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Friederich Hayek (1899-1992) é alguém que não pode ser esquecido na análise do futuro, pós-digital.

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Ele traz alguns insights muito ricos sobre complexidade e informação.

  • É dele a ideia de que um poder central tomará decisões cada vez piores, com o aumento da complexidade.
  • É dele também a ideia de que o socialismo nunca vai funcionar, pois retira os preços dinâmicos do mercado, impedindo as pessoas de tomar melhores decisões;
  • É dele ainda a ideia de que se combate complexidade com descentralização de decisões.

Preços dinâmicos são informações geradas pelas pontas, através de uma ordem espontânea, que permitem que as pessoas possam decidir melhor e – portanto – viver melhor.

Hayek, entretanto, não estudou Thomas Malthus (1766-1834) mais a fundo. Malthus nos deixou o seguinte legado, se formos adaptar seu pensamento a conceitos atuais.

Quando aumentamos a demografia, aumentamos a complexidade e geramos crises produtivas.

Assim, na fórmula da complexidade de Hayek faltou o fator Complexidade Demográfica Progressiva.

Ou seja, não temos uma complexidade estática no mundo.

Quando aumentamos a população, a complexidade aumenta, o que nos faz pensar que o centro, se não se reinventar, vai ficando obsoleto.

É logica pura.

E aí temos um outro fato importante que nos traz Marshall McLuhan (1911-1980) para o debate.

Ele lembra que as mídias mudam no tempo, incluindo nossos cérebros, e, no meu palpite, mudam por causa da Complexidade Demográfica Progressiva.

Mídias, linguagens, modelos de administração, formas de tomada de decisão ficam obsoletas no tempo, pois a complexidade de ontem não é a de hoje.

O ser humano precisa reinventar a sociedade de tempos em tempos, conforme vai aumentando a complexidade.

E aí modelos centralizados vão começando a entrar em decadências, como as cooperativas de táxi e precisam ser substituídas por Ubers.

Ubers permitem que novas formas de informações geradas pelas pontas sejam criadas (tal como os preços), que permitam aperfeiçoemos as tomadas de decisão diante da complexidade.

Os centros, assim, se tornam obsoletos não só pelo socialismo, ou pelo mercantilismo, mas também pelo avanço da Complexidade Demográfica Progressiva.

Tal visão nos faz imaginar que ciclos liberais na história estão fortemente ligados tanto às variações demográficas como a mudanças de mídia, tal como foi o Liberalismo 1.0 (chegada do alfabeto grego na Grécia antiga) como o 2.o (chegada da prensa, pós-idade média).

Hayek não leu Malthus e nem McLuhan, mas você que é um liberal em pleno século XXI, tem que ler.

É isso, que dizes?

 

 

Não considero.

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Utopia é algo que parte de um grupo de pessoas que não gosta da vida como ela é.

O que fazem?

Retiram algum item da complexidade humana e simplificam.

Com a simplificação, eliminam uma série de parâmetros que os tomadores de decisão não podem ignorar no seu ofício.

E acreditam que nada é feito de melhor, pois basta querer fazer. O problema é que os itens da complexidade na fórmula da tomada de decisões está lá por algum motivo.

Tem história, tem passado, tem crises, tem problemas gerados quando aqueles itens foram esquecidos.

A utopia é uma tentativa de fazer com que a complexidade humana despareça por mágica.

O meu prognóstico do mundo 3.o não se encaixa em um pensamento utópico, pois o que se pretende aqui é justamente o contrário: analisar a complexidade do passado e as demandas por atualizações na tomada de decisões sobre ela e não sem ela.

É isso, que dizes?

 

Quanto mais gente houver no mundo, melhor terão que ser as decisões tomadas.

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Decisões são baseadas em:

  • dados disponíveis;
  • quem decide.

A escrita surgiu há 7 mil anos por dois motivos objetivos:

  • fomos nos espalhando por diferentes regiões e precisávamos de ferramentas de comunicação entre elas;
  • e demanda de produção registros informacionais para que melhores decisões fossem tomadas em um território cada vez maior.

O ciclo, entretanto, é progressivo.

Melhor  comunicação e mais significa que podemos crescer demograficamente ainda mais, ocupar ainda mais espaços e demandar novo ciclo por demandas de novas ferramentas de comunicação e informação.

