.

Aperta-se esperando o resultado “A” e não dá mais “B”.

O motivo é relativamente simples: os problemas são pontos de desequilíbrio em movimento.

O reequilíbrio, pode não parecer, mas é mutante.

Você nunca toma o mesmo remédio, a dor de cabeça nunca é a mesma, o cinema sempre está em movimento (funcionários que entram e sai, gerente, goteiras, etc), idem para o restaurante.

O remédio de dor de cabeça pode não fazer mais efeito, pois sua dor de cabeça se agravou. O restaurante pode ter mudado de dono e o cinema viver um tipo de problema de goteiras.

E continuamos a apertar o mesmo botão….como se tudo fosse imutável, um dia há o desequilíbrio e o botão perde o prazo de validade.

O conservador podemos dizer, então,  é a pessoa que insiste em apertar o mesmo botão de problemas, mesmo que os resultados não sejam mais os mesmos.

Esse botão que apertávamos na sociedade 1.0 – que é o informacional está mudando.

A maneira que adminsitrávamos a informação antes da Internet não serve mais agora e isso tem relevância para toda a sociedade, pois informação, respiração e pulsação são partes vitais do ser humano.

Os botões continuam visíveis, mas a parte debaixo do painel mudou toda!

O mundo está criando um novo reequilíbrio sistêmico para abrigar 7 bilhões de pessoas e não se pode mais conviver com um sistema informacional lento, sólido e centralizado do mundo consolidado e vertical do papel.

A inovação exigida para resolver a crise produtiva da super-população exige um ambiente informacional, mais rápido, líquido e vertical do papel, da tevê, do rádio, primos e primas.

São novos botões para começar a ter, de novo, novas e eficientes respostas.

Mas quem tem tempo para pensar nisso?

Me diga…

É melhor ser derrotado pelo que você acredita, pois se aprende algoNepô da safra de frases de 2011;

Tem gente que esconde, acha que não se deve falar.

Já que não passou, foi “derrotado” é melhor colocar para debaixo do tapete, pois pode “queimar o filme”.

Mas problematizar fatos é o que nos leva à mudança.

Vergonha não leva ninguém a lugar nenhum.

E acredito que  sofrimento só é minimizado quando compartilhado.

E isso é um fato concreto, que ocorreu ontem, dia 16 de março: fui desclassificado num concurso de acesso à uma Universidade Pública Federal, para uma vaga próxima ao meus temas de estudo e reflexão.

Fiquei entre os três candidatos, em último. 🙁

Nada contra a banca, marmelada, etc.

Foi tudo feito dentro da ética e daquilo que as pessoas consideram que deve ser a seleção.

O candidato que passou tem competência comprovada e demonstrou isso naquilo que pude ter acesso.

O que me interessa é discutir critérios, subjetividades.

E que tipo de abordagem a banca teve para escolher o professor que vai dar aula para seus alunos nas provas realizadas.

Vamos lá.

Qualquer concurso de acesso à uma Universidade Federal passa por duas ou três etapas, prova escrita, aula e prova prática, quando for o caso, neste, em particular, não teve.

Na prova escrita tivemos a oportunidade de ler e escutar o texto dos outros candidatos e é a partir dessa leitura que posso refletir sobre os critérios adotados pela banca.

Ao se ouvir os textos, percebi claramente que havia dois tipos de propostas, talvez  maneira de lidar com o conhecimento.

Os outros dois candidatos optaram por reproduzir e garantir que sabiam o conhecimento estabelecido. Foram provas da capacidade de memória, de afirmar para a banca que conheciam o tema, sem a preocupação de articulá-los e, principalmente, de atualizá-lo.

Foram boas provas que cumpriram bem essa linha.

Não posso jogar pedra, de forma alguma.

Elogiei-os na saída, pois achei que conseguiram algo bem difícil.

Não colocaram, por exemplo, a questão da ruptura de paradigma da informação que estamos passando, chave, no meu entender para se pensar informação, fundamental para convidar um professor para dar aula.

Se estivesse na banca, a omissão dessa atualidade com ruptura, seria algo que me chamaria bastante a atenção e teria preocupação de evitar que os alunos ficassem omissos ao que acontece, apesar do tema sorteado não ter necessariamente exigido isso.

A banca deveria puxar mais, pois é algo determinante para o futuro da escola e dos alunos, pois está se formando para um mercado de trabalho em mutação e não estático.

“Desenvolva tal tema e o atualize…”

Pontuaria os candidatos que se mostrassem mais “antenados”, pois levaria essa visão para os alunos, com perspectiva futura.

Fiz minha prova baseado nessa premissa: mostrar que estava antenado, articulando.

Não posso dizer que os outros candidatos não o tivessem, mas não demonstraram, o que deixa em aberto a visão sobre essa ruptura.

A meu ver uma falha grave da banca, em um processo de seleção num mundo conturbado, ainda mais na área de informação.

É um critério escolhido, de forma explícita ou implícita.

São meus valores de importância, minha subjetividade, a partir do que vejo, ouço, escuto, percebo.

Mas olho em volta e só vejo mudanças e não continuidade, mas vamos lá…

De fato, fiz uma prova para eu dar 10 para mim mesmo. 🙂

E acho que esse deve ser o critério.

Dizer quem você é para evitar que adiante, você entre e se mostre outra pessoa, incoerente com o que a instituição deseja e espera.

Faz-se isso, mas não concordo com isso.

Optei, por fazer conexões, apontando contradições, atualizando o tema para os dias atuais. E apontando claramente a ruptura como algo fundamental com critério para se pensar a informação.

Considerei que isso era algo que ia pontuar.

Queria uma banca que me acolhesse na minha diferença, sem ser diferente para ser acolhido.

E isso foi uma proposta de participação.

Sim, desde que eu.

Na hora, por ingenuidade talvez,  acreditei, olhando sob minha ótica, que tinha ido muito bem, pois estava colocando as questões pertinentes hoje da Ciência e que teria me distanciado dos outros candidatos.

Quando saiu o resultado, foi justamente o contrário.

O critério da banca foi exatamente pontuar mais quem apresentou o conhecimento consolidado e não quem tentou atualizá-lo e problematizá-lo.

(Obviamente, essa é minha leitura dos critérios, colocando todo o grau de subjetividade de quem foi preterido.)

O que mais estranhei é que estudando para o concurso, incluindo os textos dos membros da banca, percebi que estão “antenados” com a ruptura em curso com questões relevantes para o futuro.

Não foi falta de percepção ou falta de atualidade, apenas não refletiram no concurso, o que li deles no papel.

(Gostei da banca, aprendi muito com os textos deles.)

Porém, o critério para a seleção na banca, ao contrário do que eu imaginava, não refletiu, na prática essa visão de futuro.

O critério “antenado” não foi o principal e acho que deveria ser, por isso não fui selecionado.

Apostei num azarão, num mundo, acho eu, que precisa de azarões.

Fiz uma estratégia de participação, coerente com minha consciência, e não fui classificado.

Ponto.

Não acredito que não fui competente, mas apenas minha competência não se encaixou no que se esperava dos candidatos.

Vida que rola.

Posso dizer que tal subjetividade (a memória em detrimento da articulação), em voga, é um dos grandes desafios que temos nesse novo século. E ainda a percepção da ruptura e a tomada de ações prática para atuar diante dela.

Percebe-se, mas não se atua.

Deve-se procurar em uma seleção, no momento de ruptura como o atual, algo diferente do que estamos acostumados e não continuar selecionando como fazíamos pré-internet.

(Se houvesse continuidade, talvez a memória tivesse mais importância, não sei.)

Como podemos lidar com tantas mudanças, com um conhecimento cada vez mais oral digitalmente, quase líquido, na formação dos jovens?

Por fim, para fechar o que ficou mais longo do que deveria, me chamou a atenção também foi a falta de interesse dos alunos.

Não havia ninguém dos diretórios acadêmicos acompanhando o concurso, já que pode.

O futuro da Universidade se define no critério da escolha dos professores.

Vi vários estudantes dando trotes nos calouros, essa espécie de bullying oficial, mas nenhum preocupado em realmente naquilo que vai, de fato, mudar a sua vida, ou de seus futuros colegas.

Início de semestre, mas a vida está andando.

A banca definiu seus critérios.

Cabe refletir, caso as minhas percepções sejam próximas do que de fato aconteceu, que tipo de escola, universidade queremos.

Continuo achando que o momento é de ruptura e que meu esforço deve ir na direção de ajudar meus alunos a pensá-lo e ter condições de agir sobre ela.

E continuo a considerar  que as bancas devem pontuar mais a inovação, criatividade, articulação do que o uso da memória, pois estamos falando de futuro e não de passado.

De mudança e não de continuidade.

Ou a Internet não muda bastante a prática da informação?

Se não fui o escolhido, paciência, quem sabe nos próximos tenha uma banca mais favorável e mais sensível a essa preocupação?

Esse post visa ajudar a problematizar o tema.

Aprendi bastante.

Grato a todos.

É isso,

Segue o link da minha apresentação para a aula, talvez seja útil a alguém.

Que dizes?

Passamos hoje o filme Lutero.

Boa dica que recebemos do Allan:

Galera,


Para quem ficou curioso com a história autista que inventou a “máquina
do abraço”, segue o link:

http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/11/mulher-consegue-vencer-autismo-com-maquina-do-abraco-nos-eua.html

Temple Grandin nasceu com autismo grave. Em uma época na fazenda, a
partir da vacinação das vacas, ela criou a máquina do abraço. Hoje,
ela tem pós-doutorado em veterinária e já consegue abraçar algumas
pessoas.

Nunca fomos 7 bilhões Nepôda safra 2011;

Não temos noção, mas existe uma variante fundamental para se pensar a sociedade: o aumento da população.

Sugiro ler este artigo. E ver este vídeo da National Geographic de janeiro.

Como no passado se manteve estável, tal fator não era levado em conta pelos economista, sociólogos, informólogos, comunicólogos e todos os ólogos que você quiser arrebanhar.

Chamo a demografia de fator irreversível, pois não tem como matar quem já nasceu: administra-se apenas.

(Tem gente que tenta criar holocaustos ou deixa morrer de fome, mas isso é exceção e não regra.)

Se saltamos nos últimos 200 anos de 1 bilhão para 7 bilhões alguma coisa nesse novo fator “x” da sociedade deve ser levado em conta nas nossas análises de presente e futuro.

Não levar me parece insanidade.

E pior que não se leva.

Como é um fato novo e inusitado tal crescimento, não colocamos esse “x” nas nossas fórmulas como fatores de indução de mudanças no mundo moderno.

A demografia é um fator invisível, involuntário com forte impacto em todas os sistemas humanos.

Não existe ideologia nesse contexto: é, está e será.

Mais gente significa mais volume, mais volume mais complexidade, mais complexidade novos sistemas, pois os velhos não dão conta.

Quantas rupturas sistêmicas se devem a esse fator e ninguém leva em conta?

Podemos dizer que é esse aumento – necessidade de manter todos vivos – que nos levam a ter uma sociedade da inovação, que nos obriga a ter que administrar cada vez melhor a informação e o conhecimento.

Inovar é preciso, vacilar não é preciso.

Tal fator demográfico impacta na maneira que pensamos economia.

Precisamos de novas empresas para inovar mais rápido, melhor e mais barato;

Isso implica em um conhecimento mais dinâmico, o que nos leva à nova escola, que não pode mais ser um ambiente de transmissão de conhecimento único num sistema patriarcal.

Nos leva a repensar o clima e suas revoltas, precisando introduzir esse fator “x” novo, pois mais gente desequilibra a ecologia do planeta, ainda mais gente que vem sem nenhum planejamento, educação, saneamento, etc…

É um total deixar rolar para ver como é que fica.

O Zeca Pagodinho superior: “Deixa a vida me levar”.

Atribuo o surgimento da Internet a esse fator, na fórmula:

Mais gente –> Mais produção –> Mais inovação –> Mais necessidade de qualidade de informação (volume/velocidade/custo)  –> novas formas de informar e se informar;

É preciso sair da caixa para ver o mundo como uma bola e nós como uma espécie que o fator “mais gente” é talvez a principal variante para definir como vivemos e viveremos.

Hoje não é.

E por causa disso, talvez, estejamos tão perdidos.

E sofremos bem mais do que gostaríamos.

Que dizes?

Teremos nosso segundo encontro hoje vou apresentar gradualmente esse documento: “Assim se reequilibra a humanidade”, que pode ser acessado na íntegra aqui.

A escola atual é uma perda de tempo com um recreio no meio – Nepô da safra 2011;

Há uma confusão geral sobre o uso da Internet nos ambientes presenciais (principalmente na escola).

Falta um aprofundamento sobre o paradoxo da comunicação.

Acredito que a regra é a seguinte:

  • 1) Quanto mais gente tivermos no mundo, mais precisaremos criar tecnologias informacionais/comunicacionais (I/C) que nos permitam comunicar mais/melhor/mais rápido/barato a distância;
  • 2) porém, toda tecnologia (I/C) resolve um problema a distância e cria um problema no presencial, pois encanta-se com o cisne tecnológico livro/Ipod/computador, perdendo-se qualidade das relações no presencial (no restaurante, na escola, no trabalho, etc).

Assim, precisamos da tecnologia (I/C) para nos comunicar a distância, mas precisamos fazer um esforço contrário, um contra-ponto, que é subir escada rolante que desce, na direção  (voluntário/consciente/afetivo) para que evitemos as perdas inevitáveis que tais tecnologias terão na relação presencial.

Nessa linha, já escrevi que a escrita promoveu o divórcio entre a informação e a comunicação.

O livro/tevê/rádio/jornal reforçaram um modelo patriarcal de comunicação/informação do pai absoluto, você escuta e fica calado, eu sei e você não sabe, eu filtro e você aceita, etc….

Tal modelo se reflete no presencial.

Ou seja, os encontros presenciais refletem a ecologia informacional, o micro está no macro, assim, como o macro no micro.

É essa fase patriarcal autoritária a distância que estamos concluindo com a chegada da Internet, procurando um novo modelo cooperativo/afetivo vital para nossa sobrevivência e para sair das crises (produtivas/inovativas/filosóficas/humanas)  que essa ecologia nos levou.

E isso deve ser o norte da nova sociedade e, principalmente, da nova escola: o macro (diálogo/distância) deve se refletir no micro (diálogo/presencial).

