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Temos hoje algo inédito na sociedade.

Quando analisamos a disputa de competitividade entre o Uber e uma cooperativa de táxi, percebemos que não são dois modelos de negócios distintos, mas dois modelos administrativos competindo entre si no novo milênio.

A cooperativa tem gestor e determinado tipo de controle. Já o Uber, modelo administrativo completamente diferente e muito mais sofisticado.

Este fosso entre os dois modelos é, na verdade, o grande desafio da área de Inteligência Competitiva no Mundo Digital.

Antes do novo milênio, a competição era feita entre modelos administrativos compatíveis: Gestão versus Gestão. Hoje, a briga é diferente:  Gestão versus Curadoria.

A Curadoria é infinitamente mais sofisticada do que a Gestão e a competição passa a ser completamente desleal.

Um Uber pode ter milhões de motoristas a baixo custo, coisa que uma cooperativa de táxi – não pode.

Temos aí um grande impasse administrativo: a mentalidade de controle dos atuais administradores está formatada e intoxicada por décadas de Gestão.

Quando olham para a Curadoria não conseguem enxergar um verdadeiro competidor. Querem plantar Gestão e colher Curadoria para aumentar a competitividade.

Mas é bom avisar.

Podem rezar, dançar, se ajoelhar ou regar com água mineral francesa: nunca, em lugar nenhum do mundo, em nenhum momento da história, se plantou tomate e se colheu kiwi.

É isso, que dizes?

Em áudio:

https://youtu.be/f-EoJQEJeqA

 

A grande descoberta na área de administração no novo milênio é: a Gestão ficou obsoleta!

Tal crise administrativa crônica do Sapiens se caracteriza pela incapacidade do atual modelo hegemônico de administração da espécie resolver conjunto, cada vez maior, de problemas complexos da sociedade.

A Gestão tem como ferramentas estruturantes as linguagens oral e escrita (pré-digitais), que demandam, sem alternativa, gestor decodificador para tomada de decisão.

Tudo na Gestão tem que que passar NECESSARIAMENTE por algum Gestor para garantir a qualidade de produtos e serviços.

Isso, de certa forma, “amarrou” a sociedade, aumentando custo, reduzindo benefícios.

Temos, assim, uma espécie de crise combo: das linguagens e do Modelo Administrativo, que ficaram ambos obsoletos.

Eis o verdadeiro impasse: aumentamos patamar de complexidade demográfica e precisamos de novas linguagens e novo modelo administrativo mais sofisticado.

Os Ubers já se utilizam da Linguagem dos Cliques.

Os Cliques são a base da Curadoria – novo modelo alternativo administrativo do Sapiens – e permitem relação custo/benefício mais sofisticada.

Há processo de reintermediação de tomada de decisão: sai gestor, entra curador.

A Curadoria vem para solucionar problemas administrativos crônicos da Gestão.

A promessa do novo modelo administrativo, já com nova linguagem, é garantir algo fundamental para o Sapiens neste novo milênio: qualidade na quantidade.

É isso, que dizes?

Em áudio:

A pergunta “Por que a TV Globo não criou o Youtube?” deveria estar em todos os cursos de administração do país.

Afinal de contas, houve perda enorme de competitividade e nenhuma metodologia administrativa disponível. Nada que permitisse a TV Globo criar o Youtube.

Ou de cooperativa de táxi se preparar para ser ela mesma o Uber. Ou a indústria da música partir na frente no projeto Napster.

Por que será?

É importante ressaltar que os Ubers praticam novo modelo de administração, com nova forma de controle de processos, através da inteligência artificial e de pessoas pela reputação digital, que podemos chamar de Curadoria.

Os Ubers não são variante administrativa, mas algo extremamente disruptivo na própria forma de pensar a própria administração.

Estamos diante de novo modelo administrativo –  nova forma de controle: sai gerente e entra curador!

Como isso é possível?

Se olharmos a história veremos que as mídias são a plataforma, sob a qual repousam os modelos de administração.

Quando mudamos as mídias, iniciamos experiência de novos modelos administrativos.

O Youtube pratica nova forma de controle bem diferente do que faz a Globo.

No Youtube, não há editor de conteúdo, mas robôs que controlam o ambiente das trocas, através da Reputação Digital (comentários, estrelas, curtições, exibições) gerenciados por inteligência artificial.

O Youtube é, assim, novo modelo administrativo, que se utiliza de novas tecnologias para praticar novo modelo de controle de processos e pessoas.

O Youtube consegue redução de custo e aumento de benefício que a TV Globo não consegue.

Tem modelo administrativo mais sofisticado e próximo da cultura das novas gerações: complexidade, com rapidez, variedade, descentralização.

Há, assim, profunda crise da mentalidade de controle na passagem do modelo administrativo atual (Gestão) para o novo (Curadoria).

Há fosso disruptivo entre os dois.

Podemos dizer que as principais perguntas que devem ser respondidas pelos atuais e futuros administradores são:

  • o que são, na verdade, os Ubers?
  • são realmente novo modelo administrativo?
  • por que surgem agora?
  • motivados por quê?
  • qual capacidade que este modelo tem de sair da periferia do sistema e se tornar hegemônico na sociedade?
  • o que uma organização tradicional deve fazer para se preparar para concorrência desse tipo?
  • E, se quiser migrar de um lado a outro, o que tem que fazer?

No meu livro, “Administração 3.0: por que e como uberizar uma organização tradicional“, que sai pela AltaBooks, ainda este ano de 2017,  procuro responder tais questões para ajudar neste relevante debate.

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/r6ATGBAXel4

 

 

É nova forma de administração que podemos ver nos Ubers.

Modificamos a forma de controlar pessoas (reputação digital) e processos (inteligência artificial).

Na Curadoria, temos:

  • organizações deixam de ser responsáveis pelos produtos e serviços e passam a cuidar dos ambientes de negócios;
  • o controle de pessoas é feito pela reputação digital e dos processos por inteligência artificial;
  • elimina-se a necessidade dos antigos gestores, chefes e gerentes pelos curadores.

A Curadoria é novo modelo de administração. Portanto, não é uma bagunça, mas nova forma de controlar processos e pessoas, que permite custo/benefício maior de forma exponencial.

Do ponto de vista da competitividade, a Curadora, quando implantada em determinado setor obtém taxa muito maior do que organizações que se estruturam na Gestão.

Vimos aqui que a lógica humana é sempre parcial. Precisa ser validada sempre, de forma provisória, pelos fatos.

A percepção é espécie bolinha de ping-pongue na mesa: ora está no campo do Sapiens, criando hipóteses. Ora, no campo da vida, tendo respostas.

Se fossemos narrar o jogo seria:

  • Lógica humana – lógica da vida pelos fatos.
  • Lógica humana – lógica da vida pelos fatos.

Podemos dizer assim que:

  • Percepção inovadora e criativa – é aquela que tem capacidade de rever a lógica inicial, a partir do retorno apresentado pelos fatos da vida;

E vice-versa.

  • Percepção dogmática e de baixa criatividade –  é aquela que tem menos ou mesmo incapacidade de rever a lógica inicial, a partir do retorno apresentado pelos fatos da vida.

Pessoa dogmática não precisa de retorno dos fatos:  não há capacidade de rever a lógica inicial.

Acredita que é definitiva – não precisa de ajustes.

O dogmático é, assim, alguém que tem lógica fechada para fatos da vida. Não é pessoa que troca bola com a vida, mas fica tentando fazer “embaixadinha” sozinho.

O dogmatismo é a incapacidade de perceber que a lógica humana é sempre parcial e incompleta.

Precisará sempre ser testada pelos fatos.

Finais de Eras Civilizacionais, como estamos vivendo agora, reforçam o dogmatismo das pessoas e inibem a capacidade de percepção inovadora e criativa. 

Saímos de  Ditadura Tecnológica de ideias centralizadas, que nos legou alta taxa de dogmatismo e de pensamento ilógico.

Se é algo que precisamos fazer urgente neste novo milênio é muscular a nossa percepção para aumentar o tônus da taxa de criatividade e da inovação!

É isso, que dizes?

Em áudio:

https://youtu.be/7T00zOKzLKo

A lógica é jogo de ping-pongue entre o Sapiens e a vida; e a bolinha é a percepção, que vai e vem entre o que imaginamos e o que a vida nos responde.

Podemos, entretanto, apresentar duas lógicas separadas:

  • a da natureza – que independente da ação do Sapiens;
  • e da sociedade humana – que é como o coletivo de Sapiens se comporta na história.

A lógica da natureza é resolvida, através de estudos de laboratório e da observação sistemática na comparação de hipótese/fatos.

A lógica da sociedade humana, idem. O estudo sistemático da história para que se possa avaliar ações e resultados para que possamos procurar uma certa “lógica humana de existir”.

Como não é possível testes de laboratório, a melhoria da “lógica humana de existir” só é possível, através da comparação com o passado.

A lógica humana é apenas tentativa, nunca alcançada, de se aproximar da lógica da vida. Um pensamento ilógico é, assim, desarmonia entre estas duas lógicas.

A vida tem lógica própria, que independe do ser humano para existir. Podemos chamar de lógica da natureza.

Se não existir mais nenhum Sapiens no planeta, as forças da natureza continuarão a operar da mesma maneira. Não dependem de nós para funcionar.

Todas as tecnologias e metodologias que desenvolvemos estão baseadas na análise lógica das forças da natureza para que possamos nos relacionar, da melhor maneira possível, com elas.

A eletricidade é tecnologia/metodologia baseada em determinada lógica sobre algumas forças, que, se bem administrada permite que possamos utilizá-la sem risco.

Se alguém quer estudar a lógica da eletricidade terá que fazer experimentos para que possa ajustar a lógica humana à natureza.

Toda lógica humana é lógica aproximada de outra lógica não-humana. É uma relação de interdependência da nossa capacidade de lidar com forças que queremos, por algum motivo, controlar.

Assim, podemos dizer que quando  determinado argumento/hipótese tem pouca lógica ou é ilógico, estamos querendo dizer, na verdade, que não está coerente com os fatos da vida.

Os fatos vão para um lado e o argumento/hipótese para outro.

Um pensamento mais lógico, assim, é aquele que se aproxima mais dos fatos. E o ilógico, o que se afasta.

É isso, que dizes?

Ver mais:

A lógica da sociedade humana

Antes de tudo, é preciso entender o contexto que a sociedade global e o país vivem neste novo milênio.

Estamos saindo de Ditadura Tecnológica: muita gente para pouca mídia.

Tal ditadura, nos levou à verticalização e concentração de ideias.

O pacote: mídias concentradas e escola memorizadora reduziram em muito nossa capacidade de pensar com a própria cabeça.

Temos hoje alta taxa de absorção de conhecimento, sem reflexão.

Repetimos muito mais do que criamos ou questionamos.

Somos, desculpem a imagem, muito mais mulas de conhecimento alheio, do que construtores de ideias próprias.

Não temos noção básica de que temos percepção própria e em nosso nome e da nossa felicidade ela deve ser exercida.

Conceitos, teorias, ideias e filosofias entram e saem das nossas mentes sem que tenhamos ferramental cognitivo-emocional para poder questioná-los.

Hoje, determinada hipótese é muito mais válida NÃO pela lógica que tem com os fatos da vida, mas pela grife de quem está por trás do microfone.

Este é um dos grandes desafios educacionais do novo milênio: é preciso estimular a capacidade de cada cidadão pensar de forma mais lógica, com a própria e respectiva cabeça.

É preciso, assim, campanha educacional radical para lutar contra o modo Zeca Pagodinho de conhecimento baixa reflexão, com aquele conhecido refrão:

“Deixe a teoria do outro me levar”.

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/fPMgAjd7gSw

 

Muitos falam de colaboração e consideram que foi inventada agora no Digital.

Não foi.

Co-laborar é trabalhar junto.

Todas as espécies sociais sobrevivem, pois criam redes colaborativas.

O Sapiens, diferente das demais, entretanto, passa por diferentes fases de colaboração, a partir das mídias disponíveis.

Somos  Tecno-espécie e, de quando em vez, promovemos upgrade na forma como nos comunicamos e, assim, alteramos a colaboração.

Mídias (aquilo que fica entre as pessoas) são reguladoras de trocas. E definem o tipo de colaboração possível em cada época da nossa história.

Podemos dizer, assim, que tivemos a colaboração oral, a escrita e agora a digital.

Quando constatamos o aumento da colaboração, é preciso entender que temos possibilidade tecnológica específica para poder praticá-la.

Novas mídias descentralizadoras permitem comunicação e decisões mais horizontais e descentralizadas. Tal fato, cria  espírito colaborativo em determinada época da história.

A vontade de colaborar, sim, sempre existe, o que falta muitas vezes são tecnologias de mídia mais horizontais.

Não temos ser humano novo e renovado por Era Espirituais, mas recurso tecnológico objetivo, que permite aumento de colaboração para lidar melhor com novo patamar de Complexidade Demográfica na casa dos 7 bilhões de Sapiens.

É importante, saber, assim, que temos uma Tecno-colaboração digital, que depende fortemente das novas tecnologias para ser exercida.

Quanto mais nos dedicarmos aos desafios filosóficos, teóricos, metodológicos e, principalmente, tecnológicos, mais tal colaboração digital poderá ser praticada na sua plenitude.

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/wca2A1nIh4g

Se analisarmos o passado, veremos que as grandes rupturas do pensamento humano não vieram de dentro de grupos de estudos formais do sistema, nem de centros de pesquisa universitários ou grandes organizações bem estabelecidas de consultoria.

Einstein, Darwin, Newton, Descartes não eram pessoas do sistema, mas outsiders – fora dele.

Organizações do conhecimento são espécie de fábrica de formulação de ideias incrementais. São ótimas e necessárias para isso. Funcionam, mais ou menos, como as outras organizações produtivas: estabelecem métodos repetitivos para produção em massa de conhecimento incremental.

Baseiam-se em princípios consolidados.

São especialistas em rimar estabilidade com continuidade.

Toda vez que tivemos grandes rupturas de percepção no passado – como constatou o cientista Thomas Kuhn no livro “A Estrutura das Revoluções Científicas” –  estas vieram de fora do status quo, a partir de Mentes Disruptivas.

A Mente Disruptiva reúne características particulares: ceticismo e rebeldia radical, que não se encaixam bem em ambientes disciplinadores. Além da capacidade, acima da média, de estabelecer relações de causa e efeito inusitadas sobre determinado problema.