O que nos leva a  Revoluções Cognitivas na Macro-História, que nos permitam falar ainda com mais gente e gerar mais dados para tomar decisões melhores.

Porém, nessa escalada, temos problemas:

  • muito antes das Revoluções Cognitivas temos crises de decisões cada vez piores e mais absolutistas;
  • e mesmo que se queira melhorar as decisões faltam dados para decidir melhor;
  • depois da Revolução Cognitiva, temos dados demais para que o antigo modelo do tomador de decisões seja eficaz.

Neste momento, surge a demanda por novo modelo social, político e econômico para alterar a tomada de decisões.

E aí promovemos mudanças sociais, políticas e econômicas:

  • descentralizamos as propriedades para que cada vez mais gente cuide de seu próprio micro-território;
  • descentralizamos as organizações para que possam atender cada vez melhor as demandas;
  • descentralizamos a forma de tomada de decisões.

Foi o que vimos com a chegada da Palavra Impressa, que iniciou o ciclo da sociedade moderna.

E reiniciamos o processo em um patamar mais sofisticado, com mais autonomia das pontas em relação a um novo centro mais aberto do que o anterior.

Assim, caminha a tomada de decisões da humanidade.

É isso, que dizes?

O principal problema do Sapiens hoje é com a Complexidade Demográfica Progressiva.

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Mais gente, mais complexidade. Mais complexidade exige decisões melhores.

Precisamos, portanto, melhorar as decisões que tomamos.

Boa parte da crise civilizacional e que vivemos é de que as decisões que são tomadas não são aderentes à sociedade.

Ou seja decide para cima ou para baixo, para o lado ou para o outro, mas não se acerta no alvo.

O problema, já diagnosticou Friedrich Hayek (1899-1992), é de que a complexidade só pode ser combatida com descentralização.

É preciso aumentar o poder das pontas para que decida de forma cada vez mais descentralizada e melhor.

Assim, mais dia ou menos dia, aumentos demográficos vão nos levar à descentralização das decisões.

Pode faltar ferramentas Tecnoculturais durante um período, mas naturalmente aparecerá tecnologias que nos permitirão promover essa descentralização mais dias ou menos dia.

Vamos entender, assim, que, quando passamos das tribos que tinham propriedades comuns e estabelecemos a propriedade privada, por exemplo, foi a forma que conseguimos lidar melhor com a complexidade.

Cada um passou a cuidar de uma parte do todo, do seu próprio espaço, retirando a necessidade de um poder central cuidar de tudo.

Há uma micro-partição gradual dos espaços e das decisões para que possamos lidar melhor com a complexidade.

O mesmo se deu com o fim da escravidão, que, no fundo, foi uma autonomia maior para que cada indivíduo pudesse ter mais liberdade e o feitor não tivesse que cuidar de um exército de escravos.

Há também muito de operacional nesse processo.

As franquias 2.0 (atuais) são um modelo baseado num centro “conhecedor e promotor de marketing”, que permite que pessoas usem a marca de forma descentralizada.

A franquia 2.0 mantém, porém, a manutenção da responsabilidade do produto ou serviço de uma determinada marca.

Na Franquia 3.0, no caso do Uber, Airbnb, etc é diferente.

As organizações não são mais responsáveis pelos produtos e serviços, mas pelas relações entre pessoas que os querem consumir.

O Uber não promove viagens de carros com motoristas particulares, mas a relação entre quem quer se locomover e quem recebe pelo serviço. 

Seria uma hiper franquia.

O Uber, assim, deixa de ser uma organização responsável direta por entregar algo ao consumidor. Ele deixa que outras pessoas façam por ele.

O que ele agrega valor na sociedade é criar  ambiente para que essa relação fornecedor-consumidor possa ser feita, através dos cliques (a terceira linguagem), que permite uma produção descentralizada e um ambiente de controle e fiscalização muito superior ao da gestão.

O Uber agrega valor na introdução de novo modelo de administração (Curadoria), que permite a descentralização radical produtos e serviços.

Na qual, temos uma nova forma de controle e confiança entre as pessoas envolvidas.

O Uber e similares é um modelo típico da grande guinada que estamos dando, através da chegada de uma nova linguagem humana, que nos permite dar mais um passo na direção da descentralização das decisões.

