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 O objetivo de projetos 2.0 é tornar as empresas mais inovadoras, criando espaços de diálogo e troca com o mundo exterior, o que implica em conversar e mudar, quando achar que faz sentido. 

Versão 1.0 – 02 de agosto de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Nossas organizações se acostumaram a um ambiente externo relativamente estável.

Não podemos atribuir essa instabilidade apenas  à chegada da Internet, mas, sem dúvida, a rede digital acelerou bastante o ciclo de mudanças no mundo.

Assim, o primeiro passo para discutir o “como chegar lá” é compreender que estamos lidando com uma passagem de empresas mais imóveis para empresas mais móveis, ou mutantes.

O objetivo com projetos 2.0  é simplesmente tornar as empresas mais inovadoras, criando espaços de diálogo e troca com o mundo exterior, o que implica em conversar e mudar, quando achar que faz sentido.

Diria que a grande novidade do capitalismo 2.0 é sua capacidade ainda maior de se adaptar às mudanças – via diálogo. O desafio é voltar a conversar, de fato, com as pessoas.

Possível?

Não é a toa que a palavra da moda é inovação.

O surgimento da gestão da inovação é compatível com esse tempo.

Hoje, sugere-se criar uma carteira de inovação, que nada mais é que planejar mudanças de forma estratégica e consciente e não ficar a mercê delas.

Começa-se a formar profissionais que são especialistas em mudança.

(Olha que interessante: um gestor de mudanças é um preparador de futuro!)

O objetivo é conseguir ajudar a não deixar que a organização volte continue lenta e avessa ao novo – como era antes.

Acredito até que todo profissional (de qualquer área) será um profissional da mudança, independente da função que exerce.

De todas as abordagens que vi até o momento de implantação de redes sociais a que mais considero que faz sentido (e ganha eficácia) é incluir o projeto 2.0 na carteira de inovação.

  • Uma organização que não tem carteira de inovação já tem um grave problema, independente da discussão de redes sociais.
  • Uma organização que já tem a carteira de inovação, basta, ao invés de pulverizar o projeto 2.0, de forma não planejada, incluí-lo dentro dos projetos da carteira.

Sugere-se que a carteira de inovação tenha três áreas de ação, conforme o caso:

  • 70% – melhorar o que existe;
  • 20% – criar algo novo no que já existe;
  • 10% – criar algo completamente novo.

Note bem como essa divisão é interessante. Sugere que o que é feito pode ir mudando, que tem coisas que podem ser feitas bem diferente e que deve existir um esforço para se fazer algo COMPLETAMENTE diferente. É um planejamento da mudança permanente de curto, médio e longo prazo. Bingo!

Ou seja, o que se está propondo aqui, com esse método, é planejar o futuro de forma consciente e não ser surpreendido de fora para dentro.

Estamos dizendo, então, que organizações que não têm carteira de inovação terão muito mais dificuldade para implantar projetos de redes sociais.

(Muitas vezes carteira de inovação é chamada de projetos estratégicos, que é quase a mesma coisa, porém, sem os recursos metodológicos que a área de inovação já permite oferecer.)

Vou alinhar alguns pontos:

  • As redes sociais trazem uma nova cultura;
  • Essa cultura digital colaborativa é diferente da maneira que as organizações estão acostumada a resolver problemas;
  • Hoje, problemas estratégicos, em geral, são resolvidos em um “board”, que repassa a decisão para as camadas hierárquicas subsequentes;
  • Num ambiente 2.0, o board, que continua a existir apenas define os princípios (o que) e deixa que o diálogo com a sociedade (consumidores/cidadãos) defina o como;
  • Não é difícil, fora de contexto, apenas diferente;
  • A vantagem: ganha-se mais capacidade de adaptação!

O que tenho visto na maneira de pensar das organizações sobre esse ponto (também já pensei assim) é ir incluindo os projetos de redes sociais aos poucos, em locais, ou áreas que são mais afeitas à mudança porém sem visão estratégica e sem o fundamental: a decisão do topo de passar a decidir de forma diferente e planejar essa passagem.

Tudo começa desse ponto.

Nada impede que isso seja feito, porém o risco de se gastar mais e se colher menos é maior.

Detalho:

  • a organização não está, de forma clara, consciente da nova regra do jogo;
  • não está preparada para planejar mudanças de curto, médio e longo prazo;
  • não tem pessoas internamente prontas para gerir esses processos, seja para pensar cenários e apontar caminhos, seja  ajudar com os choques culturais que vão aparecer.

Tem sobrado para o pessoal de comunicação, marketing, recursos humanos, tecnologia que estão patinando. Sabe por quê?

A formação dessas pessoas foi para aprender um conjunto de técnicas, que estão agora ruindo com o novo modelo. Ou seja, está se pedindo para que essas pessoas abandonem tudo o que conhecem e – além disso – consigam incentivar os outros a fazer o mesmo.

Tais setores são operacionais e não estratégicos. A decisão que tem que ser tomada não está dentro do seu escopo, é preciso mudar no topo: as decisões têm que passar a ser pulverizadas e colocada em projetos de inovação. Sem isso, tudo vai ser fumaça e não fogo! Vai se jogar dinheiro fora! É como se pedissem para o rabo começar a balançar para ver se o cachorro muda.

É muito não acha?

Ou seja, há uma decisão que tem que vir de cima:

Hoje, decidimos no formato “a” e vamos experimentar a decidir no formato “b”, vamos criar zonas para que isso seja experimentado para ver como isso é feito.

Escolhe-se a zona, define-se que é algo novo e protege-se para que a cultura velha não impeça que o novo modelo seja boicotado.

A implantação da nova cultura digital em ambientes sem o debate de uma carteira de inovação tende a gerar forte rejeição, pois o sistema de auto-defesa ao novo da organização rejeita tudo que é diferente.

E a maneira de se trabalhar na cultura digital tem causado esse combate interno, com alto custo e baixo resultado.

Dessa maneira, o ideal é que haja na organização, ou em um espaço fora dela (que é melhor), que sugiro seja uma zona 2.0 de inovação, ambiente de experimentação da nova cultura, sem a resistência que terá dentro do ambiente tradicional.

Se os teóricos da cognição estão certo e eu me alinho com eles, estamos dando uma guinada civilizacional e o modelo de gestão da empresa atual tende a desaparecer.

Precisamos debater essa premissa, discutir consequências e partir para a ação!

Obviamente, que a organização pode ter um conjunto de novos projetos que gostaria de testar e talvez já estejam até dentro da carteira de inovação.

Acredito que faz todo o sentido começar (ou continuar) esses projetos novos já dentro da cultura colaborativa.

Junta-se projetos de forma (colaboração digital) com projetos internos que devem ser criados para inovar, seja em processos, produtos e serviços, internos e externos.

E a coisa passa a andar com uma eficácia e um risco muito menor!

Não faz mais sentido?

Vambora…

É por aí, que dizes?

 

 

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