A crise da Inteligência Competitiva, que temos hoje no mercado, se deve a um fosso, cada vez maior, entre a demanda que as organizações produtivas tradicionais têm para compreender um mundo disruptivo. E a capacidade de oferta incremental das organizações do conhecimento de plantão.

É espécie de rua sem saída com verdadeira muralha incremental no meio.

Mentes Disruptivas aparecem, do lado de fora do sistema, mas vêm sem grife e, por causa disso, são ignoradas ou descartadas.

E a crise da Inteligência Competitiva se aguça.

Organizações Tradicionais precisam desesperadamente de Mentes Disruptivas, mas não sabem aonde encontrar as mais adequadas.

Querem a melhor grife incremental, quando precisam da melhor lógica disruptiva!

A taxa de competitividade, assim, cai mais e mais, pois quanto mais se consome percepções incrementais, mais e mais o mercado vai ficando disruptivo.

Teorias vão para um lado e os fatos para outro!

É bom, portanto, avisar aí na sua rua:

Mentes Disruptivas – tão necessárias hoje em dia -não vêm ainda com selo de qualidade do INMETRO!

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/ei_1irFOReM

Quando um paciente chega a hospital depois de queda e com dor no braço, certamente o médico vai pedir raio-x.

O raio-x é o melhor equipamento para diagnosticar ossos quebrados, mas não serve, por exemplo, para pesquisar dores de barriga recorrente.

Cada máquina de diagnóstico tem função específica.

A Inteligência Competitiva também tem suas respectivas “máquinas de exame” (entre aspas).

Temos duas:

  • Se tenho, por exemplo, cenário incremental, conhecido, ambiente estável, utilizo a “máquina” ou método indutivo: parto para pesquisa de campo com a  percepção consolidada. Meu trabalho de Inteligência Competitiva é de fora para dentro. Coleto dados para saber o que está ocorrendo num mercado estável, sem alterar de forma radical ou disruptiva meus paradigmas;
  • Se tenho, entretanto, cenário disruptivo, desconhecido, ambiente instável, utilizo a “máquina” ou método dedutivo –  parto para rever a minha percepção, antes da pesquisa de campo. Meu trabalho de Inteligência Competitiva é, ao contrário: de dentro para fora. Primeiro, revejo paradigmas para, só então, reanalisar os fatos no mercado.

Os profissionais de Inteligência Competitiva vivem, assim, profunda crise: querem com a mesma percepção incremental analisar cenário disruptivo.

Antes de qualquer coisa, é preciso rever paradigmas para entender o digital e, só então, voltar a levantar dados do mercado, com outro paradigma.

É impossível que o diagnóstico seja eficaz!

Raio-x para osso; ultrassonografia, para dores de barriga.

O raio-x não consegue, de maneira nenhuma, identificar câncer de pâncreas!

É isso, que dizes?

Em áudio:

https://youtu.be/ee5ND0LvWMI

A vida lá fora não se incomoda muito com a nossa percepção.

A vida tem lógica própria.

O ser humano tenta apenas entender a lógica da vida e traduzi-la em filosofias, teorias, metodologias, tecnologias, arte para lidar, da melhor forma possível, com ela.

Boas teorias, assim, são aquelas que conseguem se aproximar melhor da lógica lá fora.

Quando a vida se mostra meio esquisita, diferente, incompreensível há problema humano de percepção.

Geralmente, consideramos as coisas ilógicas da vida, como incomuns.

Porém, se está acontecendo lá fora é por que a maneira como pensávamos o mundo precisa ser revisada. Há ajuste necessário entre percepção e lógica da vida.

Hoje, vivemos algo assim no novo milênio.

O mundo digital tem mudado a sociedade de forma profunda – muito diferente do que estávamos acostumados.

E nós temos insistido, obsessivamente, por tentar entendê-lo, sem rever nossa antiga percepção.

É preciso cair, de uma vez por todas, a ficha e recitar as seguintes frases várias vezes na frente do espelho com entonações diferentes:

Não, não é o mundo que está disruptivo. É a sua percepção que ficou obsoleta! 

Não é o mundo que está disruptivo. É a sua percepção que ficou completamente obsoleta! 

Ou cantando:

Não é o mundo que ficou disruptivo. É a sua percepção que está completamente obsoleta! 

É isso, que dizes?

Em áudio?
https://youtu.be/lAR_Qg1vbWQ

Muita gente por aí tem tentado definir a sociedade em que vivemos: Do conhecimento? Da informação? Das redes?  Pós-moderna?

O papel de quem vai diagnosticar o novo tipo de sociedade não é pequeno, ao contrário: a partir desta análise, vamos gerar estratégias, metodologias e tecnologias para lidar melhor com ela.

Diagnóstico equivocado nos fará comprar passagem para o Norte quando deveríamos estar indo para o Sul.

O principal equívoco que temos cometido é sempre  comparação da sociedade atual com ela mesma.

É preciso balizar a sociedade atual com outras do passado.

Temos que conseguir identificar as principais forças mutantes, que REALMENTE se alteram ao longo da Macro-História e nos permitirão dizer em que tipo de sociedade estamos.

Sob este ponto de vista, escolhi dois fatores relevantes que se encaixam nestes critérios:

  • a demografia;
  • e as mídias.

Ambos vão nos levar à:

Sociedade Digital dos 7 bilhões de Sapiens.

Vejamos.

Sete bilhões de Sapiens é fator multiplicador de tudo: pratos de comida, sapatos, calças, camisas, transporte, educação, etc.

Mais Sapiens demandam organizações produtivas mais sofisticadas, pois a cada 24 horas, uma calculadora invisível, estará multiplicando produtos e serviços pelo fator sete bilhões.

Mídias, por outro lado, mudam e influenciam fortemente a sociedade, pois permitem upgrades civilizacionais.

Não podemos, em absoluto, dizer que o mundo oral foi igual ao escrito e este ao digital –  são disruptivamente diferentes.

Demografia e mídia são, a meu ver, os dois fatores relacionados e auto-estimulantes, que contribuem de forma evidente para Eras Civilizacionais Humanas. 

Temos, assim, que criar estratégias, metodologias e tecnologias para viver no complexo mundo digital dos sete bilhões de sapiens.

A demanda é: melhorar a qualidade na quantidade, usando os novos recursos digitais para este fim.

Já disse filósofo do passado que: “um homem do seu tempo não consegue compará-lo com outros tempos”.

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/vSynoku_ueE

O conceito ditadura tecnológica procura representar os limites que temos das mídias em permitir a circulação de ideias de forma mais horizontal e aberta na sociedade.

É diferente do uso que se possa fazer das mídias por grupos sociais, políticos e econômicos.

A ditadura das mídias significa que toda a espécie vive as limitações daquelas mídias, por mais que se queira horizontalizar.

É feita por limitações técnicas.

A ditadura tecnológica é um dos efeitos temporário do aumento demográfico, que acaba por nos levar à concentração.

Muita gente usa conceito como se fosse uma cueca: pega a primeira na gaveta sem nenhum cuidado.

Conceitos, entretanto, são tijolos da maneira que pensamos. E a maneira que pensamos é ponte para a forma como agimos.

Se o agir e o pensar não estão rimando, a chance de soluções equivocadas para problemas mal diagnosticados – é grande.

Vivemos profunda crise de baixa capacidade de reflexão.

Podemos dizer que estamos saindo de uma espécie de ditadura tecnológica, na qual tínhamos mídias concentradas, que nos levou à organizações concentradas.

Tal ditadura, nos deixou intoxicados do pensamento incremental, produzido do centro para as pontas, que repetimos sem refletir.

Há grave crise, reforçada pela escola analógica, da capacidade de cada pessoa pensar com a própria cabeça e escolher conceitos cada vez mais compatíveis com os fatos ao redor. 

Não refletimos de forma mais eficaz sobre a maneira como estamos pensando.

Assim, conceitos-cuecas nos levam para ações-cuecas. E ações-cuecas para organizações e profissionais cuecas.

É isso, que dizes?

Em áudio:

 

Teorias são ferramentas humanas para nos aproximar dos fatos.

Teorias eficazes são aquelas que permitem criar cenário preditivo, estratégia, método e/ou tecnologia melhores.

São ferramentas fundamentais para quem quer agir de forma mais madura e reflexiva diante de qualquer fato da vida.

Porém, em vários momentos da história humana, os fatos se apresentam de forma estranha, fora da maneira usual. E teorias que eram consideradas eficazes vão ficando obsoletas. E aí, temos crises teóricas.

A vida, por algum motivo, apresenta nova faceta e é preciso que haja necessária revisão na maneira que pensávamos sobre determinadas coisas para enxergar e agir melhor.

Nestes momentos, a sala da filosofia, que estava meio fechada e empoeirada, se abre novamente, de forma emergencial.

A filosofia é espaço de reflexão humana para questões mais abstratas: espécie de STF das teorias, que entra sempre em campo para resolver questões na última instância.

Quando tudo vai bem, os fatos estão próximos das teorias, a sala da filosofia fica meio fechada em qualquer campo de estudo.

A filosofia, assim, é de grande ajuda nas crises, pois traz a clássica pergunta do por que das coisas.

Tem ferramental acumulado por centenas de filósofos brilhantes, que se dedicaram justamente a nos tirar de grandes crises teóricas.

Tal ferramental permite que o que estava sólido possa ir se liquidificando para que se possa olhar para novos fatos com novas lentes.

Hoje, quando conjunto de situações do mundo digital não tem explicação plausível, é preciso mergulhar na filosofia para sair com o olhar renovado.

A filosofia, acreditem, é ferramenta mais barata e eficaz para entender e agir neste novo mundo completamente diferente, que desponta de forma estranha, disruptiva e rápida neste novo milênio.

Redes sociais, ou humanas, existem desde que o ser humano é homo.

O Homo, aos poucos, foi ficando cada vez mais Sapiens e aumentou a complexidade demográfica, o que lhe obrigou a redes humanas cada vez mais sofisticadas.

Redes humanas se organizam por diferentes topologias: mais ou menos verticais ou mais ou menos horizontais.

Existem algumas mudanças sociais que modificam as topologias das redes de forma mais restrita ou ampla.

  • Mudança política – um golpe de estado em direção à ditadura leva para a rede social que era mais horizontal para uma mais vertical;
  • Mudança educacional – grande programa de educação, no médio ou longo prazo, num determinado país, pode levar de rede mais vertical para uma mais horizontal. Pontas ganham autonomia pela informação e conhecimento e a rede se horizontaliza;
  • Mudança organizacional –  uma organização isolada pode resolver, por algum motivo, horizontalizar processos de decisão, promovendo de cima para baixo a horizontalização .

São alterações possíveis nas topologias das redes sociais, com resultados localizados e específicos.

Porém,  existem também mudanças tecnológicas, ou macro mudanças tecnológicas das topologias das redes, que influenciam as mudanças do Sapiens.

A chegada das novas mídias, por exemplo, alteram, de forma global e rápida, a topologia das redes.

  • Quando introduzimos no século passado os meios eletrônicos de massa, por exemplo, tivemos a verticalização global da topologia das redes sociais;
  • Bem como agora, vivemos na direção contrária com o digital: a horizontalização global da topologia das redes sociais.

Assim, no estudo das Ciências das Redes, quando analisamos fortes alterações globais de topologia, é preciso identificar o surgimento e massificação de novas mídias descentralizadoras ou centralizadoras.

São elas que vão permitir, de forma global e rápida, alterações tanto de verticalização ou horizontalização na topologia das redes humanas.

É isso, que dizes?

Em áudio:

Inovação é prática que pode dar prêmio de organização inovadora na sexta e obrigá-la a fechar às portas na segunda.

Inovar é mudar forma de agir e pensar de determinado ponto a outro.

Não significa que é melhor e nem pior em si, pois precisa de referência externa.

Não existe, portanto, inovação no vazio.

Ninguém inova por inovar, mas para ficar mais competitivo diante dos diferentes desafios do mercado.

É preciso, assim, introduzir a inovação com foco, ou  Inovação Inteligente, que tem como referência a competitividade.

Organizações e pessoas procuram inovar para aumentar  respectiva taxa de competitividade no mercado.

Precisam, assim, inovar com foco.

Inovação sem foco é o que podemos chamar de burrice competitiva ou burrice inovadora.

Sugere-se, assim, criar áreas de Inteligência Competitiva, que deve coordenar projetos de inovação.

O rabo (inovação) não pode definir os rumos do cachorro (competitividade). Tem que ser exatamente o contrário.

Organizações não nascem para serem inovadoras, mas competitivas.

Se precisam ser inovadoras, não podem perder, assim, de maneira nenhuma, o foco da competitividade.

É preciso ter inteligência na inovação. E é isso que estamos precisando: sair da alta taxa de burrice inovadora.

Muita gente tem acreditado que inovação é espécie de macumba. Basta fazer despacho que o problema da competitividade é resolvido.

É preciso, entretanto, colocar charutos, galinha e garrafas de champanhe na encruzilhada com o mínimo de Inteligência Competitiva.

É isso, que dizes?

Em áudio:

https://youtu.be/3Jl4hqnTaPY

Teorias são ferramentas de diagnóstico.

Permitem analisar cenário para que organizações e pessoas possam tomar decisões estratégicas/competitivas com mais eficácia.

Teorias procuram mapear o embate entre forças ativas da sociedade/ mercado e apontar prováveis desdobramentos, através de cenários mais consistentes.

  • Em cenário incremental, com forças conhecidas, teorias, sem dúvida, perdem valor;
  • Em cenário disruptivo, entretanto, quando lidamos com o desconhecido, é o contrário: forças precisam ser reanalisadas.

São, portanto, em futuro disruptivo, fundamentais para criar estratégias e metodologias eficazes. melhorando taxa de competitividade.

Organizações tradicionais, de maneira geral, estão viciadas em cenário incremental.

Não consideram teorias como algo que gere valor competitivo.

Ao contrário, preferem continuar consumindo diagnósticos ilógicos e de baixa qualidade, feitos para aquilo que se QUER e não para o que se DEVE ouvir.

Acabam decidindo o presente e futuro baseado muito mais pelos apelos do marketing do que da lógica.

Reduzem, assim, gradualmente, taxa de competitividade, pois acabam por basear decisões em cenários pouco consistentes.

Teorias não podem, portanto, ser feitas para agradar clientes, mas, principalmente, para alertá-los sobre riscos e oportunidades.

Esta é a missão ética dos teóricos, cada vez mais fundamentais.

Teorias são, assim, espécie de exame clínico pré-operatório.

Não se pode alterá-lo para que o paciente se sinta momentâneamente feliz.