O retorno do diálogo pré-escrita, no qual o afeto comunicacional/reflexivo/coletivo será resgatado frente a uma sociedade que estamos vivendo intensamente egóica/informacional/vertical.

O ego informacional vertical, que não compartilha coisas, desculpem os adeptos, é muito lento, pouco produtivo, para um mundo super-povoado.

Estamos indo na direção inversa, com os problemas que isso vai nos trazer também.

Esse é o novo dilema filosófico universal.

Precisamos inventar um novo ego mais compatível.

Assim, o professor deixa de ser um patriarca do conhecimento único do certo e do errado (e quem não souber o certo do conhecimento único não passa), para promover o conhecimento dinâmico, coletivo e desconsolidado, compatível com a necessidade de inovação que estamos vivendo.

A passagem de um falso conhecimento sólido para um conhecimento mais líquido, muito mais próximo do que sempre foi, mutante.

Agora isso é mais claro e menos turvo.

Assim, o computador/celular/tablets  devem ser ferramentas fundamentais dos estudantes quando eles estão longe um dos outros, mas deve ser desligado, deixado de lado, quando estão perto, pois o que se quer é construir um conhecimento na hora, juntos.

Ou seja, transformamos o computador em rede no ambiente presencial em mais uma ferramenta de opressão e não de transformação!

É um despropósito deixar que 100 mil anos de desenvolvimento da fala sejam jogados pelo ralo, em nome da falta de clareza do momento histórico e do papel que os educadores têm nesse processo.

Seria a sociedade da burrice coletiva se propormos e acreditarmos nisso.

Isso é uma modernidade perversa.

A escola muda no que é a sua base mais autoritária: o professor como patriarca de um  conhecimento falsamente sólido, impondo uma visão única de um mundo estático e não mutante e multi-facetado.

Querem colocar tecnologia exatamente para evitar que essa relação de poder anacrônica mude.

O computador passa a ser uma fumaça para não vermos o que, de fato, é preciso ser alterado!

Não existe nada mais poderoso – e nunca terá –  na humanidade do que a capacidade que um grupo tem de conversar presencialmente.

É um 3D, com cheiro, possibilidade de toque….

E é isso basicamente que a humanidade está precisando agora, espaços de troca seja no presencial ou a distância, mas cada lugar com a tecnologia adequada (fala/presencial) (Internet/distância).

Só dessa maneira conseguimos lidar melhor com o paradoxo da comunicação (quanto mais tecnologia, menos qualidade nos encontros presenciais), que me parece ainda bastante turvo para quem lida com o futuro.

E está desesperadamente agarrado no passado, querendo manter as coisas como estão, em nome de uma falsa modernidade.

Que dizes?

motivação da escrita
Por que escrevemos?
Artigos, teses, opiniões?
Basicamente, por dois motivos encadeados:
Vemos um problema na sociedade e queremos minimizá-lo.
(Muitos dizem que querem resolvê-lo, mas nada se resolve no mundo tudo apenas se reequilibra.)
Ninguém foge dessa regra: problema -> minimização.
Melhor, até fogem, mas quando o fazem o texto se torna chato, pois simplesmente não
acrescenta nada.São os chamados falso-textos, que não apresentam problemas.
Ou aqueles que apresentam falsos-problemas (discussões longas que não nos levam a lugar nenhum).
(Obviamente, está de fora toda a intenção da arte, pois ela visa apenas alargar sentimentos
e percepções. Por isso, nela tudo vale.)
Pode se argumentar que há textos que não vêm apresentar uma nova minimização de um dado problema, mas
apenas reforçar uma já apresentada, defendendo novos argumentos.
Reforça a tese.
Há sempre:
Problema –> minimização do dito cujo.
ou
Desequilíbrio –> reequilíbrio
Ao escrever/ler é preciso identificar, portanto, o fator motivador da escrita (problema) e sua variante (minimização).
Qual o problema que vemos e como achamos que podemos enfrentá-lo de forma diferente?
Isso numa tese ou trabalho acadêmico simplifica muito o trabalho do pesquisador de pensar seu “tema”.
Procure encontrar nos textos que você lê essa lógica e verás quanto se torna mais simples (por esse ângulo)
compreender o autor e ter uma opinião sobre ele.
E aí podemos analisar variantes:
a) há um problema apresentado?
b) apresenta-se minimização para ele?
c) o problema é relevante para mim e/ou para a sociedade?
d) está bem apresentado?
e) a minimização proposta está bem embasada?
Depois dessa etapa, podemos ainda pensar sobre textos em dois níveis.
Aqueles que questionam práticas vigentes ou modelos mentais.
Questionamento de práticas vigentes trabalham com a perspectiva de que apenas pequenos ajustes no dia a dia podem
ajudar a minimizar o problema.
Já, os textos que questionam modelos mentais,sugerem que se deve ter uma visão muito diferente de abordar o problema.
Os primeiros são textos que trabalham e aceitam um dado paradigma vigente.
Os outros propõem um novo paradigma e, só nele, as práticas poderão ser alteradas.
Uma matriz em cima disso, é interessante:
Problema –> minimização;
Desequilíbrio –> Reequilíbrio;
Mudanças práticas –> Mudanças de modelos mentais.
Tal síntese, acredito, nos ajuda a ler e a escrever, sobre os problemas da sociedade de maneira mais clara.
Que dizes?
Escrever é alongar o cérebro e vice-versaNepôda safra de 2011;

Por que escrevemos?

Artigos, teses, opiniões?

Basicamente, por dois motivos encadeados: vemos um problema na sociedade e queremos minimizá-lo.

(Muitos dizem que querem resolvê-lo, mas nada se resolve no mundo tudo apenas se reequilibra.)

Ninguém foge dessa regra:

problema -> minimização.

Melhor, até fogem, mas quando o fazem o texto se torna chato, pois simplesmente não acrescenta nada.

São os chamados falso-textos, que não apresentam problemas ou minimizações.

Ou aqueles que apresentam falsos-problemas (discussões longas que não nos levam a lugar nenhum).

(Obviamente, está de fora toda a intenção da arte, pois ela visa apenas alargar sentimentos e percepções. Por isso, nela tudo vale, mas note que ela é mais forte quando trabalha com os dramas humanos/problemas.)

Pode se argumentar que há textos que não vêm apresentar uma nova minimização de um dado problema, mas apenas reforçar uma já apresentada, defendendo novos argumentos.

Reforça a tese.

Há sempre:

Problema –> minimização do dito cujo.

ou

Desequilíbrio –> reequilíbrio

Ao escrever/ler é preciso identificar, portanto, o fator motivador da escrita (problema) e sua variante (minimização).

Qual o problema que vemos e como achamos que podemos enfrentá-lo de forma diferente?

Isso numa tese ou texto acadêmico simplifica muito o trabalho do pesquisador de pensar seu “tema”.

Procure encontrar nos textos que você lê essa lógica e verás quanto se torna mais simples (por esse ângulo)  compreender o autor e ter uma opinião melhor sobre ele, incluindo a sua capacidade de expor um problema relevante, definir seus contornos e proposta para minimizá-lo.

E aí podemos analisar variantes:

  • a) há um problema apresentado?
  • b) apresenta-se minimização para ele?
  • c) o problema é relevante para mim e/ou para a sociedade?
  • d) está bem apresentado?
  • e) a minimização proposta está bem embasada?

Depois dessa etapa, podemos ainda pensar sobre textos em dois níveis.

Aqueles que questionam práticas vigentes (intra-paradigmáticos) ou modelos mentais (paradigmáticos).

(Paradigma é um conjunto de pensamentos organizados, que formam um modelo mental e é com ele que olhamos o mundo.)

Questionamento de práticas vigentes trabalham com a perspectiva de que apenas pequenos ajustes no dia a dia podem ajudar a minimizar o problema e aceitam determinado paradigma.

Já, os textos que questionam modelos mentais, sugerem que se deve ter uma visão muito diferente de abordar o problema, propondo um novo paradigma.

Os primeiros são textos que trabalham e aceitam um dado paradigma vigente.

Os outros propõem um novo paradigma e, só nele, as práticas poderão ser alteradas.

Uma matriz em cima disso, é interessante:

  • Problema –> minimização;
  • Desequilíbrio –> Reequilíbrio;
  • Mudanças práticas –> Mudanças de modelos mentais.

Tal síntese, acredito, nos ajuda a ler e a escrever, sobre os problemas da sociedade de maneira mais clara.

(No caso da Internet, temos hoje esse dilema, a maioria das pessoas está trabalhando com ela no intra-paradigma passado. E alguns estão questionando a maneira que compreendemos informação/comunicação/tecnologia da informação/rupturas informacionais e defendem que só é possível minimizar e atuar na rede se olharmos tudo isso de uma nova forma. )

Que dizes?

Ninguém muda nada, se não muda – Nepô da safra 2011;

Já tanto falamos e falei sobre isso….Internet.

E, de fato, esse é um exercício constante:  nos aproximar e  se afastar de dado fenômeno/objeto, para que ele vá se tornando menos turvo.

Amadureci, por exemplo, que a realidade é impenetrável e chegamos a ela, através da aproximação, para que vá sendo modelada, pincelada e possamos atuar sobre ela com menos incerteza, compreender seus contornos, seu movimento de chegada e para onde se encaminha.

Para essa tarefa temos que ir contra, os modelos mentais que existem na sociedade e são absorvidos por nós, quase que por osmose, na família, escola, meio social, principalmente, através da mídia.

Conhecer é ter consciência desses conhecimentos absorvidos, refletir e repensar sobre ele, fazendo um processo de re-aprendizado.

  • Conhecer é, portanto, desaprender e ver de novo.
  • Conhecer é problematizar o que parece consenso.
  • Conhecer é rever o senso comum e sofisticá-lo.

O que nos leva à procura de sair da mistificação que fazemos do mundo e de nós mesmos.

Não existe pesquisa que não leve o pesquisador a se repensar.

(Se existe tal aberração (que é a prática mais comum hoje em dia), é uma falsa-pesquisa, alienante para quem a faz e talvez menos valorosa para a sociedade, pois não tem o afeto/intuição do pesquisador envolvido, um grande aliado para a procura da nunca atingida “verdade”.)

Isto posto, podemos dizer que existem fenômenos sociais que são provocados conscientemente pelos humanos e outros que ocorrem a despeito deles.

  • Uma revolução social é algo consciente, com uma meta e uma luta de um conjunto de pessoas. É um fenômeno social com um nível de consciência, pelo menos, por um grupo de pessoas.
  • Uma pandemia é algo que independe de nossa vontade, ninguém provocou tal fenômeno (pelo menos não se registrou casos de sabotagem nessa direção, até hoje). Pode-se procurar ações para evitá-la, mas são ações preventivas e não que geram o fato;
  • Estão ainda entre fatos alheios à vontade humana as forças da natureza: terremotos, erupções, maremotos, enchentes, tsunamis, etc…

A Internet é um misto entre essas duas coisas e isso a torna mais complexa, diferente e temos mais dificuldade de compreendê-la.

Ela é acionada pela humanidade por um lado, mas sem taxas elevadas de seu propósito e consciência de sua dimensão e consequências, vide a sua história que está longe de ter um gênio que previu tudo isso.

Podemos dizer, assim, de forma melhor, que a taxa de consciência é muito mais baixa do que outros fenômenos sociais.

Ela existe aqui e ali, mas é pouco clara.

Não é um ato humano com consciência plena e um projeto orquestrado por alguém com uma consciência maior, como uma revolução social.

Não tivemos uma empresa por trás de tudo isso.

Porém, é um evento humano, pois as tecnologias que nos levaram a ele foram feitas por nós.

Ou seja, há um processo em curso, em que temos diversos atores que, no máximo intuem, mas não têm a dimensão e o propósito final para onde estamos indo.

A Internet se aproxima, assim, da criação da fala (inventar palavras e reproduzi-las) e da escrita (representar essas palavras em um suporte), um projeto coletivo, que todos sentiram necessidade, aderiram rapidamente, contribuíram para sua formação, porém, não havia um núcleo consciente de sua implantação.

(Procuro exemplos fora da informação e não me ocorrem. Transportes? Quem ajuda?)

Considero que esse tipo de fenômeno merece um nome.

Acredito que são fenômenos paradigmáticos, no caso um fenômeno paradigmático informacional inconsciente.

Explico.

Um paradigma é um conjunto de ideias sobre determinado fenômeno.

Uma ruptura de um paradigma é quando esse conjunto de ideias não consegue criar um contorno eficaz de um determinado fenômeno e todas as propostas para minimizar seus efeitos não surtem resultados.

(Que é o que está ocorrendo hoje no mercado com a implantação de projetos de redes sociais, empresas 2.0, etc. Estamos adotando práticas com um paradigma anterior à chegada da Internet, mas com ferramentas e ações que refletem o outro momento. Ou seja, há uma crise de modelos mentais, antes de qualquer coisa.)

Um fenômeno paradigmático é algo novo para qual os nossos conhecimento anteriores não estão prontos para compreendê-lo.

Diferente de uma mudança mental de modelo, como a Teoria da Relatividade, cujo o fenômeno novo foi a capacidade de Einstein de olhar para as teorias vigentes e juntar aquilo que outros não conseguiram.

E no caso de ser um fenômeno paradigmático informacional inconsciente ele atua na sociedade, independente de nossa vontade.

Quem começa a ler, passa a ler e pronto.

E começa a mudar a maneira de se relacionar e encarar o mundo.

Adotá-lo é assumir um novo tipo de resultados, consequências, que só pode-se ter domínio e controle sobre eles se tivermos dentro de um novo modelo mental, compatível e na compreensão do fenômeno geral.

E isso não é o que ocorre neste momento.

Um fenômeno paradigmático pode ser uma pandemia nova, ou um novo tipo de fenômeno solar, que exige uma revisão de modelos mentais relevantes para uma dada Ciência.

Um fenômeno paradigmático informacional inconsciente, como é o caso da Internet, exige que façamos um dever de casa de compará-lo a situações similares e possamos criar uma nova teoria sobre fenômenos dessa natureza na sociedade.

Suas causas e consequências.

(Ainda mais em algo como a informação – parte integrante da nossa atividade diária, como respirar e comer, com consequências radicais para a sociedade.)

