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Quanto mais instabilidade, crises, rupturas, mais as macro-análises serão úteis e vice-versa.

Versão 1.0 – 16 de maio de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Precisamos criar um novo campo de análise, a macrocognição.

(Ou algo como macro-informação, ou macro-comunicação, macro-cognitivismo? Ajudem.)

Defendi de certa forma essa visão na minha tese de doutorado, que pode ser baixada aqui.

Detalhemos a proposta.

Toda ciência de alguma forma acaba por se dividir em análises macros (dedutivas) e micros (indutivas).

  • O macro vem da teoria para os fatos;
  • O micro vem dos fatos para formar teorias.

Assim, movimentos econômicos maiores são estudados pela macroeconomia, assim como o aquecimento global pela macroecologia de todo o planeta.

  • O macro abrange várias regiões e procura leis mais universais.
  • O micro abrange ou regiões específicas ou determinados detalhes.

Há sempre uma briga destes dois pontos de vistas.

Os macros-analistas acham os micro-analistas muito limitados.

E estes acham os outros teóricos demais.

Acredito, como venho defendendo, que há momentos em que uns são mais úteis que outros, dependendo da estabilidade existente.

Nem sempre olhar apenas para os fatos é prático, assim como para as teorias, cada coisa em seu devido contexto, procurando alinhar um com o outro.

Quanto mais instabilidade, crises, rupturas, mais as macro-análises serão úteis e vice-versa.

Porém, nas ciência humanas, até o momento, não existem linhas de análises dos macro movimentos dos ambientes cognitivos.

Não existe uma linha nas escolas da macro-comunicação, da macro-informação, do macro-conhecimento.

Sabe por quê?

O fenômeno da Internet é muito recente e tem nos mostrado que existem forças – como a da chegada de novas tecnologias cognitivas desintermediadoras – que são capazes de alterar o macro-ambiente cognitivo do planeta, tendo detalhes micros em cada uma das regiões.

(Ver mais sobre essa mudança no design cego, aqui.)

Assim, a necessidade faz o homem e as teorias.

Essa macro visão nos ajudará a analisar melhor o mundo.

Importo da economia, de Dani Rodrick, do Valor, de 14/05/12, no artigo “Para melhorar o desenvolvimento“, no qual faz um comparativo entre os pensamentos micros e os macros.

Lembra que a visão micro pode nos levar a falar dos sintomas e não das causas.

Ao abordar políticas contra a pobreza afirma que a visão micro pode ajudar a fazer melhor o que já se faz, mas raramente faz algo completamente diferente, pois precisa trabalhar com uma visão mais ampla para procurar novas alternativas.

Cai como uma luva no atual movimento de análise da Internet.

A macrocognição, ou macrocognitivismo, é um campo de estudo novo e amplo, que nos remete (e remeterá) às mudanças históricas de ruptura com causas e consequências – fundamental para que possamos entender e atuar nesse novo mundo regido por mudanças nos ambientes da informação, comunicação e conhecimento, que alteram nossa maneira de estar no mundo.

Precisamos desse suporte filosófico/teórico para construir nossas metodologias, se quisermos ser mais eficazes;

É isso!

Que dizes?

 

 

2 Responses to “A macrocognição”

  1. Bruno disse:

    Antes desse suporte filosófico/teórico estar consolidado, muita coisa tem que mudar na sociedade, primeiramente a humanidade tem que se dar conta que essa é uma “mudança de era e não uma era de mudanças”!

  2. […] (Note que essas variações são fases de cada um ou de grupos, porém estamos falando de fatores macros, dentro do espírito do estudo da macrocognição.) […]

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