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A filosofia é o amor a sabedoria. Sabedoria é respeitar as regras da vida, sabendo quando e onde é possível negociar com elas.

Filósofo é, portanto, aquele que sabe lidar com a vida do jeito que ela se apresenta a cada contexto.

Filósofo aprende com a vida e revela sua lógica e regras mais fundamentais.

A filosofia é, assim, criada pelo humano para ser guia, espécie de GPS para definir valores fundamentais pra guiar o Sapiens na sua caminhada.

A filosofia é espécie de STF do pensamento, aonde vamos debater temas mais abstratos, profundos e fundamentais para servir de guia para os indivíduos.

A religião muitas vezes ocupa o papel da filosofia.

A religião, porém, é baseada em algum tipo de dogma, na ligação sempre de alguma entidade do além, com os humanos feitas a partir de psicografia, revelação, envio de um messias, etc.

Religiões têm valores filosóficos? Sim, tem alguns, porém, cada pessoa precisa ser seguidora de determinado livro central, que determina as regras do jogo, que foram definidas por alguém de fora do planeta.

Religiões servem para aplacar determinadas ansiedades humanas, que se mostram contínuas no tempo, justamente por falta de filosofias que as ajudem de forma mais ativa.

Em crises filosóficas, haverá ascensão de religiões e vice-versa.

A filosofia não é inspirada por entidade divina, mas na capacidade que pessoas de carne e osso tem de aprender com a vida e criar valores para que se viva melhor na terra – sem a necessidade de religiões.

Não se pode, entretanto, defender valores fundamentais da cabeça dos filósofos – que seria de laboratório não testados ou comprovados.

Valores filosóficos não testados na história não são filosóficos, pois desprezam a base da filosofia que é amar a vida como ela parece ser.

Se você não aprende com a relação dos nossos antepassados com a vida, está desprezando a experiência que tivemos no tempo.

É um desrespeito à vida e aos antepassados, que não eram burros. Fizeram o melhor possível dentro do contexto que tinham.

Você ignora a vida e quer impor a ela o seu jeito, a sua forma – o que acaba por receber de volta o seu desprezo.

Valores filosóficos inconsistentes são repelidos pela própria vida, não tem jeito.

A vida detesta não ser respeitada e quando isso ocorre responde com raiva, gerando crises de todos os tipos.

Crises são resultados de ações humanas, que foram  desrespeitosas com a vida.

Um filósofo, assim, não pode criar os valores que deseja para a vida, pois estará não mais amando-a, mas querendo impor a ela o seu desejo.

A vida é espécie de cavalo indomável, que em raros momentos permite ser montada, desde que com muito cuidado e respeito.

O filósofo, amante da vida, procura, assim, traçar valores fundamentais, respeitando o que a vida nos ensinou mais relevante no passado e pode ser perpetuado no tempo.

É isso, que dizes?

O Sapiens não lida com problemas diretamente.

Sempre há alguma metodologia, por mais rústica que seja, para fazer a intermediação entre problema e solução.

Metodologias, é bom lembrar, não caem do céu. São desenvolvidas por alguém, num determinado contexto, no qual os problemas tem algumas características específicas, que podem mudar.

Problemas se alteram em diferentes contextos: na qualidade ou na quantidade, o que obriga ajustes nas metodologias, mesmo que se demore mais tempo.

O problema que a prática contínua de uso de determinada metodologia faz com que a identidade da pessoa que a utilize passe, aos poucos, a se confundir com ela.

E aí podemos ter crise aguda de metodologia tóxica.

A pessoa passa a ser defensor intransigente daquele método, como se fosse eterno, único, como se o contexto dos problemas não se alterassem.

Metodologias ficam obsoletas e pessoas que as abraçam como se fosse filosofia de vida ficam obsoletas também!

Isso é o que podemos chamar de dogmatismo: pessoa confunde metodologia com filosofia de vida!

Podemos dizer que pessoa dogmática é aquela que cristalizou, por vários motivos, determinada metodologia como se fosse a sua própria identidade e valores.

Não é mais capaz de rever a eficácia da metodologia, pois ela se tornou parte integrante da sua identidade, a única forma possível de resolver determinado problema.

Digamos que um condutor de carruagem era alguém que usava uma metodologia de transporte, que ficou obsoleta.

Ele não era condutor de carruagem, mas agente facilitador de mobilidade urbana, que poderia ter migrado para outro tipo de veículo, quando surgiu.

Metodólogos tóxicos são defensores de métodos inflexíveis como se aquilo fosse um valor filosófico fundamental e não algo a ser avaliado a cada momento em função de seus resultados.

Cada macaco fica completamente fora do seu galho e começam a cair lá de cima.

Falarei mais disso por aqui.

É isso, que dizes?

Por que vivemos sob a égide da complexidade demográfica progressiva.

O sapiens precisa lidar cada vez mais com mais complexidade.

E isso tem apenas duas saídas: centralizar, que gera crises.

Descentralizar, mais sustentável.

Na micro ou meso-história, pode haver avanços e recuos, mas na macro tudo aponta para a descentralização.

Nós crescemos demograficamente – isso é fato matemático.

Que crescer gera complexidade.

Outro fato irrefutável.

Assim, o Sapiens aumenta sua complexidade com o tempo.

Sem margem para questionamento.

Isso é apenas ignorado, mas não contestado.

Todos movimentos humanos que demoram várias gerações para fazer efeito tendem a ser ignorados pelos pilotos automáticos de plantão.

Isso é uma parte de Malthus. A melhor dele.

(Muitos por uma questão de falta de argumento vai nos chamar de Malthusianos.)

O que o demografismo afirma diante deste fato irrefutável?

Que tal complexidade progressiva gera demanda por mudanças sociais.

Aqui saímos da matemática simples e entramos num jogo lógico ainda básico, mas um pouco mais complexo.

Que a espécie vai ter que fazer ajustes na forma de se administrar quando aumenta a complexidade.

E se não fizer isso, viverá crises.

Obviamente, quem não gosta de mudança pode querer refutar isso, mas não terá argumentos lógicos, apenas emocionais.

Até hoje, ninguém refutou a tese da complexidade demográfica progressiva, com nenhum argumento lógico.

Até aí fomos. E aí entra um jogo lógico mais complexo.

E aí o demografismo vai precisar de dois novos conceitos filosóficos metafísicos: o tecnicismo, que estabelece nova relação do Sapiens com as tecnologias.

“Somos tecno-espécie. E temos tecno-cultura.”

E, por fim, do cognitivismo: quando entramos em crises demográficas, precisamos mudar de mídias para iniciar revoluções civilizacionais.

Assim, o Sapiens é espécie que cresce demograficamente e, por causa disso, precisa promover revoluções civilizacionais de tempos em tempos, alterando primeiro as mídias, depois o modelo administrativo.

A isso deu um nome: tecnicismo demográfico progressivo.

Podemos dividir a macro-história humana em apenas duas Eras, antes e depois do digital.

Sim, é uma opção válida e vou explicar os motivos.

Na fase AD – Antes do Digital, tivemos várias etapas do Cognitivismo, da passagem dos gestos para a oralidade e desta para a escrita, com o ápice dos meios eletrônicos.

De fato, podemos estudar detidamente cada uma destas etapas, porém há determinadas mudanças incrementais, que permaneceram as mesmas.

Destaco duas mais relevantes:

  • Estruturamos nossa civilização, ao longo dos últimos 70 mil anos, através da linguagem mamíferas dos sons (oralidade e escrita);
  • E contamos, ao longo desse período, apenas com a inteligência humana (limitada em vários aspectos) para tomada de decisões.

Por que a Era Digital pode ser chamada de segunda Era?

O Digital introduz, pela primeira vez, linguagem disruptiva, diferente das passadas (a dos cliques) que permite tomada de decisões muito mais participativa do que antes.

Os cliques imitam o modelo de comunicação das formigas e elimina a necessidade de um poder central tomando decisões.

O líder-alfa pode, finalmente, ser substituído.

É essa linguagem que estruturou a Gestão, que funcionou bem até a complexidade de sete bilhões de sapiens, o que marca a obsolescência do modelo.

O mundo PD-Pós-Digital traz, além dos cliques, linguagem disruptiva o surgimento de uma Inteligência fora do humano, que estamos chamando de Artificial.

A IA nos permite tomar decisões mais eficazes em situações complexas.

As duas novidades (nova linguagem e inteligência) abrem a passagem para desenvolvimento de novo modelo administrativo disruptivo do Sapiens.

O Uber, por exemplo, já atua na Curadoria, novo modelo administrativo disruptivo – só possível pelas duas novidades.

Há disrupção, assim, na forma como o ser humano administra problemas.

Podemos, assim, dizer que o Sapiens foi analógico e agora é digital. E o digital consegue, pela primeira vez, depois de 70 mil anos, criar novo modelo administrativo disruptivo para a espécie.

E é isso que torna o processo da digitalização tão difícil para se compreender e agir: é mudança radicalmente disruptiva na macro-história do Sapiens, que ocorre, como nunca antes, em curto espaço de tempo.

Num final de época civilizacional de baixa capacidade de reflexão. A situação é difícil.

É isso, que dizes?

O Tecnicismo Demográfico demonstra que o ser humano vive ciclos bem marcados pela chegada de novas mídias para lidar com aumentos demográficos.

Dito isso, podemos dizer que temos Eras Civilizacionais, divididas em três etapas:

  • início – quando surge a nova mídia;
  • meio – quando provoca mudanças na sociedade;
  • fim – quando permite aumentos demográficos e inicia processo de decadência.

Neste início do novo século, vivemos a passagem do fim de Era Civilizacional Analógica, com forte decadência e início de nova Era Digital, com os primeiros passos na direção das mudanças da sociedade.

Neste momento perceberemos que cada ser humano vive baixo empoderamento individual, com preponderância de filosofias coletivistas e subjetivistas, bem como baixa consciência filosófica.

Há baixa autonomia de pensamento, pois todo o aparato social apontou para a direção da memorização e do baixo senso crítico individual.

Há forte massificação com baixa taxa de diversidade.

 

No apartamento filosófico,  a ante-sala é a metafísica, na qual se discute “quem somos?”.

E há novidades necessárias nesse espaço. Existem fatores humanos – muito importantes – que não estavam presentes, são eles:

  • nosso lado tecno;
  • a importância das mídias para nós;
  • e nossa característica de espécie que vive na história a Complexidade Demográfica Progressiva.

Sem estes elementos, fica muito difícil compreender as mudanças que estamos passando no novo milênio.

A sala da metafísica é a mais importante no aparamento filosófico, pois é dela que se entra nos outros quartos: epistemologia, ética, política e artes.

Se temos elementos que estão se mostrando vitais para nós, a partir do que a vida tem nos mostrado, é preciso introduzir esses temas nesse ambiente.

Como desdobramento, é necessária revisão nas outras salas e delas nas teorias que saem dali, o que nos leva também, mais adiante na revisão das metodologias.

É como se o novo milênio com a chegada da internet nos obrigasse a rever conceitos fundamentais, na sala mais importante do apartamento filosófico.

Sem essa revisão, naquele nobre espaço, fica muito difícil prever o que irá ocorrer.

É isso, que dizes?

A filosofia é um espaço de debates, como um apartamento, que tem uma ante-sala em alguns quartos.

Em cada um destes ambientes está se debatendo um tipo de pergunta fundamental para o ser humano.

Na ante-sala temos a questão meta-física: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?

A partir das respostas dadas, podemos entrar nos outros cômodos, são eles:

  • Epistemologia –  como conhecemos? O que é e o que não é possível conhecer?
  • Ética – como devemos viver individualmente, que valores devem nos guiar?
  • Política – quais são as melhores sociedades para viver?
  • Arte – o que é o belo? O que é e o que não é uma obra de arte?

É importante situar tais campos, pois em cada um há um debate específico, com portas em comum, e a ante-sala.

De maneira geral, principalmente em finais de Eras Civilizacionais, as pessoas têm baixa taxa de consciência filosófica.

Viram “mulas” dos pensamentos filosóficos de plantão, quase de forma inconsciente.

É isso, o que dizes?

O mercado adora conceitos genéricos e emocionais.

No fundo, novos modismos são muito mais motivacionais do que práticos.

Modismos foram ótimos no passado, mas agora são grande risco em mercado disruptivo.

Temos visto novos líderes aparecerem do fundo de garagens, sem pedir licença a ninguém – rindo muito de quem acredita no modismo da vez.

Transformação Digital pode ser muita coisa e coisa nenhuma.

Já vejo muita gente dizer que está na onda da Transformação Digital, pois trocou a capa do celular.

Ou gente vendendo Transformação Digital no ônibus a dúzia por dez reais!

Se olharmos para o passado recente, veremos que as cooperativas de táxi não perderam mercado para o Uber por causa das tecnologias.

O Uber matou a gerência – controla processos complexos, via Inteligência Artificial; e administra pessoas, através da Reputação Participativa – as famosas estrelinhas.

O Uber, assim, não é disrupção tecnológica, mas administrativa!

Vivemos fenômeno raro na macro-história: mudança de mídia, que já provocou e provocará alteração disruptiva nos modelos administrativos da sociedade.