Ou seja, estamos diante de uma grave crise teórica, tendo que tomar rapidamente decisões práticas, pois o avião está no ar.

Querem dirigir um boeing com carteira de motorista de um táxi.

Estamos pilotando um carro novo, mas com o manual do carro passado. Podemos colocar a seta para a direita e estarmos acionando o air-bag!

Pior, tudo isso acontece num mundo em que todos têm pressa, ninguém quer parar para pensar e teorizar, que se quer ganhar dinheiro para semana que vem, que o planejamento estratégico é o de amanhã.

Num mundo em que a academia (pseudo redentora da verdade e das boas teorias) está voltada para ela mesma com falsos-problemas circulares, enredada em processos de produção, publicação e validação do século passado, alheia aos benefícios que a grande rede digital colaborativa traz para o conhecimento humano e para ela própria.

Num mundo dominado por sujeitos mistificados, com dificuldades afetivas/cognitivas de darem um salto de abstração que o momento exige, enredados em caixas fechadas, fruto de uma mídia vertical e alientante, que nos tolheu o diálogo e nos tirou a filosofia para respirar, um processo que já dura alguns séculos.

E, por fim, num mundo dominado por uma filosofia pragmática americana, que todos dizem amém, que difundem uma visão a-histórica do mundo e estão muito longe como todos os “estrangeiros” (Lévy, Castells, Wolton) que estão apontando novo destino.

É diante dessa crise teórica e prática que o mundo caminha numa corda bomba sem rede de proteção.

Um coletivo oculto, sem saber, disse para nós:

Virem-se!

É o que estamos tentando fazer!

Aos trancos e barrancos.

Entretanto, pode ser muito menos traumático, depende da nossa capacidade de sair da caixa em que nos encontramos.

Que dizes?

O equilíbrio demorado tende a coisificar o mundo – Nepô – da safra de frases de 2011;

Filosofia (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria».


Temos a ilusão constante que podemos olhar para as coisas diretamente, mas sempre criamos um filtro afetivo/cognitivo (nossa subjetividade) que filtra o que vemos e o que narramos, a partir do que vimos.

(Detalhei esse processo do conhecer, no post sobre as bases da Ciência e também no post sobre a ilusão da informação)

Objetivar é tentar minimizar esse subjetividade.

Assim, se informar e informar aos outros é um processo de selecionar, filtrar, subjetivar e tentar, ao máximo, nos aproximar de um dado “fato puro”, mas apenas uma tentativa, pois sempre terá  algo que nos escapa ou ainda não teremos percepções ou instrumentos para medi-lo, que serão criados e desenvolvidos no futuro.

Quando estudamos determinado assunto, como é o caso da Informação, tentamos nos aproximar de um fenômeno, defini-lo para poder atuar sobre ele com mais eficácia e menos sofrimento.

Assim, o estudo de qualquer fenômeno é composto das percepções que temos dele e as medições que foram feitas que comprovam, reforçam ou refutam essas percepções, através de instrumentos de medição que temos disponíveis e as análises feitas sobre e com eles.

Ao longo da história da análise de um fenômeno vão se criando “Escolas de pensamento” de pesquisadores, pensadores, profissionais que vão se identificando com determinado ponto de vista, que formam modelos mentais, ou óculos com os quais olhamos o fenômeno.

A filosofia de qualquer fenômeno seria, assim, o estudo destes modelos mentais.

Admite-se, assim, que é impossível estudar qualquer fenômeno, pois ele é impenetrável, a não ser que criemos versões, baseados na história: até hoje, o máximo que chegamos foi isso, até prova em contrário.

Complementaria uma visão de que, além dos modelos mentais, podemos analisar também o mundo como um processo em movimento de equilíbrios e desequilíbrios, que é também um modelo mental para observá-lo.

(Inspirado em Capra, o Tao da Física)

Assim, quando estamos em um determinado equilíbrio social e este se estende por um longo período (como é o nosso caso agora) temos a tendência a ficarmos mais conservadores, esquecemos de que os conceitos foram escolas mentais criadas por alguém, consolidados na sociedade.

Há interesses sociais e econômicos envolvidos nesse tipo de visão e passamos a ver os fenômenos como verdades, como coisas e menos processos em movimento, incluindo nossa percepção sobre eles.

No equilíbrio continuado os modelos mentais tendem à concordância!

Em torno de todos os modelos mentais se organizam produções e, por sua vez, interesses que se “agarram” aquele conceito e os difundem, consolidando ainda mais de que aquilo “é a verdade” e não algo que pode estar adormecido, sem interesse de questionamento, ou fatos novos que possam questionar esse fato.

Tende-se a fortalecer à Ciência pragmática e a filosofia é, por tendência,. afastada, pois não é hora para se questionar.

Há um pêndulo, digamos até natural, entre:

A necessidade de:

Precisamos resolver os problemas, a partir de uma nova visão, criada por uma ruptura filosófica, deixe-nos trabalhar

E a de:

Precisamos questionar a visão que temos desse processo, chamem de volta à filosofia.

A primeira se mantém em um equilíbrio duradouro e a filosofia é chamada quando ocorrem  desequilíbrios nesse processo.

Desequilíbrio –> Filosofia –> Equilíbrio –> Pragmatismo –> Desequilíbrio…

A filosofia seria chamada por causa de:

Caraca, tem algo errado nessa prática que estamos fazendo, pois existem crises que estão acontecendo que a nossa visão pragmática não consegue resolver, chamem a filosofia para repensarmos nossos modelos mentais!

Assim, há uma relação entre

equilíbrio/pragmatismo x desequilíbrio/filosofia

No mundo atual, com a chegada da Internet, claramente nossos modelos mentais sobre informação se desarmam, pois não tínhamos noção do que uma mudança radical nessa tecnologia podia significar para o mundo.

A Internet é um fenômeno paradigmático (vou desenvolver mais isso aqui no blog)

Vemos uma crise generalizada, pois precisamos agir, mas não sabemos como e estamos gastando tempo, recursos e energia sem os resultados esperados.

Por isso, a Filosofia é chamada nesse momento para rever os modelos mentais que temos sobre informação.

E por isso um campo como o da Filosofia da Informação passa a ser tão  emergente, pois precisamos rever como observamos o fenômeno para que possamos – de forma não pragmática – rever todo nosso modelo mental, que é baseado em parâmetros anteriores ao fenômeno paradigmático da Internet vir ao mundo.

É preciso entrar em um  novo ciclo de atividades, revendo a fundo como víamos a informação no mundo, sua influência no indivíduo, na sociedade e as consequências de uma ruptura do tamanho da que estamos passando.

É um assunto profundo, que inauguramos com esse post e vamos voltar a falar muito dele este ano aqui no blog com a rúbrica Filosofia da Informação.

Que dizes?

Quem discute alegando autoridade não usa a inteligência, mas a memória. Leonardo da Vincida coleção;

A Ciência veio ao mundo para trazer clareza.

Ou melhor, reduzir o que é turvo.

Se aproximar ao máximo dos fatos, retirando as subjetivas versões, mesmo que sejam várias e diferentes.

Quanto menos dialoga com a sociedade, mais se afasta do seu papel e vice-versa.

Criou-se, então, nesse processo métodos de validação, entre em fatos (fenômeno) e versões (percepção).

Os fatos são representados, através de medições (instrumentos e pesquisas) para se criar percepções sobre a “realidade” (sempre intocável), registradas em documentos.

Ou seja:

O fenômeno  –> a medição –> a percepção  –> registro (via documento) –>intocável verdade;

(Abordei o tema por aqui com o  post que fiz do termômetro).

Todas as conclusões sobre essa “procura da clareza impossível” é depositada em documentos, que são o resultado de toda Ciência, que troca, troca, troca, mas tudo acaba num bom texto escrito, publicado em algum lugar.

Com pequenas variações em vídeo e áudio.

Depois, o que vira produto ou serviço, fora ou dentro da academia, é resultado do que foi primeiro representado em um documento.

Os documentos, portanto, são o resultado de um processo de observação de um fenômeno, que é medido e depois percebido, através de uma versão, tanto do fato, quanto da medição deste.

Não é a realidade, mas o mais que alguém consegue chegar nela.

Não significa que mais documentos vão nos levar a mais clareza, pelo contrário, quanto maior o volume, mais temos problemas para administrar essa clareza.

(O ideal seria produzir o máximo com o mínimo de documentos (a beleza científica), diferente do que sugere a Capes, que incentiva publicar ao máximo, sem aferir, muitas vezes, a qualidade do que é produzido, trazendo mais escuridão do que luz.)

Existe um outro vetor nessa história de tentar reduzir a escuridão do real, que são os modelos mentais.

As percepções não aparecem do nada, existem escolas, pensadores, que conseguem, por sua clareza, posição, força, carisma, acertos, sabe-se lá, criar escolas, que vou chamar de modelos mentais, mas pode-se chamar de paradigmas, ideologias, etc, a gosto:

O fenômeno  –> modelos mentais –>  a medição –> a percepção  –> registro (via documento) –> Intocável verdade;

Quando um determinado autor pertence ou abraça uma escola de pensamento (sou nãoseioquelániano), reproduz um dado modelo mental que vai influenciar na  medição e, por sua vez, a percepção do fenômeno e, por consequência, nos documentos produzidos.

(Os modelos mentais são incorporados em disciplinas, que se constituir em um outro vetor, mas que não vou aprofundar agora, mas existe e forte.)

Por fim, para cumprir seu papel na sociedade,  a Ciência define critérios que serão disseminados.

Tais “verdades” nos ajudam a atuar na vida, resolver problemas e crises, influenciando as ações que teremos na nossa vida cotidiana.

O que é o caminho final de todo um processo, que quanto mais deturpado for, mais crises (e sofrimentos) trará para a sociedade, pois se usará um caminho esburacado.

A prática da Ciência, seu processo, pode ser assim vista sob a ótica destes filtros, ou variantes destes.

Quem quer saber da realidade que nos cerca, deve compreender o papel que esse exercíco, tem sobre a sociedade, pois é a Ciência, em última instância, que define critérios da verdade, com maior ou menor influência social.

A ciência, como tudo na vida,  se organiza por ciclos. Momentos de equilíbrios e desequilíbrios que podem ser quebrados por fatores desequilibrantes.

Situações que uma dada percepção da realidade é abalada:

Mudanças no fenômeno – caso típico da Internet, um fato novo que faz rever todos os conceitos sobre informação/comunicação/sociedade, ou um vulcão que entra em erupção depois de séculos, ou uma pandemia inesperada, ou mudanças no clima, como as recentes enchentes na Serra do Rio;

Mudanças na medição– novos microscópios, telescópios, aparelhos que sequenciam genomas, máquinas de tomografia que desvenda o cérebro e nos permite enxergar o que não tínhamos instrumentos;

Mudanças em modelos mentais – impulsionados pelos motivos anteriores, ou a chegada de um novo grupo, ou uma pessoa, que consegue ver diante dos que foi levantado no passado de outra maneira, como Einstein;

Mudanças na forma de se produzir documento – em função de um novo ambiente informacional (como assistimos) que faz com que a maneira de se produzir, validar, divulgar seja diferente, alterando o “modus-operandi” da própria Ciência e afetando a medição e modelos mentais, no caso da rede digital, abrindo e ampliando mais o debate, com mais velocidade;

Tais mudanças são chamadas, segundo Kuhn, de Crises de paradigmas, que são o resultado de algum desequilíbrio que denotam que antigas verdades, não conseguem mais dar respostas efetivas e satisfatórias para novos problemas.

E tudo nos leva à mudança de percepção, criando novos modelos mentais.

A Internet, por exemplo, é uma mudança no fenômeno informacional/comunicacional,  que nos faz rever um conjunto de modelos mentais pelos quais víamos a sociedade, pois passamos a ver que a informação/comunicação tem um peso muito maior que imaginávamos e ela é mutante e não parada como supúnhamos, alterando radicalmente nossa percepção.

A Internet aprofunda o que chamo na minha tese de doutorado de Macrocrise de informação, que é basicamente uma quebra de paradigma na relação sociedade/informação/comunicação/demografia que precisa ser repensada.

Bom, feita essa base,  abordarei mais o tema no blog, com a rúbrica Ciência 2.0.

Até aqui, o que dizes?

Tivemos nosso primeiro encontro ontem, turma nova, animada, afetiva, curioso, o que mais pode querer um incentivador de inteligência coletiva, ex-professor?

Exercício, o que é Marketing Digital, resultado da produção coletiva:

Marketing digital:
É o processo de relacionamento mercadológico, utilizando novas estratégias de marketing,
com objetivo de identificar desejos e necessidades do consumidor para atendê-lo,
tornando o processo cada vez mais interativo e segmentado.

Marketing digital – É o processo de relacionamento mercadológico, utilizando novas estratégias de marketing,com objetivo de identificar desejos e necessidades do consumidor para atendê-lo, tornando o processo cada vez mais interativo e segmentado.

Dicas de livro:

O Lado Oculto das Mudanças – Luc de Brabandere (tem na estante virtual)

Ser é viver a potencialidade possívelNepô da safra de frases de 2011;

Todo ser humano precisa sobreviver.

Para isso, é necessário comer, beber, se vestir e ter um teto, como condição mínima para estar no mundo.

Qualquer sociedade, então, terá que produzir estas condições para seus cidadãos/cidadãs e todo o cidadão/cidadã deverá exercer alguma função – ou alguém exercerá para ele – para que possa satisfazer  necessidades básicas.

Sobreviver é condição básica de quem saiu chorando da barriga da mamãe – aquele lugar quietinho e quente, mas que não tem volta. 😉

O trabalho deve, assim, gerar renda/produtos/serviços suficiente para que qualquer pessoa possa viver dele.

Isso vale para quem nasce na tribo mais primitiva ou na sociedade mais sofisticada na face da terra.

Ralar est.

Por outro lado, as pessoas têm as suas subjetividades, dons, talentos e gostariam que pudessem trabalhar ou exercer a sua sobrevivência, utilizando esses potenciais inatos, muitas vezes, únicos.

E aí temos a tensão permanente, eterna entre o ser (nosso potencial) e o sobreviver (conseguir transformar potencial em potência remunerada).

Um equilíbrio dinâmico que a maioria procura entre o espaço para trabalhar que lhe dê a sobrevivência utilizando, ao máximo, dos seus dons possíveis.

