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Tecnologias de mídia mudam pouco ao longo da história.

Podemos registrar algumas grandes mudanças disruptivas: chegada dos gestos, oralidade, escrita, escrita impressa, meios eletrônicos e, agora, o digital.

Se já vivemos, assim, a chegada de novas mídias no passado seria, no mínimo, de bom tom, de bom senso, dar espiadinha para trás para saber como o Sapiens vivenciou tais mudanças antes de análise mais detalhada sobre o mundo digital.

Porém, não fazemos isso.

Estamos tão intoxicados de cotidiano, que consideramos que qualquer estudo histórico é total perda de tempo e dinheiro, mesmo que se perca dinheiro e tempo por que estamos intoxicados de cotidiano!

Assim, qualquer tentativa de entender fenômeno macro-histórico com ferramental de análise micro-histórica dará sempre distorção.

Muitos dizem por aí que a história não se repete.

Não podemos dizer o mesmo de fenômenos históricos, que são base para criação de qualquer campo científico.

O que seria, por exemplo, da economia sem os ciclos recorrentes da inflação, recessão e crises de vários tipos?

A profunda crise de percepção que passamos hoje para entender o mundo digital é, antes de tudo, a falta de campo da ciência adequado e bem desenvolvido.

A Antropologia Cognitiva, me parece, especializada nesse tipo de assunto.

É campo que surge, a partir dos estudos da Escola Canadense de Comunicação e McLuhan & amigos.

Se dedica à análise das rupturas de mídia no passado – ferramental fundamental para os profissionais que trabalham com Inteligência Competitiva Inteligente.

A única opção, a meu ver, para entender o digital com mais clareza e profundidade.

Permite identificar, por exemplo, início e fim de eras civilizacionais e modificações administrativas em todos os campos da sociedade, a partir da massificação de mídias descentralizadoras.

Podemos dizer que temos taxa elevada de cegueira diante do digital, que sobe ainda mais sem a bengala da Antropologia Cognitiva.

Somos cegos micro-históricos em tiroteio macro-histórico!

É isso, que dizes?

Em áudio:
https://youtu.be/miQCdNZ9iJ8

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