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Blogsário

A maioria dos erros consiste apenas em que não aplicamos corretamente o nome às coisas – Espinosa – da minha coleção de frases.

Bom, vamos definir termos, em eterna evolução:

  • Web 2.0 – momento de passagem na evolução da rede digital, a partir de 2004 , que evidencia a  massificação da articulação humana muitos para muitos, a distância, em função da expansão da banda larga, que, ao mesmo tempo, que melhorou reduziu o custo de acesso. Fenônemo já verificado em outros momentos da história, como na redução do custo do livro manuscrito para o impresso;
  • Rede Digital – ambiente de troca de informação humana, que se inicia em 1940 com o computador de grande porte, evolui para o microcomputador, na década de 80 e se expande com Internet, nos anos 90, tendo como relevância principal, a articulação humana muitos para muitos, a distância.
  • Internet – tecnologia cognitiva que permite a introdução da  articulação humana muitos para muitos, a distância na rede digital, a partir dos anos 90, além de permitir, como nunca antes visto, a integração de todas as redes de conhecimento anteriores;
  • Redes de conhecimento – ambientes de informação e conhecimento marcados por diferentes tipos de articulação humana, a partir de novas tecnologias de comunicação, a saber: a dos gestos e grunhidos, a da fala, a da escrita e a digital;
  • Gestão de conhecimento – termo utilizado de forma indevida, já que o conhecimento é uma ação cognitiva e sempre relacional, não podendo ser gerenciado ou gerido. Pode-se, no máximo, produzir  registros de competências e experiências. Mais sobre o tema;
  • Gestão da informação – termo utilizado de forma indevida, já que a informação é uma ação cognitiva e sempre relacional, não podendo ser gerenciada ou gerida. Pode-se, no máximo, gerenciar documentos.  Mais sobre o tema;
  • Sociedade da informação – termo utilizado de forma indevida, já que o aumento da informação é proporcional ao número de habitantes do planeta. Ou seja, temos a quantidade proporcional a 7 bilhões de pessoas, ou para ser exato, com a produção de 21 bilhões de pratos de comida por dia e toda a carga informacional que essa “massa de bocas” necessita. Ver mais;
  • Sociedade do Conhecimento – termo utilizado de forma indevida, já que do ponto de vista prático não há nada que nos aponte mais sabedoria do que civilizações passadas. Do ponto de vista econômico, como característica de uma sociedade pós-industrial, com a produção de produtos de maior valor agregado, com necessidade de conhecimento, não há ainda nenhuma teoria que faça a comparação dessa necessidade com civilizações passadas, como a dos artesões antes da Revolução Industrial, que também demandavam grande necessidade de conhecimento para realizar o seu trabalho. Ver mais.
  • Segurança da informação – atividade que deve garantir que todas as informações necessárias cheguem, possam ser acessadas e compartilhadas pelos usuários dentro do sistema informacional, de tal forma que possam executar suas tarefas e garantir a missão da organização;
  • Inteligência coletiva involuntária, colaboração involuntária, rastros involuntários – devido à digitalização dos registros, é possível com a Internet saber o caminho que cada usuário percorreu no seu trajeto informacional, dando à humanidade, pela primeira vez, possibilidades inusitadas de saber o que é mais ou menos interessante para quem se informa;
  • Inteligência coletiva voluntária, colaboração voluntária, rastros voluntários – devido à possibilidade do amadurecimento tecnológico de permitir a interção muitos para muitos a distância, a facilidade de inclusão de melhorias nos registros existentes, é possível com a Internet ampliar a colaboração humana, através de ações voluntárias e colaborativas para se chegar a determinados produtos ou serviços.

9 Responses to “Blogsário”

  1. luizramos2009 disse:

    Muito oportuno seu blogsário para esclarecer alguns pontos e conceitos da Web 2.0.

    Indiquei seu blog a uma pessoa, que me disse ser a Internet muito mais importante que a criação da imprensa.

    Ao aplicarmos corretamente os conceitos chegaremos à conclusão que muitas idéias e opiniões estão baseadas em termos de efeito que, na verdade não dizem nada, ou expressam mal o que tentam explicar.

    Assim, o grunhido, a roda, a imprensa e a internet têm a mesma importância relativa no campo do conhecimento, creio.
    As frases e expressões de efeito ficam bem em discursos pouco sérios ou malintencionados.
    Luiz Ramos

  2. cnepomuceno disse:

    Luiz,

    é uma característica humana.

    Comigo e conosco nunca antes na história desse planeta..;)

    A Ciência e, principalmente, a história das mudanças vêm na direção de nos ajudar a tentar colocar os pingos nos is para evitar delírios.

    Eu luto contra os meus – que existem – sempre estudando, lendo e vendo.

    Colocar o blogsário é uma forma de agora poder ao longo dos novos posts apontar para cá e não precisar explicar de novo.

    Valeram os comentários,

    abraços,
    Nepô.

  3. Benedito F. Oliveira disse:

    Gabriel Garcia Marques conta, já na primeira página do “Cem Anos de Solidão” referindo-se a Macondo, que “O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nomes e para mencioná-las se precisava apontar com o dedo.”
    Assim é essa área de informação/internet/web n.0, tudo é muito novo, os fatos e o seus usos vão na frente a atropelam nossa capacidade de nomeá-los e conceituá-los. Você é o desbravador dessa nova Macondo, primeiro aponta com o dedo, depois conceitua e dá nome aos bois.
    Como tudo é novo, tudo mudará mas isso não invalida o seu esforço e mérito. Continue abrindo picadas.

  4. cnepomuceno disse:

    Benedito,

    grato pelo comentário.

    Nepomuceno.

  5. […] essa é a idéia do Blogsário. Neste post, consolido os termos para que não haja dúvida do que penso sobre os assuntos, […]

  6. […] O interessante é que de todos os aspectos da rede, ela deu destaque a um em particular: os rastros involuntários. […]

  7. […] O interessante é que de todos os aspectos da rede, ela deu destaque a um em particular: os os rastros involuntários. […]

  8. […] O interessante é que de todos os aspectos da rede, ela deu destaque a um em particular: os os rastros involuntários. […]

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