Tudo que assistimos, é fato, tem apenas uma causa: o aumento de um para sete bilhões de Sapiens.

O salto demográfico nos últimos 200 anos demandou e demanda novas organizações para atender a um Sapiens mais conectado e maduro, que exige qualidade na quantidade.

Transformação Digital cria a ilusão do xarope para câncer de pulmão.

Na Transformação Digital, a organização tradicional se ilude que continuará a mesma apenas colocando novas tecnologias. Não é isso que está derrubando mercados por aí!

O que tem assassinado organizações tradicionais é o novo modelo administrativo sem gerentes, via novas tecnologias.

Cada organização deve se preparar PARA VALER para esse inusitado choque administrativo.

A receita: sugiro criação de Laboratório Bimodal  Administrativo.

A área Bimodal 1 continua operando do mesmo jeito e promove APENAS inovações incrementais ou, no máximo, radicais.

E a área Bimodal 2, experimenta novo modelo administrativo, com inovações para lá de disruptivas.

Coloca esse cartaz aí, urgente, na parede da sua organização:

Não é Transformação Digital, mas administrativa!

Vou repetir:

Não é Transformação Digital, mas administrativa!

Nunca, jamais, de uma semente de cooperativa de táxi vai nascer um pé de Uber!

É isso, que dizes!

Em áudio:
https://youtu.be/-doe3B18CrY

A palavra de ordem do novo milênio é reintermediação.

Vivemos passagem da Era Analógica para Digital e a demanda principal da espécie é de criar organizações mais eficazes para mundo mais povoado.

Atuais organizações foram criadas para Complexidade Demográfica bem menor – baseada nas mídias disponíveis.

As mídias disponíveis definiram a Gestão, atual modelo de administração, que tem limitações quando aumentamos a escala.

A Gestão serviu bem para complexidade de até sete bilhões de Sapiens.

Hoje, temos os primeiros passos do novo modelo administrativo – mais reintermediado e compatível com o novo patamar demográfico.

A meu ver, tende a se tornar hegemônico ao longo do tempo.

Contamos não só com nova linguagem (dos cliques), com nova inteligência (artificial) e ainda novo processos de armazenamento e certificação (blockchain/internet das coisas).

Todas as iniciativas da Administração 3.0 nos levam à mesma direção: reintermediação, reintermediação, reintermediação.

Na macro-história, é fato, o Sapiens precisa promover mudanças midiáticas-administrativas para  lidar com uma de suas principais características ainda desconhecida: a Complexidade Demográfica Progressiva.

A Uberização é a reintermediação administrativa, através de um misto de Inteligência Artificial (que lida com processos complexos) e pessoas (através da reputação participativa).

E o Blockchain é a reintermediação do armazenamento (via P2P) e da certificação (contratos espertos).

A tendência é que cada vez mais os dois movimentos Uberização e Blockchain se encontrem para permitir reintermediação para lidar com qualidade na quantidade.

Eliminam vários modelos de negócio que eram baseados na intermediação passada.

Não, não são continuidade, mas disrupção.

É preciso que organizações tradicionais acordem para  riscos e oportunidades da avassaladora onda reintermediadora administrativa que estamos vendo pela frente.

Sugiro como receita, urgentemente, a criação de Laboratórios de Administração Bimodais para que organizações tradicionais possam experimentar os dois modelos: o atual, de forma incremental e o novo, de forma, completamente, disruptiva.

É isso, que dizes?

ttps://youtu.be/6YLEeE6r2XQ

Existe hoje certa dificuldade dos liberais em explicar a crise que vivemos nas sociedades mais abertas.

Se as sociedades com valores liberais, são tão melhores, por que entraram em crise neste início de milênio?

Falta para essa resposta três conceitos filosóficos relevantes: o Demografismo, o Tecnicismo e o Cognitivismo, que conseguem inverter a lógica comum do que vem sendo dito.

(Ver a Revisão Metafísica que sugiro aqui.)

Vejamos a nova narrativa.

A sociedade moderna é criada a partir da chegada da prensa em 1450, quando durante 350 anos pensadores liberais clássicos, ou podemos chamar de Liberais Impressos, como gosto de chamar, reestruturam a sociedade.

Liberais clássicos promoveram o ajuste entre duas Eras Cognitivas Civilizacionais (pré e pós prensa), a partir da incorporação dos valores liberais ao potencial das novas mídias, que permitiu o modelo atual.

O processo filosófico-teórico, podemos dizer, durou longos 350 anos, quando tivemos o modelo da república/livre mercado estabelecido.

Assim, tivemos da chegada da prensa duas etapas: uma primeira filosófico-teórica da renascença e ajustes das ideias gregas ao novo momento;

E, só então, a segunda, metodológica, que se inicia em 1800 com as revoluções liberais (inglesa, francesa e americana).

O gráfico demográfico vai demonstrar que é justamente a partir deste período, 1800, a passagem das filosofias e teorias para as metodologias que temos o salto demográfico de um para sete bilhões.

É justamente o mérito do pacote filosófico, teórico e metodológico do Liberalismo Impresso que permitiu o boom demográfico de um para sete bilhões de Sapiens, que tivemos depois.

Sem os valores liberais, nunca o Sapiens teria atingido a meta de sete bilhões de habitantes no planeta.

Porém, como é natural, o crescimento demográfico gerou nova complexidade que transbordou as possibilidades das sociedades abertas existentes, baseadas na velha mídia de plantão, oral, escrita e eletrônica.

Há, assim,  crise do Liberalismo Impresso/Eletrônico, mas não da filosofia liberal, que precisa ser atualizada para criar o Liberalismo Digital.

Não é, portanto, a filosofia liberal que está em cheque, mas principalmente as metodologias criadas no passado em função das mídias existentes,que precisam ser atualizadas para a nova complexidade.

Como nossos antepassados fizeram, é preciso atualização filosófica, teórica e metodológica liberal que consiga incorporar a nova complexidade demográfica, com as novas mídias disponíveis!

Tal passagem demanda, a partir da nova complexidade e agora empoderada de novas mídias, salto filosófico, teórico e metodológico para o ajuste.

Este é o papel dos grandes pensadores liberais na macro-história: promover ajuste entre três instâncias: placa-mãe (mídias), sistema operacional (filosofias e teorias) e aplicativos (metodologias diante dos problemas).

As sociedades mais abertas atuais assistiram ao aumento radical da população, que vem com demandas justas emergentes de novas soluções, que o atual modelo Liberal Impresso não é mais capaz de atender.

É preciso dizer em claro e bom tom: o liberamos impresso ficou obsoleto!

O problema não está, assim, nos valores filosóficos liberais, mas na adaptação destes para o novo ambiente midiático-tecnológico digital emergente.

É preciso atualizar os valores liberais para que, com as novas mídias, entremos em outro círculo virtuoso, que nos permita viver com liberdade em novo patamar de complexidade.

A Uberização e o Bitcoin, é fato, precisam agora de banho de loja filosófico-liberal.

O que precisa ser feito agora, como fizemos no passado, é ajustar valores filosóficos às novas mídias, abrindo novo ciclo liberal para uma complexidade de 7 bilhões.

É isso, que dizes?

Vou repetir a introdução que fiz no post “O Demografismo Filosófico“:

O STF da filosofia é a metafísica: que discute quem somos e para onde vamos?

As outras questões que vem depois precisam se posicionar sobre o que decide no STF para seguir em frente.

Hoje, temos grave crise filosófica na sociedade, pois dentro do “STF filosófico” existe conceito estruturante que precisa ser incluído: o Cognitivismo.

Cognitivismo pode ser definido como o debate filosófico da forte – e invisível influência – que as mídias e respectivas rupturas exercem na  macro-história do Sapiens.

Um mundo que se expressa de forma gestual, será um. E um que se expressa oralmente será outro completamente diferente.

O mesmo podemos dizer de um sapiens que se comunica também pela escrita manuscrita, primeiro e depois impressa. Toda a sociedade sofrerá forte influência em função das mudanças de mídia.

Nosso problema para compreender tanto o Demografismo quanto o Cognitivismo é o espaço de tempo muito longo entre causa e consequência.

O aumento demográfico gera crises imperceptíveis, pois é processo lento e só pode ser analisado e percebido na macro-história – algo que está bem acima do debate do senso comum.

O mesmo podemos dizer das mídias, que se alteram muito raramente e exercem forte influência no como organizamos a sociedade.

Somos espécie que cresce demograficamente, talvez a única, o que vai nos explicar a necessidade que temos de proceder mudanças profundas na sociedade ao longo da macro-história.

Mudanças de mídia vêm para ajustar a complexidade demográfica a novos modelos sociais, tanto do ponto de vista filosófico, quanto teórico e metodológico, possíveis com as novas tecnologias.

Podemos dizer que o verdadeiro motor da história é a complexidade demográfica, pois cria elementos diários e concretos que forçam mudanças no modus operandi da sociedade.

As mudanças de complexidade vão exigir do Sapiens alterações de mídia, que permitem abrir novas Eras Civilizacionais.

Quando respondemos “quem somos” e não nos colocamos como espécie que pratica a Complexidade Demográfica Progressiva e as rupturas de mídia estamos nos iludindo.

O Cognitivismo está inserido dentro de um debate filosófico do papel das tecnologias na sociedade.

Nele, me defino como defensor do Tecnicismo, que admite que somos tecno-espécie, fortemente influenciado pelas mudanças tecnológicas na sociedade.

Detalhei o Tecnicismo aqui.

É isso, que dizes?

Vou repetir a introdução que fiz no post “O Demografismo Filosófico” e no O “Cognitivismo Filosófico“:

O STF da filosofia é a metafísica: que discute quem somos e para onde vamos?

As outras questões que vem depois precisam se posicionar sobre o que decide no STF para seguir em frente.

Hoje, temos grave crise filosófica na sociedade, pois dentro do “STF filosófico” existe conceito estruturante que precisa ser incluído: o Tecnicismo.

Tecnicismo pode ser definido como o debate filosófico da forte – e invisível influência – que as tecnologias de maneira geral exercem na  macro-história do Sapiens.

(Nesse debate entra o Cognitivismo Filosófico, que analisa especificamente os impactos da mídia.)

Um Sapiens que vive depois que o avião foi inventado não pode ser comparado com outro que não podia voar, o mesmo podemos dizer do microscópio, dos telescópios, das vacinas, etc.

Tecnologias permitem expansão do Sapiens, no pensar e agir, que outras gerações não tiveram possibilidade de fazer por falta de ferramentas.

O Tecnicismo nos leva ao conceito filosófico de Tecno-espécie. Nele, o Sapiens é que é por causa das tecnologias.

Tecnologias, assim, não são apenas parte integrante, mas também formatadora da cultura.

Vou repetir: tecnologias são, ao mesmo tempo, filhas e mães da cultura, pois são criadas por elas mas, ao mesmo tempo, estabelecem parâmetros de criação e prática cultural.

Nosso problema para compreender tanto o Demografismo quanto o Cognitivismo e o Tecnicismo é o espaço de tempo muito longo entre causa e consequência.

Nos habituamos com tecnologias e a complexidade demográfica como se fosse algo natural, “quando nascemos já era assim”. E não refletimos sobre os efeitos das mesmas na sociedade.

O ser humano, assim, incorpora no piloto automático tudo que facilita a sua vida e acredita que aqueles elementos, que passaram a ser invisíveis, são “naturais e eternos”.

Quando elementos “naturais e eternos” começam a se alterar na sociedade, o Sapiens entra em pane, pois uma cobra invisível começa a picar e ninguém consegue enxergar.

Somos, portanto, espécie que usa tecnologias como epicentro da nossa capacidade de sobrevivência, fato, infelizmente, COMPLETAMENTE ignorado pela metafísica, quando responde a questão esruturante: quem somos?

Hoje, quando as tecnologias no geral e as mídias, em particular, estão alterando profundamente a sociedade, percebemos que o debate metafísico precisa de forte ajuste.

É preciso incluir a influência da demografia, das tecnologias e das mídias na resposta metafísica: quem somos?

Se no debate metafísico do “quem somos?” ignoramos nosso lado tecno, estamos falando de um Sapiens que simplesmente  não existiu e nunca existirá.

É isso, que dizes?

 

É isso, que dizes?

O STF da filosofia é a metafísica: que discute quem somos e para onde vamos?

As outras questões que vem depois precisam se posicionar sobre o que decide no STF para seguir em frente.

Hoje, temos grave crise filosófica na sociedade, pois dentro do “STF filosófico” existe conceito estruturante que precisa ser incluído: o demografismo.

Demografismo pode ser definido como o debate filosófico da forte – e invisível influência – que a demografia exerce na  macro-história do Sapiens.

Um mundo de um bilhão de sapiens será completamente diferente de um com 7 bilhões. Isso tem impactos profundos quando respondemos: quem somos?

Somos espécie que cresce demograficamente, talvez a única, o que vai nos explicar a necessidade que temos de proceder mudanças profundas na sociedade ao longo da macro-história.

Podemos dizer que o verdadeiro motor da história é a complexidade demográfica, pois cria elementos diários e concretos que forçam mudanças no modus operandi da sociedade.

