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Toda a ciência nada mais é do que o refinamento do pensamento cotidianoEinsteinda minha coleção de frases.

Imagina um avião que cai com todos os passageiros.

Descobre-se que um parafuso XYZ estava solto.

Providencia-se um manual, treina-se as pessoas, aquela causa de acidente foi sanada. Se seguido os passos, antes desconhecidos, não irá mais ocorrer.

Porém, as pessoas que morreram, por motivo daquele problema, morreram sem motivo aparente.

Foi uma coincidência estarem naquele avião.

Ou seja, há algo caótico, em parte, e lógico por outro.

Os parentes se perguntam o motivo “por que ele/ela?”  e não têm resposta.

Apelam para tudo, mas nada irá explicar estarem aquelas pessoas naquele lugar: destino?  Deus? Na hora deles?

É o lado caótico da vida.

A vida é caótica e nós por insegurança precisamos tentar estabelecer alguma lógica para não enlouquecermos.

Muitos apelam para o místico ou para a religião, mas o centro de tudo é sempre a nossa relação com o inexplicável (até que uma lógica científica nos ajude a parcialmente colocar uma lógica nas coisas.)

Um exemplo:

Será que somos uma célula, todo o universo, no corpo de um ser muito maior?

Por que não?

Ninguém prova que sim, ou não.

Possível?

Toda a Ciência vai nessa direção: tateando e colocando, parcialmente, luz no escuro.

Do caos, do início do mundo, ao que podemos “entender” parcialmente hoje.

Acredito que é a mesma lógica de uma formiga, que alguém pisa sem querer.

O motivo: o caminho do formigueiro está exposto, mas por que aquela formiga em particular foi esmigalhada?

Não se sabe.

A Ciência, qualquer uma, lida com o trabalho de reunir dados, informações, juntá-las para criar determinada lógica que nos ajude a prever o futuro.

A ciência sempre será uma construtora de lógica, a partir de novos dados, conseguidos por novas tecnologias (telescópio, microscópio, tomografia do cérebro) aliado a mentes inteligentes que conseguem juntar as partes de forma diferente.

Quanto mais simples e exata, melhor!

Se o elemento X juntar com o Y vai dar Z.

É a lógica da coisa.

Olha-se o passado, no presente para se prever o futuro.

Evitar doenças, ou tratá-las.

Saber como se pode enviar um foguete para a lua, prevendo todos os obstáculos a serem contornados.

Há, nesse processo, além dos fatos ocorridos, acontecimentos novos.

Pois o universo está em expansão, como tudo.

Estamos nos movendo, não estamos parados.

Nem o sol, a terra, os planetas, tudo está em movimento.

O fato de não vermos é outro problema!

Sob esse ponto de vista, teríamos duas possibilidades de fenômenos:

  • os que já aconteceram e se repetem de forma aparentemente similar, mas que olhamos para eles de forma equivocada e agora evoluímos por vários motivos, novas visões, equipamentos, etc;
  • os que nunca ocorreram, em função de fenômenos totalmente novos, um choque de satélites no espaço, por exemplo. Ou um bebê de proveta que passa a ter problemas genéticos inesperados. Ou ainda algum tipo de doença advinda da energia nuclear.

Assim, muito mais do que olhar os fatos, os dados,  é importante estudar a lógica das coisas. E isso se prende, basicamente, no caso da sociedade, nas necessidades humanas e como fazemos para resolvê-las, algo imutável, desde que somos gente.

A manipulação dos fatos tenta sempre esconder a lógica das coisas.

Procurar a lógica é fugir da manipulação dos fatos.

Falo para meus alunos e repito aqui: procure a lógica das coisas, não se mexa, ou faça com cuidado, enquanto não entender como o jogo está sendo jogado, pois é capaz de perder e achar que ganhou, ou vice-versa.

O que existe por trás dos movimentos e dos processos, que se revestem de elementos novos ou velhos e acontecem de forma similar.

Muitos problemas do estudo da rede se dão nessa direção.

Antes, vivíamos a fase das plataformas de conhecimentos materias e tangíveis. Elas demandavam tempo e investimento alto para se mexerem.

Demoramos séculos ou décadas para sair do livro manuscrito para o impresso. Para inventar o rádio e a tevê.

Hoje, aparece um Twitter a cada seis meses.

Há uma lógica por trás de todo este caos, que ainda não conseguimos dominar, mas é urgente que o façamos!

Estamos apenas tateando sobre como as plataformas de comunicação e informação afetam nossas vidas.

E, com um fenômeno novo, como elas dentro de um ambiente digital, na velocidade que estão, irão mexer com a sociedade, nos tirando o chão a cada esquina.

Obviamente, que o passado pode nos ajudar a fazer relações e nos ajudar um pouco mais no caos inevitável.

Assim caminha a ciência…e, por sua vez, a humanidade.

Fecho com um trecho de um pensador que gosto bastante: Marcelo Gleiser, que publica na Folha e no seu blog Micr/Macro.

Sempre existirão questões não perguntadas e não respondidas; e mesmo questões que nada têm a ver com a ciência. A escolha do que fazemos com essa nossa ignorância perene é pessoal: existem aqueles que preferem optar por ter fé em entidades sobrenaturais e existem aqueles que, como eu, preferem aceitar a simplicidade do não-saber. Não ter todas as respostas é a pré-condição para o nosso crescimento. Nesse sentido, mesmo se a ciência não resolver o enigma da primeira causa – e existem obstáculos complicados que ficam para outro dia-, prefiro continuar tentando e aceitar que, por ser humano, minha visão de mundo tem limites (mais aqui).

Eu concordo com ele. E você?

Bom, pessoal.

Todas as reflexões abaixo são a partir do filme Lutero e a comparação com o mundo de hoje da Web 2.0.

Eis aí o que anotamos coletivamente.

Teria várias coisas a falar sobre o quadro abaixo, mas vou começar a aula de terça que vem por ele.

anotacoes_coletivas

Abaixo, primeira tentativa de colocar em desenho a lógica de funcionamento social em relação às tecnologias de comunicação e informação:

DSCN3986

Elementos do quadro:

  • Monopólio – um grupo, ou vários, se estabelecem no poder e colocam suas “verdades” em determinado “Banco de Dados” de conhecimento. Dificultam o acesso a eles, embaralham os códigos. Esse grupo é, por razões óbvias, conservador, não adepto às mudanças;
  • Insider/mente independente – que consegue dar uma nova interpretação à verdade oficial, geralmente tem acesso ao banco de dados oficial e constrói, a luz da razão e da consciência uma nova lógica, que se alinha a uma latência e demanda das pessoas que estão sem acesso àquela base de dados;
  • Latência/Inquietação/desconforto –  sentimentos ocultos na sociedade que estão oprimidos pela “verdade oficial”, dominados cognitivamente por ela, e que passam, a partir do insider a ver outra forma de articular os dados antigos e novos disponíveis;
  • Canal/Voz – a mente indendente divulga sua nova interpretação “da verdade”, através de um novo canal, mais horizontal, que permite que um conjunto de novos “interpretadores” do banco de dados possa dar uma nova versão para a sociedade, iniciando um processo de ruptura social;
  • Canal multiplicador – a mente inteligente conta com um conjunto de multiplicadores, que se identificam primeiro com suas novas ideias e passa a circulá-las  na sociedade, nem sempre, interpretando da maneira original. Retuitando com alterações;
  • Paitrocínio – a mente independente recebe apoio em dois níveis. Um primeiro, que o percebe diferente entre outros, antes de iniciar o seu questionamento. E outra, depois, que o protege contra aqueles que não querem que suas ideias circulem;
  • Os empreendedores tecnológicos – o novo canal cria uma nova indústria que se alinha com a mente inteligente e reduz o custo mais e mais do canal, expandindo a possibilidade dos multiplicadores espalharem as ideias da (s) mente (s) inteligente (s);
  • Nova Era – este conjunto de fatores, impulsionados pelo “timing” do surgimento do novo canal de divulgação + latência + mente inteligente + desgaste do monopólio, permitem o surgimento de uma nova era, moldando novas mentes e criando novas estruturas sociais.

Complementariam algo?

Comentários serão bem-vindos!

PS – Não precisa ser aluno para opinar.

A inteligência coletiva ao mesmo tempo que é remédio, é venenoPiérre Lévyda minha coleção de frases.

(Ainda sintomas distante do rico debate da RioInfo.)

A web é uma inevolução.

Ou seja, nem evolução nem involução, as duas, ao mesmo tempo.

Inevolui do ponto de vista da divisão social, aumenta as distâncias, apesar de favorecer muito quem está dentro. E cria problemas de várias naturezas cognitivos, psicológicos e filosóficos, ao mesmo tempo que resolve vários outros.

Adianta e atrasa, ao mesmo tempo.

É uma moeda com cara e coroa, sempre girando, que nunca cai.

Sem alternativa.

O que é preciso:

  • 1- ter consciência dessa características;
  • 2- fazer com que as instituições sociais (público e privadas) façam o contra-ponto para diminuir os aspectos involutivos, mesmo que seja muito difícil separar um do outro.

Amplia o fosso, mas você dirá, mas é preciso ir adiante.

E outros dirão e aqueles que não foram?

Para um excluído do interior do Piauí ou da África pode não haver nada pior no mundo que a chegada da Internet.

(Tudo vai depender de quem está dentro, ajudar a quem está fora a pular o muro.)

Não sabia ler, agora não saber o que é computador, muito menos pesquisar no Google.

Pode ser até que viva mais feliz, do ponto de vista do contato com a natureza, mas está condenado à miséria.

E, provavelmente, seus descendentes.

E estão, parados, iletrados, restritos as ideias do seu pequeno povoado ou da aldeia global da manipulação radiofônica-fechada-restrita-televisiva.

Como a maioria, infelizmente, do nosso povo.

Ao mesmo tempo que a rede é avanço, é atraso.

Sempre foi assim.

Sempre vai ser.

Cabe-nos ponderar entre os dois pólos para ampliar um, desde que se possa compensar o outro.

Uma utopia, como aquele maluco Sísifo, que precisava levar a pedra ao alto da montanha e quando rolava, começava do zero.

Assim, constato: uma tecnologia de comunicação sempre será elitista.

E excludente.

Faz parte de sua gênesis, do DNA.

O que se pode é evitar a tsunami com medidas inclusivas.

Mas não tem jeito: é sempre uma inevolução permanente.

Resolve ao mesmo tempo que trás, inapelavelmente, rastros de problemas.

Quem se beneficia dela, só vê o lado bom.

Quem perde com ela, o ruim.

E quem  nem sabe dela, não sabe na roubada que está deixando de se meter.

O problema é que o planeta é redondo e não tem esconderijo.

Quando vamos nos tocar disso?

Não importa muros, nem no México, nem em Israel e nem na Rocinha.

Sempre alguém vai aparecer e dizer de uma forma delicada ou violenta: oi, olha aqui a minha necessidade, esqueceu dela?

Só, assim, de foram paradoxal e dialética, como uma luta de foices, podemos entender a chegada de novas tecnologias.

De forma ponderada e nunca sectária, de um lado ou de outro.

É nesta estrada estreita que temos, nós que estamos nessa vanguarda, que nos situar, nos posicionar e agir!

O resto é ilusão ou opressão.

Concordas?

Boa parte das empresas morre não por fazer coisas erradas, mas por fazer a coisa certa por um tempo longo demais Yves Doz – da minha coleção de frases.

(Remasterizei este texto hoje 29/09/09. É um texto básico sobre o tema e vale para iniciar o debate com o pessoal de marketing e responsável pelo atendimento do cliente. O início do papo. A abordagem sobre empresas 2.0 deve ser vista sob dois primas, o relacionamento externo e as mudanças internas para redes mais horizontais. Aqui discuto a relação com os consumidores. )

Depois da palestra Sou+Web na Faculdade Hélio Alonso, ano passado, na qual tinha um pessoal da TIM perguntando:

“Afinal, como será a empresa do futuro?”

Fiquei a pensar com o meu mouse…e teclado.

Disseram eles:

“A nossa empresa é uma prestadora de serviços na área de telefonia celular”.

Pois bem… imagino que hoje começamos a mudar mais e mais uma estrutura de atendimento ao cliente de um modelo vertical para cada vez mais horizontal.

De algo “eu faço e toma pronto” para “vem aqui fazer junto comigo que eu te dou uma força mais adiante. Te dou algo que é a tua cara e você pode alterar quando quiser”.

Isso não se dá por boa vontade.

Apenas, há um novo ambiente de conhecimento em curso, com o surgimento da rede digital distribuída.

O usuário, hoje, tem grandes diferenças dos pré-rede:

  • – podem comparar preços;
  • – podem visitar os concorrentes num clique;
  • – sabem o que os outros consumidores acharam do seu produto.

Isso muda a forma de relacionamento para melhor.

Como um jogo de ping-pong.

Mas exige, na relação com os prosumidores, e, por que não, com os fornecedores um novo tipo de relacionamento.

(O termo tem múltiplos significados conflitantes: o sector empresarial vê o prosumidor (profissional-consumidor), como um segmento de mercado, enquanto que os economistas veêm o prosumidor (produtor-consumidor) como tendo uma maior independência da economia de mercado. Mais)

A rede que era mais horizontal e pouco transparente, se torna mas aberta.

O que nos leva para trazer mais e mais este consumidor para dentro do círculo de decisões.

Quanto mais ele ajudar a decidir, usando a própria rede digital para isso, menos margem de erro teremos nesse processo.

Assim, exemplos são vários, como o da Fiat que está projetando um carro junto com os usuários.

Isso que é uma experiência meio ousada, será a norma e não a exceção no futuro.

O mercado era um porque o ambiente de conhecimento era um; mudou o ambiente de conhecimento, a partir das novas tecnologias de informação e comunicação, e estamos diante de um novo mercado.

É uma fase de transição dolorosa, mas necessária.

Antes: eu bolo meu produto aqui e coloco lá no mercado…

Mas hoje, com o processo colaborativo, o mercado está aqui, está lá, ou em todo o lugar? Existe ainda dois espaços, ou um só? Já que é muito barato você trazer o seu consumidor para dentro da “bolação” do seu produto… o tal “prosumidor”.

Quando alguém coloca o consumidor para preparar a sua própria estampa da camiseta, fazer ele mesmo o seu pacote de turismo ou produzir o seu próprio carro, o que na verdade está se fazendo?

Com um custo barato, via internet, estamos pedindo para o prosumidor clicar e ordenar para o robô da fábrica algo que ele já está comprando, não algo que vai comprar.

É uma redução enorme de corte de custo: pesquisa, marketing, estoque… tudo!

Ou seja, tentar enfrentar esse futuro pensando com a cabeça do passado é algo meio demodé… vai consumir dinheiro e não vai nos levar a lugar algum.

Assim, quando a empresa pensa no seu negócio, não pode mais pensar em que é uma empresa de serviço… está indo pela caminho errado. Ela ERA uma empresa de serviços, agora é uma gestora de comunidades que tenta resolver determinados problemas de seus prosumidores.

Passamos de ordenhador de vacas a apicultores.

Seria então:

TIM, empresa gestora de comunidades de usuários de equipamentos móveis.

É preciso que o usuário possa ele mesmo fazer o seu próprio plano, dizer com que amigos agora ele quer falar mais barato… como se fosse um Orkut ou um Twitter. Ele vai mudando e pagando menos.

É um passo inicial…

Quando Gutemberg inventou o livro, a Europa tinha uma estrutura hierárquica, centrada em reis e igrejas.

O livro permitiu que um conjunto de idéias (que não andavam circulando no planeta) pudesse ser trocado. Daquele momento em diante as organizações puderam se reestruturar.

Os reis e papas perderam a hegemonia com as revoluções que se seguiram, da francesa à russa.

Com a Internet, o que está em cheque é um outro tipo de hierarquia: a dos que sabem o que a sociedade quer, do presidente da empresa, ao gerente de marketing, aos políticos, etc…

Agora, todo mundo quer dizer e quer encomendar o que realmente lhe agrada.

É um novo passo… e se a Tim, do nosso exemplo não entrar, e os concorrentes chegarem na frente, aparece a Tom… e fim de papo.

É preciso, como eles mesmo dizem, uma:

“Mente sem fronteiras!!!”

(Continuo a reflexão aqui.)

Pensar pela própria cabeça implica o enfrentamento dos dogmasGustavo Bernardoda minha coleção de frases.

(Remasterizei o texto hoje. 24/09/09)

O blog é para colocar as idéias que ficam zunindo na cabeça…

Desde já te digo.

Os conceitos aqui colocados estão em ebulição, evoluindo com as pessoas e ideias que tenho contato. Senão são melhores ou piores se devem a minha (in) capacidade cognitiva dentro do meio-ambiente informacional que habito. O que puder ajudar para irmos adiante, será bem-vindo!

Não, não sou eu na foto, mas gostaria...;)

Hoje, depois de quase um ano de blog posso acrescentar um pouco mais sobre esse primeiro post.

Meu blog é de nicho para aqueles que querem compreender melhor a Web, de forma estratégica.

Assim, é meio histórico, meio filosófico.

Nem sempre aprofundo as discussões, é o que vai pintando para afiar a mente.

Quem gosta, acaba vindo e converso com os visitantes como se fosse uma sala de estar em casa.

Sinta-se à vontade para comentar.

Como diz o Moreno, não é um blog do “”Eu vi”, mas do “Eu Acho”.

É opinativo, com textos longos, por mais que se diga por aí que não há espaço para isso.

Não faço concessões.

O Blog é para mim mesmo melhorar a capacidade cognitiva, o que vier depois é lucro!

Vai pela minha necessidade.

Se gostar, não deixe de comentar.

Blogar causa solidão sem contrapartida.

Se gostar mesmo, indique.

É dessa troca não comercial e espontânea que a rede pode ajudar um pouco a melhorar o planeta.

Bem-vind@!

Sugiro, na sequência, conhecer a rotina do blog:

Roteiro para usufruir melhor do blog.

O pensamento nada mais é que uma onda elétrica pequenininha se espalhando pelo cérebro numa escala de tempo de milissegundos” – Miguel Nicolelis – da minha coleção de frases.

Se tívessemos outra capacidade visual, poderíamos olhar para as coisas e para as pessoas e ver que tudo (cadeira e mesa) e todos (seu namorado/namorada)  nada mais são de que um conjunto de pequenos quarks vibrando, a partir de uma determinada lógica, que os mantém unidos.

Animais vêm de outra maneira, alguns conseguem “ver” o calor, o movimento.

Nada no mundo está parado, mesmo que imóvel.

Nós é que não conseguimos ver as micro-partículas vibrantes.

(Uma ponte, por exemplo, tem espaços entre os vãos para que eles se dilatem, se mexam, apesar do nome estático e “substantístico”: concreto!)

No filme Matrix, uma alegoria ao mundo moderno, Neo, da metade do filme para frente, desenvolve capacidade cognitiva que o torna, “um novo homem”, “o escolhido”, pois ele é capaz de ver os números das máquinas, (os 0 e 1).

Naquele momento, percebe que tudo é código.

E deixa de acreditar no que é falso.

É uma alegoria aos visionários que vêm o que os outros ainda não conseguem.

Separam a nossa visão entorpecida de real, com o sonho, que se torna real, a partir de uma nova teoria, mentalidade, visão de mundo, ideologia.

Neo, assim, partir desse desvendar (tirar a venda) passa a lutar contra os temíveis peseguidores com apenas uma mão.

Não acredita mais naquele mundo e, portanto, pode derrotá-lo!

Há uma ficha que cai ali.

Ele passa a ver o que não era visto antes.

Nada mudou, apenas sua capacidade de olhar diferente para a mesma coisa!

E tudo se torna lento, óbvio.

É uma ruptura do olhar.

Thomas Kuhn, o estudioso do processo da Ciência, defendeu a tese, aceita pela maioria, de que o processo de descoberta humano é feito de quebras, rupturas e pulos, como a de Neo naquele corredor.

Vapt, tudo muda!

Eureka!

Não por que mudou lá fora, mas por que aqui dentro alguém pode ver de forma diferente e espalhou para os outros como onda, e, de repente, nos damos conta que, de fato, estávamos meio cegos!

Nossa pecepção do mundo, assim, não dá saltinhos, mas pula de bungee jump.

Sim, vamos descobrindo as coisas aos poucos, mas em determinado momento alguém, ou uma nova possibilidade tecnológica, um telescópio que nos ajuda a ver mais longe no céu.

Ou um microscópio para as bactérias, nos permite descortinar (tirar a cortina da frente) um novo universo.

Ou seja, o que vemos hoje do mundo é datado, contextualizado, em função do que nossos antepassados conseguiram descobrir e o que os visionários contemporâneos estão tentando nos convencer do que já é diferente para eles hoje.

Mas nossa cortina para o mundo, não deixa!

É interessante pensar que, no fundo, o maior problema de cada humano não é o outro, mas a sua capacidade de conseguir olhar para as coisas de forma diferente, seja por iniciativa própria, por novas tecnologias disponíveis ou pelo conceito apresentando por um terceiro.

Ferreira Gullar defende a ideia de que o ser humano é reacionário e consevador, como uma defesa da espécie.

Se todo mundo fosse visionário, quem construiria as pontes?

Isso, de fato, tem uma certa lógica.

Dentro dessa nossa capacidade de ver o novo, proponho dois conceitos que acho que devemos nos debruçar sobre, descobrindo (tirando a cobertura) certas verdades, a partir do estudo profundo do fenômeno Internet para pensarmos alto, sem amarras, quem sabe?

1 – Tudo é rede – o mundo se organiza em redes de conhecimento. A Web é um tipo de rede, como a rede do livro, da tevê, do rádio, eram outros tipos. Não vivemos, assim, a sociedade da rede, mas mais uma rede, com topologia própria!

(Esta eu já discuti aqui.)

  • 2- A outra, nova, é de que o que circula na rede é basicamente energia, e sempre será energia entre as pessoas e destas com o mundo, a partir da troca do que temos de mais básicos, as partículas elétricas do pensamento.

E que esta energia pode ser medida, como um registro tangibilizado dados, que nos ajudam a entender seu fluxo e processo.

Exemplos?

Números e letras, que se transforma em dinheiro e palavras, por sua vez, em valor e informação, e depois em riqueza e conhecimento.

Para entender toda essa lógica, basta seguir o fluxo da energia, que se tangibiliza em algo concreto: informação, dinheiro, produtos, etc…

Sob esse ponto de vista, toda a Ciência, no fundo, é o estudo desse movimento energético, sob determinado prisma.

Se, de fato, vivemos em redes de troca de energias, tangibilizadas em códigos, nossa grande missão, enquanto profissionais para facilitar as redes deve ser:

  • 1- conseguir, como Neo, ver a rede de conhecimento humano e perceber sua relevância para a espécie;
  • 2- ajudar para que a energia flua entre os diversos pontos e canais;
  • 3- liberar os pontos que estancam;
  • 4- estimular que cada ponto na rede, pessoa, se sinta estimulada a produzir mais e mais energia, pois energia parada é sinal de problema para cada um e para o todo.

O que nos leva basicamente a nos preocupar como saímos do movimento parado, no qual somos consumidores de energia e passamos a produtores e consumidores, realimentando todo o sistema, criando mais e mais energia.

Isso é o que, no fundo, propõem o mundo 2.0, como propôs o 1.0 e o que veio antes dele.

E você o que diz?

Concordas?

Onde está o conhecimento que perdemos na informação? E onde está a sabedoria que perdemos no conhecimento? T.S Eliotda minha coleção de frases.

Imagine a cena.

Geralmente, passa em diversos filmes de guerra antigo na tevê.

Um grupo de prisioneiros consegue construir um rádio e tem esparsas informações sobre a guerra.

Ufanismo de um lado, ufanismo de outro.

O que, de fato, está ocorrendo?

Vive-se a escassez da informação, precisa-se de dados, qualquer dado!

Vale a pena arriscar-se a morrer numa fuga ou esperar a guerra acabar?

Por outro lado, no QG de guerra, seja alemão ou inglês.

Informações vêm de todos os lados, muitas, em demasia.

Quais são falsas, verdadeiras?

Quais são importantes, se destacam?

Como filtrar tudo e ter uma visão clara do que fazer?

Onde atacar, onde se defender?

Como ganhar a guerra?

Qual o próximo passo?

No mundo atual saímos do campo de concentração direto para o QG de guerra e estamos tontos.

Diabéticos informacionais dentro de uma banheira de chocolate!

Da virada de uma plataformas de conhecimento para outra, estamos saindo, como vários autores têm ressaltado (destaco o Chris Anderson, no “Free” e o Clay Shirky, no “Here Comes Everybody“) de uma entropia da escassez para a abundância.

  • A idade mídia nos privou de canais de troca de ideias.
  • A Web está nos saturando deles.

No primeiro, ninguém consegue tomar decisões sábias sem informação.

No segundo, ninguém consegue justamente pelo excesso delas!

Assim, repito, estamos saindo dos canais limitados dos rádios, tevês e grandes jornais para o QG moderno, no qual  tudo vem para nossas telas, sem filtros.

  • Quanto mais abundância, mais teoria, conceitos, para se chegar a sabedoria são necessários.
  • Quanto mais escassez, mais canais.

Há uma relação entre os dois.

É preciso nestes momentos sabedoria, abstração, imaginação para construir grandes cenários.

Tem que se apostar na  parte central do triângulo:

É preciso se repensar o quadro geral.

O resto está aí, dado, barato e fácil.

É o caminho para as empresas 2.0, tanto da mídia, como para as outras.

É o que fará a diferença!

Arrisco dizer que foi o que ocorreu na chegada do pós-livro industrial na Europa.

(Não existe momento tão parecido e com fontes disponíveis ao que estamos passando hoje, que merece mais e mais ser estudado!)

Nó século XVII, o livro impresso abriu a porteira para o  iluminismo dos grandes pensadores,  que precisaram diante de tantas ideias novas, um movimento amplo de repensar o mundo, o humano, as religiões para que pudessémos olhar de novo para tudo, com um novo olhar.

O movimento era coerente com o afluxo das ideias que, na química entre elas, que geraram novas perspectivas e, depois, uma nova sociedade, se contrapondo ao deserto árido dos canais escassos e censurados dos reis e papas da Idade Média.

Ou seja, lá também criaram as redes sociais, uma revolução igual à que assistimos para a época.

Vimos claramente um “Orkut do livro“, através do fazer da Ciência, com links para as citações e bibliografia dos outros pensadores, que resultou em todo o avanço tecnológico e do pensamento, que esculpiram a nossa sociedade contemporânea.

(Já falei mais sobre isso aqui.)

Era preciso, antes de tudo, gente que pudesse juntar as partes com as novas ideias para criar novos conceitos, na maré da explosão informacional.

(Vide abaixo Descartes “blogando”.)

É o mesmo que assistimos agora na Web 2.0!

Estamos entrando, assim, na fase da necessidade da revisão de valores, contra a overdose de informação!

A maioria das coisas que nos chegam é a mesma coisa, com várias pontas, mas não conseguimos juntar.

É preciso economizar tempo, estudando e criando novas teorias.

E é justamente isso que queremos ver estampado nos canais que dispomos, pois da informação já estamos cheios.

Hoje, quando toda a mídia procura o eu papel, rediscute-se o currículo dos jornalistas (e se fala até em mais prática!!!), é interessante colocar este novo cenário.

Não se quer mais e mais informação, mas filtro, síntese, análise, debate, criatividade para analisar os dados!

O que se deve buscar é gente com este perfil capaz  de fazer com que o conjunto “toque” sentido.

Estes são os caras!!!

Notícias isoladas criam ansiedade, preencheem o tempo, mas, ao invés de nos conscientizar e nos fazer tomar decisões maduras, ao contrário, vão mais e mais nos alienando, infatilizando, pois estamos olhando tudo com o olhar da Idade Mídia, passada!

Nos tornando autômatos, bobos….ao invés de podermos interferir no processo.

É preciso uma revisão geral dos conceitos.

E quem vai fazer isso?

Entramos na fase de que os pensadores modernos serão mais e mais úteis.

Prevejo, como já vemos, a explosão dos pensadores, um novo iluminismo 2.0!

Cada vez, menos geradores de notícias, como sugere o NYTimes, na visão equivocada que ele e a maioria de seus pares têm insistido.

