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Vídeo que abordo este tema:

 

Existe um problema filosófico sofisticado que nos impede de enxergar com mais clareza o novo século.

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E isso começa com uma frase de McLuhan, um teórico da comunicação canadense do século passado, que disse:

“O meio é a mensagem”.

E explicou:

“Independente do canal de televisão que você assiste, a tevê está fazendo a sua cabeça”.

McLuhan, a meu ver, é o pensador chave para entender o novo século, pois ele nos disse o seguinte, traduzindo:

  • as mídias mudam a a sociedade, muito mais do que imaginamos;
  • o ser humano é tecno e vive dentro de uma bolha tecnológica;
  • quando mudamos as mídias, mudamos a sociedade.

Diria mais eu com meus estudos.

Quando mudamos as mídias, podemos ter novas formas de administração mais sofisticadas.

Quando vejo os consultores de maneira geral defender mudanças organizacionais, como também nos novos partidos políticos, há milhares de promessas de mudanças para um consumidor/cidadão mais exigente.

“Juro que agora farei tudo diferente daqui por diante!”

No caso dos partidos.

“Juro que não vou roubar, que não vou esquecer as promessas”.

No caso das empresas.

“Juro que vou respeitar muito mais o consumidor e o meio ambiente”.

São juramentos de que agora tudo será diferente.

O pessoal quer apostar tudo na mudança de consciência e não na mudança do modelo de administração, que é a única forma de realmente mudar.

McLuhan treme na cova.

Note que o consumidor agora é outro, mas por que ele é outro?

Mudança de mídia.

Note que existem novas organizações no mercado que estão tirando a liderança das antigas. Por quê?

Mudança de mídia.

Novas mídias permitem que haja mudanças na sociedade tanto na oferta quanto na demanda.

Consumidores mais exigentes e empresas inovadoras que criam novas formas de resolver problemas.

Não são apenas novos modelos de negócio como no passado, mas novos modelos de administração.

Vejamos o caso do Uber e similares, na comparação entre o antigo modelo da gestão e o novo da Curadoria Digital:

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  • O modelo de administração da gestão (à esquerda) prevê que o gerente cuide do colaborador interno. Qualquer processo de contratação ou demissão passa por ele;
  • São colaboradores com carteira assinada, que são treinados com a supervisão do gerente. Qualquer problema é o gerente que se responsabiliza pela equipe.

No caso da Curadoria Digital (à direita), como no Uber, no AirBnb, é diferente.

  • Não há gerente para realizar esse controle e nem colaborador de carteira assinada;
  • O consumidor avalia diretamente o colaborador interno e vice-versa, há um algoritmo que calcula o Karma Digital de ambos e toma decisões, rebaixando, subindo, descendo, tirando da plataforma.

É um novo modelo de administração.

Quando falo isso aos meus clientes e alunos, muitos ponderam que é algo que não vai vingar em vários setores. Talvez no serviço, mas e no resto?

Tudo certo, isso tudo é especulação futura, mas vamos por partes, começando pelo presente.

O passo inicial é entender que há muitas organizações tradicionais que estão concorrendo não com outra organização, ou com novo modelo de negócio. Mas com um novo modelo de administração provocado, como disse McLuhan, pela chegada de uma nova mídia.

Isso permite que possamos passar pela primeira etapa do que seria a grande novidade para as organizações: o surgimento de um novo modelo de administração diferente da gestão na sociedade.

Isso é a grande novidade do século, seguida de outras secundárias.

Ponto pacífico!

A segunda questão é saber qual o futuro desse novo modelo nas outras áreas?

Vai ser hegemônica na sociedade? Vai influenciar tudo? Incluindo a política, a cultura, a economia? E entrar em todas as áreas, incluindo as que não imaginamos hoje?

Na sua área?

Muitos são céticos sobre a extensão, outros se arriscam mais, como eu, em afirmar que uma série de fatores culturais, sociais, políticas e econômicos apontam para a hegemonia da Curadoria Digital em algumas décadas.

E a aposta é simples: toda vez que um novo modelo de negócio com melhor relação de custo/benefício aparece, tende a se espalhar rapidamente. Talvez a regra também possa valer para um novo modelo de administração.

Porém, um empresário que se preze deve se perguntar seriamente e ao consultor de Business Digital Transformation:

  • O que é esse novo modelo de administração?
  • Vai chegar no MEU mercado?
  • Se não, por que não?
  • Se sim, por que sim?
  • Se sim, em quanto tempo?
  • E o que eu posso fazer para saber se estou certo nas minhas respostas e reduzir o risco de perda radical de valor ou fechamento da empresa?

É isso, que dizes?

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