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As pessoas comparam liberalismo com comunismo, socialismo, ou outros ismos.

Complicado.

O liberalismo, a meu ver, é uma topologia de poder, uma forma de se preocupar com a forma e não com o conteúdo social.

Um liberal de raiz é aquele que acredita que é no somatório da ideia de cada pessoa que se chega na melhor sociedade possível.

Assim, a defesa de uma sociedade liberal não é de conteúdo, mas de forma. De estruturar modelo em que seja possível que cada um possa contribuir para que a Inteligência Coletiva se viabilize.

O problema é que o liberalismo não se faz de fora para dentro, mas de dentro para fora, por isso é algo mais demorado e de longo prazo.

Uma sociedade mais autônoma exige que cada pessoa tenha mais autonomia de decisão, E isso implica situações de melhoria de vida, de escolaridade e oportunidades econômicas.

Quanto maior for autonomia de decisão de cada cidadão em uma dada sociedade, mais as ideias liberais serão defendidas e terão repercussão.

E vice-versa.

Quanto menor for autonomia de decisão de cada cidadão em uma dada sociedade, menos as ideias liberais serão defendidas e terão repercussão.

Quando há dependência para a tomada de decisões, se tenderá a seguir o conteúdo de algo maior, vindo de fora, como um pacote fechado.

Ideologias conteudistas, em que se define o futuro de uma determinada maneira, ganharão espaço na sociedade.

Se reduzirá a taxa de produção de Inteligência Coletiva, tanto em termos de ideias, como de produtos e serviços.

Há dois fatores que devem ser contabilizados como variante desse aumento ou redução da adesão de ideias liberais no mundo e em determinada sociedade:

  • o aumento demográfico;
  • as tecnologias cognitivas disponíveis.

Se há aumento radical, como tivemos no mundo nos últimos 200 anos, obviamente que conjunto enorme de habitantes não terão escolaridade.

Terão baixa autonomia e precisará de um centro forte para poder tomar decisões, o que vai reduzir a taxa de inteligência coletiva descentralizada.

E teremos, por tendência, o aumento de ideologias conteudistas e centralizadoras, como temos visto tanto na América Latina, como no Oriente Médio e, de certa forma, em todos os países.

O liberalismo, assim, é como se fosse uma sanfona.

Quando aumentamos a autonomia de pensamento, teremos mais liberalismo e vice-versa.

Falta ainda a percepção do papel das Revoluções Cognitivas no movimento liberal.

Que detalho mais aqui.

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Video relacionado:

Um caçador de mentiras, na verdade, não tem a verdade, mas é apenas um mentiroso mais sofisticado.

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É importante que o caçador de mentiras saiba que ele não traz a verdade, mas é alguém que percebe que é um mentiroso e está também analisando suas próprias mentiras.

Há no processo de caça de mentiras, duas fases:

  • a de planejar a mentira;
  • e de executar a mentira.

No planejamento da mentira, é importante ir cortando os cabelos para tornar a mentira menos cabeluda.

E aí temos duas etapas ao planejar a mentira:

  • a narrativa do mentiroso;
  • e a interação do mentiroso com outros mentirosos.

A narrativa do mentiroso exige coerência interna.

Não pode dizer que um casaco é vermelho no início e ao final falar que é azul. A mentira fica evidente para os menos ingênuos.

A primeira é uma caçada de contradições internas da narrativa do mentiroso, pois é preciso contar uma mentira coerente.

Depois, é o momento de contar a mentira para outros.

Cada pessoa que ouve a mentira pela sua subjetividade única é capaz de enxergar os buracos. E, por isso, quanto mais o mentiroso contar sua mentira, ouvir os furos e corrigir a narrativa, melhor ela vai ficando.

(Hoje em dia, principalmente no Brasil, a maior parte das pesquisas acadêmicas – ainda mais na área de humanas – são mentiras que ficam nessa primeira parte: narrativa de mentiroso.)

Porém, é preciso depois de aprimorar muito bem a mentira, colocá-la diante do teste principal: a vida.

A vida é a melhor caçadora de mentiras que temos.

O mentiroso ético é aquele que quer a melhorar a sua mentira enquanto está vivo.

Sabe que a mentira é provisória.

É igual a um nadador que quer bater todos os recordes, enquanto estiver competindo nas piscinas.

A vida adora cortar cabelo de mentiras cabeludas.

Mentiras, assim, precisam criar metodologias para serem testadas.

É só no momento que estão sendo testadas diante da vida que uma camada mais profunda das mentiras emerge.

Uma coisa é convencer pessoas, facilmente iludidas, de que a mentira faz sentido. Outra bem diferente é ver se a vida aceita aquele papo furado.

A vida é a verdadeira prova definitiva de todos os mentirosos.

A vida é o Mentirotômetro final e definitivo.

Obviamente, que podemos durante um período conseguir esconder os resultados que mostrem os furos da mentira. Ou a mentira é a melhor mentira que temos por enquanto.

Mais dias, menos dias, contudo, a mentira começa a criar problemas e demanda uma mentira melhor.

Mentiras como sabemos, têm pernas curtas.

Os grandes mentirosos são aqueles que conseguem criar mentiras e fazer com que as metodologias em cima destas mentiras durem mais tempo.

É isso, que dizes?

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Video relacionado:

Muita coisa sobre o futuro, inovação, estratégia depende do conceito entre verdade-mentira.

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A maior parte dos alunos que entra na minha sala de aula acredita que existe uma verdade lá fora. Procuro demonstrar que pode até existir, mas o ser humano sempre está mentindo sobre ela.

Mentindo por que quer?

Não, mentindo, pois o que temos são mentiras provisórias. Procuramos ter mentiras que nos permitam decidir sobre determinados problemas num determinado tempo e lugar.

Temos a fantasia de que há ali uma verdade, mas é melhor pensar de forma inversa, pois sempre estaremos trabalhando com desconfiança diante dos fatos e percepção, que podem mudar no dia seguinte, a partir de novas interações com a vida.

Quando defendemos a procura da verdade, no fundo, o que estamos dizendo é que devemos aperfeiçoar as nossas mentiras.

E podemos aí começar a pensar de uma forma mais objetiva sobre as mentiras que nos alimentam.

Como uma mentira é desmascarada?

O dito popular de que “mentiras têm pernas curtas” é maravilhoso.

Mentiras ignoram as regras da vida. E, por isso, mentiras cabeludas serão mais cabeludas, quando forem se afastando destas regras. 

Cada espécie viva, e isso podemos observar a todo o momento, quer antes de tudo se manter viva e viver da melhor forma possível.

Tudo que vai na direção da sobrevivência tem mais verdade e tudo que vai contra tem mais mentira.

A economia é, por exemplo, um jogo de trocas e de energias entre pessoas, natureza, materiais, outros animais. O mesmo podemos dizer da política e de cada uma das metodologias no mercado.

No longo prazo, o que gera valor, de fato, são todas as ações que apontam em direção à melhoria de vida de um conjunto maior de pessoas.

Uma startup, por exemplo, é uma caçadora das piores mentiras do mercado, para trazer mentiras renovadas.

Nem sempre as práticas que temos respeitam as “regras da vida” e, mais dia menos, dia a vida acaba por mostrar que estamos diante de mentiras mais ou menos cabeludas.

Já disse que existem alguns “postes” nos quais o “carro da verdade” costuma bater:

  • fenômenos novos;
  • malucos novos;
  • tecnologias novas.

Assim, podemos dizer que quem procura a verdade, no fundo, é alguém que quer trazer uma mentira melhor, que esteja fazendo uma releitura das regras da vida.

Muitos dirão que se existem regras da vida, a procura da verdade é a procura das regras da vida. Sim, podemos pensar assim, mas nossa vontade de nos iludir é grande.

Mudanças ocorrem nas regras da vida, principalmente, quando aumentamos a população e inventamos novas filosofias, teorias, metodologias ou tecnologias.

Que as regras da vida se tornam mais difíceis de serem entendidas. Coloque aí a capacidade de um ou outro iludir um ou mais gente. E temos essa eterna busca pela mentira melhor.

Detalho aqui como aplicar o Mentirotômetro, uma forma de melhorar a qualidade das suas mentiras provisórias.

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Vídeo relacionado:

Hoje, o candidato a prefeito Índio da Costa disse o seguinte no jornal:

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‘Vou usar o modelo do Uber para a saúde’

http://extra.globo.com/noticias/brasil/indio-da-costa-vou-usar-modelo-do-uber-para-saude-20135601.html

Diz ele:

“Sou favorável à legalização. Vou usar, inclusive, o modelo do Uber para a saúde, a habitação, a segurança, o transporte. O usuário vai me dizer qual é a dificuldade que ele tem. Eu vou poder redesenhar com liberdade e autonomia, sem depender do empresário de ônibus. Eu vou redesenhar o modelo a partir da necessidade do usuário. Hoje a gente tem oportunidade de fazer, e eu vou fazer, o que as esquerdas sonharam para o Brasil e não conseguiram, que é um governo verdadeiramente participativo. Naquela época, a participação era de pequenos grupos e só quem era ligado à política participava.”

Nos encontros que tivemos nos últimos três anos no Laboratório de Inovação Participativa da IplanRio, empresa de tecnologia da Prefeitura do Rio, isso não é novidade.

Chegamos juntos à conclusão de que algo assim iria ocorrer, pois a uberização é a única saída para diversos problemas da cidade.

Há claramente uma incapacidade do modelo de gestão conseguir lidar com a atual complexidade.

O exemplo mais evidente é a dicotomia entre 9 mil ônibus para 40 fiscais, algo que é impossível de ser resolvido pelo modelo tradicional.

Porém, a uberização implica necessariamente em rever a relação fixa patrão-empregado e de empresas concessionárias-prefeitura.

A gestão é um pacote administrativo composto de um conjunto de tecnologias de comunicação e informação,  sob as quais um gestor toma decisões.

A Curadoria Digital, representada pelo modelo Uber, é um pacote administrativo composto de um NOVO conjunto de tecnologias de comunicação e informação,  sob as quais um gestor ARTIFICIAL toma decisões.

A grande diferença entre os dois é de que na gestão a capacidade de participação da sociedade é uma, limitada.

Na Curadoria, você aumenta radicalmente a possibilidade de participação, mas participar implica necessariamente compartilhar a decisão.

Quando se abre para que se dê estrelas, curtições, notas para qualquer serviço ou produto NECESSARIAMENTE se é obrigado a descartar aquilo que não está funcionando e promover o que está.

Quem avalia, não quer participar de uma pesquisa, mas quer decidir.

O Cidadão 3.0 não quer mais conversar com o gerente, mas quer ser o gerente!

Um projeto de abrir à colaboração, através dos algoritmos participativos, podemos chamar de projeto de Big Data participativo, no qual um gestor vai tomar as decisões, com as limitações que a gestão permite.

Porém, a Cultura da Participação que se está estabelecendo reduz o tempo e a demanda entre clicar num ícone e ver a decisão tomada.

Se depois do clique de avaliação não se tem decisão tomada, não se clica mais.

Chamo esse tipo de projeto de Gestoria, já não é gestão, mas também não é curadoria, fica no meio do caminho, abrindo para crises.

Não é possível fazer isso?

Sim, se pode, sem problemas, desde que se faça da seguinte forma:

  1. um projeto experimental de longo tempo e não como defende Índio da Costa de forma massificada em um ano;
  2. de tal forma que se vá gradualmente passando o poder de decisão do gestor para o cidadão, através de processos que permitam afastar pessoas e criar processos autônomos de decisão, via inteligência artificial.

Que tais projetos sejam visto como sementes, que vão virar muda, que vão virar árvore e depois de um DNA bem consolidado, floresta.

É uma mudança cultural profunda, pois está se implantando um novo modelo de administração do Sapiens, na qual o gestor vira curador e passa gradualmente as decisões para o cidadão, através de critérios definidos em algoritmos.

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E ainda:

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Há uma certa febre no mercado de que o grande cliente é o Consumidor 3.0.

É bom lembrar, entretanto, que em toda a corrida do ouro, quem ganhou mais dinheiro é também o cara que vendeu pás, picaretas, lampiões para os mineradores.

Startups que vão oferecer serviços para novas startups precisam ser estimuladas. É um bom negócio.

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Existe um certo engano no mercado entre empreendedor de sucesso e milionário.

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Sucesso é algo subjetivo.

Há empreendedores que traçaram uma reta de fazer o que gostam e isso não passou por se tornarem milionários.

Assim, há mentores que não são milionários, mas podem ser ricos, no sentido de conseguir ganhar uma grana e fazer o que gostam.

E pode haver também empreendedores milionários, que não estão ricos, pois não fazem o que gostam.

Quem mede mentor pelo extrato de banco, pode cair do cavalo.

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Minha visão macro sobre o cenário me diz o seguinte: estamos hoje praticando a caça livre aos antigos intermediadores.

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Todos os projetos de Startups 3.0 que aparecem vão na direção da morte do antigo intermediador.

Quando se mata um antigo intermediador, se chama isso de Inovação Disruptiva. E quando se mantém ele vivo e se faz uma aliança com ele, de incremental.

Não gosto de projetos incrementais, pois não estão muito coerentes com o futuro.

Se estamos vivendo uma guinda disruptivas, a tendência de projetos incrementais é não gerar muito valor.

Mais ainda.

Os antigos intermediadores estão nervosos e querem sobreviver. Nada mais natural que se apossem da ideia dos inovadores incrementais para ganhar fôlego.

O que vejo com oportunidade é o crescimento da Inovação Disruptiva. Matar intermediadores para tornar os intermediados mais felizes, através da redução de custos e melhoria dos serviços.

Para isso, é preciso de tecnologias matadoras, que permita que isso possa acontecer.

O sucesso está justamente em conseguir resolver o problema que está embolado com uma tecnologia que vai desembolar.

Tenho muita aversão a que empreendedores formigas sentem à mesa com intermediadores tamanduás. Sempre acho que um acidente fatal está para acontecer.

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Muitos têm várias teorias e práticas sobre o assunto, mas vamos refletir sobre o tema.

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A primeira constatação é que não podemos falar de mentoria, mas de mentorias.

Existem duas a princípio:

  • estratégica – que vai procurar ajudar a base do negócio, problema versus solução, que podemos chamar de estratégica estrutural;
  • pontual – que vai procurar ajudar em partes do negócio, a partir do momento que a parte estratégica está amadurecida, que podemos chamar de mentoria pontual.

Cada mentor pode ajudar, a partir de sua vivência em cada uma destas etapas.

É bom, para a sequência do projeto, que os mentores estratégicos esgotem fortemente uma etapa, depois se passe por uma fase pontual e depois, no caso, de buracos, se volte ao estratégico.

Bons Mentores Estratégicos são os que se dedicam ao futurismo, que estão o tempo todo construindo cenários.

Num círculo.

Outro ponto que me chama a atenção é a do Mentor passivo ou mentor ativo.

Muitos dizem que o papel da mentoria não é se meter, mas ajudar o mentorado a chegar sozinho às suas conclusões.

Será?

Não acredito em mentoria passiva, pois acaba sendo uma falsa mentoria.

Temos um problema diante do mentor e mentorado que precisa ser solucionado e quanto mais cada um puder realmente dizer o que pensa, melhor será o projeto.

A história de qualquer projeto empreendedor é um jogo entre pergunta-reposta sobre um problema-solução, quando mais isso for musculado, desde cedo, melhor.

Um mentor ativo, entretanto, não é um mentor impositivo ou autoritário. Quem está no fogo e vai se queimar é o mentorado, que tem que ganhar maturidade para poder ouvir, filtrar e decidir.

O mentor não vai impor nada. Ele opina. Em caso de discordância, de não aceitação, ele fez o seu papel, cabe ao mentorado procurar um mentor estratégico que concorde com seu ponto de vista.

Quanto mais ele fizer isso com os mentores, melhor, pois estará praticando para algo que virá depois em cada rodada de negociação, nais quais haverá sempre alguém querendo dar palpite e mudar o foco do negócio.

E aí entramos no debate sobre a capacidade de cada mentorado para decidir.

O que está sendo dito faz sentido e o que não faz?

Talvez aí esteja um dos pontos de sucesso de projetos empreendedores.

Ser capaz de ouvir, julgar e decidir o que faz sentido e o que não faz sentido diante das várias alternativas apresentadas.

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No trabalho que tenho feito de mentoria para novas startups, me esforço para apontar o que é óbvio, mas nem sempre evidente.

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Seres humanos têm necessidades permanentes e demandas variáveis.

Não podemos, sem que tenhamos mutações genéticas, alterar as necessidades humanas. O que ocorre é que estas necessidades, no tempo, geram diferentes demandas, que vão sendo resolvidas pelo antigo e atual mercado.

O novo empreendedor vem atuar nesse mercado para desembaraçar um nó existente.

Exemplo?

Se hoje existem jogos de computador é por que o ser humano gosta de jogar e não é de hoje.

A necessidade de jogar não surgiu agora, mas novas formas de jogo.

Quem investe em gameficação, por exemplo, atua sobre a necessidade humana de gostar de jogar que ganha nova demanda, a partir das novas possibilidades tecnológicas.

Assim, um empreendedor de games está suprindo a necessidade humana de jogar com outras ofertas.

Não está inventando a necessidade, que já existia, mas está oferecendo novas ofertas para velhas necessidades.

Um desenvolvedor de jogos é um fornecedor de serviços e produtos para a necessidade humana do jogo.

Quem vende jogos de tabuleiro, não eletrônico, vai perder fatias do mercado.

E aí vamos ao ponto.

Não existe na inovação, principalmente na disruptiva, alguém que não fique triste e perca o mercado.

Você quer que seu cliente aumente a taxa de felicidade, o que já não era mais possível com o antigo fornecedor.

Por isso, quando circulo nas mesas de mentoria, pergunto logo de cara:

“Quem você quer matar?”.

E aí vamos analisar o antigo fornecedor, suas falhas, seus problemas, seus custos, a infelicidade que está causando e que você vai resolver.

Um empreendedor é um caçador de infelicidades alheias e para isso terá que matar aqueles que estão causando infelicidade, oferecendo, assim, algo melhor.

É isso, que dizes?

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Somos uma Tecnoespécie.

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E somos regulados pelas Tecnologias de Linguagem.

  • Quando aumentamos a complexidade e criamos Tecnologias de Linguagens que permitem a descentralização, temos surtos liberais.
  •  Quando aumentamos a complexidade e não conseguimos criar Tecnologias de Linguagens que permitem a descentralização, temos surtos centralizadores.

Podemos dizer, assim, que grosso modo, não temos liberalismo e sim Tecnoliberalismo, pois procuramos ampliar, ao máximo, a capacidade descentralizadora de cada era tecnológica.

E mais:

E que o projeto, digamos ideológico dos liberais, é tirar o máximo possível de descentralização dentro dos limites tecnológicos possível.

Sob este ponto de vista, podemos dizer que existem dois grupos ou pensamentos fundamentais, que formam a verdadeira divisão ao longo da história, que superam a falsa dicotomia esquerda e direita: centralizadores e descentralizadores.

  • Os centralizadores – que defendem ordem centralizada, a partir de um determinado destino traçado para a sociedade. Para eles, a humanidade caminha inapelavelmente do ponto “A” para B” e determinado grupo sabe qual é este caminho e vai nos conduzir até lá. E aí variam os tipos de “profetas”, sejam eles religiosos, ideológicos, raciais, sanguíneos;
  • Os descentralizadores – que defendem ordem descentralizada, espontânea, a partir de destino em aberto, em que a humanidade NÃO caminha de ponto para outro e há uma inteligência coletiva que, na interação, acaba nos levando para o caminho menos ruim, a partir das interações.

E isso nos leva a:

  • Podemos dizer que os centralizadores são conteudistas, pois querem que as pessoas “tomem consciência” daquela determinada verdade e passem a seguir determinado rumo, rota, caminho, líder, tribo, etc.
  •  Podemos dizer que os liberais são topológicos, pois NÃO querem levar à sociedade para  determinado ponto e, por causa disso, querem garantir que haja a interação entre as partes. Não há líderes que sabem, mas curadores que queremos promover a Inteligência Coletiva.

Tal divisão, no fundo, é muito mais próxima do que hoje definimos como esquerda e direita, pois há centralizadores no que chamamos de direita. E descentralizadores, como é o caso de alguns grupos anarquista, que chamamos de esquerda.

O liberalismo, que podemos chamar de forma muito mais adequada de descentralismo, visa a descentralização de poder, através do empoderamento dos indivíduos.

E ainda:

Para um liberal não existe objetivo central da humanidade, a não ser sobreviver da melhor maneira possível. E para que isso seja feito é necessário que haja interações para resolver os problemas cada vez mais complexos que vamos nos metendo.

O descentralismo (que chamamos de liberalismo), na verdade, defende não uma ideologia, mas um tipo de topologia de modelo de poder, em que o centro não exerce uma função reguladora ou condutora.

Um liberal tem uma ideologia de forma e não de conteúdo.

O centro liberal existe para permitir que as pontas possam interagir, tendo a função, para falar uma palavra da moda, de curadoria.

Se existe uma ideologia liberal é uma ideologia topológica, de procurar o tempo todo garantir que a sociedade seja a mais descentralizada possível.

Quanto mais ela interagir, menos erros, teoricamente, vai cometer. 

O liberalismo consegue vingar no tempo, pois o Sapiens é escravo da inovação e qualquer sociedade que opte pela centralização acabará em crise, pois esbarrará na realidade da complexidade progressiva.

A prática liberal isso implica e exige:

  • a aprendizagem para a autonomia de pensamento das pontas para permitir a descentralização cada vez mais ampla e sustentável;
  • as tecnologias de linguagem mais modernas descentralizadoras, que permitam o aumento cada vez maior da inteligência coletiva;
  • e valores, leis, normas e regras de conduta e coletiva que levem à descentralização, bem como a mesma postura de seus dirigentes.

É isso, que dizes?

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Temos um problema filosófico sérios a ser superado na relação ser humano com tecnologias.

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  • O problema é que temos uma visão de tecnologia = máquinas.
  • E normalmente tecnologia é coisa nova.
  • Tecnologia velha é relíquia que lembra nossos avós.

Podemos definir tecnologia como tudo aquilo que não nasce em árvore, o que, na verdade, que caberia na mesma definição de cultura.

Podemos dizer, assim, que conceito bom é conceito vivo.  Conceitos formatam nossa forma de pensar e agir.

E quando imaginamos cultura e tecnologias separadas, não imaginamos que as linguagens, aquilo que usamos para promover as trocas, são tecnologias em processo de mutação.

E, como toda boa tecnologia, se alteram com o tempo.

E mudam toda a sociedade.