As consequências competitivas podem ser , como estão sendo para muitos ex-líderes de mercado, trágicas.

O Sapiens é a única espécie social, de grande porte, que cresce demograficamente neste nosso planeta. Vivemos, assim, sob a égide da Complexidade Demográfica Progressiva.

Sob este ponto de vista, podemos dividir a Macro-História em Eras Civilizacionais.

Tais Eras permitem que possamos crescer demograficamente, mas tudo isso tem um preço.

Seremos obrigados a promover constantes mudanças, anote:

  • de mídia;
  • de modelos administrativos-produtivos;
  • e respectivas mentalidades.

É preciso entender, assim, que novas Eras Civilizacionais exigem compatibilidade entre: Patamar de Complexidade Demográfico, o Ambiente Midiático, o Modelo Administrativo-Produtivo com respectiva Macro-Mentalidade.

Novas Eras Civilizacionais –  como estamos implantando agora –  exigem surgimento de novas Macro-Mentalidades!

Vou repetir:

Novas Eras Civilizacionais exigem surgimento de novas Macro-Mentalidades!

Nosso problema hoje é: estamos em processo acelerado de mudança de mídia, porém, há gap, praticamente invisível, entre a antiga e a nova Macro-Mentalidade.

Estamos tendo que fazer a manutenção do avião, enquanto está voando, em plena tempestade, sem tempo de capacitar o piloto!

O ritmo frenético de mudanças nos faz querer abraçar, com todo entusiasmo, a nova civilização, porém, com velhas formas de pensar e agir.

Podemos, assim, dizer que:

O mundo digital nos permite virar esplendorosa borboleta, mas nossa velha mentalidade fica, obsessivamente, imaginando formas de colocar a antiga e obsoleta lagarta para voar.

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/CQG2z7P7L1U

Vivemos fim de Era Civilizacional e o início de nova.

O diagnóstico é o seguinte:

Perdemos capacidade de atender qualidade na quantidade, pois aumentamos em muito a complexidade demográfica das demandas, com modelo administrativo, que foi, aos poucos, ficando obsoleto. 

Temos os seguintes macro-problemas a serem superados:

  • Concentração de poder em poucas organizações, que dominavam/dominam o mercado;
  • Massificação da oferta e demanda, com baixa diversidade;
  • E redução da participação do cidadão/consumidor na criação de produtos/serviços e nos rumos da sociedade.

Vivemos fenômeno que podemos chamar de Macro-Corporativismo Tóxico, que se caracteriza pelo rabo (organizações), que passaram a balançar o cachorro (cidadão/consumidor) e não o contrário.

As organizações de plantão estão intoxicadas pelos próprios interesses, com baixa capacidade de serem fiscalizadas de baixo para cima e de fora para dentro.

Não estão mais servindo a sociedade, mais se servindo dela.

É exatamente quando precisamos olhar a Macro-História do alto, que nos encontramos no fundo do poço, intoxicados de Hiper-Micro-História.

Vivemos, assim, dois pólos opostos:

  • os que se agarram ao velho modelo;
  • e os que querem implantar o novo.

A Curadoria, modelo administrativo baseado no aparato Digital, promove qualidade na quantidade, com melhoria radical da relação custo/benefício.

Por causa disso, tem ganho adesão do cidadão/consumidor, o mais interessado nas atuais mudanças em curso. O desafio, que temos, portanto, é conseguir superar a Mentalidade 2.0.

O esforço está muito além de tecnologias, metodologias, teorias, mas atacar de frente à Macro-Mentalidade obsoleta.

A Macro-Crise é grande, e, por isso o esforço para superá-la tem que ser ainda maior!

É isso, que dizes?

Em áudio:

https://youtu.be/GTAKxRSCSvY

Quando temos o final de determinada Era Civilizacional (aumento demográfico + concentração de mídias), as organizações passam a ter cada vez mais poder sobre a sociedade e priorizam cada vez mais seus próprios interesses.

O rabo (que deveria servir) passa a balançar o cachorro (que deveria ser servido).

 

Estruturou-se, a partir da Escola Canadense, um campo de estudo que podemos chamar de Antropologia Cognitiva, que tem como problema as causas e consequências das mudanças de mídia na Macro-História.

Neste campo, a partir deste problema, podemos perceber que mudanças de mídia na Macro-História tem impacto tão forte e primordial na sociedade que estruturam Eras.

São Eras determinada por três fatores:

  • A demografia – que define o patamar de complexidade, gerando demandas e problemas cada vez mais complexos;
  • As mídias – que intermediam trocas humanas de todos os tipos;
  • A administração – que precisa atender demandas cada vez mais complexas, com as melhores mídias disponíveis.

As Macro-Eras históricas são, assim, marcadas por alterações nestes três fatores.

Vivemos hoje Macro-Crise de mentalidades, provocada pela massificação de nova Era Demográfica-Midiática-Administrativa, que estamos chamando no popular Era Digital.

A forma hegemônica atual de pensar e agir para solução de problemas é baseada na Era Demográfica-Midiática-Administrativa anterior, que podemos chamar de Oral-Escrita.

Tivemos Patamar de Complexidade Demográfico, que foi crescendo com o tempo e saltou de um para sete bilhões de Sapiens, que esbarrou nos limites das linguagens existentes (oral e escrita) e nas fronteiras da Gestão, modelo administrativo existente.

Tudo isso estruturou o que podemos chamar de Macro-Mentalidade Oral e Escrita, ou Mentalidade 2.0.

A forma de resolver problemas humanos foi toda estruturada para um modelo, que ficou obsoleto. A Macro-crise vem pela incapacidade de compreender os novos paradigmas em curto espaço de tempo.

 

 

Macro-mentalidade é uma forma de pensar o mundo, a partir da conjuntura Demográfica-midiática-administrativa vigente.

Tal conjuntura estrutura uma forma de pensar e agir sobre problemas, o DNA das mentalidades de plantão.

Quando vivemos Revoluções Civilizacionais, iniciamos novo processo de Macro-Reintemediação de passagem da antiga para a nova Macro-Mentalidade.

No passado, tais passagens eram mais lentas e hoje são muito mais rápidas, exigindo enorme esforço para que seja feita da melhor forma possível.

As pessoas nem tiveram tempo de entender a Uberização e lá vem o Blockchain.

Se não entendermos o por que estamos mudando (sugiro o método Philosophy Thinking) será muito difícil saber o que fazer diante de mudanças cada vez mais rápidas e disruptivas.

O grande motivador da inovação acelerada neste novo milênio, saiba bem, é, sem dúvida, o aumento da complexidade demográfica de um para sete bilhões de Sapiens em apenas 200 anos.

Tal explosão demográfica, tornou a gestão obsoleta.

É regra simples da Social-Matemática:

Quando aumentamos a Complexidade Demográfica, será preciso sofisticar modelos administrativos. Ponto.

Estamos, portanto, matando Gestores e colocando Curadores no lugar. É o que vemos na Curadoria em duas modalidades:

  • A Centralizada – (modelo Uber) permite a atualização e controle constante em plataformas centralizadas;
  • E a Curadoria Distribuída – (modelo Bitcoin) NÃO permite a atualização constante, pois a plataforma é distribuída, o centro define regras apenas no início e depois se modifica com migração para outro ecosistema.

Cada uma vem atender a diferente tipos de problemas, ambas, entretanto, não se utilizam mais de antigos gestores.

Não é à toa, que tais modelos têm recebido cada vez mais adesão dos clientes, pois resolvem, a baixo custo, demandas que estavam na rua sem saída da Gestão: ou por incapacidade administrativa ou pelo alto custo.

A gestão, assim, foi feita para determinado nível de complexidade e tem, como disse aqui neste canal, limitação para inovar neste atual patamar de complexidade demográfica.

Vivemos, assim, neste novo milênio, a maior ruptura organizacional, desde que criamos a sociedade moderna. Infelizmente, ainda não estamos levando isso totalmente a sério como deveríamos.

Tem muita gente que era locomotiva num determinado mercado e hoje é cada vez mais vagão.

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/Iv0D_2l4kEA

Estamos tão envolvidos em mudanças, que fica difícil separar o joio incremental do trigo disruptivo.

São tantas novas tecnologias, empresas, conceitos, modismos que as pessoas tem ficado meio tontas,  sem conseguir definir ordem de prioridades.

Uma boa maneira de avaliar o que é mais ou menos disruptivo é a estranheza que provoca nas mentalidades vigentes.

Quanto mais susto causar, mais disruptivo é.

E quanto mais se massificar, mais será necessário migrar mentalidade antiga para nova.

Abrir bicicleta com aplicativo de celular, por exemplo, é uma grande invenção, mas não causa  impacto na mentalidade.O ciclista, simplesmente substitui chave por aplicativo: upgrade incremental.

Bem diferente do Uber para uma cooperativa de táxi. Ou Netflix para locadora de vídeo.

Existe ali novo modelo administrativo de processos e pessoas. Sai gestor – controlador de qualidade – e entra Curador, articulador de relações de consumo.

É o que vemos também no Mercado Livre, no Google ou no Youtube.

A chegada da Curadoria – novo modelo administrativo – permite lidar melhor com o atual Patamar de Complexidade Demográfica e, por causa disso, se massifica velozmente, pois atende demanda latente do consumidor.

A garantia de qualidade dos produtos e serviços é transferida para as pontas, em processo de auto-gerenciamento – algo inusitado para o administrador tradicional.

Está havendo, lentamente, sem percebermos, mudança no DNA administrativo do Sapiens, que terá forte impacto não só nos negócios, mas também na política, na educação e na cultura de maneira geral.

É preciso, portanto, capacitação especial para promover a passagem da Mentalidade 2.0 para a 3.0, a meu ver,  o grande desafio do novo milênio.

É isso, que dizes?

Em áudio:

https://youtu.be/okRe2oymedM

Taxa de Competitividade é capacidade que cada organização tem de sobreviver no mercado.

Uma organização compete primeiro com ela, com seu passado, pelo cliente e com outra que oferece produto ou serviço similar.

A competição não é estática, tem taxas, que precisam ser medidas. Vejamos:

  • Está, em termos comparativos, com mais, ou menos capacidade de atender clientes?
  • Tem conseguido ganhar ou perdê-los?
  • Aumentou ou reduziu despesa/ receita?
  • Está ganhando ou perdendo mercados?
  • Por fim, o que precisa ser feito para melhorar tal taxa?

 

Curadoria é um novo modelo de administração mais sofisticado do que a Gestão.

A Curadoria se utiliza do novo ambiente midiático (linguagem dos cliques, reputação digital, inteligência artificial, internet, equipamentos digitais, sensores) para permitir nova forma de solução de problemas.

A Curadoria é baseada em Plataformas Digitais Participativas, nas quais a produção de produtos e serviços não é mais feita por um centro, mas pelas pontas.

Há determinadas regras estabelecidas para o ambiente de negócios que todos seguem e são permanentemente fiscalizados mutuamente pelos participantes (consumidor-fornecedor).

O Curador, diferente do gestor, não é responsável pela qualidade dos produtos e serviços, mas pelo ambiente das trocas feitas dentro da plataforma.

Há liberdade criativa para cada membro utilizar de formas diferentes a plataforma, o que permite aumento da taxa de inovação.

Na minha análise, a Curadoria passará a ser, gradualmente, o modelo de administração hegemônico do Sapiens, com tendência a ser cada vez mais descentralizada e distribuída, já com a chegada, cada vez mais rápida, do Blockchain.

Muita gente fala em inovação, mas é preciso ter um pouco de Philosophy Thinking  (Pensamento Filosófico) para debater o assunto.

Se olharmos a macro-história, veremos que os modelos de administração são mutantes. Variam conforme tamanho da população e  massificação de novas mídias descentralizadoras.

Todas as mudanças que assistimos neste novo milênio são tentativas de respostas à explosão demográfica dos últimos 200 anos, quando pulamos de um para sete bilhões de Sapiens.

Há demanda inovadora por parte dos clientes, cada vez mais maduros, exigentes e digitais, que pedem soluções para novos e velhos problemas.

As soluções inovadoras –  basta analisar com pouco mais de cuidado – são feitas em modelo que não é mais compatível com a Gestão.

A Gestão, pode chorar à vontade, entrou em processo de obsolescência!

Modelos de administração, saibam bem, são conjunturais. Variam conforme conjuntura demográfica-midiática.

Podemos dizer, assim, que a administração é eterna, mas a Gestão tem data de validade.

É filha do ambiente midiático, que demanda necessidade de gestor, de carne e osso, que decodifica códigos orais e escritos para tomada de decisão.

Funcionou muito bem para determinado patamar de complexidade demográfica, com mídias concentradas, mas num ambiente de mídias distribuídas e surgimento de novo modelo administrativo, a Gestão entra em profunda crise – perde competitividade.

Por mais que determinada organização, baseada na gestão, queira inovar, não conseguirá aumentar a taxa de inovação. Há um limite.

A taxa só será superada quando implantar a Curadoria, novo modelo de administração.

Por quê?

A Curadoria, adotada pelo Uber, Facebook, Youtube, Netflix, Airbnb, etc, passa do modelo de criação de produtos e serviços centralizado para descentralizado ou distribuído.

Cria-se plataforma em que se estabelece regras gerais e as pontas têm liberdade para desenvolver projetos.

Conta, assim, com explosão de capacidade inovadora de cada membro. Os membros não precisam mais pedir autorização a determinado centro. Tal modelo aberto e descentralizado consegue, em muito, superar a Taxa de Inovação da antiga Gestão.

Organizações que adotam, estão adotando, ou adotaram, o novo modelo passam a liderar respectivos mercados.

Um projeto de Inteligência Competitiva, em qualquer setor, precisa estar atento para esta macro-mudança provocada pela Revolução Digital.

Pode estar gastando muito com inovação, mas, ao mesmo tempo, reduzindo a taxa de competitividade.

É isso que dizes?

Em áudio:

https://youtu.be/r4Lb54I0ln0

 

 

Philosophy Thinking é método para aumentar a taxa de competitividade da organização.

O método pretende, antes de se perguntar o que tem que ser feito diante do digital, responder o por que tem que ser feito?

Procurar entender a Revolução Digital, a partir de análise histórica para compreender as causas e consequências da atual mudança.

A partir de determinado diagnóstico, com definição de macrotendências, iniciar processo de Transformação Digital.

O PHT parte do diagnóstico que temos ruptura administrativa hoje da Gestão (modelo administrativo hegemônico) para a Curadoria (novo modelo).

