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Resumo feito por Ricardo Ribas.

A NeoEmpresa – O Futuro da sua Carreira e dos Negócios no Mundo em Reconfiguração (César Souza – 2012)
O argumento do livro, que é uma mistura de ficção e reflexão sobre o tema Management, baseia-se num hipotético encontro de executivos de um empresa (tradicional) durante o seu momento de questionamento profundo sobre seus fundamentos, com um conjunto de pensadores do Management de épocas distintas, mas que contribuíram para o estado atual do debate. São eles:
- Frederick W. Taylor……………………(1856-1915)
- Max Weber……………………………………(1864-1920)
- Henri Fayol…………………………………..(1841-1925)
- Mary P. Follett……………………………..(1868-1933)
- Elton Mayo……………………………………(1880-1949)
- Douglas McGregor………………………(1906-1964)
- Abraham Maslow………………………..(1908-1970)
- William E. Demming…………………..(1900-1993)
- H. Igor Ansoff……………………………….(1918-2002)
- Peter Drucker………………………………(1909-2005)
- Joseph M. Juran……………………………(1904-2008)
- C. K. Prahalad……………………………….(1941-2010)
O livro se divide em:
1) A lâmpada não é a evolução da vela!
2) Introdução: Nada do que for será como antes
3) A peça central, dividida em 4 atos:
- Primeiro Ato: A DOR DE MUDAR A FORMA DE PENSAR
- Segundo Ato: UM TREM BALA NA MONTANHA-RUSSA
- Terceiro Ato: O RENASCIMENTO DO LIDER
- Ato Final: A HORA É AGORA!
1) A Lâmpada não é a evolução da vela!
- As teorias do management se desenvolveram como resposta aos problemas gerados pela revolução industrial, deu um grande salto após a Segunda Grande Guerra e depois um novo salto entre as décadas de 70 e 80.
- Desde então, o que se vê são trabalhos que elaboram os “Como fazer…
- Precisamos pensar em novas respostas para novos problemas (daí a alusão da vela não ser a evolução da lâmpada)
- Para o autor, agora é preciso que se mude o modelo mental
- Algumas características de uma empresa de sucesso são eternas
- Estratégia bem definida e um processo disciplinado de Planejamento Estratégico.
- Líderes inspiradores e equipes motivadas.
- Clientes leais.
- Parceiros e fornecedores eficientes.
- Estrutura organizacional adequada. E sempre será fundamental a produção de Resultados que garantam a sobrevivência e o investimento necessário para o crescimento sustentável do negócio.
- A NeoEmpresa é multicentrada, gravitando em torno de Clientes, Pessoas, Acionistas Parceiros, Investidores, Comunidades e demais partes interessadas.
Principais características da NeoEmpresa que a diferencia das empresas tradicionais do passado:
– Constrói um “Mapa de Geração de Valor”, no lugar de procurar apenas resultados de curto prazo. Enfatiza o valor percebido pelas entidades que fazem parte de seu modelo de negócio e não apenas o “mero” valor econômico.
– Integra, de forma orgânica, sistêmica e diferenciada o modelo de negócios, o modelo de gestão e o modelo organizacional, indo muito além da colcha de retalhos que caracteriza as empresas tradicionais.
– Atrai e desenvolve líderes inspiradores, chamados de “construtores de pontes” e não formadores de seguidores, construtores de paredes. Estes novos líderes investem sobretudo na formação de novos líderes.
– Luta pelo progresso dos seus Clientes, ao invés de buscar apenas o seu próprio progresso. Coloca o cliente no centro de seu organograma. Educa o cliente, transpondo apenas atender a desejos e “superar expectativas”.
– Customiza a Gestão das Pessoas, no lugar de gerenciar cargos. Respeita a individualidade de cada um, vai além de contar com “colaboradores satisfeitos”.
– Valoriza o intangível, ao invés de apenas o tangível. Cultiva confiança, relacionamentos diferenciados e a inovação. Vai além da gestão eficiente do capital, estoques, equipamentos, tecnologia e instalações.
– Desenvolve uma Cultura Integradora, organizada por negócios, indo muito além da fragmentação provocada pela organização funcional.
– Constrói “Arquipélagos de Excelência”, em lugar de “ilhas de competência”. Integra equipes de alta performance e hubs de parceiros. Ultrapassa a gestão de fornecedores e prestadores de serviço.