É isso, que dizes?

 

Líder 3.0

Estamos vivendo a passagem do líder sólido para o líder líquido. Você será líder ou estará líder, dependendo da sua capacidade de manter a influência sobre seus liderados.

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A grande novidade da Civilização 3.0 com os cliques (a terceira linguagem) é que uma sombra enorme da sociedade passou a ser iluminada.

As linguagens dos gestos e das palavras (oral e escrita) tinham limitações. Muito do que as pessoas faziam ou pensavam não podia ser registrado e utilizado para se tomar decisões.

Era uma limitação civilizacional.

O aumento demográfico tornou essa sombra extremamente perversa, pois as organizações passaram a ter um determinado espaço de sombra, na qual ampliaram o seu corporativismo, que se tornou tóxico.

Os cliques acompanham as pessoas em todas as suas ações. Diferente de uma conversa da rua ou de um gesto que faço não registrado, ao clicar estou deixando um rastro digital.

Estou deixando uma marca do que realmente faço, gosto, não gosto, do que estou procurando, do que não estou procurando.

A quantidade de informações que passam a ser registradas é uma proporção muito maior do que era antes. Todas estas informações tende a se transformar em decisões.

E isso tem impactos profundos na sociedade.

Hoje, é possível personalizar muito mais a oferta das demandas, pois passa a poder conhecer melhor o que se quer, quando se quer e onde se quer.

Aonde havia o ar sem registros, hoje existe o clique registrado!

O problema que temos é que existe uma quantidade cada vez maior de dados a ser analisado e se torna impossível que a topologia administrativa das atuais organizações possa lidar com essa enxurrada de dados.

Um gestor, modelado pelas linguagens passadas, recebia um número menor de dados a serem processados. E todo o modelo organizacional se baseava nesses parâmetros:

  • organização decide em torno dos dados disponíveis, com baixa participação do real interesse e desejo dos consumidores cidadãos;
  • produtos e serviços são massificados e entregues com atendimento parcial dos interesses.

As novas organizações que surgem criam um novo modelo. que permite lidar com esse novo parâmetro.

É isso, que dizes?

 

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Há um debate filosófico interminável sobre Natureza Humana.

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E acho que podemos analisar que existem dois tipos de definição para o tema:

  • a que é definida a partir de fatos históricos;
  • a que é definida a partir do conceito de pessoas que acreditam ter a fórmula mágica para modificar o que vimos na história.

Podemos dizer que a história reúne a ordem espontânea aprendida de nossos antepassados, que fizeram o melhor possível para viver bem e deixar algum legado para nós.

Os limites do Sapiens existem. Temos que sobreviver todos os dias e precisamos de produtos e serviços. Isso gera determinada complexidade produtiva que não pode ser ignorada.

É bem comum ignorar nossos limites, não multiplicar as demandas pelo tamanho da população e acreditar que tudo que fizemos até aqui poderia ser diferente.

É normal que propostas a-históricas para o futuro procurem ignorar o fator complexidade da equação.

Se eliminarmos as demandas e as ofertas correspondentes, como se o Sapiens não precisasse sobreviver, tudo é possível, dentro da impossibilidade.

A isso podemos chamar de utopia.

“utopia
substantivo feminino
1.
lugar ou estado ideal, de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos.
2.
qualquer descrição imaginativa de uma sociedade ideal, fundamentada em leis justas e em instituições político-econômicas verdadeiramente comprometidas com o bem-estar da coletividade.”

O problema é que temos demandas e elas precisam, de alguma forma ser atendidas. E isso gera desafios para a sociedade que precisam ser equilibradas com liberdade, bem estar, qualidade de vida, redução de injustiças.

Se nos concentrarmos apenas nas injustiças, como fazem os utópicos, e apenas nelas, até como uma forma de mobilizar as pessoas, esquecemos que há um sistema produtivo que precisa existir.

Começamos a combater as injustiças, ignoramos as ofertas produtivas e começamos a ter problemas de entrega de produtos e serviços, pois há algo no modelo produtivo que causa injustiças inerentes ao processo.

Assim, mudanças sociais baseados em utopias não aprendem com história as possibilidade de modificar sim, sem perder a produtividade jamais.

