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 Nunca estivemos tão despreparados mentalmente, para viver uma mudança tão complexa.

Versão 1.0 – 28 de agosto de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

O principal problema que temos hoje com projeto na Internet é que não temos ferramentas para lidar com um novo paradigma.

Do Wikipédia:

Paradigma (do grego parádeigma) literalmente modelo, é a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas.

Temos dois tipos de quebras de paradigma, que causam crises na maneira de ver o mundo.

Quando um gênio consegue ver uma coisa de forma completamente diferente.

Podemos citar Einstein, por exemplo, que com auxílio de todos os outros físicos, conseguiu ver algo que outros não conseguiam, criando uma nova maneira de pensar o mundo.

Outra quebra de paradigma se dá em função de mudanças nos objetos estudados.

Uma pandemia, uma nova doença, um micróbio que aparece e produz algo completamente diferente, ou um movimento como o da Internet que muda as bases como pensamos a sociedade.

Quando isso acontece, um conjunto enorme de pensadores procura compreender o que há de novo no objeto que começa a apresentar novas características.

Paradigmas abalam nosso modelo mental, ou seja, achamos que as coisas funcionam de um determinado jeito e esse jeito não é mais eficaz para lidar com os problemas que surgem.

Precisamos rever nossa maneira de pensar, o tal “sair da caixa”.

O problema que tal procedimento exige ferramentas que não estamos acostumados a usar.

Novos paradigmas exigem um esforço teórico, de reflexão, de estudo, de leitura comparativa, de procura de referências no passado.

Gosto da frase de Eric Bonabeau, quando diz que:

“A intuição costuma ser de pouca valia para lidar com a complexidade”.

Quebras de paradigma são problemas complexos. Não adianta olharmos para os lados, ver cases similares, procurar conversar com as pessoas, pois se estivermos dentro do mesmo modelo mental, simplesmente a maneira de ver o problema será mais ou menos a mesma.

Nesses momentos de quebra de paradigma precisamos de pensadores complexos, que conseguem juntar coisas, principalmente, olhando para a história para que nos possam dar elementos para ver o paradigma de nova maneira.

(É por causa disso que um Pierre Lévy, por exemplo, faz a diferença.)

A Internet traz ao mundo uma quebra de paradigmas.

Por quê?

1) cria um movimento mundial de mudança, a partir da introdução de uma nova tecnologia cognitiva desintermediadora – algo que ocorreu de forma similar e próxima com o rádio e a televisão;

2) porém, se podemos comparar com o rádio e a tevê, a Internet introduz um elemento de ruptura, de inovação, de aceleração de mudanças, de criação de uma nova maneira de resolver problemas, que a tevê e o rádio não tiveram.

Assim, temos que incluir esse movimento de ruptura na nossa maneira de ver o mundo, para compreendê-lo, entender seus meandros, para poder tomar atitudes e traçar estratégias.

O problema que a sociedade, incluindo as organizações, não têm costume de lidar com novidades dessa maneira. Temos o hábito de aprender olhando para os lados, aprendendo com “cases” e usando fortemente a intuição.

A academia brasileira  que teria o papel de nos ajudar a trazer essa visão complexa para o mundo, está perdida nos seus próprios problemas, voltada para ela mesma.

A academia americana não tem a prática de lidar com problemas dessa natureza, pois são muito pragmáticos, nos deixam órfãos para lidar com esse novo ambiente.

Assim, as estratégias para implantação de “Redes Sociais Corporativas”, projetos de Gestão de Conhecimento, de Inovação seguem baseados no mesmo paradigma pré-Internet.

Partem do princípio que a gestão continua igual com novas ferramentas.

E não.

Teremos uma nova gestão, em função das novas ferramentas, que mudam os humanas e, portanto, irão, gradualmente, mudar a sociedade.

O desafio paradigmático, de aprofundamento, é fundamental para darmos os passos mais eficazes, porém, podemos dizer que:

Nunca estivemos tão despreparados mentalmente, para viver uma mudança tão complexa.

E é por isso que reina o a confusão na casa da mãe joana do tiroteio cego.

Que dizes?

 

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