– Cultiva a paixão, em lugar de valorizar apenas as pesquisas de motivação de funcionários e satisfação de clientes. Constrói um clima de apaixonamento, indo além de ser apenas uma “empresa admirada”.
– Reinventa-se continuamente, criando uma cultura de inovação permanente, incorporando clientes e parceiros na busca de soluções a quatro mãos. Vai além da “caixinha de sugestões”.
– Valoriza o SONHO como primeira etapa do Planejamento Estratégico, considerando as aspirações de Empreendedores, Clientes, Parceiros e Colaboradores, não considerando apenas um ritual lógico e racional para registrar decisões e metas.
2) Introdução: Nada do que for será como antes
O mundo tem mudado muito e nem todos percebem que as nossas velhas fórmulas não funcionam mais. Essa é a fala do Presidente da empresa fictícia que abre uma Convenção anual em que a ideia de se reunir os pensadores começa a tomar forma.
Resumidamente, a ideia do livro é mostrar que as potentes teorias formuladas no século XX não servirão para responder aos problemas do século XXI. Como o autor não avança tentando imaginar o que cada um diria, a alavanca de revisão dos mesmos serve para o leitor fazer as suas próprias reflexões.
3.1) Primeiro Ato: A Dor de Mudar a Forma de Pensar
Não é necessária a resenha deste trecho do livro posto que se trata de uma resenha dos trabalhos dos pensadores já mencionados. Sua leitura é bastante proveitosa para o leitor que, não tendo qualquer inserção no debate básico sobre o Management, poderá de uma forma estruturada e instigante “passear” por estes pensamentos e seus nexos.
3.2) Segundo Ato: Um Trem Bala na Montanha-Russa
O autor volta a relacionar as características da NeoEmpresa, já listadas na parte introdutória (A Lâmpada não é a Evolução da Vela), e segue adicionando:
– Incorpora a sustentabilidade ao seu modelo de negócios, identificando o fator crítico para os seus diversos públicos.
– Coloca a Tecnologia a serviço do ser humano e não o contrário, estimulando o que ele chama de “high touch” sempre que precisar da “high tech”.
– Estrutura-se de forma horizontal, direta, flexível, focada em centros de resultados e em negócios, em vez de se organizar por estrutura funcional e por centros de custos.
Os líderes da NeoEmpresa constroem o futuro, enquanto garantem o presente.
Ações que algumas empresas já realizam, ainda que timidamente:
1- Constroem Causas relevantes para a empresa e para cada equipe, indicando um rumo claro, um “porto de chegada”.
2- Viabilizam a realização dos sonhos de seus clientes, pela via de um modelo de negócios com soluções integradas.
3- Criam valor para toda a rede de stakeholders, com base em um “Mapa de Geração de Valor”.
4- Praticam a CoCriação, integrando Clientes, Colaboradores e Parceiros.
5- Buscam alta diferenciação de produtos/serviços E menor custo/preço.
6- Tem grande velocidade de resposta a ponto de surpreender seus competidores.
7- Cooperam entre si, criando alianças sinérgicas.
8- Reinvestem seus resultados, criando riqueza onde operam.
9- “Juntam o injuntável”, compatibilizando aparentes paradoxos impostos pelo velho modelo mental da fragmentação. Harmonizam falsos dilemas: tangível E intangível, estratégia sofisticada E eficiência operacional, o curto E o longo prazo. Equilibram as tensões entre o que não podemos dispensar e o que devemos renovar, entre a continuidade e a mudança, entre o eterno e o moderno, entre o essencial e o mutável.
10- Execução como algo integrante da estratégia e de seus objetivos. Praticada com disciplina por todos na empresa.
Pressupostos da Clientividade (1998):
– Os Clientes não compram produtos, compram a realização de sonhos.
– Cada Cliente é um vendedor e não apenas um comprador.
– Todos os colaboradores de uma empresa são vendedores.
As práticas da NeoEmpresa, baseadas na Clientividade são:
– Colocam o Cliente no centro do organograma. Cuidam dele e não apenas do produto (Clientograma).
– Transformam Clientes em “apóstolos”. Conquistam fãs em vez de clientes, pois conhecem a sua alma, entram no seu imaginário, sabem quais são os seus sonhos e antecipam os seus desejos.
– Vendem o tangível e o intangível (o não produto): confiança, credibilidade, transparência, personalização e flexibilidade.