Consideram que vivemos uma mudança de suporte (papel para o digital) e não de uma nova forma de trocar ideias (vertical para horizontal), como, de certa forma, ocorreu na pós-idade-média.

Vejam o exemplo prático do contínuo equívoco, marcas em vermelho:

‘NYT’: uma empresa de notícias, não de jornais

O Globo

NOVA YORK- A New York Times Co., que publica o jornal homônimo, é uma empresa de notícias, não de jornal, afirmaram esta semana seu diretor-executivo, Arthur Sulzberger, e sua presidente, Janet Robinson. Em comunicado interno distribuído no último dia 14, eles ressaltam a importância de distribuir conteúdo às pessoas, seja por meio impresso, seja on-line.

– Temos o compromisso de oferecer a nossos consumidores nosso conteúdo onde e quando eles quiserem, até em maneiras que eles não imaginavam – impresso ou on-line – em texto, gráficos, áudio, vídeo ou eventos. Por causa de nosso jornalismo de alta qualidade, temos marcas muito poderosas e confiáveis, que atraem um público educado, afluente e influente. Esse público é uma verdadeira vantagem competitiva à medida que estamos em um mundo cada vez mais digital – afirma a nota.

Muda-se a casca, mas não o conteúdo.

Me alinho em parte com  a opinião do Ombudsman da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva, em entrevista, que saiu hoje:

futuro_impresso

Concordo com ele quando fala em aprofundr a investigação, ampliar a complexidade e o poder de análise. Os fatos são fundamentais, mas cercados de sentido.

Antes, eles eram os que informavam, hoje não são mais.

É isso!

Concordas?

(Falo mais sobre a diferença entre dado, informação, conhecimento e sabedoria aqui.)

Não podemos usar velhos mapas para descobrir novas terras Gil Giardellida minha coleção de frases.

Ao completar 50 anos no ano vem de sua inauguração, cabe saber:

Brasília foi uma boa?

Deu mais ganho ou prejuízo para o país?

O que nos leva a uma discussão sobre a implantação de redes virtuais ou espaços físicos de concreto e tijolo, pois ao se pensar estragegicamente é preciso projetar cenários, a partir de acertos e erros do passado.

Em Brasília, apostou-se tudo no tangível e nada no intangível.

Qual país do mundo, na época, ousou tal loucura?

Quantos construíram capitais no deserto?

Las Vegas, a capital do jogo?

(Lá, parece que o resultado foi melhor, pois o jogo é algo que termina em si, não organiza, apenas joga-se.)

A batalha entre o conceito de prédios físicos centralizantes versus redes eficientes está sempre em voga, quase sempre tendendo para o primeiro, pois há recursos, se vê “resultados” ilusórios, ao invés de resultados “que importam”.

Inclusive hoje, que marcam sucessos e fracassos.

Umas dão só a sensação do poder, mas não eficiência.

Querem dois exemplos?

Um positivo, que apostou na topologia da rede descentralizada:

Marcelo Leite escreveu sobre o assunto, neste último fim de semana, na Folha, ao contar a capacitação brasileira no campo da Biologia Molecular:

Em lugar de abrir uma repartição científica e construir prédios, os estrategistas da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) tiveram o bom senso de fomentar uma rede virtual de laboratórios. Alguns pesquisadores realizaram seu sonho de consumo: sequenciadores de DNA de última geração. Dividiram o genoma da bactéria e saíram a campo. (Ver mais.)

Um negativo, que apostou na sede física e não na topologia da rede descentralizada:

Pude ler o artigo: “Ministério enterra rede de estudo de fóssil“, que saiu semana passada na Folha:

Cinco anos depois de ser lançada, consumindo R$ 6,1 milhões e sem produzir nenhum trabalho científico, a Rede Nacional de Pesquisa Científica em Paleontologia foi discretamente declarada extinta pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). Sua prestação de contas inclui notas fiscais de “coquetéis, festas e shows” (…) Seu legado, contudo, é modesto: resume-se ao prédio de sua sede (localizado em Peirópolis, distrito de Uberaba), um sistema de videoconferências, duas caminhonetes e um micro-ônibus. (Ver mais.)

Num mundo de projeção futura, precisamos saber o que vai acontecer adiante.

A proposta, por exemplo,  do Governo da criação da Petro-sal, com o número máximo de 130 funcionários, por exemplo, é de uma estrutura centralizadora, com prédio e funcionários fixos, escolhidos por concurso.

Escreve, questionando este modelo, Claudia Safatle, do Valor Econômico, lembrando o passado recente:

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), criada em dezembro de 1972, nasceu a partir de um compromisso das autoridades da Aeronáutica de que seria uma empresa para regular o setor com, no máximo, 600 funcionários. Hoje, a Infraero emprega 28 mil trabalhadores, administra 67 aeroportos, 81 unidades de apoio à navegação aérea e 32 terminais de logística. (Ver mais.)

As redes digitais vieram para ajudar a mudar o mundo, emperrado pelas estruturas verticalizadas,  e descentralizar ainda mais as organizações, que precisam de ar para inovar.

Assim, fazer o futuro é  projetar  um mundo em redes horizontais digitais, mais e mais descentralizadas.

Pergunta-se à cidade cinquentenária:

  • Quanto perdemos com tudo isso?
  • Quanto isolada está Brasília do país?
  • Quanto gastamos por ter essa estrutura que não pulveriza e sim centraliza?

Sim,  JK estava com pressa, queria 50 anos em 5.

Geralmente, a pressa, como vemos, ainda hoje, é inimiga da descentralização!

Concordas?

As convicções, por mais fortes que possam ser, devem ser analisadas dentro de seus contextos históricosPaul Veyneda minha coleção de frases;

Deixei aqui uma mensagem para preparar as aulas 2 e 3 desta semana, nas quais verermos e discutiremos o filme “Lutero”.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ls50FRNXSls]

Recomendo também ver a discussão sobre o filme já feita aqui nos seguintes posts:

Quem não é aluno, pode comentar sobre o filme aqui no blog.

Nos vemos amanhã!

As escolas estão implantando tecnologia, apenas para repetir o passado Léa da Cruz Fagundes, da minha coleção de frases.

Pode parecer estranho, mas vamos voltar para trás.

Digo isso, pois dou aula para turmas fora e em laboratórios de informática e as primeiras rendem mais que as segundas. Não que não consigamos depois equilibrar o processo, mas é trabalhoso, por causa dos micros.

Acredite se quiser!

Note que não vou generalizar sugerindo o fim dos laboratórios, dos micros caros e das conexões de alta velocidade, que hoje são tão apelos de marketing nos cursos em geral, sejam de tecnologia, ou não.

“Tem um micro para cada aluno? Que bom!”

Nessa direção e para defender meu ponto de vista reproduzo de novo o mapa que fiz de nossas áreas de cognição e  necessidades básicas para agir no mundo:

Precisamos de uma forma qualquer (linguagem) para falar de um determinado conteúdo, através de uma plataforma (suporte, ferramenta), a partir de conceitos pré-definidos, que podemos chamar de mentalidades ou ideologias.

Postei mais sobre isso aqui.

Quando vamos para a sala de aula algum destes pontos serão abordados com mais ênfase.

Laboratórios de informática funcionam muito bem para a parte de baixo, nas plataformas, ali são imprescindíveis, pois o aluno precisa praticar o uso.

Sem computador, esquece!!!

Nos outros, ao abordar questões de forma, conteúdo e conceitos dependerá muito, muito mesmo, de cada professor, mas a tendência é que o computador e a Internet mais atrapalhem do que ajudem.

Explico.

Note que saímos das cavernas e chegamos à Internet para nos conectar às pessoas.

Uma necessidade humana de troca de ideias para avançar enquanto espécie.

E entre nós, depois do mundo oral,  em função da ocupação maior do planeta, colocamos um suporte, uma plataforma para viabilizar este contato: escrita na pedra, em manuscritos, em livros industriais, telefone, celular, tevê, rádio, internet, twitter, etc .

Toda tecnologia comunicacional, entretanto, não tem só o lado que aproxima.

Sempre traz consigo algo que também nos afasta, pois coloca necessariamente entre as pessoas, o limite do próprio suporte, que passa, em alguns casos, a ser uma barreira a ser superada.

É dialético, tem horas que é ótimo, outras não.

Não existe só bom ou só ruim, depende da situação, contexto, objetivo, etc…

O Twitter é bom, mas desde que eu resuma em 140 caracteres.

Eu me adapto, mas é um limite, como cada suporte tem o seu, que acaba definindo, de certa forma, seu uso e potencialidades.

Se está todo mundo na mesma mesa, tem sentido ficar twittando?

Ou uma família ficar se falando pela MSN em casa, o casal discutindo a relação por ali? 🙂

O livro faz com que tenhamos contato com um autor de outro lado do planeta, mas exige silêncio, recato, criando uma independência e, por tendência, nos tornando menos interativos.

Uma palestra com o autor pode ser mais rica, em alguns momentos, pois há a interação, perguntas.

Um livro não permite nada disso.

Desenvolvi a ideia mais aqui sobre livros e dificuldades interativas.

O rádio e a tevê trouxeram o mundo, mas tiraram o bate papo da família na sala.

E a Internet, por exemplo, veio nos ajudar – e muito – a nos encontrar a distância, formando grupos, reagrupando pessoas perdidas.

(Vide exemplos de turmas de escolas que conseguiram retomar contatos, mas tem criado)

Mas, por outro lado, juntamente com o celular, nosso novo órgão humano,  um problema do “desencontro presencial”.

Estamos ganhando um potencial enorme para encontros a distância e perdendo o jeito, que já não era essa bola toda, para quando estamos juntos.

É aquele caso de um cara que demora três semanas para marcar um almoço com o amigo e os dois ficam ali, comendo com o celular no ouvido, enquanto comem sem se falar. E chegam a conclusão que é melhor da próxima vez conversar um com o outro pelo celular do que marcar o almoço, deixando outro otário esperando !!! 🙂

A presença física é a mais rica das interações e nada vai mudar isso.

Permite todas as formas de interação humana (um-um, um-muitos, muitos-muitos) com a tecnologia da fala, que já está embutida em nós.

(E saiba: demoramos muito para desenvolver os músculos, articulações e ossos necessários para falar).

A fala presencial é a única interação que não exige suporte algum, nos libera e nos permite chegar aonde as outras plataformas não alcançam, pois envolve ainda outros sentidos, tais como outros sons, a imagem, o cheiro, etc .

E inverte todas as outras possibilidades interativas, (um-um, um-muitos e muitos-muitos), rapidamente.

Tem riquezas, assim, que qualquer outro suporte informacional não tem.

O encontro presencial em uma sala de aula, assim, se não é para ensinar a usar suportes, pode perder com computadores, pois pode colocar um jumbo, aonde é lugar de um teco-teco.!!!

Note que quando uma turma se encontra com dado professor.

(E, partindo do princípio, que todos querem se encontrar, pois às vezes não é o caso.)

E note que estou falando de turmas que o professor estimula a interação, no modelo Paulo Freire, muitos-muitos, com os alunos interagindo mais e mais.

Qualquer tecnologia entre eles, atrapalha, dispersa, tumultua, pois passa a ser desnecessária.

Calma, o mundo pode ficar lá fora esperando enquanto estamos trocando presencialmente com os gadgets desligados, pois não faltará oportunidade para contarmos tudo que aconteceu logo, logo, quando voltarmos estar longes, diante da telinha.

Asssim, do que amadureço depois da aula de ontem da pós de Estratégia de Mídia Digital na Facha, toda em laboratório, um micro por aluno, é o seguinte:

  • 1- minhas aulas são conceituais – dispensam tecnologia;
  • 2- vou ver com o Nino, o coordenador, se ano que vem faço em um lugar sem Internet e sem micro;
  • 3 – para este ano, por enquanto, vou propor aos alunos uma escala, assim: 50 minutos todo mundo totalmente off-line, monitor desligado e 100% focado no trabalho dos grupos ou com o professor. E 10 minutos, totalmente on-line para twittar, ver e-mail, fazer o que quiser, também 100% nisso. E voltar ao off-line.

A coisa é tão maluca nos laboratórios, como a imagem abaixo, pode mostrar.Fotos com a turma passada no mesmo laboratório, note o desconforto para a turma interagir entre eles:

(Não estamos na era do muitos-para-muitos?)

Já discuti com a turma passada este tema aqui.

Vamos ver no que vai dar.

E você o que acha disso tudo?

Este texto complementa essa ideia do outro como alienação: (11/08/2010)

Francisco Bosco, globo, segundo caderno, texto “Felicidade”.

bosco

Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe Oscar Wilde, da minha coleção de frases;

twitter_addictedConfesso, não é fácil a vida no Twitter.

Ou seja, ser seguido nunca foi problema.

O problema está em saber no dia a dia quantos te seguem.

E se você ganha ou perde seguidores, conforme caminha.

Isso, confesso, te envolve.

Há anos tenho mala direta e envio minhas ideias por aí.

Mas agora me sinto em uma verdadeira bolsa de valores pessoal.

Sou mais ou menos seguido, conforme micro-posto.

Há um ranking, um comparativo explícito entre eu e os outros.

Antes, eu sabia e mais ninguém.

Era incomparável, invisível, não tinha um cara do IBGE na porta me perguntando todo dia minha popularidade e publicando por ai.

Não, agora o mundo (ou o meu mundo pequeno, pelo menos) quer saber.

Você tá sendo seguido?

Por quantos?

O meu Twitter é maior do que o seuuuuuuuuuu……!!! 😉

Isso nos faz todos existir em um grande mercado de ação informacional.

Um personal-ibope.

O que faço?

Continuo eu mesmo e esqueço o número?

Ou começo a fazer tudo para crescer?

Aumentar os seguidores é um fim em si mesmo ou um resultado?

Mas se sou medido, como sair dessa sinuca de bico (de passarinho)?

(PS para dummies- twitter é uma maneira de cantar de certos pássaros / The light chirping sound made by certain birds.)

Sim, ainda não tenho respostas, mas vejo em mim que a febre contamina e vicia.

No Orkut, era diferente.

O BBB virtual estava apenas começando….

Lá, eu tinha amigos, círculo de amizade.

No Twitter, temos pessoas que nos seguem pelas ideias e informações geradas, gente que você ainda não conhece.

Ou talvez, provavelmente, nunca venha a conheçer.

É platéia de uma peça virtual com o auditório escuro!

Você é agora oficialmente personal-mídia e tem, repito, seu persoanal-Ibope particular, mesmo com um seguidor, que já é platéia.

Vale quanto pesa ou por quantos te seguem?

Vais mudar o capítulo da novela  e matar personagens para continuar em alta?

Ou vai fazer um filme cabeça, independente da massa de seguidores começar a vaiar e a te unfollow-you forever?

Do jeito que está, é uma decisão que cada um tem que tomar, certo?

Esse dilema, amigos e amigas, está só começando.

E vai piorar.

Os egos estão saltitantes!!

O Twitter está criando mais do que uma ferramenta, mas uma cultura.

É importante termos referência de quem é referência?

Sem dúvida.

O tempo e a velocidade exigem que a informação seja filtrada.

Mas o que isso vai fazer com nossas vidas, isso é um buraco do tamanho de um metrô em aberto.

É um mundo cada vez mais estimulando o ego de cada um ao limite.

Note, entretanto, que, no blog, no MSN, não existe esta exposição pública.

Esta competição no meio da colaboração, o que nos faz perguntar:

É certo o Twitter não dar a opção a cada usuário para acabar com esta disputa de seguidores?

Não seria direito de cada um esconder, ou não, este dado, para sair dessa briguinha de quem vai para o paredão?

Do jeito que está…era apenas a Xuxa que era estrela.

Hoje, todo mundo xa fala xeio de xarme.

Tem gente que já bate 20 seguidores e só sai de casa com óculos escuro, chapéu e caneta para, os que acabarem descobrindo-o,  dar, o que vai se fazer, um autógrafo…;)

Querem respostas…???

Ainda não as tenho…

Sei que estou ali no meio do caldeirão e o meu lado que pede sabedoria, me avisa que tem algo de errado.

E fala para o meu ego saltitante, ôôôô….menos, menos, menos…

Como mudar?

Se descobrir, te digo, mas passa  também por mais ferramentas para defender a nossa privacidade.

Se alguém descobrir, antes, me oriente.

Vamos discutir, pois tô precisando de ajuda.

Narre abaixo seus dramas, se é que têm algum.

(Ah, e por falar nisso, enquanto o debate não termina, Twitta este post por ai, pelo sim, pelo não, quem sabe não aumento minha lista mais um tanto?) 🙂

E vote na pesquisa:

[polldaddy poll=2003922]

Não tenhamos ilusões, a internet não veio para salvar o mundo – José Saramago, da minha coleção de frases.

(Bom, ainda vou continuar a falar um pouco sobre as coisas que circularam na minha cabeça depois do debate da RioInfo.)

Existem algumas premissas teóricas para pensarmos sobre o papel da Internet no mundo.

  • 1– sempre vivemos em redes de conhecimento.  Tivemos a rede da fala, a rede impressa (livro industrial), do som (rádio) e da imagem (tevê). A Internet é uma evolução das anteriores, ainda mais horizontal, veloz e com mais alternativas. É a mais complexa criada, até então.
  • 2– as redes são elementos fundamentais para nossa sobrevivência e sua topologia define as estruturas de poder social. (O  novo livro do Castells que saiu fala muito sobre isso.) Muda-se a topologia, muda-se, a médio e longo prazo a gestão das instituições, de um modelo de rede mais hierárquica para outra mais descentralizada, o que chamei até de uma nova forma de abordar o problema: Gestão por rede;

  • 3– esse fenômeno, apesar de parecer espontâneo, natural e despertar o encanto, é sistêmico. Não é a primeira vez que as redes mudam sua topografia, não sera a última. Isso ocorre, a meu ver, toda vez que a quantidade de habitantes e sua demanda informacional é maior do que a capacidade da rede atual em permitir, em tempo hábil, a troca de ideias. Quanto mais formos, mais exigências teremos e mais complexos canais precisaremos para gerar inovação e novos produtos, necessitando, para isso, horizontalizar a rede, eliminando gradativamente intermediários, para abrir novas pontos de troca e reduzir a pressão pela demanda de informação;
  • 4– mudanças topográficas na rede, então, não alteram padrões humanos na relação com outros seres humanos, mudam as cognições, mas não a forma que nos relacionamos com nós mesmos. Ou seja, se apostarmos apenas na revolução social, baseado na tecnologia, teremos novas estruturas de poder renovadas, com novas injustiças, no lugar das antigas. Vale a pena brigar por elas? Claro que sim, mas são limitadas ao se pensar num cenário maior. Colocaremos mais um rei (Google, no caso, e os poderes agregados que vêm e se aliam com eles – vide China) no mesmo trono, com os nossos antigos novos problemas;

  • 5– as redes sociais na Internet, hoje tão badaladas, não são o primeiro exemplo mundial de colaboração horizontal. A rede social da escrita, do livro impresso, a partir de 1500, que nos possibilitou inventar a academia, por exemplo, tinha também seus links (citações), o somatório de experiências, um grande Orkut do papel, que mudou o mundo com ideias e, depois, produtos.

Vejam o que informa  Burke, após o surgimento do livro industrial, o que foi considerado por MacLuhan como a primeira mídia de massa, como todas as outras que vieram depois:

Cerca de três ou quatro milhões de almanaques foram impressos no século XVII na Inglaterra, bem como em Veneza, com quase dois milhões de cópias, resultando, no geral, através do trabalho de 500 editores, na produção de mais de 16 mil títulos com 18 milhões de cópias na Europa. Para comprovar a mencionada “explosão”, registra-se que, por volta de 1600, aproximadamente 400 academias haviam sido fundadas apenas na Itália e poderiam ser encontradas por toda a Europa, de Portugal à Polônia. (Uma história social do Conhecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.)

(Aliás, não existe nada mais colaborativo fora da rede do que o fazer acadêmico, com todos os seu problemas.).

Não acreditem agora que a colaboração é uma novidade. É apenas mais um movimento  necessário, como antes, para que avançássemos enquanto espécie. (Não se iludam!). Ou seja, colaborar na rede (como na academia) não nos levou ou levará a uma nova civilização.

Mas é mais um processo de troca, por necessidade, não por desprendimento, dentro de um novo suporte, a rede da vez.

Ou seja, colaborar é e sempre será utilizado para sanar problemas de sobrevivência informacional e não pode ser encarado de forma alguma como mudança filosófica da condição humana, que exige uma discussão geral e mais funda na nossa natureza, que a rede, infelizmente, não traz com ela, como o livro não trouxe!

Colabora-se por necessidade!

É preciso, assim, urgente, continuar e aprofundar o estudo histórico das  rupturas similares das redes no mundo, sem o qual não conseguiremos, nunca, ter a dimensão exata do que estamos passando, pelo que devemos acreditar e que mudanças farão realmente grande diferença para as gerações futuras, incluindo aí uma visão filosofica, mais voltada para a sabedoria no aspecto amplo do que o reducionismo do conhecimento utilitário, como vemos hoje.

Se não for assim, vamos confundir o velho que se atualiza, com o completamente novo.

E o novo que aparece nesse movimento, como algo velho.

Por enquanto, é isso!

Concordas?

Mais sobre reflexões pós RioInfo, aqui.

Apropriar-se da cultura digital, é reiverntar a Escola Léa da Cruz Fagundesda minha coleção de frases.

Car@s alun@s, eis o roteiro do nosso curso.

Começamos no dia 15/09.

Título: Conhecimento em Rede

Objetivo: Repensar o que realmente é Conhecimento e Rede. E procurar ter uma nova visão para atuação no ambiente atual de produção de informação, trazido pela Internet.

Total de aulas: 7

Habilidade: ao final desse programa você deverá ser capaz de  analisar os problemas de informação e de geração de conhecimento sob uma nova ótica.

Conteúdo genérico: O que é a Internet? O que é conhecimento? Como o Conhecimento em Rede afeta a sociedade? As organizações e como podemos utilizar novos conceitos para fazer a diferença. O que é a Web 2.0? Existe sociedade do conhecimento, da informação? É possível gerir o conhecimento? Existe Gestão de conhecimento? Gestão da Informação? Como posso ter uma melhor ação pessoal na Web 2.0?

Não teremos Power Point – justificativa do professor para eliminar o Power Point.

http://nepo.com.br/2008/11/27/power-point-asa-ou-corrente/

(Considera-se o material didático da sala todo o conteúdo do blog do professor e os posts exclusivos para os alunos)

Quem quiser ter acesso a apresentações antigas do professor:

http://www.slideshare.net/cnepo

Recomenda-se ver o que as outras turmas de pós da Facha já fizeram nas minhas aulas:

http://pt.wordpress.com/tag/facha_nepo/

Conceituação: O professor é apenas um coordenador da colaboração entre aluno-aluno e professor-alunos. Não existe conhecimento pronto, mas só aquele elaborado em conjunto, no qual todos aprendem com a ignorância/experiência/criatividade/conhecimento do outro.

O aluno não deve vir para aprender de forma passiva, mas trazer a sua curiosidade ativa. Tudo que sabe ou tem dúvida, interessa,  é fundamental para que o processo de aprendizagem seja proveitoso para todos.

Não há transmissão de conhecimento, mas sincronização de vivências, na qual todos saem da sala de aula em outro patamar, incluindo o professor.

O fato de termos micros em sala de aula não sugere que o aluno deve viajar, ler e-mail, fazer atividades fora do contexto, pois não só desestimula o professor, mas torna a turma se transforma em um completo deserto de atenção, o que não é bom para todos.

A nota será finalizada da seguinte forma, dentro de sala de aula, com auto-avaliação dos alunos:

a) Presença em sala de aula – 7  pontos, divididos assim.

1,0 – para cada aula, totalizando 7 pontos;

1,5  –Participação do aluno em sala de aula;

1,5 – Participação do aluno na Internet (**)

(*) serão criados posts a cada aula no blog do professor e o aluno poderá comentar lá. Ou em qualquer espaço que toda a turma, o professor e outros alunos do curso possam ter acesso, para ser discutido em sala de aula. Ou seja, quem for anotar as aulas no computador, sugere-se que anote no comentário do blog do professor ou no blog, ou espaço virtual da turma, vale #algum lugar do Twitter, desde que informado ao professor para que ele possa acompanhar e linkar no seu blog.

(**) O registro da participação dos alunos na Internet só vale até o início da última aula!

Ou seja, tirará 10 o aluno que for a todas as aulas, participar em sala e na Internet!

Roteiro propositivo, pode mudar, conforme a dinâmica:

  • Aula 1 – o que é a Internet? Como funcionará nosso curso? Dúvidas, expectativas, etc…;
  • Aula 2 – apresentação do filme Lutero, com exercício escrito (aula será acompanhada pelo Roney);
  • Aula 3 – debate oral sobre o filme e discussão sobre o que é conhecimento?
  • Aula 4 – Eu (aluno) e a Web 2.0;
  • Aula 5 – Web 2.0 – aplicação em diversos setores;
  • Aula 6 – Exercício: como deve ser uma cidade 2.0? (ou outro setor, a escolha dos alunos)
  • Aula 7 – auto-avaliação dos alunos e avaliação final da turma coletivamente.


Os alunos que faltarem as aulas deverão “pagar” em atividades extras em favor da turma. Este “pagamento por atividade”, que é produção de textos, resumo de aulas, etc… só será contabilizado até o início da última aula, quem faltar a última aula, não terá ponto extra, nem a possibilidade de repor. E quem não “pagar” até lá, também.

Assim, não serão aceitos trabalhos depois da última aula.

As propostas estao abertas para comentários e aprovação da turma até o final da primeira aula, quando assinaremos nosso acordo de trabalho.

É isso, bem-vind@s!


O conhecimento parcial nos afasta mais da realidade do que a própria ignorânciaNilton Bonderda minha coleção de frases.

(Bom, ainda vou continuar a falar um pouco sobre as coisas que circularam na minha cabeça depois do debate da RioInfo.)

É certo que estamos vivendo duas revoluções certas e uma incerta.

As que estão em curso:

  • Uma revolução tecnológica na rede informacional-comunicacional – esta passa a ser mais horizontal, com mais possibilidade de expressão e troca a distância entre os grupos humanos. E ganham essa adesão por atender a uma demanda, ou necessidade de sobrevivência da espécie. Sem ela, entraríamos em entropia, pois era muito gente para poucos canais de rádio, jornal e tevê. Sem comunicação, sem inovação; Sem inovação, sem novos produtos; Sem novos produtos, problemas de sobrevivência;

  • Esta mudança na rede de conhecimento nos levará (ou já está nos levando)  a uma revolução social – redes mais horizontais nos levarão, aos poucos, a reformular todas as nossas instituições, o que vai demorar mais ou menos tempo, e terá impacato diferente em cada pais. A  mudança virá e nos colocará diante de uma nova civilização, com o fim de determinados absurdos que acontecem hoje (intermediação abusiva, falta de liberdades informacionais, etc)  e criando vários outros (falta de privacidade, invasão de nossas intimidades, hiper incentivo ao consumo), que vão aguardar uma nova mudança na estrutura da rede para entrar de novo no ciclo de mudanças;

Porém, ambas, que irão modificar as estruturas sociais e também a nosso cognição, mas não nos levarão necessariamente a uma nova humanidade mais harmônica, pelo contrário, aumentará, em certos aspectos, as diferenças entre os povos.  A mudança, portanto,  de cada ser humano não está baseada na rede, apesar de que esta pode ajudar, se houver líderes que saibam caminhar nessa direção.

  • A terceira revolução, assim, totalmente incerta, pois independe das outras duas, estaria baseada em uma revolução filosófica-espiritual em uma nova relação do homem consigo mesmo. E não estará garantida por mais que reformulemos todas as organizações ao avesso. Nada garante que apareça, em função da mudança da estrutura da rede informacional, pois com ela continuaremos os mesmos, com nosso problemas atualizados.

Ou seja, pode ser canal, mas não estabelece  por si, uma nova lógica da relação dos homens entre si e com o todo.

É interessante pensar dessa maneira, pois entre os tecnofóbicos (aqueles que estão inclusive perdendo com a mudança) e os tecnotimistas (que estão a impulsionando por quererem acabar com os absurdos visíveis) existe uma estrada estreita com duas mãos.

