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Num mundo em que as certezas têm feito tanto mail as pessoas, espalhar dúvidas pode ser uma benção – Carlos Eduardo Lins da Silva – da minha coleção de frases.

Saiu na Folha neste último  fim de semana (23/08) a notícia “Partido Pirata debuta em eleição doméstica para Parlamento alemão“. E pergunta-se: vamos ter um partido deste tipo no Brasil?

Ou melhor, o Partido Pirata Brasileiro, que já existente, desde 2007, vai vingar?

O que defendem os piratas alemães, inspirados nos suecos, os que tiveram a ideia?

“Suas principais bandeiras são a defesa da privacidade, a livre circulação de cultura e conhecimento, reforma do sistema de patentes, transparência do Estado, gratuidade da educação pública e livre acesso a resultados das pesquisas patrocinadas pelo poder público. A agenda restrita segue o receituário inaugurado pelo Piratpartiet, da Suécia, que nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, em junho, elegeu dois representantes”, (na reportagem da Folha.)

Os piratas suecos em passeata...

Os piratas suecos em passeata...

Os piratas seguem uma linha parecida com a dos Verdes: temática.

Partidos que vem para chamar a atenção para determinado assunto relevante e emergente que os partidos tradicionais não abordam, ou tocam, mas não enfatizam, um pouco a proposta do Cristovam Buarque na eleição presidencial passada, que puxou a brasa para Educação; E a Marina Silva nesta, para o meio ambiente.

No site do Partido Pirata brasileiro as bandeiras desfraldadas no navio são:

partido_pirata

“O Partido Pirata é um movimento que surgiu no Brasil no final de 2007 a partir da rede Internacional de Partidos Piratas, organização pela defesa ao acesso à informação, o compartilhamento do conhecimento, a transparência na gestão pública e a privacidade – direitos fundamentais que são ameaçados constantemente pelos governos e corporações para controlar e monitorar os cidadãos. Não acreditamos na “propriedade intelectual” e entendemos que sua defesa no âmbito digital implica no controle dos cidadãos e na supressão dos direitos civis e liberdades individuais fundamentais.

O Partido Pirata do Brasil defende ainda a inclusão digital, o uso de softwares livres e a construção de políticas públicas de forma efetivamente participativa e colaborativa. O Partido Pirata ainda não é institucionalizado. Mas não estamos esperando o reconhecimento oficial para buscar apoios e difundir nossas propostas. Elas estão em constante desenvolvimento pelos membros do Coletivo, que se comunicam através de ferramentas colaborativas e abertas ao público, como o fórum, wiki e lista de emails.”

(Mais sobre a iniciativa, saiu uma matéria na Época, este mês.)

Por que eu acho que o Partido tende a crescer por aqui e em outros países:

1) a juventude não vê espaço de participação em outros lugares;

2) o novo sempre atrai e está, digamos, virgem para o poder;

3) algumas bandeiras são necessárias e relegadas a segundo plano, como a ecologia continua por aí, ainda.

Pergunta-se: me filiaria a um Partido Pirata?

Por que não?

Com tudo isso que está aí….não concordo que tem que acabar 100% com a propriedade intelectual, mas de resto…

Não acredito, entretanto, que partidos temáticos venham para ficar.

São passageiros, como movimentos, que semeiam na sociedade novas ideias e tendem a se incorporar a outros mais adiante, ou perder o foco inicial.

É fato:

Ideias isoladas nunca resolvem problemas sistêmicos.

(Discute-se aliás no site dos Piratas se deve ser um partido, um coletivo, uma ONG, etc…)

Qualquer participação da juventude, é bem-vinda!

E você..o que me diz sobre o tema?

Vote na enquete e comente, estou curioso:

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7 Responses to “Política: Precisamos de um Partido Pirata no Brasil?”

  1. Gilson disse:

    O legal desse partido é que ele contribui para disseminar idéias novas e criativas de como pode ser um movimento político pelo mundo.

    Hoje no Brasil infelizmente não temos mais confiança em nenhum partido, pois as casas que acolhem nossos representantes estão inundadas pela incoerência e descaso público.

    Apoiar e votar num partido que realmente defenda interesses coletivos abertos e sem ônus para a população, desde que respeitados os direitos do indivíduo, vale o voto obrigatório (ainda).

  2. cnepomuceno disse:

    Gilson, é isso aí, achei interessante o tema do seu blog, juntando empresas sustentáveis com ecologia.
    http://administradormuller.wordpress.com/

    abraços,

    Nepomuceno

  3. […] problemas de privacidade – por isso estão lançando os partidos piratas, mas, por outro lado, haverá mais meritocracia e menos taxa de erro na hora de ser escolhido para […]

  4. […] é à toa que um dos eixos dos novos Partidos Piratas é a transparência do Estado na […]

  5. mauro cesar freire disse:

    Tenho certeza, pirataria inexiste, tudo feito pelo homem é para o homem pois decendemos de um mesmo feixe e inteligencia, pois, estamos vivos e qualquer tentativa de nos livrar-mos da ignorancia, vale a pena. Viva o conhecimento e entreterimento para todos os seres vivos inteligentes deste planeta ainda em evolução.

  6. O link onde o Partido Pirata Brasileiro (PPBr)
    http://partidopirata.org/
    Só pra atualizar…acho que agora, depois dos meus 46 anos vou me filiar a um partido. Sou do tempo que pra ser servidor público não poderia ser filiado, se fosse nem era chamado. Concordo por que acho que se vc exece um cargo público vc não tem mais partido vc tem compromisso com o povo do país. Hoje o que mais se fala dentro dos órgãos públicos eé sobre política, horrível isso.

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