(Além de todas as outras atividades que compõem o ser: amigos, família, filhos, espiritualidade, etc…)

As alternativas entre o ser e o sobreviver são várias, já vimos em vários filmes, romances, novelas,  mas vamos a algumas delas:

a) não trabalha – como eram os filósofos gregos, com seus escravos, ou os filhos de nobres, ou de ricos hoje em dia, os párias sociais;

b) só sobrevive – que é uma característica das tarefas repetitivas, o que Marx chamou de tarefas alienantes, geralmente braçais, que as pessoas fazem  e geralmente ficam pensando em outra vida. São salários baixos, mora-se longe e não há tempo para se construir projetos do Ser (Brasil na veia);

c) sobrevive e acha que coloca o dom em algo que faz algo depois do expediente – o trabalho não é tão alientante, ou braçal, vai se levando e se acha espaço depois do expediente para algo. Sonho, em parte, acalentado pelos milhares de jovens que tentam o concurso público;

d) sobrevive e acha que coloca o dom no que faz –  tarefa mais difícil, pois se achar, ou ir achando, esse “lugar mágico” é difícil, mas tem gente que consegue, pois existem trabalhos mais criativos que suprem esse potencial criador.

A questão central que rola nessa tensão ser/sobreviver é que o sobreviver faz parte da vida é algo que nos vai levando meio sem pensar, no piloto automático, a partir de pouca reflexão, no qual muitas vezes não conseguimos colocar nosso afeto naquilo que fazemos.

Cabeça para um lado, coração para outro.

No mundo 1.0, uma de suas principais crises, é justamente essa alienação entre o ser e o sobreviver, muitas tarefas repetitivas.

Tal alienação que coisifica as pessoas nas empresas que, por sua vez, cosifica a relação com os clientes, que são coisificados.

Um bololô de abusos.

Tudo na vida nos leva para o não-ser (ou para o ser menos) ou para apenas sobreviver, conforme o outro nos determina.

O velho: “Vai por mim….”

Ou melhor, tudo facilita para que você não cavuque dentro de você e procure espaços para você viver os seus potenciais, seja individualmente, ou como outros em processo de descoberta como o seu, empobrecendo, assim, a sociedade de novos talentos, visões, percepções e ações.

E aí mora o problema, pois a única pessoa que realmente pode saber o que vai dentro de você é você mesmo.

Ninguém sabe exatamente se você está sendo e exercendo seu potencial, só você!!!

Geralmente, não há cobrança.

Ou seja, quem tem um óculos interno é você.

E aí é difícil de saber Quais são meus dons? Potencial?

Os indianos têm uma palavra para isso que é o Dharma.

Diferente do Karma, o Dharma representa atividades que você têm mais facilidade do que a maioria para executar e, por isso,  dão mais prazer.

Teoriamente, para um equilíbrio sistêmico quanto mais você exercer essa função, mais harmonia levaria para o mundo e, por consequência, para você mesmo.

Viagens?

Acrescentaria ainda, num mundo das inovações e mutante que estamos entrando, devido ao aumento da população e – por consequência – o surgimento da rede digital, será preciso ampliar o espaço do ser, do envolvimento.

Envolvimento em as atividades nas quais você tem curiosidade de estudar e, portanto, se envolve afetivamente.

Se você não tem prazer em fazer, estudar e saber cada vez mais sobre a sua área de atividade, sua taxa de Dharma está baixa.

E aí caminhamos para as taxas.

O ser e o sobreviver são taxas que teremos flutuações delas ao longo da vida.

Equilíbrio e desequilíbros dinâmicos, conforme idade, situação, filhos, etc…

Tem épocas que você terá ela mais alta ou baixa.

A busca, portanto, não é resolver o problema agora e pronto, pois é um movimento, um processo, como todo o resto na vida.

Essa contínua tensão nos leva a tentar sempre elevar a taxa para que possamos ser o máximo possível do que podemos.

Estou sendo (exercendo meus dons)  mais agora do que fiz antes.

E isso é uma batalha individual, instransferível (apesar de ser bom ter parceiros na jornada) e que tem como base o auto-conhecimento e da escuta interna para que você possa seguir aquilo que você considera compatível com seu Dharma.

(Teremos ainda o ingrediente da rede e do coletivo nisso e ainda da influência do poder do cliente 2.0, querendo menos abuso e forçando as empresas ao diálogo, ao afeto e, por sua vez, ao ser – a se abordar depois)

Por fim, essa busca não é no vazio.

Existe um barco, uma vela e o vento.

O vento é o ambiente, o mercado, as necessidades que aparecem.

Você é o barco ali parado.

E as suas ações são a vela, que podem aproveitar ao máximo, ou o mínimo, do vento que sopra.

Sem vento, em crise geral, o barco não anda de jeito nenhum, o que exige o remo… 😉

É essa inteligência emocional/cognitiva atrás de melhores taxas de ser no mundo que vai nos fazer sobreviver com mais ou menos potencial exercendo nossa taxa de SER mais ou menos.

Esse é o campo de batalha, que pode se desdobrar em projetos empresariais e mesmo políticos para ampliar o espaço do Ser coletivo.

Que dizes?

PS- perdi um amigo recentemente e fiquei pensando sobre que não temos muito tempo para adiar essa procura da melhor taxa;

PS1 – Post feito a partir de um papo com a Lucília.

Para cada tipo de compulsão, há uma indústria interessada – Nepô da safra e frases de 2011;

Assisti ao bom documentário “Trabalho Interno” sobre a crise americana (que acabou ganhando o Oscar de melhor documentário) muito bem feito, timing ótimo e muita pesquisa, dá uma ótima noção de como e por que o mundo entrou em crise, do ponto de vista financeiro.

Depois, fiquei pensando mais sobre o final do filme que consegue definir bem quem são os bandidos: a ganância desenfreada, Wall Street, o mercado financeiro desregulado. E os mocinhos: o povo americano, enganado pelo lobo mau, que agora precisa, apesar do Obama, criar uma regulação.

Meio preto e branco, né?

O filme termina com a imagem da estátua da liberdade e algo assim:

“Vai ser difícil (regular Wall Street), mas esta luta você vai ter se que enfrentar”.

Se posiciona.

Nada contra filmes engajados, mas acho que, apesar de considerar um bom documentário (na forma e pesquisa) e conteúdo crítico para os padrões americanos, não vai mais fundo em alguns pontos chaves da crise, que foi apenas contornada.

O que refletiria sobre?

A população americana é considerada vítima da ganância.

Porém, os EUA se caracterizaram pela difusão da ideologia dos vencedores.

Quem não consegue chegar lá e ter casas, jatos, carrões é considerado um perdedor.

É o país do vamos gastar, poupar para que?

Vamos nos endividar por que o amanhã não existe.

Vamos se dar bem aqui entre nós e que o mundo (existe mundo?) que fique lá e não venha jogar bomba ou tomar nossos empregos.

Os EUA, assim, são uma grande onipotência nuclear em todos os sentidos.

Não digo que é o pensamento de todos os americanos, que seria uma patetada, mas é o que domina e que é vendido, inclusive, na ideologia em toda a indústria cultural que é exportada.

Freud no livro “Mal Estar da Civilização” quebra um pouco uma visão tradicional cristã sobre o mundo:

A Igreja diz:

“Todos nascem bons e alguns – que escolhem o caminho errado – são maus”.

Freud diz:

“Todos nascem querendo detonar a civilização e só não o fazem, pois a civilização cria mecanismos para não deixar”.

Pelo que vi, até aqui, sou mais Freud.

Portanto, civilização cria equilíbrios sistêmicos, regulações, leis, para existir e impedir que as pulsões humanas transbordem naquilo que seria direito dos outros.

Toda a crise, como aquela, movida pelos espertos de plantão, é um desequilíbrio de que um setor está fora de controle, fazendo coisas,  em um determinado ambiente, que precisa ser reequilibrado.

Pelo final  filme, nos parece claro, que o mercado financeiro continua igual, os homens do passado estão no governo do Obama, presente.

Regular, como sugere Freud, é preciso!

Mas eles não são o mal, os cristãos que se desviaram, como o filme induz no preto e branco do céu e inferno.

Eles não escolheram o caminho do diabo, eles apenas cumpriram a cartilha vigente:

“Vamos se dar bem!”.

Essa é a ética dominante que os EUA definiram para eles e o mundo, independente do outro.

A civilização ali (claramente) está ela mesmo incentivando a alguns a chegarem no topo da pirâmide.

A civilização está aí para ser usada para os meus interesses.

Quem consegue é o vencedor, sempre sozinho contra o sistema (vide coleção de filmes nessa direção).

A desregulação do mercado financeiro, se dá em outros setores como no caso da saúde, que cada vez tem mais poder de influência no Congresso.

Mostra que os “compulsivos” de Wall Street pela grana, sexo, drogas e rock´n roll continuam lá, dentro do governo Obama e são admirados, pois “chegaram lá” exatamente para fazer isso: se dar bem, conforme viram no cinema e aprenderam na escola.

O filme, assim, não toca na base filosófica, que boa parte dos americanos adora e exporta, são os que compraram suas casas, de alguma forma, que estavam no mesmo jogo.

Enriquecer rápido, ir devagar para que?

Entraram numa arapuca bem armada, mas não só o sistema financeiro os incentivou, mas todo o ambiente leva a isso.

É uma filosofia geral, que o mercado financeiro levou ao último limite e que o mundo todo engoliu e está procurando seguir.

Todos querem – e são incentivados a serem os poderosos de Wall Street, de alguma maneira.

O jogo é esse.

Assim, existe uma questão filosófica mais ampla e geral.

  • Conseguiremos levar esse tipo de ideologia do incentivo das pulsões individuais em detrimento do coletivo até quando?
  • Conseguirá esse novo ambiente de trocas e articulações em rede digital quebrar também esse tipo de ideologia também nos Estados Unidos?
  • Um movimento dos sem-espaço (principalmente imigrantes) por um país diferente?
  • Podem os EUA continuarem a defender essa ideologia do “eu” e o resto que se exploda? Até quando?

A crise financeira foi um feitiço que virou contra o feiticeiro.

As organizações de costas para o público.

Os EUA de costas para o mundo.

E o público – embebido de senso comum – engolindo o que a mídia e as universidades difundem.

(Aliás, a manipulação das universidades considero um dos pontos altos do filme, pois retira a pseudo-neutralidade da academia).

A casa caiu.

Perdeu, brô!

Cartoon do grande Latuff de São Cristovão, Rio de Janeiro.

Ou seja, o buraco do metrô de NY é mais embaixo.

A regulação do sistema financeiro é a ponta do iceberg de uma reflexão de uma sociedade que incentiva o poder a do eu em detrimento do nós.

Conseguiu essa proeza até aqui, baseado em uma mídia vertical e única.

Acredito que é uma das revisões que o mundo 2.0 mais plugado, esclarecido e com forte poder de articulação tende a rever.

(Tendência é algo, fato é outro. Sugiro ler o livro Presença do Peter Senge e outros que falam sobre isso, um contra-ponto)

Faltam apenas líderes com clareza para puxar o movimento mais filosófico e mais fundo, de revisão básica do conceito da força do Eu contra o nós.

O filme denúncia, mas aponta, a meu ver, para o bandido menos perigoso – um bandido, sim desequilibrado, mas não menos do que o sistema que o criou.

Que dizes?

A crise é um equilíbrio que partiu – Nepôda safra de frases 2011;

Imagine um paciente com febre.

A febre é um sinal de que existe algum desequilíbrio.

Uma inflamação?

Que é medida pelo termômetro.

E nesse tripé temos três elementos (e mais um mosqueteiro invisível):

O paciente – o sistema dinâmico de cada um, com mais ou menos saúde em equilíbrio;

A febre – que é um sinal orgânico do desequilíbrio;

O termômetro – um artefato criado pelo ser humano, que consegue medir o calor, que é o sinal orgânico de um desequilíbrio sistêmico.

E podemos dizer que existe um quarto fator:

O ambiente – onde o paciente vive, família, comunidade, que pode estar em desequilíbrio e a doença dele não ser individual, mas coletiva (geralmente é).

Atuar na vida – ser um profissional (saber fazer) –  é basicamente ter consciência e saber lidar com ambientes em equilíbrios (que são desequilíbrios produzidos).

Qualquer profissão – e empresas que a organizam – deveriam aprender quais são as forças em equilíbrio do ambiente que tentam administrar.

Isso é conhecimento, pois tudo está em processo, até uma pedra!

Assim, com essa percepção do problema,  conseguir diagnosticar situações em que um fator (ou mais que um) traz desequilíbrios.

  • Qual a força destes no ambiente como um todo?
  • E quais ações devem ser feitas para reequilibrar os membros que fazem parte deste (possíveis pacientes), os sintomas de desequilíbrio orgânicos (febre) e os artificiais (temperatura do termômetro)?

O problema para atuar como profissional/empresa nesse mundo que estamos vivendo em fase terminal (1.0) , indo para um outro (2.0) é que:

  • 1) não vemos os problemas de forma sistêmica;
  • 2) há uma pressa reinante;
  • 3) quer se ganhar dinheiro rápido;
  • 4) quer se manter o sistema em desequilíbrio para se vender mais paliativos (indústria dos remédios, fisioterapias, emagrecimento, etc).
  • 5) mantém-se – para manter o modus-operandi –  dentro de um controle informacional, que está ruindo.

Assim, temos coisificado  cada vez mais os processos.

Ou seja, quanto menos tempo temos para analisar o problema, mais olharemos para o termômetro.

Isso é uma regra!

Ficaremos vidrados no termômetro como a medição final e como fator de sucesso de atuação, sem olhar para o ambiente e o paciente com problema.

O termômetro apenas não estar registrando calor é o objetivo final, independente febre, doença individual ou coletiva.

A estatística é mais importante do que a realidade.

O bruxo virou a magia.

Nestes casos há de tudo:

  • a) manipula-se o termômetro para fingir que a febre se foi;
  • b) resolve-se a febre, porém não o desequilíbrio orgânico;
  • c) não se procura saber se é algo coletivo, ou apenas individual.

No final, temos um grande sistema paliativo, gasta-se mais, não resolve-se as grandes crises.