– Antecipam as necessidades do Cliente e o educam para o que necessita, não fazendo o que ele deseja.
– Entendem, atendem, oferecem, segmentam, conhecem e customizam, ao contrário da sequência tradicional que primeiro oferece para depois atender e só então entender.
– Estabelecem pontos de compra (PDCs) e não pontos de venda (PDVs).
– Transformam canais de distribuição em parceiros integrados, em vez de tratá-los como meros canais.
– Encantam Talentos para encantar Clientes, pois sabem que não existe cliente encantado em empresa com talentos infelizes.
– Oferecem soluções integradas a seus Clientes, em vez de apenas produtos.
– Usam a tecnologia como recurso para facilitar a vida dos Clientes e não para impor normas unidirecionais.
– Motivam TODOS na empresa, do porteiro ao Presidente, a ser responsáveis pelo relacionamento com os Clientes.
Novas práticas que caracterizam a gestão de pessoas na NeoEmpresa:
– DA gestão de cargos, procedimentos e sistemas PARA o empresariamento de pessoas.
– DA formação de gerentes PARA a “fábrica de líderes”.
– DO quadro de funcionários PARA a rede de talentos.
– DA Gestão do Conhecimento PARA a Gestão da Aprendizagem.
– DO método de treinamento do “prato feito” PARA um método focado no autodesenvolvimento.
– DE “construtores de paredes” PARA “construtores de pontes”.
– DO engajamento e comprometimento PARA o apaixonamento.
– DO conflito de gerações PARA a complementaridade dos saberes.
– DO RH como suporte à execução da estratégia PARA o RH como coautor da Estratégia Empresarial.
O cockpit da NeoEmpresa é formado por diversos painéis com indicadores que, no conjunto, é chamado de “Mapa de Geração de Valor”:
1) Painel “Geração de Riqueza”: Valor de Mercado, Rentabilidade e Retorno sobre o Investimento.
2) Painel “Clientes”: Paixão pela Marca, Grau de Fidelização, Distribuidores e Índice de Indicações a Novos Clientes.
3) Painel “Pessoas”: Grau de Inovação, Índice de Felicidade, Sucessores em todos os níveis.
4) Painel “Eficiência Operacional, Tecnologia, Processos e Sistemas”: Ciclos Operacionais, Giro de Estoque, Ciclos de Atendimento aos Pedidos.
5) Painel “Relacionamento com as Partes Interessadas”: (Parceiros, Fornecedores, Comunidades, Investidores), Sustentabilidade Socioambiental, Grau de Integração entre Parceiros, Número de Cidadãos Beneficiados pelos Projetos Sociais da Empresa.
Outras Peças do Quebra-Cabeças (NeoEmpresa): Estrutura, Parceiros, Tecnologia e Inovação.
Estrutura e governança sim, engessamento não:
– Descentralização com interdependência. Mais negocial do que funcional.
– Delegação planejada: traduz-se pela adoção de indicadores pactuados como “ferramenta” de delegação.
– Unidades menores: confederação de pequenas empresas, em vez de uma grande empresa.
– Flexibilidade: estruturas não são rígidas e universais. Variam com os negócios, estágio de vida das empresas, personalidades e estilos envolvidos e o processo decisório do cliente. Uma empresa pode ter modelos distintos de estrutura para maximizar o atendimento eficaz aos seus diversos tipos de clientes.
– Equipes Virtuais: Funciona como verdadeiros hubs de prestação de serviços, em que especialistas se associam para executar tarefas específicas.
Mais importante de tudo: coerência entre modelo de negócio, modelo de gestão e a estrutura organizacional.
Atenção para os problemas das centralizações e descentralizações, pois não são termos absolutos:
Empresas totalmente centralizadas: têm graves problemas de velocidade, flexibilidade, dependência, acomodação e busca de desculpa e de culpados.
Empresas totalmente descentralizadas: têm também problemas significativos de governança inadequada, falta de definição clara de responsabilidades, possibilidade de desvios, risco de ações inadequadas de algumas pessoas comprometendo o conjunto, desalinhamentos e conflitos entre áreas.
A decisão do grau de distribuição de poder deve decorrer do estágio de vida da empresa (start-up, em crescimento, amadurecimento, declínio etc.), além de considerar sua estratégia e resultados desejados.