  • Uma que nos paralisa – é acreditar que apesar de tudo nada vai mudar no humano, o que não deixa de ter uma certa lógica, mas é paralisante;
  • E outra – que é acompanhar a revolução tecnológica e social e ainda acreditar no pós-humano (ou seria no verdadeiro humano?), desde que haja, em paralelo, ou se utilizando do novo canal aberto, um movimento de repensar o próprio homem e suas contradições, independente da rede em que esteja, o que não é garantido.

A favor desta última, como falei no post anterior, está a ciência e todas as descobertas em relação ao cérebro, que nos levará a chegar a conclusões, nunca dantes navegadas, o que pode reforçar aos mais céticos e pragmáticos, a importância da separação do eu e do ego, a meu ver, peça chave dessa revolução do espírito.

  • Não somos o que achamos que somos.
  • Não somos o que pensamos.
  • Nós só seremos quando nos tivermos consciência do que não somos.

Seria a resposta as minha inquietações naquele encontro, quando algumas pessoas consideraram ser possivel criar a humanidade 2.0, aprofundando o usa da nova estrutura da rede,  como eu também já achei, mas não nado mais nessa raia.

Infelizmente, ou felizmente, para esse blogueiro,  a raia é um pouco mais funda do que antes parecia.

Não será tão fácil.

Se fosse assim, o livro impresso teria cumprido esse papel.

Não vamos cair no erro dos iluministas que acreditavam na força da luz do conhecimento.

Lembro que o Google, nosso querido baluarte da Web 2.0, pai do Orkut e padrasto do YouTube, aceitou censurar páginas da web, a pedido do Governo Chinês.

Vale lembrar ainda que a biblioteca de Hitler tinha 16 mil volumes e ele era também um leitor compulsivo.

Se a leitura curasse….

Assim, se você sonha em mudar o mundo com a Internet, boa sorte.

Se não acredita na mudança espiritual do homem, é um direito, às vezes também duvido.

Mas não nos iludamos e tapemos a história.

É isso.

Que dizes?

Não é fácil ser dotado de inteligência e consciência e não se asfixiar no próprio ego Nilton Bonderda minha coleção de frases.

Estivemos todos lá na RioInfo.

DSCN3966

@marthagabriel,  Vagner de Santana, @samadeu, um representante de uma empresa que ainda não sei o nome, Eu, @DeLuca,  Marcos Dantas, @gilgiardelli (fora da foto).

Confesso, que não estava levando fé.

A mesa com muita gente, tinha tudo para ficar um negócio pouco dinâmico.

O Gil Giardelli, nosso bravo moderador, entretanto, encaminhou tudo de uma forma acelerada e as pessoas foram marcando posições e trazendo sua bagagem.

Nada como a troca.

Lá pelas tantas, fiz uma provocação:

Como é possível caminhar bem na estreita estrada entre os tecno-otimistas versus os tecnofóbicos?

Para mim, no decorrer da discussão, desvendou-se com o papo, ou tirou-se a venda, de duas questões centrais teóricas a serem aprofundadas aqui no blog e em debates futuros:

  • 1- como e de que forma o humano muda, a partir de uma ruptura nas plataformas de conhecimento ao longo da história?
  • 2- e, afinal, para responder a questão de cima, recoloca-se a questão: como o humano se relaciona com o mundo?

Vou começar com a segunda, pois define a primeira.

Nossa civilização, principalmente, a Ocidental, é marcada pelo conceito de Descartes:

“Penso, logo Existo”.

Ou seja, sou o que penso.

Os filósofos orientais há milênios  têm trabalhado com outro ponto de vista.

“Penso, logo meu ego existe”;

Na visão deles, há entre nós e o mundo um elemento construído, fruto de todos os nossos condicionamentos, opressão, descaso, desamor, abandono, que nos transforma, sem o aprofundamento necessário, mais ou menos, em verdadeiras máquinas de alimentação inconsciente do ego.

Um código salvo na nossa placa-mãe, que nem nós mesmos percebemos.

(A sociedade do consumismo se apercebe disso e estimula, gerando um ciclo cada vez mais danoso.)

Nós não seríamos, então,  o “Eu” original, mas um eu-go, precisando de uma separação.

Quanto mais atentos estivermos para isso, mais percebemos nosso condicionamento e mais temos condições de nos relacionar com as coisas do mundo sem essa lente e uma determinada prática ego-ísta.

Mais preservando a visão do todo e menos a visão de cada um.

Se o tema era algo esotérico, místico e destinado ao pessoal que acende incensos, a coisa está tendendo a mudar, justamente pela força da Ciência.

O estudo do cérebro, principalmente, as máquinas que permitem filmar e fotografar os diferentes formatos, tamanhos, composição e campos de energia têm nos ajudado a entender melhor essa dinâmica.

(Outro dia no Discovery, por exemplo, um cientista escaneou cérebros de centenas de serial killers e descobriu deformações similares em vários deles, o que o levou a repensar a disfunção sobre outro ponto de vista.)

Há ainda a capacidade de trazer de volta à vida, com sofisticadas aparelhagens hospitalares, pessoas que sofreram derrames em determinado lado, que não resistiam, anteriormente, ou quando sim, não podiam contar a estória.

O caso mais emblemático foi o da neurocientista Jill Bolte Taylor, da Universidade de Indiana, EUA, que narra a vivência em  “A Cientista que Curou Seu Próprio Cérebro”. A riqueza do depoimento é de que ela era uma estudiosa e pôde mergulhar no mundo do derrame e se recuperar pouco a pouco.

Veja a entrevista.

Ou o vídeo:

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=Xl7ql1wDsMM&feature=related]

Destaco:

Taylor Antes do derrame, eu tinha uma visão geral do papel de cada hemisfério, mas eu não tinha a menor idéia de como dizer qual parte do meu cérebro estava contribuindo com qual informação para formar a minha percepção da realidade.

Há, assim, segundo ela, um lado a parte que nos ajuda na linguagem, mais racional, aonde estaria o tal “ego” condicionado. E a parte das sensações, na qual estaria o nosso “Eu” mais amplo, menos condicionado.

O problema é que vivemos o mundo cartesiano, na qual uma parte ainda é estimulada, por diversos motivos e interesses, e, portanto, hegemônica.

Na minha opinião, estamos no limiar da compreensão, agora científica, de novos elementos humanos, a partir do estudo do cérebro.

A frase, “penso, logo existo” estará datada, marcada por uma fase de desconhecimento de um conjunto de elementos que nos faz existir, o que terá impacto em todos os campos do viver, principalmente do conhecimento, da informação, da inovação, criatividade, etc….

Será considerada constituinte de uma era que passou, pois negamos que o ser que pensa é, inconsciente de vários aspectos gerais. E a procura dessa compreensão nos levará filosoficamente e cientificamente a nos ver de forma diferente.

O ego hoje governa o mundo com seus ruídos.

E isso está nos levando a determinados limites de sobrevivência.

É preciso reverter o processo!

Isso, infelizmente, a Internet não traz, mas pode ajudar a veicular a ideia.

Não é dado que teremos mudanças com ela, mas é possível que ela ajude a divulgar as mudanças.

E essa é a diferença básica entre os tecnotimistas e um movimento de renovação humana.

Os primeiros acredita que ela virá naturalmente, pela força da rede. Os outros acreditam na rede, mas querem fazer uso dela para mudar a relação do humano com seu ego.

São dois pontos de vistas distintos.

Os humanistas e iluministas depois da chegada do livro industrial ao planeta, acreditaram que quanto mais livros, quanto mais luz, mais o ser humano chegaria a uma sociedade mais justa e humana.

Não foi o que ocorreu.

O otimismo diante de uma nova plataforma não se consolidou, pois o ser humano fez da plataforma mais um elemento de dominação dos outros.

Ponto.

A mudança humana, caso alguma seja possível, não se daria, então, pela tecnologia, pois ela estará por tendência sempre a serviço do nosso lado do cérebro que hoje domina.

Se há alguma expectativa de salto não é tecnológico, mas conceitual, filosófico.

Sob esse ponto de vista, compartilho com a visão de Arnold Toynbee, que fez um livro-testamento, A Sociedade do Futuro, aos 80 anos. Ele era historiador e ao ser perguntado depois de analisar tantas civilizações, como o humano evoluiria?

Disse na lata: “Só uma mudança espiritual”.

O espiritual hoje se releva algo muito mais palpável e concreto, em função das fronteiras que estamos cruzando.

Uma mudança na maneira que olhamos para nós mesmos e para nosso cérebro, principalmente.

Uma relação diferente na qual uma parte tem capacidade de se relacionar com o todo e outra, por condicionamento, não deixa.

Assim, enquanto nos mantivermos na Era do Ego, independente a plataforma de conhecimento que trabalharmos será ele que estará no comando e tudo, para ser bíblico, será feito em seu nome.

Isso explica um pouco o excesso que temos hoje na Web da a ego-laboração, em todas as ações, em sua grande maioria, e pouca colaboração despretenciosa, ou não movida pelo interesse do ego.

O que muitos chamam de avanço, diria que é uma continuidade do que sempre ocorreu.

Eu quero aparecer, não importa como!

Cada um, no fundo, sem mesmo se dar conta, ou até consciente, está mais preocupado com o número de seguidores, do que propriamente com o que está contribuindo hoje e amanhã.

Estamos entrando, a meu ver, de forma mais científica, na Era da consciência do poder danoso do Ego condicionado para poder entender como vivemos até hoje e procurar caminhos para sair dessa armadilha.

Se eu tivesse que ser otimista, ou escolhesse, talvez, uma bandeira para lutar, não seria a da tecnologia, mas a da evolução humana na relação consigo mesmo, usando a tecnologia para ajudar nessa direção, aí sim podemos vislumbrar algumas mudanças de atitude!

O que seria uma procura  mais integrada, holísitica e humana.

Possível?

Seria, pelo menos, um contraponto, mais transformador a tudo que está aí.

É isso!

Concordas?

PS- complementei as reflexões com o post “3 Revoluções“.

As três fotos de cima foram feitas pelo http://twitter.com/roneyb, valeu!!)

As outras três debaixo do meu querido primo, que tive o prazer de encontrar por lá e estava fotografando o evento, Dhani Borges.

As empresas devem responder os ataques on-line com a verdade – Barry Libert e Rick Faulk, da minha coleção de frases;

O Valor publicou uma matéria detalhada sobre como as empresas estão usando as sugestões dos usuários para mudar seus produtos.

Tradução do Finacial Times.

Prevejo que mais e mais os usuários vão entrar dentro da produção da empresa.

Se eu quero vender para eles, por que não colocá-los na linha do design?

É o que a Fiat está fazendo com o Fiat Mio.

fiat

Por que esperar todo um ciclo?

Eu faço, lanço, recebo retorno, arrumo?

Se eu, desde o princípio, envolvo?

E vou com eles?

As redes sociais de produção de produtos, com desconto, direito aos primeiros protótipos, nomes de quem ajudou e, até, por que não, participação nos lucros, é uma tendência.

Como também é a abertura dos SACs e serviços de atendimento do consumidor para saber o que os outros dizem sobre o produto, um SAC 2.0.

Hoje, você reclama, mas não vê quem já reclamou sobre o mesmo assunto.

Não tem uma visão do todo.

Nos casos de governo, então, isso seria muito bom para a transparência.

É uma caixa preta que precisa ser aberta.

Não há gráfico, estatística.

A próxima etapa dos Sacs será justamente aceitar os pedidos e deixar que usuário veja a reclamação do outro usuário, tipo Amazon com os produtos dela.

Veja o desenho dos dois modelos abaixo:

A grande diferença é que no modelo de cima, o usuário não tem acesso à base de dados das críticas, não vê o que o outro reclamou, no de baixo, vê.

Isso pode ser aperfeiçoado com estatístiticas, gráficos, junção de tipo de crítica, filtro por faixa etária região, etc.

Por que não tudo aberto?

Veja mais sobre a revolta do consumo, aqui.

Que dizes?

Nós habitamos um mundo cultural, portanto, inventado – Ferreira Gullar – da minha coleção de frases.

No livro, “The Printint Revolution in Early Modern Europe“, Elizabeth Eisenstein lembra que, até hoje, ainda é impreciso, a influência e o impacto do livro impresso para nossa civilização.

Ela diz:

“Foi muito maior do que achamos!”

De fato, a meu ver, esta é uma pergunta básica para traçar o futuro da nossa civilização.

  • Qual o poder de influência de uma plataforma de conhecimento (do livro ou da Internet) nas nossas vidas?
  • Como a Internet, a plataforma da vez, mudará nossa cognição, nossa maneira de nos relacionarmos com o mundo?
  • E a forma como organizamos a sociedade e as empresas (públicas e privadas), por consequência?
  • E, portanto, que mundo será este?

Vamos conceituar algumas coisas para tentar dar uma pista e pensar sobre as empresas de hoje e seu futuro, um tema que tenho discutido em vários lugares.

Note que, ao contrário do que imaginamos, não nos relacionamos direto com as coisas, mas através de uma cápsula de conhecimento, como vemos na figura abaixo:

bolha_conhecimento

É falso acharmos que a realidade é o que achamos que ela é.

Há um filtro.

A realidade é sempre fruto da interação dos nosso filtros com as coisas, “lá fora”, em interação.

Passamos, assim, o filtro da linguagem, da cultura, da bolha de conhecimento pela qual interagimos com o mundo, a partir de nossos interesses, histórico, perfil, temperamento, momento de vida,  etc.

Este contato com o mundo, entretanto, além dessa bolha individual que cada um tem, há um conexão com as demais bolhas, formando uma rede integrada de atores,  para garantir nossa sobrevivência.

Sozinhos, isolados, não teríamos chegado aonde chegamos.

Assim, não tem sentido pensar em compreender a realidade de forma direta, sem esses dois filtros.

  • O individual, na bolha.
  • E o coletivo, na rede de conhecimento, um coletivo da bolha de cada um.

Um modelo seria este:

bolha_conhecimento2

Assim, mexer na rede de conhecimento é alterar basicamente tudo, inclusive, a nossa concepção individual do mundo. Muda-se, a médio e longo prazo, as percepções, menos a nossa essência básica, essa sempre imutável, que é apenas atualizada:

–> eu, minhas necessidades básicas, reprodução, etc…(o que podemos chamar da imutável natureza humana.)

O que se altera hoje claramente é filosoficamente a aceitação da bolha: a realidade não existe!

São várias!

E o conceito de que sempre nos organizamos em rede, mas não nos dávamos conta!

O que não estava claro – como meio dia na praia ensolarada – é que as redes sempre estiveram presentes na sociedade, mas nós não olhávamos para ela.

Eram mais lentas e imperceptíveis.

(Já falei sobre isso no post da montanha e do vulcão.)

Hoje, são visíveis, portanto…uma empresa, ou qualquer grupo social, é uma rede.

Mais ou menos hierarquizada.

E qualquer problema de gestão, portanto, antes de tudo, é um problema de rede mal  conceituado, gerido ou articulado.

Quanto mais digerido for o conceito de rede e melhorado para que elas funcionem a contento, melhor será a gestão de um determinado coletivo.

Não há redes, portanto, dentro uma empresa, mas  a própria empresa é um coletivo de redes.

Gestão, assim, sob esse ponto de vista, é um processo de tentar harmonizar as redes, individualmente, cada uma delas e todas entre si.

Enquanto essa ficha não cair, ficará difícil pensar o futuro, num mundo cada vez mais conectado – no qual a rede é totalmente visível.

(A teconologia da rede nos fez repensar o conceito.)

O que nos leva, por conseqüência, por dizer que a gestão de uma empresa é uma gestão de redes.

Não existe gestor de empresas, mas gestor de redes de trabalho, fruto do conhecimento humano.

E a ideia de “gestão de conhecimento” nada mais é, ou deveria ser, administrar melhor as redes internas de pessoas para produzirem melhor sem perda de  tempo por uma incapacidade da gestão atual de melhorar as redes existentes.

O papo é conceitual, mas básico para repensar o novo ciclo de gestão organizacional, que entra, querendo ou não, no ciclo das redes, filosoficamente e tecnologicamente.

Teremos, assim, engenheiros, analistas e profissionais tentando harmonizar as diferentes redes formadas pelas pessoas.

E a gestão, portanto, revisitada, agora,  sob o ponto de vista das redes.

Ou o que prefiro: “A gestão por redes”

Por aí, aliás, começam filosoficamente a gestão das novas empresas 2.0.

O resto é tecnologia ou uma visão de gestão que vai se mostrar inapta para conseguir lidar com mais e mais redes espontâneas.

É isso.

Concordas?

O importante não é ser estatal, ou privado, mas que em ambos os casos tenhamos empresas públicas – Betinho – da minha coleção de frases.

A frase acima é de memória, em algumas vezes que tive a felicidade de almoçar com Betinho, nos idos da década de 90, quando estava no projeto do Alternex, primeiro provedor de acesso à Internet, no Ibase.

(Tínhamos almoços coletivos de toda a equipe!)

Era uma visão distinta e bastante útil hoje em dia nos debates que se travam entre estado máximo e mínimo no país, (vide discussão do pré-sal).

A meu ver, o Brasil hoje vive um pêndulo nocivo.

  • Ora é estado máximo, com o PT.
  • Ora é estado mínimo, com o PSDB.

Mas, ao invés de aprimorar ambos os lados, estamos piorando, boicotando e herdando o pior dos dois!

O estado máximo exige uma série de ajustes das empresas públicas:

  • Critérios técnicos;
  • Meritocracia;
  • Controle do cidadão;
  • Transparência;
  • Não interferência política;
  • Eficiência de quem trabalha.

O Estado mínimo, vai na mesma direção:

  • Critérios técnicos;
  • Meritocracia;
  • Controle do cidadão e agência reguladoras;
  • Transparência;
  • Não interferência política;
  • Competição;
  • Não cartelização ou monopolização do mercado.

Peguemos o exemplo do pedágio.

A Carta Capital neste fim de semana fala do “Negócio da China”, um resumo pode ser visto aqui.

A liderança do PT na Assembléia paulista afirma que as 12 concessionárias que operam em São Paulo tiveram nos últimos 10 anos (98/08) um crescimento nos lucros de mil por cento.

Analisemos o caso:

  • É papel do estado preservar a estrada – estado máximo que, por mil razões, não funciona a contento;
  • É implantado o pedágio – conceito do estado mínimo que exige fiscalização constante e agências reguladoras, que defendam o interesse público;
  • O pedágio não é controlado de forma adequada pelas agências reguladoras – estado mínimo sem fiscalização, partindo do princípio que a denúncia procede;

Resumo da ópera.

O consumidor paga o pedágio para ter estrada e paga o imposto para ter estrada.

E paga imposto cada vez mais caro e o pedágio cada vez mais caro!!!

Nenhum dos dois partidos sugere trocar o recibo do pedágio pago por menos imposto, que seria a relação entre a falência do estado máximo e a contra-partida pública do estado mínimo!!!

É uma contradição de ambos os lados!

É preciso, como teremos esse pêndulo daqui por diante, fazer com que quando tivermos o estado máximo, lutar para que todas as garantias de que ele seja mais eficiente possível e vice versa.

A discussão vale também para a atual discussão do pré-sal.

Se o modelo proposto pelo Governo é do Estado Máximo, é preciso uma série de garantias constitucinais de aperfeiçoamento do Estado para que ele funcione a contentom, pois é radical achar que em “estado puro” e sem controle e aperfeiçoamentos ambos vão defender o interesse público.

Portanto, não existe a lógica simples, como ambos os lados querem vender:

  • Nem tudo que é estatal é necessariamente público.
  • E nem tudo que é privado, necessariamente não pode ser e funcionar dentro do interesse público!

(O modelo da telefonia, que ninguém hoje quer estatizar, demonstra isso. Mas diversos ajustes precisavam ser feitos e não são: tarifas altas, falta de maior presença das agências, etc..)

Depende de como se implanta, um ou outro, conforme cada caso, através do modelo adotado e do acompanhamento contínuo e aperfeiçoamento constante.

Como cada lado, quando está na situação ou na oposição quer boicotar o modelo do outro, o consumidor fica no meio pagando o prejuízo dos dois lados!

Por fim,  quatro itens  para fechar:

1- estado máximo e mínimo são ferramentas de gestão e não podem ser ideologias fechadas. É o mesmo debate entre software privado ou público.

Depende do caso, da aplicação, da circunstância. O interesse final é a defesa do que é melhor para o cidadão, que paga por um ou por outro e deve receber o melhor serviço, pelo melhor preço;

Quando metodologia e tecnologia viram ideologias, temos um sério problema, pois o interesse do que é melhor para o usuário, ficará sempre em segundo plano!

2- Assim, tanto um como o outro, podem funcionar melhor aqui e ali, mas desde que com todas as prerrogativas que façam o contra-ponto, ambos em estado puro, tendem a não funcionar direito;

3- por fim, é bom termos em mente, que a política é a arte de esconder os interesses dos grupos que me apóiam e, através, de discursos genéricos nas quais a sociedade adere por circunstâncias. O PT, com base no corporativismo estatal. E o PSDB, no privado têm, ambos, interesses específicos no estado máximo ou mínimo;

4- ou seja, precisam sair da briga pequena em torno do próprio umbigo, seja na oposição, seja na situação, tentando procurar sempre ampliar, mais do que em palavras, as suas ações, através de políticas mais amplas, do interesse do cidadão comum: que como marisco tem  pago caro, por incompetência e negligência de ambos os lados, herdando, na maioria dos casos, o pior dos dois modelos.

É isso, o que dizes?

Acho que o artigo abaixo explora bem esta discussão, criticando governo e oposição:

Folha - 30/09

Folha - 30/09

Temos que manter a tecla F5 eternamente pressionada – Ana Cristina Fiedler – da minha coleção de frases;

Ontem saí por aí sem camisa listrada, mas com a Revista Info do mês debaixo do braço.

info

(A Revista está mudando o conteúdo. Saindo de uma cobertura Nerd para algo mais amplo. E nessa procura, tem me achado mais. Foi a melhor edição, desde que compro a revista. Felicito à equipe e recomendo para os meus 12 leitores.)

Mas, quando cheguei em casa, folheando várias novidades trazidas pela Revista, principalmente sobre o Twitter, caiu uma ficha de uma ideia que venho desenvolvendo sobre as nossas necessidades de atualização mental.

E acho que ao nos relacionarmos com o mundo, hoje, tecnológico, lidamos com quatro diferentes patamares de atualização.

atualiacao_moderna

  • Da forma: do que temos que nos adaptar para poder usar determinados suportes. O Twitter é um bom exemplo, ao se tentar resumir tudo em 140 caracteres tem que se inventar novas maneiras de dizer as coisas. Ou mesmo no blog, quando se tem que fazer parágrafos curtos e dialogar com fotos e links, você tem que procurar novas formas de expressão;
  • De conteúdo: dos temas das nossas áreas de interesse, aquilo que sai por aí, sejam dado novos ou informações trabalhadas, pontos de vistas distintos sobre assuntos já vistos;
  • De plataforma: o suporte pelo qual chegamos, filtramos, melhorarmos, nos atualizamos, acompanhar as novas versões, ferramentas, detalhes que podem fazer nossa vida informacional mais fácil e eficaz;

(A Info, por exemplo, tem várias dicas sobre novas ferramentas para melhorar o uso do Twitter);

  • De conceito: de como vamos lidar com tudo isso, a parte da sabedoria, do auto-conhecimento que envolve nossa ética, filosofia, visão espiritual do mundo, nos leva também e muito ao estudo histórico, à origem, ou melhor, a aproximação maior sobre como funciona a natureza das coisas.

O interessante que hoje em dia nos concentramos bastante nos três primeiros, quando o quarto define de maneira melhor a forma pela qual veremos  todos os outros três.

Ou seja, quanto mais conceitos tivermos, mais fácil será colocar a forma, o conteúdo e a plataforma em seus devidos lugares e nem tão vice-versa, assim.

Tenho amadurecido que quanto mais os três primeiros se alteram em velocidade, para juntar lé com cré, saber o que é relevante e como vamos nos posicionar, mexer, decidir, mais precisamos rever conceitos, reafirmar posições, aprofundar filosofias.

E, para esse nosso mundo, que não para, é precis crar espaço para esse pano de fundo.

Estar atualizado significa um equilíbrio permanente nestas quatro dimensões.

E, a meu ver, apostando cada vez mais nos conceitos para facilitar o resto.

Assim, hoje, aos meus alunos recomendo mais mestrado e doutorado do que MBAs.

Mais teoria, mais ética, mais auto-conhecimento, mais história, mais poesia, mais filosofia para enfrentar o mutante e, cada vez mais veloz e abudante mundo prático e tecnológico, de telas e mais telas, no qual o humano, pode se perder rapidinho.

É isso, o que dizes?

Não existe nada mais privado do que uma comunidade estatal que percebe os excluídos como uma ameaça, e se preocupe em mantê-los à devida distância – Slavo Zizek da minha coleção de frases.

Digo logo, não sou entendido da Indústria de Energia, nem quero privatizar a Petrobras e nem estou financiado pela Esso.

Porém, não tenho gostado da maneira da condução da discussão do Pré-Sal, que afeta nosso futuro e de nossos filhos.

A bandeira do “Petróleo é nosso!“, a meu ver, é falsa.

1- o óleo do pré-sal, por enquanto, não é de ninguém, está a 7 km da superfície do mar, só será de alguém se forem lá tirar;

2- o que tem que se discutir, então, qual o melhor modelo para que possamos: melhorar nossa economia, aumentar a distribuição de renda, através do dinheiro arrecado com o petróleo extraído, quando sair de lá;

No fundo, o que se discute é:

“Quanto é e para onde vai o dinheiro que for levantado com as reservas do pré-sal?”

3- as propostas atuais do Governos estão na contra-mão do que vejo no mundo, na Internet, no sentido da descentralização: a Petrobras retoma o monopólio, cria-se uma fiscalizadora centralizada (a PetroSal) e um Fundo Social, administrado pelo Governo, que continua cobrando o mesmo imposto do cidadão;

(Eles sabem o que fazer com o meu/nosso dinheiro?)

4- Pior: se você for contrário, tiver uma ideia diferente, a tudo isso, não é brasileiro e está se vendendo!

(Notem que o mais radical republicano, que anda com a bandeira dos EUA na cueca, ao defender um estado menor nunca é chamado de vendedor da pátria. É uma maneira de pensar em formas de produção ou de quanto mais o pais pode tirar e mais rápido de um negócio e para quem vai o dinheiro. Não, não sou republicano);

5- acredito que devemos aliar a discussão do pré-sal a descentralização do estado e aumento de poder de decisão do cidadão. Assim, vejo com bons olhos várias Petrobras brasileiras, com capital misto, competindo entre si, e desenvolvendo tecnologias cada vez melhores para tirar o óleo para valer, inclusive, com gente que hoje está na Petrobras, diminuindo o tamanho daquela Estatal e pulverizando a tecnologia para mais inovadores;

6- o dinheiro arrecado, ao invés de fundo, servirá, por lei,  para reduzir impostos. Quanto mais pré-sal, menos impostos nós vamos pagar. Isso sim, é dizer que o dinheiro do petróleo será realmente nosso!

7- Assim, não concordo nem com o governo, nem com a oposição. É preciso pensar um novo modelo. Nem o de antes – o da ditadura-  nem o atual, do FHC,  mas um novo que garanta descentralização em todos os setores de produção, com várias empresas público/privadas, e não uma só, visando criar um país 2.0, que tenha como meta a descentralização de poder, empoderamento do cidadão e distribuição de renda sustentável, com cada um decidindo o seu destino, sem a tutela ou a dependência do Estado ou de uma empresa única que ficará responsável pelo nosso destino.

Um pré-sal 2.0 abre esse caminho!

As duas propostas que vejo na mesa, infelizmente, não.

Que dizes?

O Brasil já tem uma população bastante criativa. Basta ao governo deixar os brasilieiros serem quem eles são – Bruce Mau- da minha coleção de frases.

Matéria hoje no Valor de José Eli da Veiga:

Ele defende, no Valor de hoje no artigo Será que a ficha começa a cair?.