Profissionais/empresas são “olhadores”, medidores e (em alguns casos) manipuladores de termômetro e todos fingimos que estamos “trabalhando” pela sociedade.

Porém, trabalhar/agir deveria ser reduzir sofrimentos.

Que aceita, por enquanto, tudo isso.

Empresas e profissionais totalmente capacitados nos termômetros, que não conseguem olhar um palmo diante da febre.

Haja serenidade!

Essa dinâmica é um paradoxo humano e sempre nos acompanho.

Para o futuro, analiso que o movimento 2.0 das empresas, no fundo, nos leva a uma tentativa de reequilíbrio (mais causas/menos termômetros), de algo que está MUITO desequilibrado, através de um processo de descoisificação do cliente e do usuário.

É essa a meta de uma empresa 2.0, dialogar e mudar para atender o problema e não o termômetro, que só visa um tipo de lucro (completamente vinculado ao controle informacional vertical vigente, que não se perpetua em um menos controlado).

Por quê?

Mudaram as empresas/profissional? Os problemas?

Não.

Mudou a ponta que conversa, se informa e começa a ter clareza, via articulação e informação, não necessariamente nessa ordem, de que o processo de solução de seus problemas não o está respeitando como pessoa e, por consequência, afetos.

São sementes ainda, mas na base da rediscussão do mundo 2.0 e suas organizações teremos que fazer uma revisão desse equilíbrio entre o tripé paciente, termômetro e febre.

Investindo mais no quarto mosqueteiro: o ambiente coletivo para evitar sofrimentos.

Quem apostar nesse caminho, acredito, vai gerar valor num mundo mais esclarecido.

Que dizes?

Car@s amig@s,
como tem sido tradicional nesse mundo não tradicional, tenho promovido meus
grupos de estudos, já tivemos dois ano passado presenciais e um on-line.
O objetivo é discutir a dimensão da atual ruptura informacional, refletir como tudo isso impacta na sociedade, na nossa vida profissional e pessoal.
Não há roteiro, pois tudo é dialogado com os participantes.
Vou apresentar alguns conceitos, a partir dos meus estudos, palestras, consultorias,
reflexões, blogadas, twittadas, facebookadas, etc… e desenvolvemos os temas, conforme a expectativa da turma.
Este ano faremos nossos encontros no IGEC – Instituto de Gestão e Comunicação da Faculdade Hélio Alonso – Avenida Presidente Vargas, 534 – Centro – Rio de Janeiro | Tel.: 55 21 4063-5093 – http://www.igec.com.br/
Teremos oito encontros:
06, 13, 20, 27 – abril
04, 11, 18, 25 – maio.
Os encontros serão de 19 às 22 horas, às quartas-feiras.
O investimento de cada aluno será de R$ 500,00, depositado na minha conta corrente.
Estou fazendo o pré-cadastro, preciso que me diga:
a) por que gostaria de fazer este grupo de estudo;
b) e qual é sua experiência prática ou teórica nesse mundo 2.0;
Grato pela confiança,
Nepomuceno

Car@s amig@s,

Veja depoimento dos meus clientes e alunos.

Entrevista com Nepomuceno falando do curso.

CURSO ON-LINE:

MUNDO 2.0: ONDE ESTAMOS E PARA ONDE VAMOS?

CADASTRE-SE AQUI.

 

O objetivo:

Ajudar aos  participantes a refletir sobre as mudanças que a Internet traz para a sociedade e ajudá-los, assim, a ter um desempenho mais eficaz na implantação de projetos 2.0 (de redes digitais colaborativas na sociedade)

Tópicos gerais:

  • A Internet cria uma nova civilização?
  • Se sim, por quê?
  • Onde estamos para onde vamos?
  • Qual a característica dessa nova civilização?
  • O que muda e o que não muda?
  • A nova civilização nas diferentes organizações (empresas, governo, escola, política, sociedade…)
  • Demandas dos participantes.

Dinâmica:

(Ver justificativa deste modelo de curso aqui)

Um grupo de estudo tem uma dinâmica diferente de uma “aula”. Todos dividem as suas angústias, receios, temores, senso comum, dúvidas  sobre este novo mundo colaborativo e num trabalho coletivo vamos tentando chegar a alguns consensos, ou, pelo menos, percebermos quais são os pontos de vistas majoritários.

As reuniões são acompanhadas da publicação de textos no blog (www.nepo.com.br) e de uma comunidade no Facebook, através de lista de discussão no Google, na qual o coordenador estimula os debates.

CADASTRE-SE AQUI.

Participantes:

Há um critério de seleção da turma, através de experiência do coordenador de trazer pessoas inquietas, curiosas e que vão agregar aos demais.

Veja depoimento dos meus clientes e alunos.

Vou apresentar alguns conceitos, a partir dos meus estudos, palestras, consultorias, reflexões, blogadas, twittadas, facebookadas, etc… e desenvolvemos os temas, conforme a expectativa da turma.

O que se espera dos participantes:

– Que possam ler as mensagens do grupo;

– Que tenham tempo de ler o material enviado;

– E que estejam naquele mês, reservando algumas horas para pensar sobre as questões.

Datas:

Mês 1 – De 01/08 até 31/08;

Mês 2 – De 01/09 até 30/09;

Mês 3 – 03/10 até 31/10.

CADASTRE-SE AQUI.

Investimento:

  • Agosto – (R$ 220,00 – 20 horas – desconto de 5% para quem se inscrever 15 dias antes – 10% até 30 dias antes);

 

  • Setembro – (R$ 220,00 – 20 horas-  desconto de 5% para quem se inscrever 15 dias antes – 10% até 30 dias antes);

 

  • Outubro – (R$ 220,00 – 20 horas –  desconto de 5% para quem se inscrever 15 dias antes – 10% até 30 dias antes);

 

  • Agosto/Setembro – (R$ 350,00 – 40 horas –  desconto de 5% para quem se inscrever 15 dias antes – 10% até 30 dias antes);

 

  • Setembro/Outubro – (R$ 350,00 – 40 horas –  desconto de 5% para quem se inscrever 15 dias antes – 10% até 30 dias antes);

 

  • Agosto/Setembro/Outubro –  (R$ 500,00 – 60 horas –  desconto de 5% para quem se inscrever 15 dias antes – 10% até 30 dias antes)

CADASTRE-SE AQUI.

Tempo previsto de debates/leitura: 20 horas a cada mês.

Pós-curso:

  • Envio de certificado;
  • Participação das minhas listas de atualização para ex-alunos depois dos encontros.

Inscrição:

Para inscrições, use este formulário.

Dúvidas: cnepomu@gmail.com

Ou pelo comentário abaixo.


Veja depoimento dos meus clientes e alunos.

 

CADASTRE-SE AQUI.

Quem é Carlos Nepomuceno (o provocador dos debates)?

Não é guru, mágico, profeta, ilusionista, apenas um pesquisador persistente, honesto, que gosta da boa lógica, autores com consistência e conversar e aprender com os outros, por isso, está sempre aprendendo e desaprendendo.

Doutor em Ciência da Informação pela Universidade Federal Fluminense/IBICT, no qual se dedica há mais de 15 anos a estudar a história de outras revoluções informacionais e, por isso, consegue ter uma visão mais ampla e profunda do fenômeno. Graduado em Jornalismo e Mestre em Ciência da Informação;

Apesar da consistência teórica, Nepô, como gosta de ser chamado, é empreendedor há mais de 15 anos na Internet, com mais de 400 projetos desenvolvidos em todas as áreas, formatos e tamanhos, até consultoria estratégica e treinamento em empresas de grande porte em todo o país, principalmente no Rio de Janeiro.

Tem ajudado empresas como Vale, Nokia, Petrobras, BNDES, Dataprev, Prodesp a ter uma visão mais ampla sobre o fenômeno, procurando alterar modelos mentais. Recebeu o prêmio da Revista Info, há cerca de dois anos, por ser considerado uma dos 50 pessoas mais inovadoras do país na área de tecnologia.

Nepô se caracteriza por seguir a filosofia de Gandhi; “Seja a revolução que queres para o mundo“. Assim, tem um dos blogs mais ativos no Brasil (www.nepo.com.br) do mundo 2.0, com mais de três anos de atividade, com postagens diárias (pode ler o novo post de hoje).

São até hoje 800 postagens, com mais de 4700 comentários.

É ativo nas redes sociais, através de dicas e principalmente frases curtas e filosóficas sobre fenômeno, com forte carga filosófica e humana, através do Twitter, (@cnepomuceno), replicando no Facebook e Linkedin com cerca de 3 mil seguidores, a maioria com especialização no mundo 2.0.

Promove encontros como o atual há 7 anos em diversas cidades brasileiras e pela própria Internet, naquilo que ele chama “sala de aula 2.0“, baseada no conceito do diálogo honesto. (Pede que os participantes não levem laptops e deixem todos os seus gadgets desligados durante o encontro).

A média das notas na avaliação dos participantes de suas palestras, cursos e encontros é de 9 a 10.

Grato pela confiança,

Nepomuceno

Este curso é parceria com ContentMind.

Veja depoimento dos meus clientes e alunos.

 

Apoio de divulgação:


Apropriar-se da cultura digital, é reiverntar a Escola – Léa da Cruz Fagundes – da minha coleção de frases.
Car@s participantes, eis o roteiro do nosso curso.
Começamos no dia 13/09.
Título: Conversão 2.0
Objetivo: Repensar o que realmente é a atual Ruptura Informacional 2.0 e procurar ter  nova visão para atuaar nesse ambiente sem estar imerso na confusão conceitual e no senso comum, criando coletivamente um senso incomum;
Total de aulas: 7;
Habilidade: ao final desse módulo do curso deverá ser capaz de  analisar os problemas de informação,  geração de conhecimento e relacionamento pós-Internet sob  nova ótica, deixando para trás o “senso comum” que há hoje no mercado sobre a Internet, Redes Sociais e outros termos do gênero.
Conteúdo genérico: O que é realidade?  Como defino conceitos?  O que é, afinal, a Internet? Redes Sociais? Estamos entrando em uma nova civilização? Em outra humanidade? O que serão as  organizações 2.0 e como devemos atuar nelas? O que é a Web 2.0? Como posso ter uma melhor ação pessoal na Web 2.0? Cidade 2.0? Escola 2.0? Governo 2.0?
Conceituação do módulo:
O coordenador (incentivador de inteligência coletiva) é apenas um coordenador da colaboração entre participante-participante / participante/coordenador.
Não existe conhecimento pronto, mas só aquele elaborado em conjunto, no qual todos aprendem com a ignorância/experiência/criatividade/conhecimento/luz/sombra/individualidade/criatividade do outro.
O participante não deve vir para “aprender” de forma passiva, mas trazer a sua curiosidade ativa. Tudo que sabe (ou não sabe) ou tem dúvida, interessa,  é fundamental para que o processo de aprendizagem seja proveitoso para todos.
Venha falar e não assistir!!!
Não há transmissão de conhecimento, mas sincronização de vivências, na qual todos saem do encontro em outro patamar, incluindo o coordenador.
Não teremos Power Point – justificativa do professor para eliminar o Power Point:
http://nepo.com.br/2008/11/27/power-point-asa-ou-corrente/
(Considera-se o material didático da sala todo o conteúdo do blog, os filmes  e os posts exclusivos para os participantes. A avaliação final dos participantes do coordenador deve levar isso em conta) 🙂
Apesar de ter vários na sala, não será permitido o uso do computadore nem de celular nesse módulo, o objetivo é o incentivo da troca!
(Quem começar a tremer por falta do Twitter, dou uma colher de chá depois do intervalo de 5 minutos on-line! 😉 )
Veja mais as razões dessa atitude pseudo- radical aqui.
Recomenda-se ter conhecimento o que as outras turmas de pós da Facha já fizeram nos meus módulos:
http://nepo.com.br/tag/facha_nepo/
A nota será finalizada da seguinte forma, no último encontro, com auto-avaliação de cada participante:
Presença em sala de aula – 7  pontos, divididos assim.
1,0 – para cada aula, totalizando 7 pontos;
1,5  –Participação do aluno em sala de aula;
1,5 – Participação do aluno na Internet (**)
(*) o coordenador fará posts a cada aula neste blog e o participante poderá comentar lá. Ou em qualquer espaço que toda a turma e o coordenador do curso possam ter acesso.
(**) a participação dos alunos na Internet só vale até o início da última aula!
Ou seja, tirará 10 o aluno que for a todas as aulas, participar ativamente em sala e na Internet!
Roteiro propositivo, pode mudar, conforme a dinâmica:
Aula 1 – O que é realidade?
Aula 2 – Uma nova visão sobre o mundo 2.0 – Parte I;
Aula 3 – Uma nova visão sobre o mundo 2.0 – Parte II;
Aula 4 – Voltando para ver a história – Filme: Lutero (parte I);
Aula 5 – Voltando para ver a história -Filme: Lutero (parte II);
Aula 6 – Como deve ser uma Escola 2.0?
Aula 7 – auto-avaliação dos alunos e da turma.
Os alunos que faltarem as aulas deverão “pagar” em atividades extras em favor da turma. Este “pagamento por atividade”, que é produção de textos, resumo de aulas, etc… só será contabilizado até o início da última aula, quem faltar a última aula, não terá ponto extra, nem a possibilidade de repor. E quem não “pagar” até lá, também.
Assim, não serão aceitos trabalhos de reposição depois da última aula.
As propostas aqui apresentadas estão abertas para comentários e aprovação da turma até o final da segunda aula, quando assinaremos informalmente nosso acordo de trabalho comum.
É isso, bem-vind@s!

Apropriar-se da cultura digital é reiverntar a Escola Léa da Cruz Fagundes da minha coleção de frases.

Car@s participantes, eis o roteiro do nosso curso.

Nossas aulas:

Abril: 29
Maio: 06, 08, 13,15, 20,22

Título do módulo: Conversão 2.0

Objetivo: Repensar  a atual Ruptura Cognitiva e procurar ter  nova visão para atuar nesse ambiente sem estar imerso na confusão conceitual e no senso comum difundido, criando coletivamente um novo senso incomum, que será capaz de dar a cada participante uma visão geral e estratégica, com forte ganho pessoal e profissional para o futuro;

Total de encontros: 7;

Habilidade: ao final desse módulo o alunos deverá ser capaz de  analisar os problemas de informação,  geração de conhecimento e relacionamento pós-Internet sob  nova ótica, deixando para trás o “senso comum” que há hoje no mercado sobre a Internet, Redes Sociais e outros termos do gênero. É um módulo de abertura do curso para abrir cabeças!

