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Vou repetir a introdução que fiz no post “O Demografismo Filosófico” e no O “Cognitivismo Filosófico“:

O STF da filosofia é a metafísica: que discute quem somos e para onde vamos?

As outras questões que vem depois precisam se posicionar sobre o que decide no STF para seguir em frente.

Hoje, temos grave crise filosófica na sociedade, pois dentro do “STF filosófico” existe conceito estruturante que precisa ser incluído: o Tecnicismo.

Tecnicismo pode ser definido como o debate filosófico da forte – e invisível influência – que as tecnologias de maneira geral exercem na  macro-história do Sapiens.

(Nesse debate entra o Cognitivismo Filosófico, que analisa especificamente os impactos da mídia.)

Um Sapiens que vive depois que o avião foi inventado não pode ser comparado com outro que não podia voar, o mesmo podemos dizer do microscópio, dos telescópios, das vacinas, etc.

Tecnologias permitem expansão do Sapiens, no pensar e agir, que outras gerações não tiveram possibilidade de fazer por falta de ferramentas.

O Tecnicismo nos leva ao conceito filosófico de Tecno-espécie. Nele, o Sapiens é que é por causa das tecnologias.

Tecnologias, assim, não são apenas parte integrante, mas também formatadora da cultura.

Vou repetir: tecnologias são, ao mesmo tempo, filhas e mães da cultura, pois são criadas por elas mas, ao mesmo tempo, estabelecem parâmetros de criação e prática cultural.

Nosso problema para compreender tanto o Demografismo quanto o Cognitivismo e o Tecnicismo é o espaço de tempo muito longo entre causa e consequência.

Nos habituamos com tecnologias e a complexidade demográfica como se fosse algo natural, “quando nascemos já era assim”. E não refletimos sobre os efeitos das mesmas na sociedade.

O ser humano, assim, incorpora no piloto automático tudo que facilita a sua vida e acredita que aqueles elementos, que passaram a ser invisíveis, são “naturais e eternos”.

Quando elementos “naturais e eternos” começam a se alterar na sociedade, o Sapiens entra em pane, pois uma cobra invisível começa a picar e ninguém consegue enxergar.

Somos, portanto, espécie que usa tecnologias como epicentro da nossa capacidade de sobrevivência, fato, infelizmente, COMPLETAMENTE ignorado pela metafísica, quando responde a questão esruturante: quem somos?

Hoje, quando as tecnologias no geral e as mídias, em particular, estão alterando profundamente a sociedade, percebemos que o debate metafísico precisa de forte ajuste.

É preciso incluir a influência da demografia, das tecnologias e das mídias na resposta metafísica: quem somos?

Se no debate metafísico do “quem somos?” ignoramos nosso lado tecno, estamos falando de um Sapiens que simplesmente  não existiu e nunca existirá.

É isso, que dizes?

 

É isso, que dizes?

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