O grande problema para entender o século XXI passa justamente por essa falsa visão que temos de nós mesmos: achamos que somos uma espécie “natural”, que de vez em quando precisa da impureza tecnológica. 

Mudanças provocadas por alteração das tecnologias das linguagens não entram no nosso radar de rupturas culturais.

E, como cupins no armário, as tecnologias das linguagens vão provocando mudanças no mundo que não conseguem ser compreendidas pelas teorias de plantão.

Prefiro, assim, o termo Tecnocultura. É bem mais preciso.

É bem mais preciso .

 

 

A ideia de que a realidade é sempre inventada. É muito boa.

É de Popper e aparece aqui e ali.

Quando se fala isso, imagina-se que temos que duvidar que a escova de dente é e escova de dente.

Não é bem isso.

É uma atitude de desconfiança perante nossa percepção.

Popper defende que tudo são hipóteses à procura de hipóteses melhores.

Assim, você tem que acreditar na sua escova de dente até que ela não vire algo diferente ou alguém lhe chame a atenção para que ela não é uma escova de dente.

No fundo, à procura da verdade é uma procura de uma lógica melhor que a nossa. Não é individual, mas coletiva.

É justamente  a certeza de que temos dúvidas ou a certeza provisória, que vai nos permitir ter certezas provisórias mutantes e cadas vez melhores.

Porém, quando debato isso com meus alunos, fica algo no ar, existe algum elemento que nos permite ter certezas provisórias melhores?

Eu arriscaria que devemos sempre nos agarrar a certezas provisórias que levem em conta à sobrevivência da vida.

Se existe algo básico dos básicos que deve ancorar todas as certezas provisórias é nunca perder de vista, no caso de estudos de fenômenos sociais, é de que a vida é sempre perseguida, defendida, protegida.

Assim, qualquer filosofia, teoria ou metodologia deve se preocupar com essa base: todos precisam comer, beber, se vestir, habitar, etc.

É sempre bom se perguntar se essa preocupação básica de todo o ser vivo está sendo levada em conta, bem com as suas variações.

Diria que a boa certeza provisória é aquela que não deixa de lado a complexidade humana. E faz parte básica dessa complexidade a demanda de sobrevivência.

Maduro, na Venezuela, por exemplo, resolveu inventar na economia e está faltando papel higiênico. É um caso típico de alguém que não levou a complexidade à sério.

É isso, que dizes?

Vídeo correlato:

Liberalismo aqui para este blog é uma forma de pensar e agir que defende o fortalecimento das pontas em relação ao centro.

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Muitos dizem que a palavra de ordem que une liberais é a liberdade, leia-se liberdade individual. Eu diria que é a descentralização, pois fica mais fácil encontrar falsos liberais na defesa da liberdade (que é algo abstrato) do que na descentralização (que é mais concreto).

A defesa da descentralização é algo que pode unir pessoas o tempo todo, em qualquer hora ou lugar.

Porém, só teremos ciclos liberais mais amplos (entenda-se em várias regiões do planeta ao mesmo tempo) em determinadas circunstâncias.

Há um conjunto de forças importantes para viabilizar o liberalismo, em qualquer lugar:

  • os indivíduos de determinada sociedade precisam de algum tipo de autonomia de pensamento para poder assumir os direitos e deveres da descentralização e isso implica que os problemas básicos mais imediatos tenham sido resolvidos para reduzir a dependência em relação ao centro;
  • é preciso tecnologias que permitam a fiscalização das pontas para o centro, da sociedade para as organizações.

Um fator importante para reduzir o liberalismo na sociedade e aumentar a centralização é o aumento demográfico. Quando aumentamos a população muito rapidamente não há:

  • espaço/tempo/recursos para se criar a aprendizagem para a autonomia, há problemas emergenciais que começam a demandar respostas mais urgentes e demanda por um centro solucionador;
  • e acaba se centralizando os canais de mídia para resolver problemas objetivos e subjetivos, pois a produção precisa de uma massificação de demanda e oferta.

Assim, depois de picos demográficos é bem provável que tenhamos o aumento da centralização e a redução do espaço do pensamento e prática liberal descentralizadora.

Populistas de todos os tipos defenderão medidas paliativas e emergenciais, que visam aumentar o seu poder central, tentando eternizar a baixa autonomia.

É o que tem ocorrido neste início do século XXI e em outros momentos do passado.

Revoluções Cognitivas Descentralizadoras, entretanto, são as maiores aliadas para a descentralização e o liberalismo, pois elas, de forma rápida, conseguem:

  • criar autonomia de pensamento com bastante velocidade;
  • ajudam a denunciar os desvios do centro;
  • aumentam a possibilidade do empreendedorismo, tornando cada novo micro empreendedor um liberal por natureza, pois precisa do mercado livre e aberto para sobreviver.

Há que se ter uma revisão profunda no pensamento liberal da relação entre demografia e revoluções de mídia, chave para os projetos estratégicos que vão surgir no novo século.

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Vídeo relacionado:

A cultura humana pode ficar obsoleta?

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Pode.

O Sapiens é a única espécie viva e social do planeta que cresce demograficamente, pois pode dar upgrades Tecnoculturais.

As outras espécies têm cultura fixa, pois são genéticas.

Esta é a mudança de percepção necessária para entender o século XXI.Estamos pagando o preço de termos saltado de um para sete bilhões, gerando demandas objetivas e subjetivas, que tornaram a Cultura 2.0 obsoleta.

Todas as crises que vemos e assistiremos é a incapacidade com a atual Cultura 2.0 poder lidar com a Complexidade 3.0.

O que está em crise atualmente não é o capitalismo, a república, o humano, a falta de religião.

A Macrocrise da Cultura 2.0 na virada do século saiu da sua fase latente e se tornou explícita por dois motivos:

  • a descentralização de mídia, que permite que se saiba mais, se articule mais, se questione mais, se informe mais;
  • o surgimento da nova Cultura 3.0 emergente, que apresenta nova forma de pensar e agir diante de velhos problemas.

De um lado, denunciamos o velho e, por outro, começamos a perceber e experimentar o novo. É preciso, assim, saber o que ficou obsoleto na forma de pensar e agir da Cultura 2.0.

  • Poderia apontar como o principal motivo da crise, a certeza arraigada de que apenas administradores centrais de carne e osso são os únicos que podem controlar e coordenar processos, através de comunicação oral e escrita.
  • Poderia apontar como a principal novidade para sair da crise, a criação de uma nova cultura de administradores artificiais, que passam a controlar e coordenar processos, permitindo a participação de massa, através de novos modelos de comunicação de ícones participativos.

A chegada da Cultura 3.0 é a saída para procurar novas formas de pensar e agir para resolver problemas, através de novo modelo de conversa entre sociedade-organizações, intermediados por gestores artificiais.

A Cultura 3.0 se baseia na difusão de gestores artificiais que têm como missão decidir não a partir do centro, mas permitir que as decisões sejam tomadas de forma a promover cada vez mais a Inteligência Coletiva Digital.

Um conjunto enorme de Tecnologias Descentralizadoras estão sendo implantadas na sociedade, todas na mesma direção: aumentar a capacidade de decisão individual em todas as áreas para lidar melhor com a nova Complexidade Demográfica.

É para lá que o mundo caminha, de forma inapelável.

Quem não subir no bonde, vai ficar no ponto

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Muita gente joga pedra no século passado. Sim, foi um dos mais violentos da história. Não por causa das guerras, que sempre tivemos, mas pelas tecnologias das guerras, que permitiram matar muito mais gente.

Precisamos, na verdade, rever como pensamos a Macro-História.

A história não é linear e se move, a partir de algumas variantes fundamentais:

  • aumento demográfico progressivo;
  • capacidade que temos de inovar a Tecnocultura;
  • e ciclos de centralização e descentralização.

Quando aumentamos a população, a tendência é centralizar canais de ideias e distribuição, pois demandas objetivas precisam ser atendidas primeiro em detrimento das subjetivas.

Só podemos sair desse sufoco quando a Tecnocultura consegue criar nova linguagem, que permite trocas mais horizontais e descentralizadas e um novo ciclo de descentralização.

O século passado foi de centralização o atual será de descentralização. O século passado foi da força e o atual será o do convencimento.

Assim, não devemos encarar o século passado do ponto de vista moral. E nem achar que os conceitos fundamentais da república e do capitalismo precisam ser revistos.

A crise que tivemos, temos e teremos que superar é Tecnocultural.

O aumento demográfico radical que nos tirou de um e nos colocou no patamar de complexidade de sete bilhões tornou a nossa Tecnocultura obsoleta.

Queremos resolver problemas complexos com uma Tecnocultura de baixa sofisticação. Tudo que veremos neste século é o upgrade Tecnocultural em direção a lidar melhor com mais complexidade.

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Estamos saindo de uma era de centralização de ideias.

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Isso foi resultado da química complicada entre aumento demográfico, concentração  dos canais de trocas, que nos levou à baixa diversidade de pensamento.

De maneira geral, o saldo de tudo isso é que temos concepções de mundo muito mais vindo de fora para dentro do que de dentro para fora.

Leiam mais no texto “A concentração obrigatória: por quê o mundo teve que concentrar as ideias no século passado?“.

Um destes conceitos construídos de fora para dentro é o do sucesso.

Podemos dizer que hoje temos o Sucesso 2.0.

Sucesso 2.0 é sinônimo de subir.

E subir é ter dinheiro. E todos que querem ter sucesso devem seguir esse roteiro.

O sucesso se tornou algo objetivo, material, tangível, muito ligado ao dinheiro, que permite que tudo isso seja possível.Não é algo medido de dentro para dentro, mas de fora para dentro, do olhar da sociedade para o sucesso de cada um.

Quem define quem tem sucesso é o outro e não ele mesmo.

O sucesso  passou a ser algo objetivo e não subjetivo de cada um.

O sucesso está ligado ao conceito de felicidade, um tema que abrange o ramo moral e ético da filosofia, que procura responder: “O que afinal estamos fazendo aqui e como podemos viver melhor e viver uma vida com significado?”

As pessoas, na verdade, imaginam que ao se chegar ao sucesso está se comprando felicidade. E que felicidade é alto também medido de forma para dentro.

Se todos acham que estou feliz, estou feliz.

(Entendo felicidade como uma taxa de satisfação pessoal ao longo do tempo.)

O que nos leva também a perceber que a felicidade (como o sucesso) passou também a ser um conceito objetivo, geral e não algo subjetivo de cada um.

A guinada que estamos dando com a chegada da Revolução Digital altera os conceitos de sucesso e felicidade.

Estamos começando a construir o Sucesso 3.0.Hoje, com as novas Tecnologias das Trocas estamos saltando os limites produtivos do século passado e podendo casar individualidade com produtividade.

A diversidade do Mundo 3.0 permite que possamos começar a tirar o Sucesso subjetivo do armário!

Há espaço para que se possa personalizar produtos e serviços, sem que isso signifique o caos social. E mais e mais gente começa a se interessar pelo não padronizado.

Isso é um movimento de mão dupla, que gera oferta e demanda, descentralizando as antigas organizações e podendo tornar o Sucesso Subjetivo sustentável, pois num mundo centralizado só poderá sobreviver quem aderir ao Sucesso de plantão.

Assim, se inicia processo de estímulo à diversidade individual e isso se torna viável economicamente.

E o aumento da taxa de diversidade significa trabalho de reflexão sobre os nossos conceitos, os objetivos.

Aumenta-se a demanda e a oferta pelo Sucesso 3.0.

 

Tal fato, abre possibilidade de que mais e mais empresas possam oferecer produtos e serviços para nichos, num círculo virtuoso.

Aumenta-se radicalmente a taxa de conceitos construídos de dentro para fora, onde se inclui o do sucesso e o da felicidade.

Assim, ter sucesso deixará de ser medido mais de dentro para fora do que de fora para dentro.

Ser feliz com o que se faz é algo que importará muito mais do que apenas ter dinheiro, que é apenas uma das medidas relevantes a ser considerada.

E isso tem que ser a base filosófica para o pensamento das novas startups, que ainda estão muito intoxicada pelo conceito do Sucesso 2.0, do século passado.

É isso, que dizes?

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(Aviso: peço aos religiosos para não confundir o conceito de Deus com Deus da sua crença pessoal ou do seu grupo. Não estou promovendo aqui debate religioso, mas de Ciências Humanas e o papel da religião na Macro-História.)

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Antes de qualquer filosofia, a placa-mãe da placa-mãe de qualquer sociedade é como se responde as antigas e permanentes frases, sempre sem resposta, de onde viemos, para onde vamos, por que estamos aqui?

Como tudo isso não tem explicação, aparece o conceito de Deus, Deuses ou Não-Deus.

É algo que constitui a identidade dos povos e das pessoas.

O que há de novo nesse debate é alguns links que podemos fazer da influência no conceito de Deus da Demografia e das Tecnologias das Trocas.

Por se algo estruturante socialmente, o conceito de Deus será mais próximos de nossas demandas civilizacionais.

Deus, a cada fase da história, será aquilo que precisamos que ele seja.

Quando vivíamos em pequenas aldeias ou em civilizações de baixa complexidade, a tendência eram vários deuses, o politeísmo, muito ligado à oralidade.

Cada tribo tinha o seu conceito de Deus, não unificado.

O aumento demográfico e a demanda de conexão cada vez maior entre as diferentes tribos, demandou o surgimento da escrita manuscrita, nova linguagem de trocas (a primeira a distância), que permitiu o surgimento do monoteísmo.

O monoteísmo só foi possível com a chegada da escrita, pois Deus psicografa para alguém (Moisés, Jesus, Maomé) e se tem um “livro sagrado”, que serve de base para a difusão daqueles ensinamentos.

Sem escrita não haveria o velho ou o novo testamento e nem o alcorão.

O monoteísmo escrito permitiu que tribos desconhecidas acreditassem no mesmo Deus, o que viabiliza civilizações maiores, pois você é diferente de mim, porém segue a filosofia do mesmo Deus.

Podemos dizer que haverá, assim, impacto com a chegada de novas linguagem, como temos agora na Revolução Digital, no conceito de Deus.

Há uma demanda hoje por um novo ciclo de descentralização política, social, religiosa, similar à chegada da prensa, quando o monoteísmo foi questionado.

Podemos defender que a chegada do Papel Impresso, em 1450, com as reformas que se seguiram, questionou pela ordem:

  • o totalitarismo violento e centralizador da Igreja Católica;
  • o papel da religião na política;
  • e a negação de várias crenças em paralelo.

De certa forma, Deus deixou de ser o elo aglutinador das tribos e isso ficou a cargo da República, com seus conceitos de liberdade de pensamento, incluindo credos.

Colocamos Deus em uma esfera mais etérea e muito menos prática e cotidiana.

Do ponto de vista de pensamento, o pai da Sociedade Moderna foi Darwin quando defendeu que o ser humano não teria vindo de Adão e Eva, mas era um processo natural de evolução.

Ou seja, não foi a criação de um centro, mas das pontas em processo descentralizado de trocas.

Essa é a base conceitual que permitiu a fusão das ideias primeiro de Adam Smith e depois de Darwin, que deu alguma validade religiosa ao capitalismo, um sistema de produção mais descentralizado.

Mais Darwinista.

Isso retirava, do ponto de vista subjetivo, o conceito de centro produtor de norma e leis e, de certa forma, admitia que a sociedade poderia se organizar de forma mais aleatória, a partir das trocas e interações.

Um conceito de Deus precisou ser superado para que o novo sistema econômico da sociedade moderna avançasse.

Sem a Prensa, não haveria Adam Smith ou Darwin e sem Darwin e Smith não haveria o liberalismo e nem república e nem capitalismo.

Houve uma descentralização do conceito de Deus para que tudo isso fosse possível!

Porém, se admitia de que, apesar de que deveria haver mais descentralização, tal processo ainda era feito por gestores de carne e osso.

Passamos para um monoteísmo organizacional, repetindo o modelo tribal do chefe, sub-chefe, curandeiro, etc nas atuais organizações modernas, que são ainda filhas da topologia da escrita.

Gestores laicos, entretanto, e não mais papas e reis escolhidos por Deus, mas pelos próprios homens e com ferramentais cada vez mais científicas.

O século XXI, entretanto, marca o final da Era Cognitiva Oral e Escrita e do que podemos chamar de Monoteísmo Escrito.

Há o o surgimento da linguagem dos ícones, que introduz na sociedade o uso intenso na área administrativa da Inteligência Artificial terá impactos profundos no conceito de Deus.

O atual Deus vai atrapalhar o avançar de tudo isso.

Haverá um novo ciclo de descentralização ainda mais radical, pois os processos terão que ganhar muito mais autonomia para as trocas. Teremos que acreditar em robôs e isso vai contra o conceito atual de Deus para muita gente.

Como o Uber, milhares de pessoas terão que ser coordenados por milhares de consumidores, gerenciadas por robôs.

Tudo isso nos faz pensar que haverá uma profunda revisão do atual conceito de Deus. A fé naquele gestor de carne e osso, que substituiu os papas e reis entra em processo de nova revisão.

Uma nova ordem artificial que não vem mais do centro e nem é apenas humana (apesar de ser feita por humanos), que ordena e organiza a sociedade precisa encontrar respaldo nas crenças.

O Deus 3.0 precisará dar lugar a algo muito mais etéreo, terá que ser muito mais artificial, descentralizado.

Ou um Não-Deus, ou multi-Deuses espalhados em diversas tribos, reduzindo bastante o espaço das religiões atuais.

Muitos dirão que vêm justamente o contrário. E têm razão.

Vemos religiões monoteístas crescendo em todos os lugares. Porém, elas não expressam o futuro. Ao contrário, querem justamente pela força impedir que este se estabeleça.

O que me deixa otimista, como demonstra a Macro-História, é de que o futuro sempre se impõem pelo convencimento e não pela força.

A força atrapalha, adia, mas não impede as  mudanças, pois as demandas obrigatórias sempre falam mais alto.

Temos 7 bilhões de almas para atender com demandas objetivas e subjetivas e isso não se resolve com reza.

O futuro para se estabelecer vai precisar rever o atual e primitivo conceito de Deus. Um Deus 3.0 será colocado no lugar.

É isso, que dizes?

 

 

 

Vídeo correlato:

Um debate quente em minhas palestras e em sala de aula é até onde vai a uberização da sociedade.

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Hoje, tenho afirmado e coloco isso dentro das minhas certezas provisórias o seguinte:

  • o Uber não é um novo modelo de negócios, mas de administração, no qual o controle de pessoas passa de gerentes aos consumidores, através de aplicativos;
  • hoje, parece evidente, que terá grande aceitação em setores de serviços que tenham profissionais isolados, que não têm grande coordenação entre eles: motoristas, entregadores, manicures, encanadores, eletricistas, médicos familiares (já há várias iniciativas nessa direção).

Isso eu acredito que não é algo que desperte grande polêmica, pois é um exercício mais simples de futurologia.

Porém, até onde vai a uberização da sociedade, o que nos leva para uma futurologia mais complexa?

Muitos argumentam que quanto mais complexo for o empreendimento e isso quer dizer coordenação de pessoas e processos – será necessária a presença de gerentes de carne e osso.

E aí é bom separar o que é estrutural do conjuntural. Ou que pedras se pode colocar o pé e quais podem te derrubar.

Digamos que todos podemos concordar que ser humano sempre terá necessidade em processos mais complexos de coordenação da atividades e pessoas. Ponto. Isso é indiscutível e quem disser algo diferente disso, pode internar.

A questão da futurologia que se coloca é a seguinte.

Poderemos ter mais adiante uma nova forma de coordenação de atividades e pessoas que não seja um gerente de carne e osso?

Vejamos que no Uber já temos o início do uso intenso de Inteligência Artificial voltada aos negócios.

Hoje, a coordenação de que pessoas devem ser afastadas e promovidas é feita pelos aplicativos, através da avaliação mútua entre passageiros e motoristas, que vai depurando a qualidade da comunidade de negócios.

Quem não tem Credibilidade 3.0, não se estabelece!

Temos também o surgimento do Uber Pool, que coordena já de forma tímida, ainda primitiva, mas já o faz, diferentes rotas para que pessoas possam dividir a corrida.

O Uber Pool orienta o motorista da rota que deve ser seguida, através de sofisticado – para o nosso tempo – processo de diferentes demandas e oferta.

O motorista não precisa fazer nada, apenas seguir a orientação da moça que fala com voz metálica.

Assim, o que acontece ali é a substituição do papel do gerente de carne e osso não só para coordenar pessoas, mas processos.

Um gerente artificial, que é a base da curadoria, orienta o motorista para que faça a melhor rota para integrar diferentes passageiros.

O Waze não é diferente disso.

Estamos, na verdade, criando a Cultura da Inteligência Artificial, na qual, aos poucos, a sociedade não mais estranha tanto se um determinado processo define o roteiro do processo sofisticado do que tem que ser feito.

O próximo passo, me parece ter lógica, é passar esse tipo de atividades de processos mais simples da divisão de corrida para outros mais complexos, tais como equipes que serão coordenados por um Gerente Artificial.

Isso vai ser um processo gradual, mas podemos prever que o futuro dos negócios caminha para uma robotização da administração dos processos e pessoas.

E isso se coloca como a grande macrotendência, que levará à geração de valor pelas organizações;

Um aprendizado que tenho tido com a prática da Futurologia é aprender que temos que nos agarrar SEMPRE às estruturas e não às conjunturas.

Aqui, no caso, é preciso pisar na pedra que haverá sempre “coordenação em processos administrativos”.

Isso é uma pedra sólida.

O que temos que projetar é se essa “coordenação em processos administrativos” não está sendo feito da uma maneira hoje e pode ser de outra, a partir de novas possibilidades tecnológicas, que nos entreguem relação de custo/benefício melhor.

É isso, que dizes?

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Veja vídeo correlato:

Um dos meus alunos me perguntou na última aula se essa modalidade de controle do Uber, via passageiros, não ia dar problemas.

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É uma pergunta recorrente em sala de aula.

Natural, pois toda a sociedade se estruturou nos limites dos modelos de controle que tínhamos, até então, e agora temos algo novo e melhor.

E causa estranheza e desconfiança.

Porém, o que há, na verdade, é que a sociedade perdeu – faz tempo – o controle sobre as organizações. Perdeu o controle da fiscalização da produção de dinheiro (o Bitcoin vem tentar resgatar), dos táxis (Uber), do trânsito (Waze), das ideias (Youtube, SoundCloud, Twitter, Facebook), etc.

A maior novidade da Revolução Digital é justamente essa: a criação do Controle 3.0, nova forma mais descentralizada da sociedade fiscalizar as organizações.

É algo parecido com o que ocorreu depois da Idade Média com o surgimento da república, quando precisávamos controlar o papa, os reis, os nobres e os senhores feudais.