Conteúdo genérico: O que é realidade?  Como defino conceitos?  O que é, afinal, a Internet? Redes Sociais? Estamos entrando em uma nova civilização? Em outra humanidade? O que serão as  organizações 2.0 e como devemos atuar nelas? O que é a Web 2.0? Como posso ter uma melhor ação pessoal na Web 2.0? Cidade 2.0? Escola 2.0? Governo 2.0? Existe Marketing Digital? O que muda numa empresa 2.0? Muda o Marketing e a Comunicação ou a Gestão?

Conceituação do módulo: O coordenador (incentivador de inteligência coletiva) é apenas um coordenador da colaboração entre participante-participante / participante/coordenador.

Não existe conhecimento pronto, mas só aquele elaborado em conjunto, no qual todos aprendem com a ignorância/experiência/criatividade/conhecimento/luz/sombra/individualidade/criatividade do outro.

O participante não deve vir para “aprender” de forma passiva, mas trazer a sua curiosidade ativa. Tudo que sabe (ou não sabe) ou tem dúvida, interessa, e é fundamental para que o processo de aprendizagem seja proveitoso para todos.

Venha falar, participar.

Quem assiste é telespectador!!!!

Não há transmissão de conhecimento, mas sincronização de vivências, na qual todos saem do encontro em outro patamar, incluindo o coordenador.

Não teremos Power Point  (veja aqui justificativa do professor para eliminar o Power Point)

(Considera-se o material didático da sala todo o conteúdo do blog, os filmes  e os posts exclusivos para os participantes. A avaliação final dos participantes deve levar isso em conta) 🙂

Apesar de ter vários na sala, não será permitido o uso do computador nem de celular nesse módulo, o objetivo é o incentivo da troca e do diálogo off-line!

A turma será numa sala sem ele, mas peço para não levarem laptop, deixar o celular desligado, etc…

(Quem começar a tremer por falta do Twitter, dou uma colher de chá depois do intervalo de 5 minutos on-line! 😉 )

Recomenda-se ter conhecimento o que as outras turmas de pós da Facha já fizeram nos meus módulos:

http://nepo.com.br/tag/facha_nepo/

A nota será finalizada da seguinte forma, no último encontro, com auto-avaliação de cada participante:

Presença em sala de aula – 7  pontos, divididos assim.

  • 1,0 – para cada aula, totalizando 7 pontos;
  • 1,5  –Participação do aluno em sala de aula;
  • 1,5 – Participação do aluno na Internet (**)

(*) o coordenador fará posts a cada aula neste blog e o participante poderá comentar lá. Ou em qualquer espaço que toda a turma e o coordenador do curso possam ter acesso.

(**) a participação dos alunos na Internet só vale até o início da última aula!

Ou seja, tirará 10 o aluno que for a todas as aulas, participar ativamente em sala e na Internet!

Roteiro propositivo, pode mudar, conforme a dinâmica:

Encontro 1 – O que é realidade? Internet? Marketing? Conceitos? Existem conceitos fora de nós mesmos?

Encontro 2 – Uma nova visão sobre o mundo 2.0 – Parte I;

Encontro 3 – Uma nova visão sobre o mundo 2.0 – Parte II;

Encontro 4 – Voltando para ver a história de outra ruptura informacional – Filme: Lutero (parte I);

Encontro 5 – Voltando para ver a história de outra ruptura informacional  – Filme: Lutero (parte II);

Encontro 6 – Como deve ser uma (a discutir com a turma) XXXX (Cidade, Escola, Empresa, etc,  2.0?

Encontro 7 – auto-avaliação dos alunos e da turma, últimas questões.

Os alunos que faltarem as aulas deverão “pagar” em atividades extras em favor da turma. Este “pagamento por atividade”, que é produção de textos, resumo de aulas, etc… só será contabilizado até o início da última aula, quem faltar a última aula, não terá ponto extra, nem a possibilidade de repor. E quem não “pagar” até lá, também.

Assim, não serão aceitos trabalhos de reposição depois da última aula.

As propostas aqui apresentadas estão abertas para comentários e aprovação da turma até o final da segunda aula, quando assinaremos informalmente nosso acordo de trabalho comum.

É isso, bem-vind@s!

Não confunda informação com documento, a primeira é processo; o segundo parte deste;

Não confunda informação com documento, a primeira é processo; o segundo parte deste – Nepôda safra de frases de 2011;

Conhecer é encher as versões de fatos.

E os fatos são processos em andamento, com forças que tendem ao equilíbrio, ou, como queiram, em desequilíbrios provisórios trabalhados.

Na vida, tudo é processo, nada é coisa, nem uma pedra, que tem seus auto-movimentos imperceptíveis e interage com o mundo exterior: esquenta, esfria, racha, etc.

Estudar qualquer fenômeno, assim, pressupõe-se conhecer as forças que o equilibram e desequilibram.

Isso é ciência.

Entretanto, nossos egos e pilotos automáticos, tendem a coisificar as coisas e nos desviam dos fatos.

Coisas dão a aparência de eternidade, o que nos acalma, pois esquecemos da nossa finitude.

Eis o paradoxo: queremos ser eternos e coisificamos o mundo para nos acalmar, mas nos afastamos dos fatos e nos perdemos e não vivemos, pois a vida é curta, as pessoas acabam.

Tudo vai e vem.

Tudo vem e passa.

Inclusive, você.

A informação faz parte dessa onda que vai e vem.

É constituinte do ser humano.

É como a respiração.

Sem informação, com o tempo, morreríamos.

Como um náufrago numa ilha deserta que não teve informação de como sobreviver.

Como já defendi aqui não há  como definir informação.

É um conceito inexplicável, pois é perda de tempo defini-la.

Assim como o sentimento, a vida, as relações.

Pode-se tentar dizer o que não é, mas não o que é.

Porém, há forças em movimento no processo informacional, que é basicamente o de registrar fatos da melhor maneira possível:

  • De um lado o volume.

Quanto mais volume, mais complexidade para se achar o que se quer. O volume dificulta a recuperação;

  • De outro o tempo.

Uma informação, como um processo em movimento, precisa estar na hora certa para ser achada antes da decisão.

Não adianta saber o horário do trem que já partiu.

  • A um custo razoável.

Não adianta uma informação maravilhosa, se ninguém tem dinheiro para pagar.

Assim, a informação é quase uma tentativa de equilíbrio dinâmico entre volume, tempo e custo.

Quem vai definir a relevância da mesma é o usuário ao avaliar o que está disponível.

Qualidade assim é conseguir ver o que é relevante no maior volume possível, (para se ter variedade)  num tempo e custo compatíveis com a demanda.

Qualquer distorção nessa harmonia, gera ruído e crises informacionais, das micros às macros.

Detalho mais sobre isso aqui:

A Ilusão da Informação.

Que dizes?

Prefiro minha provisória opinião do que nenhuma – Nepôda minha safra de frases de 2011;

Como saber que um texto técnico (*) é interessante?

Diria que ninguém escreve nada sem propósito.

Há duas linhas nessa direção, nem tão claras muitas vezes, mas possível de se trabalhar com elas, tipo preto e branco (sabe-se que também há cinzas, claro):

  • A pessoa quer dizer algo importante, a partir de uma procura interior intelectual/afetiva, que visa reduzir o sofrimento alheio, o que chamaria de “boa” intenção;
  • Ou escreve por obrigação, por imposição de alguém (Capes?) para aparecer, para alimentar um ego mal administrado, que seria uma auto-intenção e deixa o “ser” de lado.

Há variantes, mix, milkshakes, mas fiquemos com esses dois extremos para você poder situar os meios.

De maneira geral, fica logo claro ao se ler o texto qual é o caso.

Cheio ou vazio de significado.

No primeiro caso, há um esforço de se comunicar, de apresentar um problema relevante, de detalhá-lo, de mostrar a importância do mesmo para quem vai ler e de que forma  pode ser minimizado.

A forma também conta, algo que vai facilitando do início ao fim a leitura.

O texto do ego é um falatório, começa do nada e vai ao lugar nenhum, repleto de dialetos, de palavras de dicionário, algo para que todos se sintam intimidados por causa dele.

Esse tipo de textos considero que são dos abusadores intelectuais, que passam a vida querendo humilhar aqueles que ele considera menos preparados.

Fuja destes, pois eles vão te jogar na vala!

O inseguro sempre quer gente embaixo dele para se escorar.

(Na verdade, a opressão intelectual é uma das maiores armas do sistema para se manter operacional e essas pessoas, mesmo que questionadoras destes, servem como instrumento para manter o outro sob opressão – saudades do Paulo Freire)

E os abusadores intelectuais cumprem um papel de deixar todo mundo meio sem coragem, com vergonha de se expressar.

(Vergonha também é arma opressiva.)

Todos podem e devem ter uma opinião sobre tudo, desde que seja apresentado o problema de forma clara e apontada algumas soluções.

Conhecer é sair do senso comum para a complexidade.

Conhecer é um processo.

Conhecer implica ver de vários ângulos para se chegar a um consenso.

E pode-se, assim, aprofundar-se nele, com uma porta aberta numa casa, através de vários olhares distintos, pois a realidade é algo criado, que só se chega a algum lugar, através de consensos negociados.

E não numa janela lá no alto, onde está escrito:

“Não entre!”

“Isso é a realidade!”

“Ame-a ou deixe-a!”

Cada vez me incomoda mais, quem acha que leu mais, sabe mais, tem mais capacidade do que os outros de falar dos problemas do mundo.

Estamos aqui por pouco tempo, a vida é curta nos lembra todo dia a porta do cemitério.

Não queremos perder tempo com falsos problemas e egos mal administrados.

Poucas coisas são relevante, de fato,  nessa vida, que realmente fazem a diferença do berço ao túmulo.

É preciso saber, assim, com quem está se lidando ao se ler um texto.

Lembro que a sabedoria é afetiva e basicamente lida com egos melhor administrados.

Os grande gênios sempre escreveram de forma clara e fácil, disseram exatamente ao que vieram, pois precisaram também superar problemas afetivos.

Já disse alguém que a simplicidade é a complexidade trabalhada.

Digo eu que a complicação é a simplicidade enrolada por incapacidade ou má fé.

E a complexidade é um desequilíbrio/equilíbrio que precisa ser detalhado, através da identificação das forças dinâmica que a  governam.

Assim, um texto relevante pode ser analisado por:

  • – Definição de um problema de forma clara;
  • – A compreensão da relevância do mesmo;
  • – As alternativas para compreendê-lo, apresentando o conjunto de forças que estão em movimento para manter seu equlíbrio/desequilíbrio.
  • – O tempo para apresentá-lo (longo ou curto), pois ninguém tem mais tempo a perder;
  • – E a forma, geralmente, bom humor e/ou clareza, ajudam bastante.

O resto, é abuso…

Que dizes?

(*) texto técnico é aquele que visa ajudar o ser humano a resolver algum tipo de problema de sobrevivência.

Quando a comunicação se divorciou da comunicação
Gosto muito do Dominique Wolton, pois ele é um dos que conseguem criticar os rumos que a rede digital vem tomando sem cair para uma tecnofobia, tem bagagem e é claro nas ideias que defende, qualidades difíceis hoje em dia.
Sugiro ler a entrevista dele e, quem sabe, o novo livro. Ou comprar um mais antigo baratinho na Estante.
Ele diz que estamos indo bem na informação e mal na comunicação.
E que o problema teórico da vez é a confusão que se faz de informação e comunicação.
Na verdade, comunicação e informação já foram casadas e se divorciaram.
São dois movimento do ser humano inseparáveis, mas já foram bem mais agarradas.
Quando vivíamos no mundo oral, não havia possibilidade de troca que não fosse em contato pessoal,
trocando afetos, num processo informacional/comunicacional quente, presente, no qual o afeto era algo
fundamental para que a coisa toda acontecesse, princialmente nos diálogos.
A escrita veio por uma necessidade humana de lidar com cada vez mais gente, mais necessidade de informação e comunicação.
Muita gente no mundo exige uma produção mais sofisticada, uma sociedade mais complexa e, por sua vez, uma sofisticação no processo de comunicação e informação.
E criamos os documentos escritos e depois magnéticos que levaram a comunicação para objetos mais sólidos e duráveis do que nossa memória do mundo oral.
No perde e ganha, esfriamos o processo de comunicar/informar e começamos a ter uma separação que
antes não existia.
A escrita separou a comunicação/informação do tempo e do espaço.
Ganhamos em distancia e perdemos em calor.
Hoje, é possível se informar sem se relacionar, antes era praticamente impossível.
Só se tinha contato com um pensador, perto dele.
E aí está um dos ganchos para entender o que Wolton diz e defende que estamos entrando numa interação solitária, apesar de todo o aparato informacional/comunicacional.
Ou seja, hoje podemos cada vez mais nos informar sozinhos, nos virarmos sem precisar dos outros, criando ambientes frios
e tolhidos de afeto.
Talvez, o Facebook com sua necessidade basicamente de relação, de contato, seja uma tentavia ainda tímida de resgatar esse “calor” perdido, mas que acaba se perdendo na correria do dia a dia e na frieza da tela, apesar de todo o movimento que acaba ocrrendo a partir dele, encontro presenciais.
O que é interessante no alerta de Wolton é de que o movimento informacional da Internet – fundamental para nossa sobrevivência –  não vai nos levar necessariamente para o caminho do resgate do calor e do afeto.
Tem um potencial de separar ainda mais a informação (fatos) da comunicação (relação).
Esse movimento de aproximação não é tecnológico e nem natural.
É este o papel, aliás, que educadores, filósofos, pensadores têm tentado chamar a atenção, quando dizem que o computador
em sala de aula, nos espaços, nas palestras, tem reforçado esse isolamento da presença,
Estamos ganhando nota 7 na participação on-line e 3 no mundo off-line.
Estamos virando monstrinhos que só conseguem ser em rede digital.
No meio desse caminho, há a questão central do afeto.
Somos afetos com casca.
E precisamos praticar e desenvolver ambientes afetivos para conseguir um equilíbrio necessário para nossa saúde física e mental.
Talvez seja esse o principal engano que a sociedade tem vivido hoje com a Internet, principalmente as empresas ao tentar dialogar com seu público mais participativo.
Querem criar ambientes informacionais, mas o que se tem carência é de ambientes afetivos, de troca, de relação, na qual as empresas voltam a se comunicar no calor de quem quer realmente ouvir e mudar.
Esse movimento em busca da comunicação quente perdida é uma das questões principais colocadas como contra-ponto da implantação da Internet no planeta.
E que não começou agora, já vem desde o surgimento da escrita, mas que se agravou com a explosão do livro impresso, a partir de 1450 com Gutemerg, quando tivemos a escrita 2.0.
Não será com mais rede que conseguiremos essa aproximação.
É este o movimento que os humanistas que defendem o uso da rede de forma mais solidária e que gere menos sofrimento, acredito, devem abraçar.
Que dizes?