A mentalidade organizacional hoje é estruturada na forma de pensar da gestão e precisa se preparar para o novo modelo.

O PHT é método baseado em palestras, workshops e está estruturado, a partir do livro “Administração 3.0: por que e como uberizar uma organização tradicional”, do doutor em ciência da informação e profissional de inteligência competitiva, Carlos Nepomuceno.

 

Taxa de inovação é a capacidade que determinada organização tem de recriar a forma de pensar-agir.

Existem algumas variantes:

  • o perfil psicológico-temperamento dos membros da organização, principalmente das autoridades e líderes;
  • os métodos inovadores adotados, diante do ambiente externo;
  • o ambiente setorial em que está inserido, com respectivo mercado (produto/serviço/clientes);
  • o ambiente de negócios que está inserido (cidade/estado/país/continente), onde se inclui fatores sociais, políticos e econômicos;
  • E a conjuntura midiático-demográfica no viés de centralização ou descentralização, início, meio ou fim de era cognitiva.

Tudo isso definirá a capacidade de medir a taxa de inovação.

Inteligência Competitiva é campo de atuação bem objetivo e apresenta resultados concretos – baseado em dados.

O profissional de Inteligência Competitiva deve possuir facilidade para conectar conhecimentos distintos para produzir a síntese de um cenário.

Como o cenário definido, sugerir um conjunto de ações para reduzir riscos e aumentar oportunidades.

Hoje, temos uma ruptura no mercado que faz com que haja uma crise deste profissional, pois as mudanças são macros-estratégicas e geralmente a formação que foi feita é para a micro-estratégia.

Sugiro adotar o método do Philosophy Thinking para um upgrade.

 

 

Estive ontem no SAP fórum, convidado gentilmente como influenciador digital pela empresa.

Evento poderoso, que mostra que o país se recupera, ainda bem.

Em linhas gerais, o setor de transformação digital avança na seguinte direção:

– inovação em áreas separadas, uma faz o básico e outra a inovação;

– inteligência artificial para valer com cada vez mais sensores, vulgo internet das coisas.

Há, entretanto, grande desafio para o setor: a superação de mentalidades, que reduz muito o apetite para futuro inovador:

  • Organizações, antes do digital, viviam em cenário estruturalmente estável. Eram formatadas para serem repetidoras de processos;
  • Organizações, do pós-digital, vivem em cenário estruturalmente instável. Precisam ser formatadas para serem inovadoras.

Há profunda mudança de ambiente organizacional para o qual não se está devidamente preparado.

E aí está, mais do que tecnologias, o grande desafio.

Há evidente crise de mentalidade do pré-digital (repetidor) para o pós-digital (inovador).

De maneira geral, a crise tem sido combatida, através de workshops inovadores.

Leia-se: muito design thinking na veia.

Porém, a experiência que tenho é de que a passagem da mentalidade 2.0 (analógica) para a 3.0 (digital) é muito facilitada quando de entende os porquês das coisas

É preciso, para isso, visão mais filosófica, que permita entender as causas da mudança atual (aumento demográfico + nova mídia descentralizadora) com respectiva consequências: (reintermediação com descentralização e/ou distribuição) dos antigos controles.

É a maior ruptura organizacional já vista, desde que começamos a brincar de sociedade moderna.

É preciso trabalho complementar aos que já têm sido feito: o Philosophy Thinking, que permita perceber o contexto de forma mais ampla.

O que são mentalidades? Seus limites e capacidade de superação?

É preciso enxergar a mentalidade para poder alterá-la!

Com isso, acredito ser e mais rápido e barato promover respectivo upgrade na forma de pensar e, só então, de agir.

Deixo, por fim, a frase:

Não haverá transformação digital sem antes mudarmos mentalidades analógicas.

É isso, que dizes?

O objetivo aqui é descrever meu novo serviço de Curadoria Estratégica na área de aprendizado.

Visa debater o futuro do aprendizado no país para milênio mais povoado, globalizado, digital, complexo e inovador.

Vejamos.

Curadoria é a atividade de coordenar debate sobre determinado problema.

É ação que visa incentivar alterações de mentalidade de determinado ponto a outro.

A curadoria procura estabelecer respostas na forma de pensar e agir, a partir de determinada demanda evidente e emergente da sociedade.

Bem como, respectivo diagnóstico e tendências prováveis, procurando, assim, não ser totalmente neutra, nem, entretanto, dogmática.

O Brasil, é evidente, tem déficit educacional grave e agudo, que limita o desenvolvimento.

O diagnóstico que temos é o seguinte:

– aumentamos a população em sete vezes em 100 anos;

– o modelo quantidade x qualidade/ quantidade/qualidade atual ficou obsoleto diante do novo patamar de complexidade demográfica;

O atual modelo de aprendizagem fortemente, baseado em:

– oralidade presencial;

– livros didáticos e currículos centralizados;

– assuntos em disciplinas compartimentadas;

– transmissão vertical por autoridade;

– para certificação;

– para mercado trabalho estático;

– para memorização e repetição;

– via financiamento indireto, através de escolas estatais caras e centralizadas.

Precisa ser recriado, a partir das novas possibilidades filosóficas, teóricas, metodológicas e tecnológicas mais compatíveis com o mundo digital.

É preciso amplo debate sobre novas tendências:

– aprendizado por problema;

– a distância;

– horizontal;

– para mercado de trabalho inovador e empreendedor, baseado na criatividade;

– descentralizada.

O objetivo é criar novo conceito e prática da qualidade na quantidade e vice-versa.

A curadoria será feita através de:

– pesquisa de campo (com pensadores relevantes, práticas inovadoras e bloqueios afetivos-cognitivos da atual mentalidade diante das novidades);

– palestras e cursos;

– geração de conteúdo (áudios, vídeos textos, incluindo ebooks e livros).

O foco do trabalho será o de criar saídas sob medida para o Brasil, com respectiva conjuntura de exclusão social, demográfica, cultural e territorial.

Terá como curador Carlos Nepomuceno, profissional de inteligência competitiva, jornalista, influenciador digital há mais de 20 anos, doutor em Ciência da Informação, com vários livros publicados e mais de 500 clientes atendidos.

Os clientes, apoiadores, doadores serão aqueles que querem pensar e agir sobre o tema com mais eficácia.

Garantir qualidade na quantidade é o principal desafio do Brasil para educação neste novo milênio.

Muita gente fala em melhorar a educação no país, mas guarda mentalidade antiga, com dois paradigmas  COMPLETAMENTE ultrapassados.

  • Primeiro: total ignorância do boom demográfico;
  • Segundo:  compreender que novas tecnologias não vão entrar na velha escola, mas permitir criar uma completamente diferente!

Vejamos.

O planeta saltou de 1 para 7 bilhões de habitantes nos últimos 200 anos.

Temos novo patamar de complexidade demográfica, que não é mais o do tempo do vovô.

Naquela época, qualidade educacional era sinônimo de pouco aluno em sala de aula e professores super bem formados e valorizados.

No desafio educacional brasileiro para o novo milênio, é preciso não perder NUNCA de vista o real problema: o país saltou de 30 para 210 milhões de habitantes em apenas 100 anos. Nosso déficit hoje é de milhões e não mais de milhares.

Pior.

Num mundo cada vez mais inovador, precisamos de educação continuada – dos jovens aos adultos – com a nova senha: qualidade na quantidade.

Não basta, assim, projetos pilotos que atendam qualidade para pouca quantidade, mas pensar na nova escala, que rima qualidade com complexidade.

O modelo de qualidade em sala de aula com poucos alunos não passa na prova de matemática básica: o custo de cada aluno multiplicado pelo déficit de milhões – demanda despesa que simplesmente não existe.

A antiga escola, é bom saber, não foi assassinada pelo capitalismo selvagem ou pelos inimigos malvados dentro de uma sala secreta, mas pelo aumento demográfico, que a colocou em crise contábil: a qualidade de antes ficou muito cara!

É preciso criar novo modelo de qualidade educacional mais barata. E aí entram as novas tecnologias.

Vêm justamente permitir qualidade mais barata.

As tecnologias de mídia não vão entrar na velha escola para reformá-la, mas criar uma completamente diferente!

Por fim, temos ainda outro problema no Brasil.

E este talvez ainda mais cabeludo e local.

Quase sempre somos e fomos importadores e não criadores de ideias inovadoras em todos os campos, incluindo educação.

A Finlândia, por exemplo, muitas vezes citada como referência, procura passar da qualidade analógica para a digital, porém, sem déficit educacional de milhões, como nós.

Países desenvolvidos estão doidos para dar pulinhos educacionais. O Brasil, entretanto, tem que ser muito mais ousado: precisa de saltos triplos, com pirueta e sem cama elástica!

Assim, temos pela frente os seguintes mega-desafios:

1- superação da antiga mentalidade de qualidade educacional, que tínhamos na escola analógica;

2- entender o digital como novo ambiente, que criará novo modelo de aprendizado e não reformador do antigo com conceito de qualidade mais barato;

3- e, por fim, consciência de que nosso problema é próprio com a seguinte senha, que deve ser repetida à exaustão: qualidade na quantidade, qualidade na quantidade, qualidade na quantidade.

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/WuqsXI3_flw

Podemos definir liderança da seguinte forma: pessoa que tem ascendência sobre as demais.

Líder é alguém escolhido, de forma voluntária, para inspirar a viver melhor, alterando a forma de pensar e/ou agir.

São pessoas que ajudam a sociedade a resolver melhor problemas.

Muitas vezes líderes são escolhidos para ser autoridades: passam a ter poder de decisão.

Existe, assim, taxa de liderança em cada autoridade.

  • Há pessoas que são autoridades com baixa taxa de liderança;
  • E há liderança com baixa taxa de autoridade.

Organizações seriam melhores se conseguissem elevar a taxa de liderança em cada uma de suas respectivas autoridades.

Fazer com que as pessoas que tenham autoridade sejam também líderes. E pessoas que têm baixa taxa de liderança não sejam autoridades.

Há, entretanto, jogo entre autoridade e liderança, que sofre forte influência provocada por fatores midiáticos-demográficos.

Mais gente no planeta, com mídias concentradas, nos levam a:,

  • Organizações que se verticalizam para atender demandas;
  • Mercados que se concentram;
  • A concorrência se reduz;
  • A transparência vai para o brejo;
  • Enfim, a sociedade perde gradualmente poder de controle sobre as organizações de plantão.

As autoridades se distanciam das demandas da sociedade e passam a não mais inspirar as pessoas: temos autoridades com baixa taxa de liderança.

É o que vivemos hoje na macro-crise do fim da Era Civilizacional da Gestão Oral e Escrita.

Todo esforço hoje do Mundo 3.0 tem sido em reverter este quadro. Vai na direção oposta: procura aumentar a taxa de liderança das atuais autoridades, através das novas tecnologias digitais.

Isso pode ser visto, através da possibilidade de aferir estrelas, comentários, compartilhamentos no sobe e desce das reputações digitais nas respectivas telas.

A sociedade passa a ter a possibilidade de eleger, de forma diferente, dinâmica e contínua respectivos líderes.

Todo movimento de Reintermediação 3.0 vai na direção do reequilíbrio da taxa autoridade-liderança e liderança-autoridade.

Propõe mudanças em todas as áreas na forma pela qual as autoridades são escolhidas e se mantêm com poder de decisão.

A Reintermediação 3.0 vem, portanto, permitir que se aumente radicalmente a taxa de liderança das autoridades.

Quer, com isso, que  autoridades possam ser mais úteis à sociedade, que tem problemas cada vez mais complexos e emergentes.

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/AJV9OW7Fc6E

 

Quando imaginamos mudanças no futuro, sempre pensamos em grandes líderes que nos levam para lá.

É como se a história fosse feita de grandes personalidades e datas. É a chamada visão de futuro centralizada.

Porém, cada vez mais tenho percebido que não é bem assim que a banda do futuro toca.

O futuro pode ter momentos em que pessoas são relevantes em determinado tempo e lugar, mas é feito muito mais de forma distribuída no trabalho silencioso e invisível de milhões ou bilhões de pessoas.

Imagine pequenas comunidades interagindo internamente e externamente tentando viver da melhor forma possível;  enfrentando problemas e inventando soluções mais ou menos incrementais – mais ou menos disruptivas.

Cada pessoa e cada comunidade procura, a cada momento, a melhor solução para respectivo problema.

Este mar de interações distribuída e descentralizada vai construindo o futuro, passo a passo –  sempre na tentativa de pior para melhor.

Existe, assim, o que podemos chamar de “sabedoria das multidões“, que é um senso coletivo de sobrevivência.

Há, claro, equívocos que duram certo tempo, mas se volta sempre para o que é melhor para cada um ou para todos – algo como um bom senso que acaba por prevalecer.

Hoje, quando temos aumento de empoderamento de cada indivíduo, a partir de nova mídia descentralizadora, o ritmo de mudança coletivo se acelera bastante.

Comunidades locais, que eram mais fechadas, passam a ser cada vez mais oxigenadas pelo lado de fora.

Se reduz o tempo entre solução local e global e vice-versa.

O futuro ganha, assim, velocidade, mas com grande diferença: não vem de um centro para as pontas, mas das pontas para as pontas.

É isso, que dizes?

Muitos perguntam por que aumentamos a taxa de imprevisibilidade sobre o futuro.

Explicações começam com a globalização, com a cada vez maior interdependência dos mercados, mas, a meu ver, o motivo principal é:  massificação de novas mídias descentralizadoras, a partir da primeira década do novo século.

Mídias são o epicentro da espécie e definem a forma como as   trocas humanas são possíveis.

Mídias centralizadas, como tínhamos no passado, estabeleciam maior verticalização dos mercados.

Mercados e comunicação mais verticais,  maior controle de determinadas organizações sobre a sociedade.

A saber: maior taxa de passividade do consumidor e maior barreira de entrada para novos concorrentes.

O futuro, não resta dúvida, era muito mais certo do que incerto; muito mais controlado do que descontrolado. 

A massificação de mídias descentralizadoras contribui, portanto, para que aumentássemos em muito a taxa de imprevisibilidade sobre o futuro.

São variantes maiores, o que nos leva a equação mais complexa.

O futuro, saiba você, tem um preço. E este  subiu muito nas últimas décadas, pois passou de previsível para imprevisível.

É fato:

Quanto mais disruptivo for o futuro, mais caro ele fica.

Apesar da competitividade das organizações depender cada vez mais de cenário futuro eficaz, o investimento na área de Inteligência Competitiva de longo prazo continua, inexplicavelmente, muito baixo.