Na época, isso só foi possível com a massificação da prensa, a partir de 1450, e agora só será com a Revolução Digital.

O Controle 3.0 só se viabiliza em função da chegada dos ícones participativos (que chamo de Quarta Linguagem), que permite agilidade, descentralização, transparência, sem perda de produtividade.

Tal linguagem permite a criação da nova modalidade de controle.

Quando vejo novos partidos políticos e seus integrantes jurarem que agora chegaram, finalmente, os honestos na política. E consultores organizacionais concentrarem o discurso em Propósito, Liderança Consciente, Experiência de Clientes, Inovação, Agilidade, Aprendizado, Mentalidade Exponencial e Desenvolvimento sustentável, me preocupo.

As pessoas acreditam, no fundo, que o principal remédio para o século XXI é uma massiva terapia civilizacional em que todos vão jurar que não vão repetir os erros do século passado.

Não é assim que a banda toca na Macro-História.

Só teremos mudança nas organizações se passarmos do Controle 2.0, feito por gestores para o Controle 3.0, que passa a ser feito pelos Curadores.

É a Curadoria Digital que vai resultar em organizações melhores e mais próximas da sociedade. E isso exige nova forma de controle, através de aplicativas, plataformas, participação de massa, estrelinhas, Karma Digital, como temos visto no Mercado Livre, Estante Virtual, Uber, Airbnb, etc.

É o que tem demonstrado todas as novas Organizações 3.0 que já praticam essa nova forma.

Organizações mais focadas no cliente – e não dando facada nos clientes –  é resultado do Controle 3.0, que impede que os antigos vícios continuem a ser praticados.

Muitos me perguntam como é possível?

E a explicação é a seguinte depois de 20 anos debruçado sobre o tema:

  • aumentamos a população, como sempre fazemos em escala nunca dentes imaginada;
  • o que gerou aumento de demandas obrigatórias e de complexidade;
  • precisamos lidar com esse aumento das demandas, aumentando o Controle 2.0 feito por gerentes, o que fez com que cada vez mais as organizações se afastassem da fiscalização social;
  • o que nos levou à crise do Corporativismo Tóxico e do relacionamento organizações-sociedade que vemos hoje.

Quando se coloca o Uber para rodar, ou o Bitcoin, ou o Waze, ou o Youtube, ou o Twitter o que temos é que há nova forma de controlar as organizações.

Uma forma mais adequada e coerente com a nova Complexidade Demográfica.

Há uma mudança disruptiva no antigo controle feito por gestores e o surgimento de um novo modelo, que permite aumentar a fiscalização social sem perda de produtividade.

Só o Controle 3.0 fará com que as organizações (todas elas em todos os campos) consigam chegar a tudo que os consultores prometem, pois haverá fiscalização constante do cidadão/consumidor.

O Controle 3.0 permite organizações melhores, pois consegue resgatar, através de novo ferramental administrativo, a fiscalização de fora para dentro e de baixo para cima.

Sem ela, todas as promessas serão apenas promessas.

E vão gerar frustração e o que é pior para os empreendedores, perda de valor e fechamento de negócios.

O Brasil é um país que pratica a primotocracia.

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É algo que vem das tribos e das aldeias.

Abro espaço, converso, aceito novas pessoas, desde que saiba de quem “é primo”.

Organizações de maneira geral não têm um espaço para novos contatos. As portas de entrada precisa de senha e login para que se avance.

É um ambiente organizacional típico de continuidade e repetição, de baixa inovação.

Pessoas de fora, como nas aldeias, são vistos com desconfiança, somos meio caipiras na arte de trazer novidade.

Desde que estou no mercado, não encontrei organizações brasileiras abertas a novos talentos.

As estatais, que ocupam grande parte dos postos de trabalho, trabalham por concursos, nos quais se define um modelo daqueles que devem entrar.

Isso vale também para as universidades estatais que estão preocupadas em colocar para dentro pessoas que reforçam o status quo e não que venham questioná-lo.

Isso, infelizmente, também é fato nas organizações privadas, a maior parte delas voltada para a continuidade e baixa inovação.

O problema é que se isso veio dando resultado até aqui, temos um grande problema a partir de agora.

O mundo digital com sua velocidade e demanda de inovação constante precisa de novos modelos. A primotocracia entra em profunda crise.

Isso vem ocorrendo nas novas Organizações 3.0.

Não existem primos no Youtube, no Uber, no Facebook, no Twitter.

Você é aceito sem nenhum grau de parentesco e vai, a partir de seus méritos, ocupar seu espaço.

É uma meritocracia renovada.

Quanto mais Organizações 3.0 ocuparem o mercado, menos primotocracia teremos.

É isso, que dizes?

 

 

O que é uma religião?

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É um conjunto misturado de filosofia e dogmas.

Parte-se do princípio que alguém se re-ligou a um ser superior e trouxe uma verdade para os homens.

Parte dessa verdade é filosofia, lógica. Parte é dogma, ilógica, em que se tem que acreditar, ter fé em algo ilógico, tal como Deus psicografou para Moisés os dez mandamentos.

Jesus é filho de Deus. E Maomé fez os poemas do Alcorão em contato direto com Alá.

Tais dogmas são inquestionáveis, pois fazem parte daquilo que não se discute na religião, os dogmas.

A diferença de uma religião para a filosofia é de que na filosofia não se admite dogmas, pois tudo pode ser questionado. A filosofia é uma espécie de espaço de dúvida, que oxigena a sociedade nos momentos de crise de todos os tipos, maiores ou menores.

O que seria uma Religião Abusiva?

O exemplo melhor é o passado da Igreja Católica que quis impor a sua verdade na base da força para o mundo, através de cruzadas, inquisições, combate à heresias.

A Igreja Católica só deixou de ser abusiva depois da chegada da sociedade moderna, em que transformou os estados religiosos em laicos e colocou Deus longe da política e da briga de poder.

Uma religião abusiva, assim, é aquela que não quer convencer pelos seus argumentos, mas impor, atuar na disputa de poder.

O exemplo atual é o do califado e da imposição da religião muçulmana como uma verdade social, impondo às pessoas uma forma de vida.

O marxismo é uma religião e é abusiva?

Sim, pois Marx em um dado momento defendeu que já era hora dos filósofos deixarem de pensar o mundo, mas deveriam mudar o mundo.

Ou seja, mudar o mundo, conforme os dogmas e verdades estabelecidas por uma ideologia.

No momento, em que não há filosofia, temos religião.

Há uma verdade de que o futuro da humanidade será socialista/comunista, é uma questão apenas de tempo. Tudo que aconteceu de equívocos e mortes até aqui na tentativa de impor essa verdade não é questionado.

Há inimigos a serem combatidos, pois vão contra os dogmas.

Assim, não temos um projeto de poder negociado e inclusivo. Mas uma religião fechada que quer impor a sua verdade, pela força ou convencimento, pouco importa, aos países.

O problema das religiões abusivas é que aqueles que as abraçam tornam os dogmas parte integrante da sua identidade.

Não havendo mais separação entre fatos-reflexão-identidade.

É  tudo a mesma coisa.

Qualquer fato é automaticamente reforço da identidade, sem espaço para a reflexão.

Religiosos abusivos não são passíveis de diálogo e convencimento, pois perderam a capacidade de reflexão e de diálogo. A única forma de combatê-los é o esforço permanente da sociedade de conscientização, com fatos históricos, de quanto esse tipo de prática é nociva.

É isso, que dizes?

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Vídeo complementar:

Do ponto de vista filosófico, não.

O ser humano é incapaz de conhecer a realidade, pois entre nós e os fatos, existe alguns fatores:

  • tecnologias que nos permitem a ver cada vez mais e perceber o quanto ainda falta a conhecer;
  • fenômenos que aparecem que demonstram que nossas certezas eram falsas;
  • malucos que olham tudo que já foi pensado e pensam algo completamente diferente (Darwin, Galileu, Freud, Einstein, McLuhan.)

Assim, só podemos ter certezas provisórias.

E aí uma aluna me provoca e pergunta.

“Ah, tá, então, só podemos dizer que sei que nada sei”.

Não, o sei que nada sei é apenas algo abstrato e tornaria o mundo um caos.

É preciso ter desconfianças permanentes, porém certezas provisórias.

E como se chega a medida de que certezas são provisórias e o que não pode o tempo todo ser dúvida permanente.

Temos duas armas.

A lógica e a experiência.

A filosofia e as teorias se baseiam em lógica, que constroem metodologias para se atuar na prática.

A única forma de se medir se temos boas filosofias e teorias é analisar:

  • a coerência interna, se o que está sendo dito na primeira página não renega o que aparece na décima quinta;
  • a coerência histórica, se o que está sendo dito se repete alguma vez na história.

E isso pode ser aperfeiçoado, através de constante debate em sala de aula, com clientes, com pessoas na Internet, diante do discurso de outros pensadores.

A única forma se tais teorias e filosofias criaram metodologias eficazes, depois do “corredor polonês” da lógica é partir para a prática.

Metodologias devem ser eficazes e gerar valor para a sociedade. Se geram valor, confirmam as filosofias e teorias e vice-versa.

Assim, só podemos ter certezas provisórias se conseguimos ir aos poucos reduzindo a taxa de dúvidas permanentes. E isso vai se consolidando com a consistência da lógica interna e histórica.

E depois com a prática da metodologia.

E vamos ajustando ao longo do tempo, num exercício permanente de constante diálogo e prática.

É isso, que dizes?

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Vídeo sobre este tema:

Não resta dúvida que temos um problema de “bigdata”.

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O motivo é simples e matemático, vejam os dois gráficos abaixo:

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O mundo cresceu sete vezes em 200 anos e o Brasil quase o mesmo em 100.

A medida exata do problema pode ser feita, através da quantidade de pratos de comida, uma demanda obrigatória para o Sapiens.

O mundo precisava produzir em 1800 3 bilhões de pratos de comida e hoje saltou para 21 bilhões, TODOS OS DIAS.

E o Brasil necessitava, nos tempos dos nossos avós, algo em torno de 90 milhões, em 1900, e hoje precisamos de 600 milhões, TODOS OS DIAS.

Isso é Bigdata, pois os pratos de comida são apenas o elemento básico, somado a água, mas some tudo que precisamos para viver, tanto objetiva e subjetivamente.

Assim, não resta dúvida que temos hoje muito mais data a ser processado do que antes. Tudo ficou big!

O problema da metodologia Bigdata, entretanto, é considerar que as organizações continuarão as mesmas e terão, apenas, que lidar melhor a maior quantidade de dados.

Não é assim que a história demonstra.

Quando aumentamos a população (sempre fazemos isso)  começamos a ter que enfrentar problemas de aumento de dados a serem processados.

Crises de bigdata foram os motivos de colapso de muitas civilizações!

Para superar a crise, temos duas alternativas. Ou entramos em crises profundas ou descentralizamos a administração!

Sim, o ser humano faz isso constantemente: descentraliza a tomada de decisões para poder lidar melhor com a quantidade de dados.

Não é, assim, um problema de lidar com mais quantidade na mesma administração.

Mas criar novo modelo de administração para lidar com tal quantidade, de tal forma que o novo modelo de administração permita a descentralização das decisões.

Porém, a história demonstra que só podemos proceder tais mudanças quando temos novas Tecnologias de Trocas que tornam possível a descentralização sustentável, aquela que permite que os processos continuem funcionais, com nova forma de controle.

Podemos ver isso claramente no fim da Idade Média, quando as cidades cresceram, o rei, os padres e o senhor feudal se tornaram obsoletos em lidar com o Bigdata da época.

A Prensa surgiu e permitiu um novo modelo político, econômico e religioso, com a criação da república, do capitalismo e dos estados laicos.

O pai do bigdata, aliás, é Galileu (1564-1642)!

Galileu há mais de 350 anos,  formulou seu princípio da similitude afirmando que nenhum organismo biológico ou instituição humana que sofra uma mudança de tamanho (entende-se aqui volume), e uma consequente mudança na escala de proporções, passa por isso sem modificar sua forma ou conformação.

Falo mais sobre Galileu e o princípio da similitude na minha tese de doutorado.

Ou seja, não vamos resolver o problema do bigdata com mais capacidade de processamento, mas alterando o modelo da administração das organizações, já que temos disponíveis novas Tecnologias de Trocas, com  celulares, ícones participativos, plataformas, etc.

E isso já vem sendo demonstrando na última década.

  • A indústria da música não perdeu mercado para um projeto de bigdata melhor, mas para o Napster que criou uma nova forma disruptiva e inovadora de distribuir música;
  • As cooperativas de táxi não perderam mercado para um projeto de bigdata melhor, mas para o Uber que criou uma nova forma disruptiva e inovadora de transporte de passageiro;
  • A Indústria da mídia, do turismo, os bolivarianos da América Latina não perderam espaço para um bigdata melhor, mas com um novo modelo de troca entre os consumidores e cidadãos.

Assim, a solução para continuar gerar valor passa sim por lidar melhor com o volume de informação, mas não se resolve o problema mantendo-se as organizações do mesmo jeito.

O atual administrador na gestão não consegue mais gerar valor, pois o consumidor amadureceu e novas organizações, com novo modelo de administração mais ágil, surgiram.

É uma questão de tempo para que cada setor perda valor e entre em crise.

Bigdata é sim o problema a ser combatido, mas a solução é criar novos modelos de administração,nos quais os atuais administradores viram curadores digitais e deixam o consumidor e as plataformas participativas se entenderem.

Como vem sendo feito no Uber, AirBnb, Waze, Mercado Livre, Amazon, Youtube, Google, etc….

É isso, que dizes?

Vídeo que abordo este tema:

 

Existe um problema filosófico sofisticado que nos impede de enxergar com mais clareza o novo século.

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E isso começa com uma frase de McLuhan, um teórico da comunicação canadense do século passado, que disse:

“O meio é a mensagem”.

E explicou:

“Independente do canal de televisão que você assiste, a tevê está fazendo a sua cabeça”.

McLuhan, a meu ver, é o pensador chave para entender o novo século, pois ele nos disse o seguinte, traduzindo:

  • as mídias mudam a a sociedade, muito mais do que imaginamos;
  • o ser humano é tecno e vive dentro de uma bolha tecnológica;
  • quando mudamos as mídias, mudamos a sociedade.

Diria mais eu com meus estudos.

Quando mudamos as mídias, podemos ter novas formas de administração mais sofisticadas.

Quando vejo os consultores de maneira geral defender mudanças organizacionais, como também nos novos partidos políticos, há milhares de promessas de mudanças para um consumidor/cidadão mais exigente.

“Juro que agora farei tudo diferente daqui por diante!”

No caso dos partidos.

“Juro que não vou roubar, que não vou esquecer as promessas”.

No caso das empresas.

“Juro que vou respeitar muito mais o consumidor e o meio ambiente”.

São juramentos de que agora tudo será diferente.

O pessoal quer apostar tudo na mudança de consciência e não na mudança do modelo de administração, que é a única forma de realmente mudar.

McLuhan treme na cova.

Note que o consumidor agora é outro, mas por que ele é outro?

Mudança de mídia.

Note que existem novas organizações no mercado que estão tirando a liderança das antigas. Por quê?

Mudança de mídia.

Novas mídias permitem que haja mudanças na sociedade tanto na oferta quanto na demanda.

Consumidores mais exigentes e empresas inovadoras que criam novas formas de resolver problemas.

Não são apenas novos modelos de negócio como no passado, mas novos modelos de administração.

Vejamos o caso do Uber e similares, na comparação entre o antigo modelo da gestão e o novo da Curadoria Digital:

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  • O modelo de administração da gestão (à esquerda) prevê que o gerente cuide do colaborador interno. Qualquer processo de contratação ou demissão passa por ele;
  • São colaboradores com carteira assinada, que são treinados com a supervisão do gerente. Qualquer problema é o gerente que se responsabiliza pela equipe.

No caso da Curadoria Digital (à direita), como no Uber, no AirBnb, é diferente.

  • Não há gerente para realizar esse controle e nem colaborador de carteira assinada;
  • O consumidor avalia diretamente o colaborador interno e vice-versa, há um algoritmo que calcula o Karma Digital de ambos e toma decisões, rebaixando, subindo, descendo, tirando da plataforma.

É um novo modelo de administração.

Quando falo isso aos meus clientes e alunos, muitos ponderam que é algo que não vai vingar em vários setores. Talvez no serviço, mas e no resto?

Tudo certo, isso tudo é especulação futura, mas vamos por partes, começando pelo presente.

O passo inicial é entender que há muitas organizações tradicionais que estão concorrendo não com outra organização, ou com novo modelo de negócio. Mas com um novo modelo de administração provocado, como disse McLuhan, pela chegada de uma nova mídia.

Isso permite que possamos passar pela primeira etapa do que seria a grande novidade para as organizações: o surgimento de um novo modelo de administração diferente da gestão na sociedade.

Isso é a grande novidade do século, seguida de outras secundárias.

Ponto pacífico!

A segunda questão é saber qual o futuro desse novo modelo nas outras áreas?

Vai ser hegemônica na sociedade? Vai influenciar tudo? Incluindo a política, a cultura, a economia? E entrar em todas as áreas, incluindo as que não imaginamos hoje?

Na sua área?

Muitos são céticos sobre a extensão, outros se arriscam mais, como eu, em afirmar que uma série de fatores culturais, sociais, políticas e econômicos apontam para a hegemonia da Curadoria Digital em algumas décadas.

E a aposta é simples: toda vez que um novo modelo de negócio com melhor relação de custo/benefício aparece, tende a se espalhar rapidamente. Talvez a regra também possa valer para um novo modelo de administração.

Porém, um empresário que se preze deve se perguntar seriamente e ao consultor de Business Digital Transformation:

  • O que é esse novo modelo de administração?
  • Vai chegar no MEU mercado?
  • Se não, por que não?
  • Se sim, por que sim?
  • Se sim, em quanto tempo?
  • E o que eu posso fazer para saber se estou certo nas minhas respostas e reduzir o risco de perda radical de valor ou fechamento da empresa?

É isso, que dizes?

Sempre falo para meus clientes e alunos que é preciso não esquecer das cooperativas de táxi.

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Imagina que você contrata um consultor estratégico antes dos aplicativos. Ia se falar de muita coisa, mas também do risco de surgir aplicativos e o Uber?

Muitos dirão que era impossível.

Será?

Podemos também nos colocar na posição da indústria da música.

Se coloque no lugar deles e imagine o que eles poderiam ter feito para não ter perdido espaço no mercado de uma hora para outra.

A indústria da música não percebeu que era uma empresas de intermediação de música distribuída em Cds e não uma Indústria de Música.

A cooperativa de táxis achava que era uma central de táxis e não um intermediador de taxistas dentro da plataforma do telefone.

O problema é que a grande mudança que estamos vivendo é a chegada de uma nova plataforma de trocas que tira o chão dos antigos negócios.

E cria um novo modelo de distribuição e também da administração.

O Uber, por exemplo, tem milhares de motoristas e quase nenhum gerente, pois consegue, através da Qualificação de Massa poder saber quem deve ou não ficar na plataforma.

Ao se pensar o futuro, não adianta uma série de palavras bonitas, tais como Propósito, Liderança consciente, Mentalidade exponencial, Desenvolvimento sustentável.

Isso tudo não é ponto de partida, mas de chegada. É resultado de um ambiente novo que é criado que permite que isso aconteça.

ISSO NÃO VAI ACONTECER NA GESTÃO!

Parece que as organizações chegarão lá, mantendo o atual modelo de administração e que a mudança será cultural.

Não será, o consumidor hoje está mais exigente por causa das mudanças TECNO-culturais.

Ou seja, há um novo cenário tecnológico que provoca mudanças culturais. Não adianta ter força de vontade para promover as mudanças, pois elas serão resultados de um novo modelo de administração, que só é permitindo em um novo ambiente Tecnocultural.

Tais demandas e mudanças são consequências da descentralização das mídias e só se conseguirá fazer a Transformation do momento atual para outro com alterações Tecno e culturais, uma vem com a outra e não separadamente.

Não adianta a empresas querer mudar, mas continuar praticando o velho modelo da gestão, que está ficando obsoleto.

É preciso criar laboratórios da nova cultura para monitorar e iniciar projetos já na Curadoria Digital, que é a nova forma de administração.

Se a indústria da música tivesse feito isso ou a cooperativa de táxi a chance de ter levado a surra que levaram teria sido bem menor, ou talvez nem tivessem levado.

Deixo a frase para refletir:

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Pense sempre na experiência dos fracassos recentes nos eu projeto de Business Digital Transformation.

Dá uma pista do que você realmente precisa.

Veja os vídeos em que debato o tema (vídeo 1):

Vídeo 02:

De maneira geral, ainda mais em fins de Eras Cognitivas, há uma espécie de doença filosófica que podemos chamar de “Matrixismo Agudo”.

Tal transtorno afetivo-cognitiva se reflete numa baixa taxa de autonomia de pensamento. Podemos dizer que a taxa da percepção de cada indivíduo é mais construída de forma para dentro do que de dentro para fora.

Isso é fruto de um longo período de concentração de mídia que provoca tal pandemia em todos os Sapiens, independente da região em que vive, mas com impactos distintos em cada uma delas.

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As pessoas perdem a capacidade de refletir sobre os fatos, pois são incentivadas a reduzir a diversidade em função do aumento da Complexidade Demográfica Progressiva, aliada a falta de mídias descentralizadoras.

Primeira, vamos tentar apresentar como percebemos os fatos, ou a realidade se preferirem e depois podemos falar da Pandemia existente. Vejamos um diagrama de como percebemos o mundo:

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Note que há um espaço intermediário entre os fatos e a identidade, que é uma espécie de “sala intermediária”, na qual refletimos sobre o que vimos e sentimos e que pode alterar a nossa identidade, de como nos vemos e pensamos o mundo.

Quando temos longos períodos de concentração de ideias, produtos e serviços na sociedade há uma redução desta sala intermediária e “colamos” nossa identidade aos fatos, como vemos abaixo:

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Note que deve haver um jogo constante entre os fatos e a identidade, sofisticando a percepção. Melhor: admitindo que não temos capacidade de enxergar os fatos diretamente, mas filtramos, a partir da nossa identidade.

Nossa percepção é algo volátil, temporário, fluido e que é fortemente influenciada pelo conjunto de fatores, que compõem nossa identidade, a saber:

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Deve-se criar espaço individual em que cada um reflete sobre fatos e questiona como pensava sobre eles, alterando algo na percepção, num jogo constante entre certeza e dúvida, como vemos abaixo:

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Há um processo de aprendizagem, que se baseia em observação dos fatos, reflexão e mudança.

