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Quanto mais palestro, dou aulas, discuto com pessoas de todas as idades, perfis constato a mesma coisa: nossa mentalidade não suporta macro-mudanças!

O Sapiens, de maneira geral, foi educado e formatado para viver na micro-história, talvez na hiper-micro-história.

Se falarmos do ser humano médio, estamos interessados no que ocorre com nossos familiares (muito), amigos (bastante), algo no nosso estado ou país (em alguma medida) e talvez no mundo (de vez em quando).

Vivemos inseridos no nosso tempo e lugar, profundamente intoxicados do cotidiano.

Nas organizações que trabalhamos temos nossas metas diárias, semanais, mensais, ou no máximo, anuais.

Isso não é algo ruim, negativo. Nós somos assim e é isso que nos faz sobreviver.

Vivemos hoje, entretanto, início da Era Civilizacional 3.0 provocada pela chegada de nova mídia digital e, com ela, da nova linguagem dos cliques, que nos abre revoluções sociais, políticas e econômicas.

Vivemos momento de disrupção do Sapiens, a passagem de um Homo que vivia sob a égide das linguagens oral e escrita que criaram a Gestão.

E estamos introduzindo a linguagem dos cliques que nos permite experimentar a Curadoria.

É mudança radical de como organizamos a espécie, talvez a maior mudança já promovida pelo Sapiens em todos os tempos.

O novo modelo de administração é muito mais próximo dos insetos, como das formigas, do que dos mamíferos, que sempre foi nossa referência, com respectivos líderes-alfas.

Sim, já tivemos mudanças de mídias no passado com consequências proporcionalmente similares. Mas, em nenhum outro momento da macro-história, mudanças provocadas pela chegada de novas mídias foram tão rápidas e disruptivas e impactaram tanto a primeira geração.

Precisamos, no passado, por exemplo, de várias gerações (exatos 350 anos) desde a chegada da prensa para migrar da monarquia absoluta para a república.

E agora não temos mais esse tempo.

Há choque entre a forma como vemos o mundo na hiper-micro-história, sempre em continuidade, para o da macro-história em processo disruptivo.

A continuidade incremental que esperávamos que fosse as nossas vidas não está acontecendo.

E aí está, talvez, o grande desafio educacional para as lideranças da geração pré-digital: migrar, em curto espaço de tempo, de pensamento contínuo micro-histórico para um disruptivo macro-histórico.

É isso, que dizes?

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