Quando respondemos “quem somos” e não nos colocamos como espécie que pratica a Complexidade Demográfica Progressiva estamos nos iludindo.

O demografismo é a base para se chegar a outro conceito importante também fundamental no debate metafísico: o Cognitivismo Filosófico.

Isso vou abordar no outro post, veja aqui.

É isso, que dizes?

Fiz esta pesquisa com meus leitores. E obtive o seguinte resultado:

A maior parte (67%) considera que a Uberização pode ajudar na sua organização e a minoria é descrente nessa direção.(33%).

Vamos às justificativas.

Quem disse que “A Uberização pode ser útil na organização” argumentou mais ou menos o seguinte:

  • Para ajudar na regulação de contratos;
  • Para ampliar as quantidades de produtos entregues;
  • Na capacitação;
  • Nas decisões;
  • Por ser demanda da sociedade;

Quem disse que “A Uberização pode ser útil na organização” argumentou mais ou menos o seguinte:

  • Não tem conceito formado;
  • Não sabe onde ter esse benefício.

É isso, que dizes?

 

Fiz esta pesquisa com meus leitores. E obtive o seguinte resultado:

A maior parte (67%) considera que a Uberização será periférica, apesar de muita gente já considerar que não (33%), que será hegemônica.

Vamos às justificativas.

Quem disse que “a Uberização não serão hegemônica” argumentou mais ou menos o seguinte:

  • Serão restritos pela resistência do legado e do marco legal;
  • Acredito que este tipo de serviço fiquem ligados a setores específicos, onde até o momento haviam monopólios ou muita dificuldade de acesso para implantação de novos modelos;
  • Não acredito nem que o Uber se continuar a manter esses preços baixos conseguirão se manter, quando os proprietários individuais (que não tem carros alugados) começarem a ter dificuldades para manter os veículos com uma tarifa tão baixa;
  • Nas próximas décadas ainda serão restritos a alguns setores.

Quem disse que “A Uberização não será hegemônica” argumentou mais ou menos o seguinte:

  • Acho que é “apenas” o inicio de modelos mais disruptivo;
  • Os impactos serão sensíveis a todos os grandes atores do mercado;
  • Mesmo ainda temido pela incerteza, acredito que teremos um futuro (a longo prazo) movido pela filosofia Uber;
  • Bem depois, quando o velho modelo administrativo perder a garantia, por não ser mais sustentável, numa sociedade toda digitalizada, o modelo Uber será hegemônico;
  • Sim pois as pessoas não querem mais “órgãos centralizadores” de poder. Elas querem ser o poder!!!.

É isso, que dizes?

 

Vimos que a racionalidade é conhecer a origem das nossas emoções, através do estudo da filosofia.

Porém, há uma dicotomia importante a separar objetivismo de subjetivismo.

A base do subjetivismo é a de acreditar que não a vida não tem uma lógica própria, diferente do objetivista.

O objetivista é, assim, alguém que se rende aos fatos, pois considera a vida seu maior professor.

Existe uma realidade lá fora que nos ensina, ao longo da história, sua lógica.

O objetivista se rende à lógica da vida, a partir da história da relação do ser humano com os fatos.

Isso não quer dizer, em absoluto, que não há formas de ver o fatos de forma diferente, pois existem sempre fenômenos novos, acúmulo de aprendizado, mentes disruptivas, novas tecnologias de medição.

Tudo isso nos faz ver os fatos de forma diferente, porém, um objetivista sabe que os fatos devem guiar a sua análise e não o contrário.

Por não acreditar em  nenhum tipo de força alheia ao ser humano, nem em missão do sapiens na terra, o objetivista é pragmático.

 

Racionalidade é processo contínuo de aprendizado sobre as emoções.

Esforço individual de compreender a origem das mesmas.

Emoções não são puras.

Não nascemos com elas de berço. São formatadas pelas correntes filosóficas de plantão.

Correntes filosóficas são espécie de sistema operacional que determinam como irão rodar nossos aplicativos emocionais.

Quem reflete sobre correntes filosóficas passa a melhor dominar as próprias emoções – deixa de ser “mula” de alguma da qual não se tem consciência.

Estudar filosofia é, assim, não aceitar a máxima do Zeca Pagodinho: “deixa a vida me levar“.

Que quer dizer: deixa uma corrente filosófica, da qual não tenho consciência guiar minha vida!

Filosofar é, assim, movimento anti-Zeca Pagodinho.

É processo de auto-aprendizado consciente da melhor corrente filosófica possível que possa nos guiar para ter uma vida cada vez melhor.

É isso, que dizes?

Texto lido:
https://youtu.be/DfU3-Odxdgs

 

A filosofia é a rodoviária de onde partem todos os pensamentos.

Podemos dizer que na rodoviária filosófica existem apenas duas grandes plataformas: a que recebe “ônibus” coletivas e individualistas.

  • Os coletivistas consideram que o Sapiens, como espécie, tem missão na vida;
  • Os individualistas, ao contrário, consideram que o Sapiens não tem missão coletiva e cada um tem que ter o seu próprio propósito.

O coletivismo é o ponto de partida de todas as correntes autoritárias e totalitárias, pois se existe um objetivo geral, e muitas vezes único da espécie, todos temos que caminhar para lá.

O coletivismo, ao definir um objetivo ao Sapiens, determina que algumas pessoas sabem mais do que outras esse caminho, estruturando, assim, sociedades mais verticais.

O coletivismo tende ao subjetivismo, pois ao se definir propósito geral parte-se de algo abstrato e não comprovado pelos fatos.

O coletivismo, necessariamente, precisa de algum tipo de elemento de fé, seja religiosa ou política, para determinar a motivação para o propósito coletivo.

A fé no propósito coletivo da espécie é o que une correntes coletivista.

O individualismo, por outro lado, ao acreditar que cada indivíduo define seu propósito, permite sociedades mais abertas e horizontais.

No individualismo não há um propósito central e sim  somatório de propósitos descentralizados.

O individualismo é coerente com os conceitos de ordem espontânea, inteligência coletiva e cultura da participação.

Há forte influência de dois fatores para o aumento do coletivismo ou do individualismo na sociedade: demografia e mudanças de mídia.

  • Quando temos aumento demográfico e não há mídias descentralizadora, haverá tendência a se ampliar  pensamentos coletivistas;
  • Quando temos aumento demográfico e há mídias descentralizadora, haverá tendência a se ampliar  pensamentos individualistas.

O Objetivismo 3.0 visa aprofundar os estudos dos objetivistas incluir nessa equação as novas percepções da Antropologia Cognitiva, ou seja: a influência demográfica e de mudanças de mídia na macro-história.

Objetivismo é corrente filosófica proposta por Ayn Rand, que organiza o debate de ideias para quem quer viver e defender a vida em sociedades de livre pensamento e mercado.

O objetivismo, como qualquer corrente filosófica, se contrapõe a outras.

Objetivismo x subjetivismo;

Individualismo x coletivismo;

Benevolência x altruísmo;

Reflexismo x emocionalismo.

O objetivismo, entretanto, tem papel organizador de debate.

Faz síntese, sistematiza, seleciona e atualiza os pensamentos gregos e do liberalismo clássico, que deram origem à sociedade livre e aberta.

O objetivismo defende que a mãe de todas as cosmovisões humanas parte sempre da metafísica – meta-análise sobre a física-existência.

Podemos dizer que há duas macro-correntes metafísicas:

  • As que defendem que a espécie TEM propósito coletivo;
  • As que defendem que a espécie NÃO TEM propósito coletivo.

O Objetivismo acredita, assim, que a espécie NÃO tem propósito coletivo, pois é formada pela interação da individualidade de cada pessoa, através de ordem espontânea.

É, assim, anti-coletivista.

Cada pessoa deve procurar trazer sua percepção, baseada nas reflexão, para mundo finito, que não tem antes ou depois, para o qual se cria propósitos individuais em busca da felicidade.

A partir desta definição metafísica se caminha para as demais:

Epistemologia: se conhece a realidade física (que existe), através de trabalho sistemático e individual de reflexão sobre as emoções, questionando o subjetivismo;

Ética: cada um deve lutar pela própria sobrevivência e felicidade sem impor nada pela força aos demais, anti-assistencialismo;

Política: o estado deve ser mínimo e garantir apenas a não-violência, anti-estatismo;

Economia: livre mercado, anti-monopolista.

O Objetivismo, assim, não é movimento coletivo versus outros como marxismo ou o nazismo, por exemplo.

É conjunto de valores organizado, de forma a facilitar o debate sobre os pilares de sociedade livre e aberta.

É base para ajudar a identificar e combater filosofias que vão na direção contrária.

Pauta perguntas e sugere respostas para ajudar a organizar debates e aprendizados dos que se dizem liberais.

O objetivismo vai mais além do liberalismo (mais ligado à política e economia), pois amplia e exige coerência individual do papel do indivíduo, que se diz liberal.

Procura facilitar a não contradição entre o que se diz ou faz de um liberal.

É guia de conduta para quem quer viver em sociedade livre e aberta.

Enfim, numa sociedade livre e aberta, diferente da autoritária ou totalitária, dependerá muito de cada pessoa ser, difundir e defender a liberdade que quer para os demais.

Rand nos ajuda muito nisso, pois percebeu que isso tem que ser atividade constante.

Devemos muito a ela.

O ser humano sempre vai aumentar o tamanho populacional, se puder.

É movimento sempre na mesma direção: por mais complexidade.

As mídias, entretanto, não.

Têm duas possibilidades: centralização/ verticalização ou descentralização/horizontalização.

Podemos dizer que no mercado de mentalidades existem dois tipos de atuação.

  • Profissionais que atuam em mudanças de mentalidade incremental;
  • Profissionais que atuam em mudanças de mentalidade disruptivas.

Mercados incrementais de mentalidade têm mais facilidade de vender pacote completo (sensibilização, capacitação e consultoria).

O cliente tem um problema menos complexo e consegue enxergar a mudança incremental com mais facilidade.

O esforço de sensibilização é menor, pois a mudança é mais visível e corriqueira. Vende-se menos palestra, menos capacitação e mais consultoria.

O cliente já tem uma opinião formada sobre o tema.

Mercados disruptivos de mentalidade têm mais dificuldade de vender pacote completo (sensibilização, capacitação e consultoria).

O cliente tem um problema complexo, que nem consegue enxergar, que pode afetar a sua competitividade.

Não consegue demandar o problema e precisa ser sensibilizado.

O esforço de sensibilização é muito maior, pois a mudança é MENOS visível e corriqueira. Vende-se muito mais palestra, no primeiro momento.

E menos capacitação e quase nenhuma consultoria, que só vai se chegar com o tempo.

O cliente não tem opinião formada sobre o tema, o que reduz bastante o leque de atuação.

É preciso desbravar o mercado.

É isso, que dizes?

Existe um ramo de negócios que vou chamar de serviços de mentalidade.

O que é isso?

É alguém que trabalha para alterar a mentalidade das pessoas para que elas operem de forma diferente.

Não é um profissional que realiza alterações tangíveis, mas intangíveis nas mentes das pessoas.

Um professor é um profissional de mentalidade, assim como um consultor, que não executa projetos, mas ajuda a alguém a fazê-lo.

Um profissional de mentalidade tem três atividades:

Sensibilização – início de qualquer processo, geralmente em palestras, no qual vai apresentar o motivo da mudança. O cliente está em “a” e precisa por motivo “b” passar para “c”;

Capacitação – convencido o cliente que está de que quer ir para “c” e o profissional reúne as condições de fazer a passagem de mentalidade, é feito um aprofundamento para que a mentalidade possa ser trabalhada;

Consultoria –  feita a capacitação, o cliente quer implantar “c” e muitas vezes precisa de consultoria para que isso seja feito.

Obviamente, que o cliente pode fazer cada uma destas atividades com profissionais diferentes, não em sequência e nem de forma tão organizada.

Mas o profissional de mentalidade pode visualizar estas três atividades para que possa atuar no mercado.

É isso, que dizes?

Mudanças são necessárias quando nossos hábitos vão na direção contrária à lógica da vida.

Note que a complexidade de determinada mudança NÃO está na vida, mas na dificuldade que temos de abandonar antigos hábitos.

Um enfarte de quem tem vida desregrada é bom exemplo de mudança complexa.

A pessoa tem que mudar de hábitos, sem ter vontade, de forma radical, para evitar novo enfarte.

E, por causa disso, tem que enfrentar necessariamente mudança complexa.

Mudança complexa é, assim, aquela, que está muito longe dos nossos hábitos e bate com a lógica da vida e nos obriga a mudar sem querer.

É complexa não pela lógica da vida, mas pelos aspectos psicológicos da mudança.

A vida nos diz: “esse hábito que você está acostumado, precisa ser alterado, mesmo que não queira”.

A vida adora mandar esse tipo de recados para nossos hábitos, através de crises.

A crise, portanto, é resultado objetivo de uma forma de pensar e agir que não está “batendo” com a lógica da vida!

Mudanças complexas geralmente vêm logo depois de crises, que tornam as alterações de nossos hábitos cada vez mais prioritárias.

Em geral, quando insistimos naquele hábito a crise se agudiza.

A complexidade, por fim, não está na vida, mas na mudança.

A vida é simples nós é que somos complexos.