As informações avançam rápido, já a comunicação, muito devagar Dominique Woltonda coleção;

Gosto muito do Dominique Wolton, pois ele é um dos que conseguem criticar os rumos que a rede digital vem tomando sem cair para uma tecnofobia, tem bagagem e é claro nas ideias que defende, qualidades difíceis hoje em dia.

Ele diz que estamos indo bem na informação e mal na comunicação.

E que o problema teórico da vez é a confusão que fazemos entre os conceitos de informação e da comunicação.

Na verdade, comunicação e informação já foram casadas e se divorciaram.

São dois movimento do ser humano inseparáveis, mas já foram bem mais agarrados do que são hoje, tendo até escolas e ciências distintas (Ciência da Comunicação e Ciência da Informação).

Quando vivíamos no mundo oral, não havia possibilidade de troca que não fosse sem contato pessoal, trocando afetos, num processo informacional/comunicacional quente, presente, no qual o contato humano era algo fundamental para que a coisa toda acontecesse, principalmente nos diálogos.

Assim, qualquer teoria que separe a informação da comunicação, precisa levar em conta que é algo tão junto, indivisível, que pode apenas ser visto separado, pois houve esse divórcio no passado.

Que é chave para a compreensão das duas.

A escrita – motivo principal do rompimento – veio por uma necessidade humana de complexidade.

Precisávamos lidar com cada vez mais gente, havia uma necessidade de informação e comunicação, que não podia mais ficar presa ao tempo e lugar.

Globalizávamo-nos.

(Brinco que a globalização começou com Adão.)

Aumento demográfico exige uma produção de bens e serviços mais dinâmico, uma sociedade mais complexa e, por sua vez, uma sofisticação no processo de comunicação e informação, separando os dois processos para se ganhar velocidade no tempo e no espaço.

E criamos os documentos escritos e depois magnéticos que levaram a comunicação para objetos mais sólidos e duráveis do que nossa memória permitia no mundo oral.

O documento é o filho que nasceu desse divórcio nem tão amigável.

(Todo processo informacional/comunicacional tende a desembocar em documentos, que é parte, mas não o processo de informação mais amplo e rico.)

Quanto mais crescemos, mais separados estão ficando os dois processos (e isso exige intervenção humana).

No perde e ganha, esfriamos o processo de comunicar/informar e começamos a ter uma separação que antes não existia.

A escrita, assim, repetindo, separou a comunicação/informação do tempo e do espaço.

Ganhamos em distancia e perdemos em calor.

Hoje, é possível se informar sem se relacionar pessoalmente, antes era praticamente impossível.

Defendo que uma tribo analfabeta ou sem escrita tem que estabelecer relações mais interativas, pois a informação necessária passa sempre por um processo de comunicação, de troca e de diálogo.

Hoje, nos informamos sem necessariamente nos comunicarmos.

Antes, só se tinha contato com um pensador, perto dele.

E aí está um dos ganchos para entender o que Wolton diz e defende que estamos entrando numa interação solitária, apesar de todo o aparato informacional/comunicacional.

Ou seja, hoje podemos cada vez mais nos informar sozinhos, nos virarmos sem precisar dos outros, criando ambientes frios e tolhidos de afeto.

A comunicação que originalmente era apenas de mão dupla, do diálogo, da troca, passou a ser unidirecional.

Eu te informo. E você se informa, mas não informa e troca com a sociedade, no máximo, com amigos e de quando em quando, pois a metrópole não deixa.

Eis o impasse absoluto que a radicalização do livro, com o rádio e a tevê nos levou, criando um mundo infantil da informação unilateral, não participativa.

E pior: criando um mundo cada vez menos afetivo, pois na base informacional não é preciso se comunicar, basta acessar documentos frios, com ou sem imagens ou sons.

Uma anorexia social massificada.

A Internet, teoricamente, veio para nos livrar disso.

O que é interessante no alerta de Wolton é de que o movimento informacional/comunicacional da e na Internet – fundamental para nossa sobrevivência –  não vai nos levar necessariamente ou naturalmente para o caminho do resgate do calor e do afeto.

Primeiro, estamos viciados e isolados no modelo de troca informacional/comunicacional da mídia anterior.

E mantendo, por inércia, a separação ainda maior da informação (fatos/versões) da comunicação (relação).

Esse movimento de reaproximação não é tecnológico e nem será natural.

E é isso que precisa ser pensado, matutado e formulado como proposta política-afetiva-filosófica.

O resgate do afeto, através, pela, com, mas também (e muito) sem a rede digital.

Este o papel, aliás, que educadores, filósofos, pensadores têm tentado chamar a atenção, quando dizem que o computador em sala de aula, por exemplo, ou nos espaços, nas palestras, tem reforçado esse isolamento da presença e do afeto, em última instância.

Cada um com a sua tribo de bolso.

Forte on-line, fraco off-line.

E que é interessante nos encontros presenciais estarmos todos off-line para aquecer as relações e falar de afetos.

Há uma relação entre conhecimento, conhecimento dinâmico, problemas afetivos e diálogo.

O poder de uma sociedade bloqueia os afetivos/cognitivos para consolidar conhecimentos e o senso comum que lhe interessa.

Só podemos superar esses bloqueios afetivos/cognitivos com a reflexão individual e coletiva ao trocar afetos e sofrimentos para superá-los.

Uma sociedade mais humana passa necessariamente por ser mais afetiva.

Estamos sendo mais afetivos com a Internet por inércia?

Responda sinceramente olhando em torno.

E para isso é precisso reinventar espaços de diálogos honestos também off-line, nos quais se luta contra essa opressão, que faz parte de toda a sociedade.

Acreditar que a Internet – como um messias – está nos salvando é uma ilusão perigosa.

Ou seja, estamos ganhando nota 7 na participação on-line e 3 no mundo off-line.

Estamos virando monstrinhos que só conseguem ser (meio barro/meio teclado) em rede digital.

No meio desse caminho, há a questão central do afeto perdido.

Somos afetos com casca.

E a casca anda muito grossa.

Egos levando as pessoas para fazer xixi e não o contrário.

Precisamos praticar e desenvolver ambientes afetivos para conseguir um equilíbrio necessário para nossa saúde física e mental.

Talvez seja esse o principal engano que a sociedade tem vivido hoje com a Internet, principalmente as empresas ao tentar dialogar com seu público mais participativo.

Querem criar ambientes informacionais, mas o que se tem carência é de ambientes afetivos, de troca, de relação, na qual as empresas voltam a se comunicar no calor de quem quer realmente ouvir e, principalmente, mudar com ele.

E não fingir que está mudando, por causa da moda das redes sociais.

E quem está hoje em projetos de mídias sociais falando em afeto?

Será fuzilado em praça pública!

Estão entrando com a informação, com a comunicação unidirecional, pois o afeto está perdido nessa relação de opressão e não de compreensão.

(Vários autores, tais como o Peter Senge no livro Presença, tem falado sobre isso.)

Esse movimento em busca da comunicação quente e perdida é uma das questões principais colocadas como contra-ponto da implantação da Internet no planeta.

Um nó informacional/comunicacional da humanidade.

E que não começou agora, já vem desde o surgimento da escrita há 5 mil anos, mas que se agravou com a explosão do livro impresso, a partir de 1450 com Gutemberg, quando tivemos a escrita 2.0 e vem ladeira abaixo.

Temos uma janela de oportunidade com a Internet para rever isso.

Não será com mais rede digital apenas que conseguiremos essa aproximação, mas com movimentos humanistas que consigam compreender aonde está o impasse e se utilizem das mesmas tecnologias de forma adequada, criando espaços em que elas não entram de jeito nenhum.

Fazer um contraponto necessário.

Hoje, essa clareza está ainda muito turva.

E é essa sombra que a luz de Wolton tenta preencher.

Que dizes?

No mundo 2.0, estamos sofisticando os intermediários e não eliminando-os – Nepô da safra de frases 2011;

Muita gente fala em desintermediação com a chegada da rede digital.

Andei falando nisso um tempo, mas já passou.

O fenômeno informacional precisa de intermediários.

Não existe informação sem intermediários.

Um pássaro voando não é informação, até que alguém transforme-o na dita cuja.

Veja a fábula do boi no pasto que fiz aqui.

O que está acontecendo é uma mudança radical na intermediação da informação em:

  • Quem faz;
  • E como faz;

No mundo 1.0 (antes da rede digital) haviam profissionais que detinham o poder de selecionar os documentos, disponibilizá-los em dado local, de difícil acesso, permitiam pessoas a acessá-los e eram o “rei do documento preto“. 😉

(Assim como depois da Idade Média os padres perderam a vez para as editoras, que se transmutaram em rádio, tevê….)

Eram eles que tinha a função de selecionar, representar, disponibilizar os documentos para os usuários, que ficavam a mercê destes talentos para achar no tempo devido o que procuravam.

Essa intermediação que foi um sucesso inegável nos últimos séculos ficou lenta demais para o tamanho da nossa população.

A base da informação de qualidade é uma harmonia entre volume/tempo/custo.

TRINGULOQUALIDADEINFORMACAO

Nenhum destes fatores pode sair de uma taxa razoável.

O mundo 1.0 passou a fornecer uma informação cara, demorada num volume cada vez maior.

Deu zebra!

A rede digital vem corrigir o macroambiente informacional, aumentando o volume cada vez mais, mas reduzindo o tempo e baixando o custo.

Como?

Hoje está tudo a um clique.

Economizamos para chegar na informação que queremos.

Entram as ferramentas de buscas, que dão relevância a partir da procura dos usuários.

O usuário passa a participar de forma mais efetiva na qualificação, inclusão, representação da informação.

O profissional de informação deixa de ser o “dono da representação” e da chave do cofre e passa a ser um administrador da plataforma para ajudar a comunidade a incluir e representar, preservando um passado arquivístico importante.

Facilita a cópia e a alteração dos documentos, transformando-os de sólidos em líquidos.

O mundo 2.0 precisa assim ser mais rápido e mais barato ao lidar com tanta informação.

Não há mais espaço para um intermediário 1.0, que ficava censurando, protegendo, guardando a informação.

Porém, não se perde o papel de uma intermediação mais sofisticada que possa ampliar o significado, pois, ao mesmo tempo que barateamos o custo e aumentamos a velocidade, também, com a rede, multiplicamos, em muito, o volume.

Assim, um intermediário 2.0 salta de um produtor de informação para um gestor de comunidades produtoras/consumidoras de informação.

Passamos trabalhar um degrau acima.

Um médico é também um gestor das informações que seus usuários obtém no Google.

Um jornalista tem também que aprender a fazer seu trabalho, absorvendo o material dos leitores, bem como, seus comentários.

É um novo intermediário mais sofisticado.

O profissional da informação, pelo seu lado, passa a ser o responsável por criar e administrar as plataformas que a interação dessas comunidades digitais em rede.

A forma como elas vão ser estruturadas e concebidas ajudam ou atrapalham a relação dos intermediários.

Peguemos o caso do Facebook.

O usuário troca o que quer, desde que seja no molde que o pessoal de informação do Facebook definiu.

Ou seja, o Facebook é a plataforma 2.0, assim como o Twitter, é uma plataforma que define como as trocas vão se dar entre os novos intermediários.

Os grandes seguidos e a massa de seguidores, criando uma ecologia mais democrática, mais meritocrática e mais compatível com as demandas informacionais em curso.

Porém, é uma ilusão falar em mundo desintermediado informacional, mas em um novo tipo de indermediação.

Pode-se até dizer que pulverizamos mais a intermediação.

Mas ela sempre existirá.

Que dizes?

Este contínuo esforço social de corrigir os erros que a nossa
subjetividade nos conduz é o que chamo de  objetivação

Este contínuo esforço social de corrigir os erros que a nossa subjetividade nos conduz é o que chamo de  objetivação – Brooke;

(Repostando os melhores do ano.)

Tudo é informação?

Um boi pastando no meio da relva é informação?

É quase. É parte.

Pode, ou não, fazer parte do processo.

Um boi no pasto é o “mundo real” sem representação.

Se todos os humanos morrerem haverá só o sentido e o instinto dos animais, pois acabarão as palavras.

  • Haverá o cheiro do boi para a onça.
  • O mugido dele para a vaca.

O mundo sem os humanos será um mundo sem representação dentro do tempo, mas não mais fora dele.

O boi só existirá naquele segundo pastando no pasto.

Só o ser humano é capaz de deslocar o boi no tempo.

O boi no pasto é a quase-realidade sem filtros, porém filtrada por aquele que vê, que olha com determinado ponto de vista o boi no pasto, conforme seus olhos mais velhos, mais novos, mais fazendeiro, menos fazendeiro, etc….

O boi no pasto é o mundo em quase estado puro e, quando representado, filtrado pelos nossos  interesses/desinteresses com mais ou menos eficácia.

O boi no pasto para quem passa,  é paisagem.

Mas se alguém deseja representá-lo?

“Papai, olha lá o boi no pasto”.

O que pressupõe a linguagem.

E a vontade e o desejo de destacá-lo no tempo presente.

Ou ainda preservá-lo.

O boi só existirá fora daquele tempo, no qual nos relacionamos com ele, vivo, no pasto, se guardarmos na memória e contar para alguém.

“Titia, eu vi um boi no pasto”

Ou documentá-lo, através de algum tipo de registro, texto, foto, vídeo, desenho, escultura, etc…

Assim, na relação ser humano-boi no pasto temos o real sendo revelado num processo que podemos chamar de informacional, que passa pelo contato com um fato em processo, o interesse de registrá-lo e preservá-lo no tempo.