Parcerias integradas, negócios surpreendentes:
A convergência das tecnologias está levando a uma convergência da competição, formando clusters de empresas de tecnologia que se associarão de maneira complementar a fim de competirem melhor.
A competição não se dará mais no nível do produto x produtos e nem de empresa x empresa, mas sim entre clusters de empresas. As empresas competitivas serão como hubs de empresas complementares, associando diferentes empresas, fornecedores, investidores, parceiros e partes interessadas.
Sem inovação, não há santo que ajude:
A ideia de que é preciso inovar sempre é um consenso entre os pensadores do management. O que não se sabe ao certo é como se faz para criar uma Cultura de Inovação e como se faz a Gestão da Inovação. (o autor afirma que pensar em inovação é como sexo: todos gostariam de fazer muito mais do que na realidade fazem).
Primeiras reflexões…
– Antes de criar as inovações, precisamos criar os INOVADORES.
– Inovação não ocorre apenas nos tradicionais P&Ds. Precisamos evoluir da Inovação 1.0 e 2.0 para a Inovação 3.0… temos de inovar não apenas no desenho do produtos, nas embalagens e em tecnologia. Precisamos pensar na inovação em todos os níveis, dentro e “fora” das paredes das empresas, na relação com Clientes, Canais, Fornecedores, Comunidades e Parceiros e na Renovação dos Modelos de Negócios.
– Inovação significa criar e captar valor: aumento de receitas, diminuição de custos, mitigação de riscos.
– Gestão da Inovação não é uma questão técnica e nem apenas uma questão de processos. É muito mais uma questão de atitudes e postura de uma Cultura.. Exige disciplina. Deve ser tratada como um valor, não apenas como um projeto.
– A Gestão da Inovação deve começar com um programa para detectar e remover as barreiras mentais que aprisionam a criatividade humana dentro de formas obsoletas de organização.
– Inovação e empreendedorismo devem caminhar juntos.
A grande questão da NeoEmpresa: a cocriação com parceiros e clientes será a nova fronteira da inovação. Não se tratará apenas de criar um produto inovador e apresentar ao mercado. Trata-se de criar e desenvolver em conjunto uma nova solução que possibilite o melhor do cliente.
Alta tecnologia? Anto envolvimento!
Alta tecnologia exige alto contato humano (John Naisbitt, High tech, high touch). Na NeoEmpresa, é preciso garantir-se a coerência entre tecnologias, processos e sistemas com o modelo de negócios, a estratégia e o modelo de gestão.
Paixão: o diferencial da Cultura Organizacional vencedora
Cinco estágios do declínio (Jim Collins, Por que as Gigantes Caem)
Estágio 1: Excesso de confiança proveniente do sucesso.
Estágio 2: A busca indisciplinada por mais.
Estágio 3: A negação dos riscos e perigos.
Estágio 4: A luta desesperada pela salvação.
Estágio 5: A entrega à irrelevância ou à morte.
O maior diferencial na Cultura das NeoEmpresas será cada vez mais o grau de apaixonamento, muito mais do que o comprometimento ou envolvimento dos seus Colaboradores, Clientes, Distribuidores, Parceiros e demais componentes do negócio.
Coisas que geralmente se faz ao contrário do que se deveria…
– Dedicamos pouco tempo para definir causas mais permanentes e gastamos muito mais tempo discutindo detalhes de metas temporárias.
– Investimos pouco tempo na hora de recrutar uma pessoa nova e despendemos muito mais tempo na hora da demissão, sempre postergando a decisão.
– Gastamos muito mais tempo com clientes problemáticos do que com os bons clientes.
– Damos desconto a clientes ruins e às vezes até aumentamos os preços para clientes bons.
– Recrutamos as pessoas pela competência técnica e só depois avaliamos pelas atitudes.
– Investimos pouco tempo para entrar em um negócio e muito tempo para sair dele.
Atitudes fundamentais para obter um ambiente produtivo na NeoEmpresa:
– Empreendedorismo como estado de espírito.
– Atitude de servir.
– Proatividade.
– Caráter.
– Generosidade.
– Foco e determinação.
Atitudes que devem ser desenfatizadas ou, se possível, eliminadas:
– Individualismo.
– Imediatismo.
– Negativismo.
– Comodismo.
– Paternalismo.