Hoje, essas mesmas elites que conseguiram evitar a distribuição da riqueza e abertura de acesso à educação mostram-se cegas para a importância estratégica do único trunfo que poderá virar a mesa no Século XXI. O trevo CT&I: Ciência, Tecnologia e Inovação. Basta prestar atenção à disputa que estão travando sobre a exploração dessa incógnita chamada pré-sal. Se estivessem de olho no futuro, aquilo que está sendo eufemisticamente chamado de “receita” da exploração petrolífera deveria ser integralmente investido na construção de um sistema de CT&I capaz de preparar a sociedade para os dois maiores desafios deste século: a transição ao baixo carbono e a nova etapa da globalização marcada pela ressurreição chinesa. Em vez disso, se apressam em retalhar as prováveis rendas desse escasso recurso natural para atender interesses que nem de longe poderiam colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento. E desenvolvimento que agora não pode mais deixar de ser ambientalmente sustentável.

Para ilustrar o tema eis uns dados publicados no Valor Inovação:

“O peso socioeconômico da inovação será cada vez mais forte como solução para os dilemas da humanidade”, afirma Olívio Ávila, da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei). “Apesar do atraso brasileiro, nunca se falou tanto em inovação como hoje no país”, diz. Mas faz uma ressalva: “É preciso ir além do modismo, pois a questão é de sobrevivência”. Ele diz que 80% do faturamento anual das empresas com perfil de inovação provêm de produtos desenvolvidos nos últimos dois anos. “Existe uma relação direta entre investimento em P&D e lucro”, assegura Tales Andreassi, autor de tese de doutorado sobre o tema na Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Vejam a situação brasileira na tabela publicada no Valor, com dados do OECD 2008:

primeiro computador 001

Que dizes?

Ontem, foi o lance do BlogDay 2009!

(Chupando a entrada do blog do Cris.)

Blog Day é o dia dedicado ao conhecimento de novos blogs, de outros países ou áreas de interesse. Funciona assim: cada blogueiro divulga no seu post uma lista de cinco outros blogs de que mais gosta e ajuda a disseminar mais conhecimento pela blogosfera. O dia 31/08 foi escolhido por causa da similaridade com a palavra “blog”, que pode ser escrita com os números “3,1,0 e 8″.

Blog Day 2009

BlogDay é uma ótima oportunidade para cada um de nós avaliar o que tem lido recentemente e quão relevantes estão os posts que a gente tem lido.

No fundo é o #FF anual do que está acontecendo no Twitter toda sexta-feira, quando você agradece quem te foi útil durante a semana.

Bom, farei uma lista aqui real e honesta:

JORNALISMO & INTERNET – BLOG DO GJOL– sempre tem boas dicas, acompanho-os pelo Google Reader e é uma ótima fonte de novidades, muito ligados nas coisas. Complementa bastante. É um blog ativo!

Tudo 2.0 – o Zé Paulo fez o curso comigo na Eletrobras e resolveu criar o blog. Foi uma grata surpresa, não só pelas novidades, mas pelo ponto de vista. Digamos que é um aluno que me orgulha, mas fora o papo de ego, recomendo fortemente o blog dele para sua lista de RSS;

LULI RADFAHRER – o blog dele está meio parado, mas pelo que já li e vi é uma pessoa fora da curva, ótimo para mexer com as pessoas. Às vezes, mais performático do que gostaria, mas sugiro dar uma olhada se não no presente, mas no acervo;

Avoantes perdidos – o blog do Aldo Barreto sempre esteve a frente do seu tempo como professor da Ciência da Informação, usando recurso da rede de forma inovadora, apesar de ser um dos únicos da sua geração (batendo 70) que  está lá no blog, no Twitter. Isso é um exemplo a ser seguido. Reflexões sobre informação, conhecimento, etc…É um dos alicerces da minha tese. Recomendo conhecer coisas do blog e textos gerais, inclusive a revista que ele edita Datagramazero;

Meme de carbono –  O Roney é uma pessoa especial. Ele nas suas indicações disse que não queria indicar conhecidos, não concordo. Conhecido, ou não, o que vale é a informação. Acredito que é uma referência para a reflexão sobre a rede. Seria o contra-ponto ao Aldo, gente nova chegando e aberta para pensar o futuro. Meio entusiasmado demais com a rede, mas isso o tempo arruma. 😉

É isso taí a minha lista.

Ano que vem repito.

Grato ao Cris pela dica.

A sinceridade não é dizer tudo que se pensa, mas crer em tudo que se dizTito Lívio – da minha coleção de frases.

Não é de hoje que a dificuldade de diálogo, que as novas ferramentas colaborativas da Web possibilitam, têm criado problemas…

A dificuldade ficou mais do que evidente no caso da apresentadora Xuxa Meneghel na semana passada.

Ela postou, a filha dela postou, o pessoal criticou, brincou (nem sei se de forma ofensiva, ou não.)

E ela ameaçou sair, saiu, voltou com outro perfil….

xuxa

Vejo essa dificuldade de diálogo em gente da mídia, famosos, celebridades.

E, pasmem, inclusive, em pessoas que se acham famosos.

O cara, às vezes passa dos mil seguidores (ou até dos 10, que não é questão numérica), e já não sai sem caneta na rua, pois alguém pode vir querer pedir autógrafo. 😉

Já não comenta mais os comentários no seu próprio blog.

Vão conversando aí, perdendo tempo, que eu fico aqui pensando para vocês comentarem…tsc, tsc…

Começa a não seguir mais ninguém.

E vem com aquele clássico:

“Oi gente, hoje acordei bem disposto”.

É mesmo? 🙂

Unfollow-se!

São o que podemos chamar de Twitteiros e blogueiros surdos.

Isso nos faz refletir sobre três coisas.

  • 1- o diálogo é a base do mundo que estamos entrando agora;
  • 2- o diálogo exige abertura e esforço, em alguns momentos pessoal, mas na maioria dos casos, em quem tem presença nacional, antes da mída colaborativa, ou mesmo depois dela, de algo profissional;
  • 3- por fim, quem realmente conversa, não pode sair incólume do diálogo, muda-se junto com as pessoas com quem conversamos, aprende-se com elas, exige-se sinceridade! É preciso uma abertura para querer se aprimorar, se não, é apenas manipulação, monólogo fake. “Eu finjo que te escuto, vai falando aí..“o que não justifica um espaço com0 esse.

Quer ter blog, twitter?

Tem que querer melhorar se aprimorar no diálogo que vai acontecer, com as pessoas disposta a conversar.

Deixa os pichadores de lado, esses sempre estarão aí…

Ignore-os!

Esse é o preço do mundo moderno.

Aliás, um dos objetivos da Internet é criar um ambiente em que a mentira ficou com a perna ainda menor.

Somos 7 bilhões de pessoas que não querem, ou não podem, ficar perdendo tempo com vacilos.

É algo como dizia Ben Jor:

Se malandro soubesse como é bom ser honesto; seria honesto só por malandragem – Jorge Ben Jor, da minha coleção de frases.

Melhore e vamos adiante!

É uma das vantagens do diálogo aberto, aproveite isso!

É fato!

Se não quer conversar, ou não sabe por onde a banda toca, não cria blog, nem Twitter, continua na assessoria de imprensa, no silêncio da mídia unidirecional.

Não chama rã de sapo.

Nem cachorro de cão.

Quem tem, como a Xuxa, 100 mil seguidores num perfil.

Fecha esse e já tem 20 mil no outro, precisa de apoio profissional.

Xinto muitxo.. 😉

Não dá para administrar algo desse porte e com a repercussão que isso vai ter, de forma amadora.

E achar que isso não terá consequências…

Vocês dirão, mas isso vai perder a esponteidade?

De certa forma vai, mas é o preço de pessoas com esse tamanho de perfil.

Vejam que os muitos colunistas da mídia usam seus blogs, como uma extensão da sua coluna.

Com tantos comentários e a falta de tempo, aquilo lá serve para quem comenta.

É um erro.

É uma arrogância, um descaso.

Mas dirão e a falta de tempo?

Os jornais estão caminhando para ser grandes coletivos de blogs.

Cada vez mais será mais importante o colunista, o analista, o cenarista…

(Veja mais sobre isso aqui.)

E cada vez menos o fato em si, pois este está na rede aos milhares.

O que é preciso é juntar lé com cré.

O diálogo nestes blogs precisam ser profissionalizados.

Comentário, saibam, é notícia.

E, antes de tudo, respeito com seu público!

É pesquisa, é tendência, interessa, mas a ficha caiu para quantos?

A Xuxa, por exemplo, poderia, enquanto marca, empresa, usar sua rede para pensar em novos produtos.

Desde que de forma aberta e clara, por que não?

Evoluir com…

Prevejo, se já não rola por aí, equipes profissionais para gerenciar e ajudar, suportar, a comunidade de cada celebridade, através do Twitter e blogs.

É uma nova profissão que vai bombar!

“Esse aqui, prazer, é meu personal Twitteiro”.

Com licença, esse aqui é meu personal blogueiro.

Ah tá, prazer…;)”

Esta semana, aliás, nosso presidente inaugura o blog dele, fechado para comentários.

Se é uma presença na Web, sem comentários, não é blog.

É um site 1.0 fantasiado de blog.

Não me incomodo se assim for chamado, mas não vamos, então, enganar a massa.

O blog é um conceito que tem como estrutura básico, os comentários, e, por sua vez, o diálogo.

Assim, como todas as redes sociais.

Querer fingir que não é isso, é não olhar para a realidade.

Infelizmente, não estamos preparados para conversar.

Muitos querem ser estrelas que brilham no alto, inalcancáveis…

Vamos aproveitar a nova mídia para exercer o diálogo verdadeiro.

Vocês dirão..papo cristão?

Não, é uma exigência do mundo moderno.

Outras formas de mentira virão, com certeza, mas algumas já não colam mais.

A rede não deixa.

O cavalo é mais alto!

E o tombo, idem!

Ou seja, não adianta vir mentir ou ser estrela na mídia 1.0, na 2.0.

E quando, alguém aqui da terra, humilde, coloca uma escada colaborativa…

…o que brilha, ou acha que brilha, reclama!

E você o que dizes?

Vou ver se vou ler o que você comentar…:)

Todo poder emana do povo e em nome dele será exercido – filosofia da Revolução Francesa – da minha coleção de frases.

Ontem, assisti a uma sessão histórica do STF.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=TWJVbDkts_k]

Meus filhos até me mandaram sair da sala, pois o latim-advoguês  estava muito chato para eles.

Do quarto, presenciei, pela primeira vez, uma sessão completa da casa.

Santa TV Justiça!

Apreendi e aprendi que:

1- o presidente da CEF retirou um extrato de um caseiro, que acusava um Ministro do Estado, no início de uma  noite há tempos atrás;

2- e entregou, via intermediário, o original para o então Ministro Palloci, na casa dele, às 23 horas;

3- no dia seguinte, o extrato saiu no blog da Revista Época.

Simples assim, fatos e mais fatos comprovam.

Ninguém disse que Palloci não recebeu o extrato às 23 horas.

Nem a defesa dele!

Mas apenas que não foi ele que mandou pegá-lo ou divulgou na revista.

Apesar, entretanto,  de todos os fatos que o ligavam os que assumiram claramente a quebra de sigilo do caseiro, com tudo isso, com essa invasão do Estado na vida de um cidadão, mesmo assim, cinco  juízes disseram que o projeto contra Palloci deveria ser arquivado, simplemente assim.

Não deveria ir adiante, por falta de provas!!!

Francenildo, o caseiro, estava lá olhando tudo aquilo com cara de brasileiro desamparado, dentro daquele prédio lindo, caro, com juízes de toga, sentados naquelas confortáveis cadeiras de cor mostarda.

stf2

Veja bem, não se julgava o mérito, mas apenas se as suspeitas eram suficientes para dar continuidade ao processo contra um Deputado Federal.

Ele recebeu o extrato do caseiro, sim, indiscutível.

“Mas ele não pediu para pegá-lo ou divulgá-lo”.

Essa é a moral que os juízes consideraram moral.

Imagina quantos meses o Ministério Publico em kilos e mais kilos de papel levou para mostrar que houve envolvimento de Palloci no caso?

Pois bem, hoje eu entrei no site do STF para pegar os vídeos e os votos, pois acho que são históricos, deveriam circular na rede e ser analisados por turmas de futuros advogados para entender.

Me decepcionei, tem um resumo frio, xoxo, sem os links para os votos, para tudo que aconteceu, como se aquilo tudo não fosse relevante para quem sustenta aquela casa.

Será que vão colocar?

Vejam lá:

stf

Ontem, reafirmei a convicção que:

  • Uma coisa é a justiça, outra é a lei.
  • E ainda que uma coisa é a lei e outra bem diferente é a interpretação da mesma, conforme a cabeça e o interesse do juiz.

Deveríamos passar o vídeo e repetir o voto de cada um para aprendermos como se consegue transformar um elefante em um macaco, ou vive versa.

Nada disso está disponível, como não estava o discurso outro dia que ouvi de um Senador, que disse o seguinte na Tv Senado:

Me digam qual é a ética que os nobres senadores querem praticar aqui, que eu me encaixo!

Procurei também o arquivos para divulgar tal absurdo, pois sempre aprendi em casa que ética é uma só e não uma pipa que voa, conforme o vento e a qualidade ou tamanho da rabiola.

Pois bem, para mudar é preciso abrir a caixa preta.

E a Internet é a mãe de todas as caixas pretas que se abrem.

Não é à toa que um dos eixos dos novos Partidos Piratas é a transparência do Estado na rede.

Além de colocar na tevê, devem abrir os arquivos para circularem na rede, serem baixados para os interessados.

A transparência é o primeiro passo para a mudança.

Pois a ideia do presidente da república indicar os Ministros do Supremo me soou tão absurda no dia de ontem.

Na hora H, dá nisso!

Vota-se não olhando para os fatos, mas para os patos!

Que tal uma associação – com força principalmente nos aposentados, que têm mais tempo – que possa monitorar as Tevês públicas, senado, câmara e justiça e colocar os absurdos no Youtube? Mais uma forma de pressionar para que aquelas casas passem a ter essa prática?

Me digam.

Personal Ibope

Somos o que fazemos, mas somos principalmente o que fazemos para mudar o que somos – Eduardo Galeano – da minha coleção de frases.

Ontem, escrevi que somos todos um pouco Rede Globos.

Blogamos (no nosso jornal), Twittamos (na nossa Agência de Notícias), Gengibramos (no nosso Rádio) e Youtubamos (na nossa Tevê).

Temos os mesmos recursos que qualquer rede de comunicação.

A única diferença é a audiência.

E ai vem uma questão interessante.

O computador, antes da Web,  trouxe um ambiente, no qual criou entre mim e a informação um meio gravável.

Quando leio um livro, ninguém sabe o que pulei, o que li, o que marquei.

Aqui não.

É como se tivêssemos uma webcam na cabeça e um HD nos dedos.

Vai tudo ficando ai pelo mundo…

E isso se expandiu na rede.

Assim, meu rastro cognitivo passa a me acompanhar, como uma sombra gravada.

Mais: eu passo de consumidor da informação a também agente desta.

E, a partir daí, passo a ter – sem querer ou optar – meu próprio Ibope, pois se há emissão de mensagens também, começo a ter uma importância ou uma desimportância para o mundo cada vez mais informacional-visível.

Fulano tem uma rede que “vale” mais do que a rede de fulano.

O ser humano por natureza coloca, para sobreviver, critérios de valor em tudo.

(Não quero dizer que isso é moral ou imoral, mas precisamos disso para tomar decisões. Que cursos você fez, onde estudou, como reage a determinadas situações? Não é isso que se pergunta ao se entrar no emprego? Agora, você já respondeu tudo, sem saber, na rede.)

Nesse novo mundo, para o qual estamos colocando apenas ainda um pézinho, os rastros digitais mudarão a nossa maneira de pensar a existência, pois agora mais e mais meu futuro dependerá disso, muito mais do que meu currículo, o que digo, o que imagino que sou.

Para o bem e para o mal, você estará por ai recuperável.

O Twitter é o laboratório mais perto desse futuro ainda se formando.

Destacam muito os seus 140 caractereres (que representa a velocidade e o enxugamento necessário da mensagem) como a novidade.

É, não deixa de ser.

Mas a grande inovação, a meu ver, é a sua possibilidade de flexibilizar as redes de quem segue e é seguido.

Essa ideia se consolidou nas redes sociais, tipo Orkut, mas agora ficou muito mais dinâmico.

Ali, é quase uma bolsa de valores de açõe informacionais, de relacionamento.

Diga-me quem é sua rede, que te direi quem és.

Quando começarem a traçar este perfil de forma mais matemática, ficará muito mais claro quem é quem.

O potencial de cada um.

E qual é a sua no mundo.

Uma cartomante digital algorítimica.

Você “vale”, ou melhor, você é e será, pela sua capacidade e opção de montar a sua rede.

(Haverá problemas de privacidade – por isso estão lançando os partidos piratas, mas, por outro lado, haverá mais meritocracia e menos taxa de erro na hora de ser escolhido para algumas tarefas.)

E não falo da rede numérica.

Mas desta aliada com a qualitativa, logo teremos ferramentas mais apuradas para medir isso, se é que não existem e eu não sei.

Vejamos.

“A” tem 3 seguidores e “B” tem 3 também.

Mas seguidores de “A”, cada um tem 100 seguidores.

E os de “B” tem cada um 10.

Numa matemática de botequim, posso dizer que a rede de “A” de um ponto de vista tem mais poder de diapasão do que a rede de “B”.

Ou seja, um dado é quantos seguidores você tem.

O outro é quantos seguidores tem sua rede de seguidores.

Não se pode comparar uma a outra sem levar em conta isso.

E há a temática.

Se os dois se aprofundam no mesmo tema, pode ser que os três de um, apesar de numericamente não ter os mesmos seguidores, podem estar com as pessoas mais importantes daquele meio, mas usam aquele ambiente de forma discreta, por exemplo.

Pode apostar: isso vale muito dinheiro e será padrão nas ferramentas informacionais e comunicacionais que vão surgir pós-Twitter.

Ou seja, em resumo:

  • As possibilidades de se traçar esse “Personal Ibope” é infinita, pois entra o tempo todo, quem segue e é seguido: você acompanha e é acompanhado;
  • Quer se saber como é você dando e como é recebendo;
  • O Twitter, mais do que uma ferramenta ágil de comunicação, traz com ele, uma bolsa de valores pessoais, nos quais cada cidadão é uma rede de comunicação, que se alarga ou diminui conforme suas ações online, já era assim antes nas cavernas, mas agora  computador digitalizou e a rede conectou;
  • E sua maneira de viver a rede informações, se tangibiliza, assim sem você querer, fica ali tudo se mexendo e espelhando nosso atuar no mundo digital;
  • Por fim,  nosso jeito de ser e estar no mundo, cada vez mais na frente de uma telinha. É um movimento de seguidores do Orkut, de mão dupla, totalmente ágil e se relacionando não só apenas com nossos amigos, mas também com nossa audiência oculta, pelo que valemos em termos informacionais.

O assunto vai longe, mas vou ficar por aqui.

Repito, vejo pontos positivos e negativos em tudo isso, mas, como dizia Toquinho, “a vida sempre tem razão“.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=bK1kgWp65IA]

Tem dias que eu fico pensando na vida
E sinceramente não vejo saída.
Como é, por exemplo, que dá pra entender:
A gente mal nasce, começa a morrer.

Depois da chegada vem sempre a partida,
Porque não há nada sem separação.
Sei lá, sei lá, a vida é uma grande ilusão.
Sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão.

A gente nem sabe que males se apronta.
Fazendo de conta, fingindo esquecer
Que nada renasce antes que se acabe,
E o sol que desponta tem que anoitecer.

De nada adianta ficar-se de fora.
A hora do sim é o descuido do não.
Sei lá, sei lá, só sei que é preciso paixão.
Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.

Que dizes?

As pessoas querem pagar por aquilo que é relevante, exclusivo e economiza tempo – Chris Anderson – da minha coleção de frases.

Saiu hoje no Valor (link protegido por senha)  a dificuldade das empresas aéreas em colocar a Internet como serviço de bordo.

internet_aviao

Quando não cobram, todo mundo vai.

Quando cobram 1 dólar, ninguém quer.

Estranho, né?

Pois no livro “Free”, do Chris Anderson, que ainda ando lendo…e já comentei em vários lugares no blog tem um conceito curioso: o custo cognitivo, a partir do Nobel de Economia Ronald Coase.

Segundo o autor, somos todos preguiçosos e não queremos ficar pensando muito para saber se algo vale centavos.

“A energia mental de decidir se a coisa toda vale $ 0,10 ou se cada ideia indivudual vale $ 0,01 não se paga”.

Ele diz, assim, que a ideia dos micropagamentos não se realizam por causa disso:

” É o pior dos mundos: o encargo mental de um preço maior sem um lucro correrspondente”.

Ou seja, quando compramos algo gastamos neurônios e dinheiro.

Tem que valer a pena para se entrar na transação, mesmo que seja para pagar 1 centavo!

O grátis elimina este custo cognitivo.

E a pessoa vende para alguém algo, embutindo o preço do que é dado de graça, eliminando o custo cognitivo.

Modelos como a tv aberta e o rádio estão nessa linha.

É isso.

Que dizes?

A verdade que é revolucionária não é a ilusão; temos que ver as coisas como elas são – Ferreira Gullar – da minha coleção de frases.

Já estou a um tempo para comentar a pesquisa que disse que 40% do que se posta no Twitter é besteira.

Comentei lá no blog da Raquel Recuero e agora aprofundo.

Existem alguns erros conceituais sérios naquela abordagem.

O Twitter não é um canal de tevê, ou um conjunto de canais de tevê.

Um canal da mídia tradicional é algo fíxo, com programação, com audiência mais ou menos regular, que é possivel, mesmo com problemas de recepção,  de ser aferido.

É um, fechado, para muitos sem alternativa.

Mensagem A –> público B = Reações.

Aferir ali é:

  • Analisar o conteúdo do canal e saber exatamente o que ele se propõe;
  • E saber, posteriormente, como a mensagem chegou ao público que o assiste.

Este modelo de aferição funciona razoavelmente bem para uma rede unidirecional.

São anos de experiência.

Para a Web e suas ferramentas, esse modelo não serve.

Aqui, temos uma  rede multidirecional, na qual o usuário tem liberdade total de ação.

De cada perfil, de cada uso.

Quanto mais gente usar, mais webs vão haver, pois ao mesmo tempo que o usuário é platéia é palco também.

Todos somos micro Rede Globos, ligando e desligando canais.

Entrando e saindo do ar para o nosso micro público!

Ou seja, quanto mais usuários entram no Twitter, mais Twitters vão haver.

Diferente da TV Globo, pois lá quanto mais gente usar, só vai haver uma TV Globo!

O mesmo é válido para todas as outras ferramentas da Web multidirecionais.

Em resumo: devido a seu alcance e dimensão, depende de cada usuário.

Isso vale para tudo, desde o uso do browser, do e-mail, do MSN e, agora, do Twitter.

Não existe, assim, um Twitter, mas cada Twitter de cada pessoa, com a sua rede de quem segue e é seguido.

Não existe o canal, nem os registros do canal,  mas as pessoas.

Duvido que tenha alguém igual em termos de seguidos e seguidores.

Já pensou nisso, cada um vê um “programa” diferente, todos no mesmo lugar?

Se querem fazer algo, pergunte para as pessoas como elas usam, como estão se sentindo.

E tem que perguntar: como você recebe e como você dá.

Quantos você segue e quantos te seguem.

E qual a relação entre tudo isso.

É um tipo de Ibope 2.0.

Não dá para analisar a coisa avaliando os registros, pois o registro isolado não permite ver a riqueza da rede!

É usar um caminhão para cortar rosas no jardim!

Ou seja, se eu crio uma malha de seguidos e seguidores para jogar abobrinha fora, ou de trabalho, ou seja lá o que for, é uma opção minha, a partir das minhas necessidades para me manter em equilíbrio, ou em desequilíbrio saúdavel, como acho que acaba funcionando. 🙂

Assim, como é possível definir uma ferramenta que não existe em si, mas depende basicamente do uso que cada um faz dela?

No fundo o erro conceitual dessa pesquisa e de várias outra na Web, é justamente uma visão equivocada ampla, geral e irrestrita de que o que importa agora é a força da rede, não do que se produz nela, que é extremamente dinâmico.

Antes, era possivel, ou tentava-se com menos taxa de erro, analisar fenômenos informacionais a partir dos registros, pois eles vinha de uma fonte só. Hoje, são tão vastos, mudam tanto, que é preciso acompanhar as pessoas.

Isso nos leva para uma viagem sideral conceitual, que deixo para depois, pois o post já ficou grande demais.:)

;

(Mais avaliações minhas sobre Twitter aqui.)

Que dizes?

O povo é conservador por natureza.

Quanto mais excluído, mais a pessoas se agarram à sobrevivência.

(Ver pirâmide de Maslow.)

O excluído faz revolta, adere a líderes populistas, mas não faz revolução, ou cria novos conceitos de sociedade.

Há sempre uma vanguarda que toma a frente, cria a ponte entre a situação “A” para a “C”, aponta o caminho “B” e o divulga através de uma mídia “Y”, tendo em torno das ideias alguns líderes carismáticos “Zs”.

Isso vale para a política, para a inovação nas empresas, para a vida de maneira geral.

É fato:

Não existe vanguarda sem povo, nem povo sem vanguarda!

Isso não é o que muitos gostariam, mas é o que a história demonstra.

(Caso não concorde, apresente um exemplo diferente!)

O Governo Lula e o PT são frutos de um movimento intenso de vanguarda, iniciado na década de 80, que envolveu uma enorme geração de pensadores e militantes em torno de algumas bandeiras:

  • de governos de baixo para cima;
  • de independência a movimentos socialistas internacionais, (leia-se partidão e URSS);
  • de ética na política;
  • de distribuição de renda;
  • empoderamento do cidadão.

Já são quase 30 anos de construção que para a qual, aliás,  muitos morreram (Chico Mendes) e outros tantos emprestaram longos anos da vida em reuniões para colocar o Lula lá.

Chico Mentes, do PT, Morto em 22/12/88 - por defender o meio ambiente na Amazônia.

Após a chegada ao poder, em nome de uma governabilidade, ou de um projeto político de poder, um belo dia, que considero a guinada do PT e do Lula, ele declarou:

” O voto da classe média é caro! É melhor se dedicar ao voto dos mais pobres!”.

A partir daí, o Governo traçou uma nova estratégia de marketing, apostando muito na desinformação.

Saiu da conversa de “tv a cabo” e optou pelo discurso da “tv aberta”.

Muitos discursos diretamente para a massa, programas de rádio, coluna do presidente, mas nenhuma coletiva de imprensa, debate na televisão, discussão de projetos.

Tem dado certo: o  projeto de poder do Governo, em torno de um homem, e o (des) projeto de país.

Não há reforma, conteúdo, apenas forma..

Longe de mim avaliar o atual Governo como algo só ruim, pois não existe governo só ruim.

Muitos projetos isolados funcionam, até por que muita gente boa do PT esta lá, idealistas e abnegados.

É válida e necessária a ideia de priorizar um setor excluído e abandonado fortemente nos últimos séculos.

Certamente, algum  retorno vai aparecer mais adiante, pois pouco a pouco mais e mais gente poderá se informar melhor e tomar suas próprias decisões.

O que se questiona não é o que, mas justamente o como se prioriza, com que objetivo e com que perspectiva.

O problema para o país é que o segmento que Lula resolveu apostar suas fichas, ou se aliar, é conservador e não inova, aceita sem questionar. O poder precisa de ideias novas para se renovar e, por isso, é necesária alianças lá e cá.

A massa não se mobiliza .

Não vai para as ruas com as bandeiras do PT ou outra qualquer, a não ser pagando.

(No Rio, fazem anos que não vejo militantes, só cabos eleitorais pagos nas eleições.)

Não tem um projeto de pais, mas um de sobrevivência, o que é natural, mas esse modelo não pode ser o mesmo para a nação.

Alguém tem que propor um futuro!!!

A vanguarda que inovou e criou um partido independente, o PT, através de núcleos regionais , com seus méritos e desméritos, mas com uma proposta clara de mudança na forma e conteúdo de fazer política, não está mais na agenda do presidente.