É bom avisar por aí sobre a a seguinte regra:

Na dúvida, invista em reflexão e não em ação duvidosa.

A competitividade, mãe de todas as organizações, vai agradecer emocionada.

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/FHLuBS-ui14

Tenho dito aqui no Canal que os ciclos civilizacionais admitem dois macro-movimentos: centralização e descentralização, conforme conjuntura de mídia e demografia.

Linguagens, modelos de ensino e administrativos se tornam obsoletos e precisam de mudanças radicais ou disruptivas para solucionar o problema constante da Complexidade Demográfica Progressiva – característica única do Sapiens.

As civilizações que cresceram demograficamente e não promoveram tais mudanças no passado entraram em colapso.

Estes macro-ciclos se espelham na Educação.

De maneira geral, podemos diagnosticar duas fortes correntes macro-educacionais:

  • Educação por Autoridade –  ganha força nos ciclos centralizadores, geralmente do meio para o fim de Eras Civilizacionais;
  • E Educação por Problemas – que se fortalece nos ciclos descentralizadores, geralmente do início para o meio de Eras Civilizacionais.

A Educação por Autoridade se caracteriza pela intermediação do conhecimento.  É educação para tempos de contenção da inovação.

Ganha escala quando a sociedade passa a não ter recursos produtivos para promover o aumento de diversidade.

Vivemos hoje justamente fim de  longa era da Educação por Autoridade.

Já a Educação por Problemas se caracteriza pela reintermediação do conhecimento, a partir de ciclo inovador, no qual a sociedade com respectivas questões e soluções volta a ser referência da verdade.

É educação para tempos de explosão inovadora.

A sociedade passa a ter recursos produtivos para aumentar a diversidade e começa a estimular modelos mais abertos e inovadores de ensino.

Vivemos hoje justamente o início de nova era de Educação por Problemas. Esta, aliás, é uma das principais macro-tendências do novo milênio.

A filosofia “Educação por problemas”, entretanto, não é nova, vive apenas renascimento.

E só ganhará escala quando conseguir assumir a sua missão filosófica-pedagógica e passar a adotar as novas possibilidades midiáticas disponíveis.

É preciso superar, para isso, antigas mentalidades da Era Civilizacional que chega ao fim.

No meio de tantas mudanças, é preciso ajustar as bússolas.

Não se ir para o Norte, quando o milênio está navegando, com todas as velas abertas, para o Sul.

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/yAqDAYkxbQ0

 

 

TEXTO DENSO PARA MELHORIA POSTERIOR PARA DESENVOLVIMENTO DE PODCAST.

Apresentei aqui  o conceito do Pêndulo Civilizacional.

O Pêndulo Civilizacional é ferramenta teórica que desenvolvi para nos ajudar a perceber movimento opostos na macro-história na direção de centralização ou descentralização de poder.

Podemos inferir a seguinte regra geral:

Mais gente no planeta nos leva à concentração de poder, que só pode ser revertida com novas mídias, gatilho que permite nova era descentralizadora.

O Sapiens vive, assim, na macro-história dois ciclos: ora centraliza, ora descentraliza, a partir sempre das variações demográficas-midiáticas.

O Pêndulo Civilizacional é um indicador das macro-tendências. É espécie de biruta de aeroporto que indica a direção dos ventos.

O Pêndulo, entretanto, não é elemento suficiente para definir o tipo de centralização ou descentralização, pois aqui vão entrar outros fatores.

Neste momento, vamos precisa do Espiral Civilizacional – que analisar a especificidade de cada mídia, levando em conta a conjuntura demográfica e a sofisticação tecno-cultural alcançada.

Podemos dizer, por exemplo, que a Escrita Impressa foi upgrade sobre a Manuscrita e que teve efeito similar à chegada do alfabeto no lugar da escrita por desenhos.

Em ambos os casos, apesar de separados por séculos, tivemos similaridade na forma como houve, em ambos os casos, a redução de custos da transmissão de ideias, seguido de ciclos descentralizadores, com respectivo processo de inovação social disruptiva.

Podemos afirmar, assim, que:

Quando temos novas mídias que reduzem o custo de circulação de ideias e permitem, além disso, a descentralização do consumo e produção, o Pêndulo tende a se mover para a descentralização de poder.

E vice-versa.

Quando temos novas mídias que aumentam o custo de circulação de ideias e promovem a centralização do consumo e produção, o Pêndulo tende a se mover para a centralização de poder.

O Espiral, pela própria topologia da figura geométrica, demonstra que o momento acima será diferente do anterior, mas há continuidade.

E os lados extremos, ora para um lado (centralização), ora para outro (descentralização), caracterizam o Pêndulo Civilizacional.

O Pêndulo, portanto, determina os eixos mais extremos do espiral, apontando as consequências em direção à descentralização ou centralização.

E o Espiral serve para analisar que há sempre mídias mais sofisticadas, que permitem lidar com a complexidade, ora centralizando, ora descentralizando.

O Pêndulo registra a tendência do movimento, centralização ou descentralização, mas é o Espiral que vai definir o tipo, o como o processo será feito, detalhando o tipo de mídia que está se massificando, além de sua característica centralizadora ou descentralizadora.

Veja a figura:

A Era Digital, por exemplo, nos traz movimento Pendular para a descentralização, através da massificação de nova mídia que tem características particulares e completamente diferentes de tudo que já tivemos, até então.

O fenômeno da descentralização será similar aos anteriores, mas com características específicas da atual conjuntural tecno-cultural-midiática, com os efeitos específicos da mídia.

O que é novo, enfim, é a particularidade da mídia neste novo contexto, mas não a tendência de descentralização.

O Digital chega num mundo globalizado com sete bilhões de sapiens, diferente do que foi com a chegada da prensa (descentralização similar), quando não passávamos dos 500 milhões e vivíamos em civilizações muito mais isoladas e menos interdependentes do que hoje.

O Pêndulo e o Espiral são os dois termômetros bases para os que querem projetar o futuro se divertirem.

Tem muita gente por aí apaixonada pela Ciência das Redes.

Porém, é preciso delimitar capacidade de determinados campos do conhecimento para evitar ministrar xarope para câncer de pulmão. Ou quimioterapia para simples resfriado.

A Ciência das Redes desenvolve conjunto interessante de conceitos e métodos indutivos para compreender micro-movimentos incrementais.

Permite entender como o humano utiliza Redes para resolver problemas.

Redes, porém, são apenas parte do problema e não o todo.

É tipo de Ciência Aplicada no mesmo estilo das Ciências da Computação, Comunicação, Informação, entre outras – ciências indutivas e incrementais, pois dividem para compreender.

Funcionam bem em cenário de continuidade, mas não no disruptivo.

Quando vivemos rupturas na sociedade, como agora, é evidente que precisamos rever o próprio Sapiens. 

A noção que tínhamos do humano precisa ir para a berlinda.

Nestes momentos, recomenda-se fortemente o retorno para Ciências Dedutivas, com forte viés filosófico e integrador.

É preciso, antes de tudo, reanalisar o Sapiens e, só então, quando necessário, voltar às Ciências Aplicadas específicas.

Não tínhamos no passado, por exemplo, a noção exata de quanto somos tecno-midiático-dependentes e como alteramos a sociedade – e as próprias redes – a partir de novas mídias e movimentos demográficos.

É por causa disso que abracei, com entusiasmo,  a Antropologia Cognitiva, que faz análise macro-histórica, tendo como referência o próprio Sapiens e a evolução do seu cérebro.

Essa abordagem facilita a revisão de diversos conceitos e paradigmas das Ciências Aplicadas, incluindo a das Redes.

O grande risco de estudar – como tem muita gente fazendo – a parte pelo todo é analisar o rabo, como se fosse responsável pelo movimento do cachorro.

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/E0P4gnUpk-k

Era muito ingênuo quando comecei a estudar a Revolução Digital. E nessa fase infantil, utilizava o conceito “desintermediação”.

E há muita gente, sonhadores utópicos, ou tecno-sonhadores, que acreditam que o Digital vai nos libertar totalmente das amarras sociais e iremos viver num mundo livre de mídias.

Puro engano.

Mídias são Meios.

Meios estão entre pessoas, que precisam destes para estabelecer canais e códigos de trocas.

Outras espécies têm mídias naturais, já nascem com elas. Nós criamos as nossas.

Temos Tecno-mídias, que progridem, conforme as demandas de sobrevivência.

Um ambiente midiático funciona por determinado período histórico, mas perde a validade, conforme aumentamos o Patamar de Complexidade Demográfica.

Os modelos de intermediação de ontem, não podem ser os mesmos de hoje ou de amanhã.

Novas mídias permitem saltos produtivos e estes  nos levam a saltos demográficos.

Não existe nada mais revolucionário na sociedade do que mais gente querendo comida. A demanda passa a bater à porta da inovação todos os dias, exigindo melhores ofertas.

O que temos nesse novo século – com a chegada das novas mídias – é macro-processo de reintermediação.

O modelo de intermediação midiático-administrativo, baseado na oralidade-escrita-gestão se tornou obsoleto para os problemas complexos que temos hoje.

Só se sustentou no último século pela chegada de mídia centralizadora e por falta de uma descentralizadora.

A Reintermediação 3.0 sofistica a maneira que trocamos informações, produtos e serviços. Se comparada com a passada é mais sofisticada e dá respostas satisfatórias para diversas “perguntas sem saída”.

Porém, como todo ambiente tecno-midiático-social, não é definitivo e nem será isento de problemas.

Reintermediar é preciso, pois sobreviver e viver também.

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/r3dTINPdDAk

 

 

Há  crise velada na Internet, que só tende a crescer com o tempo. Mais e mais pessoas reclamam das atuais Plataformas Participativas: do Youtube, do Instagram, do Uber, do Facebook, entre outras.

Há, de fato, incontornável impasse entre modelo centralizado de decisões versus nova cultura descentralizada –  que propagam.

Usuários têm toda a liberdade do mundo para publicar o que querem, mas não de opinar e decidir sobre as regras de funcionamento.

Os sintomas podem ser resumidos, assim:

  • falta transparência;
  • modificações de cima para baixo sem consulta ou comunicação;
  • além, de divisão não proporcional dos lucros.

É espécie de democracia horizontal radical de liberdade de expressão na ponta e modelo autoritário hierárquico vertical, na forma de decidir, no centro.

Várias ações dos donos das plataformas têm ido, cada vez mais, na direção oposta aos conceitos originais.

Vivemos hoje, sem dúvida, ainda de forma tímida, os primórdios da primeira grande crise das organizações 3.0.

Muitos dirão que é algo para sempre.

Discordo.

Há, de fato, impossibilidade da participação mais efetiva das pessoas. Faltam, antes de tudo, ferramentas participativas.

São milhões de usuários que teriam que participar em centenas de decisões, todos os dias – o que tornaria, com as ferramentas atuais, o modelo caótico, ineficaz e pouco produtivo.

Para resolver o problema visualizo duas grandes tendências para o futuro:

  • Filosofia mais aberta e participativa para as pontas –  nas plataformas menores, de nicho;
  • tecnologias mais distribuídas – no estilo blockchain para as plataformas maiores.

Podemos, assim, começar a imaginar um Youtube-chain, um Insta-chain ou um Face-chain.

A crise das Organizações 3.0 marcará o início do fim da etapa de descentralização digital e a passagem para a fase mais distribuída.

Quem viver, distribuirá!

É isso, que dizes?

Em áudio:

https://youtu.be/KGlwIr7UQw8

 

 

O Sapiens é a espécie mais mutante do planeta. Conforme vai aumentando a Complexidade Demográfica, vai sendo, anote bem, OBRIGADO a alterar a forma como se organiza.

Modelos organizacionais são, assim, estruturados, a partir das mídias disponíveis.

Mídias regulam trocas humanas.

Vou além:

Não existe sociedade sem troca e nem troca sem mídia.

Podemos afirmar que: quando trocamos ideias, sentimentos, produtos e serviços somos FORTEMENTE influenciados pelas mídias de plantão.

Mentalidades (forma de agir e pensar sobre o mundo) são, portanto, reflexos das mídias.

Mídias marcam eras humanas e dentro delas podemos identificar Macro-Mentalidades.

Macro-Mentalidade são formas de agir e pensar sobre o mundo,  influenciadas pelas mídias disponíveis em cada Era Midiática.

É fato.

Nem toda mudança de mentalidade é provocada por mudanças de mídia, mas mudanças de mídia influenciam, de alguma forma, mentalidades.

Quando iniciamos nova Era Midiática, como agora, alteramos a forma como nos relacionamos e, necessariamente, surgem, gradualmente, novas Macro-Mentalidades compatíveis com o novo ambiente.

Isso não pode ser ignorado, como vem sendo, pela sociedade.

Se constata conflitos evidentes entre as duas Macro-Mentalidades: a que já tem a lógica da nova mídia versus a da passada.

Tal choque não foi tão radical no passado, pois o espaço de tempo entre o surgimento e massificação das novas mídias e macro-mentalidades foi muito mais lento, gradual e menos disruptivo.  

É preciso, assim, de forma urgente, criar modelos de capacitação para que possamos fazer a migração entre as duas mentalidades.

As premissas são:

  • entender a necessidade inevitável da mudança de uma para outra;
  • compreender o cenário migratório entre as duas Eras;
  • assumir que há embate entre as duas Macro-Mentalidades;
  • E, por fim, criar espaço intermediário de passagem para que se possa experimentar novas práticas em ambiente mais neutro.

Quanto mais tivermos sucesso nessa empreitada, menos conflituosa e mais rápida será tal passagem.

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/oFN3bZmdiaA

Perdemos muito a capacidade de refletir, que já tivemos num passado distante.

Nossas pobres mentes se habituaram com a mesmice das ideias centrais proferidas por mídias concentradas.

É fato.

Ao final de macro-ciclos midiáticos centralizadores, como agora, o Sapiens, independente do país que vive, reduz capacidade de reflexão.

Uma taxa reflexiva saudável depende fortemente da interação que recebe.

Quanto mais tem contato com ideias diferentes, mais a pessoa consegue avaliar os conceitos que surgem nas telas:

  • São úteis ou inúteis?
  • Falsos ou verdadeiros?
  • Lógicos ou ilógicos?

E vai, assim, gradualmente, musculando a reflexão atrofiada.

Hoje, infelizmente, há enorme fosso entre o volume cada vez maior de ideias circulantes nos meios digitais e a capacidade reflexiva disponível na praça.

Em épocas como essa, é preciso, urgente, tomar três banhos de filosofia lógica ao dia.