A ideia de que existe uma “natureza humana comprovada pelo tempo” parte de algumas premissas:

  • temos que aprender com os limites dos nossos antepassados;
  • não podemos ignorar que se a história impediu determinadas mudanças, houve algum motivo;
  • e que ajustes de um lado, provocam problemas do outro, o que tem que ser feito com cuidado para evitá-los.

É isso, que dizes?

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Thomas Malthus (1766-1834) disse algo relevante para nós, se adaptarmos suas conclusões sobre crescimentos demográficos.

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Toda vez que aumentarmos a população teremos que administrar crises produtivas.

Como vemos abaixo:

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Quais ferramentas o Sapiens tem para isso?

Podemos dizer que há algumas saídas emergenciais, conjunturais temporárias:

  • controlar o crescimento demográfico da população (como fez a China);
  • reduzir as demandas subjetivas (massificando corações e mentes, através da concentração de ideias, como fizemos no século passado);
  • concentrar a produção, aumentando monopólios, cada vez mais verticais (através da padronização de produtos e serviços, sem capacidade de diálogo com o cidadão/consumidor).

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Todas estas alternativas, a histórica demonstra, são temporárias, pois geram violência objetiva e subjetiva e vão contra o que podemos chamar de “natureza humana comprovada pelo tempo”.

Veja mais sobre isso aqui.

Há uma relação entre sobrevivência e liberdade, em que se aceita perder liberdade pela sobrevivência em curtos períodos de tempo, mas há um limite para isso.

Latências por mudança surgirão.

Hoje, além da quantidade dos sete bilhões de habitantes, podemos somar a interdependência das regiões, o que faz com que o Sapiens seja cada vez mais uma espécie planetária.

Nossa demanda, diante desse mundo dos 7 bilhões interdependentes, é criar sociedades que permitam resolver o problema da liberdade-sobrevivência da melhor maneira possível. E isso nos OBRIGA a apostar tudo na inovação.

Há a inovação regional, casual, localizada.

E a Macro-Inovação Civilizacional, que, de tempos em tempos, nos faz criar novas Tecnologias de Trocas, a sofisticação das linguagens existentes e, algumas vezes, raramente, o surgimento de nova linguagem – como agora.

Revoluções Cognitivas são, portanto, macro movimentos sistêmicos do Sapiens para ajustar a cultura, a civilização a um novo Patamar Demográfico.

É isso, que dizes?

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Vídeo relacionado:

Isso nos remete a uma questão: para que serve a linguagem?

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Linguagens servem para facilitar as trocas. E trocas são ferramentas de decisão. A base da sociedade está nas decisões.

Nos comunicamos para decidir algo.

Sim, nos comunicamos para várias outras coisas.

Porém:

Quanto mais gente houver no mundo, melhor terão que ser as decisões coletivas.

Quanto mais complexo for o mundo, mais a qualidade das decisões vai importar.

Até a chegada do aparato digital, todas as decisões humanas eram feitas, a partir das linguagens disponíveis: gestos e palavra.

A primeira fase do digital ampliou muito o uso dos gestos e das palavras, via digitalização, mas as decisões continuaram sendo feitas, a partir das antigas linguagens.

Quando o Google principalmente lançou seu motor de busca e passou a decidir o que ficava em cima ou embaixo das pesquisas, a partir dos cliques, iniciamos o uso de uma nova linguagem para decisões coletivas.

Os cliques passaram a ser uma linguagem que passou a permitir o Sapiens a decidir.

Cliques permitem que:

  • cliquemos e involuntariamente deixemos os rastros para mais gente;
  • cliquemos e voluntariamente deixemos os rastros para mais gente.

Nesse momento, passamos a poder decidir de nova forma. E isso nos traz algumas novidades importantes:

  • passo a tomar decisões (e confiar) baseado em informação de desconhecidos;
  • muito mais gente participa das decisões;
  • não preciso mais de intermediador de carne e osso, o único capaz de interpretar as antigas linguagens;
  • passo a contar com o apoio de  inteligência artificial.

Esse conjunto de possibilidades que a nova linguagem nos traz, permite que possamos, pela ordem:

  • alterar o epicentro da cultura humana;
  • criar novo ambiente produtivo, recriando organizações;
  • gerar nova cosmovisão.

Estamos aprendendo que o Sapiens criará a sociedade de plantão, a partir das possibilidades das linguagens disponíveis.