Quando preservamos o boi no pasto fora da memória criamos um documento.E se quisermos homenageá-lo como uma estátua, um monumento.

A diferença que o documento eu levo de um lado para o outro.

E o monumento, dependendo do tamanho, fica lá estático, quase um boi, porém mais durável, perenizando o boi no pasto.

Até que alguém decida destruí-lo.

(Ou achar que uma estátua do boi no pasto não cabe na praça e sim a de um parente, caso típico brasileiro).

O boi pastando é um processo, que pode gerar um documento.

A informação é todo o processo de ver o boi, ao registro, a sua divulgação e à assimilação interpretativa de quem vê o documento do boi no pasto, que cria uma nova representação, podendo criar, até, um novo documento.

Um poema sobre a foto do boi no pasto.

Ou uma descrição daquela foto ou do poema para serem recuperados, algo chamado na arquivologia linguagem documentária, que é o esforço de com menos palavras representar o máximo para quem chega ávido de informação.

O documento é, assim,  o registro parcial do real por quem o registrou.

Nunca é o real, mas parte dele, filtrado por alguém.

Precisamos da informação para transformar o que é complexo em simples, permitindo, assim, que nossas mentes limitadas (apesar de todo o seu potencial) possam apreender e decidir.

E o boi, que não tem nada com isso, é o boi que um dia pastou naquele pasto, ou em algum pasto, dependendo do registro.

A informação é um processo, que tende a desaguar em documentos.

O mundo, assim, é sempre uma representação dele mesmo ou de nossa memória, seja transitória ou documentada.

Os primeiros documentos, se podemos chamar assim, eram os documentos virtuais, da memória,  transmitidos  pela oralidade, que era passada de pai a filho, histórias, poemas, peças de teatro repetidas, desde que inventamos a linguagem há 100 mil anos para permitir que pudéssemos:

  • nominar as coisas nos substantivos.
  • colocá-los em movimento nos verbos.
  • e expressar nossas subjetividades nos adjetivos.

Todo processo informacional, na verdade, é uma simplificação de algo mais complexo que nunca conseguiremos representar, que a complexidade nos forçou a criar a escrita há 5 mil anos e registrar as coisas.

A memória era por demais fugaz e inexata.

Não quer dizer que os documentos não o sejam, mas são menos.

Representar o mundo é, assim, uma eterna incompletude que tenta, ao máximo, expressar determinado fato em movimento, processos.

A informação sempre será uma ilusão do real inatingível.

Uma versão dos fatos.

Por isso quanto mais fatos colocarmos nas versões mais próximos estaremos do que era para ser representado, mas nunca chegaremos ao fato.

Mais próximos estaremos do processo em si, mas nunca é o processo puro, mas apenas o máximo que conseguimos nos aproximar dele, agora com os recursos cada vez mais sofisticados para representá-los.

Se informar é, querendo ou não, se iludir, mais ou menos.

Porém, há forças atuando em movimento no processo informacional.

  • De um lado o volume.

Quanto mais volume, mais complexidade para se achar o que se quer e mais sofisticada terá que ser a representação, através de metodologias, tecnologias e profissionais especializados .

  • De outro o tempo.

Uma informação, como um processo em movimento, precisa estar na hora certa para ser achada antes da decisão. Não adianta saber o horário do trem que já partiu.

  • A um custo razoável.

Não adianta uma informação maravilhosa, se ninguém tem dinheiro para pagar, se não está acessível para cada vez mais gente.

Assim, a informação é uma tentativa de equilíbrio produzida e dinâmica entre volume, tempo e custo.

Informar é tentar colocar o máximo de fatos nas versões para ajudar a reduzir  a ilusão do processo representado. Assim, como desinformar e manipular, o contrário.

Que dizes?

Este texto foi inspirado neste.

Twitte-me:

Se informar é sempre se iludir, mais ou menos: http://bit.ly/fBYu0m

Não existe informação sem manipulação, o que muda é a taxa:http://bit.ly/fBYu0m

A informação é sempre uma ilusão do real: http://bit.ly/fBYu0m

Se informar é se iludir:  http://bit.ly/fBYu0m

A principal doença moderna é a compulsão informacional – Nepôda safra 2011 de frases;

Será que não estamos transformando o Twitter/Internet/Facebook em ferramentas de compulsivos informacionais para outros?

Antes que possam me dizer que é papo furado, a compulsão é uma doença como outra qualquer, só que ronda a área afetiva-cognitiva, com desdobramentos neurológicos.

A compulsão é uma dificuldade de trocar afeto, de viver, amar, ser e, por causa disso, substitui todos esses sentimentos, para determinado foco específico, o que varia de caso a caso, como droga, sexo, álcool, jogos, comida, informação, etc…

Falo de cadeira, pois já fechei meu diagnóstico, sou compulsivo e sei o mal que essa doença faz.

Tento administrar o mundo online de forma comedida.

Vejo cada vez mais gente, sem se dar conta disso, viciada em informação, na Internet, no Facebook, no Twitter, etc.

E aí vem a pergunta clássica, mas eu não preciso usar a Internet para viver e trabalhar?

(Já vi compulsivo chamar de Infernet.)

Claro que precisa, o que caracteriza a compulsão é a dose.

Quando começamos a ficar sem controle do uso, ficando escravo daquele comportamento, aí devemos começar a nos preocupar, pois perde-se a liberdade.

Muitos dirão que é o seu trabalho, será?

Da mesma maneira que os compulsivos com comida ou sexo tem que administrar a dose, pois não podem viver sem, o Internauta compulsivo tem que saber o que é o uso saudável, para o irracional.

A compulsão é algo que vem e que vai e pode ser administrada, porém, não curada nos casos crônicos.

Se você está compulsivo agora com alguma coisa, mas nunca teve problemas antes, provavelmente, é algo passageiro, tal como uma fase com tempo a mais, briga com namorado, encantamento com novo ambiente digital, etc…

Se você sempre foi compulsivo com alguma coisa e agora está na Internet, com alguma atividade que não tem controle, é algo que pode ser crônico.

(Existem médicos e psicólogos especializados em compulsão, muitos deles conhecedores dos grupos de anônimos, que fazem uma dobradinha.)

Algumas características de uma pessoa que está com a taxa de compulsão alta:

– descontrole;

– abdicação de vida pessoal/profissional para a prática compulsiva;

– mudança de humor rápida;

– irritação/raiva constante;

– falta de clareza;

– perda de sentido na vida;

– depressão.

Acredito que a compulsão informacional – com as variantes que a Internet oferece – pode se caracterizar como uma doença grave e sem diagnóstico claro, pois fica no bolo, de que estamos fazendo o que a sociedade estimula.

Pode levar a algumas crises agudas e mesmo a consequências danosas, não do uso da Internet, mas do agravamento da compulsão para outros focos, ou mesmo, para perda de amigos, namorados e até empregos.

E por aí vai…

Vejo pessoas 24 horas por dia, no Twitter, por exemplo, Twittando, sem parar, de madrugada, nos fins de semana, como se fosse possível alguém ler ou a pessoa estar passando algum significado com tudo aquilo.

Muitas vezes essa ilusão da informação é simplesmente um compulsivo trocando compulsão com outro compulsivo.

Se espremer, só vai sair problema afetivo e quase nada de significado.

Como no AA, o primeiro passo para o compulsivo é cair a ficha que tem um problema e quer ajuda.

Infelizmente, ainda não conheço grupos de Internautas Anônimos no Brasil, mas está mais do que na hora que eles comecem a aparecer.

Veja depoimentos como esse para ver o problema.

Alguém tem alguma pista?

Que dizem?

Mais sobre o tema:

Primo – “Existe, de fato, o vício de internet?

Twitte-me:

– Você é compulsivo informacional? – http://bit.ly/dVhItE

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Linguagem e documento: fundamentos

evolutivos e culturais da Ciência da
Informação

Quando o homem conquista a auto-suficiência, acontece uma revolução – Henry Thoreau;

Resumo: defendo que vivemos uma mudança radical na sociedade para um reequilíbrio sistêmico para ajustar 7 bilhões de pessoas no mundo, através da plataforma digital em rede. E que isso influencia fortemente a indústria da produção intelectual, que se beneficiou da estrutura do poder passado, com forte controle nos canais de distribuição, que acabou por deixar a sociedade decadente. O novo reequilíbrio se aproxima ao tempo pré- livro, pré-disco e que precisa de novos intermediários, com outro perfil e função.

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Direito autoral, indústria livro/música: intermediários terão novo perfil e função: http://bit.ly/g7dPBh

O controle rígido dos canais de distribuição de bens culturais gera decadência: http://bit.ly/g7dPBh

Direito autoral, indústria livro/música, o novo papel dos intermediários: http://bit.ly/g7dPBh


Estamos vivendo uma fase de reequilíbrio civilizacional.

Como tenho repetido – quase como um vendedor de pamonha –  aumentamos demais a população e precisamos rever a maneira que vivemos.

A Internet é a plataforma informacional, onde as mídias circulam,  para que isso ocorra.

Ou seja, estamos passando do mundo 1.0 para o 2.0 como um reequilíbrio sistêmico para caber de forma melhor 7 bilhões de bocas.

Se analisarmos a produção intelectual, por exemplo, a estrutura montada, desde  a chegada do livro impresso, em 1450, o e depois de outros meios de distribuição de ideias, discos, cds, etc….há um relação entre:

Produzir – transmitir/copiar – Consumir

Toda a estrutura social, não é só na produção cultural, criou um modus-operandi baseado em  um nível de controle da informação, a partir das tecnologias de informação e comunicação disponíveis.

A produção de bens e serviço e, por sua vez, a política atrelada a esta, determinam como as coisas vão acontecer, através da dominação dos canais de distribuição da informação e produtos agregados a esta.

(Me diga quem domina os canais e te direi quem está ou vai estar no poder.)

Influencia-se a massa com objetivos específicos.

Ou seja, esse controle social pela informação visa defender – como qualquer poder vigente – um conjunto de interesses dos setores produtivos da sociedade.

Para os saudosistas e tecno-fóbicos, que acham que o cenário atual é danoso ao direito autoral, é bom lembrar que antes do surgimento dessa nova plataforma digital, a produção intelectual sofria:

– da falta de espaço para novos talentos, que tinham muito mais dificuldade de sair do anonimato, não quer dizer que não tenham agora, mas o ambiente ficou mais meritocrático do que antes;

– os produtores intelectuais eram dependentes/quase escravos dos distribuidores, continua em parte, principalmente ainda na área do livro e em parte do cinema, mas já houve uma boa abertura da porteira;

– o consumidor era obrigado a consumir  pacotes fechados, com pouca opção de escolha, (comprava-se um CD por causa de uma música), assiste-se a uma revolta escancarada, com o mercado se ajustando por compras de produtos individuais, uma música = x reais;

– a mesmice do cardápio era mais regra do que exceção, com todas as consequências sociais que isso implica, pois quanto menos ideias novas e boas circulando na sociedade, mais decadente ela se torna. A inovação depende da liberdade para ideias novas trafegarem.

Toda a indústria estava baseada em gerar valor em cima da dificuldade de distribuir e ganhava muito em cima disso, pois era fácil reprimir quem saísse do esquema.

Deixaram o seu papel de inovadores (como geradores de ideias novas e talentos para a sociedade) e passaram ao papel de conservadores, sendo cúmplices da decadência, pois, normalmente, investe-se só nos best-sellers.

A situação se inverteu, pois o mundo super-populoso precisa da inovação para viver e  precisa, como item de sobrevivência, de novas ideias circulando.

O canal de distribuição, assim,  barateou.

Não dá para reprimir, pois é geral.

Não há como controlar a nova plataforma.

Vale a máxima: quando uma lei não consegue reprimir, fica caduca!

Precisa-se, assim, inventar-se outro modo de gerar valor com ideias, no qual haja, de novo, um reequilíbrio. Neste,  todos tem que ganhar: o novo produtor, o novo intermediário (que sempre vai haver) e o novo consumidor, criando, assim, por necessidades, novas leis.

Quando você não tem remédio, convive-se com a “doença”.

Assim, estamos passando um reequilíbrio, voltando para práticas pré-livro, pré-disco, quando os compositores ganhavam mais dinheiro dando concertos e vendendo serviços (aulas) muito pouco com partituras.

Não é novo nem futurista, é uma possibilidade, que retorna do passado renovada, sob o guarda-chuva da nova tecnologia.

Todos os elementos estão, aos poucos se ajustando, o autor está caminhando para um contato direto com seu público, através de alguma plataforma digital.

Cria-se o intermediário digital que gera valor não mais impedindo a cópia, mas promovendo encontros digitais e ganhando com anúncios e sub-produtos correlatos.

E/ou promovendo encontros presenciais (como os concertos pré-discos), no qual ganha-se dinheiro com o contato direto.

(Falta ainda empreendedores que façam no livro o que já é comum na música, promotores de eventos para palestrantes.)

O consumidor fica, assim, contente, pois ele tem o que quer, de graça.

E paga para o que tem a mais.

E não se incomoda em comprar ingressos, camisetas, bonés, etc.

Ou seja, o valor continua, mas se deslocou.

E é bom lembrar que todo usuário da rede paga para ter acesso a ela, seja banda larga, conta de celular, lanhouse, ou seja, a rede não é televisão aberta é um canal pago!!!

Quando se diz que é de graça, esquece-se que alguém está recebendo pelo acesso.

Sempre haverá valor na sociedade humana entre alguém que quer algo e alguém que resolve esse algo.

Esse reequilíbrio assusta, pois nem todos conseguem  ver a fina e tênue luz no final do túnel.

Basicamente, é um ajuste sistêmico, que exige um similar mental para que possamos voltar aos princípios, as regras básicas da sociedade humana, que precisa da produção intelectual ativa para se renovar.

E voltar a gerar valor de forma adequada, com intermediários novos e profissionais (que hoje emgatinham) ficando, de novo, todos satisfeitos no novo reequilíbrio.

Os que não se adaptarem, vão chorar muito sobre o leite derramada, e ficarão de fora da hora do novo lanche.

Assim caminha a humanidade que não para de procriar e crescer….

Que dizes?

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