Se dissipou na poeira da frustração, contando os anos como perdidos.

Para isso ai?

Hoje, voltamos a quase o mesmo ponto do passado, pilotando um carro aparentemente novo.

É uma estrada triste e dolorosa!

A opção do jeito que está sendo feita pelo atual Governo, aparentemente de esquerda,  pelos mais pobres,  é extremamente conservadora, pois não amplia o leque para outros segmentos.

Olha-se o tempo todo para o retrovisor e nunca para o pára-brisa.

É preciso para um pais avançar um projeto de futuro, que seja sustentável e criativo, que incorpore  os excluídos, não com eleitores apenas, mas como cidadãos em um mundo cada vez mais tecnológico, conectado e dependente de informação.

Apostar na desinformação. alijar os pensadores, a vanguarda,  hoje em dia, como o atual Governo se propõe,  é um crime desumano, com um preço alto para todos nós!

Note que o atual Governo está mais e mais cada vez menos colaborativo, mais 1.0,  justamente no movimento anti-horário do que está acontecendo no mundo, vide iniciativas do Obama.

Nenhuma empresa é louca de não contar com os mais criativos e inovadores!

Nós somos!!!

Estamos no movimento de arrombar mais e mais um cofre do qual apenas se saca um capital construído em 30 anos de criatividade e inovação, mas não se investe um centavo em novas ideias.

Pelo contrário, coloca-se cada vez mais gente do passado para administrar a senha.

Só um novo movimento criativo, que tire o país da mesmice, PT vs. PSDB nos colocará de novo em movimento.

(Não, não acho que, por enquanto, é a Marina Silva, antes que me perguntem.)

É preciso tirar do armário uma massa latente e crítica disposta de novo a sonhar.

Concordas?

Num mundo em que as certezas têm feito tanto mail as pessoas, espalhar dúvidas pode ser uma benção – Carlos Eduardo Lins da Silva – da minha coleção de frases.

Saiu na Folha neste último  fim de semana (23/08) a notícia “Partido Pirata debuta em eleição doméstica para Parlamento alemão“. E pergunta-se: vamos ter um partido deste tipo no Brasil?

Ou melhor, o Partido Pirata Brasileiro, que já existente, desde 2007, vai vingar?

O que defendem os piratas alemães, inspirados nos suecos, os que tiveram a ideia?

“Suas principais bandeiras são a defesa da privacidade, a livre circulação de cultura e conhecimento, reforma do sistema de patentes, transparência do Estado, gratuidade da educação pública e livre acesso a resultados das pesquisas patrocinadas pelo poder público. A agenda restrita segue o receituário inaugurado pelo Piratpartiet, da Suécia, que nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, em junho, elegeu dois representantes”, (na reportagem da Folha.)

Os piratas suecos em passeata...

Os piratas suecos em passeata...

Os piratas seguem uma linha parecida com a dos Verdes: temática.

Partidos que vem para chamar a atenção para determinado assunto relevante e emergente que os partidos tradicionais não abordam, ou tocam, mas não enfatizam, um pouco a proposta do Cristovam Buarque na eleição presidencial passada, que puxou a brasa para Educação; E a Marina Silva nesta, para o meio ambiente.

No site do Partido Pirata brasileiro as bandeiras desfraldadas no navio são:

partido_pirata

“O Partido Pirata é um movimento que surgiu no Brasil no final de 2007 a partir da rede Internacional de Partidos Piratas, organização pela defesa ao acesso à informação, o compartilhamento do conhecimento, a transparência na gestão pública e a privacidade – direitos fundamentais que são ameaçados constantemente pelos governos e corporações para controlar e monitorar os cidadãos. Não acreditamos na “propriedade intelectual” e entendemos que sua defesa no âmbito digital implica no controle dos cidadãos e na supressão dos direitos civis e liberdades individuais fundamentais.

O Partido Pirata do Brasil defende ainda a inclusão digital, o uso de softwares livres e a construção de políticas públicas de forma efetivamente participativa e colaborativa. O Partido Pirata ainda não é institucionalizado. Mas não estamos esperando o reconhecimento oficial para buscar apoios e difundir nossas propostas. Elas estão em constante desenvolvimento pelos membros do Coletivo, que se comunicam através de ferramentas colaborativas e abertas ao público, como o fórum, wiki e lista de emails.”

(Mais sobre a iniciativa, saiu uma matéria na Época, este mês.)

Por que eu acho que o Partido tende a crescer por aqui e em outros países:

1) a juventude não vê espaço de participação em outros lugares;

2) o novo sempre atrai e está, digamos, virgem para o poder;

3) algumas bandeiras são necessárias e relegadas a segundo plano, como a ecologia continua por aí, ainda.

Pergunta-se: me filiaria a um Partido Pirata?

Por que não?

Com tudo isso que está aí….não concordo que tem que acabar 100% com a propriedade intelectual, mas de resto…

Não acredito, entretanto, que partidos temáticos venham para ficar.

São passageiros, como movimentos, que semeiam na sociedade novas ideias e tendem a se incorporar a outros mais adiante, ou perder o foco inicial.

É fato:

Ideias isoladas nunca resolvem problemas sistêmicos.

(Discute-se aliás no site dos Piratas se deve ser um partido, um coletivo, uma ONG, etc…)

Qualquer participação da juventude, é bem-vinda!

E você..o que me diz sobre o tema?

Vote na enquete e comente, estou curioso:

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INFORMÁTICA – FOLHA 23/08/09

Informação importante para teses e trabalhos na área de informática, quando se traçar históricos….

SP RECEBE PRIMEIRO COMPUTADOR DA AL
Começou a funcionar ontem, em São Paulo, na empresa Anderson, Clayton & Cia., o primeiro cérebro eletrônico da IBM instalado na América Latina. O computador, um Ramac 305, faz cálculos complicados cujos resultados são obtidos em milésimos de segundo.
(“Folha da Noite”, 18/8/1959)

Projetos 2.0 eu entendo que seja olhar para o chão, mas não deixar nunca de continuar olhando para o céu – Rômulo Rocha, discutindo o projeto 2.0 da Dataprev, da minha coleção de frases.

Engraçado, que neste final de semana passado dois caderno de empregos, de forma paralela, Folha de São Paulo e Jornal do Brasil publicaram matéria sobre o novo mercado de redes digitais.

Como meus alunos sempre me perguntam para onde está indo o mercado, permitam-me dar uma organizada nas carreiras que acho que existem e vão exitir pelo que vejo.

Estrategista geral – que vai dar uma visão geral  para pensar um projeto para migrar a empresa 1.0 para a 2.0, tanto do ponto de vista interno, da maneira que as pessoas trabalham, como também, como se relacionam com seus clientes e fornecedores.

Perfil: cenarista, articulador, evangelista da alta direção, visão estratégica aliada ao negócio fim;

Coordenador de projetos de relacionamento com público externo – vai implementar a estratégia acima definida, a partir de uma visão como um todo, sabendo articular um conjunto de ferramentas da rede, alimentado pelo monitoramento constante da marca na Internet, a sua e dos concorrentes, para ter noção de como o mercado das redes sociais reage;

Perfil: conhecedor do meio, bom relacionamento com pessoas, facilidade em trabalho com novas tecnologias muitos para muitos, pró-atividade;

Coordenador de projetos de relacionamento com público interno – vai implementar a estratégia acima definida, a partir de uma visão como um todo, sabendo articular um conjunto de ferramentas da rede, aliada uma mudança de cultura da forma de trabalho, alimentado pelo monitoramento constante na Intranet para ter noção de como aquela comunidade opera em rede.

Veja  mais detalhes sobre projetos de Intranet 2.0, aqui.

Perfil: conhecedor do meio, bom relacionamento com pessoas, facilidade em trabalho com novas tecnologias muitos para muitos, pró-atividade, basicamente trabalho de educação, formação, facilidade para apresentações, palestras, condução de trabalho de grupos;

Executores das políticas –  acima definidos, que passa pelo profissional de informação e comunicação que vai operar as ferramentas e pelo pessoal de desenvolvimento que vai escolher, junto com os demais, adaptar, customizar, aprimorar, desenvolver ferramental.

Bom, o que vejo é isso, quem dá mais?

Já abordei o tema de forma conceitual aqui também.

“A comunicação corporativa deveria ser como no Twitter”

lucy

Lucy Kellaway do Financial Times, que o Valor reproduz nas sextas, diz algumas coisas interessantes, no jornal de hoje (o link é exclusivo só para assinantes):

Numa edição do “The New York Times”, Maureen Dowd deixou os fãs do Twitter muito zangados ao sugerir que essa febre, que já atinge milhões de pessoas em todo o mundo, é uma perda de tempo. Ela pode estar certa em relação à maior parte de nós, mas para os homens de negócios, eu não concordo. Acho que essa é possivelmente a melhor ferramenta de comunicação que existe; o problema é que a maioria dos executivos a está usando mal. Ou eles enchem suas páginas com detalhes pessoais mundanos, ou as enchem com detalhes profissionais mundanos – o que pode ser ainda pior. Os primeiros provocam embaraço, os outros, tédio.

Comento: Ou seja, um martelo sereve para bater pregos ou em dedões, depende da mão que o segura.

Mesmo assim suas mensagens sobre o assunto foram perfeitas – curtas, claras e informativas. Eles me fizeram pensar que se o Orçamento pode ser feito no Twitter, deve ser possível fazer toda a comunicação corporativas do mesmo jeito e acabar com o e-mail para sempre. Forçar todo mundo a dizer o que precisa em apenas 140 caracteres resolve o problema do excesso de comunicação. Não só as mensagens podem ser lidas e entendidas mais rapidamente, como a maioria delas nem chegaria a ser enviada. Boa parte dos e-mails internos são exercícios enfadonhos, e assim, se os responsáveis por elas fossem forçados a se aterem ao mínimo essencial, ficaria claro que não havia nada ali.

Comento: não seria tão radical, mas acho que a ideia do Twitter nas empresas vai dar um salto na comunicação rápida, melhor que o MSN, pois o Twitter criar redes rápido, coisa que o MSN não faz. Veja mais o que escrevi sobre o tema.

Comunicar-se desse jeito – seja pelo Twitter, seja pelo Yammer, que é um serviço parecido, voltado para companhias – teria uma outra vantagem. Ficaria claro quem são as pessoas realmente poderosas de uma empresa. Funcionários humildes que têm boas ideias poderiam facilmente ter mais seguidores que o presidente da empresa. Ainda assim, mais reveladora seria a relação de seguidores sobre os seguidos, uma vez que ela diz a você se as pessoas não só estão falando, como se também estão ouvindo. Neste quesito, devo dizer que meu novo amigo Bart está mal. Ele acompanha apenas nove pessoas.

Comento:

1) não conhecia o Yammer, alguém já usou? Me cadastrei.

2) a ideia dos seguidos e seguidores, da mudança de lógica, da meritocracia é um dos bons retornos em projetos web em empresas 2.0;

3) por fim, tem me irritado duas coisas no Twitter.

a) o cara que segue todo mundo, tem milhares, ninguém consegue, ou seja, está usando como mala direta, surdinho;

b) o cara que não segue ninguém, pois acha que ninguém merece estar na sua lista real.

É isso!

O argumento da força é empregado, quando não há mais força dos argumentos – Alberto Carlos de Almeida, da minha coleção de frases.

Deu no Valor de hoje:

Xerife do pacote de Obama colocará todo gasto na web (link protegido para assinantes)

Destaco o que é importante:

Nesta semana, os republicanos nos EUA declararam fracassado o pacote de Barack Obama que começou a estimular a economia seis meses atrás com a injeção de US$ 787 bilhões. Mas Earl Devaney, ex-agente do serviço secreto que preside o birô monitorador do pacote, diz que os críticos ainda não têm os dados para fazer um juízo justo.

Devaney, que se reúne semanalmente com o vice-presidente, Joe Biden, para verificar o desembolso de dinheiro do pacote, está fazendo de tudo para montar o mais complexo website governamental na história até 10 de outubro, data limite imposta pelo Congresso.

Ele se propõe a:

“O site porá em ação um milhão de cidadãos IG [sigla de inspetores gerais]”, diz Devaney em entrevista. “Se, digamos, houver uma ponte construída em Pittsburgh e a empreiteira pertencer ao cunhado do prefeito, então, a população de Pittsburgh terá muito mais condição de detectar o fato do que eu.”

A iniciativa abre um momento importante, desde a eleição 2.0 do Obama, que ainda está devendo ações participativas no Governo como fez na campanha.

O fato contrasta com outras notícias do nosso querido país, ainda 1.0.

Vejamos:

Cresce pressão para que imagens da Casa Civil sejam liberadas (link protegido para assinantes)

No artigo, destaco:

o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, defendeu que a Presidência da República libere a cópia das gravações do circuito interno da Casa Civil, que comprovaria o suposto encontro entre a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira.
Segundo Marco Aurélio, não há razões para que o material fique em sigilo porque as autoridades são pessoas públicas. “Não há motivo para esconder-se o registro de ingresso de cidadãos ou servidores públicos em uma repartição. E até tenho certeza de que será disponibilizado, porque julgo os outros por mim”, disse.

1 – o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, defendeu que a Presidência da República libere a cópia das gravações do circuito interno da Casa Civil, que comprovaria o suposto encontro entre a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira.

Motivo:

Segundo Marco Aurélio, não há razões para que o material fique em sigilo porque as autoridades são pessoas públicas. “Não há motivo para esconder-se o registro de ingresso de cidadãos ou servidores públicos em uma repartição. E até tenho certeza de que será disponibilizado, porque julgo os outros por mim“, disse.

Respostas do Governo:

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional), afirma que não pretende divulgar as informações para preservar a privacidade dos visitantes.

Transparência e participação é tudo que o novo mundo 2.0 anseia…

Ainda na mesma reportagem, sobre outro assunto:

 

 

 

 

O Supremo Tribunal Federal deu, ontem, mais um sinal de que deverá derrubar a censura imposta ao jornal “O Estado de S.Paulo”. Decisão do ministro Marco Aurélio Mello autorizou o jornal “Folha de S.Paulo” a obter acesso a documentos sobre verbas indenizatórias concedidas aos deputados federais. Esses documentos estavam sendo mantidos sob sigilo pela Câmara dos Deputados e o jornal recorreu ao Supremo para conseguir o acesso.

Para Marco Aurélio, a Câmara deveria divulgar esses dados na internet, e não escondê-los da imprensa. “É incompreensível negar-se o acesso a documentos comprobatórios de despesas públicas que, a rigor, deveriam ser espontaneamente estampadas, via internet, no sítio do órgão competente”, disse o ministro.

Por fim, parece que escolheram o dia para só falar disso, outra reportagem diz, no mesmo Jornal:

Governo cria site para monitorar SACs (link protegido para assinantes)

Após entrar com ações contra a Oi e a Claro, cobrando R$ 295 milhões e R$ 301 milhões, respectivamente, por descumprimento das normas do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC), o Ministério da Justiça decidiu continuar a pressão sobre as companhias e criou um site para que os consumidores possam registrar os problemas de atendimento.

Será um canal aberto na internet, dentro da página do ministério (www.mj.gov.br) para que cada atendimento ineficiente fique registrado. No início, as reclamações não serão divulgadas ao público. “Nós somos responsáveis antes de divulgar o nome de empresas”, afirmou a secretária de Direito Econômico, Mariana Tavares. “Não temos nenhum interesse em dilapidar reputações”, completou.

A ideia é boa, o conceito errado.

Hoje, o SAC 2.0 não é mais eu reclamo e alguém guarda minha reclamação.

Queremos ver também a reclamação dos outros consumidores.

As três notícias e a redefinição do conceito de transparência do Estado, colaboração dos usuários, estará no centro, ou deveria estar, na disputa eleitoral do ano que vem em todos os níveis de deputado a presidente.

O Brasil, autoritário desde Pedro Álvares Cabral, precisa dar um salto 2.0, participativo, aberto e transparente para o futuro.

Concordas?

 

Nós habitamos um mundo cultural, portanto, inventado – Ferreira Gullar, da minha coleção de frases.

É meio engraçado, mas o mundo político brasileiro tem vivido as última semanas em torno da definição ou da confusão sobre estes três conceitos: versão, dados e fatos.

Antes que me chamem de petista ou tucano, minha posição é a seguinte:

  • O Governo não quer apurar os fatos, pois teme que seja verdade.
  • E a oposição, pelos mesmos motivos, por medo de ser mentira.

Para quem se habilitar, convido à discussão teórica sobre o tema, sem paixões, please.

Lina Maria Vieira, ex-secretária da Receita Federal, diz que tem fatos sobre um encontro com a Ministra da Casa Civil Dilma Roussef.

Eu estou dizendo a verdade!

Esteve com Dilma.

É um fato ou uma versão?

Esta teria pedido, de forma velada, para interrromper um processo fiscal contra o filho do Sarney.

É um fato ou uma versão?

O que é preciso para um fato virar de fato um fato? 🙂

Registros, dados e mais dados para diminuir o espaço das versões.

No fundo, um fato é uma versão trabalhada e bem articulada com dados, sempre mais e mais aproximada para evitar dúvidas, que, dependendo do ponto de vista e interesse, sempre vão existir, apesar de tudo que for apresentado.

Não existe, filosoficamente, a verdade, mas uma aproximação dela, com um conjunto de registros, que nos permite ir na direção de ir diminuindo a margem de dúvidas e impedindo o surgimento de versões.

As imagens (fotos) e principalmente tevê são registros que deixam menos margem de dúvida, pois

uma imagem vale por mil palavras;

OU

o que os olhos não veem, o coração não sente.

Na verdade, a luta pela verdade é sempre tentar preencher as canaletas das versões com dado, criando fatos.

A verdade é sempre uma utopia, a ser perseguida com a menor margem de erro possível!

O homem foi à lua?

Fotos, filmes, depoimentos..

(Mesmo assim tem gente que duvida, pois a versão é a mãe da manipulação, da crença em tudo que não pode ser provado, o que alguns até chamam de fé.)

Quanto menos dados sobre determinado acontecimento, mais e mais a dona versão é chamada para confundir…ainda mais em disputas eleitorais.

Uma versão só vira fato, com dados.

Que deveria ser o  papel da Ciência, da Justiça, da Imprensa, de qualquer cidadão, não deixar, nem reproduzir, o que é ainda apenas uma versão e não um fato.

(Adoro a cena do filme “Dúvidas” quando o padre diz que a fofoca é um espalhar penas de ganso do alto de um prédio. Impossível, depois de feito, voltar atrás.)

Foto da cena do filme....quem não viu, pegue na locadora...

Ou seja:

Tudo é sempre versão, até prova (dados)  em contrário!

Vejamos.

O problema de Lina Vieira, me parece, que a memória dela, por algum motivo cognitivo, ou outro qualquer, não tem se mostrado um bom suporte, para transformar a versão, através de um conjunto de registros, aí sim, em fato.

  • Um fato é uma versão trabalhada, a partir dos dados disponíveis.
  • Quanto mais dados confiáveis, menos versão.
  • Quanto menos dado, mais versão.

Ela não lembra a data do encontro privado e não tem feito, a meu ver, muito esforço para recordar!

Nem o marido, (não sei se é casada), a mãe, o pai, os amigos, os parentes podem ajudá-la a se recordar do dia que pela primeira vez foi ao gabinete para uma reunião privada (secreta?) com a ministra mais importante do governo!!!

Pior: ninguém pergunta o básico para fazer a ponte entre versão e fato:

De manhã? De tarde? Perto do almoço? Chovia? Fazia sol? Perto da segunda? Perto da Sexta? Se preparou de forma especial para um encontro tão importante? Com que roupa? Fez as unhas? Foi no cabelereiro? O que fez antes? O que fez depois? Comentou com alguém em casa? Perto do Natal? Bem antes? Perto de alguma festa de comemoração na Receita? Não há registros de entrada? Fotos? Videos?

(Parece que foi em dezembro ou próximo, conforme vi na Tv.)

Ninguém, nem a oposição, a meu ver, quer, ou consegue, transformar a dita versão em fato.

Os dados ali são cada vez mais  líquidos.

O Brasil, aliás, é o país das muitas versões e poucos fatos e dados.

(Não é à toa que a Petrobras deu esse nome “Fatos e Dados” ao blog dela, quando quis combater as versões, que acredita que circulam na sociedade sem comprovação. Não estou defendendo a Estatal, mas apenas mostrando como os conceitos estão aí sendo usados.)

Vejam, pois, como os conceitos são importantes, como já dizia Espinoza:

A maioria dos erros consiste apenas em que não aplicamos corretamente o nome às coisas – Espinosa, da minha coleção de frases.

Vi o depoimento de Lina Vieira na Tv Senado e nenhum senador tentou, também não sei se de propósito, aprofundou a versão, em fato, colhendo dados concretos,  para, enfim, termos um fato, no caso, político, administrativo, fiscal, etc….

E o país, num mar sem dados e fatos, derrapa em versões…

Concordas?

Tenho um podcast que fala também da diferença entre dado, informação, conhecimento e sabedoria.

Saiu matéria do Maurício Stycer sobre a venda de produtos e serviços nas redes de seguidores de Twitteiros e blogueiros.

twiiter venda

Comentei lá minha opinão.

Diga lá qual é a sua.

As pessoas querem pagar por aquilo que é relevante, exclusivo e economiza tempo – Chris Anderson, da minha coleção de frases;

Saiu ontem o resultado da premiação da 16ª edição do Prêmio Multishow, que agora tem um quesito “iniciativas”.

O que mostra tendências e aponta saídas para as bandas, de grande e pequeno sucesso, como a do Skank.

Veja o que fez a diferença, segundo a matéria do site UAI:

Ensaio Aberto – “Realizado em abril pela Rádio Guarani no Teatro Alterosa e transmitido pela internet para o mundo via Portal Uai, a preparação da banda para a segunda parte da turnê Estandarte foi um sucesso. Mais de 600 participações foram enviadas nas quase duas horas de show, e além de BH, internautas de todo o Brasil e do mundo estiveram presentes na transmissão. Pelo mundo, foi registrada a participação de internautas dos EUA, Inglaterra, França, Canadá, Espanha, e Japão”.

Loja virtual do Skank – “Disponível no endereço www.lojaskank.uai.com.br, a webstore é iniciativa pioneira, que recebeu inclusive elogios de Regina Casé, durante o 16º Prêmio Multishow. Ela disponibiliza o vasto material da banda, como CDs e DVDs, além de produtos exclusivos como camisetas, posters e acessórios usados pela banda em seus shows, como palhetas e baquetas dos músicos. Desde que foi lançada no dia 3 de agosto, a webstore já teve mais de 18 mil acessos, com fãs de 24 países comprando os produtos, um sucesso absoluto”.

Show interativo –  “bis de um show atráves do celular, que o Skank levou o prêmio. Com certeza ficou em boas mãos”.

Todas as iniciativas fazem parte da lógica da abundância e escassez, conforme postei aqui, a partir da leitura do livro “Free” do Chris Anderson.

O que é escasso e o Skank está vendendo é tudo aquilo que não pode ser baixado na rede e nem copiado.

Camisetas, ensaios e shows sob medida, com a platéia dando a linha do espetáculo, a la Augusto Boal e Teatro do Oprimido.

Arrisco dizer que nos shows 2.0, dentro em breve, como já deve acontecer por ai,  as bandas vão ensaiar 40 músicas e o público terá o direito de escolher 20, via celular, twitter, etc…

O aqui e agora, só para mim, é o item em escassez.

Concordas?

A maioria dos erros consiste apenas em que não aplicamos corretamente o nome às coisas – Espinosa, da minha coleção de frases.

Há uma certa confusão na abordagem da imprensa de maneira geral e das pessoas, em particular, sobre redes sociais, empresas e comércio eletrônico.

Vou tentar dar uma clareada para ajudar na abordagem.

O Valor, por exemplo,  publicou matéria ontem “Lojas especializadas ganham confiança do consumidor”  que aborda  o tema empresas e redes sociais.

No artigo, chamaram ora de sites especializados, ora de sites de pequeno porte, mas ali há vários tipos de iniciativa diferentes, modelos diferentes de uso das redes sociais pelas empresas. Não era o foco da matéria, mas quem lê fica meio perdido, o mesmo acontecendo com a matéria da Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios, 247.

De maneira geral, é importante separar as empresas de comércio eletrônico em duas:

  • As nativas –  os que vendem pela Internet (Amazon, E-flores, Submarino, etc..)
  • As de tijolo e também on-line –  e os que vendem também pela Internet (Saraiva, Ponto Frio, etc…)

Isso não quer dizer que uma não possa fechar as lojas físicas e ficar só na rede.

Ou que não possa começar on-line e partir para a venda em lojas físicas. Um bom exemplo é a americana Thredless.com, que está abrindo lojas em Chicago, conforme entrevista com os donos na Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios, 247. (Não tem a reportagem completa ainda na rede, sugiro comprar na banca, pois está bem interessante.)

(As só de tijolo sem venda na rede, são candidatas a um dia passar a fazê-lo.)

Independente se tem loja de tijolo, ou não, com as redes sociais:

  • As que envolvem os consumidores no processo – usam da rede social, ou envolvem consumidores, que entram de alguma forma na sua teia para a venda e compra (Camiseteria ou Thredless.com, por exemplo, na qual os usuários criam suas estampas);
  • E as que usam as redes sociais como elemento de marketing viral ou de relacionamento –têm uma política de dialogar com o público, com mais ou menos sucesso, mas o usuário não interfere ainda na linha produtiva.
  • E as que não usam as redes sociais como elemento de marketing viral ou de relacionamento – empresas que ainda não optaram, por algum motivo,  para este importante item de sucesso.

(Isso não quer dizer que estas últimas não possam evoluir, nem as segundas podem chegar no primeiro modelo, como um processo evolutivo. Acho, aliás, que esta é uma tendência aproximar mais e mais os seus consumidores para dentro não só do processo, como também, mais e mais, das decisões estratégicas de curto, médio e longo prazo até ter blogueiros sentados nas cadeiras no conselho de administração. Veremos!)

 

Por fim, as redes sociais de fornecedores, o que vou chamar de Orkuts comerciais:

Acredito que esta classificação ajuda bastante não misturar laranja e banana e podermos ter uma boa separação do joio do trigo.

Gostaria de sugerir outra classificação ou melhorar esta?

Diga lá!

Reportagem do Valor de hoje, ” Lojas Especializadas ganham confiança do consumidor ” dá vários dados relevantes sobre Redes Sociais e Comércio Eletrônico. (O conteúdo do valor é protegido, mas farei um resumo do que se diz sobre comércio eletrônico em geral, antes de entrar no tema em si.)

São eles:

Segundo o jornal, empresas de comércio eletrônico de menor porte representaram 10% das vendas dos 10 bilhões de faturamento previstos para este ano, uma alta de 28% sobre o volume de R$ 8,2 bilhões do ano passado para um público de 17 milhões de compradores, que apertaram 30 milhões de vezes o botão “Comprar” para produtos em média no valor de R$ 327,00.

O Brasil tem hoje 36,5 milhões de brasileiros que navegaram pelo menos uma vez na rede, seja no trabalho ou em casa. Desse total, 25,2 milhões de pessoas visitaram algum site de comércio eletrônico, o que significa 69% do total.

Frases:

“Todo o ecosistema de comércio eletrônico está acessível hoje aos pequenos”, diz Gerson Rolim, diretor da Câmera e-net.

“Pense numa árvore alta. Os grandes varejistas ficam com os frutos dos galhos mais baixos. Os sites especializados procuram os galhos mais altos, cujos frutos são mais difíceis de colher, mas estão lá para ser colhidos”, Marcelo Casarini, do Flores Online.

Dados Ibope redes sociais e comércio eletrônico:

  • 83% das pessoas que navegam em sites de comércio eletrônico também visitam pelo menos uma vez o Orkut;
  • 89%, o Twitter;
  • 91% o Facebook;
  • e 93% o My Space.

O que são dados, a meu ver, completamente discrepantes com o que eu vejo na rede, pois os usuários do pais do Facebook e do My Space não seriam tão grandes. A não ser que o fator classe social, seja determinante, o que faltou explicar na matéria, ou se aprofundar com alguém do Ibope.

Sites citados na reportagem que foram novidades para mim:

  • Elo7 –  rede social comercial, que reúne artesões do Brasil todo;
  • Galochas online – curioso.