É isso, que dizes?

O mercado é muito mais irracional do que supõe nossa vã filosofia.

O mercado adora uma dupla de palavras para fingir que está na moda: sai gestão de conhecimento e entra transformação digital.

Tudo será agora transformação digital, desde colocar capa nova no celular, até abrir o cadeado da bicicleta com uma aplicativo.

Temos organizações especializadas em modismo, que vivem de gerar buzz no mercado para que todos se sintam “na moda”.

São empresas de administração, que se especializaram em modismo que vendem para aqueles gestores que, no fundo, não querem mudar.

No modismo administrativo, compra-se de tudo para não se mudar nada.

Isso no passado era algo que podia ser praticado, pois servia, ao final das contas, como fator motivacional e, de alguma forma, alguma coisa era modificada.

O mundo lá fora era mais ou menos igual, os concorrentes conhecidos e o consumidor era aquele cara que todo mundo dominava.

E cá para nós: e nada como bom novo modismo para sacudir a turma e dar aquela motivada.

O novo milênio será implacável com a brincadeira dos modismos administrativos.

Podemos dizer que a festa de adotar modismos administrativos para fingir que estamos mudando está com os dias contados.

O que está ocorrendo na sociedade hoje é uma Revolução Administrativa, vinda de fora para dentro, na qual surgem organizações muito mais competitivas do que as atuais.

São mais competitivas, não por que adotaram um novo modismo, mas por que temos novas tecnologias que alteram o modelo administrativo.

Não é uma brincadeira.

As organizações produtoras de modismo não estão ajudando, pois os métodos adotados até aqui foi sempre de ver o que o cliente queira comprar e vender.

O problema que o que está ocorrendo no mercado é que o cliente é obrigado a comprar algo que ele não quer comprar.

Faltam métodos para entender o que ocorre, para capacitar o cliente e, por fim, criar metodologias que realmente possam tornar os clientes mais competitivos.

com outras que os vendem.

Hoje, é preciso encarar seriamente uma mudança civilizacional, que vai exterminar toda uma geração de organizações que ainda praticar a Gestão.

A Gestão é baseada em decisões verticais por gestores/intermediadores de carne e osso, que foram ficando cada vez mais lentas, corporativas e incompatíveis com a nova complexidade.

Uma organização 2.0 só vai sobreviver enquanto uma 3.0 não conseguir um jeito de invadir seu mercado.

 

Podemos dizer que há muita fumaça, mas é preciso se concentrar no fogo: nova forma de administrar problemas com novo aparato tecnológico.

A saber:

  • Surgimento de inteligência não humana (a artificial), que passa também a decidir;
  • E nova Linguagem dos Cliques, que permite  participação de muito mais gente na tomada de decisões.

A Inteligência Artificial combinada com a Linguagem dos Cliques são a base da Administração 3.0.

O novo modelo administrativo consegue relação de custo/benefício exponencialmente maior do que o antigo.

Novas organizações passam a tomar decisões melhores, pois estão nadando de braçada diante dos concorrentes tradicionais.

A Administração 3.0  têm apenas um objetivo: decidir melhor num mundo demograficamente mais complexo.

São as novas possibilidades tecnológicas que permitem a criação do novo modelo administrativo.

As organizações tradicionais – baseadas no modelo antigo  –  entram em processo de obsolescência, –  perdem competitividade.

A grande disrupção é necessidade de mudar a forma de tomar de decisões: sai gerente/intermediador e entra participação do consumidor e Inteligência Artificial.

Empresa 3.0 são exponenciais por causa disso.

Uma organização antiga/tradicional que tiver seu mercado invadido por uma nova verá rapidamente seu valor competitivo despencar.

E o problema principal que temos hoje é de mentalidade.

O antigo modelo administrativo está entranhado até a medula dos atuais administradores.

E o que vai matar as organizações tradicionais é justamente isso: muitas não terão capacidade de fazer o necessário transplante.

Vão até conseguir enxergar e observar o futuro que se aproxima, mas não terão capacidade de se libertar do passado.

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/CUMCyPWKpd4

Transformação digital é conceito que vende bem, mas agrega pouco à competitividade.

Repare que o Uber é novo modelo administrativo e não novo uso tecnológico dentro do mesmo dentro do modelo .

Usa novas tecnologias para criar novo modelo.

O mesmo podemos dizer do Airbnb, Mercado Livre,  YouTube, Bitcoin, etc.

O que estamos vivendo é transformação administrativa, com as possibilidades que as novas tecnologias oferecem – e não o contrário.

Assistimos, assim, não a transformação digital, mas a transformação administrativa, via digital.

Crescemos demais a população nos últimos 200 anos e precisamos agora de novas formas para administrar processos cada vez mais complexos.

As organizações tradicionais precisam criar áreas separadas, com visão estratégica disruptiva, para abandonar a Gestão e adotar o novo modelo administrativo uberizado.

Nestas áreas vai se deixar para trás o gerente, o controle centralizado de qualidade e funcionários com carteira assinada.

E se experimentar gerenciar processos via inteligência artificial, com curadores e parceiros, que trabalharão a distância em grandes plataformas participativas, avaliados o tempo todo pelo consumidor, através de estrelinhas e sem vínculo empregatício.

O objetivo do mundo 3.0 é o de gerar escala e exponencialidade para fazer frente aos novos concorrentes, que já estão usando o novo modelo administrativo.

E necessário, assim, desenvolver, além de novas tecnologias, principalmente, métodos de capacitação que permitam entender e agir de forma administrativamente disruptiva.

Por causa disso, temos que mudar nossa forma de pensar negócio, organização, administração para praticar modelo administrativo completamente distinto.

Vivemos profunda crise de mentalidade em função da cada vez mais veloz passagem de um modelo para outro – totalmente diferente e incompatível.

Tal processo, é fato, tem forte impacto nas atuais mentalidades.

Nosso desafio, portanto, NÃO é apenas tecnológico, mas principalmente, psicológico.

É isso, que dizes?

O método indutivo de pensar problemas é o mais utilizado no cotidiano das empresas.

Indução é forma de abordar problemas conhecidos, na qual as forças estão dominadas.

Trabalha-se nos mesmos paradigmas filosóficos, teóricos e metodológicos.

A Indução se utiliza mais dos sentidos e de determinada área do cérebro – é mais adequada para projetos incrementais.

O método dedutivo, por outro lado, é o mais adequado para problemas complexos e não é tão comum no cotidiano das empresas.

Dedução é forma de abordar problemas DESconhecidos, na qual as forças NÃO estão dominadas.

Procura-se novos paradigmas filosóficos, teóricos e metodológicos.

A Dedução se utiliza mais da reflexão e de determinada área do cérebro – e é a mais adequada para projetos disruptivos.

Hoje, há novas empresas que são MUITO diferentes das atuais, que têm, cada vez mais, liderado antigos e novos mercados.

Isso cria problema complexo para as atuais:

  • Devo aderir?
  • Quando?
  • De que forma?

Respostas a mercado desconhecido pedem, com urgência, métodos dedutivos para se tomar decisões competitivas mais eficazes.

Quer disrupção para valer?

Parta para dedução!

Em áudio:
https://www.youtube.com/watch?v=fJ6klErQHEU

Não somos tecnológicos só agora.

Desde que adotamos tecnologias, viramos Sapiens.

Um machado, pode parecer que não, é tecnologia, mas não nascem em árvores: precisam ser produzidos por alguém.

Tecnologias são, assim, nossa extensão – parte integrante daquilo que somos.

Aonde tem Sapiens, tem tecnologia. Aonde não tem, não tem.

Quando se alteram as tecnologias, escancaramos as portas para que possamos mudar.

Somos, em boa medida, aquilo que as tecnologias nos deixam ser em cada época da nossa caminhada.

Entre todas tecnologias que temos nas prateleiras, sem dúvida, as mídias são as que mais gostam de provocar mutações.

Mídias são, assim, as tecnologias mais disruptivas que temos na praça, pois são base de como são nos relacionamos com o mundo.

Quando mudam as mídias, é bom saber, o Sapiens já estará, sem se dar conta, sendo mudado.

Nosso cérebro é o primeiro que se altera lentamente, de forma permanente e irreversível.

A mutação é rápida, massificada, impercetível e, em alguma medida, involuntária.

Várias mudanças inusitadas e inexplicáveis passarão a ocorrer na sociedade, tendo como causa principal a mudança de mídia.

O grande desafio conceitual/ estratégico, portanto, para entender o novo milênio é este: conseguir compreender e lidar com as mutações do Sapiens provocadas pela chegada do digital.

Estamos, sem sentir, alterando profundamente a espécie a olhos vistos, mas fingindo que está tudo igual.

É bom se preparar, pois a ideia de trabalhar em grandes organizações tende a se reduzir.

Mais e mais vamos trabalhar de forma autônoma, de casa e precisaremos ser a nossa própria empresa.

Ao pensar nossas vidas como micro-empresas começamos a ter problema sério: não fomos preparados para isso!

Não desenvolvemos algo como “personal planejamento estratégico”. Fomos educados para nos integrar a um maior.

A personal empresa, ou o micro-empreendedorismo, é um dos maiores desafios subjetivos de cada indivíduo neste novo século.

Precisamos separar aquilo que gostamos de fazer do que tem mercado.

Precisamos separar aquilo que tem mercado e não gostamos de fazer.

Precisamos aprender como descobrir o que gostamos de fazer.

E aprender como ganhar dinheiro com o que gostamos de fazer e aprender a entrar ou criar mercados para isso.

O coaching 3.0 é um tipo diferente de coaching, pois procura ajudar profissionais a lidar no novo mundo digital.

O coaching 3.0 percebe o grande desafio que temos hoje: lidar com um mundo cada vez mais inovador e mutante.

É isso, que dizes?

Viveremos forte movimento libertário neste novo século.

Libertarianismo é macro-corrente de pensamento filosófico que acredita que o ser humano não tem propósito coletivo.

  • Libertário é aquele que acredita que cada pessoa cria o seu próprio propósito;
  • Libertário é aquele que NÃO acredita que há um propósito coletivo da espécie.

Vivemos um pêndulo:

  • Quando temos aumento populacional sem mídias descentralizadoras, o pensamento libertário se reduz na sociedade;

E vice-versa:

  • Quando temos aumento populacional COM mídias descentralizadoras, o pensamento libertário aumenta na sociedade.

E mais:

  • Mídias descentralizadores têm função sistêmica de permitir que haja descentralização de poder;
  • Mídias centralizadores têm função sistêmica de permitir que haja centralização de poder.

Assim, movimentos libertários e anti-libertários estão sujeito a “biruta” das mídias de plantão.

Viveremos agora um surto libertário, pois o ser humano tem agora mídias para poder descentralizar o poder.

Quando a espécie cresce demograficamente, estamos vendo isso agora, há uma necessidade de repassar cada vez mais poder de decisão a cada indivíduo.

O aumento da complexidade demográfica exige que cada indivíduo, gradualmente, tome cada vez mais mais decisões.

A reintermediação gradual do poder é algo que o Sapiens precisa fazer, de quando em quando, na macro-história para poder lidar melhor com a complexidade demográfica progressiva.

É isso, que dizes?

 

 

“Não temos um problema de excesso de informação, mas de filtro” – Clay Shirky.

O Sapiens passa neste novo milênio da escassez para  abundância da informação.

Isso gera evidente crise de filtros, tanto dos que consomem, dos que produzem e daqueles que gerenciam plataformas onde todos se encontram.

É fato: no passado obsoleto das mídias eletrônicas tínhamos fatos demais e mídia de menos.

O Digital é, assim, remédio ainda experimental para a intoxicada produção da mídia eletrônica centralizada do século passado.

Os filtros digitais, é fato, precisam de vários ajustes para melhorar a eficácia.

É uma moeda de dois lados: aprimorar a capacidade cognitiva-afetiva de quem usa e sofisticar o aparato tecnológico de quem é responsável pelas plataformas.

O poder da mídia traz responsabilidade para pessoas, que não foram preparadas para ambiente mais descentralizada.

Além disso, temos o problema dos profissionais de mídia, que passam dos antigos editores/produtores de conteúdo a curadores de grandes plataformas participativas.

É um salto quântico daquilo que faziam.

Precisam contar – e ainda não tem – com eficaz aparato tecno-midiático, baseado fortemente na Reputação Participativa e Inteligência Artificial.

É um cidadão mais maduro e um novo aparato midiático que permitirão que as comunidades possam mais rapidamente identificar as fakenews, através de filtragem cada vez mais participativa.

A filtragem digital eficaz é, assim, processo que está em andamento e tende a se acelerar em função da crise que se torna cada vez mais aguda.

É preciso tempo para maturação, debates, campanhas educativas para o cidadão. E nova formação para os profissionais da mídia digital.

Acelerar é preciso!

É isso, que dizes?

Gravei um áudio enquanto caminhava sobre o tema:
https://youtu.be/B888c0W1Gcw

Aqui, este texto de cima lido:
https://youtu.be/17yeFj2ASKQ

Hoje, se pergunta o que deu errado com o liberalismo clássico.

Já que o século passado foi centralizador. E o atual traz a tentativa de retornos totalitários.