Os cliques são uma nova linguagem, pois permitem que tomemos decisões a partir deles, pois são mais participativas e próximas do que realmente as pessoas fazem e pensam, algo que não era possível com as linguagens anteriores.

É isso, que dizes?

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Todas as outras espécies tem linguagem genética, encapsulada no corpo.

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O Sapiens é o único que tem Tecnolinguagem.

Nós somos  Tecnoespécie e as trocas humanas são reguladas por tecnologias.

Conforme vamos aumentando a complexidade demográfica, vamos amadurecendo culturalmente, vamos demandando linguagens mais complexas e sofisticadas.

A linguagem de ontem estruturou a civilização de ontem e as novas linguagens que surgem  vão estruturar a civilização do amanhã.

As Tecnologias das Trocas, de comunicação e informação, precisam de códigos, que podemos chamar de linguagens.

As linguagens são resultado das Tecnologias Disponíveis. As Tecnologias de informação e comunicação (das Trocas) são criadas para que o ser humano possa trocar, sobreviver e se reproduzir.

A cultura vive das possibilidades das linguagens disponíveis. É em torno dela que estruturamos a civilização. Quando temos novas linguagens, temos nova civilização.

Assim, não é que a civilização seja escrava da linguagem, mas são as linguagens que nos permitem ser o que somos.

É em torno das linguagens disponíveis que criamos a cultura. E é em torno da cultura que criamos as organizações. Quando temos novas linguagens, teremos nova cultura e novas organizações.

O problema que temos hoje é a chegada da Terceira Linguagem, vejamos:

  • Linguagem 1.0 – Gestos;
  • Linguagem 2.0 – Palavras (Oral e Escrita Manuscrita/Impressa);
  • Linguagem 3.0 – Cliques.

É isso, que dizes?

Civilizações são formadas por Cosmovisões.

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A base de toda Civilização Humana é a capacidade que temos de criar Cosmovisões, que geram metodologias que nos permitem sobreviver e nos reproduzir.

Cosmovisões são criadas para gerar metodologias.

Aquelas que facilitam nossa sobrevivência e garantem que possamos ir melhorando a qualidade de vida, serão aceitas e vice-versa.

As cosmovisões que não se mostrarem eficazes serão rejeitadas.

E mais:

Com o aumento demográfico tenderemos, cada vez mais, a ser cada vez mais interdependentes, e isso nos leva a uma cosmovisão mais homogênea em todo o planeta.

As cosmovisões têm elementos básicos, que as estruturam. A base de tudo são as trocas. Por ser espécie social, precisamos das trocas. E estas serão feitas, ao longo da história, a partir de:

  • Complexidade Demográfica existente;
  • Tecnologias de Trocas disponíveis e as linguagens que elas permitem que sejam criadas;
  • Acúmulo cultural de pensamentos e experiências;
  • Cosmovisão adotada, a partir destas variantes.

O mundo hoje, antes de tudo, está passando por uma guinada civilizacional da passagem da Cosmovisão 2.0 para a 3.0.

Crescemos demais a Complexidade Demográfica, iniciamos a massificação de novas Tecnologias, introduzimos nova linguagem e começamos, por causa disso, os primeiros passos para e refazer nossa Macro Cosmovisão.

Há alguns elementos fundamentais na passagem da Cosmovisão 2.0 para a 3.0.

  • as trocas humanas eram feitas por um modelo de intermediação em função das tecnologias disponíveis e das linguagens existentes (gestos e palavras (oral e escrita));
  • a confiança nas trocas estava baseada neste modelo de intermediação disponível;
  • todo o modelo de controle de processos era feito dentro deste modelo de trocas.

A Cosmovisão 2.0 que determinava o modelo de todas as organizações inicia processo de mudança, pois temos hoje:

  • novas tecnologias que permitem novos modelos de intermediação e a chegada da linguagem dos cliques;
  •  nova confiança baseada no novo modelo de intermediação disponível;
  • nova forma de controlar processos.

Muita gente quer atuar nesse novo mundo, porém são muito poucos que percebem que é preciso sair da atual Cosmovisão e ir para uma nova.

Não é uma mudança de métodos, de tecnologias, de forma nova de agir, com a mesma Cosmovisão.

A Cosmovisão Humana é histórica.