É isso!

A maioria da sociedade é consevadora, é preciso entender isto; é conservadora por que essa infra-estrutura cultural dada mantém a estabilidade da sociedade – Ferreira Gullar, da minha coleção de frases.


Olhando em volta, para trás, em mim, nos outros, caiu uma ficha sobre a natureza humana que compartilho para ajudar nessa tarefa nossa cotidiana dos profissionais do futuro para construir o novo, a partir dessa frase do Gullar.

Constato:

Todos nós vivemos em torno do que é possível.

Nos sentimos bem ou acomodados, de certa forma, pois sabemos que naquele momento, de certa forma, está se vivendo a melhor vida possível dentro das circunstâncias.

Geralmente, em cidades menores, tem-se mais esta sensação.

Evita-se receber novas ideias, informações, pois, de um lado, nada vai mudar mesmo e se não vai mudar, para que saber?

Em cidades maiores, se está o tempo todo vivendo com a chuva de meteoro das novas propostas para o mundo.

Parte fica atenta, uma minoria, procura a novidade, filmes diferentes, peças, livros, palestras.

A maioria se fecha, como no interior, no mainstream, mas recebe-se por via oral, dos inquietos, algumas novidades, vê-sa na rua novos hábitos, etc…. A televisão e o rádio vão consolidando e discutindo – muito lentamente – certos temas, principalmente nas novelas.

E em alguns momentos, visualiza-se melhorias e corre-se atrás, desde a troca de um armário, a uma profissão, mudança de casa ou de país.

Ou ainda mudanças coletivas na história, quando alguém, um visionário ou revolucionário, lança uma ponte ao impossível, com ideias ou produtos, desde uma revolução social, como Lutero com a Reforma Religiosa, ou tecnológica, como a Internet ou mesmo um I-pod, que muda a forma de se pensar e, por sua vez, usar um celular.

Quando esta ponte se torna viável, a nossa latência de mudança, a procura sempre do viver melhor, se consolida, atualiza e jogamos energia para cruzar a nova ponte com a mínima segurança.

  • Quanto mais temos a perder, mais ponderamos.
  • Quanto menos, mais nos atiramos.

(Vide movimentos populistas em populações carentes e pobres.)

Poucos estão incessantemente procurando mudanças.

A maioria espera que se consolide para ir na boa.

A meu ver a ideia da Revolução Permanente de Trotsky foi uma tentativa de ver o mundo, sob o ponto de vista dos transformadores. O que a história mostra, entretanto, é um movimento humano avançar, parar, avançar…

Entre o possível e o impossível vai do temperamento de cada um para jogar a isca ao mar ou se atirar do trampolim.

Vale a máxima:

Os últimos serão os primeiros, pois os primeiros serão bois de piranha dos últimos.

E os primeiros sempre querem ser os primeiros em tudo, pois faz parte do temperamento deles.

Tudo que querem da vida é nunca serem os últimos!

Nasceram, assim, para ajudar ao mundo a ir adiante.

Fazem parte de um equilíbrio sistêmico.

(Hoje, acredito que o grau de comodismo e de inovação sobe para todos, visionários e acomodados, em função da aceleração das mudanças, mas iremos estabilizar em um ponto, em que de dentro do trem veloz, cada um vai sentar na “cadeira que sempre sentou”.)

Talvez, isso explique de outra maneira a lógica de Pareto, dos 80/20, já discutido aqui no blog.

Propor e conseguir bons resultados na gestão de mudanças é fazer com que algo intangível, passe a ser realmente tangível e necessário na cabeça das pessoas.

É o que aprendem os homens de marketing, da propaganda, o pessoal da gestão de mudanças nas empresas.

Apresentar uma ponte segura e larga para se fazer a passagem, apresentando do outro lado uma melhoria concreta do “A” para o “C”, passando pela zona de desconforto “B”, por que lá na frente vai-se melhorar um “X”.

O desconforto de cada um em fazer algum esforço monetário ou de tempo, atribuir valor, para cruzar aquela ponte.

Como diz Gullar, a maioria é conservadora, pois talvez a sociedade, por uma questão de defesa, equilibra assim a civilização: muitos receosos e alguns experimentadores do futuro, dialogando sobre o que afinal é possivel, agora.

Quando este futuro se consolida, se pavimenta, os outros vêm, seguros de que não vão cair no abismo.

Na arte do possível.

Eu, minha formação, os que me cercam, o que eu vejo e leio versus o que é possível fazer, mudar, avançar.

Faço uma bissetriz e levo a vida desse jeito, até que algo concreto se consolide e possamos mudar coisas na nossa vida ou na sociedade.

Uns querendo criar o futuro.

E a maioria defendendo a certeza do presente.

Até que o futuro distante por mais distante que pareça, vai se aproximando, aproximando e virando passado.

Que dizes?

Estou conversando sobre o assunto no blog da Raquel.

Não existe crise da informação, mas dos modelos de negócio da mídia – Aloy Jupiara, da minha coleção de frases;

Ando pensando sobre essa idéia do Anderson sobre a escassez e a abundância.

(Estou na pasta com o livro Free do Chris Anderson e assisti para encher mais a cabeça de ideias a palestra sobre jornalismo 2.0 do Aloy no MBKM, na sexta passada.)

No mundo, tudo que é abundante, tem pouco valor.

O que falta, é valorizado.

O que é abundante hoje, pode ser escasso amanhã.

Na imagem que o Aloy citou da cobra que come o próprio rabo.

O humano quando sente que algo vai faltar, rapidamente inventa uma coisa para colocar no lugar e ganhar dinheiro em cima disso.

O que derruba os cenários catastróficos de futuro, pois sempre há algo que ia acabar e é reposto, através de ideias e tecnologias.

Hoje, por exemplo, distribuir informação é barato, fácil, não há esforço.

Antes, era caro: jornal, CD, papel, vinil, banca, loja, caminhão, avião, trem, caixa, carrinho, entregadores…

Hoje, a informação é abundante: chega, via mouse, monitor e teclado, mas sem tratamento, sem personalização, sem contexto, sem relevância.

É caro atualmente arredondar, dar sentido, criar cenários,  improvisar, inovar,  dizer aquilo que ninguém ainda dissse (jornalismo de nicho)  facilitar a tomada de decisão com menos margem de erro.

É preciso saber agregar valor à informação que todo mundo tem na ponta do dedo.

O que temos hoje é a escassez do sentido!

O que a mídia ainda não entendeu.

Hoje, isso tem e terá que ser  feito, neste estágio, de forma artesanal.

É o resgate do poder do serviço, menos do produto.

Da pessoa, menos da indústria.

Vale quem tem gente que agrega!

Pessoas cada vez mais capacitadas em analisar grandes volumes de dados e fazer cenários precisos, sintéticos, de fácil visualização.

É a apologia do pensador de grandes cenários, ao invés do mega-entregador de dados.

Todos entregam, mas pouco explicam com clareza.

Amanhã, quando isso se popularizar, e até tivermos robôs ajudando, se industrializar de novo, e ficar barato os cenaristas que vão se espalhar cada vez mais, a dança mudará de novo de lado.

E nesse ponto o que fará a diferença é quem tem os melhores dados para os cenários serem formados, voltando ao momento em que deixamos pré-Web num eterno jogo de gangorra.

Vide Google, que é a empresa que vende basicamente relevância, personalização.

Junta o desejo “A” de informação com o link “B” de onde ela está.

Por isso, o CD de música vale 1 e o show personalizado, improvisado, que junta o dado bruto, música, com o artista, no palco, cantando só para vocês, aqui e agora, coisa rara no mundo Youtubizado, vale 10!

Verão que cada vez mais um show será cada vez mais diferente um dos outros, através do público que vai definir que músicas os artistas vão cantar.

(No Rio, isso já tem acontecido com o pessoal dos das comédias de improvisação nos teatros, na qual o público pede e o artista faz, como até é o programa “15 minutos”  do Marcelo Adnet, que faz o que os e-mails solicitam, dentro dessa nova cultura do aqui e agora só para vocês.)

Nunca se saberá o que vai rolar…em uma eterna improvisação, não downlodizada.

Pois o que vende, o que já está escasso, será o inusitado, o que não está na rede, nem dá para ser baixado no I-Pod!

(Não é a toa que eu intuitivamente já havia abandonado palestras usando o Power Point.)

É nessa dança das cadeiras, quase infantil, que está a sobrevivência de cada um, dos grupos, das organizações e dos países em sempre procurar estar oferecendo o que é escasso ao mundo e não o que está por aí sobrando.

Ou seja:

  • Antever a escassez e ter produtos no tempo certo, é para gênios.
  • Focar na escassez evidente, é para os sensatos, mesmo que atrasados.
  • Insistir na abundância barata, e ainda com a força da lei,  só loucos de hospício.

Concordas?

PS – Hoje, o Globo anuncia o fim da era dos fotolitos, o jornal passa a ser totalmente feito pelo ambiente digital (encerrando um ciclo iniciado em 1450 com Gutemberg e as máquinas de tipo móvel). Faz também discussão do por que o Financial Times está se dando bem com cobranças dos leitores, um jornal do nicho. O Valor segue a mesma trilha.

Escassez, baby, escassez

Não, não é fácil ter equilíbrio diante do mundo 2.0.

Muita gente está pilhada.

São os entusiasmados utópicos.

Só a Internet Salva!

Do outro lado, os tecnofóbicos de carteirinha.

Vade Retro, Internet!

Ter um equilíbrio entre os dois grupos, é complicado, pois tendemos ora para um lado, ora para outro.

Há oportunidades enormes com a rede, mas achar que ela veio salvar o mundo, é algo que vai nos levar mais adiante à frustração.

Li “O Google e o futuro dos livros“, um artigo muito bom da nova Revista Serrote, de alguém que tenta estar nesse equilíbrio, entre o bem e o mau,  que é o Roberto Darnton.

Nele, o autor denúncia a possibilidade de todos os livros que o Google está digitalizando, virarem um grande monopólio do saber privado. Nada impediria, teoricamente, que isso aconteça, a não ser a cara de bonzinho dos atuais donos do negócio, já que ele se debruça sobre o intricado acordo feito pelo Google e as editoras.

O autor não acredita que isso faria parte do atual perfil da empresa, mas questiona:

google_books

Não, eu também não acredito em Papai Noel e nem em coelho da Páscoa.

Já fui Home Broker e sei que diante da tela da bolsa de valores o que vale é quem sobe e dá lucro.

O sistema como um todo ainda não absorveu a Internet e sua aura de colaboração.

Isso vai acontecer.

O que hoje é um conceito, uma premissa, amanhã pode não ser.

O Eudes, um dos meus alunos no MBKM perguntou em um comentário:

É público que o Google para entrar na China teve que adotar a lista de censura da ditadura chinesa. De novo, não quero demonizar o Google, mas sim exemplificar a existência da possibilidade, seja ela rídicula ou não, de manipulação dos canais.

Uma boa pergunta, não?

De ideológico, as letras coloridas não tem nada.

Ou deveria ter?

Ou não deveria?

Business is business, mané!

Repito:  colaboração muitos para muitos veio ao mundo por uma necessidade informacional.

Se não trocássemos mais, tudo perderia a relevância.

Não é uma cultura de bonzinhos, mas uma cultura como outra qualquer de sobrevivência humana.

Considerar que esse novo ambiente informacional vai mudar a maneira que o homem se vê, pensa sobre o mundo, quer ganhar dinheiro, se relaciona com seu ego, é uma fantasia, que os iluministas também tiveram no século 18, veja no artigo do Darnton.

Não, não sou pessimista, pois acredito que existem nas colaborações voluntárias:

– a colaboração por necessidade (ou se colabora, ou não se tem a informação filtrada);

– a colaboração por marketing (que é a principal hoje em voga na rede);

– e por altruísmo, essa última totalmente anônima e raríssima.

Quando o Obama vai pintar casa de pobre e metade da imprensa americana tira uma foto, qual das três acima ele está praticando? Quanto de colaboração anônima a Internet está realmente vivenciando?

Estamos em uma nova fase, na qual a reputação colaborativa vale votos, trabalhos, empregos, contatos, etc…

É interessante?

É.

Mas não vamos achar que o espírito cor de rosa baixou na terra e todos agora somos anjinhos rumando para o Paraíso na Terra.

O Lobo Mau sempre vai estar na floresta nos esperando.

Concordas?

Estivemos juntos dois fins de semana.

Foi muito bacana, agradeço a todos o carinho.

Foto nova/colaboração – Claudia Kresch

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Da esquerda para direita, lá no fundão: Renato, Eu, Wagner, Bruno, Rodrigo, João. Na fila, mais na frente, começando com o Rafael (de jaqueta preta e camisa vermelha), Cristiana, Lúcia, Cláudia, Flávia, João, Rafael (camisa do caveira) Bianca, Carla, Carina, Eudes (com a cabeça tampada) e Clóvis (de camisa verde). Na outra fila, Solange (camisa listrada vermelha e branca) Natália, Milene, Tatiana, (de camisa branca). Dos abaixados: Fabrício, Branca, Amanda, Thais, Luciana. É isso! Faltaram na foto: As Raqueis, o José Carlos, Luciana Vila Nova, Luciano e Marina.

Estão aí as fotos, não ficaram boas, pois foi do celular, quem tiver mais, complementa.

Seguem:

Foto da Claudia Kresch:

Nuvens de tags feito pela Cristiana, foto Cláudia.

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Os alunos vao detalhar o que foi proposto em sala de aula nos comentarios.

Tivemos ontem o entusiasmo do Aloy falando do mundo 2.0.

DSCN3955

Algumas frases ou pensamentos dele (guardados de memoria?)

Nao existe mais um Deus único, mas um dentro de cada cidadão, que o coloca para fora colaborando.

aloy1

Não existe crise da informação, mas dos modelos de negócio da mídia, basicamente não sabem ganhar dinheiro com a nova forma de distribuição.

Nao deve haver luta entre os evangelistas (pro-Web 2.0) contra a direção das empresas, mas um processo educativo, de flexibilidade.

aloy2

Bom, já twittei aos quatro ventos que a Veja desta semana fez um caderno relevante sobre a Web.

(Só não gosto das conclusões dos últimos parágrafos, mas de resto, vale várias discussões interessantes.)

Twittei:

Revista Veja com matéria longa e interessante sobre Internet. O termo Inteligência Coletiva foi para capa. Resumo aqui:http://migre.me/4W7v

O interessante é que de todos os aspectos da rede, ela deu destaque a um em particular: os rastros involuntários.

Disseram:

Nenhum outro meio anterior à Internet exigiu do usuário à entrega de tantas informações, pra permitir o acesso a uma rede de comunicação. Isso pode ter um lado ruim para a privacidade, mas também abre uma fronteira de integração e de uso racional de recursos sem igual para a humanidade.

De fato, eu leio um livro e ninguém sabe o que capítulo me interessou mais, como pulei, o que repeti, o que comentei do lado, idem no rádio e na tevê, tirando a imprecisão dos Ibopes.

Na Web, sabe-se de tudo.

É uma novidade informacional única e realmente nova.

“Eu sei onde você clicou”.

Ou melhor, eu não, quem detém o poder do servidor, no qual o usuário clica.

Assim, quem tem o poder é quem tem o servidor, aonde o usuário clica.

O que é preciso é transformar o clique em valor, anúncio, particularização, fazer chegar o produto certo ao mouse desejoso.

É o que as empresas de cartão de crédito sempre fizeram, ou tentaram fazer, mas agora os dados são mais completos e mais precisos.

E não se sabe apenas o que eu clico, mas também o que compro, onde comento, o que leio.

E justamente ali posso colocar o que ofereço!

Pois bem, não vou discutir privacidade x escancaramento, que isso dá outro post grande e completo, até uma categoria inteira, talvez até um blog dedicado….

Mas mostrar que esse é o grande filão da Web, uma das grandes diferenças na forma de consumir e anunciar que já está presente agora e se ampliará no futuro.

Aquilo  que o Google sacou lá através e está nadando de braçada sobre quem ainda não consegue colocar tudo isso na bolsa de valores.

Bom, dito isso, vamos a outro aspecto.

Se isso vale para a rede, cria-se a cultura, as ferramentas de acompanhamento, por que não começar a colocar isso para fora dela?

Possivel?

Sim, três tecnologias começam a multiplicar isso: celular, GPS e chips em todos os lugares.

Já se pergunta por aí por que não começar a rastrear os celulares, os relógios, os tênis, as calças, os carros e, por que não, as pessoas? Loucura?

Não, toda grande nova era, começa com uma erinha e vai crescendo.

Saiu no Valor o artigo:

Companhias investem em sistemas para unir o mundo real ao virtual

Veja a imagem:

Vejam também que estão discutindo colocar chips nos presidiários aqui no Rio de Janeiro.

E ainda:

Carros novos já vêm com chip em 2009

Se hoje na rede aceitamos sermos rastreados, por descontos, por gratuidade em serviços, somos usuários do Google, do Gmail, do Youtube e não reclamamos.

Mais adiante vão nos oferecer descontos, caso tenhamos um chip de consumo na nossa pele.

Ou se for menos radical, no celular, no relógio, no óculos…aonde o freguês escolher!

Basta entrar na loja e os descontos vão aparecer somente para nós.

  • Quem tem o chip, paga R$ 20,00 e vê R$ 20,00.
  • Quem não tem, paga R$ 30,00 e vê R$ 30,00.

O chip fala com o celular e nos avisa quem de nossos amigos on-line estão perto no off-line.

(O chip do celular é quase isso, não?)

O cara da loja saberá que entrou um cliente Prime, que tem x reais no banco.

E você terá atendimento Vip.

Cada um valerá, conforme o poder do chip no pescoço, ou seja lá onde colocarem.

É a fusão de três tecnologias, que avançam e se integram, como já disse: dos chips + da web + do GPS + celulares.

Nesse personal cartão, poderá estar embutido nosso cartão de crédito e automaticamente, com nossa aprovação, a compra será feita.

Não gosto de ficar falando de futurismo, pois atrapalha um pouco a vida.

Nos leva a achar tudo uma mágica, algo distante, mas a lei para aprovar o chip nos presidiários está em discussão hoje na Assembléia do Rio de Janeiro, cidade onde moro.

Há uns 3 quilômetros aqui de casa, pertinho, pertinho.

Temos ainda, é fato,  muito chão na estrada para fazer dos rastros involuntários na propria rede, algo que possa ser útil à humanidade e ao humanismo.

Passando-o para as empresas, congresso, justiça, etc..

Mas fique atento, pois os primeiros sinais da desvirtualização da Web e da loguinização das pessoas no mundo off-line, já está aí andando do seu lado, mais perto do que imaginamos.

Exemplos não faltarão, mas tudo isso só fará diferença, quando essa erinha, que ainda engatinha, virar uma erão e se massificar.

Quando será?

Só o babalaorixá 2.0 pode saber!

Acompanhemos…

Concordas?

Uma nova rede de conhecimento nos leva a uma nova forma de controle de poder (sem numeração ainda)

Versão 1.00 – 13.08.09 (sujeita à alteração)

Veja o roteiro.

A passagem de uma rede para outra de conhecimento significa basicamente:

1- as ideias que circulavam em um determinado tipo de suporte passam a circular em outro;

2- o novo suporte se caracteriza por permitir uma nova interação a distância diferenciado, alargando as possibilidades de troca de ideias;

3- essa nova interação por eliminar determinado tipo de intermediação e controle informacional, necessariamente inaugura uma nova forma de controle informacional, que obriga a sociedade a mudar as estruturas estabelecidas para se adaptar a esse novo formato;

4- a partir desse ponto, passa-se a se alterar o modelo de poder estabelecido e procura-se em todas as instâncias uma nova forma de controle, adaptando-se uma realidade evidente, trazida pela nova rede de conhecimento.

Uma nova forma de interação necessariamente nos leva a um novo modelo de controle de poder.

A Revista Época Negócios, número 29, de julho, destaca 25 empresas mais inovadoras do país.

25empresas

O levantamento é interessante, pois a maioria delas destaca que estão inovando mais, pois mudaram a forma de controle do fluxo de informação.

Ou seja, o controle de cima para baixo, inverte-se com o debaixo para cima, estimulando mais e mais que as ideias circulem!

Algumas já com tecnologias e outras com novas ideologias, concepções.

Ou seja, estimularam que a latência pela participação e o potencial armazenado no coração e cabeça de cada pessoa saia para fora, criando ambientes internos para que as ideias fluam.

Similar ao que falei do projeto Obama, ainda hoje.

Quem está envolvido com projetos de Intranets 2.0, empresas 2.0 deve procurar a revista ou ler na rede.

São modelos a ser perseguidos, tanto em alguns casos com tecnologia;

E em outros ainda, apenas com idelogia.

Quando casar os dois, é bingo!

Ali, está o germe de tudo que se procurar, ambientes de troca de ideias.

Ainda não vi o conceito, nos cases apresentados, salvo engano,  criando também o repositório de documentos 2.o, sujeito a todo tipo de colaboração voluntária ou involuntária.

Mas quem procura Cases, vai achar.

Na área de redes sociais, quem me pareceu mais avançado é o C.E.S.A.R, com um modelo tipo Orkut na Intranet.

Na revista, por fim, há um diálogo da Silvana Aguiar em “Uma forma de competir“, que fala do post “A Inovação começa com uma lágrima“, aqui deste blog.

Foi ela aliás que me chamou à atenção para a revista que comprei, gostei e recomendo.

Pode ser que tenhas dificuldade de achar na banca.

É isso!

Se a sua empresa estiver errada, admita e prometa agir melhor – e cumpra a promessa – Barry Libert e Rick Faulk

As habilidades organizacionais e tecnológicas exibidas na campanha foram simplesmente impressionantes – De: Barry Libert e Rick Faulk, pg 78. Ele também mostrou como o modelo de rede social pode ser usado para promover e arrecadar fundos para uma nova marca política , pg 65.

Tenho cada vez estreitado mais a minha relação com as assessorias de imprensa das editoras.

Muitas já estão valorizando blogs como canal de divulgação do seu material e, inclusive, enviado livros.

Quando vejo algo interessante, peço.

A Campus tem sido receptiva, enviaram o Free, que comentarei depois e este do Obama.

Este acima, já tinha comprado na Amazon e agora recebi para resenhar, a versão em português.

O livro tem 184 páginas, não é um aprofundamento da campanha Obama, nem um guia para os políticos brasileiros, pois fala da campanha como exemplo para as empresas, mas é o primeiro que traz mais dados concretos.

É algo como diz no sub-título:

“Lições de um projeto vencedor que podem ser aplicados aos negócios”.

Para este blog, o que interessa mais é o Capítulo 3, “Seja social”, que envolve todo o trabalho de Obama com as redes sociais.

Um dos elementos fundamentais para o bom uso das redes sociais foi a contratação do Chris Hughes, um dos fundadores do Facebook, que, na época, tinha 24 anos, que garantiu ao candidato, como diz o livro, na pg 62, “uma presença revolucionária na Internet“.

Sobre isso, tenho dito em sala de aula e para meus clientes que o grande pulo do gato para as organizações é saber mesclar o novo com o velho. E a ideia de ter no comando de projetos Web a garotada, do lado de gente com estratégia de longo prazo, mais madura e cabeça aberta, não pode ser destacada.

O exemplo está aí.

24 anos é quase pós-adolescente, concordas?

O projeto todo se deu em torno do site My.BarackObama.com, apelidado de MyBo.

myobama

A idéia do My na frente é algo interessante, pois faz do projeto algo que o usuário se sente no controle.

Resultados do projeto:

  • 1 milhão de visitantes doaram algo para a campanha Obama;
  • 1,5 milhão de membros;
  • 35 mil grupos de apoio, de acordo com a geografia, (lembra um pouco os núcleos do ex-PT);
  • Total arrecadado de U$ 639 milhões de dólares para a campanha.

Fechada a campanha, o Governo Obama, vitorioso, resolveu criar um novo produto de redes sociais, o Change.gov, que durou pelo período de transição:

change

O detalhe é que, fechado o site acima, avalia-se como se sustenta uma rede social em um governo ativo e vivo, transformando o próprio poder em algo participativo e colaborativo, vindo de baixo, a exemplo dos orçamentos participativos que o PT tentou e ainda tenta em algumas cidades?

Essa me parece a grande dúvida e o grande laboratório da gestão Obama, que está em aberto e podemos acompanhar.

O livro para no Change, que já fechou.

No detalhe da campanha, me deu muito a impressão de que o processo, salvo engano e estudos posteriores, foi muito mais um projeto colaborativo de trabalho para eleger o candidato, do que a efetiva participação das pessoas nas ideias sobre a campanha e um envolvimento posterior no próprio projeto de Governo.

Estarei errado?

Frases que coletei para a minha coleção:

As empresas devem responder os ataques on-line com a verdade Barry Libert e Rick Faulk;

Se a sua empresa estiver errada, admita e prometa agir melhor – e cumpra a promessa Barry Libert e Rick Faulk;

Talvez a eficiência da rede virtual seja a predileção dos usuários por informar-lhe rapidamente do que gostam e do que não gostam – Barry Libert e Rick Faulk;

Alguns  cases apresentados no livro sobre redes sociais e empresas:

Nike – nikeplus.com;

Coca Cola – uso do Facebook;

Graco – blog.gracobaby.com;

Comcast –  video problema no Youtube;

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=viw2TVBygBg&feature=fvst]

Visa – uso do Facebook.

O livro me pareceu superficial, mas atual.

Certamente, será um manual para muito político no ano que vem, mas o que ficou claro é que por trás de todo o processo Obama existia um sentimento de mudança e comprometimento com determinada marca.

É o que falta a maioria dos nossos políticos.

E por que não dizer das empresas também que acham que podem trabalhar/manipular consumidores na frase pré-web 2.0.

O livro é mais um tijolinho para mudar esse tipo de concepção.

Veremos.

É isso.


Comunicação: é influenciar e ser influenciado na busca do que é certo –Emílio Odebrecht – da minha coleção de frases;

O ser humano tem apenas, até o momento, três tipos possíveis de interação com os demais:

  • Eu-você (telégrafo, telex, fax, telefone, e-mail, MSN);
  • Eu-muita gente (jornais, tevê, rádios);
  • Muita gente – muita gente (blogs, listas de discussão, chats, rádio-amadores).

E isso pode se dar agora, neste momento, no caso de um chat, por exemplo, ao vivo.

Ou durante um período de tempo, através de recados, como num fórum de discussão, ao morto. 😉

O Twitter é uma evolução em relação a outras ferramentas na Web pela sua facilidade de migrar e permitir rapidamente mudanças que abrangem todas estas variações acima, como um seletor informacional.

Explico.

  • Eu Twitto e estou passando a mensagem para muita gente, minha lista de seguidores;
  • Posso mandar a mensagem para @alguém em particular, chamando a sua atenção;
  • Ou em uma mensagem direta, criando um diálogo, eu-você;
  • E #através de um símbolo posso criar uma comunidade, que tanto pode estar presente em uma palestra, on-line, como pode tudo ser lido, como recados, depois, off-line, criando a comunicação muita gente – muita gente.

Mais: respeita o direito de cada um ser seguido e seguir quem quiser, um tipo de prática inaugurada nos mensageiros instantâneos, passada pelo Skype, replicada nas redes sociais.

Eu defino a minha turma e com quem quero trocar no vasto mundo.

Diga-me quem segues ou te segues e te direi quem és!

Sim, existem várias ferramentas dinâmicas como o Twitter, tal como o e-mail, que permite que isso aconteça, mas não é tão versátil ao ponto de ao se criar por um assunto qualquer #algum_tema e rapidamente termos uma discussão de pessoas desconhecidas sobre #aquilo.

Portanto, a febre Twitter é muito mais o reconhecimento de uma nova possibilidade humana de facilidade de comunicação.

Mais do que uma ferramenta, é uma nova possibilidade comunicacional.

Troca-se um símbolo e navega-se rapidamente a distância por diferentes tipos de comunicação humana, no tempo que se achar adequado.

É uma nova camada de inteligência – uma evolução – que pode ser bem ou mal utilizada.

Sem dúvida, um salto, que tende a evoluir com novas inovações, que permitam termos Twitters que ultrapassem os 140 caracteres, por que não?