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:

 

Dissemos aqui que a sociedade humana vive Pêndulos Civilizacionais Centralizadores e Descentralizadores.

Na Macro-História, quando aumentamos a população temos tendência centralizadora, que só chegará ao fim com a massificação de novas mídias descentralizadoras.

Vivemos, assim, o fim de macro-ciclo centralizador, que influenciou fortemente o século passado.

Todas as tendências sociais, políticas e econômicas, aonde se inclui mentalidades e a educação, tenderam, ao longo de todo o século XX, ao centralismo.

As organizações passaram a ter cada vez mais poder sobre a sociedade.

Houve, para poder lidar com o aumento gradual – e radical – do Patamar de Complexidade Demográfica, a necessidade de centralização de poder de diferentes formas nas diferentes regiões do planeta.

É importante perceber que este ciclo se concluiu com a chegada das tecnologias digitais, que abriu novo macro-ciclo descentralizador.

Que é o que viveremos ao longo das próximas décadas, pelo menos.

A sociedade passa a recuperar terreno, procurando re-controlar as organizações.

Se pudermos escolher algumas palavras para tentar projetar o milênio, não haverá uma mais adequada do que descentralização.

É isso, que dizes?

Vivemos fenômeno inusitado neste novo milênio.

Veja bem:

Mudanças de mídia são fenômenos Macro-Históricos, ocorrem em ciclos seculares ou milenares: a chegada da oralidade há 70 mil anos, da escrita há 8 mil , da prensa há 550 anos e agora do digital.

Alterações de mídia, entretanto, seguiam mais ou menos certa lógica: mudança secular, consequência secular – mudança milenar, consequência milenar.

No passado, os impactos dos efeitos das mudanças de mídia NÃO afetavam tão fortemente, como agora, a Micro-História.

Hoje, mudanças de tamanha envergadura têm sido capaz de estimular alterações visíveis e disruptivas em anos ou décadas.

Isso tem dificultado tremendamente a vida dos estrategistas de plantão.

Vejamos a realidade:

  • O ser humano, de maneira geral, como é natural, vive na hiper-micro-história – intoxicado de acontecimentos cotidianos;
  • As áreas de Inteligência Competitiva ou Estratégica das organizações se habituaram a cenário mais ou menos incremental e tendem, por causa disso, ao tático-operacional;
  • E, as poucas organizações que se dedicam ao estratégico de médio ou longo prazo, não têm no repertório a  análise midiática Macro-Histórica, pois nunca foi necessário.

Vivemos, assim, profunda – e ainda não diagnosticada – crise de análise preditiva.

A Antropologia Cognitiva – estudo das mudanças de mídia na Macro-História –  passa a ser ferramenta teórica fundamental para todos os profissionais que querem compreender melhor o futuro.

Podemos dizer, por fim, que um estrategista não vai entender JAMAIS o novo milênio se não convidar a Macro-História para dançar!

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/0adVzLJl19Y

Vivemos neste novo milênio a maior ruptura administrativa da Macro-História do Sapiens.

Revoluções de Mídia no passado já trouxeram sofisticação para os modelos administrativos, mas não de forma tão disruptiva.

A Revolução Digital traz a nova Linguagem dos Cliques. A linguagem permite o surgimento de novo modelo administrativo muito mais dinâmico do que o anterior.

O Uber, a meu ver, não é, assim, continuidade das cooperativas de táxi – bem como o Airbnb não é das corretoras de aluguel de imóveis.

Tais negócios, que fazem cada vez mais sucesso, só são possíveis, pois a nova linguagem permite que se resolva problemas entre fornecedor e consumidor de maneira bastante inovadora.

A Curadoria – como optei por chamar o novo modelo administrativo 3.0 – pode, pela primeira vez, eliminar a necessidade de gerentes.

O controle dos fornecedores e consumidores passa a ser feito pelos próprios, através de sistema de avaliação digital. E os processos regulados, cada vez mais, por Inteligência Artificial.

Tal modelo administrativo é resposta humana à explosão demográfica dos últimos 200 anos, que elevou de um para sete bilhões o número de habitantes e provocou o aumento do patamar de complexidade demográfica.

A crise administrativa que temos hoje é, portanto, aguda.

Todos os profissionais do ramo foram formatados para trabalhar na Gestão e não na Curadoria.

E a Curadoria passa a ser, gradualmente, o fator diferencial competitivo dos novos inusitados concorrentes que surgem, tirando a liderança dos antigos.

Sim, é tempo de capacitação disruptiva!

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/FxhBlxOHgTs

Se você quer estudar para conhecer algo é muito importante que escolha um problema.

Um problema, mais do que um assunto, vai lhe permitir criar caminho de conhecimento mais independente.

Todo problema gera sofrimento a alguém.

E este alguém é teu cliente, que espera que você lhe ajude a resolvê-lo da melhor maneira possível.

O conhecimento por problema está na moda. Ou melhor na macro-moda do novo século.

Pêndulos civilizacionais descentralizadores, como vivemos agora com a chegada do digital, favorecem o aprendizado por problemas.

O conhecimento por problema se contrapõe ao conhecimento por autoridade, mais ligado aos assuntos.

Conhecer por problemas é um tipo de conhecimento distribuído, pois não existe alguém que “carimba” de cima se a solução provisória está certa ou errada.

Cada problema, gera solução sempre provisória, que será testada e avaliada pelos clientes, que dará a palavra final.

Quem manda no aprendizado por assunto é uma autoridade.

Por problemas, o cliente.

Quem tem problema definido e cliente pode iniciar a jornada.

Boa sorte!

Toda cosmovisão social, aonde se inclui também as religiões, se inicia por algum filósofo.

Filósofos lidam com os macro-temas humanos, que são traduzidos e adaptados para as teorias e metodologias, com forte influência na sociedade.

O que estamos descobrindo agora é que, antes dos filósofos, temos macro-tendências mídia e demográficas sobre as quais os filósofos operam.

Há duas:

  • Centralizadoras – que tenderão a produzir cosmovisões fechadas;
  • Descentralizadoras – que tenderão a produzir cosmovisões abertas.

No novo século, temos a massificação de nova mídia descentralizadora e da criação de cosmovisões abertas.

Mentalidadeconjunto de manifestações de ordem mental (crenças, maneira de pensar, disposições psíquicas e morais), que caracterizam coletividade, classe de pessoas ou indivíduo; mente, personalidade.

Toda produção cultural é feita, através de tecnologias de mídia. Não produzimos cultura sem mídia ou regra.

Há sempre algum tipo de limite, que estabelece como podemos nos expressar e nos relacionar com os demais.

O ser humano, assim, é escravo das regras midiáticas.

Quando falamos, escrevemos, clicamos ou gesticulamos estamos sendo, sem saber, formatados pelos limites das mídias de plantão.

Mídias, portanto, formatam pessoas e sociedades, definindo fortemente o ambiente cultural/organizacional em que vivemos.

Me mostre as mídias disponíveis, que lhes direi quais mentalidades teremos na sociedade.

Quando temos rupturas de mídia – fenômeno raro da macro-história – passaremos NECESSARIAMENTE  da formatação de determinado ambiente para outro.

Mentalidades antigas, formatadas pelo ambiente anterior, precisarão se adaptar ao novo.

Hoje, estamos vivendo a passagem em todo o planeta da mentalidade 2.0 – formatada pelas mídias oral e escrita, onde se inclui os meios eletrônicos –  para a 3.0 –  já no ambiente digital.

Desta vez, com características bem diferentes do que tivemos no passado: as  mídias não eram tão globais, tão disruptivas e não se massificavam de forma tão rápida  – o que torna a atual macro-crise da mentalidade atual ainda mais aguda.

Será preciso grande esforço para, antes de tudo, admitir a macro-crise e, a partir daí, criar formas de minimizar respectivos impactos, através de capacitação adequada.

Não, não é desafio pequeno, mas sem dúvida nenhuma totalmente necessário.

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/NUZ8H6R9Ubc

 

Criadores e repetidores se ajudam na produção do conhecimento. Cada um com uma função específica na sociedade.

O criador é original.

Sugere novas maneiras de pensar e agir sobre determinado problema.

Já o repetidor apresenta maneiras de pensar e agir criadas por outros. Faz histórico do problema.

O repetidor procura debates acumulados e sobre estes os criadores trabalham.

Não se espera do repetidor originalidade no conteúdo, mas na forma. Já o criador deve inovar no conteúdo.

O criador, assim, é um pós-repetidor.

O repetidor traduz, sintetiza, prioriza.

O criador inova, altera e modifica.

O repetidor é forma e o criador,  conteúdo.

O criador cria e o repetidor dissemina.

Os dois são importantes no mercado do conhecimento.

Quando estamos analisando determinado livro,  aula, palestra, ou autor não confundir repetidor com criador para avaliar bem o resultado final.

Sim, criadores são mais raros, porém não quer dizer que superiores.

São funções diferentes e interdependentes que têm o mesmo objetivo: resolver os problemas escolhidos da melhor forma possível.

Este texto em áudio:
https://youtu.be/G0HenpCYMBg

Quando falamos em qualidade na educação, logo se pensa em sala de aula com poucos alunos e professores cada vez mais capacitados.

A qualidade educacional, entretanto, como em todos os outros setores, se estabelece na relação entre quantidade e qualidade. Se aumentamos muito a quantidade (número de alunos), teremos NECESSARIAMENTE problema de qualidade!

O problema que temos hoje no país e no mundo é que aumentamos radicalmente o tamanho da população (sete vezes em 200 anos no planeta) e  (sete vezes em 100 anos no Brasil).

É preciso dizer com todas as letras: nosso ambiente educacional ficou obsoleto por causa do salto demográfico dos últimos 100 anos no país.

O grande desafio da inovação educacional no Brasil e no mundo neste novo século, como diz meu amigo Ronaldo Mota, é o de criar: qualidade na quantidade e quantidade com qualidade!

A obsolescência educacional pode ser expressa na matemática: a qualidade que tínhamos antes servia para determinado tamanho da população.

Hoje, nós não temos condições de manter o mesmo padrão de qualidade que tínhamos, simplesmente, por que temos muito mais crianças para ir à escola!

Vivemos, infelizmente, a nostalgia melancólica de querer voltar a um passado perdido.

A realidade demográfica não nos permite tal retorno!

É preciso, assim, iniciar mudança, nos aproveitando das novas tecnologias digitais que chegam, para recriar o conceito de qualidade educacional.

Ficamos chorando sobre a qualidade perdida, mas se formos multiplicar o valor do conceito de qualidade por cada aluno, veremos que não haverá recursos.

A qualidade com o modelo educacional 2.0, baseada em professor-aluno, sala de aula presencial, ensino por assunto e disciplinas não é mais capaz de resolver o problema.

É preciso criar novo modelo educacional, com novo conceito de qualidade, compatível com o Patamar de Complexidade Demográfica da população atual no país e no mundo.

Assim, o que consideramos  qualidade na educação analógica não será absolutamente o mesmo que consideraremos  na educação digital.

É preciso começar deste ponto para não nos perdermos em discussões menores.

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/n0l4Di3__3g

 

 

 

Mídias sempre formataram nossa forma de ver, perceber e se relacionar com o mundo.

  • As mídias são ferramentas produtora de cultura;
  • Somos, assim, formatados pelas mídias de plantão;
  • Quando temos novas mídias, temos reformatação geral da sociedade.

Já tivemos reformatações anteriores: a dos gestos para a oralidade, da oralidade para a escrita e desta, agora, para o digital.

Estamos, assim, em plena Revolução da Forma.

Não estamos mais discutindo o conteúdo na mesma forma, mas nova forma que vai provocar o debate de novos conteúdos.

Podemos até dizer que os problemas essenciais do Sapiens continuam mais ou menos os mesmos, mas a forma como vamos enfrentá-los está mudando radicalmente.

É isso, que dizes?

 

Não há a possibilidade do Sapiens compreender o mundo, sua própria vida, o sentido da existência. Tudo que tentamos explicar será sempre provisório.

Do ponto de vista epistemológico (campo da filosofia que discute o que é verdadeiro) é de bom tom utilizar  depois de certeza ou verdade o adjetivo “provisório

Certeza provisória é atitude filosófica eficaz diante da vida e respectivos problemas. O que é verdade hoje pode não ser mais amanhã.

O ser humano já acreditou, por exemplo, em certezas absolutas no passado que viraram mentiras, tais como: a terra é plana ou é o centro do universo.

Certezas, entretanto, têm função social.

Precisamos das melhores certezas para decidir sobre diversas encruzilhadas nas nossas vidas –  das mais banais às mais relevantes.

A pergunta filosófica, portanto, mais importante na hora de decidir será: como podemos tomar decisões melhores com as melhores certezas – mesmo que provisórias?

A verdade, qualquer que seja, precisa ser testada na vida.

E você vai me perguntar: o que é a vida?

A vida é espécie de redemoinho de interesses, fatos, pulsões, contextos, tensões, forças em movimento, na qual o Sapiens está inserido.

A vida está, assim, fora da capacidade de compreensão absoluta do Sapiens, que nunca vai deixar ter apenas certezas provisórias.

 

É isso, que dizes?

Como vimos aqui a espécie tem na sua essência movimento do Pêndulo Civilizacional (centralização/descentralização).

O item principal é a capacidade humana de aumentar a taxa de autonomia de pensamento para promover a descentralização. Quando ela é baixa, tende à centralização. Quando é maior, tende à descentralização.

Saltos demográficos, por exemplo, geram redução da autonomia de pensamento na sociedade.

Nascem muitas pessoas, não se consegue informá-las/educá-las para que consigam ter melhor qualidade de decisão, baseada em lógica, dados econômicos e históricos, com domínio mais apurado do idioma.

E se inicia ciclo de aumento de dependência das pontas a determinado centro, que vai gradualmente tomando a decisão pelas pessoas por necessidade destas.

Aumentos demográficos, assim, reduzem a taxa de autonomia de pensamento local, regional ou mundial e isso nos leva à demanda por ciclos centralizadores.

Assim, o movimento centralizador é a primeira resposta humana a aumentos demográficos, pois haverá o apelo para que se aumente a centralização para coordenar o conjunto de demandas.

A descentralização será sempre o segundo movimento, pois haverá, no longo prazo, a demanda por soluções mais flexíveis, mais participativas, mais diversificadas.

E isso vai gerar, lentamente, a demanda por descentralização.

