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É preciso colocar projetos transformadores na carteira com a nova filosofia 2.0!

 

Versão 1.0 – 22 de julho de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

É comum nas consultorias, palestras e cursos que ministro perguntarem:

“Nepô, afinal, em que setor devemos colocar os projetos 2.0? 

Na verdade, isso define, de fato, como a organização está pensando o projeto, pois se vai para a tecnologia, é de tecnologia, idem para a comunicação, gestão de conhecimento, etc.

O problema principal que temos hoje é que as organizações foram projetadas para um mundo estável e não para essa “areia movediça” cada vez mais movediça e menos areia que temos hoje.

O ciclo de mudanças na gestão, produtos e serviços se encurtou bastante e o modelo organizacional de hoje – que funcionou bem no século passado – está rateando.

Estamos saindo da fase da continuidade constante para a descontinuidade constante, com mais ou menos intensidade, dependendo do setor – quanto mais intangível é o produto, mais se sente e vice-versa.

Assim, tem surgido propostas para que se lide com esse novo mundo, através de algo que está se chamando “carteira de inovação”.

Ou seja, se é para mudar tanto, temos que planejar isso. Fazer dessa imutável mudança algo que possa ser gerenciado, certo?

Porém, o conceito da carteira de inovação, na maior parte das vezes, sempre fica no mesmo paradigma. Projetos que partem do mesmo conceito e não de um novo, que pode antecipar, de fato, o futuro.

É preciso, assim, trabalhar com dois ambientes na carteira: o conhecido, no qual vai se investir a maior parte dos esforços e o desconhecido para testar novos conceitos.

Ou seja, uma carteira de inovação visa criar condições para conviver com o mundo mutante, mas não pode ficar apenas restrita ao que já é conhecido!

Gosto da proposta de carteira de inovação de Tuff e Nagji, publicada na Harvard Business Review que tem o seguinte modelo:

  • 70% de inovação incremental básica – melhora o que existe;
  • 20% de inovação incremental mais radical – faz algo novo do que já existe;
  • 10% de inovação radical – faz algo completamente diferente.
Qual o problema que temos, quando não seguimos essa sugestão?
  • A maior parte das organizações públicas e privadas brasileiras não tem carteira de inovação;
  • Se existe, projetos 2.0 não estão sendo discutidos nessa carteira, mas em separado;
  • Nas carteiras, de maneira geral, não se parte para os 10% de transformação;
  • E se, por acaso, existe isso, ninguém está considerando que as inovações radicais de transformação é o espaço para se testar o modelo 2.0.

Os projetos de implantação de redes sociais estão sendo tentados ou na inovação incremental ou na radical incremental e não na inovação radical. E por isso estão – e ficarão – cada vez mais caros e improdutivos!

Por quê?

A ideia de uma carteira de inovação radical e de consumir 10% de esforços em mudanças transformadoras, que vão exigir um perfil novo dentro das organizações, que são os projetistas de futuro.

Redes sociais promovem a desintermediação da gestão, criando um novo ambiente, em última instância uma nova forma de exercício de poder, e isso não é bem aceito pelos que estão na cultura atual.

Para se lançar em algo novo, na inovação radical, não se pode olhar para os lados, para os cases dos concorrentes mas apenas para coisas ainda bem abstratas, para filosofias novas, teorias novas, tendência, latências, tudo muito intangível.

É esse o desafio da parte transformadora da carteira de inovação: aqui é preciso sair da caixa, do piloto automático, do planejamento da semana seguinte. Nossa cabeça de século XX, de organizações não mutantes, não está muito preparada para isso – mas precisa estar!

Deve-se comparar experiências distantes e analisar o que nelas pode haver de filosofia adaptável a sua organização, como é o caso que falei aqui do TaxiBeat.

Deve-se olhar para a filosofia e a cultura emergente e não para as tecnologias, pois o pulo do gato está no como e não no que!!!!

Portanto, quando agora me perguntam onde os projetos 2.0 devem aportar, digo que dentro da carteira de inovação, na parte transformadora dela, naqueles 10%, que devem ser feitos de forma separada, naquilo que estou chamando nas zonas 2.0 de inovação, que formam uma nova metodologia de implantação, através de criação de startups.

  • Um ambiente novo em uma marca antiga.
  • Um ambiente novo para resolver novos e antigos problemas.
  • Um ambiente para deixar uma cultura inadequada do século passado para trás.

Essa metodologia tem os seguintes passos:

  • – adotar carteira de inovação – que a maioria não adota;
  • – dedicar uma parte dela para projetos transf Ppormadores;
  • – e nestes projetos transformadores utilizar a filosofia e a cultura 2.0, como base, a única forma de testar, de fato, o novo conceito.

É isso, que dizes?

6 Responses to “Gestão de Inovação 2.0”

  1. Bruno disse:

    Muito interessante, eu gosto quando você trata do assunto “Zonas de Inovação 2.0” é intrigante pensar como os 10% poderiam funcionar.

    A propósito, seu Tweet “A revolução q dará poder ao consumidor está em curso – on.wsj.com/NOOXBF” foi muito interessante. Parabéns.

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Bruno, legal, o post de amanhã será só sobre a zona de inovação….

  3. Gustavo disse:

    Oi, professor. Interessante quando você fala que na filosofia 2.0 não se pode olhar para as tecnologias, e sim para a cultura emergente. Com relação às carteiras de inovação, fiquei curioso para saber que tipo de empresas vêm se valendo dessa estratégia. O sr. poderia citar algumas?

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