Que tal eu definir que gostaria de 280 e quem me segue, topar?

Variações e flexibilidades.

É para lá que estamos indo, indo, indo, indo….

É isso!

Concordas?

O JPaulo do Tudo 2.0 me entrevistou para o site LingNet.

Foi nos pontos, aguçou, conhecia as polêmicas, resultado: a entrevista ficou diferente, interessante, uma das melhores que dei.

Quem tiver interesse em ver como ficou, veja aqui:

Clique na imagem:

lingnet

O espírito da Neewsweek, na recente matéria do Valor, cai bem dentro da procura de uma nova mídia 2.0.

Que é a mudança de foco, a saber:

“Eles fizeram a coisa certa ao prestar atenção ao que os consumidores estão buscando”, afirma Chris Schembri, vice-presidente de serviços de mídia da AT&T.

Estão jogando frescobol, o que reforça o ponto de vista de ontem.

E complementam:

Resumindo a nova estratégia, diz Ascheim: “Não estávamos sendo o primeiro lugar em dar a primeira palavra. Mas gostaríamos de ser o primeiro lugar ao dar a última palavra“.

Esta frase em vermelho, a meu ver, resume o que a nova mídia impressa vai procurar, deixar de querer dar o furo, que fica por conta da velocidade web para ser algo mais profundo, para menos gente e caro.

Que dizes?

A vida é apenas aquilo que acontece a você enquanto você está ocupado com outras coisas – John Lennon – da minha coleção de frases.

Você está viciado em alguma coisa?

Acredito que qualquer vício é uma questão de quantidade e efeitos colaterais

Beber um copo de cerveja é socialmente aceitável.

Não conseguir parar de beber nenhum dia, é vício.

Conectar à rede e dar uma parada de vez em quando, faz parte do jogo.

Rodar na rede 24×7 sem parar é problemático.

As compulsões humanas se alojam no lado do cérebro racional.

(Ver mais sobre isso aqui.)

Se depositam ali como uma forma de defesa a tudo que temos dificuldade na vida.

Quanto mais passamos por fases e momentos difíceis, mas estamos sujeitos à nos deixar levar pela compulsão.

Conseguir equilibrar nossa vida (mente, corpo e coração) é uma atividade anti-compulsiva.

É um trabalho diário.

Todos somos compulsivos.

Há os mais graves que não conseguem mais viver fora do labirinto, sabem que estão presos!

E os que têm compulsões suaves ou tão leves e medianas, que nem se dão conta do labirinto. Vivem em um Matrix disfaçado, socialmente aceitos, mas também perdidos, perdidos…

Nos dois casos temos problemas, pois estamos deixando de viver.

E a referência sempre é a vida cotidiana.

Estamos vivendo bem, olhando para os lados, para as coisas, pessoas, o mundo?

Tenho tentando passar o fim de semana off-line.

Sem computador.

E em alguns até mesmo sem jornal.

Information free, pendurado em outro tipo de rede! 😉

Suspeito que mais e mais precisaremos criar essas ilhas não-informativas para voltarmos na segunda de alma e compulsões lavadas.

Quanto mais compulsivos, mais estressados e quanto mais estressados mais rotineiros e menos inovadores e criativos, como mostrou a reportagem da Folha.

(Estresse conduz a ações automáticas, diz estudo)

Cuidado, se a compusão não mata (o que acontece muitas vezes), aliena.

E te deixa repetitivo, irritado.

O tiro de estar compulsivamente por dentro de tudo, pode sair pela culatra, de não saber exatamente de nada, teoricamente por dentro, mas, no fundo, no fundo, por fora.

Ou como pergunta Cármen sobre a condição humana:

Quem não tem tempo para se ver, enxerga, na verdade, o outro? – Cármen Lúcia Rocha, também da minha coleção de frases;

Que dizes?

Acabo de ler e recomendo.

Tem vários exemplares na Estante Virtual.

A Filha de Galileu – um relato biográfico de ciência, fé e amor, de Dava Sobel.

Qual interesse para o nosso mundo 2.0?

Além da curiosidade histórica e da figura de Galileu, o livro mostra a perseguição e a tentativa pela Igreja/Estado do controle das ideias.

Interessante analisar como era o ambiente de conhecimento do livro impresso, bem depois da prensa de Gutemberg.

As idas e vindas.

O que destacaria do livro:

– Cresce no final, quando narra os detalhes do julgamento pela publicação do livro “Diálogos”;

– Frase para a coleção:

Ninguém é profeta em sua própria terra – provérbio anônimo;

O livro de Galileu demorou nove meses para ficar pronto na gráfica, em 1632, pg 212;

Dias depois o padre Ticcardi assinava o manuscrito dando a Galileu a licença provisória de publicá-lo em troca da promessa de umas poucas correções”, pg.188;

Comparado a um blog hoje que vai tudo direto. Imagina se Galileu não teria um blog!

“..Todos os livros sobre qualquer assunto tinha de ser submetidos a ela em toda a Europa católica (note que não entra no mundo protestante), de acordo com uma bula papal promulgada em 151 pelo papa Medici, Leão X“, pg 172.

O interessante é que isso ocorre justamente depois da explosão das vendas dos livros de Lutero na Alemanha e é o início da contra-reforma e da tentativa da Igreja impedir a circulação de novas ideias entre seus fiéis.

– Todos os livros da época, estamos falando por volta de 1650 precisavam de licença da Igreja para serem publicados, principalmente na Itália;

era preciso “ a análise de um bispo da Igreja ou de pessoas designadas pelos bispos, assim como pelo inquisidor local. Os impressores que iniciassem a confecção do livro se as necessárias permissões expunham-se à excomunhão, a multas e à queima de seus livros“, pg 173.

o papa Leão teve de preparar outra bula cinco anos depois, em 1520, proibindo todas as obras, passadas ou futuras, da autoria de Martinho Lutero“, pg 173.

em 1559 promulgou o primeiro Index de livros proibidos no mundo“…

O movimento anti-livro, como se vê hoje os movimentos contra a difusão da Internet com multas para adolescentes que baixam música, ou leis que tentam diminuir a liberdade dos usuários.

Vejam:

Mesmos os leitores desses textos podiam ser punidos. Também os livreiros tinha de ser acautelar, mantendo uma lista exata do seu estoque e estando sempre prontos para inspeções de surpresa determinadas por bispos ou inquisidores”, pg 173.

Depois de publicar o livro Galileu ficou confinado, mesmo com 70 anos, imaginem o que era ter 70 anos na época, inclusive “proibido de receber visitas que pudessem discutir ideias científicas com ele”, pg.317.

Milton, Inglês, em defesa da liberdade de imprensa, diz após visita a Galileu, confinado em uma casa:

Estive entre os homens de saber de lá, que me considerarem feliz por ter nascido numa terra de liberdade filosófica como supunham que a Inglaterra era“, rodapé da pg.323.

O livro “Diálogos”, motivo da briga,  foi publicado na Holanda, por ser um país protestante, diz assim: “A salvo num país protestante”.

O livro Diálogo, que defendia que a Terra girava em torno do Sol e não o contrário, ficou 200 anos, no Index (livros proibidos da Igreja, sendo liberado em 1835, pg 264;

No verão de 1633, o preço do livro (proibido) desenvolveu um ativo mercado negro. O livro que custava meio scudo, subiu para quatro, pg 263.

Ou seja, não adianta proibir.

Galileu acreditava que a natureza seguia uma ordem divina, revelando seu plano oculto ao pesquisador persistente, pg 249, o início da ideia de Ciência.

O livro fala por si mesmo. Não se pode ensinar de nenhum outro modo as futuras gerações e o que estão ausentes, senão pelos escritos”, Melchior Inchfer, pg 242.

Importante visão do livro e da escrita como possibilitador da memória.

No julgamento de Galileu houve:

” ..a represão da ciência pela religião, a defesa do individualismo contra a utoridade, o choque entre o revolucionário eo estabilishment, o desfio que novas e radicais descobertas representavam para as velhas crenças, a luta contra a intolerância pela liberdade de pensamento e de expressão“, pg 221.

Na morte de Galileu, escreveu Lucas Holste, bibliotecário do cardeal Francesco Barberini:

Agora, cessada a inveja, começará a ser conhecida a sublimidade desse intelecto, que servirá a toda a posteridade de guia na busca da verdade”, pg 323.

Ai, ai, olhando essa vida dura do Galileu olho para nossas empresas de hoje com medo dos blogs de funcionários, de empresas com medo dos comentários dos leitores em seus blogs e vejo que o ser humano, se atualizou, mas não evoluiu.

É isso.

PS – Suspeito que o livro que fala de tamanhos de ambientes informacionais deva ser “Duas Novas Ciências”, a conferir, pg 288, ver mais sobre o tema quando cito Galileu para nos ajudar a compreender a rede.

Olha que interessante.

No dia 06 de agosto, resolvi brincar com a situação da política e do Sarney.

E fui punido.

De uma tacada, perdi 27 seguidores.

Thu Aug 06 19:26:08 Dizem que o ataque do Twitter também foi

obra do Sarney.

Ele queria empregar o namorado,

primo da irmã do motorista. Disseram não..;)..

Não é o tipo de post que costum fazer, mas deu vontade.

Soube do resultado, através da ferramenta Tweet Effects.

Dica da matéria “Twitter é Ciência“, da Sandra Carvalho (@sandracarvalho).

O motivo?

Não sei, o que você acha?

Vou analisar….

O jornalismo impresso deveria ser um contraponto de civilidade – Carlos Eduardo Lins e Silva – da minha coleção de frases.

Você já jogou frescobol na praia?

Dizem que é um dos poucos jogos de duas pessoas que não há competição.

A ideia é ficar o maior tempo possível um rebatendo a bola do outro.

É um jogo de colaboração!

Diria que é um estudo dos contrapontos.

Se fulano gosta de bola baixa, bola baixa.

Canhoto? Bola na esquerda.

Gosta de bater, prepare-se apenas para defender.

É uma espécie de contra-ponto dinâmico o tempo todo.

Pergunta-se qual é o papel da escola hoje?

Da mídia? Da Indústria da música com a Internet?

Olhar para a bola que vem do usuário e rebater, na medida.

Os professores estão com raiva do Copy-and-paste.

Sempre disse que o copy-and-paste é uma resposta inteligente a uma pergunta burra do professor.

Se o Google em um segundo responde quem é o pseudo-descobridor do Brasil, não se deve mais perguntar isso, mas talvez se realmente o Brasil foi descoberto, ou se o termo não deveria ser outro.

Os europeus chegaram na terra antes habitada pelos índios, como atualizaria esse tema nos dias de hoje?

Aonde há conflitos no mundo entre nativos e estrangeiros? Os imigrantes da Europa?

Pensar, pensar, pensar…

O aluno precisa pensar, administrar volumes de dados de forma inteligente, não precisa mais saber o dado isolado, mas trabalhar melhor a sabedoria.

O aluno está perdendo a capacidade de refletir e ganhando a velocidade em processar.

A escola tem que atuar na direção contrária!

Escolas de sabedoria e não de dados, possivel?

Ou seja, a bola tem que ir na direção de mantê-la viva.

Indústria da música?

Não vendem mais CDs, vendam shows e tudo que se faz em torno deles.

O mercado precisa profissionalizar essa parte, com casas variadas, espaços diferentes.

Investir no encontro do público com o artista cada vez mais raro e caro.

O problema é que ninguém quer mudar.

Mudar é difícil.

É melhor fechar os olhos e continuar batendo o tambor no mesmo tom, cada vez mais alto e apelar para a força:

O argumento da força é empregado, quando não há mais força dos argumentos – Alberto Carlos de Almeida, da minha coleção.

Quer ser receber a rebatida igual, como se nada tivesse mudado.

A bola mudou, as raquetes idem e o cara do outro lado esta pedindo bola alta e daqui só se manda bola baixa.

Vamos acordar!

Os jornais hoje discutem se vão ou não vão cobrar.

(Rupert Murdoch vai cobrar pelo conteúdo de todos os seus sites)

Mas cobrar pelo que?

O que ser quer de um jornal?

Eu concordo com o Dvorak nesse artigo, Será o fim do Jornal, na Info, de Setembro:

“(…)_ É por isso que a Internet está matando os jornais e vai continuar até que eles se modernizem e, acima de tudo, gastem mais dinheiro em conteúdo único e original. Temo que poucos farão esta transição.

O que seria este conteúdo original?

Arrisco:

  • Análise, análise, análise, juntando fatos e mais fatos, dando uma visão geral sobre fatos, com informações passadas e perspectivas futuras;
  • Comentários variados, com pensadores inquietos, com pensamentos distintos, debates, e não gente que apenas vê a bola rolar e dizer que a bola esta rolando, gente que instigue e não esse pessoal que fica dizendo o nada em cima do nada, ou tentando manipular para um determinado caminho!;
  • – Colaboração, usuários, pesquisa, principais tendências do público, jornalistas que consigam captar os comentários dos leitores na Web e façam um resumo dos melhores;
  • Investigação – espaço aonde por mais blogueiros que tenhamos, só um jornalista consegue chegar a determinadas fontes, dados, etc..sabendo, inclusive, trabalhar com as redes sociais para se informar mais e melhor.

Tem que ser algo diferente, mais sofisticado, que comece a fazer o contraponto com a nova necessidade.

Não é preciso mais saber que fulano morreu, isso todo mundo sabe pelo Twitter, pelo rádio, pela tevê, mas tudo que envolve essa morte do ponto de vista mais geral, num quebra cabeças maior.

Estamos afundando na lama da mesmice...

Estamos afundando na lama da mesmice...

Se não for isso, disputar com a Web e querer cobrar, é sempre bater na bola no lado fraco do adversário e o jogo acaba rapidinho, com a bola paradinha no chão.

Concordas?

According to Google Scholar, “Motivation and Personality,” by AH Maslow, 1970, Harper & Row, is a book often quoted by researchers working in many areas.

The author created a simple pyramid to describe human needs.

A good translation and definition of this pyramid can be found in the paper “FATORES MOTIVACIONAIS DA COMUNIDADE CIENTÍFICA PARA PUBLICAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE SUA PRODUÇÃO EM …” (Scientific community’s motivational factors for publishing and disseminating their production in scientific journals), by several authors, which I took the liberty to reproduce below:

We should note that human needs, starting with survival, go on to well-being, recognition, and self-actualization. These latter needs require increasingly sophisticated knowledge environments to be fulfilled.

For example, to meet the needs at the pyramid base – the physiological needs – one has to know how to acquire food, clothing, and water. The person also needs to know where he or she will find shelter. Once this is settled, the following stages come into play.

Let’s imagine a catastrophe like hurricane Katrina, in which homeless people have gone through different stages, from searching for safe drinking water to finding the next meal, a place to sleep, until they began to think about how to restart their lives.

To make this possible, information has to be increasingly articulated to meet those needs, which are becoming more sophisticated with human evolution in society.

a) the number of people living on the planet, which in turn;

b) expands the amount of needs, which in turn;

c) require an increasingly sophisticated communication and information apparatus to meet those needs within the timeframe demanded by the situation.

Thus, there is an increase of the planet’s population and expansion of human needs. These can be quantified in products and services.

Thus, based on Maslow’s pyramid, it’s possible to establish a relation between the number of people on the planet and requirements for increasingly complex information and communication environments, i.e., knowledge environments.

K= population

Y=human needs

Z= knowledge environment sophistication

The more people on the planet, the more demand for information. Therefore, knowledge systems must be more sophisticated.

In the formula:

K x Y =Z

From this perspective, for each stage of human history, knowledge environments became more sophisticated to meet the needs of an increased population.

So, knowledge is not a new factor, nor can we say we live in the first knowledge society. All we can assert is that we live in a knowledge society that heads toward a level of sophistication required by the current population on the planet.

So, a kind of theory of proportionality between human needs and the complexities of knowledge environments emerges.

This discussion is part of my doctoral dissertation.

More Neposts in English.

Twitter in English. Follow me.

Twitter in Portuguese. Follow me.

Translated by Jones de Freitas. Edited by Phil Stuart Cournoyer.

This post in Portuguese.

Na rede, vemos que nem todo o usuário tem um blog.

Nem todo usuário comenta em blogs.

Nem todo usuário se expressa em rede.

E podemos nos perguntar: será que todos nós nascemos blogueiros?

O princípio de Pareto, segundo o Wikipedia, diz o seguinte:

A Lei de Pareto (também conhecido como princípio 80-20), afirma que para muitos fenômenos, 80% das consequências advém de 20% das causas. A lei foi sugerida por Joseph M. Juran, que deu o nome em honra ao economista italiano Vilfredo Pareto.

  • Ou seja, em uma lista de discusão 20% são ativos, outros 80% menos.
  • Em uma sala de aula, idem.
  • No Congresso Nacional, etc….

Na verdade, esse princípio é uma faca de dois legumes, pois tanto pode ser um fator de opressão como de emancipação.

Acredito que os 20% que se colocam na frente têm características pessoais e necessidades, mais desinibição,  falta de vergonha que os demais, mas não são sempre os mais capacitados para ver o todo, ou por falar pelos restante.

Quem sempre fala, nem sempre vê.

E quem vê, muitas vezes pouco fala.

  • Quem é conservador, por natureza, acredita piamente na fotografia revelada, estática, dos 80%-20%, sem mudanças e sem percepção de que não é um sobre o outro, mas duas formas de se chegar a um dado equilíbrio;
  • Os que querem emancipação, sempre estimulam a participação dos 80%, como é o caso de Paulo Freire, Boal e tantos outros que apostam sempre na força de quem hoje está calado.

Quem não tem um blog hoje pode vir a ter.

Quem não comenta, pode vir a comentar.

Quem não se expressa, pode vir a comentar.

Sempre algo com a possibilidade de estimular e enriquecer o 80-20% e não o contrario!

Tenho procurado em sala de aula, mais e mais, estimular sempre os mais tímidos a se posicionarem, trazendo-os para o debate.

E os resultados são muito interessantes, pois às vezes falam uma vez, mas de forma profunda, mudando o cenário geral.

Ao implantar projetos colaborativos em empresas, por exemplo, é de se esperar que alguns tenham blogs ativos, outros comentem nestes blogs, outros fiquem nas sombras, mas tagueiem, votem em enquetes, etc, em diferentes níveis de ação que nem sempre representam a visão do todo, mas apenas da parte que se expressa.

Projetos vitoriosos, suspeito, serão aqueles que compreenderem a força também dos 80%, ouvindo-os e abrindo mais e mais espaço para que participem mais e mais, não se deixando levar – algumas vezes pelo barulho – dos 20% falantes.

Que dizes?

Depois de três dias terminamos o Wikishop na Dataprev.

Muita discussão, entusiasmo e coisas por fazer.

Eis aí os sonhadores:

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Passando do susto do "Por que eu?" para amanhã poder dizer "Fui eu!".

No alto, última fila ao fundo: Édson, Edgard,  Neiva, Guilherme, Ricardo, Eu, Barione, Rômulo;
Na fila mais a frente ainda em pé: Raimundo, Aline, Luiz, André, Érico, Sarah, Cynthia, André e Lucília;
Agachad@s: Maurício, Guilherme, Valcimar, Marisa, Pedro e Simão.

Problemas de grafia nos nomes, me avisem!

Projetos 2.0 eu entendo que seja olhar para o chão, mas não deixar nunca de continuar olhando para o céu – Rômulo Rocha, funcionário que participou do Wikishop, discutindo o projeto 2.0 na Dataprev da minha coleção de frases.

Construindo a ponte corporativa 1.0 para a 2.0.

(Este artigo em inglês / English.)

(Foi completamente revisto no dia 01/10/09.)

Como disse aqui no blog esta semana há em curso dois movimentos colaborativos na sociedade atual.

  • Um tecnológico – o amadurecimento de uma dada tecnologia (Internet) que permite a colaboração a distância (muitos para muitos), através de ferramentas 2.0, depois de séculos de ferramentas unidirecionais, também a distância;
  • Um ideológico – que pode ser entendida como a prática de trabalho em grupo colaborativo, que ocorre desde os tempos das cavernas,  independente de qualquer tecnologia, que pode fazer uso, ou não,  de ferramentas para ampliar as fronteiras de determinado espaço fisico. Assim, o uso de tecnologias colaborativas não nos leva necessariamente à colaboração, mas abre um amplo leque, que pavimenta a estrada para a participação voluntária, ou não, como veremos adiante.

Depois, é preciso perceber que dentro da implantação de tecnologias 2.0 há a possibilidade de extrairmos dois tipos de colaboração:

  • A colaboração involuntária – cliques, ações do tipo, compras, baixar programas, atos que você se faz por necessidade ou desejo, intrinsicamente ligada ao ato de navegar, mas que, inconscientemente, sem saber, está contribuindo para que o sistema registre suas ações e trace um perfil pessoal e de determinado grupo, além de cada página ou conteúdo contido nesta. É uma novidade no mundo digital em rede, pois em tudo que fazemos agora deixamos agora rastros digitais, o que não era possível na Idade Mídia, nos livros, jornal, rádio e tevê. Nesse tipo de colaboração, a partir das ferramentas adequadas, você não gasta tempo para contribuir com o todo, pois é natural, faz parte da própria ação, do processo, perde-se se não se usa esse rico material;
  • A colaboração voluntária – são ações que você deliberadamente expressa uma opinião, comenta, dá nota, avalia, bloga, wikeia, tagueia, responde a enquetes que dependem basicamente da vontade, da ação voluntária e da motivação, em última instância, para colaborar. Esta você precisa se dedicar um tempo para que possa ocorrer.

Essa percepção conceitual do processo nos ajudará bastante a pensar projetos 2.0 nas Intranets das empresas.

Há, assim,  três movimentos diferentes de implantação, que podem ser paralelos, ou não, na implantação de Intranets 2.0.

Vejamos.

  • Fase 1 – alterar a maneira que pensamos o trabalho, basicamente uma mudança cognitiva, para aceitar a introdução de  ferramentas colaborativas involuntárias no processo atual, passando a ter uma nova forma de controle sobre os registros, arquivos de trabalho. Essa mudança consiste em deixar de salvar o resultado do trabalho no “meu HD”, ou no repositório fechado do  meu departamento. Este fato mexe com os seguintes sentimentos arraigados na geração que está no mercado de trabalho atualmente: medo de perder poder, vergonha de se expor, corporativismos departamentais, jogos pequenos de poder, entre outros.
  • Fase 2- início de uma nova forma de trabalho, através da implantação gradual de ferramentas 2.0, que permitam se beneficiar da  colaboração involuntária, oriundas da Internet colaborativa, diretamente  no trabalho do dia-a-dia, através da publicação em áreas abertas, eliminando, inclusive, a ideia de que projetos de desse tipo levará as pessoas a trabalhar mais. Não levam, pois como vimos acima, a colaboração involutária é automática, intrínseca ao navegar. Muda-se apenas a rotina de salvamento dos registros, antes fechadas e agora passam a estar abertas para acesso geral, permitindo também a complementação de dados por quem acessa (comentários, notas, tagueamento, etc)  que com buscas, relevância pelos cliques (como faz o Google), etc. Desta forma, torna-se a curto, médio e longo prazo as atividades menos repetitivas, pois se saberá o que o outro fez e eu farei melhor em cima do trabalho já feito e em menos tempo, eliminado mais e mais a burrice coletiva involuntária atual para a inteligência coletiva involuntária; 😉
  • Fase 3 – colaboração plena, tanto voluntária e involuntária, através da colaboração de todos, através de uma mudança de postura e de aproveitamento do “clique nosso de cada dia”. Espera-se que com o tempo e novas práticas da colaboração involuntária se faça menos tarefas repetitivas, pois se achará mais facilmente o que quer, se reduzirá o trabalho redundante. A experctativa é que com essa colaboração involuntária o tempo que se perde, procurando coisas, se reduza e passe a sobrar mais  para a aprimoramento das rotinas, da forma que se faz as coisas, dedicando-se mais à inovação e menos para a repetição e duplicação de esforços.

Deste ponto, passa-se a  comentar, taguear, blogar, discutir, aprimorar. Isso é facilitado, ainda mais, se houver um reforço da empresa em valorizar, do ponto de vista funcional, quem colabora voluntariamente com o todo.

Essa atitude passa a ser estimulada e reconhecida como uma peça importante pela comunidade, bastando o monitoramentos dos  dados extraídos da própria rede (de baixo para cima, via meritocracia), como já é hoje na Internet, através de visitas, seguidores, assinaturas de blogs, etc.

A resitência corporativa é considerar que se passará a não ter mais controle, o receio de não saber o que é iniciativa ou desobediência, questões atuais de empresas que querem inovação e agilidade, passando o poder mais e mais para as pontas, mas mantendo normas de convivência.

Na verdade, passa-se a pensar a gestão da empresa, em um modelo de Gestão por redes, que desenvolvi melhor neste post.

Essas três fases resumem a  meta de projetos 2.0 e é para onde as empresas lá fora estão caminhando, veja o trabalho do Jakob Nielsen, com comentários em português e espanhol.

Nos projetos que estou envolvido nessa área  pude perceber que a primeira resistência está justamente em aceitar que a implantação de projetos 2.0 muda a forma de trabalho atual.

Ou seja, quer se implantar a colaboração em rede digital, mas sem mexer na empresa atual de hoje.

Um mito!

Que levaria necesariamente a sobrecarregar as pessoas, trabalhando mais e fora do expediente!

Se for assim, tem algo fora de foco!

Cuidado com o foco!

O que se faz, logo de cara, é mudar a forma de trabalho para que não haja repetição, através da mudança dos repositório dos registros digitais, fruto do trabalho do capital intelecutal de cada empregado/colaborador.

Ou seja, um repositório 2.0 anti-redundância e repetição, participativo, e salvo automaticamente.

O que acontece, por falta de informação exata do que virá, pois é novo, é que as pessoas  resistem bastante na  tentativa de se criar atividades que não mudem a forma operacional de trabalho, uma fuga, para manter a empresa do jeito que está, sem a introdução de ferramentas colaborativas, mas criando ações falsas, fakes, fantasiosas para evitar o processo de mudança.

Se a direção da empresa não está firme nesse propósito, esquece!

Tem que ter um mega PAI-trocínio!

É muito fácil continuar a defender  (com unhas e dentes) que colaborar e trabalhar são coisas diferentes.

(Essa concepção parte de uma uma visão equivocada do que é conhecimento, que nos leva a esse tipo de atitude, veja aqui.)

Isso deve ser denunciado e duramente combatido na implantação destes projetos 2.0, pois há um forte movimento para ficar nas empresas 1,5:  com algumas ideias ou até algumas ferramentas 2.0, mas com uma forma de encarar o trabalho de forma antiga, gerando necessariamente mais trabalho burro e repetitivo, fingindo que é 2.0.

Não é.

Cuidado com a falsidade nos projetos 2.0!

De fato projetos desse tipo são basicamente mudanças na gestão.

Na forma, que vemos as redes.

As empresas são redes e assumem que precisam fazer a gestão delas internamente, usando o que há de mais dinâmico nessa prática, a partir da experiência da Internet.

Trata-se, assim, basicamente da mudança da forma de trabalho (do registro em local fechado para aberto)  e, em última instância, de gestão da empresa, de um modelo de passagem de um controle da informação mais verticalizado (de cima para baixo) de um mais solto horizontalizado (de baixo para cima) com novas formas de controle, a partir da experiência da Web, em redes.

Não é, portanto, anarquia, mas um novo tipo de gestão operacional, mais coerente com a atual velocidade do mercado e extraindo tudo de bom que a Internet tem trazido para o mundo, gerando mais inovação e valor, em última instância!

(Tudo ficará mais fácil de ser aceito, quando o concorrente começar a implantar a ideia. O problema que você estará atrás dele!)

Assim, projetos 2.0 são um combate frontal à neurose do mundo atual que torna antagônico os termos trabalho e colaboração.

Assim, sugiro todos irmos para o quadro negro agora e escrever todos os dias de manhã:
Não existe diferença entre colaborar e trabalhar!
Não existe diferença entre colaborar e trabalhar!
Não existe diferença entre colaborar e trabalhar!
Não existe diferença entre colaborar e trabalhar!

É preciso, portanto, repensar, redefinir, recolocar o termo co-laboração (trabalhar juntos).