Esta é a base da Certeza Provisória e do Trabalho Significativo, que nos permite avançar num determinado conhecimento sobre determinado problema sempre num processo de certeza e dúvida.

Vejamos agora, de novo, como é a radiografia de alguém que sofre de Matrixismo Agudo:

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Note que não há mais espaço de reflexão individual.

Há a junção entre identidade e fatos.

A pessoa vai olhar para os fatos, independente do que ocorra, da mesma maneira. Há um acoplamento da identidade com os fatos de forma que não se consegue mais olhar para os fatos com filtros perceptivos.

Tal quadro nos leva ao diagnóstico do Matrixismo Agudo, que pode ser crônico, ou não.

Os casos crônicos são aliados a um Matrixismo de viés religioso, político, ideológico em que a percepção cristalizou uma identidade da pessoa. A “sua tribo” pensa daquele jeito. Ou por transtornos psicológicos particulares.

O que não quer dizer que uma coisa seja excludente da outra.

O Matrixismo agudo conjuntural, que atinge a maioria, é apenas a incapacidade ou a falta de “musculação” da área de reflexão/percepção.

Que pode ser feito, através da prática constante de reflexão, a partir de um dado problema. E isso exige outro aspecto do problema: o auto-compromisso com um legado.

Vejamos a origem da palavra:

Comptomisso vem do Latim COMPROMISSUS, particípio passado de COMPROMITTERE, “fazer uma promessa mútua”, formado por COM, “junto”, mais PROMITTERE, “prometer, garantir”. Mitterre vem de missão, de pró-missão. Se comprometer é assumir antes que vai cumprir uma dada missão depois.

Antes de se comprometer com os outros, a pessoa precisa se comprometer com ela mesma com sua vida, dar um sentido que a permita ser alguém diferente dos demais.

Auto-compromisso com a sua missão individual.

Algo como.

Tenho uma  vida e vou dar a ela algum significado que faça sentido para mim e que reduza de alguma forma o sofrimento geral. E aí temos também uma divisão entre o que vem de fora e o que vem de dentro.

 

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A moral é a circulante na sociedade, incluindo as leis, que são resultados de morais passadas registadas.

Temos a nossa percepção do que é bom e mau para nós e os demais e podemos desenvolver uma ética individual.

A ética individual é a capacidade de reflexão entre a percepção e a moral, que nos permite ter um espaço para dizer sim e não, apesar da moral vigente.

Eu crio uma ética que me guia, apesar dos acontecimento da vida. No Matrixismo Agudo temos o seguinte quadro:

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A moral da sociedade passa a ser a minha moral.

Ou a moral da minha tibo, no caso do Matrixismo crônico passa a ser a minha moral.

Não há espaço para que seja construída uma ética individual de auto-compromisso da pessoa com ela mesma e dela com a sociedade.

No fundo, o que ocorre em ambos os casos é a vida em Matrix.

A pessoa, como sugere o Zeca Pagodinho, deixa a vida te levar.

Isso é algo que ocorre na sociedade de maneira geral, mas há uma pandemia de Matrixismo Agudo ao final de Eras Cognitivas, por alguns motivos:

  • aumento demográfico, que gera aumento de demandas obrigatórias;
  • demandas obrigatórias aumentam a complexidade;
  • aumento de complexidade exige aumento de oferta;
  • que precisa, para atender as demandas obrigatórias, reduzir as secundárias;
  • há tendência de centralização e incentivo à baixa de diversidade;
  • concentra-se a circulação de ideias, produtos e serviços;
  • o ensino passa a ser incentivador do Matrixismo.

Ao final de Eras Cognitivas, quando finalmente temos ferramentas para alterar a sociedade, criando espaços de reflexão e éticas individuais, não estamos preparados para isso.

O processo de tratamento é o de prática reflexiva tanto de aprendizagem quanto ética.

Compromisso individual e coletivo com a reflexão e a ética, fugindo da moral estabelecida. É a inovação filosófica de cada um consigo mesmo e com os outros.

Os dois temas discuto nos meus dois livros:

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O acesso aos livros pode ser feito participando do Clube 3.0.

Peça para entrar aqui.

A compra dos livros aqui.

http://tinyurl.com/nepolivros

 

Veja o vídeo em que debato o tema:

Minhas pesquisas apontam para o seguinte.

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Quanto mais gente houver no planeta, mais haverá demanda pelo liberalismo.

E liberalismo aqui se entende por movimentos cíclicos da humanidade em direção a sociedades mais descentralizadas.

No mundo ocidental, tivemos na Grécia, o Liberalismo 1.0, motivado pelo alfabeto grego. O 2.0, pela Prensa, a partir de 1450. E agora o 3.0, sob as asas do Digital.

Nossa espécie é a única, entre as que se organizam socialmente, que ousa não ter limites demográficos.

A única forma de lidar no longo prazo com a complexidade, sem que haja repressão individual é a descentralização das decisões.

Isso não é mais visível na Macro-História, principalmente por quem estuda, como eu, rupturas de Tecnologias de Trocas, desde o passado.

O novo surto liberal, que prefiro chamar de Descentralismo 3.0, será fortemente baseado em ações tecnológicas de descentralização, como já temos visto nos casos do Uber, Waze e Bitcoin.

As manifestações no mundo e principalmente no Brasil e o surgimento de cada vez mais organizações vindos de fora do sistema para dentro são sintomas do movimento de mudança liberal latente.

Já comparei revoluções cognitivas com ondas, mas a metáfora mais adequadas são a de cupins no armário, que corroem o sistema – silenciosamente – por dentro. E quando vai se abrir o armário, não há mais armário.

Os pensadores liberais do século XXI precisam incorporar as novas possibilidades tecnológicas, que permitem superar os limites impostos pelo ambiente Tecnocultural do século passado.

Hoje, temos dicotomia herdada do século passado entre mercantilistas (que defendem a centralização do atual modelo) e os monoteístas (que são contra e querem outro modelo de centralização ainda mais fechado, onde se incluem os bolivarianos e os fundamentalistas religiosos, principalmente os muçulmanos).

É preciso apontar, como a grande novidade do novo século o Liberalismo 3.0, a chegada de um Liberalismo renovado, uma renascença cultural, em que é preciso resgatar e reavivar os conceitos dos clássicos (onde se inclui os Austríacos) e mixá-los com as novas possibilidades tecnológicas.

É preciso revisões filosóficas, teóricas e metodológicas, nas quais iremos propor inovação para melhor em todos os grandes problemas hoje emparedados.

Estamos no início do início, mas é preciso pegar a estrada mais eficaz e acelerar.

Pós-escrito do livro:

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Baixe aqui.

É isso, que dizes?

 

Pode ser a sociedade humana que for, o regime que for, o modelo que for, mas aonde tiver um Sapiens haverá demandas obrigatórias.

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Haverá a necessidade de banheiros, pratos de comida, água, sem falar no resto com o tempo.

Assim, se quisermos entender o ser humano sem mi-mi-mi é preciso colocá-lo com um animal antes de tudo, que depois de alimentado pode pensar em outras coisas.

Dito isso, podemos pensar o seguinte.

Quanto menos complexas forem as demandas obrigatórias, ou tivermos menos gente para alimentar, menos haverá a necessidade de organizações e vice-versa.

Quando éramos nômades e nem falávamos, o modelo organizacional era primitivo e foi se sofisticando no tempo, conforme fomos aumentando as demandas obrigatórias.

Com a complexidade, vem a necessidade de criar organizações produtivas para resolver os problemas das demandas obrigatórias e depois as secundárias.

E estas organizações serão mais ou menos eficientes, conforme a capacidade que a sociedade tem de controlá-las para que possam atuar para servir a mais gente da melhor forma possível.

Na minha opinião, do ponto de vista da história, é falsa a oposição que Marx fez entre classes sociais.

Em qualquer sociedade haverá uma tensão muito maior entre organizações e sociedade.

Organizações são formadas por pessoas e seus administradores, que têm interesses distintos da sociedade. Qualquer ser humano quer preservar o lugar que lhe dá recursos para sobreviver.

Assim, haverá sempre a tensão entre o interesse de quem está dentro de uma determinada organização e quem está fora, que precisa dela para receber algum tipo de serviço ou produto.

Quanto menos trabalhar quem estiver dentro e mais aumentar o preço do produto e serviço, mais quem precisa deles vai ter que arcar com o custo.

Sim, a maior parte deste valor pode ir para o administrador da empresa, mas não importa, o valor será repassado para a sociedade de alguma maneira.

A tensão permanente que existirá em qualquer sociedade humana é justamente entre os membros interno das organizações e a sociedade.

O que não elimina tensões internas não só de cima para baixo, mas do lado para o lado, mas principalmente de dentro para fora para dentro.

Assim, quando grupos políticos se arvoram em defender o interesse dos trabalhadores, na verdade, estão defendendo o interesse, querendo ou não, das organizações aonde estão os trabalhadores.

Mesmo que se faça uma revolução socialista, anarquista, ou qualquer ista, e se crie um país de trabalhadores, logo se terá a necessidade de criar organizações com seus administradores e trabalhadores, com seus interesses corporativos, se voltará o conflito entre o dentro e fora.

A única forma de se gerenciar o conflito, pois nunca vai terminar, e isso é o pensamento dos liberais mais maduros: é a da defesa intransigente dos interesses dos consumidores de maneira geral.

É preciso ver as organizações como grandes blocos, que podem se voltar contra os consumidores.

E isso só é feito quando aumentamos a transparência da disputa entre organizações, através da livre concorrência.

A concorrência joga organização contra outras organizações, na disputa do que é melhor para o consumidor, que sempre é a maioria da sociedade.

Quando se defende o trabalhador, acaba-se indo, mais dia menos dia, para o corporativismo seja ele privado ou estatal.

O interesse do trabalhador acabará se confundindo com o do administrador, que irão de alguma forma fazer uma aliança para garantir um determinado privilégio para se servir de alguma forma do consumidor.

Que é quem vai pagar o pato ao final.

No Brasil, é bom reparar que se fala muito em defesa dos trabalhadores e de seus interesses, principalmente os estatais, e mais ainda os que têm carteira assinada que são minoria na população.

A outra parte, que não tem nenhum tipo de direito, que poderia pagar menos por todos os produtos e serviços e ter uma qualidade melhor de vida, fazem um esforço danado para manter esse corporativismo “do bem” ativo.

Conseguiram criar essa falácia de que a defesa do trabalhador de maneira geral interessa a todos.

É falso.

Os trabalhadores sobrevivem dentro de determinada organização e seus interesses serão, antes de qualquer coisa destas organizações, que defenderá privilégios contra a grande maioria da sociedade que pagará por eles.

Seja nesse regime ou em qualquer outro.

Não existe nada melhor do que a frase do Clay Shirky para marcar o impasse informacional do século XXI:

“Não temos problemas de excesso de informação, mas de filtros”.

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Na verdade, o que temos é a obsolescência dos antigos filtros, que foram feitos para um volume e uma velocidade de informação muito menor.

Os filtros da Era Analógica eram pessoas de carne e osso, que editavam, organizavam o acervo e definiam por nós o que era e não era para ser acessado.

Já tinha problemas, mas o volume era muito menor se comparado com a explosão pós-internet, principalmente depois da banda larga, quando explodiu o uso e barateou os custos de publicação.

O mundo digital trouxe a abundância da informação e tornou os antigos filtros obsoletos.

A principal crise da informação do século XXI é de filtragem.

Como é também a mesma crise dos gerentes, do bilheteiro do cinema, do caixa do banco. Antigos intermediadores se tornaram incapazes de lidar com a inovação galopante.

Temos complexidade a galope do século XXI e filtros a trotes do século passado.

As novas tecnologias criaram novo modelo de filtragem coletiva, através da quarta linguagem da comunicação, que permite que, via ícones, possamos gerar a Qualificação de Massa.

Ao invés do antigo centro filtrar, temos rede de filtradores, que podem apontar o que é mais ou menos relevante para desconhecidos, via agentes inteligentes, baseados em algorítimos, que  gerenciam todo o processo.

Isso é feito coletivamente, de forma massiva. E é para lá que as organizações informacionais caminham.

Porém, há mudanças individuais necessárias.

Mesmo com os agentes inteligentes, é preciso que cada um tenha nova forma de relação com a informação.

Precisamos muito mais das caixas dos quebra-cabeças do que de das peças sem lógica.

Podemos dizer, assim, que mamãe e papai filtros se separaram, foram cada um para um lado e deixaram-nos órfãos informacionais.

Temos cabeça intermediada do século passado e precisamos enfrentar a abundância da informação do novo século.

O que percebo é que as pessoas procuram ainda se informar sem refletir.

Imagina que informação nasce em árvore e não vem de uma fonte específica. O que é preciso é encontrar as fontes eficientes para os nossos propósitos, que possam nos trazer, pela ordem, dados, informação, conhecimento e sabedoria.

Pode-se analisar cada fonte e perceber o que cada uma agrega e o que, de fato, mais precisamos e nos alimenta melhor.

Fontes eficientes significam organizações e pessoas que nos ajudam a pensar e agir melhor.

Muitos se iludem que agora com a Internet todo mundo é fonte de informação, pois o “mercado das fontes” se abriu.

Isso não ocorre assim pois se fosse um fato todo mundo teria o mesmo número de seguidores no Twitter. O que temos hoje é:

  • muito mais fontes;
  • reguladas pela qualificação coletiva;
  • que ganham ou perdem status pelo desempenho, com meritocracia digital muito maior.

Antes da Internet, praticamente só eram fontes válidas as oficiais, organizacionais e institucionais.

Hoje, não. Ao contrário, as fontes organizacionais se mostram incapazes de competir num mercado aberto e muito mais inovador.

As fontes oficiais lembram aqueles gato gordos que não caçam mais ratos.

Assim, temos hoje muito mais fontes alternativas do que antes, fontes descentralizadas que são qualificadas coletivamente.

Iremos avançar no mundo digital para conseguir qualificar ainda melhor as fontes pelo peso e perfil de seus seguidores versus nossos propósitos.

Algo que o Google já faz ao classificar a ordem de resultados de busca e procura nos conhecer para aproximar maria de joão.

Não podemos comparar, por exemplo, uma fonte com muitos seguidores no Twitter apenas pela quantidade, mas pelo perfil e capacidade de multiplicação de seus seguidores.

Uma pessoa pode ter menos gente e ser muito mais influente daqueles que tem muito mais, dependendo do propósito de quem procura.

Boas fontes são aquelas que trazem muito mais com menos.

Por fim, ainda estamos muito intoxicados pelas mídias passadas, o que faz com que pessoas conhecidas por lá atraiam seguidores não pelo que dizem, mas pelo ibope que têm (ou tinham).

O processo é gradual.

Por isso, te pergunto para te responder depois:

Me diga quem são suas fontes de informação e te direi quem és!

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Baixe aqui:
http://tinyurl.com/cadcertipdfs

 

Se quisermos entender o século XXI, temos que compreender o fato mais importante para o Sapiens nos dois séculos anteriores: o crescimento populacional.

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Outras espécies grupais não crescem demograficamente. Ou se separam em universos diferentes ou eliminam as pontas: mais jovens, mais fracos, mais idosos.

Toda espécie viva e social tem modelo de Administração da Espécie, que consegue administrar determinado Patamar de Complexidade Demográfica.

O Sapiens vive sob a égide da Complexidade Demográfica Progressiva, o que nos obriga a inovação permanente em todas as áreas, incluindo nas tecnologias de troca responsáveis pela informação, comunicação e administração.

Nada explica melhor as mudanças tão disruptivas no século XXI do que o gráfico acima.

O aumento de complexidade demanda que, mais dia ou menos dia, a espécie precisará, para não entrar em crises profundas, descentralizar decisões.

A descentralização das decisões é a única forma que temos de tomar decisões melhores diante da complexidade galopante.

Descentralizar significa criar sistemas econômicos, sociais e políticos, que permitam a maior participação das pontas em relação ao centro. Mas para isso é preciso além da vontade cultural, a capacidade tecnológica.

Sim, há intervalos centralizadores, mas a macro-história demonstra que a forma mais duradoura e sustentável para resolver as crises demográficas é a descentralização.

Não é uma bandeira política, mas um dado da espécie.

A atual Revolução Cognitiva é um fenômeno cíclico e recorrente que dá início a um macro-ciclo de descentralização comunicacional, da informação, das trocas e da administração.

Dependendo das tecnologias que chegam e do tamanho da complexidade, isso será mais ou menos disruptivo.

A palavra de ordem do século XXI é, assim, descentralização.

Vejamos:

  • Na comunicação, tivemos a descentralização das fontes, que permite o surgimento dos blogs, dos canais de vídeo e áudio;
  • Na administração e nas trocas, estamos vendo a descentralização da avaliação de ideias, processos, produtos e serviços, que permite o Waze e o Uber;
  • Na informação, o surgimento do movimento Peer-to-Peer, que elimina a necessidade de um centro armazenador, que viabilizou o Napster, o PopCorn Time e agora o Bitcoin.

No Peer-to-Peer não há um centro armazenador, pois cada usuário guarda um pouco dos dados gerais e uma rede descentralizada consegue organizar tudo, no que se chama Blockchain (corrente de blocos, ou simplesmente um registro público de transações).

Tal Tecnocultura permite que mudanças profundas ocorram na sociedade, pois é impossível controlar as trocas entre os membros da rede, pois não há um centro a ser eliminado, fiscalizado ou perseguido.

Da mesma forma que cada consumidor passa a ser um comunicador, um gerente, mas também, numa rede Peer-to-Peer um armazenador descentralizado.

Nossa sociedade, estamos aprendendo isso agora, se estrutura sob uma Plataforma informacional, comunicacional e administrativa baseada nos limites das tecnologias existentes.

A nova sociedade será feita entre os limites atuais e os limites – ainda muito distantes – das novas tecnologias.

O Bitcoin, moeda descentralizada, permite o enfraquecimento de todo o modelo financeiro e governamental montado até aqui e a possibilidade de surgimento de uma nova ordem mundial.

O Bitcoin é o Napster do dinheiro e será, ao longo do tempo, tão disruptivo como aquele.

Pós-Escrito do livro:

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Baixe aqui.

Curadoria é uma palavra que entrou na moda.

O tema surgiu aqui:

Já classifiquei aqui dois tipos.

O curador coletivo que será um administrador de grandes plataformas, como a do Uber, Waze, Mercado Livre, que ajudará que as trocas baseadas na quarta linguagem sejam possíveis.

Hoje, temos isso no Uber, mas amanhã imagino que toda as instituições de ensino serão muito parecidas com o Waze.

É o papel do Curador Digital, que opera em grandes plataformas com milhares ou milhões de pessoas.

Há ainda o Curador Individual.

O curador individual será aquele que vai ajudar as pessoas nos seus roteiros particulares, como se fossem os personal trainers, os “curadores particulares”.

Há aí alguns perfis.

  • O Curador motivacional/conteudista;
  • O Curador conteudista/motivacional.

Coloco assim, pois todo conteúdo bacana motiva e toda motivação vem de algum conteúdo.

Porém, o foco é diferente.

  • O primeiro trabalha com algo horizontal, a pessoa, a sua vida, sua existência diante das coisas.
  • O segundo trabalha de forma vertical diante de um determinado problema.

Ambos acabam por ativar a parte reflexiva do cérebro que é o que mais motiva as pessoas a querer algo desse tipo.

Não acredito, como sugere Luciano Pires no Podcast, de que o papel do curador é encontrar o caminho para os outros, pois tenderemos à personalização cada vez maior.

Assim, grandes roteiros serão tarefa dos Curadores Coletivos e os pequenos dos Curadores Individuais, que não terão, a meu ver, o papel de criar roteiros, mas muito mais de manter a área de reflexão do cérebro ativa.

É isso, que dizes?

 

Hoje é normal ir à academia ou fazer exercícios físicos, mas não mentais.

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O cérebro é um órgão como qualquer outro e precisa ser musculado o tempo todo para se manter ativo e mais inovador.

A rotina faz com que deixemos de usar a parte reflexiva. Usamos apenas a memória e operacional.

Muitos dos meus alunos saem das minhas aulas subindo pelas paredes e depois eu os encontro e eles sentem saudades do que sentiram em sala de aula. O que eles gostam não é do conteúdo, mas da sensação boa de estar musculando a reflexão.

 

Tem muita gente que não precisa de um personal trainer cerebral, pois já faz os exercícios necessários. É digamos um atleta nato.

Porém, nem sempre é o caso.

Depois de várias tentativas de criar  espaço para meus ex-alunos, imaginei o do Clube 3.0. Pensei que o Clube serviria para várias coisas e fui descartando.

  • Ler os meus textos, todos acessam, pois são abertos;
  • Colocar informações exclusivas também não funciona, pois limitaria as minhas reflexões e iria contra o que acredito.

Hoje, percebo que a demanda fundamental das pessoas é por um espaço, meio como na terapia, para falar de outra caixa, já que nunca sairemos das caixas.

Conhecer é uma sequência de caixas, que saímos e entramos. O problema é que a maior parte de nós não faz a opção por nenhuma delas, justamente por não estar musculando a reflexão.

Ontem (05/09/16), fizemos um bate papo pelo Skype e tiramos algumas horas do mês para muscular o cérebro. Eu apresento as novidades sobre o mundo digital, cada um traz a sua.

Ouçam o papo:

 

Mas o importante, mais do que tudo, não é o que está sendo dito ou você escutar depois. É a dedicação que as pessoas tiveram de sair da rotina, abrir aquele espaço e permitir que aquela área do cérebro que está ali sem atividade pudesse de novo ser ativada.

Estamos falando de algo que não se obtém apenas com a leitura, mas com a dedicação de um tempo para parar para muscular a área reflexiva.

É essa mexida naquela área que permite a oxigenação, que diz para aquela pessoa que está viva e não está na turma do Zeca Pagodinho, “que deixa a vida me levar”.

Se deixarmos, o senso comum ocupa aquele espaço e, aos poucos, mais e mais ele deixa de ser visitado.

O Clube 3.0, como várias outras atividades similares na Internet, é um espaço para musculação da área reflexiva do cérebro, com foco no futuro, a partir do digital.

Parece-me que esse tipo de terapia reflexiva grupal começa a fazer sentido para cada vez mais gente.

Peça para entrar na ante-sala – gratuita.

E conversaremos para ver se é possível ser um sócio pagante.

É isso, que dizes?

Muito se fala e almeja o mercado de palestras.

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Mas é necessário criar  certa classificação.

Vejamos:

Motivadores:

Que mexem com os indivíduos:

  • Motivadores superficiais – os que animam e/ou mudam as pessoas conjunturalmente;
  • Motivadores estruturais – os que animam e/ou mudam as pessoas estruturalmente.