Minha resposta: a demografia, mané!

Mais gente, muito mais gente, significa um despreparo para os valores liberais.

Se tem a ilusão que o modelo liberal, duramente conquistado, é natural e eterno.

E que mudanças na sua base para solucionar as injustiças vão resolver tais problemas e tudo continuará igual.

Por isso, urge a demanda pela revisão do liberalismo, a partir das novas mídias.

É preciso inovar e atualizar a sociedade para comportar com mais qualidade mais gente, mantendo os valores liberais.

É isso, quer dizes?

A base para as trocas humanas é feita pela confiança entre as partes. Para confiar em alguém, preciso ter certeza que a pessoa não vai me trair, ameaçar ou enganar.

Todas as trocas são feitas, assim, baseadas em determinada taxa de confiança.

Se resolvemos ir mais fundo no assunto, perceberemos que a capacidade que tenho de confiar no outro está imersa pelas mídias que tenho disponível a cada momento da história.

Numa cidade pequena, por exemplo, é a oralidade que estabelece canais de confiança entre as pessoas.

Todo mundo sabe da vida de todo mundo, pois a fofoca rola solta – maneira humana de contar aos outros possíveis problemas que podem ocorrer com determinadas pessoas.

Quando crescemos demograficamente, principalmente no último século e, por necessidade, tivemos que morar em megalópolis, a fofoquinha de botequim sofreu u abalo.

Foi necessário novo paradigma para gerar confiança diante da nova complexidade.

Surge o o marketing dos meios eletrônicos, que estabelece novo modelo de confiança: vertical, centralizado e massificado.

Quem aparece na Tevê, é de confiança, quem não aparece, hummm, desconfio.

Saímos, assim, da confiança oral da fofoca das pequenas cidades – que funcionava bem em menor escala – e partimos para a Confiança 2.0, massificada dos grandes centros urbanos.

Obviamente, que isso gerou problemas:

  • Houve forte verticalização do consumo a favor das grandes marcas;
  • Tornou impraticável, pelo custo dos anúncios nas mídias disponíveis, a confiança mais horizontal em larga escala.

Tivemos, assim, ao longo de décadas, a hiper-verticalização da confiança, gerando forte concentração social, econômica e também política.

Simplesmente, pela incapacidade de geração de confiança mais horizontal e personalizada – faltava mídia!

O novo século trouxe novo ambiente midiático e, com ele, a  nova linguagem digital, com forte impacto no modelo de confiança.

Podemos dizer, assim, que criamos a Confiança 3.0.

Hoje, no Mercado Livre posso comprar bateria de celular de um cidadão do Piauí, que nunca vi mais gordo ou deixar minha filha entrar no Uber  sem receio de achar que o motorista vai sequestrá-la.

A nova Linguagem Digital, baseada na nova Reputação Participativa e apimentada pela Inteligência Artificial, permite que cada fornecedor seja hiper- fiscalizado por muito gente.

Começamos a desenvolver o que podemos chamar de confiança horizontal de desconhecidos em larga escala.

Criamos oportunidade para recriar as organizações num mundo cada vez mais habitado.

Sem a Confiança 3.0 não haveria Youtube,  Facebook, Uber ou Bitcoin.

A Confiança 3.0 deveria estar no topo das novidades mais disruptivas do século, mas não está.

É mudança mais cultural do que tecnológica, o que não entra no radar dos teóricos marqueteiros de plantão.

É a Confiança 3.0 permite ganho escala e exponencialidade.

Desconhecidos passam a trocar e fazer negócios.

Não, não entramos na Era de Aquário e nem é a solidariedade de Jesus que chegou ao coração dos homens, que, graças aos céus, estão mais colaborativos.

É a nova mídia, mané!

É isso, que dizes?

Liberalismo é a tentativa de procurar a melhor sociedade possível, sem esquecer que a complexidade demográfica humana come três vezes ao dia, todos os dias.

Liberalismo é cultura reformista, pois acredita que o passado humano tem algo a nos ensinar do que pode e do que não pode ser feito.

O liberalismo é cultura, que tem algumas fases ideológicas, quando se alteram as mídias.

Podemos ver na história momentos de continuidade e de ruptura liberal sempre a partir de novas mídias.

Por natureza, os liberais procuram gerar a maior liberdade possível para o indivíduo, dentro da conjuntura existente.

Porém, há momentos da história que pedem continuidade, quando temos antigas mídias e descontinuidades, quando temos novas.

  • Os gregos foram os primeiros liberais, ou os pré-clássicos, que tiveram o apoio/incentivo do alfabeto grego para desenvolver conjunto grande de conceitos;
  • Depois tivemos os liberais clássicos, que herdaram  sociedade religiosa, absolutista, totalitária, escravagista, feudal e nos entregaram uma mais científica, republicana, democrática, de livre mercado e industrial.

O resultado do esforço dos liberais pré-clássicos e clássicos foi a capacidade humana de saltar, de forma sustentável, de um para sete bilhões de Sapiens.

É bom notar, assim, diferença entre ideologia midiática, que caracteriza a liberal, que é disruptiva ou radical, quando temos nova mídia. Da ideologia de laboratório baseada em reanálise a-histórica da natureza humana.

A primeira leva sempre em consideração a complexidade demográfica a experiência histórica. A outra quer impor nova, baseada em hipóteses sem comparações históricas.

É por causa deste método mais adequado de promover mudanças, que fez com que a ideologia liberal virasse cultura, pois se ajusta de forma mais próxima da sempre indefinida natureza humana.

O passado humano serve de guia, pois nossos antepassados sempre quiseram o melhor para eles e para os decendentes.

É importante, assim, perceber que o liberalismo é cultura que tem momentos de ideologia radical ou disruptiva quando temos novas mídias na sociedade.

Novas mídias permitem o ser humano promover profundas alterações na sociedade, em continuidade histórica necessária e não de rompimento com o passado.

Abrem-se novas possibilidades para o Sapiens que antes não eram possíveis.

O Liberalismo 3.0, assim, é uma nova etapa ideológica liberal: precisamos ajustar os valores do passado à nova conjuntura digital!

O Liberalismo 3.0 não é ideologia de laboratório utópica, não propõe revisão da natureza humana, mas ajustes necessários para os novos desafios da liberdade dos indivíduos.

O Liberalismo 3.0 percebe que o Sapiens cresce demograficamente, precisa criar novas mídias para que possa sofisticar a sociedade, baseado em novas paradigmas, mas com os mesmos valores de liberdade individual.

É operação filosófica-teórica-metodológica cirúrgica.

Foi, aliás, justamente o que os pensadores liberais do passado fizeram. E é o que os pensadores liberais deste novo século agora terão que fazer: ajustar os valores liberais ao mundo digital!

É isso, que dizes?

Veja o áudio que fiz sobre este tema andando na lagoa:
https://youtu.be/MmKnYGulAVs

 

 

 

A vida acha nossas teorias muito engraçadas. Ainda mais aquelas que se dizem absolutas.

A vida tem lógica própria que vai se revelando no tempo, conforme vamos acumulando saberes ou alterando determinadas conjunturas.

O que vivemos hoje no início deste novo milênio é o fim de um ciclo demográfico-cognitivo, só possível de ser compreendido na linha do tempo da macro-história.

Concluímos a fase Analógica do Sapiens, quando baseamos toda nossa cultura nos gestos, na oralidade e na escrita (manuscrita e impressa) e agora adentramos na Era Digital.

Podemos, se quisermos, dividir o Sapiens, assim: AD e DD, antes e depois do digital.

Tudo que vivenciaremos nos próximos milênios será fortemente marcado pelas novas possibilidades que o digital traz ao Sapiens.

Assim, a vida não está estranha agora neste novo século, está apenas mostrando facetas que nossas velhas teorias não compreendem.

O que temos que fazer, diante de novas facetas da vida, é admitir que nossas teorias estão com prazo de validade vencidos.

É isso, que dizes?

 

Teorizar é estudar as forças da vida, que precisam ser interpretadas.

A lógica do ser humano é diferente da lógica da vida: há sempre aproximações provisórias e nunca certezas finais.

Teorias deveriam ser desenvolvidas de maneira independente para fugir das intoxicações do mercado.

Teorias são a ponte entre o que a vida quer nos dizer e a nossa capacidade de interpretar o recado.

Um teórico deveria ter liberdade de criar jogo lógico com a vida sem ter que atender demandas imediatas de clientes.

Teorias são uma espécie de mapa das forças, com as quais desenvolvemos metodologias e tecnologias.

Clientes querem resolver problemas, geralmente de curto prazo, e querem teorias que atendam mais a sua demanda.

O mercado de maneira geral quer que a vida tenha a lógica que mais se adequa à sua vontade e não o contrário.

E aí surgem as teorias marqueteiras.

Teorias marqueteiras são aquelas que visam atender às demandas daquilo que o mercado quer que seja a vida e não o que realmente ela é.

Partem da fantasia de que as organizações determinam a lógica da vida e não de que a vida tem lógica própria, independente das organizações.

O que se vê hoje é larga profusão de Teorias Marqueteiras com baixa capacidade de entender o que realmente ocorre na vida.

De fato, vivemos hoje explicitações inusitadas de novas forças, que exigem interpretação.

E eis o resumo da crise teórica em que vivemos:

Quando mais precisamos de pensadores independentes para entender o que a vida está realmente nos dizendo, mais aparecem marqueteiros teóricos com explicações ineficazes de prateleira.

Não é à toa que as organizações estão zonzas!

Em áudio:

Estamos completamente viciados em pensamentos incrementais.

A incrementalidade usa determinadas partes do cérebro mais ligadas aos sentidos. Melhoramos uma cadeira, pois vemos a cadeira. Sentamos na nova e constatamos como nosso corpo fica mais confortável.

E é isso que podemos dizer que é a característica principal de uma Cabeça Incremental: é preciso sentir, para perceber.

Nossa Cabeça Incremental, é fato, fez sucesso no último século e, por causa disso, se tornou modelo de pensar e agir hegemônico nas organizações.

Houve forte estímulo para a incrementalidade mental como fator de sucesso.

Para cenário incremental, não resta menor dúvida, que:  Cabeça Incremental!

O que estamos vivendo atualmente, entretanto, é o fim de  Era Civilizacional, que podemos chamar de Analógica e a passagem para outra, a Digital – que nos traz cenário disruptivo.

E, por causa disso, profunda crise das Cabeças Incrementais!

O que era sucesso no passado,  nesta nova conjuntura, está se tornando fracasso.

Uma Cabeça Incremental, por exemplo, não conseguiria nunca a passagem da cooperativa de táxi para o Uber por mais que quisesse.

O criador do Uber usou a Cabeça Disruptiva:  nova oferta inexistente para demanda invisível.

A criação do Uber teve que acessar determinadas áreas do cérebro que permitem pensamentos mais reflexivos e abstratos – inacessíveis para Cabeças Incrementais.

A incrementalidade é um tipo de pragmatismo puro e a disrupção, abstrato.

A alta taxa de Cabeças Incrementais, podemos dizer, é hoje principal problema competitivo das organizações tradicionais.

É preciso promover passagem, em curto espaço de tempo, do Cérebro Incremental para o Disruptivo, através de novas e inovadoras metodologias.

Não é tarefa fácil.

O primeiro passo, entretanto, é admitir que a Cabeça Incremental, tão badalada, passou de remédio a veneno.

É preciso trocar, urgente, a medicação!

É isso, que dizes?

Em áudio:

Ideias humanas são sempre tentativas de se alinhar à lógica da vida com mais ou menos eficácia.

Não é a toa que “amor à sabedoria” continua a ser a melhor definição de filosofia.

Podemos entender, assim, sabedoria como tentativa sempre precária de se aproximar da lógica da vida.

Filosofia, assim, pode ser também definida como o amor à lógica da vida, aquela que estabelece relação entre vida e percepção humana.

Ideias que resistem ao tempo seriam aquelas que conseguem, apesar de todas as intoxicações conjunturais de cada época, se aproximar o máximo possível da lógica da vida.

É bom dizer que a vida pode até ter lógica absoluta, mas esta será sempre parcial para o ser humano.

Não temos capacidade de penetrar na lógica absoluta da vida, pois sempre haverá o acúmulo progressivo do conhecimento, novos gênios, fenômenos e tecnologias que vão alterar nossa lógica no tempo.

O jogo lógico, entre o sapiens e a vida, vai gradualmente desvendando e percebendo novos lados ocultos.

Quanto mais vamos a conhecendo, mais vai se sofisticando o jogo lógico e mais e mais novas facetas vão sendo apresentadas e digeridas.

Assim, quando refletimos sobre ideias que se perpetuam no tempo, nos referimos àquelas que se aproximam mais da lógica da vida, naquilo que é mais permanente.

São lógicas humanas que conseguem, apesar de todas as intoxicações do seu tempo, continuar enxergando a lógica da vida, não perdendo-a de vista.

É isso, que dizes?

Marketing é verbo: fazer mercado, marquetear, colocar produtos, serviços e pessoas no mundo das trocas.

Podemos dizer, assim, que marketing é sinônimo de troca.

Marketing é atividade típica do aumento da complexidade, em que produtos, serviços, pessoas e ideias disputam espaço num mercado cada vez mais competitivo.

