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Podemos dividir a macro-história humana em apenas duas Eras, antes e depois do digital.

Sim, é uma opção válida e vou explicar os motivos.

Na fase AD – Antes do Digital, tivemos várias etapas do Cognitivismo, da passagem dos gestos para a oralidade e desta para a escrita, com o ápice dos meios eletrônicos.

De fato, podemos estudar detidamente cada uma destas etapas, porém há determinadas mudanças incrementais, que permaneceram as mesmas.

Destaco duas mais relevantes:

  • Estruturamos nossa civilização, ao longo dos últimos 70 mil anos, através da linguagem mamíferas dos sons (oralidade e escrita);
  • E contamos, ao longo desse período, apenas com a inteligência humana (limitada em vários aspectos) para tomada de decisões.

Por que a Era Digital pode ser chamada de segunda Era?

O Digital introduz, pela primeira vez, linguagem disruptiva, diferente das passadas (a dos cliques) que permite tomada de decisões muito mais participativa do que antes.

Os cliques imitam o modelo de comunicação das formigas e elimina a necessidade de um poder central tomando decisões.

O líder-alfa pode, finalmente, ser substituído.

É essa linguagem que estruturou a Gestão, que funcionou bem até a complexidade de sete bilhões de sapiens, o que marca a obsolescência do modelo.

O mundo PD-Pós-Digital traz, além dos cliques, linguagem disruptiva o surgimento de uma Inteligência fora do humano, que estamos chamando de Artificial.

A IA nos permite tomar decisões mais eficazes em situações complexas.

As duas novidades (nova linguagem e inteligência) abrem a passagem para desenvolvimento de novo modelo administrativo disruptivo do Sapiens.

O Uber, por exemplo, já atua na Curadoria, novo modelo administrativo disruptivo – só possível pelas duas novidades.

Há disrupção, assim, na forma como o ser humano administra problemas.

Podemos, assim, dizer que o Sapiens foi analógico e agora é digital. E o digital consegue, pela primeira vez, depois de 70 mil anos, criar novo modelo administrativo disruptivo para a espécie.

E é isso que torna o processo da digitalização tão difícil para se compreender e agir: é mudança radicalmente disruptiva na macro-história do Sapiens, que ocorre, como nunca antes, em curto espaço de tempo.

Num final de época civilizacional de baixa capacidade de reflexão. A situação é difícil.

É isso, que dizes?

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