Cenaristas:

Que mexem com as organizações:

  • Cenaristas de curto prazo – que arriscam na apresentação de cenários de curto prazo;
  • Cenaristas de longo prazo – que arriscam na apresentação de cenários de médio e longo prazo.

Especialistas:

Que mexem com especialidades dentro das organizações:

  • Especialistas metodológicos – que são mais pragmáticos, mas ligados às metodologias;
  • Especialistas filosóficos/teóricos – que procuram situar o problema em determinado contexto mais geral, mais filosóficos e teóricos.

Cada um destes palestrantes segue  determinada linha, que tem um propósito e é bem ou mal sucedido, conforme a demanda do cliente.

Nas mudanças ou crises incrementais os primeiros ajudam mais. Nas mudanças e crises disruptivas os segundos são mais adequados.

É isso, que dizes?

O cliente tem sempre razão?

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Se o médico diz que tem que operar e o paciente renega e morre.

Ele tinha razão?

Digo sempre para meus alunos que vivemos tempos difíceis.

O cenário de negócios atual não é para amadores.

Todos percebem que mudanças estão ocorrendo, mas não sabem exatamente de onde, quando começam e onde terminam.

Meu lema hoje é: o pessoal sente, mas não entende.

Muita gente já começa a duvidar que vai conseguir passar os negócios para os netos.

De fato, fazem 10 anos que eu estudo a Revolução Digital e aprendo sobre ela a cada dia, mas já tem uma estradinha para trás.

Posso sintetizar que vivenciamos hoje a chegada de:

Tais mudanças são muito raras na Macro-história.

E é justamente agora que estão ocorrendo – não adianta se esconder delas – e é preciso além de sentir a mudança, entender e agir.

Porém, percebo que há uma incapacidade no mercado de construir cenários disruptivos, ainda mais agir de forma disruptiva.

O mercado se acostumou em ter razão e a exigir dos consultores (incluindo as grandes firmas) de atender os seus desejos.

Definia que tipo de metodologia bacana era comprador e todos inventavam uma forma de dar uma consistência nelas.


O mercado, de certa forma tinha certeza que o futuro estava controlado. O grande problema que existe no mercado hoje é que se perdeu o controle do futuro .


Não adianta, como muitos afirmam, que vão estudar a melhor hora para pensar no assunto, pois não se sabe a hora que um Uber da Federal vai bater à sua porta.

Toda vez que eu achei que tinha compreendido a atual Revolução Digital ela me deu uma rasteira.

De tombo em tombo, cheguei a esse cenário tão disruptivo.

Hoje, finalmente e felizmente, o mercado começa a aceitar o termo Business Digital Transformation, pois muitas empresas já perderam muito valor e outras fecharam.

Já tem muita gente que quer interpretar o termo e dizer o que isso significa, no fundo, colocar um airbag entre o presente e o futuro.

Leiam o meu texto em que falo sobre isso “O que é e o que não é BDT?

No BDT, cada consultor terá um cenário próprio e será justamente a consistência deste cenário que fará a diferença na geração de valor.

É da capacidade do médico conhecer a “doença” que virá a Transformation eficaz.


Não, é preciso dizer claramente: os clientes hoje não têm razão, pois querem se agarrar a um navio passado que bateu num iceberg e está afundando.


Alguém precisa repetir isso e mostrar os motivos. O mercado está mudando como há séculos não mudava.

E é preciso entrar em outra caixa, muito mais ampla e sofisticada, para entender tudo isso.

Texto que fará parte do livro em produção:

Business Digital Transformation:
entenda e aja rápido diante da atual Revolução Administrativa

É isso, que dizes?

 

 

Hoje, temos um espaço para publicação aberta.

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É bem barato.

Há dez anos publico algo todos os dias.

É um exercício diário, como se fosse um salva-vida que precisa nadar ou um personal trainer que precisa correr.

Um consultor de BDT (Business Digital Transformation) que não pensa e não estuda, não é um consultor de BDT.

O mundo atual não é para amadores.

Tem muita coisa mudando e é preciso ficar ligado.

Publicar tem duas coisas importantes:

  • a prática individual de diálogo responsável, pois se poderia escrever e colocar na gaveta;
  • e a crítica de quem lê e comenta.

Sim, as pessoas estão sem tempo para ler e comentar, mas sempre tem alguém que ajuda.

Se comparar a prática de quem escreve todo o dia com quem não escreve ou apenas esporadicamente, verás que muita coisa muda.

Arrisco a dizer que se for feita uma tomografia a área de reflexão (que um dia será possível medir) será aumentada.

Publicar obriga o cérebro a trabalhar e ele fica “musculado”.

Publica-se não para ensinar, mas para aprender consigo mesmo e com os demais.

 

Não vejo futuro no termo Economia Compartilhada.

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Parte-se do princípio que nunca foi e agora é.

Isso é falso.

Vejamos a origem:

“Ela se forma do Latim COM-, “junto, com”, mais  PARTICULA, “parte pequena”, diminutivo de PARS, “parte”.”

São partículas que trabalham juntas.

Vejamos, por exemplo, um pão de forma.

Trigo + moagem + transporte + empacotamento + venda

Quantas partículas são necessárias para você comer um sanduíche com pão de forma?

Como sempre partilhamos desse jeito, já achamos que é natural esse tipo de partilha.

O que ocorre hoje na Internet é outro tipo de partilha, que incorpora a quarta linguagem dos ícones a distância. 

E que nos permite, através dos rastros dessa nova linguagem, confiar em pessoas que não conhecemos, pois temos hoje a possibilidade de criar um Karma Digital.

Eu posso compartilhar o que não podia antes, pois eu passo a confiar em quem não era possível antes. É isso que constrói o novo modelo de administração usado pelo Uber, AirBnb, Waze, etc.

O que temos hoje é a Economia 3.0, que permite o compartilhamento e trocas com desconhecidos e muito mais gente, graças à nova linguagem que surge e permite aumento radical na taxa de confiança entres desconhecidos a distância.

O ser humano não está mais bonzinho, ou mais participativo ou colaborativo, apenas hoje pode, com confiança maior, faz o que a linguagem anterior não permitia.

Assim, chamar a atual Economia de Compartilhada é chover no molhado.

Para ser preciso, podemos dizer que é uma Economia Digital, ou Economia dos Ícones a distância. Mas com certeza a novidade não é O compartilhamento, mas a nova forma que temos agora de compartilhar.

Estamos vivendo agora os impactos da quarta linguagem de comunicação humana: a comunicação por ícones a distância pode ser considerada um salto na nossa Macro-História.

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Tal linguagem vai nos permitir criar novo modelo de Administração e começar a descartar a gestão, como já vem sendo feito nas novas organizações, tais como no Uber e similares.

A primeira linguagem foi a dos gestos, a segunda a oral, a terceira a escrita e agora a por ícones, que só é possível no mundo digital.

A linguagem dos ícones, permite que de forma mais rápida e fácil qualquer um possa comunicar algo e viabilizar que muito mais gente (incluindo desconhecidos) tome decisões mais qualificadas.

Podemos com ela, aumentar a velocidade das decisões e contar com a experiência de muito mais pessoas.

O Waze é outro bom exemplo do seu potencial.

Podemos dizer que novas linguagens sempre ampliaram a qualidade das decisões coletivas. Um povo que passou a falar e depois a escrever conseguiu no tempo tomar decisões melhores.

E evoluiu seu modelo administrativo.

A passagem dos gestos para a oralidade foi salto gigantesco para a espécie, que nos legou as aldeias fixas e a agricultura. Foi a possibilidade do fim de nomadismo para várias tribos.

A escrita possibilitou as civilizações, as grandes religiões e iniciou o processo que ia culminar no boom da escrita impressa, que formou a sociedade moderna.

A linguagem dos ícones a distância permite que muito mais gente possa, de forma muito rápida e simples, qualificar pessoas, produtos, serviços e ideias.

Abre novo ciclo civilizacional, pois até então o processamento das antigas linguagens (oral e escrita) demandava uma pessoa de carne e osso para receber demandas, processar e despachar, o principal papel de muitos gerentes.

As linguagens disponíveis definem a estrutura administrativa do Sapiens, que precisa, com o aumento da complexidade, ter novas formas de decisão mais qualificada.

A linguagem dos ícones nos permite processar demandas e avaliações, que antes não eram possíveis, que são feitas via participação e a qualificação de massa.

O Uber e similares só são possíveis com o uso intenso da quarta linguagem, que viabiliza que decisões sejam tomadas por muito mais gente sem a necessidade de processamento central.

Tal linguagem só foi possível  com todo o aparato que criamos, desde as redes de comunicação e informação, os equipamentos fixos e móveis e a cultura gradual que fomos criando em torno disso.

Podemos dizer que a quarta linguagem nos possibilita praticar a Curadoria Digital, novo modelo de administração em que muito mais gente pode participar das decisões, sem trazer prejuízo para os processo como antes.

Na linguagem por ícones temos novo tipo de rastros digitais deixados para que muito mais gente (que nunca se conheceu )ajude aos demais a tomar decisões, desde a compra de uma bateria no Mercado Livre como alugar um quarto no AirBnb.

É essa a grande novidade, a maior de todas, do mundo digital, que nos permitirá alterar as organizações de todos os tipos, incluindo a política.

Existem várias outras mudanças agregadas?

Sim, mas nada se comparará no futuro a chegada de uma nova linguagem humana, que permite novo modelo de administração mais descentralizado e participativo.

O novo modelo social, político e econômico vai girar em torno dessa nova possibilidade.

Pós-escrito do livro:

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No domingo, vi uns garotos caçando Pokemon Go no Jardim Botânico. Era uma galera que nunca ia aparecer por lá.

Assim, o Jardim Botânico com os pássaros, insetos, árvores e plantas nunca tirariam aquela garotada de casa, mas o Pokemon Go, sim.

Não, nenhuma nostalgia ou melancolia. Goste de ver tendências.

Temos o início de uma nova cultura, que vai moldando a nova geração. A criação de algo que está sendo criado, em cima do que já existe: a terceira dimensão inventada, via celular ou mesmo óculos de realidade aumentada:

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E muitas outras alternativas que prometem complementar o que vemos com criações. Isso seria finalmente o mundo virtual no real?

O que me chama a atenção é a cultura que vai se criando, pois há uma nova geração que não estranha que a realidade seja complementada por alguém, a partir de um determinado aparelho.

Já imagino um jogo em que você pode andar pela cidade e conhecê-la no passado. Um século, dois séculos, três séculos atrás?

Ou mesmo andar no Jardim Botânico e encontrar todas as espécies que um dia desapareceram.

Ou jogos, como já tenho visto, em que as pessoas jogam já na rua e não mais no computador.

Um simples jogo é uma preparação para algo que vem depois e não vai causar mais tanto estranhamento.

Uma brincadeira tecnológica acaba por virar algo para resolver problemas mais adiante. É uma preparação.

Imagine que se possa agregar a terceira dimensão a produtos, serviços, pessoas.

Uma menina vai encontrar alguém e já vê no seu óculos de terceira dimensão que ele é o maior galinha, segundo duas melhores amigas.

Ou que um restaurante tem um prato interessante, segundo dois amigos.

A ideia de um óculos que nos dá algo além do real abre uma nova possibilidade informativa que complementa a realidade de forma rápida.

Ou cria outra completamente diferente, tal como um jardim de dinossauros na praia de Copacabana.

A pensar mais sobre isso.

Ouvindo este Podcast:

O pessoal quer debater a filosofia.

Se ela está morta ou não está morta.

Diria que temos aqui um caso clássico de problema conceitual.

A filosofia não é um lugar, mas um conjunto de dúvidas que surge para uma pessoa ou uma sociedade.

Quando há algo que não está funcionando, o ser humano se torna mais filosófico. Diante de crises, de problemas, em que teorias e metodologias fracassam.

A filosofia, assim, não pode ser vista como uma escola, um conjunto de autores. É da mesma maneira que a poesia, o teatro.

Uma demanda humana que surgirá de tempos em tempos com mais ou menos intensidade, conforme o contexto.

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Podemos, entretanto, dizer que haverá surtos filosóficos em momentos de crise e de descentralização de ideias.

Crises abrem espaço para questionamento maiores.

Mas é preciso, além da crise, haver descentralização de ideias para que o surto filosófico recorrente se complete.

(Ou podemos chamar de macro-surto, tendo micro-surtos, com debates filosóficos menores.)

Posso dizer que o século XXI viverá um surto filosófico por dois motivos:

  • vivemos macrocrise civilizacional em função do aumento da complexidade demográfica, que tornou obsoleta a atual forma da gestão;
  • E a descentralização de mídia, que permite a oxigenação de novas ideias e o surgimento de uma nova leva de filósofos, como tivemos depois na Grécia e Renascença/Iluminismo, em função da chegada, pela ordem, do alfabeto grego e da prensa, em 1450.

A filosofia, essa demanda humana, jamais vai morrer.

Ela pode não ter muito espaço, mas ressurgirá com toda força, como agora, depois de Revoluções Cognitivas.

Pós-Escrito do livro:

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É isso, que dizes?

Todo o conhecimento humano é motivado por algum tipo de desconforto, mesmo que seja o desconforto da curiosidade.

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Assim, tudo acaba ou começa a partir de problemas.

Porém, ao estudar as rupturas de mídia no passado, podemos jogar luz de novo nesta questão.

Posso começar a desconfiar que o ensino por problemas é algo que precisa de um tipo de taxa alta de inovação na sociedade.

Se a sociedade é muito controlada, seja pela incapacidade da chegada novas mídias descentralizadoras ou por uma ditadura, a tendência é que a taxa da prática do ensino por problemas tenda a diminuir.

Tem lógica nessa afirmação, pois não adianta incentivar debates sobre problemas se há um centro que define como eles devem ser resolvidos.

O ensino por problemas vai acabar incentivando que se pense outras soluções para antigos problemas. E isso cria problema para um centro dominador.

Macro-crises informacionais e administrativas, como a atual,  são provocadas pelo uso continuado de mídias centralizadoras, aliada ao gradual aumento demográfico.

Ambos os casos, demandam que haja naturalmente e voluntariamente um aumento de poder do centro sobre a sociedade.

Os problemas precisam de uma centralização, pois vai se aumentando a complexidade e é preciso padronizar as soluções.

O centro tende a definir como os problemas deveriam ser melhor resolvidos e se aumentará a tendência do ensino voltado para assuntos.

Os assuntos permitem que se mascare os problemas.

Só podemos passar do ensino de assuntos para problemas quando há o aumento da taxa de inovação da sociedade, em que as organizações querem novas soluções para velhos problemas.

É preciso que estejamos vivendo a passagem da centralização para a descentralização, o que ocorre por motivos Tecnoculturais.

O ensino por problemas é aberto, pois não se pode ter solução única para determinado problema, que muda conforme cada contexto.

Isso implica em modelo de aprendizagem diferente, em que professores e alunos tomam outro lugar no espaço de aprendizagem.

Todos aprendem com todos e todos aprendem com os resultados das hipóteses e tentativas diante da realidade.

A tendência, assim, do século XXI, devido ao movimento de descentralização e aumento da taxa de inovação social, é de ampliar o ensino por problemas.

Mas isso só é possível por causa das novas tecnologias de trocas descentralizadoras, que permitem o aumento da taxa de inovação.

Há, assim, relação entre:

  • demografia;
  • tecnologias de trocas;
  • ensino por problema ou assuno;
  • taxa de inovação social.

Novas organizações que querem inovar incrementalmente e disruptivamente demandam profissionais que consigam pensar e agir diante de velhos problemas de nova maneira.

Isso é cíclico e dependerá sempre da capacidade que teremos de lidar com a Complexidade Demográfica.

Quando houver centralização, se verá movimentos do ensino focados em assuntos e vice-versa. Quando houver descentralização, se falará em ensino por problemas.

O ensino por assuntos gera crises, pois reforçará a solução dos velhos problemas da mesma maneira, uma forma pouco sustentável de lidar com o aumento da complexidade progressiva, uma característica do ser humano.

Se houver Tecnologias ou movimento sociais que permitam a descentralização, haverá incentivo ao ensino por problemas. Caso contrário, caminharemos lentamente para a volta do ensino por assuntos.

É um pêndulo.

Por fim, o ensino por problemas pede o incentivo à criatividade e o de assuntos da memória. O primeiro é inovador e o segundo conservador (no sentido de preservação da solução de problemas por um centro).

Pós-escrito do livro:

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É isso, que dizes?

 

Agora temos uma nova palavra da moda no mercado: Business Transformation ou Business Digital Transformation. Que tem a sigla BDT ou BT.

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O mercado sente problemas e precisa de metodologias salvadoras.

Podemos dizer que Qualidade Total, Gestão do Conhecimento e Big Data são algumas delas.

Ou seja, o mercado quer ouvir e procura profissionais que digam que são especialistas numa determinada metodologia da moda, que os concorrentes estão usando.

Ninguém quer ficar para trás.

Não quer dizer que todo especialista da metodologia da moda não vai gerar valor na organização, pois sempre há o que arrumar e melhorar.

Porém, a metodologia da moda precisa de narrativa para sustentar os conceitos, preparar os slides e fazer a capacitação.

Assim, toda a metodologia da moda precisa ter embaixo dela, uma narrativa que justifique a implantação daquele método diante de determinada crise.

E aí começam os problemas, pois muitas vezes o nome da moda induz à  narrativa equivocada. O mercado que comprar algo que não faz muito sentido.

E aí se precisa arrumar o martelo para bater no prego. Não se tem um bom cenário, apenas um sentimento que precisa de um bom cenário. E se coloca um band-aid, antes de um exame mais detalhado da “doença”.

E o papel dos consultores, que precisam fazer uma “gambiarra” entre o que o mercado quer comprar e o que se pode vender com certa coerência.

Peguemos o caso da Gestão do Conhecimento, que desenvolve a narrativa de que vivemos na sociedade de conhecimento, as empresas precisas ser empresas de conhecimento e, por causa disso, é preciso fazer a gestão de tudo isso.

Tenho dito aos meus alunos que essa narrativa não se sustenta à luz da lógica. A sociedade do conhecimento é um conceito que não condiz com a realidade Macro-Histórica.

Nada me diz que a sociedade grega, os egípcios ou o iluminismo não foram sociedades do conhecimento. A narrativa é tênue e se sustenta dentro da “ilogicidade” do mercado.

Business Digital Transformation é a metodologia da moda, porém, finalmente, tem algumas vantagens sobre as demais do passado:

  1. fala em transformação, o que mostra que algo profundo precisa ser feito;
  2. MAS não diz que tipo de transformação precisa ser feita, é uma metodologia aberta, na qual cada consultor vai colocar a sua narrativa e visão da mudança que se faz necessária.

BT ou BDT não podemos dizer assim que é uma metodologia fechada como a Gestão de Conhecimento, mas é um sentimento que o mercado sente e diz que precisa mudar, mas não sabe para onde.

Não se pode ter um sindicato dos consultores de BT, pois cada um vai apontar para um caminho diferente. Cada um falará de uma Transformation do que considerar que é o Digital e o impacto que terá no Business.

O Administrador diz que quer alguém que o ajude a cruzar  determinada ponte de “A” para “B”. Qual ponte deve ser construída de “A” para “B” não se sabe. Ele quer ouvir do consultor.

Assim, se compararmos BDT com Gestão de Conhecimento podemos dizer que a primeira não induz a uma narrativa apenas aponta a necessidade. É um sentimento à procura de uma lógica.

A segunda induz a uma narrativa, pois diz que é preciso gerir o conhecimento, o que precisa de uma explicação lógica, que unifique consultores. É uma lógica à procura de um sentimento.

Business Digital Transformation, por ser aberta, não precisa inventar uma narrativa para defender o conceito.

É evidente que hoje (vendo-se gradativamente a uberização dos negócios e o empoderamento do consumidor) que é preciso algum tipo de  “Transformation” de que a antiga forma de se fazer “Business” está perdendo valor e que tem que se abraçar de alguma forma o “Digital”.

O mercado apenas sente que é preciso “Transformation”, mas fica esperando saber para onde e quer pagar a alguém para lhe ajudar.

Tudo vai depender do “taco” do consultor.

Como não se pode prever os resultados, pois não há “cases a serem apresentados”, no momento é preciso ver a coerência e lógica na capacidade de cada um de criar um cenário consistente.

E isso permite, finalmente, com a metodologia da moda, que se possa colocar “nessa empada” o que eu e meus alunos temos pesquisado, debatendo e testando nos últimos 20 anos. A nossa BDT se baseia nos seguintes conceitos:

  •  Filosofia da Tecnologia (que implica  revisão de como nos vemos como humanos);
  • Da Antropologia Cognitiva (que aponta o impacto das revoluções cognitivas na macro-história e as alterações que provocam na administração);
  • Laboratórios de Migração ( única saída é criar empresas novas, fora do atual modelo já no modelo da Administração 3.0 que surge).

Em linguagem do mercado isso quer dizer.

Está chegando um novo modelo de administração, baseado na qualificação de massa do consumidor, tipo Uber e Waze, que vai matar a antiga gestão, migrar para a curadora e é preciso se preparar para ela de forma urgente, com laboratórios criados fora dos atuais muros.

Não é uma passagem incremental, mas disruptiva NA ADMINISTRAÇÃO.

Agora, é ver quem tem garrafa velha para vender e gerar resultado.

Ao jogo, senhores.

Texto que fará parte do livro em produção:

Business Digital Transformation:
entenda e aja rápido diante da atual Revolução Administrativa

É isso, que dizes?

 

Murilo Gun, que tem um criativo Canal de Podcast no SoundCloud, fez um programa “Podcast salva”, que pode ser ouvido abaixo:

Ele diz que vai fazer campanha na sociedade para as pessoas ouvirem mais Podcasts. O que me chama a atenção no conteúdo é  uma confusão conceitual recorrente entre linguagem e canal de linguagem.

São duas coisas diferentes, mas tratadas como igual.

Já vivi isso também num debate na Rádio MEC, faz tempo, em que me perguntaram qual seria o futuro do rádio.

Eu perguntei: querem saber o futuro do rádio ou do áudio a distância? O áudio a distância está bombando, mas o rádio tem que se reinventar!

  • Note bem que a oralidade é uma linguagem;
  • O rádio e o podcast são canais em que aquela linguagem circula.

A linguagem é permanente, mas os canais mudam.

São tecnologias temporais, mas nos agarramos a elas e não a própria linguagem.

O ser humano continua e continuará falando enquanto existir no planeta ou fora dele, porém os canais de linguagens serão aperfeiçoados e irão se alterar com o tempo.

Respondi no debate da Rádio MEC que teríamos que pensar no futuro da linguagem oral a distância, que tem duas possibilidades:

  •   presencial – quando estamos todos no mesmo ambiente;
  •  distância – quando os emissores e ouvintes estão distantes.

