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Era muito ingênuo quando comecei a estudar a Revolução Digital. E nessa fase infantil, utilizava o conceito “desintermediação”.

E há muita gente, sonhadores utópicos, ou tecno-sonhadores, que acreditam que o Digital vai nos libertar totalmente das amarras sociais e iremos viver num mundo livre de mídias.

Puro engano.

Mídias são Meios.

Meios estão entre pessoas, que precisam destes para estabelecer canais e códigos de trocas.

Outras espécies têm mídias naturais, já nascem com elas. Nós criamos as nossas.

Temos Tecno-mídias, que progridem, conforme as demandas de sobrevivência.

Um ambiente midiático funciona por determinado período histórico, mas perde a validade, conforme aumentamos o Patamar de Complexidade Demográfica.

Os modelos de intermediação de ontem, não podem ser os mesmos de hoje ou de amanhã.

Novas mídias permitem saltos produtivos e estes  nos levam a saltos demográficos.

Não existe nada mais revolucionário na sociedade do que mais gente querendo comida. A demanda passa a bater à porta da inovação todos os dias, exigindo melhores ofertas.

O que temos nesse novo século – com a chegada das novas mídias – é macro-processo de reintermediação.

O modelo de intermediação midiático-administrativo, baseado na oralidade-escrita-gestão se tornou obsoleto para os problemas complexos que temos hoje.

Só se sustentou no último século pela chegada de mídia centralizadora e por falta de uma descentralizadora.

A Reintermediação 3.0 sofistica a maneira que trocamos informações, produtos e serviços. Se comparada com a passada é mais sofisticada e dá respostas satisfatórias para diversas “perguntas sem saída”.

Porém, como todo ambiente tecno-midiático-social, não é definitivo e nem será isento de problemas.

Reintermediar é preciso, pois sobreviver e viver também.

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:
https://youtu.be/r3dTINPdDAk

 

 

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