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Muito se fala hoje em dia de propósito, mas só existem dois:

  • O propósito independente – aquele que não depende de ninguém para ser atingido;
  • E o propósito dependente – aquele que, necessariamente, depende de alguém para ser atingido.

Você, por exemplo, pode decidir nadar todos os dias e isso é um propósito independente, que demandará esforço, um clube com piscina, investimento, vontade, mas é algo que não precisa envolver mais pessoas na sua decisão.

Pode também fazer ioga, respiração, servir comida para mendigos no meio da noite. São exemplos de propósitos independentes.

Já um namoro é o exemplo típico de propósito dependente, assim com como casamento, ou amizade, ou mesmo propósito profissional.

E é disso que estamos falando muito hoje em dia: de propósitos organizacionais.

Propósitos organizacionais só podem nos levar numa direção: agradar um cliente para que retribua com atenção e dinheiro e mantenha a organização (ferramenta de realização de propósito) viva.

Até a chegada do digital, organizações conseguiram sobreviver um pouco independente do propósito dos clientes. Estávamos na fase final da Era Civilizacional 2.0, na qual tivemos a concentração de mídia, que, por consequência, nos levou à concentração dos canais de distribuição.

Os clientes perderam poder em função da concentração do mercado, com cada vez menos opções.

E, por causa disso, as organizações conseguiram fazer com que o propósito do cliente importasse menos.

Ou melhor, puderam viver, de alguma forma, com um grau de independência maior do cliente.

A indústria da música, os táxis, os políticos, organizações estatais no Brasil são exemplos típicos desse aumento do propósito organizacional  – a despeito dos clientes.

A chegada do Digital e, com ele, da transparência e de novos modelos de competição, fizeram com que o propósito dos clientes ganhasse escala.

O que era feito de forma velada veio à luz.

E se viu que o rabo estava balançando, de certa forma, o cachorro.

Hoje, tanto se fala de propósito organizacional, pois o cliente tem ganhado cada vez mais  força.

Organizações devem ser ferramentas para realizar, da melhor forma possível, o propósito dos clientes e esse, afinal de contas, é o seu principal propósito.

Estamos falando daquela frase conhecida: “o cliente sempre tem razão”.

Mas às vezes mais ou menos, conforme a concentração do mercado.

Podemos, neste momento, readaptá-la: o propósito de qualquer organização é, portanto, permitir o propósito do cliente!

É isso, que dizes?

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