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Tem muita gente por aí apaixonada pela Ciência das Redes.

Porém, é preciso delimitar capacidade de determinados campos do conhecimento para evitar ministrar xarope para câncer de pulmão. Ou quimioterapia para simples resfriado.

A Ciência das Redes desenvolve conjunto interessante de conceitos e métodos indutivos para compreender micro-movimentos incrementais.

Permite entender como o humano utiliza Redes para resolver problemas.

Redes, porém, são apenas parte do problema e não o todo.

É tipo de Ciência Aplicada no mesmo estilo das Ciências da Computação, Comunicação, Informação, entre outras – ciências indutivas e incrementais, pois dividem para compreender.

Funcionam bem em cenário de continuidade, mas não no disruptivo.

Quando vivemos rupturas na sociedade, como agora, é evidente que precisamos rever o próprio Sapiens. 

A noção que tínhamos do humano precisa ir para a berlinda.

Nestes momentos, recomenda-se fortemente o retorno para Ciências Dedutivas, com forte viés filosófico e integrador.

É preciso, antes de tudo, reanalisar o Sapiens e, só então, quando necessário, voltar às Ciências Aplicadas específicas.

Não tínhamos no passado, por exemplo, a noção exata de quanto somos tecno-midiático-dependentes e como alteramos a sociedade – e as próprias redes – a partir de novas mídias e movimentos demográficos.

É por causa disso que abracei, com entusiasmo,  a Antropologia Cognitiva, que faz análise macro-histórica, tendo como referência o próprio Sapiens e a evolução do seu cérebro.

Essa abordagem facilita a revisão de diversos conceitos e paradigmas das Ciências Aplicadas, incluindo a das Redes.

O grande risco de estudar – como tem muita gente fazendo – a parte pelo todo é analisar o rabo, como se fosse responsável pelo movimento do cachorro.

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/E0P4gnUpk-k

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