Existem  dois possíveis movimentos para que o aumento gradual da autonomia de pensamento em maior escala e respectiva descentralização social de determinado país, região ou globo:

  • movimento cultural/educativo – feito de forma coordenada, no médio e longo prazo;
  • movimento midiático descentralizador – feito de forma aleatória, no curto e médio prazo.

Hoje, vivemos na sociedade, no Brasil em particular, o fim de uma Era Centralizadora dos Meios Eletrônicos, resposta dada para o salto demográfico dos últimos 100 anos de 30 para 210 milhões.

Houve movimentos centralizadores, que se aproveitaram dessa baixa autonomia de pensamento para prosperar. Não houve movimento educativo, que aumentasse a autonomia de penamento.

Porém, a chegada de nova mídia descentralizadora permitiu que isso fosse feito pelo viés midiático, criando ciclo descentralizador.

Um fenômeno local e mundial, que terá fortes reflexos no globo nas próximas décadas.

É isso, que dizes?

Estudos das mudanças de mídia na Macro-História estão sendo feitos pelos pesquisadores da Antropologia Cognitiva – novo campo de conhecimento.

Tais estudos nos levam a novo paradoxo das Ciências Sociais: centralização provoca à descentralização e vice-versa.

Vejamos a lógica.

  1. O Sapiens é a única espécie social do planeta que cresce demograficamente;
  2. Quando crescemos a população, abre-se novo ciclo de demanda e oferta, que exige movimento macro-inovador;
  3. Novos movimentos macro-inovadores só são possíveis com a chegada e massificação de novas mídias descentralizadoras;
  4. Quando NÃO temos novas mídias descentralizadoras e continuamos a crescer demograficamente, tendemos à centralização;
  5. Quando  temos novas mídias descentralizadoras, tendemos à descentralização.

Assim, por incrível que pareça, movimentos macro-inovadores descentralizadores permitem a expansão da complexidade demográfica, que gera ciclos centralizadores mais adiante.

Vivemos, assim, na macro-história, espécie de Pêndulo Civilizacional, ora com viés centralizador, ora descentralizador, influenciando a forma de pensar e agir das sociedades.

Iniciamos agora, com a chegada do digital, no final do século passado, novo macro-ciclo inovador/descentralizador, que já está se refletindo em diversas mudanças sociais, culturais, políticas e econômicas, que devem se expandir cada vez mais ao longo do novo século.

Se a lógica estiver correta, tal ciclo macro-inovador, com a continuidade do crescimento populacional, que vai nos trazer, mais adiante, centralização. E esta, ainda mais adiante, descentralização.

É isso, que dizes?

Podcast deste texto:
https://youtu.be/jIvx6DKwyhk

Podemos dizer que há dois tipos de competição:

  • Em mercados fechados – nos quais o consumidor tem pouca escolha entre os diferentes fornecedores, há forte barreira regulatória para novos competidores, próximo a um tipo de oligopólio, como é, por exemplo, o setor de telecomunicações brasileiro;
  • Em mercados abertos – nos quais o consumidor tem muitas escolhas entre os diferentes fornecedores, há nenhuma ou mínima barreira regulatória para novos competidores, como é hoje, por exemplo, o setor de aplicativos de táxi.

Vejamos:

  1. Em mercados fechados, o consumidor não tem liberdade de escolha e, portanto toda a competição é feita INDEPENDENTE dele;
  2. O cliente passa a não ser o foco da Inteligência Competitiva, que passa a procurar cada vez mais os movimentos do concorrente, pois o fator cliente é mais fixo;
  3. Digamos que o foco da Inteligência Competitiva em mercados fechados é o de acompanhar os passos, cada vez mais, do concorrente.

Por outro lado:

  1. Em mercados abertos, o consumidor passa a ter liberdade de escolha e, portanto, a competição é feita cada vez mais DEPENDENTE do consumidor que tem mais opções;
  2. O trabalho da Inteligência Competitiva é o de procurar cada vez mais os movimentos do cliente, pois é preciso entender as demandas;
  3. Digamos que em mercados abertos o foco da Inteligência Competitiva passa do concorrente para o cliente.

Mercados abertos e fechados são conjunturas que dependem de país ou região.

Existem, entretanto,  alguns movimentos de de mercado fechado para aberto ou vice-versa.

Vejamos:

  • Regulatório específico – determinado setor, que ganha ou perde regulação específica, que atinge apenas determinado segmento ou grupo de empresas de determinado setor;
  • Mudanças políticas – de governo com estado para mais para menos regulador, que atinge todas as organizações de determinado país;
  • Mudanças midiáticas – quando chegam novas mídias descentralizadoras em escala global, que permitem que o cidadão/consumidor passe a estar muito mais bem informado e o surgimento de novos canais de distribuição de ideias, produtos e serviços. Tudo isso permite a chegada de novos concorrentes, o que atinge a TODAS as organizações de todos os países.

Vivemos hoje no novo milênio a terceira via: chegada e massificação do ambiente digital com impacto global.

A chegada do Digital modifica radicalmente o ambiente competitivo da sociedade.  Não é num setor, num país, numa região, mas em todo o planeta.

Temos saído com a ampliação do mundo digital, em escala global, do ambiente de competição do mercado fechado para o aberto.

Novas mídias abriram, de forma rápida e disruptiva, canais de distribuição de ideias, produtos e serviços, permitindo, pela ordem:

  • que o consumidor tenha mais informação e opções de consumo;
  • que antigas barreiras regulatórias em diversos setores perdessem a validade (o caso dos táxis é emblemático);
  • e novos concorrentes entrando nos novos mercados, antes fechados pela capacidade de controle de canais de ideias, produtos e serviços.

Revoluções de Mídia descentralizadoras, já vimos isso no passado, modificam, assim, o ambiente competitivo da sociedade, provocando, passagem de ambiente fechado para aberto.

Por causa da massificação da nova mídia, vemos hoje, como macro-tendência o foco da Inteligência Competitiva migrar do concorrente para o cliente.

As organizações pré-digitais, que estavam habituadas a viver em ambiente de competição fechado, têm hoje mais dificuldade de viver nesse novo ambiente mais aberto.

O mundo digital, com ambiente de competição aberto, é o grande desafio que os profissionais de Inteligência Competitiva têm que superar.

: foram capacitados para operar num ambiente competitivo fechado e analógico e agora têm que saber lidar com o aberto e digital.

Exige, portanto, forte mudança de paradigma, através de intensa reciclagem.

Este texto em podcast:
https://youtu.be/SPQnpN5o7iY

A reciclagem dos profissionais de Inteligência Competitiva da competição fechada para a aberta é um serviço que tenho procurado oferecer na Nepomuceno – Inteligência Competitiva & Inovação – conheça mais aqui nepo.com.br/ic.

Detalhei aqui a minha análise sobre a crise da Inteligência Competitiva no Brasil e no mundo.

O problema que temos hoje no mercado é bem complexo, pois vivemos mudança estrutural na sociedade.

Não temos – isso está cada vez mais evidente – problema específico de mudança de cenário de uma organização ou de setor específico, mas de TODO o mercado.

Algumas bases estruturais do pensamento daquilo que considerávamos que era o mercado, administração, futuro precisam ser revistas.

Vimos que a maior parte dos Profissionais de Inteligência Competitiva tem atividade com viés mais tático do que estratégico e agora temos mais um desafio: o macro-estratégico.

Organizações isoladas, com toda a sua responsabilidade de entrega de produtos e serviços, metas, operação, dificilmente terão capacidade, investimento, para que possam trabalhar no que vamos chamar de Inteligência Competitiva para Macro-Cenários Disruptivos.

Depois de muito refletir sobre esse problema, começo a imaginar que a alternativa é transferir esse  desafio para as associações e organizações setoriais.

A criação de núcleos de Inteligência Competitiva para Macro-Cenários Disruptivos é um dos papéis a ser desempenhado pelas associações empresariais.

As Inteligência Competitivas Organizacionais continuariam a atividade específica, com viés mais tático e micro-estratégico e passam a ganhar subsídios de  visão mais macro-estratégica, financiada pelo conjunto das organizações de determinado setor.

Tenho conversado com várias associações setoriais e parece que já existem várias iniciativas, ainda incipientes, em várias delas.

Um núcleo/ou rede de Inteligência Competitiva Macro-Estratégica Setorial para Macro-Estratégica  teria como missão:

  • promover estudos mais disruptivos e menos incrementais;
  • mais macro-estratégicos do que estratégicos ou táticos;
  • mais de longo e menos de médio prazo;
  • analisar impacto deste estudos no setor específico;
  • e promover, por fim, atividades de conteúdo e capacitação para que  respectivas áreas de Inteligência Competitiva nas organizações possam ter mais subsídios para assessorar os associados.

A criação de Núcleos de Inteligência Competitiva Setorial é um serviço que tenho procurado oferecer na Nepomuceno – Inteligência Competitiva para Macro-Cenários Disruptivos – conheça mais aqui nepo.com.br.

Este texto em áudio:
https://youtu.be/f30sfc5W6Pw

 

 

Burrice Competitiva poderia ter a seguinte definição: quando determinada organização ou setor vai gradualmente não conseguindo mais enxergar o que está acontecendo no mercado e  vai, aos poucos, saindo do jogo.

Vivemos hoje no Brasil e no mundo, infelizmente,  aumento radical da taxa de Burrice Competitiva.

As organizações, no passado, sempre trabalharam no “feeling” dos donos.

De fato, o mercado era menos complexo, mais local, menos internacional, mais incremental, menos disruptivo.

Foram poucas as organizações do país que criaram – para valer –  áreas de Inteligência Competitiva de longo prazo, também chamadas de Estratégicas ou de Inovação Estratégica.

As organizações eram – e ainda são em sua maioria – estruturas feitas para repetir padrões, processos e, por causa disso, criaram cultura fortemente formatadora de mentes de baixa criatividade.

As organizações pré-digitais nasceram e cresceram num ambiente social com taxa disruptiva muito mais baixa do que o atual.

Hoje, vivemos mudanças disruptivas na comunicação e , por causa disso, em todo o mercado. É  mudança de paradigma, que exige nova forma de pensar e agir.

E aí aparece o problema estratégico:

  • as organizações pré-digitais NÃO têm profissionais especializados em criar qualquer tipo de cenário;
  • quando têm profissionais de Inteligência Competitiva são  voltados muito mais para o tático (curto prazo) do que para o estratégico (de longo);
  • E, por fim, quando há profissionais de Inteligência Competitiva de cenários de longo prazo (que envolve filosofia, teoria e metodologia) estão intoxicados dos paradigmas pré-digitais e não conseguem entender a base mais profunda das mudanças que estão em curso.

Por causa disso, aumenta em todo o mundo, com alguns reflexos no Brasil, a taxa de Burrice Competitiva.

Isso pode ser claramente demonstrado com surgimento de cada vez mais novos líderes de mercado, totalmente inusitados, e respectiva decadência dos antigos, antes considerados imbatíveis.

É isso que tenho procurado fazer na minha empresa de produção de conteúdo e capacitação a Nepomuceno – Estratégia Digital – conheça mais aqui nepo.com.br.

Este texto em áudio:
https://youtu.be/GR4aU0XbT0g

Vamos definir Inteligência Competitiva da seguinte maneira:

Forma proativa de captar e organizar informações relevantes sobre comportamento da concorrência, dos clientes e do mercado como um todo, analisando tendências e cenários, e permitindo  processo de tomada de decisão melhor no curto, médio e longo prazo.

No Brasil, a maior parte das organizações, NÃO tem departamento de Inteligência Competitiva. As que já têm estão com problema. Podemos dizer em crise.

Por quê?

As teorias sobre Inteligência Competitiva, de maneira geral, foram elaboradas para ambiente incremental e não disruptivo.

A maior parte dos Profissionais de Inteligência Competitiva não tem tido teorias e nem metodologias para lidar bem com mudanças disruptivas do mercado.

Não estão preparados para o que está acontecendo e ainda o que virá.

Vivemos hoje as seguintes mudanças disruptivas, a partir da chegada e massificação de nova mídia, que fomenta:

  • empoderamento do consumidor – que passa a gerar e receber informações, tornando-o mais exigente;
  • novos canais de distribuição de produtos e serviços – que permitem a chegada de concorrentes inusitados;
  • e, por fim, novos modelos de negócio – completamente distintos dos praticados atualmente pelas organizações pré-digitais.

Tais mudanças – que estão acontecendo em cada vez mais setores – são difíceis de serem compreendidas pelos Profissionais de Inteligência Competitiva.

É preciso nova formação para profissionais de Inteligência Competitiva que seja capaz de compreender de forma mais ampla o impacto do digital na sociedade. E de como o mercado tende a se comportar no médio e longo prazo, a partir da Revolução Cognitiva atual.

Tudo isso para que as organizações pré-digitais possam voltar a traçar estratégias mais consistentes em relação ao futuro.

É isso que tenho procurado fazer na minha empresa de produção de conteúdo e capacitação a Nepomuceno – Estratégia Digital – conheça mais aqui nepo.com.br.

É isso, que dizes?

Texto em áudio:
https://youtu.be/fNUm3Ju1kZM

 

O novo milênio traz com ele Nova Era Civilizacional do Sapiens.

Hoje, o modelo de administração hegemônico da espécie é a Gestão Oral e Escrita, que chegou ao seu limite diante do aumento demográfico de um para sete bilhões de habitantes nos últimos 200 anos.

Uma série de problemas complexos que se apresentam na sociedade NÃO TEM mais saída, via Gestão.

Não é possível mais de forma rápida, barata e participativa decidir e produzir.

Há vácuo entre o que a sociedade deseja –  empoderada por novos canais de ideias –  daquilo que as organizações podem oferecer.

A Gestão – baseada nas linguagens oral e escrita – precisa, necessariamente, de  gestor de carne e osso para interpretar tais códigos.

A Curadoria, que usa os cliques, ou interpreta códigos digitais, supera tais limites.

Não é à toa que a Curadoria passou a ser a base de todos os novos modelos das Organização 3.0 – Uber e similares.

A nova Era Civilizacional inicia, portanto, processo de fim da Gestão, dos gestores, dos líderes-alfas, que estruturaram toda a mentalidade administrativa que tínhamos até então.

Tal mudança de topologia – e por que não dizer de poder – altera conceitos e práticas na sociedade.

Veremos no futuro profunda alteração filosófica,  desde mudanças radicais nas religiões a hábitos sociais, políticos e econômicos.

É, sem dúvida nenhuma, a maior ruptura civilizacional pela qual o Sapiens já passou.

E, não é à toa, que tem gerado tanta perplexidade.

É isso, que dizes?