É determinada pela Complexidade Demográfica, as Tecnologias de Trocas disponíveis e o acúmulo cultural.

Estamos num processo disruptivo da Cosmovisão Humana e isso é algo muito difícil de ser alterado no pouco tempo que a atual Revolução Civilizacional tem nos dado.

A crise atual é esta.

É isso, que dizes?

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Vídeo relacionado:

Marx tem uma frase emblemática que marca a passagem do marxismo de uma corrente política para uma religiosa:

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A filosofia é uma área de debate sobre determinados temas humanos, que também é submetida a testes no tempo. Demora, mas são.

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Teses filosóficas, viram teorias e depois metodologias, que são usadas e recebem o retorno da vida e precisam ser repensadas, num ciclo constante.

A tese principal filosófica de Marx parte da ideia do homem bom que precisa de uma sociedade boa para termos uma sociedade mais justa.

Isso não deveria ter virado um dogma, mas uma proposta a ser testada no tempo.

E foi, mas a revisão filosófica não foi feita pela maior parte de seus seguidores. As pessoas procuram explicações metodológicas, mas são poucos os que percebem o equívoco filosófico.

Com o tempo, as sociedades baseadas na tese da natureza boa, não se sustentaram, pois acabaram dando poder a um determinado centro, que deveria ser bom e praticar o bem.

O resultado tem sempre um efeito contrário.

O poder absoluto das pessoas do bem, com baixa fiscalização da sociedade, nos leva à corrupção e à violência sobre as massas.

Por quê?

Quando Marx tira o papel do filósofo de revisor de teses filosóficas sempre abertas e o coloca no papel de praticante de uma metodologia (Filósofos precisam transformar o mundo), está tirando aquele debate da roda.

Quando se elimina o debate filosófico de qualquer tese, parte-se do princípio que determinadas premissas filosóficas não precisam mais ser debatidas.  É questão fechada.

Parte do princípio que esse debate está superado. Se o debate está superado, fechado, não há como se reabrir e a tese que tem que ser testada, deixa de ser tese/hipótese (aberta) e passa à dogma (fechado).

O filósofo não tem mais o papel de debater aquela tese, analisar o que resultou e reavaliar.

Calem-se os filósofos!

O marxismo fecha a revisão dessa hipótese.

Quando se fecha o debate filosófico sobre qualquer tema humana, não estamos mais falando de projetos políticos, mas de religião.

O marxismo nesse momento passa a ser uma metodologia sem direito a debates filosóficos mais amplos. A ideia de que o ser humano é bom, de que a natureza humana tenderá ao bem, independente qualquer circunstância é o dogma de plantão.

Pior que é o mesmo dogma que levou ao totalitarismo católico da idade média, com fogueira, inquisições e cruzadas.

E à tese da monarquia absoluta, na qual o rei ia praticar o bem para seus súditos, pois foi escolhido por Deus, que nos legou séculos de opressão.

As teses marxistas e variantes, tal como a do Estado Islâmico, ou mesmo do nazismo do século passado bebem da mesma fonte: homens bons, movidos por classe, raça ou religião trarão uma sociedade melhor e mais justa.

Mesmo que a história tenha insistido em demonstrar que tal hipótese nunca é aceita pela vida.

É isso, que dizes?

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Veja vídeo relacionado:

Uma ideologia é uma proposta de cultura. Uma cultura é uma ideologia que foi aceita no tempo.

Uma ideologia parte de uma proposta filosófica para ser testada na prática.

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É a cultura humana que vai aceitar ou rejeitar uma determinada ideologia.

O problema é que as ideologias viram religiões. E querem, independente os testes históricos culturais, se impor, tornando suas teses filosóficas dogmas religiosos.

É isso, que dizes?

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Vídeo relacionado:

Existe um debate filosófico sobre a natureza humana que é a base para projetos políticos.

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  • O ser humano nasce bom?
  • O ser humano nasce como uma folha em branco?
  • O ser humano é sempre mau?

Esta encruzilhada filosóficas define as diferentes teses políticas na sociedade.

O marxismo parte da ideia de que o ser humano seria bom, desde que o sistema o ajudasse a ser bom.

(Ver mais aqui.)

De que pessoas que abraçam a bondade como meta se tornam boas, principalmente a ideologia dos oprimidos versus os opressores.