Quanto maior for a complexidade do mundo do Sapiens, mais haverá marketing.

Do ponto de vista filosófico, portanto, não existe sociedade e nem pessoa que não faça marketing, pois tudo na vida dos humanos é troca.

A morte é justamente o fim da capacidade de uma pessoa de trocar, de fazer marketing.

Se alguém fizer marketing no seu enterro, portanto, com certeza, não será o defunto.

O que podemos dizer, assim, que existem dois tipos de marketing:

  • consciente, mais estudado, trabalhado;
  • e marketing inconsciente, feito de forma mais intuitiva.

Trocas, entretanto, fazem parte de jogo de livre arbítrio entre pessoas. E são baseadas na confiança.

O marketing, assim, em alguma medida, deve ser o reforço de confiança entre as partes que trocam de forma voluntária.

Assim, há determinada ética no marketing, que é a de que o que é oferecido ao mercado deve estar próximo aos fatos.

Não se pode prometer um carro de quatro portas e entregar um de duas, afirmando que a mala e o porta-luvas também são uma espécie de porta.

Podemos dizer, assim,  nestes casos que temos Falso Marketing.

Falso significa contrário à realidade ou à verdade; inexato, sem fundamento.

O Falso Marketing, portanto, é aquele que esconde algo deliberadamente com o intuito de enganar o cliente.

O Marketing Falso promete algo que já sabe que não pode entregar.

Há taxas, entretanto, da falsidade do marketing, que vão da fraude total ao mascaramento de algum tipo de problema que não foi evidenciado na pré-venda.

Podemos dizer que tivemos no século passado aumento radical do Falso Marketing alta centralização das mídias.

A centralização de mídias fez com que tivéssemos pouca capacidade de nos informar por fontes alternativas, o que fez prosperar o Falso Marketing.

Hoje, a Internet permitiu que houvesse redução do Falso Marketing, obrigando trocas de um Marketing menos falso e  mais verdadeiro.

O Marketing Falso quando é praticado no curto prazo, com a atual transparência é logo descoberto e acabou sendo economicamente problemático.

Temos tendência a aumento do Marketing mais Verdadeiro pela abertura da transparência na sociedade.

É isso, que dizes?

Exponencial é algo que permite ou provoca expansão rápida, se comparado a estágio anterior. Do latim: ponere – colocar mais, de forma rápida, em algum lugar.

O Aprendizado Exponencial, assim, se propõe a aumentar, de forma rápida, a capacidade de aprendizagem da sociedade, através de nova filosofia e tecnologias.

Note que PROPOSITALMENTE não escolhemos o conceito “Aprendizado Digital”, justamente para evitar cair no principal erro do debate em curso: manter mesma filosofia educacional com novas tecnologias.

O Exponencial nos permite, não só na educação, mas em todas as áreas da sociedade, nova relação da qualidade na quantidade. É o que vemos no Uber, no Waze, no Airbnb, no Youtube, entre outros

O exponencial tem, assim, macro-função civilizacional: nos tirar da crise demográfica que nos metemos, nos últimos 200 anos, quando tivemos condições de saltar de um para sete bilhões de Sapiens.

É fato.

Crescemos demais demograficamente e a sociedade foi ficando obsoleta. Tudo foi concebido para mundo com muito menos gente!

Constatamos obsolescência civilizacional das mentalidades, das linguagens, das mídias, do modelo administrativo, onde se inclui a educação.

A crise, assim, para o nosso diagnóstico é de escala: não adianta escola de excelência para poucas crianças, quando precisamos de qualidade para muitas.

É preciso rever nosso conceito de qualidade de aprendizagem, agora para novo patamar demográfico.

Anota aí:

Qualidade é melhor resposta para determinado problema, que se altera no tempo, quando aumentamos a escala: o que era excelente antes, pode se tornar inadequado, quando temos nova escala, depois.

O Aprendizado Exponencial não é, repito, introduzir novas tecnologias na velha filosofia, mas novas tecnologias dentro de nova filosofia.

O atual modelo, que precisa ser revisto, prevê:

  • aprendizado intermediado por professor, escola presencial, ministério regulador e produtor de material didático e currículos.
  • É baseado em assuntos, divididos em disciplinas, apresentadas gradualmente em séries, de forma oral;
  • Tal modelo é voltado para memorização, repetição, para mundo estático, de baixa inovação, no qual alunos se preparam para empregos em organizações repetidoras.

É preciso entender que o atual modelo foi criado para mundo com determinado:

  • tamanho de população;
  • mídias disponíveis;
  • ambiente administrativo compatível com esta conjuntura.

Tal contexto, definiu as bases do ambiente de aprendizado atual, que, aos poucos, está se mostrando incompatível com o milênio.

É preciso, portanto, inovação disruptiva, em grandes plataformas, que trarão aprendizado por problema, mais descentralizado, distribuído, independente, dialógico, a distância, participativo, inovador, criativo, com muito mais curadores do que intermediadores de conhecimento, que terão a inteligência artificial, cada vez mais, como parceira.

Temos que criar zonas de inovação para o Aprendizado Exponencial para experimentar algo completamente novo.

A prática, a experiência e a revisão sobre este novo modelo nos dirão o que será mais adequado para cada idade, região, perfil e diversidade dos aprendizes.

O aprendizado do futuro terá que ser cada vez mais Exponencial.

Exponenciar, portanto, é preciso!

É isso, que dizes?

Certa vez, um professor amigo me disse que a pós-modernidade admitia diversos pontos de vista sobre um mesmo problema.

Sim, é possível, enquanto temos apenas hipóteses, e é justamente para isso que temos as experimentações.

“Cada um tem a sua verdade” até que os fatos nos ajudem a ver melhor. Determinadas “verdades” serão descartadas por outras mais eficazes.

É disso que a ciência se alimenta: hipóteses e fatos, num jogo eterno de pingue-pongue entre nossa lógica e a da vida.

O papel da ciência, diferente das artes, é o de sempre procurar apontar caminho mais eficaz para determinado problema, a partir de fatos.

O que vivemos, recentemente, com a chamada pós-modernidade científica, é a importação de conceitos artísticos para a ciência.

Na arte, sim, todos têm “a sua verdade“, pois o objetivo não é apontar caminhos, mas questionar a forma como os vemos os caminhos, rompendo linguagens.

A arte é movimento indireto da sobrevivência do Sapiens, assim, como a religião. São mais de vivência do que sobrevivência.

A Arte e a Religião admitem verdades absolutas, sem fatos, sem comprovação, dogmas, fé, pois não são campos que ajudam a tomada de decisão.

As dificuldades humanas e respectivas possibilidades e superação são ignoradas em nome da alma onipotente que pode recria um mundo sem fatos.

E, a partir dai, qualquer pilar pode ser quebrado, mesmo que sustente o prédio onde todos sobrevivem.

São campos que devem ter algum tipo de “neutralidade” quando se fala em sobrevivência humana.

Por isso, tais campos da sociedade (arte e religião) foram contidos, ao longo da história, por determinadas “paredes” para que não criassem falsos pensamentos, sem fatos, que acabam em metodologias ineficazes.

A arte é algo da vivência individual para que haja  alargamento da visão de mundo. Já a ciência é a tentativa de procurar “melhores verdades” para a sobrevivência de todos.

Quando os campos artístico ou religioso invadem a ciência e sugerem, em algum lugar, percepções sem fatos, a sociedade passa a produzir metodologias baseadas em falsas premissas.

 

Inovar é trazer algo novo para algum processo. Porém, nem toda novidade é bem-vinda, pois se inova para competir e não para se dizer que está inovando.

Há novidades que não são bem-vindas, pois podem mais atrapalhar do que ajudar determinado processo, produto ou serviço.

Assim, é preciso alinhar a inovação com competição. Organizações têm que rimar mais com o consumidor do que seus concorrentes.

Competir é estar sempre aonde o consumidor está!

Todo mundo percebe que o cenário neste novo século está se alterando rapidamente: nem o consumidor é mais o mesmo, nem os concorrentes.

É preciso aumentar a taxa de inovação dentro das organizações, mas nem sempre se sabe exatamente para onde.

A inovação passou a ser espécie de fim em si mesmo.

Inovar e lucrar parecem que viraram sinônimos, quando não são.

A pessoa pode aumentar o lucro não inovando, dependendo da situação ou reduzi-lo inovando.

Inovar para fazer sentido tem que vir conjugado com competição.

Se inova para competir, para se adequar ao que está ocorrendo no cenário interno e externo.

Mas como se vai se competir num cenário disruptivo, no qual não se sabe para onde o mercado está indo?

Projetos de inovação tem forte risco de se tornarem veneno se não forem direcionados por alta taxa de inteligência competitiva.

Se inovar para poder competir melhor.

Avisa por aí:

Inovar não é verbo lucrativo direto.

Inovação hoje virou espécie de Novalgina: serve para qualquer dor e para dor nenhuma.

Todo mundo fala em inovar, pois é algo muito chique e dá a sensação que todo mundo vai chegar no paraíso.

A inovação não tem nenhum tipo de possibilidade de aferir resultados, a não ser que esteja atrelada a projeto de inteligência competitiva.

A inteligência competitiva tem que ser o “general” nos projetos de mudança da empresa. E a inovação, no máximo, um “tenente”.

É isso, que dizes?

Inovação nos dias de hoje virou Novalgina, serve para qualquer dor.

Inovar é mudar alguma coisa de um lugar para outro.

Assim, para inovar é preciso saber o que não está funcionando adequadamente para se colocar algo melhor no lugar.

A inovação incremental é algo mais fácil de se medir resultados, se pode ter a exata noção se a melhoria ajudou ou piorou o antigo processo, produto ou serviço.

O problema das organizações é quando partem para a inovação disruptiva, que exige que se trabalhe com cenário futuro abstrato.

O futuro abstrato, que permite a inovação disruptiva, exige tipo de inteligência específica, pois não se trabalha mais com os sentidos, mas com a reflexão.

A inovação disruptiva exige que uma organização tenha a capacidade de imaginar o futuro para que possa produzir produtos para demanda imaginária.

Projetos de inovação disruptiva têm, assim, que estar sob gerenciamento da Inteligência Competitiva e não o contrário!

Não se pode acelerar o carro de inovação, sem saber que tipo de estrada o futuro nos reserva pela frente!

É isso, que dizes!

Existe grande fantasia sobre a nova juventude dita digital.

Mídias tem, de fato, o poder de alterar a forma como o cérebro opera.

Um jovem que se utiliza de novas mídias, de fato, tem muito mais facilidade para lidar com a nova cultura digital emergente.

Porém, o fato de um jovem ter facilidade para viver numa na nova cultura digital não faz dele pessoa capaz de compreender o digital em toda a sua extensão.

A cultura humana, de fato, é fortemente influenciada pela chegada de novas mídias.

Novas gerações têm mais facilidade para lidar com  nova cultura emergente, mas será necessário pessoas que consigam fazer a ponte entre a velha que vai e a nova que vem.

É insanidade imaginar que um jovem, só por que tem facilidade de usar novas tecnologias, é capaz de resolver a crise contemporânea entre duas culturas (velha e nova) em conflito.

O passado demonstra que pensadores (filósofos e teóricos) inovadores são as pessoas mais indicadas para ajudar a sociedade a criar pontes entre a velha e a nova cultura.

Muitas organizações, de forma irresponsável, estão contratando jovens na esperança que, num passe de mágica, um cérebro mais digital resolva a crise da gestão analógica.

Isso denota claramente a crise da Inteligência Competitiva atual: queremos saber o que fazer num futuro digital, sem perguntar exatamente o que é tal futuro!

É isso, que dizes?

O grande salto competitivo de uma organização tradicional é perceber que compete hoje não mais com um modelo de negócios diferente, mas novo modelo administrativo.

Mídias, por incrível que pareça, formatam a estrutura administrativa da sociedade. Quando mudam as mídias de plantão, a estrutura administrativa vai no vácuo!

Todo aparato administrativo atual, que podemos chamar de Gestão, foi formatado pelo ambiente midiático oral e escrito.

Os Ubers são os Ubers, pois se utilizam de outro ambiente midiático, que tem como base as linguagens digitais, dos cliques e das máquinas.

O grande erro estratégico das organizações tradicionais é  incapacidade de perceber que o DNA dos Ubers não é continuidade do DNA administrativo atual.

É importante perceber, portanto, que: se você plantar cooperativa de táxi não vai nascer Uber de jeito nenhum!

É isso, que dizes?

 

 

 

Vivemos hoje muitas mudanças e fica difícil separar o joio do trigo.

A principal novidade do século, a meu ver, é  chegada do novo modelo administrativo, que pode ser visto no Uber, Youtube, Mercado Livre, entre outros.

É bom saber que:

Administração é capacidade humana de resolver problemas, através de controle de processos, pessoas, produtos e serviços.

Negócios são feitos baseados em determinado modelo administrativo.

O que estamos descobrindo agora é que:

Quando mudamos mídias, mudamos também o modelo administrativo da sociedade.

Ubers criam novo modelo administrativo, pois controlam de maneira diferente processos, pessoas, serviços e produtos, através do fim do gestor (gerente, chefe, supervisor).