Murilo Gun diz que quer fazer campanha nos ônibus para mais gente ouvir Podcasts. Deveria fazer campanha para mais gente ouvir a linguagem oral a distância, pouco importa o canal.

E existem vários canais de circulação, incluindo os Youtubes, que podem ter áudio sem imagem, basta colocar uma imagem fixa, como, aliás, é o modelo dos Podcasts.

Áudios a distância permitem que sejam ouvidos quando estamos andando, pedalando, em trânsito. Facilita a vida num mundo cada vez mais agitado.

É uma forte tendência de ser cada vez mais difundido.

Vivemos hoje a descentralização de todas as linguagens, seja a da imagem, da escrita e dos áudios a distância, uma das características de uma Revolução Cognitiva.

O esforço dos Podcasts e similares é justamente o de caprichar no áudio e abrir mão da imagem. Um vídeo com mais qualidade exige perfil, câmera, programa de editor de vídeo, cenário, o que envolve custos.

A pessoa pode gravar um Podcast pelado, mas não um vídeo.

Porém, o Youtube pode circular áudios sem imagem, como tenho feito com a gravação há anos das minhas aulas, com um pequeno gravador de bolso.

(Todo professor do século XXI deveria ter um desses para disponibilizar suas aulas.)

E posso, como tenho feito quando quero estudar, baixar vídeos – principalmente palestras e aulas – por aplicativos de celular (como o Tubemate), transformando-os em arquivos de áudio e ouvir o conteúdo aonde quiser.

Ou seja, transformando os vídeos em áudios.

De fato, estamos vivendo o boom e o resgate tanto da escrita como da oralidade como ou sem imagem, que ganham novos canais de linguagem a distância.

Porém, não podemos nos agarrar aos canais de linguagem, que variam no tempo.

O ideal é transmitir o áudio a distância e publicar aonde tiver público, seja nos SoundClouds e TAMBÉM nos Youtubes.

Como diz Milton Nascimento.

“O artista tem que estar aonde o povo está.”

Uma Revolução Cognitiva permite a expansão da antiga linguagem em novos canais que aparecem e mudam. O negócio é estar aonde o público alvo escolhe.

É isso, que dizes?

Pós-escrito do e-book:

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(Parte I aquiparte II  – aqui.)

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Se a Curadoria Digital aponta para a Wazerização do Ensino no novo século, podemos especular que tipo de conteúdo e conteudistas ajudarão a esse novo mundo.

Sim, pois o fato de termos a Wazerização, que é basicamente criar roteiros e o aprendizado em grandes Plataformas Digitais Participativas, não elimina a demanda por conteudistas e conteúdos.

A grande tendência será:

  • não haverá distância entre aprendizes e professores, todos aprendem e ensinam, conforme o seu grau de contribuição para ajudar em um dado problema;
  • O conteudista, diferente, do que é hoje não será autoridade pela posição que ocupa, será autoridade pelo Karma Digital, que a Participação de Massa lhe dará, com critérios objetivos e subjetivos e dentro de determinado nicho;
  • tudo girará em torno de problemas, mutantes, adaptáveis, líquidos, o que tira o valor dos conteudistas dogmáticos, fechados ao diálogo;
  • a ideia de disciplinas, conteúdos, turmas, horários caminhará na direção de reunião em torno de interesses e problemas;
  • espaços presenciais, que ainda existirão, serão mais dedicados às trocas do que à transmissão de conhecimento, já com a tendência mundial da escola invertida.

Por incrível que pareça, haverá demanda cada vez maior por filosofia e estudo de correntes de pensamento, que vão ajudar a organizar cenários. Os conteudistas mais cenaristas terão mais valor.

Há forte tendência ao autodidatismo, ao aprendizado voluntário e na formação por diferentes caminhos.

Uma procura de mais conhecimento e menos informação. E uma procura de trabalhos mais próximos da subjetividade, que será incentivado pelo boom inovador, que permitirá a disseminação de mais alternativas de trabalhos descentralizados.

Haverá aumento radical e incentivo da diversidade e do trabalho em grupo.

Haverá sim uma perda de conhecimento global. As pessoas serão mais superficiais do ponto de vista individual, mas com mais capacidade do trabalho coletivo.

Haverá um perde e ganha, pois precisaremos aprender a viver melhor num mundo de 7 bilhões de pessoas.

(Quem achar que tudo isso é excesso de otimismo, sugiro acompanhar na história o que ocorreu com a chegada da Prensa, a partir de 1450.)

É isso, que dizes?

(Parte I aquiparte II  – aqui.)

Pós escrito do livro:

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Parte I aqui –  Parte III aqui.

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Se percebemos que a sociedade está mudando e o ensino seguirá o mesmo rumo o debate sobre o Ensino do novo Século, na verdade, é casado ao da Sociedade do novo século.

Para onde a sociedade for, o ensino irá atrás.

Dito isso vamos entender para onde vai a sociedade.

A grande mudança que estamos passando não é apenas a descentralização de mídia, a oxigenação das ideias e a passagem de um ambiente informacional que sai da escassez e vai para a abundância.

Isso também ocorreu no Grécia e na Europa com as chegadas do Alfabeto Grego e Prensa, respectivamente.

É algo que os Antropólogos Cognitivos (que estudam rupturas de mídia no passado já observaram.

A Revolução Digital é muito mais disruptiva, pois:

  • introduz uma nova forma de comunicação, através dos Rastros Digitais, um misto de ícones, cliques, comentários;
  • O novo modelo de comunicação permite que um conjunto de práticas administrativas possam ser alteradas, pois viabilizamos que muito mais gente possa tomar decisões sem que isso signifique aumento do custo dos processos;
  • Estas mudanças permitem que possamos sair do modelo administrativo, que chamamos de Gestão, e passamos a algo mais sofisticado que batizei de Curadoria Digital.

Curadoria Digital, que o Uber e o Waze são exemplos mais conhecidos, permite, pela ordem:

  • reduzir ou acabar com a necessidade dos antigos e ainda atuais intermediadores, que tinham a função de organizar informação, processos e pessoas, isso inclui gerentes, políticos, professores, editores;
  • e iniciar uma nova etapa para o Sapiens 3.0 que muda de forma disruptiva o modelo administrativo da sociedade.

Esta é a grande mudança em curso, pois altera as bases religiosas, filosóficas, teóricas e metodológicas de como pensamos a sociedade e  e resolvemos problemas.

A Curadoria Digital será a base para pensarmos o Ensino 3.0 para o século XXI.

(O Ensino 1.0 foi o gestual. O 2.0 o oral e escrito. E agora temos o 3.0, o digital.)

Há duas vertentes aí para pensarmos:

  • o coletivo – que determina como o que chamamos de escola será alterado – a forma, a topologia da nova escola;
  • o individual – as demandas que o cidadão do século XXI terá – o conteúdo.

Temos que entender o processo de ensino coletivo em três camadas:

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Se analisarmos as mudanças que tivemos até aqui podemos observar que:

  • Tivemos mudanças com a massificação da educação a distância digital (pois educação a distância sempre existiu);
  • E novos projetos, na última década, como o Veduca, que dá o conteúdo de graça a distância, mas cobra a certificação.

Prevejo, entretanto, que:

  • cada vez mais a produção de conteúdo perderá valor, pois mais e mais alternativas estarão disponíveis, forçando a queda do custo;
  • a certificação idem, pois mais e mais se valorizará o que se sabe, com fontes alternativas de certificação, e não aonde aprendeu, tirando o valor dos antigos centros.

O problema principal que teremos nos remete ao item menos badalado que é o roteiro.

Mais do que nunca o que precisamos hoje, mais do que produção de conteúdo ou certificados, são “roteiristas eficazes” que possam nos ajudar a saber o que é importante e o que não é para nossa jornada.

O problema é que estamos falando do encontro de bilhões de pessoas com bilhões de conteúdos e isso não pode ser feito por pessoas de carne e osso.

Não que não se possa ter em pequena escala, mas quando falamos do futuro de ensino, temos que pensar na formação de bilhões de jovens que precisam aprender algo para sobreviver melhor.

E bilhões de adultos que precisarão estar o tempo todo se reciclando, numa sociedade cada vez mais veloz, mutante e inovadora.

Assim, percebo como grande tendência para geração de valor um modelo de ensino que será fortemente baseado na Wazerização do Ensino.

Wazerização significa a chegada da Inteligência Artificial que será capaz de criar roteiros individuais dentro da massa gigantesca de opções.

Os Wazes educacionais terão como missão:

  • ajudar na escolha de problemas;
  • definir melhores roteiros, a partir da experiência de quem já passou por aquilo;
  • retirando o que não é necessário e dando destaque no que é fundamental, sempre através da Participação de Massa, como já ocorre no Waze.

Ao defender essa ideia, muitos já me disseram que o Waze é algo simplório e não podemos pensar o ensino tendo como base esse modelo.

Se pensarmos tudo como uma foto, chapada e parada, realmente é difícil projetar, mas se imaginarmos um filme e o gradual aculturamento social para esse tipo de Inteligência Artificial amiga.

E se pensarmos na complexidade, demanda, e na projeção do que virá, não é tão difícil, com um pouco de criatividade e lógica, perceber que esse caminho não é opcional,  mas obrigatório.

Na parte 3, falarei da demanda da formação individual.

Parte I aqui. Parte III aqui.

É isso, que dizes?

 

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(parte II  – aqui.)

É preciso entender algumas coisas básicas sobre esse tema.

  1. a escola forma pessoas para viver numa determinada sociedade;
  2. o modelo desta sociedade formatará a escola, pois não adianta formar um jovem para viver numa sociedade que não existe, na qual ele não terá ferramentas para sobreviver e prosperar.

Muitos verão nestes dois itens acima o aspecto cultural, religioso e ideológico da relação escola-sociedade e isso já foi tema de milhares de livros.

O papo aqui é outro muito menos explorado.

A sociedade de maneira geral vive sob uma plataforma tecnológica-informacional.

Muito do que se faz não tem nenhuma relação com esta plataforma, mas muito tem.

Não percebemos isso, pois as plataformas tecno-informacionais se tornam invisíveis com o tempo. Nosso cérebro, que é mais esperto do que nós, precisa tornar neutro tudo aquilo que não lhe ameaça.

Revoluções Cognitivas são fenômenos sociais cíclicos que modificam estas plataformas tecno-informacionais, que sustentam o modelo da sociedade.

Tecnologias de Trocas como a linguagem oral, a escrita, o rádio, a televisão e agora as opções digitais são os canais que o Sapiens se utiliza para sobreviver.

Estamos fazendo uma espécie de transplante das veias humanas com todo mundo vivo.

Quando mudamos esta plataforma tecno-informacional, a sociedade muda de alguma forma, mais ou menos, dependendo de alguns fatores:

  • a taxa de aumento demográfico passada que gera complexidade e demanda por plataformas tecno-informacionais cada vez mais sofisticadas;
  • e o tipo das Tecnologias de Trocas que são introduzidas., principalmente a sua topologia mais ou menos centralizadora ou descentralizadora.

Assim, quando temos  Revoluções Cognitivas – o principal fenômeno na Macro-História do Sapiens – temos mudanças sociais profundas que vão gradualmente mudando a sociedade de forma, muitas vezes, imperceptível das suas verdadeiras causas.

Muitos enxergam tais mudanças e procuram entendê-las. Tenho me dedicado a essa tarefa nos últimos 20 anos.

Posso dizer que há algo mais visível que é a mudança radical da forma de circulação da informação na sociedade. Porém, outra mais oculta que é o início da alteração do modelo de administração da própria espécie.

Quando temos Revoluções Cognitivas podemos observar na sequência, Revoluções de Ideias e depois da Administração, como foi a chegada da prensa, em 1450, que viabilizou a atual sociedade moderna.

Ou a chegada do alfabeto grego, que deu partida ao mundo ocidental como conhecemos hoje.

Na verdade, procuramos criar modelos administrativos mais sofisticados para lidar melhor com a Complexidade Demográfica Progressiva, já que somos a única espécie viva do planeta (que vive em grupos), que cresce indefinidamente.

Não podemos analisar a mudança no ensino de forma isolada, sem entender que este será espelho da sociedade futura.

E que a sociedade é uma tecno-sociedade, que muda o modelo de administração de forma incremental ou disruptiva, conforme a demanda demográfica e oferta tecnológica-informacional disponível.

Não estamos mudando a escola, mas a sociedade que começará, como já iniciou, a pedir um novo modelo de ensino.

A Revolução Digital, assim, está alterando a administração da sociedade e o ensino terá que se moldar ao novo modelo que está surgindo.

Não se trata de mudança informacional apenas, mas administrativa, que mudará o modelo social e de ensino para sempre.

Detalho mais na Parte II.

Pós escrito do livro:

 

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Baixe aqui.

A inovação incremental é baseada em sentimentos. Você analisa algo pela sensação, resolve melhorar.

A inovação disruptiva é baseada em conceitos. Você analisa algo pela reflexão e resolver criar.

Nem todo mundo tem cabeça disruptiva.

Não há uma escala de valor. Quem é disruptivo NÃO é melhor do que quem é incremental.

Porém, a cabeça disruptiva é mais rara, pois precisa de espaço cognitivo-afetivo MAIOR entre a realidade e o ego – tal espaço permite criar de forma mais abstrata.

Projetos incrementais têm menor risco, mas também retornos compatíveis. Os disruptivos são de maior risco, mas com retornos maiores.

Não de seve vender projetos disruptivos para cabeças incrementais, pois um trabalha com sensações e detalhes mais práticos. E a disrupção exige mais abstração.

Obviamente, que projetos disruptivos precisam de pé no chão, mas dificilmente no começo.

Mais adiante.

Pós escrito deste livro:

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A filosofia, segundo dizem, tem um campo principal e três secundários com suas perguntas respectivas, resultado deste, como vemos abaixo:

filosofia30

A filosofia é um campo conceitual, do qual as teorias se estruturam e produzem metodologias. São as metodologias que nos ajudam a resolver problemas.

Toda a ação humana, de alguma forma, parte em alguma instância de algum pensamento filosófico, que foi incorporado dentro de uma determinada teoria, que influenciou metodologias.

Como vemos acima, entretanto, a filosofia não é um campo uniforme e tem também as suas divisões pela prática do pensamento.

Algumas questões são tratadas por alguns campos de forma específica, como a capacidade que temos de conhecer e dizer que determinada afirmação é verdadeira, ou não, que é a epistemologia.

No topo da “cadeia alimentar” está a Filosofia Existencial, aquela responsável por definir “Quem somos?”.

Primeiro, precisamos definir “Quem somos?” para depois ir para os outros “pratos de menu”.

O tema “Quem Somos” pertence ao que podemos chamar de Filosofia das Filosofias.

E é a partir desse ponto de partida que descem as outras filosofias, teorias, metodologias e solução de problemas.

Revoluções Cognitivas Descentralizadoras provocam mudanças profundas no pensamento filosófico, pois, pela ordem, temos:

  • novos fenômenos inexplicáveis pelos paradigmas antigos;
  • novos pensadores fora do status quo que inundam a sociedade com novas ideias;
  • novo público com demandas de novos pensamentos;
  • surto inovador, que geram ainda mais fenômenos inusitados.

Assim, Revoluções Cognitivas Descentralizadoras provocam Surtos Filosóficos, como vimos no mundo ocidental, que é o que temos dados para trabalhar:

  • Revolução Filosófica 1.0 – Grécia com a chegada do alfabeto grego;
  • Revolução Filosófica 2.0 – Pós-Idade Média com a chegada da Prensa;
  • Revolução Filosófica 3.0 – Século XXI com a chegada do Mundo Digital.

Revoluções Cognitivas Descentralizadoras provocam alterações nos campos da filosofia, em maior ou menor escala. Com a repetição das Revoluções Cognitivas no passado, o acúmulo dos pensadores até aqui, podemos iniciar uma revisão na Filosofia Existencial.

Hoje, a chegada do Mundo Digital, além de outros campos, vai nos permitir rever a resposta que sempre demos para o “Quem Somos?”.

A resposta padrão até aqui é que o Ser Humano é uma espécie cultural e não Tecno-cultural. Uma espécie que vive no Planeta e não no Tecno-Planeta.

Isso nos permite enxergar com mais clareza as mudanças que estão ocorrendo e passam a influenciar revisões nos outros campos.

E ainda digo mais.

As mudanças das atuais Tecnologias Cognitivas são apenas órteses (que são colocadas fora do corpo) tal como celulares, computadores, relógios inteligentes, etc.

Porém, podemos começar a pensar em mutações genéticas não só com próteses (que são colocadas dentro do corpo), como chips no cérebro.

Bem como, mutações genéticas, que podem, por exemplo, permitir que o humano passe a se alimentar só de luz solar.

O conceito da Tecno-Espécie como uma espécie que se altera com mudanças em órteses e próteses e agora genéticas é chave para um pensamento mais realista sobre o nosso futuro.

Faz parte deste livro em construção:

filosofia30

Baixe aqui:

http://tinyurl.com/cadcertipdfs

Ainda lendo o livro “Era da Curadoria” de Cortella e Dimenstein e logo na capa ele diz: “Educação e formação de pessoas em tempos velozes“.

Uma distinção que precisamos fazer é sobre curadoria individual e coletiva, o que nos facilita poder absorver melhor algumas questões e propostas, principalmente do Cortella em vídeo, depois que ele amadureceu o conceito.

A Curadoria Digital, como eu tenho chamado, é coletiva.

É um novo modelo de administração da espécie, que permite, através do Karma Digital, que o Sapiens abandone a gestão para  modelo de administração mais sofisticado.

Isso vai se dar numa mudança disruptiva nos modelos de administração e provocar no ensino o que estou chamando de Wazerização.

A Wazerização Educacional é a tentativa de aliar:

  • problema (s) escolhido (s) por cada pessoa para atuar na sociedade;
  • com a experiência dos especialistas naquele problema;
  • com o conteúdo disperso na rede que precisa ser avaliado pela Qualificação de Massa;
  • com o perfil de aprendizado de cada pessoa.

Isso vai exigir forte investimento em criação agentes inteligentes (Inteligência Artificial) para que tudo isso seja possível com qualidade.

Isso é no campo coletivo das grandes Plataformas.

Isso não é tratado no livro “Era da Curadoria”, pois tem-se ali a visão ainda tradicional e majoritária da Internet com mudança incremental de mídia, que traz a sociedade mudanças conjunturais e não estruturais.

Ok, isso já comentei antes.

O que temos, entretanto, é a nova formação que será exigida para as pessoas que vão viver nesse mundo.

O que vou chamar de Curadoria Individual, ou Formação Curadora, ou Formação para viver num Mundo Curador.

E aí as contribuições de Cortella fazem mais sentido.

Haverá a necessidade da formação de um ser mais autônomo e uma postura nova daqueles que são os mais experimentes, os novos Curadores, que precisam viver sob a égide da Certeza Provisória (um conceito que eu vinha usando e que Cortella também usa na palestra.)

Diria que esse novo Sapiens precisa:

  • de autonomia;
  • mais capacidade de decidir de forma lógica;
  • autodidatismo;
  • formação mais dedutiva e menos indutiva;
  • um trabalho mais filosófico- teórico do que metodológico;
  • uma capacidade maior de diálogo e de trabalho em grupo;
  • menos memória e mais criatividade.

Só se lida melhor com grandes volumes de informação, como agora, quando se estabelece análises mais amplas e de médio e longo prazo, com pessoas preparadas para lidar na incerteza e não na certeza.

Por mais que as plataformas ajudem, o modelo mental tem que ser mais próximo disso.

Nesse contexto, da formação individual, percebo que na palestra do Cortella há vários pontos interessantes, que podem somar nessa formação, que será o debate adiante, quando procurarei ver o que pode ser incorporado.

Veja o link:

 

Sem esquecer que a Formação Curadora vai se dar em um novo modelo de ensino 3.0 e não no atual.

Ainda lendo o livro “Era da Curadoria” de Cortella e Dimenstein e logo na capa ele diz: “Educação e formação de pessoas em tempos velozes“.

A pergunta que me faço é se o que estamos vivendo hoje é apenas “tempos velozes” ou diferentes?

Quando escolhemos um adjetivo, espera-se que ele precise bem o objeto a que nos referimos.

Muito das análises sobre a Revolução Digital vão justamente nessa direção: velocidade, mobilidade, urgência e não mudanças substanciais.

Tudo isso são sintomas existentes e evidentes.

Porém, quando admitimos ou analisamos que o mundo continua igual, mas apenas mais rápido, estamos falando do mesmo mundo, da mesma lógica, que precisa apenas de um ajuste.

Um mundo mais lento que precisa de pequenos ajustes para um mundo mais rápido.

Esse erro de diagnóstico, na verdade, marca todo o diálogo dos dois autores. Eles não estão isolados, pois é o que mais salta aos olhos à maioria das pessoas.

Isso faz parte de uma visão filosófica que as tecnologias não são capazes de mudar completamente a vida do Sapiens, mas são, pois somos uma Tecno-espécie, naturalmente tecnológicos e tecnologicamente naturais.

Não é possível pensar “Educação e formação de pessoas” no novo século apenas imaginando que precisamos resolver o problema do tempo mais lento para um mais veloz.

Revoluções Cognitivas são fenômenos macro-históricos e cada uma tem características diferentes:

Ou são centralizadoras (como foi a das mídias de massa e da escrita manuscrita) ou descentralizadoras (como a da prensa e da Internet).

As centralizadoras são incrementais e conservadoras. E as descentralizadoras são radicais (como a da prensa) ou disruptivas (como a chegada da oralidade ou da Internet).

A Revolução Digital introduz na sociedade duas novidades:

  • um novo modelo de comunicação, a dos rastros digitais similar ao das formigas, que permite uma participação de massa, algo impossível, até então, é a base do Uber e similares;
  • E é essa nova comunicação de rastros, que se vê em todos os projetos inovadores, que permite a criação de novo modelo de administração da espécie mais compatível com atual complexidade.

O Sapiens cresce demograficamente e é natural que mudemos a administração de tempos em tempos. Falta isso como fator fundamental para a compreensão do novo século!

A velocidade, descrita no livro, é característica da primeira onda de uma Revolução Cognitiva, que é da descentralização, como ocorreu com a chegada da Prensa, em 1450.

Houve mudanças radicais na sociedade pós medieval, se acelerou a inovação tremendamente, mas o modelo administrativo sofreu apenas um upgrade, dos reis para os primeiros ministros, do feudalismo para o capitalismo.