3.3) Terceiro Ato: O Renascimento do Líder
Os mitos sobre LIDERANÇA:
Primeiro Mito: líder é quem ocupa a cadeira
Segundo Mito: a liderança é inata
Terceiro Mito: carisma é fundamental
Quarto Mito: existe um estilo ideal de liderança
Quinto Mito: o líder forma seguidores
Perfil do NeoLíder: as cinco forças de um líder inspirador.
– Constrói causas.
– Forma outros líderes.
– Constrói pontes (no lugar de paredes).
– Faz mais que o combinado.
– Inspira pelos valores.
O verdadeiro líder tem que ser um líder de si mesmo.
3.4) Ato Final: A Hora é Agora!
Ideias mortas que precisamos sepultar:
Sobre a empresa e sua estratégia
– A empresa é o centro do universo corporativo.
– O maior concorrente de uma empresa é quem fabrica os mesmos produtos ou presta os mesmos serviços.
– Tamanho é documento, ser grande é importante para o sucesso.
– Ser pioneiro no lançamento de um produto ou serviço é garantia de sucesso.
– Sucesso é ultrapassar o concorrente, ampliar a base de clientes e ser o líder de mercado.
– Estrategistas são visionários.
– A forma segue a função, a estrutura segue a estratégia.
– Performance é função linear do tempo.
– O segredo é a alma do negócio.
Sobre clientes e parceiros
– Cliente é responsabilidade das áreas de vendas, comercial e marketing.
– Clientes compram produtos e serviços.
– Conheço os clientes como a palma da minha mão.
– Quanto maior a base de clientes, melhor.
– Canais de distribuição e pontos de venta (PDVs)
Sobre pessoas, carreiras e força de trabalho
– A empresa é o empregador, o chefe, o patrão.
– Lealdade à empresa garante estabilidade do emprego.
– Plano de carreira é responsabilidade da empresa.
– Patrimônio humano é sinônimo de quadro de funcionários.
– A área de RH é suporte às outras áreas e à Estratégia Empresarial.
– Profissional competente é o expert.
– Não revelar quem são nossos talentos de alto potencial.
– Aposentar os colaboradores que completam 62 anos de idade.
– Os melhores líderes são os que fazem turnaround marcantes.
– Gestão do Conhecimento.
Precisamos nos livrar de princípios da Era do Management como Padronização, Especialização de Funções, Hierarquia Rígida, Amplitude de Comando e Economia de Escala…
Gary Hamel: A padronização é a busca interminável de regularizar o irregular, em que se definem processos para garantir a disciplina e a ordem das tarefas e nas pessoas por meio de padrões, controles, planos e procedimentos, a fim de evitar surpresas.
Precisamos evoluir da Padronização para a “Customização Total”, adotando a “multicompetência integrada” em substituição à especialização.
Os 12 trabalhos do Hércules corporativo (ideias que devem nortear a construção da NeoEmpresa):
1- Construir um “Mapa de Geração de Valor”.
2- Criar uma verdadeira “fábrica de líderes”.
3- Criar uma Cultura de Empresariamento integrador dos modelos de negócios, de gestão e organizacional, gerando um modelo de governança saudável.
4- Praticar a “Clientividade”.
5- Inspirar as pessoas muito mais e melhor.
6- Montar um poderoso hub de parceiros.
7- Desenvolver a cultura da paixão pela inovação.
8- Valorizar o intangível.
9- Garantir a excelência na execução.
10- Incorporar ao modelo de negócio a sustentabilidade e a diversidade.
11- Juntar o injuntável. (sair da ditadura do “OU”)
12- Investir no autoempresariamento.
Evolução “em direção ao que precisamos saber” em vez de evolução “a partir do que sabemos”.
*–*–*
Transcrevi um pequeno trecho de uma entrevista com o César Souza que saiu na Exame.com… (só para provocar um pouco mais!)
EXAME.com (09/abr/2012) – Há um choque de culturas nas empresas. Os líderes atuais fizeram carreira com os métodos de gestão que devem ser substituídos. Os aspirantes a novos líderes querem mudanças, mas nem sempre têm apoio ou recursos para isso. É possível mesmo mudar?
Souza – Dá para mudar sim, e é preciso assumir o risco. Eu vejo muitas empresas em processo constante de mudança. A grande maioria quer mudar, só não sabe como ou em qual direção. Foi isso que me motivou a escrever o livro. Gostaria de oferecer uma visão pragmática dos contornos do que é a neoempresa. Ela vai trazer uma nova relação com as pessoas e com o próprio capitalismo.