Escreva no quadro:

Não existe diferença entre colaborar e trabalhar!
Não existe diferença entre colaborar e trabalhar!
Não existe diferença entre colaborar e trabalhar!
Não existe diferença entre colaborar e trabalhar!

(Aliás, o centro de implantação da Intranet 2.0 do HSBC.)

Ou seja, passo 1, pensar de forma diferente o ato em si do trabalho.

Hoje, nós eu-laboramos.

Bom, resumindo tudo em outras palavras para não deixar margem de dúvidas.

Nós somos pagos para produzir registros cognitivos e o resultado desse trabalho não está disponível para toda a organização. Quando está, não permite que quem visite cada um destes registro colabore de forma involuntária, através das novas ferramentas colaborativas 2.0,  clicando e acrescentado relevância.

Ou mesmo de forma voluntária, comentando, dando nota,  para tornar cada resultado do trabalho efetivo mais relevante, inovador e preciso.

Evitando assim jogar dinheiro (resultado do capital intelectual) pela janela!

Por fim, a  introdução de ferramentas colaborativas no processo de trabalho, muda necessariamente o local de onde salvamos, sem aumentar em um segundo o tempo gasto com isso.

Como disse a Sara na Dataprev:

“Não pode criar problema, mas tem que ser uma solução!”

Ou seja, ao se trabalhar e salvar em lugares públicos corporativos não se está trabalhando mais, mas está se salvando o resultado do nosso trabalho de forma diferente, sem aumentar em nada o tempo atual gasto.

Escreva no quadro:

Se um projeto 2.0 aumentar a carga de trabalho das pessoas está com o foco errado;
Se um projeto 2.0 aumentar a carga de trabalho das pessoas está com o foco errado;
Se um projeto 2.0 aumentar a carga de trabalho das pessoas está com o foco errado;
Se um projeto 2.0 aumentar a carga de trabalho das pessoas está com o foco errado;

Um modelo similar ao que o pessoal de sites de software já fazem há anos, veja a tabela abaixo:

tabela

Numa tabela simples pode-se ter diveras informações sobre dado registro que nos facilita a escolha de qual utilizar!

Ou seja, ao invés de se fazer trabalho dobrado, mais e mais a organização 2.0 evitará repetições.

E se dedicará à inovação, colocando as pessoas prontas para se chegar a segunda fase, a da colaboração voluntária, justamente do tempo que vai sobrar com o fim do trabalho repetitivo.

Espera-se um trabalho mais motivado e usando a mente de forma mais criativa.

Conseguiremos?

Que dizes?

Diário do Comércio, a partir do post que a Alice Sosnowsky viu aqui no blog do desesperedorismo.

Veja a matéria.

Ela esteve perdida, o pessoal da IBM me mandou.

E coloco aqui no meu espaço para garantir que fique disponível.

O erro deixa de ser indispensável ao processo de conhecimento e passa a ser, ao contrário, claramente prejudicial, quando se repete – Gustavo Bernardo, da minha coleção de frases.

Estivemos empenhados na discussão sobre o que é, afinal, conhecimento na última aula do MBKM.

Cristiana questionou a minha velha e antiga defesa de que informação e conhecimento são verbos e só existem em processo, mas sugeriu que pudéssemos trabalhar como substantivo abstrato.

Fui ver e até gostei, pois dá a mesma idéia e é mais fácil no convencimento, tendo o mesmo resultado, evitar que se coisifique as pessoas, veja lá:

substantivo_abstrato

Ou ainda aqui:

“São substantivos abstratos os atributos, estados, qualidades e ações, derivados de um conceito original. Eles não existem por si sós. Não possuem forma. Digamos que não podem ser desenhados, uma vez que não transmitem uma imagem. Assim, calor e frio são abstratos, gramaticalmente falando, embora nós os sintamos de modo concreto. São também abstratos todos os substantivos que exprimem sentimentos e emoções – qualidades da alma. Você pode desenhar um homem triste, uma mulher vaidosa, mas não a tristeza ou a vaidade, por exemplo.”

Ou seja, o conhecimento não é desenhável.

É algo imaterial.

Na maioria da turma, quando faço este exercício é comum que se defina conhecimento como algo que é, concreto, um substantivo concreto.

Que pode ser fotografado ou desenhado, mas, na verdade, não pode!

É comum consideramos um livro como se fosse informação ou conhecimento como se algo estivesse contido ali.

Mas é preciso que alguém entre em relação com ele, com um conjunto de possibilidade cognitivas, saber ler, entender do assunto, ter disposição, ter tempo, saco, etc….

Ou seja, depende de uma série de fatores relacionais entre o objeto e a pessoa que o acessa, sempre em processo e nunca como algo dado, concreto.

É um filme – um movimento, nunca uma foto!

Se fizermos a tomografia, a ultrasonografia ou a radiografia de uma cabeça, até o momento com nossas tecnologias atuais,  não verermos o conhecimento lá dentro.


(No futuro, quem sabe poderemso registrar o movimento cognitivo com mais detalhes?)

O problema ao pensarmos conhecimento na sociedade atual e, principalmente, quando falamos o tempo todo em “gestão do conhecimento” termo que já questionei aqui no blog, tendemos a achar que basta ligar um aspirador de pó para tirar o substantivo concreto lá de dentro.

Pois se é concreto, tácito, um ovo na galinha, pronto para ser posto…coisificando as pessoas, o que nos leva a toda uma prática organizacional ainda com resultados pífios.

Obrigado a Cristiana e a turma por esse insight.

E você?

Que dizes?

O presidente (Lula) continua a beneficiar-se do fato de que a maioria das pessoas presta a atenção no que se diz e não no que se faz – João Ubaldo Ribeiro – da minha coleção de frases.

O Wágner foi direto na última aula do MBKM, com um tom de descrença:

“Nepô, então, você acha que as pessoas serão menos medíocres nas empresas por causa da Web 2.0?”.

Não, pois a mediocridade ou a natureza humana não mudam com a Internet.

Já disse isso várias vezes no blog, inclusive na discussão sobre felicidade e Internet.

Mas há algumas características na rede que vão dar menos espaço para determinadas mentiras, que são, digamos, para as empresas, pouco operacionais.

Vamos analisar isso.

Quando eu compro um livro de vários autores, ninguém sabe exatamente quais destes autores, realmente acabei lendo.

Para as estatísticas, todos venderam, pois é um bloco.

O mesmo se dá quando eu compro cinco livros de autores diferentes.

Quantos eu realmente li até o final?

Quais eu adorei?

E quais eu indiquei para os amigos?

Se alguém me ligar e perguntar, o que é caro e chato, por algum motivo, posso mentir.

Dificilmente ligam e dificilmente sabem.

Em resumo, a leitura de um livro não deixa rastros.

Na Web, não.

Temos os links, que definem preferências, e as nossas opções são gravadas.

Deixamos rastros.

  • A Amazon percebe isso ao indicar livros, pois ela vai aprendendo comigo, com as minhas ações, sem eu saber, ela já conhece, de certa forma, meus interesses e me coloca do lado de outros supostamente iguais a mim, que compraram  livros similares;
  • O Google idem, pois ele olha para o que você faz na Web, quem é muito visitado e quem linka determinado site, quanto mais Ibope tiver, mais alto fica na hierarquia das buscas.

Eles aprendes com meus involuntários e inocentes links e atos na rede!

Ou seja, os rastros involuntários vão mostrando para os “logs” servidores quem é quem, o que se faz na Web e quem é mais ou menos visitado.

Além disso, há ainda os seguidores, como no Twitter e nos blogs, que vão mostrando que além de você ser lido, clicado, download de seus registris, tudo isso gera uma ação de credibilidade, gerando uma reputação, ou Karma Digital.

O que pode ainda ser somado a comentários sobre o que você registrou na rede, notas positivas, etc…atos voluntários, propositais.

È preciso tangibilizar o mérito!

È preciso tangibilizar o mérito escondido no fundo do mar corporativo!

Um projeto 2.0 em uma empresa se inicia e tem o grande ganho de colocar isso que é intangível, em tangível para ganhar competitividade.

Hoje, a empresa não sabe  exatamente quem são seus funcionários mais importantes para os outros funcionários.

A avaliação, quase sempre,  é top-down, de cima para baixo.

Pois toda a informalidade dos contatos na hora do café não deixam rastros.

Os telefonemas pedindo ajuda não deixam rastros.

Não é tangível, claro, evidente, de fácil comprovação quem é mais ou menos considerado em determinado assunto, ou área.

E isso faz diferença para os negócios, pois é nessa meritocracia surda que os melhores resultados acontecem.

E quem hoje é desprezado, pode amanhã ser insubstituível!

Pois se cada funcionário tiver um espaço virtual e toda a sua produção passar a estar ali digitalmente e for monitorada, através dos rastros, poderá saber com mais precisão quem, como e aonde cada um é importante para o conjunto da organização.

Seguir e ser seguido é uma arma competitiva!

Disse ao Wágner: não, os rastros voluntários ou involuntãrios  não vão acabar nem com a mentira e nem com a mediocridade humana.

Mas dará a possibilidade de se valorizar melhor a meritocracia.

Esse tipo de prática será adotada pelas empresas?

Acredito que sim, pois se o concorrente operar e valorizar cada vez mais quem é importante para os demais, isso será um grande diferencial competitivo, o que obrigará, em cadeia, que os outros usem a mesma tática, “desmentirando” ou melhor dando mais valor a quem realmente, na prática, é importante – e como – para a organização.

A colaboração antes da Web 2.0 era opcional, agora é uma cultura embutida em uma tecnologia emergente e, como será arma competitiva, tende a se disseminar mais e mais, impulsionada principalmente pela Geração Y.

(Veja mais detalhes no post do Tudo 2.0 sobre Jakok Nielsen.)

É uma contribuição involuntária da rede a diminuição do espaço para determinadas mentiras humanas.

É igual as câmeras em uma determinada praça.

Malandro que atuava por ali, terá que mudar de ponto ou de malandragem.

Ponto.

Os medíocres terão que se adaptar a esse novo meio e vão procurar outras táticas ou locais para expandir a sua atividade.

E alguma outra tecnologia vai tentar dar conta dessa nova etapa, pois a meritocracia é a base da inovação.

Um ciclo de gato e rato.

Porém, a sopa no mel de hoje em dia, tende a diminuir nesse novo ambiente se a Web 2.0 for bem implantada .

Aqueles que hoje são mais  fumaça que fogo, cuidado!

Concordas?

Abri ontem o novo curso de Mídias Digitais do Senac Rio/Copacabana, como já havia dado aula para a turma passada.

O que me chamou a atenção foi logo na saída, se não me engano a Fernanda, me perguntou no elevador:

“Que bibliografia recomendas sobre mídia digital?”.

Sugeri ler a bibliografia que coloquei aqui no blog.

Mas de manhã pensando queria dizer para ela e para o pessoal que não deve se prender ao termo “Mídias Digitais”, ou qualquer outro.

Como dizia Popper não somos estudantes de assuntos, mas de problemas!

Concentrem-se nos problemas das empresas, que a meu ver, nessa área é: tentar entender a nova mídia e gerar valor com ela.

Para isso, é preciso compreender a sua lógica passada, presente e futura.

E ai terá a diferença.

Quando for tomar alguma ação, será sempre acertada gerando valor para o cliente e aumentando o seu salário.

Faltou essa dica final, que faço aqui.

Santo blog!

“A mídia social amplificou a urgência da comunicação a respeito de crises”, diz Shel Holtz – Que está na matéria e foi pra minha coleção de frases.

Saiu no WSJ:

Vigiar o Twitter é arma do RP das empresas

O tema rolou aqui no Rio na semana passada e eu dei uma postada.

Mis um link interessante:

http://www.produzindo.net/a-comunicacao-empresarial-nas-midias-sociais/

O homem tecnológico colocou a floresta à mercê do homem, invertendo a situação anterior quando o homem é que vivia à mercê da florestasArnold Toynbee – da minha coleção de frases.

Quando estávamos na caverna, tínhamos três tipos de formas de nos comunicar, como diagnosticou Lévy:

  • Um-um – eu dialogando como o outro, ou você me mandando fazer algo, etc;
  • Um-muitos – alguém falando para os demais sobre algo;
  • Muitos-muitos – uma discussão ampla de um grupo sobre determinado assunto.

O crescimento da população humana nos espalhando pelo planeta e nos multiplicando fez com que precisássemos de tecnologias cognitivas informacionais para nos liberar daquele espaço.

Se continuássemos presos à cavernas, não poderíamos nos expandir pelo planeta!

Todo o movimento de criação de novas tecnologias cognitivas sempre foi e irá na direção de nos liberar de alguma forma de determinado espaço, algumas vezes do tempo, expandido para um ser inanimado tecnológico nossas impossibilidades físicas.

Assim, criamos para nos expandirmos no planeta as seguintes tecnologias para nos liberar do espaço da caverna, ao longo do tempo, para cada uma das seguintes interações:

um-um – o grito, o telégrafo, o telefone, o telex, o fax, o e-mail, o MSN, o Skype;

um-muitos – o tambor, o sinal de fumaça, a escrita na pedra, no papel copiando (livros copiados), no papel imprimindo (livros impressos), os jornais, o rádio, a tevê, os sites e os portais sem comentários;

muitos- muitos – a conversa em grupo, o rádio amador, as teleconferências, as ferramentas colaborativas na Internet, tais como os blogs com comentários livres e redes sociais, que se iniciam com os fóruns, chats, IRCs, etc.

Ou seja, não estamos na rede “inventando” a colaboração, a conversa muitos-para-muitos, mas apenas tornando-a possível a distância, como um processo natural de expansão, principalmente para atender à demanda de 7 bilhões de almas, que precisam de dinamismo para sobreviver nesse planeta inóspito.

O interessante é que podemos observar que existe, assim, dois conceitos em separado.

  • O muitos-para-muitos sem tecnologia, como ideologia, conceito, forma, uso para construir ou se chegar a determinadas soluções em grupo, que é opcional, uma forma de lidar com as coisas no presencial, para a qual não estamos muito preparados, em função da nossa educação cada vez mais isolada, egoísta, etc;
  • E o muito-para-muitos viabilizado pela tecnologia, a colaboração em rede a distância, que é, a partir de determinadas ferramentas, colocadas como condição, tais como o comentário em um blog, ou a participação de alguém em um termo no Wikipedia, ou numa lista de discussão. Não se opta por ideologia nestes casos, mas pelo simples fato que ali é “desse jeito que funciona a coisa”

Ambos os conceitos aparecem e começam a dialogar de novo, entrar muitas vezes um conflito,  impondo à sociedade a redefinição do termo co-laborar (trabalhar  juntos), como ocorreu, por exemplo, na palestra do HSBC.

Ou seja, se por um lado temos algo totalmente novo: a colaboração em rede a distância, via aparelhos digitais.

Há um resgaste de algo totalmente antigo e esquecido: o diálogo em volta da fogueira.

Ora seremos futuristas; ora saudosistas.

É nesse equilíbrio que está o sucesso da implantação de projetos 2.0 nessa nova sociedade!

Exemplos de conceitos e propostas de muitos para muitos sem nehuma tecnologia, mas com resultados comprovados e reconhecidos no passado:

  • A metodologia Paulo Freire em sala de aula, na qual o professor é um facilitador e a troca entre os alunos é fundamental para construir conhecimento. Cada professor tem a liberdade de ser mais ou menos vertical;
  • A metodologia de Augusto Boal que sugere que o espectador pode interromper a peça de teatro a qualquer momento, planejada para discutir dado problema e procurar soluções em grupo, a partir do impasse;
  • O modelo de recuperação dos Alcóolatras Anônimos e similares, que estabelece que a cura para o alcoolismo precisa de reuniões e troca de experiência entre os doentes. Um alcoolista pode optar por outros métodos para combater o problema;
  • As terapias de psicanálise em grupo. Existe também a individual;
  • Os congressos acadêmicos. Quem não quiser ir, não vai.

Ou seja, a colaboração não começou hoje, mas ela, por necessidade humana de expansão no planeta, foi viabilizada na rede digital a distância, impondo e resgatando uma nova cultura colaborativa ao mundo, chamando a atenção para essa grande possibilidade comunicacional que, após muitos anos de Idade Mídia deixou de fazer sentido.

E agora se recoloca como um item básico da nossa sobrevivência.

Sozinhos não lidamos com esse volume de informação infernal!

Ou seja, estamos já conseguindo – na Web – colaborar e viver o muitos-para-muitos e o nosso desafio agora é resgatar essa maneira de resolver problemas como ideologia, como conceito, resgatando as idéias de colaboração que estavam esquecidas, que foram bloqueadas pela força das antigas mídias.

É importante afinar o conceito e o trabalho muito-para-muitos ideológico, conceitual, com as novas ferramentas.

E recolocá-la na nossa sociedade, que tende ao eu-laboro, ao invés do eu-laboro, ao eu resolvo tudo sozinho, como vemos bem no modelo do cinema americano Indiana Jones, Duro de Matar, Rambo, etc…

Assim, as práticas de participação, a la Paulo Freire e Boal, se atualizam, pois a filosofia de colaboração, agora vira uma cultura hegemônica, saindo do que era alternativo para o centro do capitalismo cognitivo.

Estranho, né?

E você o que diz?

Estamos aqui construindo e discutindo um novo modelo de ser 2.0 em uma empresa pública. Veja o resultado da discussão do exercício coletivo, ¨O que é a Internet?”

Grupo 1 Grupo2 Grupo 3
Milhoes de computadores interligados em rede, compartilhando informacoes, servicos, relacionamentos e entretenimento, num ambiente colaborativo

Interatividade

Universo de informaćao compartilhado de forma anárquica, onde se pode encontrar servicos, respostas e solucoes, e principalmente divulgar idéias. É uma rede mundial que alia pessoas, processos e tecnologia, promovendo a disseminacao e troca ágil de informacao, conhecimento, bens e servicos.

Nós somos um meio, não um fim – Nilton Bonder – da minha coleção de frases.

A web tem uma possibilidade clara.

Recolocar na vida o encontro humano, através de uma nova tecnologia.

Fomos separados pela:

  • Globalização;
  • Metropolização;
  • “Engarrafação”;
  • Midiatização;
  • etc…

Nos viciamos nas nossas cavernas.

Nos viciamos em sermos consumidores passivos.

Perdemos contato com o vizinho.

A web nos possibilita (veja bem o verbo) a fuga desse Matrix, através do reencontro.

  • Com pessoas conhecidas, mas perdidas – turmas do passado;
  • Com pessoas novas, nunca conhecidas – através de interesses em comum;
  • Com vizinhos – através de problemas comuns.

Ou seja, procurar implantar projetos colaborativos é rediscutir o encontro.

É dar, de novo, voz, cor, para quem não as vê mais.

O problema que essa palavra encontro não é dada, estabelecida, de pronto na rede.

Ela é conquistada, pois a rede tem suas armadilhas.

(E como as têm!)

  • Ao acreditarmos que o encontro se dá como mágica;
  • Ao acharmos que o encontro virtual e anônimo é encontro e não desencontro;

Por querermos transformar a Web em uma mídia de massa personalizada, coisificando as pessoas que encontramos nela.

O movimento da web para a vida. E da vida para a Web é o elemento fundamental para que os encontros se desneurotizem em rede e fora dela.

Há gente que quer se auto-escanear e viver do mundo virtual por ele mesmo.

Até passeatas imaginamos ser possível nesse mundo mágico!

Querer a colaboração e implantar projetos 2.0 é basicamente um ato de reencontro entre pessoas.

Ora on-line, ora off-line, sem máquinas.

E a medida de sucesso é o estreitamento dos laços mais e mais entre os participantes.

A web deve ser usada para o encontro, descoisificação humana.

O resto é mídia de massa, ou desencontro.

Cuidado para não dar veneno, achando que é remédio!

Concordas?

A Educação precisa ser pensada de uma forma ecológica. Deveríamos ter duzentos conceitos educacionais diferentes e deixar que as pessoas escolhessem o melhor para si – Bruce Mau – da minha coleção de frases.

Galera pensando o que é Conhecimento? O debate depois foi muito legal!

Começo hoje de noite mais uma jornada com os alunos do MBKM.

Estarei postando neste blog tudo sobre os nossos encontros, incluindo fotos, estimulando os alunos a terem contato, de verdade, com o mundo colaborativo.

É mais uma tentativa de aprofundar o uso do blog em sala de aula.

Quem quiser acompanhar a turma por aqui, mesmo não estando nela, seja bem-vindo, pode comentar, discutir, etc.

Considero que temos que fazer um esforço em sala de aula para todos serem convexos, estarem juntos, mas côncavos na Internet, recebendo e divulgando tudo que acontece para os outros.

Veja reflexão sobre isso nesse link.

Vejam abaixo o detalhamento do curso:

Nome da disciplina:Conhecimento em Rede

EMENTAS

  1. 1. Trataremos de discutir, de forma colaborativa, o senso comum sobre o que consideramos que é Conhecimento e Rede. E, a partir, faremos uma revisão destes conceitos, analisar como podemos utilizá-los na nossa vida e das nossas organizações, aplicando as novas tecnologias colaborativas, o que o mercado denomina Web 2.0.

CARGA HORÁRIA TOTAL

  1. 1. 12 horas

OBJETIVOS

  • CONHECIMENTO – Ao final desse programa você deverá conhecer
  1. 1. Repensar o que realmente é Conhecimento e Rede. E procurar ter uma nova visão para atuação no ambiente atual de produção de informação, trazido pela Internet.
  • HABILIDADE – Ao final desse programa você deverá ser capaz de
  1. Capacidade de analisar os problemas de informação e de geração de conhecimento sob uma nova ótica.
  • ATITUDE – Ao final desse programa você deverá ter mudado sua atitude para:
  1. Não procurar soluções para problemas com visões antigas pré-Internet.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (Detalhamento da ementa)

  1. 1. O que é a Internet? O que é conhecimento? Como o Conhecimento em Rede afeta a sociedade? As organizações e como podemos utilizar novos conceitos para fazer a diferença. O que é a Web 2.0? Existe sociedade do conhecimento, da informação? É possível gerir o conhecimento? Existe Gestão de conhecimento? Gestão da Informação?

Não teremos Power Point – justificativa do professor para eliminar o Power Point:

http://nepo.com.br/2008/11/27/power-point-asa-ou-corrente/

Quem quiser ter acesso a apresentações antigas do professor:

http://www.slideshare.net/cnepo

Recomenda-se ver o que as outras turmas já fizeram nas minhas aulas:

http://nepo.com.br/?s=mbkm

  1. 2.

METODOLOGIA

  • CONCEITUAÇÃO
  1. 1. O professor é apenas um coordenador da colaboração entre aluno-aluno e professor-alunos. Não existe conhecimento pronto, mas só aquele elaborado em conjunto, no qual todos aprendem com a ignorância/experiência/criatividade/conhecimento do outro.
  • CRÍTICA
  1. 1. O aluno não deve vir para aprender de forma passiva, mas trazer a sua curiosidade ativa e uma visão pró-ativa de que tudo que ele sabe ou tem dúvida é fundamental para que o processo de aprendizagem seja proveitoso.
  • VIVÊNCIA
  1. 1. Da colaboração, do aprendizado coletivo.
  • AÇÃO
  1. 1. Não há transmissão de conhecimento, mas sincronização de vivências, na qual todos saem da sala de aula em outro patamar, incluindo o professor.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO

A nota será finalizada da seguinte forma, dentro de sala de aula, com auto-avaliação dos alunos:

a) Presença em sala de aula – 6  pontos, divididos assim.

1,0 – para a sexta;

2,0 – para o sábado.

1,0 – para a sexta;

2,0 – para o sábado.

b) Presença no trabalho do grupo em sala de aula – 2,0;

c) Participação do aluno em sala de aula – 1,0;

d) Participação do aluno na Internet (*) – 1,0.

(*) serão criados posts no blog do professor e o aluno poderá comentar lá.Ou em qualquer espaço que toda a turma, o professor e outros alunos do curso possam ter acesso, para ser discutido em sala de aula.

É recomendado aos alunos serem pontuais, em função dos exercícios em sala de aula.

Os alunos que faltarem poderão recuperar os pontos perdidos, se informando sobre  o conteúdo da aula e relatando o que aconteceu nos comentários no post referente à aula, no blog do professor. O mesmo acontecendo para o trabalho em grupo, fazendo individualmente e publicando no blog do professor. Os alunos que tenham problema para colocar o nome na Internet podem postar de forma anônima e informar ao professor que é autor do post, através de e-mail, enviar para nepomuceno@pontonet.com.br

Os alunos se auto-avaliarão nos itens “c” e “d” e discutirão em sala de aula com o professor, através de troca de papel escrito, estas notas. Os outros itens serão automáticos, conforme presença.

A discussão sobre auto-avaliação, ou notas 2.0, faz parte da metodologia e do próprio conteúdo do curso, discussão sobre este tema em:

http://nepo.com.br/2009/05/14/notas-2-0-o-aluno-se-auto-avalia/

Os trabalhos de quem faltou só serão válidos uma semana depois que terminou o curso. Os alunos que faltarem mais de x % das aulas não poderão passar nem fazendo trabalho. Informem-se na secretária o número de faltas permitidas.

PROGRAMAÇÃO

Semana

Conteúdo

Material de Apoio (filmes, textos, livros, exercícios)

1ª aula

(sexta)

  • Debate coletivo – o que é Internet? O que é conhecimento?

Através de exercícios colaborativos.

2ª aula

(manhã sábado)

  • Filme Lutero (Parte I) Debate

Filme

2ª aula

(tarde de sábado)

O que é o mundo 2.0? Uma era de mudanças ou uma mudança de era?

Apresentação de idéias do professor e discussão com a turma.

3ª aula

(sexta)

  • Uma visita guiada pela Web 2.0 (Blogs, Twitters, redes sociais)

Apresentação dos grupos de alunos.

4ª aula

(manhã)

  • Trabalho de grupo

Apresentação dos grupos de alunos.

4ª aula

(tarde)

  • Apresentação dos grupos – auto-avaliação individual (cada aluno diretamente com o professor) e depois coletiva da turma.

Apresentação dos grupos de alunos.

A programação é tentativa e pode mudar conforme a interação com a turma.

BIBLIOGRAFIA

  • LIVROS

Nº  Item  – Autor                                  Obra               Edição/Editora                   Ano

Obra

Editora/Edição

Ver bibliografia recomendada em:

http://nepo.com.br/2009/05/25/bibliografia-recomendada/

Artigos recomendados no meu blog para esta disciplina:

http://nepo.com.br/category/gestao-do-conhecimento-20/

http://nepo.com.br/category/empresa-20/

Sugere-se uma visita ao blog do professor para ler outros assuntos de interesse, olhem na lateral os assuntos em “Categorias”.

E o livro “Conhecimento em Rede”, Nepomuceno e Cavalcanti.

Curriculo resumido do professor

  • Professor:
Doutorando em Ciência daInformação pela Universidade Federal Fluminense, com o tema “Redes do Conhecimento”  é  jornalista e consultor especializado em Planejamento Estratégico em Informação,com especialização no mundo Web, desde 1995.

Atualmente, presta consultoria para as seguintes instituições:

Petrobras, Coppe/UFRJ, IBEU e Z3M Consultoria.

É professor do MBA de Gestão de Conhecimento do CRIE/Coppe/UFRJ, da Pós-graduação em Gestão Estratégica de Marketing Digital, da Faculdade Hélio Alonso e em Mídias Digitais, no Senac, em ambas instituições com a cadeira “Conhecimento em Rede” e presidente do ICO – Instituto de Inteligência Coletiva.

Escolhido como um dos 50 “Campeões brasileiros de inovação”, pela Revista Info, em 2007, na área de universidades e pesquisas por coordenar o projetoICOX, primeira ferramenta brasileira para gerenciamento de projetos de redes sociais eletrônicas, software livre que conta com apoio da Faperj, Finep e Infoglobo.

É co-autor do primeiro livro sobre Web 2.0 no Brasil: “Conhecimento em Rede“, da editora Campus em co-autoria com Marcos Cavalcanti.

Por fim, é Diretor Executivo da Pontonet, primeira empresa de Consultoria da Web Brasileira, fundada em 1995, que reúne na sua carteira mais de 230 projetos de consultoria estratégica em Internet.

Obra

Editora/Edição

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