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Somos uma Tecnoespécie.

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E somos regulados pelas Tecnologias de Linguagem.

  • Quando aumentamos a complexidade e criamos Tecnologias de Linguagens que permitem a descentralização, temos surtos liberais.
  •  Quando aumentamos a complexidade e não conseguimos criar Tecnologias de Linguagens que permitem a descentralização, temos surtos centralizadores.

Podemos dizer, assim, que grosso modo, não temos liberalismo e sim Tecnoliberalismo, pois procuramos ampliar, ao máximo, a capacidade descentralizadora de cada era tecnológica.

E mais:

E que o projeto, digamos ideológico dos liberais, é tirar o máximo possível de descentralização dentro dos limites tecnológicos possível.

Sob este ponto de vista, podemos dizer que existem dois grupos ou pensamentos fundamentais, que formam a verdadeira divisão ao longo da história, que superam a falsa dicotomia esquerda e direita: centralizadores e descentralizadores.

  • Os centralizadores – que defendem ordem centralizada, a partir de um determinado destino traçado para a sociedade. Para eles, a humanidade caminha inapelavelmente do ponto “A” para B” e determinado grupo sabe qual é este caminho e vai nos conduzir até lá. E aí variam os tipos de “profetas”, sejam eles religiosos, ideológicos, raciais, sanguíneos;
  • Os descentralizadores – que defendem ordem descentralizada, espontânea, a partir de destino em aberto, em que a humanidade NÃO caminha de ponto para outro e há uma inteligência coletiva que, na interação, acaba nos levando para o caminho menos ruim, a partir das interações.

E isso nos leva a:

  • Podemos dizer que os centralizadores são conteudistas, pois querem que as pessoas “tomem consciência” daquela determinada verdade e passem a seguir determinado rumo, rota, caminho, líder, tribo, etc.
  •  Podemos dizer que os liberais são topológicos, pois NÃO querem levar à sociedade para  determinado ponto e, por causa disso, querem garantir que haja a interação entre as partes. Não há líderes que sabem, mas curadores que queremos promover a Inteligência Coletiva.

Tal divisão, no fundo, é muito mais próxima do que hoje definimos como esquerda e direita, pois há centralizadores no que chamamos de direita. E descentralizadores, como é o caso de alguns grupos anarquista, que chamamos de esquerda.

O liberalismo, que podemos chamar de forma muito mais adequada de descentralismo, visa a descentralização de poder, através do empoderamento dos indivíduos.

E ainda:

Para um liberal não existe objetivo central da humanidade, a não ser sobreviver da melhor maneira possível. E para que isso seja feito é necessário que haja interações para resolver os problemas cada vez mais complexos que vamos nos metendo.

O descentralismo (que chamamos de liberalismo), na verdade, defende não uma ideologia, mas um tipo de topologia de modelo de poder, em que o centro não exerce uma função reguladora ou condutora.

Um liberal tem uma ideologia de forma e não de conteúdo.

O centro liberal existe para permitir que as pontas possam interagir, tendo a função, para falar uma palavra da moda, de curadoria.

Se existe uma ideologia liberal é uma ideologia topológica, de procurar o tempo todo garantir que a sociedade seja a mais descentralizada possível.

Quanto mais ela interagir, menos erros, teoricamente, vai cometer. 

O liberalismo consegue vingar no tempo, pois o Sapiens é escravo da inovação e qualquer sociedade que opte pela centralização acabará em crise, pois esbarrará na realidade da complexidade progressiva.

A prática liberal isso implica e exige:

  • a aprendizagem para a autonomia de pensamento das pontas para permitir a descentralização cada vez mais ampla e sustentável;
  • as tecnologias de linguagem mais modernas descentralizadoras, que permitam o aumento cada vez maior da inteligência coletiva;
  • e valores, leis, normas e regras de conduta e coletiva que levem à descentralização, bem como a mesma postura de seus dirigentes.

É isso, que dizes?

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