Podemos dizer que foi um fenômeno meso-histórico, pois alterou muito a sociedade, mas não como estamos vendo agora. Fechamos um ciclo macro-histórico  de 70 mil anos, no qual estamos concluindo a nossa fase “mamífera” e passando para a nova “insética”, devido ao aumento demográfico de um para sete bilhões dos últimos 200 anos.

Hoje, a chegada dos rastros digitais faz do atual momento algo diferente. Não igual e mais veloz.

Hoje, é possível acabar com os antigos intermediadores, onde se inclui professores e educadores nos moldes antigos, pois o cidadão pode informar ao outro sua experiência e ajudar a se tomar decisões com uma taxa de confiança muito maior diante da complexidade.

Cortella e Dimenstein têm sacadas brilhantes e úteis, mas estão, como eu também estive nos últimos 10 anos de pesquisa, engaiolados nos limites dos paradigmas filosóficos e teóricos do século passado.

Que não conseguem enxergar o surgimento de uma nova Era não mais veloz, mas completamente diferente. Um novo Sapiens, que precisa urgentemente da Inteligência Artificial para resolver seus problemas, incluindo o da formação.

Vivemos sim a Era da Curadoria, mas Digital, fortemente baseada em Inteligência Artificial e Participação de Massa, que não é mais veloz que a anterior, é MUITO diferente.

Diferente e mais sofisticada, a única capaz de lidar com mais elegância e humanidade a Complexidade Demográfica de 7 bilhões de almas, que resolvemos adotar.

Texto do meu novo livro: Informação 3.0. Baixe aqui: http://tinyurl.com/cadcertipdfs

Vídeo complementar ao texto:

Gostei muito do vídeo do Cortella em que defende a tese da Era da Curadoria. Vejam aqui:

Posso dizer que Cortella é culturalmente eficaz, mas está tecno culturalmente equivocado.

E isso nos remete a um debate muito rico.

Se a atual Revolução Cognitiva fosse como a da Prensa, ocorrida em 1450, por exemplo, Cortella daria um show.

Porém, a atual Revolução Cognitiva não é igual a da Prensa. Não é de continuidade, mas de descontinuidade, pois introduz nova forma de comunicação, a dos rastros digitais, usados originalmente pelas formigas e insetos.

A Internet, percebo, tem duas fases:

  • A descentralização, na qual se abre a mídia conhecida para muito mais gente poder usar, acessar, comentar e produzir. E isso gera forte descentralização de ideias;
  • E a robotização, ou o uso intenso no cotidiano da Inteligência Artificial, que permite organizar o que é produzido e gerar novo modelo de Administração para o Sapiens.

A Revolução Digital tem isso de diferente: introduz TAMBÉM novo modelo de comunicação por rastros, que não é continuidade, mas de ruptura, pois altera o modelo de administração da espécie.

Ganhamos nova foram de tomar decisões com mais participação da sociedade e isso é o que vai mudar a Macro-História!

O que Cortella diz na palestra ao falar em “Era da Curadoria” é basicamente, tradução minha,  “Era da Curadoria Analógica“, que é a visão de quem considera de que o  principal aspecto da atual Revolução Cognitiva é a descentralização.

Se fosse assim, nem o Google, o Youtube, o Uber, o AirBnb e tantos outros projetos seriam possíveis, pois é um novo modelo de administração, que prescinde de gestores sem provocar o caos..

A Curadoria Analógica não é o futuro, questiona sim o presente, mas não resolve as questões complexas que temos pela frente em nenhuma área, muito menos da educação.

A descentralização vem para questionar o atual modelo, mas não tem resposta eficaz para o que vai ser colocado no lugar.

Como diz Ronaldo Mota, reitor da Estácio de Sá, inovação educacional é algo que permite qualidade na quantidade. 

O que atende a esse paradoxo (qualidade versus quantidade) é a Curadoria Digital, que incorpora novo modelo de comunicação, fortemente baseado em Inteligência Artificial, que gerencia os rastros digitais dentro de Plataformas Digitais Participativas.

O coração da Curadoria Digital é o Karma Digital, que permite que muita gente possa ensinar o caminho para muita gente, como é o caso do Waze.

Quando falo Curadoria é diferente do que o Cortella está dizendo.

A dele é a Analógica, não tem Inteligência Artificial embutida, a minha incorpora esse fator. E aí está a diferença.

Vivemos hoje, é verdade, um forte problema filosófico-teórico para interpretar a sociedade e o futuro e por isso entendo o equívoco de Cortella.

  • Não é possível entender o que ocorre na sociedade hoje se não tivermos uma visão macro-histórica;
  • E dentro da macro-histórica proceder revisão filosófica, na qual é preciso pensar de outra maneira o papel das tecnologias na cultura, em especial as de trocas e destas com a demografia.

A análise de Cortella é muito feliz e eficaz, mas carece justamente de perceber a chegada da Curadoria Digital, que permite alterar o modelo administrativo.

Não estamos hoje diante de uma brecha tecnológica que permite mudanças culturais em que os professores, por exemplo, podem, se quiserem e por vontade própria, proceder algumas mudanças e passarem a ser curadores no atual modelo de ensino.

O modelo da escola baseado na escrita, material didático, currículo centralizado pede um gestor e não um curador.

Pode haver professores gestores com uma pegada mais de curadoria, seria bom que ocorresse, mas isso não vai sair disso.

Será algo pontual. É bom refletir sobre isso:

O modelo de ensino de uma sociedade será o espelho do modelo de administração. E o modelo de administração terá a “cara” das tecnologias de trocas disponíveis.

Não é, assim, a Internet que vai entrar na escola, mas justamente o contrário.

A mudança que estamos passando, portanto, é Tecnocultural e não cultural. Não estamos mudando a mídia, mas o modelo de administração da sociedade que é filho das mídias e não o contrário.

Há uma confusão de quem é filho de quem.

A chegada da Inteligência Artificial na Administração permite, pela primeira vez, a Participação de Massa, como é feito no Google, ao se definir que pesquisa fica no topo. Ou no Waze, quando motorista ensina para motorista o melhor caminho.

Tal modelo não condiz mais com o atual professor como o conhecemos, nem, escola, nem educador, ou grade curricular.

É Curadoria, mas não analógica, digital!

Isso só é mais visível  quando passamos a nos ver como Tecnoespécie (revisitando e reinaugurando o campo da Filosofia da Tecnologia) e o papel das Revoluções Cognitivas na Macro-História (revisitando e reinaugurando também o campo da Antropologia Cognitiva).

Fiz esse vídeo complementar:

 

 

Mais sobre este tema aqui no livro “Informação 3.0: como lidar melhor com a abundância informacional”.

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Baixe aqui.

Pós-escrito do livro:

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Baixe aqui.

Cortella e Dimenstein lançaram ano passado o livro “A Era da Curadoria – O que Importa É Saber o que Importa!”.

Ouvi a palestra de Cortella sobre o livro e vou comprar um exemplar.

A palestra de Cortella dá uma ideia do conteúdo do livro e em cima dela farei algumas reflexões críticas.

  1. não é possível pensar o futuro, como os autores fazem, a partir da micro ou meso história. A Revolução Digital em curso é fenômeno macro-histórico, que inaugura novo ambiente de comunicação humano, através dos rastros digitais, que pede robôs inteligentes para nos ajudar. Isso só é visto se colocarmos uma time line analítica de milênios. Ou seja, o Uber não é novo modelo de negócio, mas de administração da espécie;
  2. o que temos visto até aqui, a descentralização das fontes, o que o Cortella destacou muito bem na palestra, é a primeira fase do processo, mas não é isso que vai mudar radicalmente a escola, mas o surgimento de novo modelo de comunicação, através de cliques, estrelas, curtidas, que permite que tomemos determinadas decisões coletivas, antes inviáveis;
  3. novos modelos de comunicação permitem que seja recriado o modelo de administração;
  4. a escola é, antes de tudo, formatadora para que os jovens possam operar no ambiente de administração vigente, que se altera com as mudanças na comunicação. Ou seja, antes de se pensar em conteúdo o papel da escola é formatar corações e mentes para o uso da topologia de administração vigente em cada época da história. A atual escola é filha do livro impresso, como a nova será filha dos rastros digitais;
  5. a curadoria, termo que uso também no meu novo livro: “Administração 3.0 – conceitos avançados” só é possível com: rastros digitais, que viabilizam a participação de massa, que demanda uso intenso de robôs educacionais.

Mudei recentemente,  inclusive, o subtítulo do livro que era “Uberização” e passou a “Wazerização”, justamente por que percebo que a grande novidade é o uso de rastros para que possamos a com menos tempo de aprendizado ter mais qualidade.

Filosoficamente, o conceito de Curadoria é bem colocado na palestra de Cortella. Tem vários pontos que embasam o que virá, é uma percepção clara de que é preciso mudar, aponta na direção adequada, mas falta a visão da macro-história, a única que permite enxergar a mudança da escola na sua dimensão, que aponta para uma mudança na sua topologia básica: sai professor e entra robôs. Os educadores serão programadores de robôs e fornecedores de micro conteúdos, que serão avaliados por quem tiver contato com eles.

A palestra de Cortella se baseia na premissa que a grande mudança é a chegada de novas fontes de informação, que é a segunda onda da Revolução Digital. A primeira foi a informatização, a segunda é a descentralização, de fato, mas a a terceira e mais radical é a robotização, a grande novidade da atual Revolução Digital.

A descentralização questiona o modelo administrativo vigente, mas não coloca nada no lugar. Só a robotização viabiliza o novo caminho, que consegue resolver o problema da quantidade na qualidade e vice-versa, debate que parte do reitor da Estácio de Sá, Ronaldo Mota, autor do prefácio do meu livro.

Sim, diferente da chegada da prensa, que estruturou a sociedade moderna, a Revolução Digital introduz na sociedade  nova forma de comunicação, o rastro digital, similar ao utilizado pelos insetos, em particular as formigas.

E essa nova forma de comunicação elimina a necessidade do antigo intermediador, responsável pelas decisões, processos, produtos, serviços e ideias, onde se inclui o gestor educacional, responsável pela grade curricular e material didático.

Teremos o fim do professor fixo, bem como estamos assistindo o fim de outros intermediadores, como o caixa do banco, do cinema, o garçom, o corretor de seguro, os gerentes, chefes, diretores de cooperativa de táxis, os produtores de CDs, os editores de televisão, etc.

A Escola 3.0, ou se quisermos o ambiente de ensino do novo século, precisa preparar os jovens para viver sim num mundo mais descentralizado, mas principalmente, num mundo muito mais robotizado, inovador, incerto e participativo.

A Curadoria Digital é uma mudança de forma e conteúdo, altera a topologia de poder, em função das novas ferramentas de comunicação e troca disponíveis.

Por isso, chamei de Curadoria Digital, um modelo administrativo que vem substituir a gestão, que ficou obsoleta diante da complexidade demográfica de 7 bilhões de sapiens.

Ao se ouvir falar robotização imaginamos que estamos nos desumanizando. Ao contrário, eles está aí para aumentar a taxa de humanização.

Hoje, infelizmente, temos a complexidade das formigas, mas um modelo de administração de zebras.

Os robôs nos permitirão ter um modelo de administração de formigas para resgatarmos boa parte da humanidade perdida no último demais, quando crescemos demais e tivemos que concentrar ideias, produtos, serviços, poder e modelos educacionais.

É isso, que dizes?

Atualizei.

Nova versão dos slides sobre ensino 3.0:https://pt.slideshare.net/cnepomuceno/uma-nova-forma-de-pensar-a-escola-a-partir-da-revoluo-digital

Meu livro sobre o tema está aberto, basta preencher este form:
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Fiz um vídeo correlato:

Muito se fala em desumanização.

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Desumanizar seria tirar humanidade do humano.

Parte-se do princípio, assim, que se sabe o que é ser um ser humano e as ações que nos levariam a aumentar a sua humanidade e aquelas que vão reduzi-la.

Talvez, possamo criar uma primeira classificação das definições de humanidade da seguinte maneira:

  • conceito de humanização mais embasado na história e na experiência concreta dos humanos, que tenderia a reduzir aspectos morais e sentimentos daquilo que eu (ou o meu grupo político, filosófico, religioso, etc) gostaria que fosse e não o que de fato é;
  • conceito de humanização menos embasado na história e na experiência concreta dos humanos, que tenderia a aumentar aspectos morais e sentimentos daquilo que eu (ou o meu grupo político, filosófico, religioso, etc) gostaria que fosse e não o que de fato é.

Assim, muito do que se fala sobre humanização parte-se do princípio daquilo que eu considero que é a humanidade, do que ela deveria ter sido ou o que ela deve ser.

Muito do discurso dos conservadores filosóficos e políticos, que criticam guinadas civilizacionais, se baseia justamente nesse aspecto: se não mudamos dessa forma até aqui é por algum motivo consistente.

(Não, não sou conservador.)

Quero abordar esse tema do ponto de vista da Antropologia Cognitiva para trazer algo novo a esse antigo debate.

Há algo muito importante, filosoficamente falando, quando temos Revoluções Cognitivas Descentralizadoras.

Revoluções Cognitivas Descentralizadoras marcam momentos de guinadas civilizacionais, pois há uma forma de pensar sobre o ser humano que vem de um determinado centro que se consolidou em função de determinado contexto demográfico-administrativo-tecnológico.

Este centro acaba por definir “quem somos nós” e gerar  oposição que também define “quem deveríamos ser”.

(Acredito que o velho debate esquerda e direita passou por aí.)

A sociedade passa a ter um embate entre visões de “quem somos nós” filtradas e reguladas pelo status quo e pela oposição vigente, reduzindo o espaço para pensamentos alternativos.

Toda vez que há Revoluções Cognitivas Descentralizadoras temos na sequência Revoluções Filosóficas que têm a missão de revisar tudo que pensávamos sobre o humano.

Há um boom inovador e muito do que achávamos que era apenas cultural era Tecnocultural. A cultura não foi adiante por simples incapacidade de superar determinadas barreiras.

Na verdade, há um espaço para novas vozes, novos pensamentos, novas práticas e novas facetas humanas.

Há depois de  Revoluções Cognitivas Descentralizadoras boom Surto Filosófico, pois novos fenômenos passam a ser incompreendidos pelo antigo modo de pensar e agir.

Mas não só isso.

Há uma mudança do próprio humano, pois somos uma Tecno-espécie, que vive sob a égide da Complexidade Demográfica Progressiva.

Há uma humanidade quando temos um número “x” de Sapiens no planeta e outra quando esse número aumenta, pois a complexidade para a sobrevivência aumenta e exige mudanças de todos os tipos, principalmente administrativas.

 Revoluções Cognitivas Descentralizadoras nos ajudam a começar a resolver problemas, que antes eram inviáveis de serem resolvidos.

As tecnologias que temos disponíveis nos faz superar barreiras, além da Inteligência Coletiva acumulada, com seus pensadores incrementais e disruptivos ao longo do tempo.

E a experiência de uso de diferentes Tecnoculturas, com seus resultados eficazes ou não eficazes.

Tudo isso vai definindo uma humanidade e vai alterando o conceito de humanização.

Não podemos imaginar um Sapiens que habita um planeta com apenas milhões sendo o mesmo que vive em outro que tem bilhões.

O conceito de humanidade e humanização necessita ajustes e esse é o papel da Filosofia de maneira geral, do ponto de vista da visão existencial humana.

E da Filosofia 3.0, em particular, que precisa incorporar as mudanças demográficas, tecnológicas e o acúmulo de experiência e da Inteligência Coletiva para formular um novo conceito de humanidade.

E, por sua vez, de humanização.

O que é estarmos nos humanizando e o que não é.

(Este texto é o germe do livro “Filosofia 3.0: reflexões para preparar a chegada dos robôs nas nossas vidas”.)

O liberalismo não nasceu na Europa

Trecho do livro:

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A ideia de que o liberalismo nasceu depois da Idade Média é, a meu ver falso. Se pensarmos no movimento liberal, podemos dizer que sim houve pensadores descentralizadores ali.

Porém, podemos compreender que há uma nova forma de pensar os processos de desenvolvimento humano, que ocorreram em civilizações isoladas por milênios e agora de forma global, com o aumento populacional, em todo o planeta.

Registro abaixo o que percebo como a base da história humana:

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O aumento demográfico leva o Modelo de Administração à crise, pois há aumento de Demandas Obrigatórias, que nos leva a ter que lidar com um Patamar mais sofisticado de Complexidade.

Nestes momentos de crise há duas alternativas para a sociedade:

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Ou o Modelo de Administração aumenta a Centralização e reduz a diversidade humana ou parte para a Descentralização.

A solução da crise pela centralização visa reduzir a Diversidade Humana.

Como isso é feito?

Através da concentração dos canais de distribuição de ideias e produtos. As pessoas podem ter as demandas obrigatórias atendidas, mas precisam ter as demandas opcionais contidas.

Haverá padronização das ideias, dos serviços e produtos para reduzir o problema da crise. E nestes momentos aparecerão por tendência Tecnologias de Trocas Centralizadoras e movimentos sociais, políticos e econômicos nessa direção.

O Século XX é uma época bem típica desse movimento.

Nestes momentos, teremos ciclos centralizadores.

Para que essa crise seja superada pela descentralização é preciso que tenhamos Tecnologias de Trocas Descentralizadoras, que possam aumentar a capacidade individual de tomada de decisões e permitir que o Modelo de Administração seja descentralizado sem prejuízo no atendimento das demandas obrigatórias.

A solução da crise pela descentralização visa permitir de novo o aumento da Diversidade Humana.

Como isso é feito?

Através da descentralização dos canais de distribuição de ideias e produtos. As pessoas podem ter além das demandas obrigatórias atendidas, poder ter também as demandas opcionais atendidas, pois se inicia um novo ciclo de desenvolvimento humano.

Haverá difusão de novas ideias, dos serviços e produtos que permitirá a redução do problema da crise sem a necessidade de reduzir a diversidade humana.

E nestes momentos aparecerão por tendência Tecnologias de Trocas Centralizadoras, que serão a base para que isso ocorra.

O liberalismo, na verdade, é sinônimo de descentralização dos Modelos Administrativos na direção do empoderamento de cada cidadão para que tenham uma tomada de decisão mais sofisticada.

Ciclos descentralizadores de grande envergadura, como o que ocorreu na Grécia depois da chegada do Alfabeto Greto, no pós Idade Média com a massificação da Prensa e agora com a Internet vêm, na verdade, resolveu crises Administrativas, provocadas pelo aumento da complexidade demográfica.

O liberalismo faz parte desse tipo de movimento cíclico e fundamental para a inovação humana.

Tais movimentos ocorreram em diferentes formas em vários lugares, ou não ocorreram e geraram colapsos civilizacionais.

É preciso repensar o liberalismo diante da atual Revolução Digital, incluindo-o como um movimento da espécie em momentos de ciclos descentralizadores.

A decadência do catolicismo político brasileiro

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Como defendi no livroDeus 3.0:
reflexões sobre o conceito de Deus a partir de mudanças tecnológicas” há uma relação íntima entre o pensamento religioso e filosófico de um dado lugar e época.

A religião toca a emoção das pessoas e a filosofia navega sobre este mar.

O Brasil tem formação cristão-católica.

Os portugueses vieram ao Brasil no início da Reforma Protestante e vieram criar uma ilha de proteção às ideias Luteranas.

Não só vieram trazer o catolicismo, mas questionar o Luteranismo.

Lutero, que promoveu, a partir da chegada do papel impresso, uma revolução religiosa, a partir da Alemanha defendeu algumas ideias, como vemos na figura abaixo:

Figura 2 – Os conceitos luteranos

Na verdade, a ideia básica era reintermediar o Papa e abrir espaço para uma descentralização das ideias de Cristo.

Não é à toa que as ideias Luteranas têm se disseminado com muito mais velocidade no mundo, pois criaram uma espécie de franquia cristã.

Igrejas de todos os tipos, com diferentes pastores e interpretações, vão se espalhando pelo mundo, algo parecido com o movimento dos Alcoólicos Anônimos (Ver mais no livro “Levar adiante” de Bill Wilson) ou dos Escoteiros (na história de Sir Baden Powell – escutem no Escriba Café).

A república e o capitalismo devem muito aos movimentos de Lutero, que ao reintermediar o Papa, ao mesmo tempo abriu espaço para reintermediar o rei.

Cresce no Brasil o movimento Lutero, como o aumento de influência das igrejas filhas da reforma, o que pode explicar, em certa medida, algumas mudanças que estamos passando.

O PT é filho do catolicismo, de um centro forte, no qual boa parte do pensamento marxista se baseou. Marx quis acabar com a religião, que chamava opio do povo para colocar outro ópio no lugar.

O catolicismo político, do qual o marxismo é uma das vertentes, traz esse conceito do centro forte e redentor, que seria o Estado e algum líder carismático para substituir o Papa e este a Jesus e a Deus.

O problema do catolicismo já depois da Idade Média foi justamente a incapacidade de lidar com o aumento da complexidade do mundo.

Quanto mais gente houver no planeta, mais as religiões, a política e a economia precisarão se descentralizar.

Só existe uma forma de combater a complexidade: aumentar a capacidade de tomada de decisão mais racional e lógica de cada indivíduo.

O que estamos assistindo no Brasil é o fim de uma era. Diria que é o fim de um ciclo que veio desde 1500 em que os missionários católicos vieram ao país para evitar que as ideias de Lutero se tornassem hegemônicas no país.

Não sou luterano e nem evangélico,  muito menos religioso.

Parece-me, porém, que movimentos religiosos mais descentralizados, sem um centro forte, vão ajudar de alguma forma o país a se modificar em direção a mudanças mais abertas na economia, mesmo que venham com uma carga de conservadorismo nos costumes.

O que muitos vêm como um retrocesso pode ser um grande avanço, se analisarmos a histórica com mais detalhe.

PS – isso não quer dizer que não haja descentralizadores entre católicos. Falo aqui de questões mais subjetivas.

Baixe aqui os livros  (leia antes e pague depois):

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Os três motivos para mudanças no conhecimento humano

CAPA_CP

Baixe aqui.

Existem a meu ver três motivos para mudanças na sociedade.

  • – Novos fenômenos;
  • – Novos malucos;
  • – Novas Tecnologias.

Novos Fenômenos demonstram que algo na maneira que pensamos a vida está equivocado. Se a Filosofia, as Teorias e as Metodologias não conseguem lidar com o novo fenômeno não é o fenômeno que deve ser rejeitado, mas a forma como pensamos a vida.

Novos fenômenos demonstram que algo que pensávamos está equivocado.

Novos malucos, ou pensadores geniais, olham para tudo que já foi visto de outra maneira, como Einstein, Darwin, Freud, entre outros.

Criam novas frentes de pensamento e permitem que novas filosofias, teorias, metodologias e tecnologias sejam feitas.