 

Neste novo milênio, será preciso separar mudanças em dois tipos:

  • As estruturais –  chegada de nova linguagem e novo modelo de administração;
  • E as conjunturais – que serão consequência das primeiras.

Os futurólogos de plantão conseguem visualizar melhor as conjunturais e menos as estruturais, pois não têm seguido  velha  máxima na arte de projetar cenários:

Primeiro, é preciso entender por que estamos mudando, para, só então, compreender para onde estamos mudando.

Se vivemos macro-mudança é preciso entender macro-forças.

Existem, sob esse ponto de vista, duas macro-forças relevantes que afetarão o novo milênio:

  • Problema –  salto demográfico de um para sete bilhões, em 200 anos – num mundo cada vez mais globalizado, hiper-conectado;
  • Solução –   surgimento de novo ambiente de comunicação, nova linguagem, que permitem novos canais de distribuição de ideias, produtos e serviços. E, como consequência, aparecimento, ainda incipiente, de novo modelo de administração.

Tal mudança pode se dizer é o marco de Nova Era Civilizacional do Sapiens – o que virá adiante será bastante diferente do que tínhamos até agora.

A Curadoria, novo modelo administrativo, altera completamente conceitos que tínhamos de administração, qualidade, produção. E gera profunda crise de mentalidade entre o velho e o novo método.

É preciso focar na mudança principal, estrutural, pois é para ela que precisamos nos preparar e saber aproveitar as oportunidades e evitar os riscos.

O novo milênio resolveu ir nessa direção e é para lá que devemos seguir.

É isso, que dizes?

Gestão é ferramenta administrativa, que está baseada em duas linguagens antes disponíveis: oralidade e escrita.

A Gestão nos acompanha já vários milênios e nos serviu de base para resolver problemas das diferentes civilizações passadas.

A gestão é:

  • lenta e, por consequência, cara;
  • com baixa participação da sociedade.

Isso pode ser administrado, numa espécie de fase de crise latente, mas não explícita, quando tínhamos:

  • mídias concentradas;
  • canais de distribuição de produtos e serviços concentrados.

A concentração permitiu que houvesse a redução da diversidade na sociedade e o aumento de controle do centro sobre as pontas.

O gatilho civilizacional, passagem de uma Era Civilizacional para a outra, se dá com a chegada e massificação e nova mídia descentralizadora.

A crise administrativa passa de latente para explícita, com surgimento de novo cidadão/consumidor muito mais informado e exigente.

E ainda novos canais de distribuição, que permitem o surgimento de concorrentes às velhas organizações.

Um conjunto grande de novos pensadores e empreendedores passam, cada vez mais, a influenciar as novas gerações e se inicia o processo de nova Era Civilizacional.

A Gestão dá lugar à Curadoria, que incorpora a oralidade e a escrita e introduz a linguagem dos cliques, que permite que possamos ter nova forma de tomada de decisões.

A crise administrativa, assim, é algo natural para o Sapiens, não é a primeira vez que ocorre.

As novidades são:

  • a quantidade de sapiens envolvidos;
  • a velocidade da mudança;
  • e a taxa de disrupção.

A taxa de disrupção é alta, pois os cliques permitem terminar com o modelo de administração baseado em líderes-alfas, introduzindo a Curadoria.

Nela, o gerenciamento de processos e pessoas é feito dentro de Plataformas Participativas, nas quais os fornecedores e consumidores se auto-gerenciam, sem a necessidade de um líder-alfa de carne e osso.

Sai o antigo Gestor e entra o Curador, que tem como ferramentas os cliques, algoritmos, inteligência artificial.

É uma crise profunda a exigir muito das nossas mentalidades intoxicadas.

É isso, que dizes?

 

O ser humano já passou na história por algumas macro-revisões filosóficas.

Galileu nos tirou do centro do universo. E Darwin nos fez entender que não éramos filhos de Adão e Eva.

A partir destas premissas, pensamentos tiveram que ser revisados para permitir novas formas de entender o humano, mais compatíveis com os fatos.

O mundo digital com diversas mudanças inusitadas nos obriga a rever algumas macro-verdades que tínhamos bem consolidadas sobre o Sapiens.

A primeira revisão a ser feita, a meu ver, é reavaliar o papel fundamental que as mídias exercem sobre a sociedade.

O Digital nos faz perceber que a sociedade não gira apenas em torno das mudanças propositais trazidas pela economia e pela política.

É fato: as Ciências Sociais precisam dar um cavalo de pau! Um giro de 180 graus.

É preciso imaginar um Sapiens que vive dentro de um tecno-planeta, cercado de tecnologias por todos os lados.

No tecno-planeta do Sapiens, as mídias são produtoras de cultura e alteram a sociedade de baixo para cima, sem centro controlador.

Além disso, somos obrigados a rever papel da demografia nas mudanças humanas, na seguinte nova lógica:

  • aumentos demográficos geram novas demandas;
  • novas demandas aumentam a complexidade;
  • a nova complexidade gera latência por macro-inovações;
  • macro-inovações só são possíveis com a chegada e massificação de novas mídias;
  • e novas mídias permitem mudanças profundas na forma como administramos a sociedade.

Criamos novos modelos de administração, ao longo da macro-história, para poder lidar com novos patamares de complexidade demográficas.

O  crescimento demográfico, portanto, é feito através de ordem espontânea que OBRIGA, perceba bem, OBRIGA,  a sociedade a tomar determinadas ações em direção à inovação no longo prazo.

Precisamos, assim, incorporar essa nova macro-revisão filosófica estruturante para poder agir de forma mais eficaz no novo milênio.

Ou incorporamos essa nova forma de ver a sociedade ou nossas análises não conseguirão  projetar o futuro e lidar melhor com ele.

É isso, que dizes?

Muito se fala hoje em dia de propósito, mas só existem dois:

  • O propósito independente – aquele que não depende de ninguém para ser atingido;
  • E o propósito dependente – aquele que, necessariamente, depende de alguém para ser atingido.

Você, por exemplo, pode decidir nadar todos os dias e isso é um propósito independente, que demandará esforço, um clube com piscina, investimento, vontade, mas é algo que não precisa envolver mais pessoas na sua decisão.

Pode também fazer ioga, respiração, servir comida para mendigos no meio da noite. São exemplos de propósitos independentes.

Já um namoro é o exemplo típico de propósito dependente, assim com como casamento, ou amizade, ou mesmo propósito profissional.

E é disso que estamos falando muito hoje em dia: de propósitos organizacionais.

Propósitos organizacionais só podem nos levar numa direção: agradar um cliente para que retribua com atenção e dinheiro e mantenha a organização (ferramenta de realização de propósito) viva.

Até a chegada do digital, organizações conseguiram sobreviver um pouco independente do propósito dos clientes. Estávamos na fase final da Era Civilizacional 2.0, na qual tivemos a concentração de mídia, que, por consequência, nos levou à concentração dos canais de distribuição.

Os clientes perderam poder em função da concentração do mercado, com cada vez menos opções.

E, por causa disso, as organizações conseguiram fazer com que o propósito do cliente importasse menos.

Ou melhor, puderam viver, de alguma forma, com um grau de independência maior do cliente.

A indústria da música, os táxis, os políticos, organizações estatais no Brasil são exemplos típicos desse aumento do propósito organizacional  – a despeito dos clientes.

A chegada do Digital e, com ele, da transparência e de novos modelos de competição, fizeram com que o propósito dos clientes ganhasse escala.

O que era feito de forma velada veio à luz.

E se viu que o rabo estava balançando, de certa forma, o cachorro.

Hoje, tanto se fala de propósito organizacional, pois o cliente tem ganhado cada vez mais  força.

Organizações devem ser ferramentas para realizar, da melhor forma possível, o propósito dos clientes e esse, afinal de contas, é o seu principal propósito.

Estamos falando daquela frase conhecida: “o cliente sempre tem razão”.

Mas às vezes mais ou menos, conforme a concentração do mercado.

Podemos, neste momento, readaptá-la: o propósito de qualquer organização é, portanto, permitir o propósito do cliente!

É isso, que dizes?

Esta talvez seja a maior dificuldade para os atuais administradores.

Hoje, assistimos a chegada de novas formas de controlar processos e pessoas que não podem mais ser chamadas de Gestão.

O Uber, por exemplo, não pratica a Gestão, mas a Curadoria, na qual fornecedores e consumidores se auto-controlam.

Não há gerentes e nem profissionais de RH.

Assim, temos que entender que a Curadoria (ou no popular Uberização) não é mais Gestão, apesar de ser Administração.

Como isso é possível?

Até hoje, considerávamos Gestão e Administração como sinônimos. E essa é, talvez, a maior ruptura do mundo digital na forma como pensamos as organizações.

Vejamos a definição de administração:

A administração é feita, através do controle de processos e pessoas, com as linguagens de comunicação humana disponíveis.

A Gestão era/é feita, tendo como base as linguagens oral e escrita.

Só que novas linguagens –  a história demonstra isso –  são criadas por necessidade de melhoria da espécie e permitem que possamos criar novos Modelos Administrativos.

A Administração é eterna e a Gestão conjuntural!

Novos modelos podem surgir para atender novas demandas, já que a espécie não tem limites demográficos, o que gera aumentos graduais do Patamar de Complexidade Demográfica.

Podemos dizer que há a seguinte nova forma de pensar o conceito de Administração:

  • Haverá sempre a Administração, que será compatível com Patamar de Complexidade Demográfica;
  • Quando aumentarmos o Patamar de Complexidade Demográfica, criaremos novas formas administrativas mais sofisticadas;
  • Novas formas administrativas são feitas em torno das linguagens humanas disponíveis;
  • Quando surgem novas linguagens humanas, temos a possibilidade de sofisticar e criar novos modelos administrativos.

A grande novidade hoje é a chegada da linguagem dos cliques, que permite,por exemplo, o Uber e similares.

Tal modelo administrativo é completamente diferente dos anteriores. São feitos, através da criação da reputação mútua entre consumidor e fornecedor.

O Uber controla processos e pessoas, através dos cliques.

O Uber não pratica a Gestão, mas a Curadoria (ou no popular, a Uberização).

Imaginar que a Gestão podia ficar obsoleta é algo que não passa pela cabeça dos atuais administradores, mas tem que passar!

Assim, Administração não é sinônimo de Gestão. Administração é sinônimo de organização e controle, que varia conforme o Patamar de Complexidade Demográfica e as Linguagens Humanas disponíveis.

É isso, que dizes?

Um dos principais equívocos que cometemos é avaliar que agora somos tecnológicos.

O Homo quando optou ser Sapiens – escolheu ser tecno.

O que nos diferencia das outras espécies é justamente a capacidade de criar novas tecnologias para  resolver novos problemas.

Quando aumentamos a população, elevamos patamar de complexidade.

Surgirão latências por novas tecnologias para lidar com novas demandas cada vez mais sofisticadas.

O grau de exigência tecnológica, por exemplo, de uma tribo de índios no interior da Amazônia com 120 membros é completamente distinta de uma megalópole como São Paulo que tem 12 milhões de habitantes.

Aumentos demográficos provocam elevação da dependência tecnológica do Sapiens.

A tecno-cultura aumenta a sua taxa de tecnocidade.

Uma coisa é sociedade totalmente oral, que se utiliza de linguagem biológica como a fala. Outra, completamente diferente, é quando incorporamos à escrita.

A escrita, por exemplo, exige tecnologia exterior ao homem.

E mais ainda quando grande parte da cultura passa a ser produzida, através de telas no ambiente digital.

As alterações tecnológicas – na introdução de novo celular ou aplicativo – pode ter impacto muito maior na vida da sociedade, pois surge e se dissemina muito rapidamente.

Estamos ganhando uma certa tecno-liquidez.

E isso impacta diretamente na forma como vemos o mundo.

Saímos de um ambiente previsível para um cada vez mais imprevisível em função do aumento da tecnocidade.

Há uma liquidez maior na produção da cultura.

E isso precisa ser, de alguma forma, ajustado para que as pessoas se sintam confortáveis nesse novo ambiente muito mais mutante.

Nossa mentalidade (como pensamos e agimos) é mais compatível com um mundo muito mais sólido do que o atual.

É preciso um macro-ajuste.

É isso, que dizes?

Quanto mais palestro, dou aulas, discuto com pessoas de todas as idades, perfis constato a mesma coisa: nossa mentalidade não suporta macro-mudanças!

O Sapiens, de maneira geral, foi educado e formatado para viver na micro-história, talvez na hiper-micro-história.

Se falarmos do ser humano médio, estamos interessados no que ocorre com nossos familiares (muito), amigos (bastante), algo no nosso estado ou país (em alguma medida) e talvez no mundo (de vez em quando).

Vivemos inseridos no nosso tempo e lugar, profundamente intoxicados do cotidiano.

Nas organizações que trabalhamos temos nossas metas diárias, semanais, mensais, ou no máximo, anuais.

Isso não é algo ruim, negativo. Nós somos assim e é isso que nos faz sobreviver.

Vivemos hoje, entretanto, início da Era Civilizacional 3.0 provocada pela chegada de nova mídia digital e, com ela, da nova linguagem dos cliques, que nos abre revoluções sociais, políticas e econômicas.

Vivemos momento de disrupção do Sapiens, a passagem de um Homo que vivia sob a égide das linguagens oral e escrita que criaram a Gestão.

E estamos introduzindo a linguagem dos cliques que nos permite experimentar a Curadoria.

É mudança radical de como organizamos a espécie, talvez a maior mudança já promovida pelo Sapiens em todos os tempos.

O novo modelo de administração é muito mais próximo dos insetos, como das formigas, do que dos mamíferos, que sempre foi nossa referência, com respectivos líderes-alfas.

Sim, já tivemos mudanças de mídias no passado com consequências proporcionalmente similares. Mas, em nenhum outro momento da macro-história, mudanças provocadas pela chegada de novas mídias foram tão rápidas e disruptivas e impactaram tanto a primeira geração.

Precisamos, no passado, por exemplo, de várias gerações (exatos 350 anos) desde a chegada da prensa para migrar da monarquia absoluta para a república.

E agora não temos mais esse tempo.

Há choque entre a forma como vemos o mundo na hiper-micro-história, sempre em continuidade, para o da macro-história em processo disruptivo.

A continuidade incremental que esperávamos que fosse as nossas vidas não está acontecendo.

E aí está, talvez, o grande desafio educacional para as lideranças da geração pré-digital: migrar, em curto espaço de tempo, de pensamento contínuo micro-histórico para um disruptivo macro-histórico.

É isso, que dizes?

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