O fim do gestor permite aos Ubers, que sejam empresas cada vez mais exponenciais.

Conseguem lidar melhor com a complexidade num mundo mais habitado, conectado, com pressa e exigente.

Quando determinado mercado é uberizado, há terra arrasada.

O modelo, sem gestor, consegue melhor benefício e custo: dá de dez no modelo atual.

O grande salto competitivo a ser dado pelas organizações tradicionais é compreender, que não estão competindo, portanto, com novo modelo de negócio, mas novo modelo administrativo.

Vivemos sem dúvida, tempos inusitados e a saída para se manter no mercado é abraçar também metodologias inusitadas!

É isso, que dizes?

Em áudio:

 

A expressão de Derrida “não há nada fora do texto” é parecida com a de Nietzsche: “só existe percepção e não realidade”.

Há um ramo na filosofia que resolveu pegar uma estrada do questionamento absoluto, sem descontar a necessidade humana de sobreviver.

O Sapiens precisa, antes de tudo, comer três vezes ao dia, o que lhe dá um fio terra.

O Sapiens não pode tudo, pois precisa todo dia se reabastecer para continuar vivendo.

Se você tira o lado animal do Sapiens e o transforma em alma, a vida se torna muito mais simples mas, ao mesmo tempo, completamente inviável.

Há um ramo na filosofia, do qual se deriva várias teorias, incluindo teorias políticas, que ignora completamente a complexidade.

Quando se diz que “não há nada fora do texto”, como diz Derrida, podemos dizer que “há a sobrevivência”, que cria o texto para se viabilizar.

O texto tem uma função.

Há explicações que justificam determinadas atitudes, quando vistas sob o ponto de vista da complexidade.

Se você tira da análise filosófica a demanda de sobrevivência do Sapiens, muito do que fazemos por necessidade fica incompreensível.

Quando Nietzsche afirma que só temos percepção, podemos dizer que se fôssemos só alma faria sentido, mas se há demanda por comida, há uma realidade objetiva: não comeu, morreu!

Podemos dizer, assim, que existe sim realidade, que nos obriga a reciclar energia. E quanto mais gente no mundo, mais energia terá que ser produzida.

Ignorar o aspecto corpo no Sapiens, que precisa de energia (produtos e serviços) para sobreviver é ramo da filosofia que tem alguma validade no campo das artes, mas não na ciência.

A ciência é o espaço dedicado ao estudo prático da vida para que o ser humano possa viver, da melhor forma possível, dentro de complexidade demográfica específica.

O questionamento absoluto de tudo na sociedade, desconstrutivo, sem ressalvas é campo filosófico útil às artes, mas não à ciência e muito menos à política.

Filosofias desconstrutivistas fantasiam um Sapiens só com alma, para o qual produtos e serviços caem como pingos de chuva ao cair da tarde.

Antes da estrada, existe o motivo: para onde vamos? Para onde queremos ou devemos ir?

A filosofia, assim, não é a estrada, mas entroncamento prévio de várias estradas, aonde se pergunta: para onde gostaríamos ou deveríamos ir?

É uma pergunta prévia, que precede qualquer estrada.

A estrada é, assim, determinada cosmovisão que só foi possível, a partir da resposta dada lá atrás num entroncamento filosófico.

É isso, que dizes?

O ser humano é animal que pode ter alma, mas definitivamente não é alma, que pode ser animal.

Sobreviver é preciso!

Todo pensamento social utópico acredita na alma acima da animalidade humana.

O problema da sobrevivência seria coisa de Peter Pan: basta pó de pirlimpimpim que produtos nascem magicamente nas prateleiras do supermercado.

O lado animal do Sapiens, que precisa comer, beber, dormir, urinar, defecar, se limpar todos os dias, definitivamente, não é algo adiável, postergável, ou ignorável.

Para mentes utópicas, entretanto, há possibilidades infinitas, que podem criar sociedades maravilhosas e inusitadas, nas quais num dia, se dançarmos direitinho, choverá iphones no final da tarde!

Existe aparato social, político e econômico, sim, que tem injustiças embutidas e podem ser aperfeiçoado, mas tem o mérito de manter a espécie viva – o que não é pouca coisa.

A terra do nunca, não resta dúvida, é ótima, mas a do todos os dias é muito melhor.

É isso, que dizes?

A grande novidade do meu novo livro “Administração 3.0 – por que e como uberizar uma organização tradicional”, que sai em novembro, pela AltaBooks, é a constatação de que os Ubers não são novo modelo de negócio, mas administrativo.

Vejamos como chegamos a tal diagnóstico.

O século XXI traz a nova linguagem digital, que possibilita modelo diferente de controle de processos, pessoas, produtos e serviços – inaugurando a Curadoria – novo modelo administrativo disruptivo do Sapiens.

O primeiro passo para qualquer administrador inteligente é admitir, diante das evidentes evidências, de que temos na sociedade dois ambientes administrativos distintos,  incompatíveis e concorrentes entre si.

São eles:

  • A Curadoria –  não tem gerente, funcionário, carro, quarto, estúdio. Não produz nada, cria apenas ambiente digital para que trocas  entre fornecedores e consumidores sejam possíveis –   é modelo mais descentralizado, horizontal e compatível com nova complexidade e forma de pensar e agir da juventude;
  • A Gestão – tem gerente, funcionário, carro, quarto, estúdio. Produz tudo e se encarrega diretamente da qualidade das trocas –   é modelo mais centralizado, mais vertical, incompatível com a nova complexidade e com forma de pensar e agir da garotada.

A partir desta constatação, de que temos dois modelos administrativos incompatíveis e concorrentes, estaremos com mais possibilidade de fazer escolhas e tomar decisões competitivas de forma mais inteligentes.

É preciso, de alguma forma, fazer algum prognóstico sobre o futuro da Curadoria.

Será apenas periférica ou hegemônica? Em que setores tenderá a entrar? Qual entrará primeiro? O seu setor está ameaçado? De que maneira? Quando teremos uma uberização no seu setor? O que fazer para migrar de um para outro modelos administrativo?

Vê-se muito esforço das organizações para acompanhar o futuro disruptivo com inovação.

Mas a pergunta que não quer calar é:

“Os projetos de inovação em curso estão aumentando  ou reduzindo taxa de competitividade?”.

Vivemos tempos estranhos e disruptivos, o que era considerado normal ontem não é mais hoje. É preciso ter coragem para jogar ao mar nossas antigas certezas.

Ao se falar em competitividade, por exemplo, temos que colocar a questão da Curadoria no primeiro plano, tanto como risco como oportunidade.

Quem não encarar tal cenário de forma mais consistente e ajustar a bússola estratégica em direção a Futuro Curador, arrisca a fazer inovação pela inovação, sem foco estratégico.

É o que podemos chamar de Inovação Eunuca: aquela em que se gasta muito, mas não se melhora em nada a taxa de competitividade.

Do jeito que vai a Burrice Competitiva por aí, vai ter muita gente ganhando prêmio de inovação na sexta e fechando as portas na segunda!

É isso, que dizes?

Este texto em áudio:

https://youtu.be/0EIz772lTns

Repeta comigo:

O Uber é outro modelo de administração.

Controla pessoas, processos e a qualidade dos serviços de outra maneira.

Se utiliza da nova linguagem digital para isso, um misto de códigos produzidos por humanos, de forma voluntária e involuntárias e robôs.

Vivemos hoje, assim – há explicações históricas que explicam isso – dois modelos administrativos separados, fenômeno inédito na história da administração moderna.

São paralelos, mas não compatíveis, pois usam duas linguagens.

  • A Gestão com a oralidade e escrita;
  • A Curadoria com a linguagem digital.

Hoje, as organizações percebem a necessidade de mudar, mas não sabem para onde.

Têm a fantasia de que se trouxerem jovens digitais estarão com um pé no novo mundo.

Será?

É bom utilizar,, assim, a lei maior da competitividade.

Ninguém compete consigo mesmo, mas sempre com algo de fora: outros concorrentes, pelo consumidor, contra o futuro e os diferentes cenários.

Num setor, ainda, de baixa possibilidade de uberização, melhorias radicais na gestão fazem certo sentido.

Num setor de alta possibilidade de uberização, investir na gestão nem tanto.

Problemas são fenômenos da vida que incomodam, de alguma forma, os humanos.

Existem vários fenômenos da vida que não são estudados, pois não incomodam ou não geram curiosidade em ninguém.

Podemos dizer que temos dois tipos de problemas, assim: aqueles que atrapalham a nossa sobrevivência e os que geram questões de vivência.

O de sobrevivência é o que mantém a espécie viva com o mínimo de qualidade. E o de vivência o que vem depois disso.

O problema da falta de saneamento é um problema de sobrevivência. E o estudo das cores das borboletas de vivência.

Teoricamente, haveria certa ordem de prioridade entre um e outro. Problemas de sobrevivência deveriam ter mais prioridade do que os de vivência.

Porém, não é assim que as coisas funcionam.

Em finais de Eras Civilizacionais, com concentração de mídia e de administração, cria-se organizações verticais, que praticam o corporativismo tóxico.

Conseguem criar um mundo paralelo, no qual os problemas de vivência estão por sobre os de sobrevivência, ganham prioridade.

Um caso clássico é o da queda da bastilha versus o palácio de Versalhes.

Há demanda por mais qualidade de sobrevivência, mas as organizações verticais intoxicadas de corporativismo priorizam respectivas questões de vivência.

Há um fosso entre demanda do que é emergente para a maioria e o que é prioridade para a minoria.

Muitos atribuíram essa dicotomia pela luta de classes, mas os estudos da Antropologia Cognitiva nos mostra que a verdadeira tensão social é entre organizações e cidadãos/consumidores.

Mídias centralizadoras com aumento demográfico geram a verticalização das organizações e temos a crise da ordem de prioridade dos problemas.

A sociedade pede solução para os problemas de sobrevivência e as organizações verticais só estão preocupados com a vivência.

Sou compreendedor, profissional que procura trazer  jogo lógico mais eficiente ao mercado.

Compreendedor é o apelido do profissional de Inteligência Competitiva.

Precisamos mais do que nunca de inteligência, quando o que se vê cada vez mais é burrice competitiva!

Temos hoje intoxicação fazedora de curto prazo sem compreensão da disrupção evidente no longo.

Se você não sabe para onde o vento sopra, é impossível colocar a vela para o lado adequado.

Hoje, estamos utilizando o mesmo xarope estratégico do século passado para a pneumonia disruptiva do novo milênio.

É fundamental o papel do compreendedorismo, que procura ferramentas reflexivas para regular as bússolas estratégicas.

Compreendedores precisam de certo afastamento, pois tem que procurar soluções que muitas vezes o mercado ainda não quer comprar.

É alguém, quando faz o serviço de forma adequada, que projeta soluções para o futuro próximo ou mesmo distante.

Compreendedores precisam evitar soluções ilógicas de curto prazo – mais analgésicas do que antibióticas.

Vivemos cenário disruptivo, de passagem de Era Civilizacional para outra, muito do que era válido antes, continuará depois.

Bons compreendedores podem se deixar levar pela intoxicação do mercado.

Bons compreendedores são ainda raros, mas serão, com o tempo, cada vez mais necessários.

É isso, que dizes?

 

O Sapiens, é bom anotar, vive, de tempos em tempos, crises tecno-civilizacionais: aumenta a complexidade demográfica e passa a ter escassez de ferramentas conceituais e tecnológicas.

Tecnologias e teorias ficam obsoletas diante da nova complexidade demográfica.

A Macro-crise civilizacional atual – podem se espantar – tem como causa principal nossa tecno-incapacidade.

Sem novas tecnologias, principalmente de mídias descentralizadoras, não conseguiremos superar o atual impasse civilizacional.

Além da escassez das tecnologias, passamos também a viver profunda crise de mentalidades.

Mentalidades são formatadas pelos limites das mídias. Quando temos novo ambiente tecno-midiático, precisamos de profundo ajuste nas mentalidades de plantão.

Esbarramos, assim, em macro-muro-tecnológico-conceitual, no qual a nova quantidade demográfica não cabe mais no velho conceito de qualidade analógica.

Esta é a missão do mundo digital:  derrubar impasses do meio analógico e abrir novo ciclo civilizacional mais horizontal, inovador, descentralizador, distribuído e criativo, que permita soluções disruptivas para novos e velhos problemas.

O Digital é, assim, verdadeira marreta civilizacional no velho muro analógico, que precisa, urgente, vir abaixo.

É isso, que dizes?

Este texto lido em áudio:

https://youtu.be/QI1ZZcASGPg

Teorias são resultados do jogo lógico que disputamos com a vida.

  • Pingue (nossas hipóteses);
  • Pongue (fatos da vida).

Quando a vida começa a apresentar comportamento estranho, é hora de alterar algo na lógica como pensávamos o mundo. E não querer impor ao mundo nossa lógica .

A chegada do mundo digital tem disruptivas consequências, que nos obriga a mudança radical na nossa lógica.

Havia alguma força adormecida e poderosa, que não estava no nosso radar.

Mídias são muito mais poderosas do que achávamos: basta ver as mudanças em curso. 