Por fim, novas tecnologias permitem quebrar limites culturais e ir mais adiante daquilo que havia antes. É o caso evidente de microscópios, telescópios, computadores, livros.

Isso afeta profundamente o que vemos e o que pensamos.

Assim, vivemos a cada momento em determinadas bolhas da história à espera que estes três fatores nos coloquem em outro patamar.

É isso.

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O conhecimento eunuco

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Tive um debate recentemente com pesquisadores de ciências sociais, que analisaram um dos meus livros.

Criticaram um pouco a forma, alguns pontos específicos.

Depois de pensar alguns dias, percebi o que havia me incomodado naquelas críticas.

Não estavam focados como eu no problema.

No fundo, é uma das principais crises do pensamento científico atual.

Preocupa-se com a forma (de como está produzido) e não com o conteúdo (com o objetivo do mesmo).

Todo meu esforço intelectual tem como objetivo reduzir o sofrimento diante das incertezas da Revolução Digital. Preparar um chão firme para que administradores possam tomar decisões mais eficazes.

Uma crítica ao meu trabalho deve levar em conta esse tipo de foco. E ser criticado por não conseguir atingir esse objetivo.

Uma crítica pertinente seria a de considerar o problema irrelevante, o que não o é.

É emergente e extremamente necessário.

Assim, vamos para a segunda etapa.

Consegue atingir o que se propõe?

Ouço críticas e procuro ajeitar questões de forma que são pertinentes a aumentar a capacidade de comunicação com o meu público alvo.

E de coerência quando fatos questionam afirmações ou há uma incoerência na própria narrativa.

Para isso, servem os debates, principalmente em sala de aula.

Quando colocamos a forma acima de tudo, no fundo, estamos deixando o campo da ciência, que é a solução de problemas mais sofisticados, que exigem esforço maior.

Para entrar em duas áreas não correlatas, as artes, que se preocupa basicamente com a linguagem ou a religião que procura dar respostas ao que não temos capacidade ainda de responder por lógica científica.

(Nunca teremos essa capacidade, por isso sempre haverá espaço para a incerteza.)

Diria que as críticas ao meu trabalho por aquelas pessoas fazem parte de um fenômeno que podemos chamar de Conhecimento Eunuco, feito apenas para passar o tempo, como um jogo de palavras cruzadas que sai todo fim de semana no jornal.

Como hobbie é ótimo, mas como método científico, descartável.

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As três instâncias do conhecimento

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Um aluno me pergunta.

Existem instâncias do conhecimento?

No meu laboratório existe, pois parto do princípio que todo conhecimento científico só é válido se desaguar na direção da solução de algum problema que cause desconforto ou sofrimento.

É a minha maneira de pensar ciência.

Assim, tudo gira em torno de problemas.

Problemas são resolvidos por pessoas com um dado perfil e formação, munidos de metodologias e tecnologias, baseado em fundamentos teóricos, que seguem determinadas correntes filosóficas.

Quando a solução destes problemas começa a não mais satisfatório é hora de rever a primeira camada:

Podemos mudar pessoas, perfis, formação, métodos e tecnologias.

Caso tudo isso seja tentado, sem sucesso é hora de rever as metodologias. Teorias estudam fenômenos, suas causas e consequências, criam cenários, estratégias e revisam metodologias.

Podemos mudar conceitos, o peso das forças, o comparativo histórico.

Caso tudo isso seja tentado, sem sucesso é hora de rever teorias. Filosofias estudam teorias, suas causas e consequências, bases, coerência, lógica. Filosofias criam novos campos teóricos, que permitem mais adiante rever metodologias.

Quando tentei estudar o problema:

O que é a Revolução Digital, quais são as causas e consequências e o que podemos fazer para lidar melhor com ela?

Tive a necessidade de criar estas três “bancadas” para poder avançar.

É isso.

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Conceitos são ferramentas de interação!

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Certo dia, uma amiga disse que estava há meses tentando chegar num determinado conceito.

Eu fiquei pensando naquilo.

Conceitos são ferramentas de interação interna e externa.

Não devem ser sólidos, mas líquidos, pois se ajustam a duas demandas:

  • comunicação interna do autor com ele mesmo para garantir coerência da narrativa;
  • comunicação externa do autor com seus leitores, alunos, para garantir que se possa estabelecer diálogo.

Mudanças nos conceitos ocorrem e devem ter essa dupla preocupação. Não se pode abrir mão da coerência interna em nome da facilidade externa. E nem se abrir mão da facilidade externa por algum tipo de teimosia.

Um exemplo?

Uma aluna me perguntou o que era Cognitiva.

De Revolução Cognitiva.

Percebi que era preciso ao falar de Revolução Cognitiva lembrar as pessoas que Cognição é algo relativo ao cérebro. Não é tão comum como eu imaginava.

Mais um.

Um amigo bem entranhado nos negócios me disse que os conceitos Tecnopolítica, Tecnoensino, mas atrapalhavam do que ajudavam.

Eu tirei coloquei apenas Política 3.0, Ensino 3.0, para facilitar, mas deixo claro no texto que o conceito Tecnopolítica é para lembrar que a política sempre foi tecno.

Fica embutido.

E pode ser usada com menos destaque ou nos livros ou texto que podem ser chamados de mais formais do ponto de vista da metodologia científica.

Assim, conceitos deve ser visto como ferramentas de interação com a preocupação de não ir nem tanto ao mar ou a terra!

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A macrocrise de Corporativismo Tóxico das Organizações  2.0

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Problemas são à base das demandas humanas.

Viver causa problema que precisam ser minimizados ou superados, conforme cada caso.

Toda a organização que é criada pela sociedade vem para solucionar problemas da sociedade.

Quanto mais ela é ágil nessa missão, mais valiosa será e vice-versa.

O grande problema é que cada organização é formada por pessoas que também têm problemas a serem resolvidos.

E, com o tempo, os problemas internos das organizações PODEM se tornar mais relevantes do que os externos.

Nestes momentos, vivemos o que podemos chamar de Corporativismo Tóxico. O corporativismo é algo que podemos colocar sempre na equação social.

Tal tendência tende a ser contida pela pressão externa, que o mantém mais equilibrado.

Porém, em determinado momento nos quais a sociedade perde o controle das organizações, o Corporativismo Tóxico se torna cada vez mais agudo e por isso podemos chamar de tóxico.

Tóxico, pois a organização que foi criada para resolver problemas se exclui dessa responsabilidade e passa a ser não uma solução mais um problema para a sociedade.

Existem várias causas para o aumento do Corporativismo Tóxico todas ligadas ao aumento de poder da própria organização ou de um conjunto delas.

Mudanças sociais, políticas e econômicas alteram essa taxa de corporativismo organizacional, incluindo o tóxico, já estudada por vários pensadores em várias áreas de conhecimento.

O que nos interesse aqui é o Corporativismo Tóxico provocado por limitações Tecnológicas.

Hoje, vivemos uma macrocrise provocada pelo aumento radical do Corporativismo Tóxico em todas as organizações 2.0. É uma das consequências mais danosas do fim de uma Era Cognitivo-Administrativa pela qual passamos.

Não é apenas uma, mas praticamente todas que praticam o Corporativismo Tóxico.

Motivo?

Aumento demográfico versus limitações do modelo cognitivo-administrativo, que levou as organizações a centralizar poder, ideias, inovação, produtos e serviços.

O Corporativismo Tóxico se torna endêmico, global e presente em todas as organizações sociais, sem exceção: partidos, academia, produtivas, escola, religiosas, etc.

Todas as organizações da sociedade tendem a dar maior prioridade a seus problemas interno do que aos externos.

Há incapacidade de pressão de fora para dentro por alguns motivos:

  • falta de novas alternativas organizacionais sob outro modelo administrativo;
  • baixa articulação entre pessoas, devido à concentração de ideias e inovação;
  • baixa autonomia de pensamento de maneira geral.

A crise será percebida, porém dificilmente tratada com diagnóstico mais preciso, pois se procurará problemas nas organizações em si, mas não no Modelo Administrativo, que se tornou obsoleto por limites tecnológicos.

A saída para a crise é a implantação do novo Modelo Administrativo, que permite o surgimento de novas organizações, com capacidade de aumentar maior participação da sociedade nas decisões.

E conseguir superar a macrocrise de Corporativismo Tóxico que nos atinge.

 

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O Corporativismo Tóxico da Ciência 2.0

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A partir dos estudos da Antropologia Cognitiva percebemos que existem ciclos Cognitivo-Administrativos (Gestual – Oral e Escrito e Digital).

Há nestes momentos de término de uma determinada Era e início de outras alguns sintomas que se repetem, tais como o Corporativismo Tóxico.

Organizações passam a controlar ideias e inovações na sociedade e a determinar seus interesses de forma mais intensa.

Muitas vezes a Academia critica outras organizações, mas ela também faz parte do Status Quo Vigente que se beneficia da centralização das ideias e da inovação.

O Corporativismo Tóxico  se caracteriza pela defesa cada vez maior dos interesses do corpo organizacional, selecionando problemas internos como prioridade e relegando como secundários os problemas externos.

Concentração de mídia leva a todas as organizações a viver, cada uma a sua maneira, o seu Corporativismo Tóxico.

Popularmente, podemos dizer que é pensar cada vez mais no próprio “umbigo” e reduzir o espaço de interferência das demandas externas, esquecendo, ou deixando de lado, os propósitos da própria corporação,

O Corporativismo Tóxico se caracteriza por organizações quem deixam de servir a sociedade e passam a se servir dela.

Podemos dizer que tal Corporativismo Tóxico tem variações de pessoa para pessoa, instituição para instituição, mas vive algo maior, macro, em todas as organizações pelas limitações Cognitivo-Administrativas.

O aumento demográfico ocorrido nos últimos 200 anos exige uma Ciência muito mais dinâmica e voltada para problemas externos do que é hoje. Muito mais “porosa” para os anseios que vem de fora, da sociedade.

Porém, o método científico 2.0 adotado, baseado nos limites de pensamento e prática cognitivo-administrativos oral e escrito impedem que a crise seja superada.

A crise da Ciência é basicamente, como de resto em toda a sociedade, uma Crise Administrativa. O modelo de tomada de decisões de processos, pessoas, foco, objetivos ficou obsoleto.

Antes de ser Ciência, a academia é uma organização como qualquer outra regida por um Modelo Administrativo, que se tornou obsoleto no tempo.

A saber:

  • pelo uso e aprendizado para reforçar os interesses internos em detrimento dos externos;
  • pelo aumento demográfico que aumento tremendamente as demandas externas, que estão cada vez menos atendidas.

Tal crise latente se torna explícita com a chegada da descentralização e a transparência, uma das fases da atual Revolução Cognitiva-Administrativa Digital.

Podemos analisar alguns sintomas na prática, mas a principal é o  excesso de preocupação com a forma e não com o conteúdo (problemas).

A forma passa a ser mais importante do que os problemas externos, que clamam por soluções mais sofisticadas, papel fundamental da Ciência.

A saída é  a adoção da Ciência 3.0, que consegue manter a qualidade na quantidade, através da participação maior da sociedade no fazer científico, com o uso intensivo de Robôs Administrativos, tema principal deste livro.

No caso, Robôs Científicos Administrativos, que vão ajudar a aumentar a participação de fora para dentro no fazer científico.

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Mais complexidade, nos leva a maior superficialização

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No futuro, teremos cidadãos que tomam melhores decisões, mas serão mais superficiais em termos de conteúdo, se comparado aos que temos hoje.

Quanto mais complexo for o mundo, mais haverá necessidade de especialistas e menos generalistas.

Digamos que com a hiperconexão cada decisão terá consequências cada vez mais relevantes, com impactos em cada vez mais gente.

Assim, se tenderá a preparar a todos para que não atrapalhem o coletivo, pois podem resultar em grandes problemas.

Haverá uma objetivação no ensino, superficializando roteiros de ensino, reduzindo o que hoje é considerado obrigatório em opcional ou mesmo supérfluo.

Qualidade será o menos esforço para os melhores resultados.

De certa forma, isso ocorreu no passado na Revolução da Escrita Impressa, quando os intelectuais que tinham lido todos os livros, foram descentralizando o conhecimento.

Haverá uma superficialização individual, mas um empoderamento maior coletivo, das equipes.

Cada vez mais, se precisará de grupos de especialistas para resolver os problemas complexos.

Cada pessoa individualmente, só terá sentido quando em equipe.

As pessoas poderão não saber muito sobre o que hoje é considerado fundamental, mas serão extremamente eficientes para resolver problemas em grupos.

Muitos dirão que estamos regredindo, de algum ponto de vista, podemos até afirmar isso.

Porém, é preciso observar que quanto mais Sapiens houver no planeta, mas teremos que objetivar e simplificar nossas vidas.

É o preço do aumento demográfico que insistimos em não querer pagar.

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Qualidade de ensino: a minimização e a descentralização dos roteiros educacionais (currículos)

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Tudo será revisto depois da Revolução Digital.

E temos que nos perguntar por que aprendemos.

O que é necessário realmente e o que é secundário e deveria ser opcional?

Já defendi que o Ensino 3.0 vai se concentrar nos roteiros educacionais, já que tanto o conteúdo e a certificação estão se descentralizando.

O melhor roteiro, digamos de qualidade, é aquele que oferece o caminho mais curto e mais eficaz para se chegar a determinado ponto do aprendizado esperado.

Muitos dirão que para tal ponto é preciso isso e aquilo.

A ideia é de que alguém, num centro qualquer, tem que definir o que é melhor para as pessoas para se chegar a algum lugar é algo que ficará no século XX.

O roteiro do ensino 3.0 dependerá da experiência acumulada de quem já passou e vai deixar um rastro para quem virá, indicando os melhores atalhos.

Os robôs educacionais usarão essa massa de dados para ajudar aqueles que virão para percorrer o caminho mais curto, em menor tempo, com os melhores resultados.

No fundo, o que ocorrerá no Ensino 3.0 é a velha máxima da economia: o menor custo com o maior benefício.

Não haverá mais um centro definidor de roteiros, no qual fulano para chegar a tal lugar deve percorrer de forma obrigatória tais e tais passos.

O problema da qualidade de ensino hoje, do ponto de vista de roteiros, é justamente as curvas burocráticas que aqueles que querem definir os currículos educacionais acham importante, a partir da sua concepção e muitas vezes interesses.

Uma qualidade de ensino passa justamente por encurtar caminhos, a partir da experiência de quem já passou por aquilo e viu os resultados.

Aquilo que podemos dizer que é supérfluo será opcional na cada de cada um.

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As quatro etapas das Organizações pós Revolução Digital

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Podemos identificar quatro ondas:

  • A primeira ondaa digitalização – que venho ao longo das últimas décadas, com e-mails, websites;
  • A segunda ondaa descentralização – que ocorreu com a chegada da Internet e equipamentos móveis, tais como o Netflix, internet banking, ingressos;
  • A terceira ondaa robotização centralizada – que ocorre com a chegada do Uber, Airbnb;
  • A quarta ondaa robotização descentralizada – com o avanço dos projetos P2P, tais como o Bitcoin.

A maior parte das organizações não consegue enxergar além da digitalização, poucas estão na descentralização, algumas já enxergam a robotização. E até agora encontrei apenas uma empresa que visualizou a quarta onda.

Os líderes do futuro serão os que conseguirem chegar na quarta onda.

É importante observar que estas ondas fazem parte da Revolução Digital, na qual não temos equipamentos que alterem a biologia humana, como a implantação de chips, DNAs alterados, ou qualquer coisa que altere o perfil atual do ser humano.

Caso isso ocorra, não mais estaremos falando de Revolução Digital, mas de Revolução Genética, que é, a meu ver, a próxima escalada humana.

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A inovação disruptiva precisa da filosofia

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A Inovação Disruptiva trabalha com conceitos.

Diferente da Incremental que trabalha com observação.

Os conceitos são a base dos nossos paradigmas.

A Inovação Disruptiva é basicamente uma quebra de paradigmas para se chegar a algo que não é continuidade do pensamento, mas descontinuidade do pensamento.

Só podemos ter descontinuidade do pensamento se conseguimos enxergar o próprio pensamento e questioná-lo.

A ferramenta humana que questiona conceitos é a filosofia.

Sem filosofia, a Inovação Disruptiva é Incremental.

O papel da filosofia é justamente conseguir enxergar conceitos, abstrações e imaginar que algo ali pode ser diferente.

É um trabalho conceitual numa escala mais abstrata do pensamento.

Os Inovadores Disruptivo, muitos não sabem, são meio filósofos e ganhariam muito estofo se pudessem se dedicar mais a esse tipo de estudo.

Ainda mais os que se dedicam à epistemologia, que é o estudo de como produzimos e revisamos conhecimento.

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O limão educacional brasileiro pode virar uma limonada!

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Temos nas mãos uma grande oportunidade!

Outros países precisam atualizar a educação que já existe.

Nós precisamos criar uma educação que não existe para grande parte da população.

Nós podemos dar um salto, um desvio, os outros terão mais dificuldade.

O que precisamos fazer é apostar num projeto de educação para o século XXI, num grande projeto de Inovação Educacional tipo exportação.

O que serve para o Brasil não serve para os países do primeiro mundo, mas serve para os de terceiro que é hoje a grande maioria que precisa pegar o mesmo atalho que nós.

É preciso apostar na inovação do ensino, através de uso intensivo de plataformas digitais, robôs, ideias criativas para alterar o atual modelo.

Esta oportunidade deveria nortear o país.

Ser feita em áreas de inovação experimental e ir crescendo.

Não vamos resolver nossa crise pagando mais os professores e com menos alunos em sala de aula.

A equação não fecha.

É preciso mais robôs que irão substituir os atuais professores, permitindo que muito mais gente possa estudar.

O limão pode virar uma limonada.

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O problema da Escola não é de conteúdo, mas de forma!

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Muito se fala em crise do ensino.

Procura-se mudar o conteúdo, mas não a forma.

Porém, a crise atual escancara o problema da forma.

A escola atual forma alunos para as organizações atuais.

Um professor, turmas, horário, sineta, um material didático centralizado, memória, provas, avaliações e validações centralizadas.

A escola forma para que a pessoa saia e se sinta à vontade nas empresas em que vai trabalhar.

A Topologia de ensino tem que ser igual à Topologia das organizações produtivas.

O papel da escola, no fundo, é mais de domesticação de uma determinada topologia administrativa do que propriamente o repasse de conteúdo.

O problema é que estamos vivendo com a chegada da Revolução Cognitiva uma Revolução Administrativa, que basicamente está alterando o modelo das novas organizações.

Estamos saindo da continuidade, da taxa de baixa inovação, da verticalidade par a descontinuidade, a alta taxa de inovação e uma maior horizontalidade.

Sai o aluno incremental e precisa entrar o disruptivo, que precisa desenvolver um cérebro menos domesticado.

O gestor nas organizações produtivas estará sendo substituído pelos robôs administrativos e o mesmo terá que ocorrer na escola.

Essa incompatibilidade ainda não é evidente, mas será a cada dia.

É preciso uma mudança na forma.

Sai o professor e entra os curadores, muitos deles robóticos.

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Viveremos a disrupção como norma?

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As atuais organizações vivem a Inovação Incremental como norma e a Disruptiva como exceção.

Podemos dizer que a taxa de inovação da sociedade estava num patamar baixo e controlado pelas organizações de plantão.

Revoluções Cognitivas têm o poder de alterar a taxa e descentralizar a Inovação.

Viveremos tempos de Inovação acelerada,  indefinida, produzida por agentes externos às organizações tradicionais.

Este é o dado, digamos, conjuntural.

Porém, há outro dado relevante.

Há uma velocidade de inovação que nunca mais voltará para os parâmetros do século passado.

Aumentamos o ritmo da velocidade e ela não tenderá a se reduzir, por alguns fatores:

  • – mais gente;
  • – mais conexão;
  • – mais descentralização, o que permite que mais gente esteja no jogo criativo.

Assim, podemos dizer que até a chegada e massificação da Internet a taxa de inovação era uma e agora é outra. O que chamamos de Inovação Incremental precisa mudar.

O incremental será radical e o radical será disruptivo.

A Inovação Disruptiva será mais comum do que é hoje.

Não temos cabeça para tais mudanças e isso exigirá alterações cerebrais, que começam por um novo modelo radicalmente diferente de ensino.

O ensino vai preparar para a mudança o tempo todo e não, como é hoje, para o hábito e a continuidade.

 

Baixe o livro Inovação Disruptiva aqui.

A inovação incremental é coletiva e a disruptiva é individual

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Antes que me joguem pedra, vou esclarecer.

Toda a inovação tem duas fases.

A concepção e a execução.

O que estou dizendo acima é que a concepção da Inovação Incremental é mais coletiva, pois se baseia na observação e nos sentidos. E precisa de um cérebro mais comum.

A Disruptiva é individual, pois se baseia em conceitos e análise e precisa de um cérebro diferente e mais raro.

Todos os grandes pensadores que quebraram paradigmas foram grandes pensadores que quebraram paradigmas, pois tinham um tipo de cérebro diferenciado.

São cérebros distintos, que conseguem por algum motivo olhar para algo que outros não conseguem e formular teorias, ideias e conceitos que os demais não conseguiram até então.

Muitos dirão que “estavam nos ombros de gigantes”.

Sim, ninguém é ingênuo de desprezar o lado coletivo da Inovação, como algo cumulativo:  os acertos e fracassos anteriores são degraus na escalada inovadora.

Porém, as mudanças sociais ocorrem por alguns fatores:

  • – fenômenos novos, que precisam de explicações novas;
  • – tecnologias novas;
  • – gênios novos, que produzem filosofias, teorias ou metodologias, tecnologias novas, que nunca antes se havia imaginado.

Não espere que a Inovação Disruptiva vá surgir na conversa de muita gente, pois ela precisa de um tipo de cérebro específico, que poucas pessoas têm.

São cérebros raros.

Estas pessoas conseguem por motivos emocionais e cognitivos superar determinadas intoxicações de paradigmas e ver o invisível, o que a maioria dos cérebros não consegue ver.

Tais cérebros recebem o mesmo acúmulo de dados dos demais e os analisa de nova maneira e entrega resultados inesperados.

Uma das incógnitas sobre o futuro da sociedade humana é sempre deixar determinada margem para contar que estes “malucos geniais” apareçam e consigam ver e inventar o que outros não conseguiram, mesmo com os mesmos dados.

O que hoje é assim é assim, pois os cérebros geniais que tivemos até aqui nos trouxeram até aqui, juntando o trabalho de vários outros com outras características.

No futuro tais cérebros serão cada vez mais fundamentais para gerar valor nas organizações, numa sociedade cada vez mais disruptiva e menos incremental.

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