Assim, para aumentar a eficiência do nosso jogo lógico, é preciso incorporar a força das mídias na macro-história humana.

Marshall McLuhan é o cara para esta missão!

O pensador canadense, que fez pouco sucesso no século passado, consegue nos ajudar a entender o milênio com apenas uma frase:  “O meio é a mensagem”.

Podemos interpretar da seguinte maneira:

“Mudou a mídia, mudou a sociedade”.

McLuhan passa a ser divisor teórico fundamental para quem quer entender o milênio com mais eficácia, elegância e inteligência.

Ignorar McLuhan no novo milênio e o papel disruptivo das mídias na vida do Sapiens – é insistir em jogo lógico de baixa qualidade.

Podemos dizer, assim, que a frase “o meio é a mensagem”  é a senha para abrir o portal do jogo lógico mais eficaz no novo milênio.

Sem ela, o fosse entre a lógica humana e a da vida, ao invés de diminuir, só tende a aumentar!

É isso, que dizes?

Este texto lido em voz alta:

https://youtu.be/bnRWSlvT1GM

 

É isso, que dizes?

Existem duas lógicas: a da vida e a do Sapiens.

A lógica da vida não é controlada totalmente por nós, pois há fenômenos inesperados que ocorrem e fogem da nossa lógica.

A lógica humana, portanto, sempre estará correndo atrás do que achamos que é a lógica da vida.

A vida, entretanto, é rebelde.

Não gosta de ser domesticada por nós.

É preciso, assim, ajuste permanente entre a lógica do Sapiens e a da vida.

Quando apontamos para alguém que não há lógica nos argumentos, o que está se dizendo de fato é: a vida está indo para um lado e os argumentos apresentados para outro.

O objetivo da ciência é estar sempre o mais próximo possível da lógica da vida.

Ao conceituarmos lógica, portanto, estamos falando de jogo lógico –  uma mesa de pingue-pongue entre a vida e a, sempre provisória, lógica humana.

É isso, que dizes?

Este texto lido:

As reflexões soltas que antecederam o texto:
https://www.youtube.com/watch?v=6BqEJlZGYGk

Quando temos um problema dominado, calminho, usamos o método indutivo (teorias e metodologias conhecidas), pois já temos receita de bolo para lidar com ele.

Um problema rebelde, por sua vez, é aquele incomum, mesmo para os especialistas.

É fenômeno novo, nova faceta da vida, que adora mostrar que nossas teorias são sempre provisórias.

Nestes momentos, se torna evidente que há crise de paradigma.

A velha forma de pensar precisa ir para o laboratório tomar banho de reflexão.

Chega a hora do método dedutivo (novas teorias e metodologias): reflexão e revisão sobre nosso de pensar e agir, pois há forças desconhecidas ou conhecidas, mas mal avaliadas

Nosso problema diante do digital para organizações e profissionais tradicionais é o seguinte: usamos método indutivo para problema rebelde.

Não revemos paradigmas.

Tentamos agir com o mesmo remédio para ameaça mesma doença.

Não tem funcionado.

Meus alunos têm a fantasia que vão estudar comigo para aprender coisas. E levam susto quando inicio processo de desaprendimento.

Aprender é adquirir conhecimento para agir e pensar de alguma ou outra forma sobre determinado problema.

E para isso há, digamos, estrutura cognitiva-afetiva prévia sobre a qual o novo conhecimento será armazenado.

O problema que esta estrutura cognitiva-afetiva prévia está ficando obsoleta. Foi elaborada e construída para a Era Oral e Escrita e precisa ser reformatada para a Digital.

Estamos mudando, de forma disruptiva, no digital o processo de controle sobre processos e pessoas.

E é preciso desaprender o modo antigo e iniciar o novo.

É preciso desconstruir para reconstruir.

Não adianta, assim, trazer gasolina para carros elétricos, pois além do desperdício, teremos o risco de incêndio.

Tecnologias de mídia mudam pouco ao longo da história.

Podemos registrar algumas grandes mudanças disruptivas: chegada dos gestos, oralidade, escrita, escrita impressa, meios eletrônicos e, agora, o digital.

Se já vivemos, assim, a chegada de novas mídias no passado seria, no mínimo, de bom tom, de bom senso, dar espiadinha para trás para saber como o Sapiens vivenciou tais mudanças antes de análise mais detalhada sobre o mundo digital.

Porém, não fazemos isso.

Estamos tão intoxicados de cotidiano, que consideramos que qualquer estudo histórico é total perda de tempo e dinheiro, mesmo que se perca dinheiro e tempo por que estamos intoxicados de cotidiano!

Assim, qualquer tentativa de entender fenômeno macro-histórico com ferramental de análise micro-histórica dará sempre distorção.

Muitos dizem por aí que a história não se repete.

Não podemos dizer o mesmo de fenômenos históricos, que são base para criação de qualquer campo científico.

O que seria, por exemplo, da economia sem os ciclos recorrentes da inflação, recessão e crises de vários tipos?

A profunda crise de percepção que passamos hoje para entender o mundo digital é, antes de tudo, a falta de campo da ciência adequado e bem desenvolvido.

A Antropologia Cognitiva, me parece, especializada nesse tipo de assunto.

É campo que surge, a partir dos estudos da Escola Canadense de Comunicação e McLuhan & amigos.

Se dedica à análise das rupturas de mídia no passado – ferramental fundamental para os profissionais que trabalham com Inteligência Competitiva Inteligente.

A única opção, a meu ver, para entender o digital com mais clareza e profundidade.

Permite identificar, por exemplo, início e fim de eras civilizacionais e modificações administrativas em todos os campos da sociedade, a partir da massificação de mídias descentralizadoras.

Podemos dizer que temos taxa elevada de cegueira diante do digital, que sobe ainda mais sem a bengala da Antropologia Cognitiva.

Somos cegos micro-históricos em tiroteio macro-histórico!

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/miQCdNZ9iJ8

Um profissional de Inteligência Competitiva tem como missão criar cenários consistentes para ajudar clientes.

Cenários são criados, a partir de ferramentas intelectuais disponíveis, a saber: filosofia, teoria, metodologias e problemas.

Para cada uma destas ferramentas temos uma questão especifica, vejamos:

  • A filosofia se pergunta o por que das coisas;
  • As teorias procura diagnosticar as forças envolvidas;
  • A metodologia define como atuar nas forças envolvidas;
  • E o problema de que tipo de satisfação ou sofrimento é o foco do trabalho.

Assim, antes de sair concluindo, é preciso criar estas quatro bancadas e sobre elas analisar, com calma, como podemos organizar o debate.

No livro, “Administração 3.0: por que e como uberizar uma organização tradicional”, que vou lançar este ano procurei, antes de qualquer coisa, organizar o debate.

Na primeira parte do livro,  

Muito se fala que vivemos crise de representação política.

Re-presentar é ato de alguém se fazer presente no lugar de outro para decidir por ele.

Desde que o Sapiens é Sapiens, temos diferentes modelos de representação, que foram evoluindo no tempo, conforme fomos aumentando Patamar de Complexidade Demográfica.

Passamos pelos chefes de tribos,  imperadores, monarcas absolutos e, finalmente, chegamos aos presidentes e primeiros ministros, incluindo os antigos nobres – hoje, parlamentares.

Veja que a democracia começa na Grécia, na praça, presencial, oral,  de forma direta, sem intermediários.

O crescimento demográfico, entretanto, tornou tal modelo obsoleto. Democracia direta era compatível com a quantidade de pessoas que decidiam.

E aí temos  fórmula importante para pensar o futuro da política: quanto mais gente tivermos no planeta, mais sofisticada terá que ser a administração da atividade. 

Precisamos urgentemente de decisões de mais qualidade para a nova quantidade.

A prática de eleição, de tempos em tempos, para que pessoas, num lugar distante, decidam absolutamente tudo por nós, me parece, definitivamente, esgotada.

O problema da atual política, assim, não é apenas trocar pessoas más por boas, mas modificar, por completo, o conceito filosófico-administrativo de como decidimos coletivamente.

A história demonstra que o aumento radical da taxa de ética de determinada sociedade não vem apenas do indivíduo para o sistema, mas principalmente do sistema para o indivíduo.

É preciso aprimorar, de forma disruptiva, a fiscalização e controle sobre as organizações políticas.

Temos, assim, algumas macro-tendências para a política no novo milênio:

  • descentralização e distribuição das decisões por localidades, cada vez com mais autonomia;
  • uso intenso de novas tecnologias digitais para debate e decisão;
  • criação de modelo de Reputação Digital, ao estilo Uber, que pode afastar representantes que não tenham as “estrelas” necessárias;
  • e, por fim, uso intenso de inteligência artificial para apontar problemas e desvios, incluindo ajuda na elaboração de leis.

Já temos primeiro balão de ensaio com a chegada do Uber no mundo dos táxis:  em muito pouco tempo, aumentamos a taxa de transparência e de ética naquele atendimento.

O que precisamos fazer agora é adaptar a uberização à atividade política, para que nossos netos não deixem mais o rabo, como é hoje, balançar tanto o cachorro.

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/XLCnnEs8JPc

Dizem que os índios não entenderam as caravelas. Era algo tão incompreensível que ficaram perplexos.

Não conseguiram lidar com mudanças disruptivas trazidas pelos europeus.

O Sapiens, de fato, como os índios, para poder viver melhor em cada momento da história, naturaliza hábitos, regras, conceitos, tecnologias, modelos de administração, crenças, filosofias, religiões.

Colocamos em alguma gaveta do cérebro o que consideramos o certo, natural, normal – aquilo que tem qualidade.

Entretanto, o que funciona no contexto de hoje, pode não funcionar no de amanhã.

Temos, assim, grande chance de armazenar “falsas naturalidades” no nosso piloto automático.

Digo mais.

Quanto mais tempo tivermos de estabilidade de cenário, mais e mais o piloto automático vai ficando preguiçoso e inacessível.

O falso natural vai se hiper-naturalizando.

Cada vez mais, temos menos acesso para que se possa reprogramar o dito cujo.

E aí temos a macrocrise contemporânea dos pilotos automáticos de plantão.

As radicais mudanças que as novas mídias descentralizadoras têm trazido para o novo milênio batem de frente com a nossa hiper-intoxicada falsa naturalidade automatizada.

As caravelas digitais vão se aproximando da praia e as tribos organizacionais ficam paralisadas e atônitas na areia, enquanto a taxa de competitividade afunda rapidamente no oceano.

É isso, que dizes?

Em áudio?
https://youtu.be/ePmWUIs2i1g

São maneiras de pensar e agir na sociedade, que estão sob um manto mais globa das Macro-mentalidades. Todas duas sofrem influência das mudanças de mídia.

Macro-mentalidades são limitadas pelas barreiras tecnológicas que vivemos.

Podemos dizer que cada era midiática permite a criação de macro-mentalidades específicas.

Macro-mentalidades permitem a criação de conjunto de cosmovisões, que são compatíveis com estas.

Quando mudamos as mídias, abrimos espaço para o surgimento de novas macro-mentalidades e, por consequência, ajustes nas cosmovisões de plantão.

Filosofia vem de amor à sabedoria. E o que é a sabedoria? A meu ver, a capacidade de jogar pingue-pongue com a vida.

Pingue: a minha lógica. Pongue: a lógica da vida.

Filosofia é a capacidade que tenho de interagir, da forma mais harmônica possível, com os fatos da vida.

Assim, filosofia não é ficção, não é embaixadinha, não é personal treino comigo mesmo, não é masturbação mental, mas  relação permanente, em alguma medida, com os fatos.

Filosofia é amor aos fatos, pois são neles que a vida se esconde.

Quando os fatos, os problemas, a história, os sofrimentos, a complexidade se desgarram da filosofia ela passa a outra coisa.

  • Pode ser religião – que traz conforto para tudo que desconhecemos e momentos difíceis;
  • Pode ser arte – que traz expansão aos sentidos;
  • Pode ser esporte – que traz a paixão por uma tribo qualquer.

Mas não é filosofia.

Filosofia é espaço permanente humano para ajustes entre a forma de pensar e agir diante dos fatos.

Muito útil em crises estruturais sociedade, como agora, quando macro-mentalidades e, por consequência, cosmovisões entram em processo de obsolescência.

Precisa-se nestes momentos, desesperadamente, de uma ponte entre o pingue e o pongue.

É isso, que dizes?

É a possibilidade humana de passar a tomar decisões de nova forma, através do novo aparato digital.

Os cliques é um conjunto de trocas humanas e não-humanas, que viabilizam que se possa tomar decisões mais complexas de forma mais barata e rápida.

Os cliques são formados por humanos e não humanos:

  • Humanos – cliques de usuários, intencionais (comentários e estrelas) não intencionais (links e compras) diante de telas, que permitem analisar ações e respectivas tendências;
  • Não humanos – informações enviadas por máquinas para que as decisões sejam tomadas, desde carros que passam por um viaduto, até pessoas que entram num ônibus.

Os clique complementam as linguagens humanas já existentes: oral, escrita e gestual. Permitem o surgimento de nova forma de administração, a Curadoria, mais sofisticada e capaz de lidar com relação de custo/benefício com o novo Patamar de Complexidade Humano.

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