E que numa sociedade comum, em que todos são iguais, todos serão bons, por natureza.

Acredita-se na natureza humana boa, desde que as condições da sociedade assim permitam.

Desse ponto de vista, o centro não precisa ser tão fiscalizado, pois é formado por pessoas boas, que sempre farão o bem pelos demais.

É uma fé na natureza humana boa.

A história demonstrou que tal tese do homem bom, independente de qualquer coisa,  não conseguiu virar cultura, pois o ser humano tem reações diferentes, conforme a fiscalização e o controle social sobre ele.

Podemos dizer que haverá um aumento da taxa de “maldade” quando as pessoas tiverem o poder absoluto. Quem se dizia bom, ou queria fazer a bondade, se sente tentado a defender seus próprios interesses quando se vê sozinho no escuro da sala do trono.

Por causa disso, que todos os regimes que aderem à ideologia do ser humano bom, relaxam quanto à fiscalização ao poder central.

Porém, o teste metodológico que foi feito sobre a hipótese filosófica da tese sobre a natureza humana boa por natureza, não passou na prova da cultura, no tempo.

Assim, as correntes, que antes eram religiosas, do ser humano bom, principalmente a católica,  foi incorporada pelo marxismo, sem gelo, e nos leva ao problema da implantação de regimes, no qual se cria um poder absoluto sem fiscalização.

As pessoas se preocupam pouco – ou quase nada – com os controles sociais, os contra-pesos, pois acreditam que todas as pessoas que fazem parte daquela tribo (ou seita) são boas e levam a bondade, independente das circunstâncias.

Essa ideia do ser humano sempre bom, independente fiscalização, nos leva à monarquia, no qual a família real era superior e podia governar, pois era escolhida por Deus, portanto, tinha o “sangue bom”.

Quando se descobre a corrupção individual, em benefício próprio, se nega, pois é preciso refazer um debate filosófico de longa data e mais profundo, em que é preciso admitir uma revisão da própria natureza humana.

Foi isso que os liberais clássicos perceberam ao propor à república e o livre mercado para se opor a esse conceito do ser humano bom com poder absoluto.

A história tem demonstrado que foram mais precisos ao diagnosticar a natureza humana.

As teses liberais defendem que sendo o ser humano bom, não sendo, precisa de fiscalização constante, seja os políticos, através do voto. Seja as organizações produtivas, através da concorrência e da livre escolha do consumidor.

Tanto do ponto de vista econômico ou político para os liberais, ninguém é bom o tempo todo, mas tem que provar isso a cada dia, no tempo, a partir de uma avaliação de baixo para cima, através de liberdade de expressão e de consumo.

A fé equivocada na natureza humana faz com que se aumente a taxa de corrupção em todos os regimes que depositam as crença do ser humano bom.

A corrupção do PT, portanto, parte de uma proposta filosófica equivocada, que, como ondas na praia, batem, voltam, se repetem, e não se faz a revisão filosóficas necessária, a partir da experiência histórica.

E isso é consequência da religiosidade marxista, que abordei aqui.

É isso, que dizes?

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Revendo conceitos.

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Vamos trabalhar nos códigos básicos:

Gestos, palavras e cliques.

São três eras da humanidade.

Estamos entrando agora na terceira etapa.

Cada um destes momentos marcou uma era Civilizacional do Sapiens e permitiu que desenvolvêssemos um modelo de administração.

A ideia que estava desenvolvendo da quarta linguagem não é coerente.

A palavra oral e a escrita formam a mesma linguagem.

A escrita nada mais fez do que imprimir a palavra oral em artefatos diversos.

 

Vídeo relacionado:


 

Vivemos neste século a passagem da Civilização 2.0 para a 3.0.

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Se revoluções Cognitivas marcam mudanças de etapas civilizacionais, Revoluções Cognitivas Descentralizadoras marcam rupturas civilizacionais.

Vivemos hoje três movimentos distintos na atual Revolução Digital, que têm consequências distintas para a sociedade humana:

  • a digitalização – que é a passagem de todas as linguagens anteriores do Sapiens para o digital;
  • a reconexão – que é a aproximação entre as pessoas, via Internet, que sofreu uma explosão com as mídias sociais;
  • e a uberização –  que é a chegada da terceira linguagem dos cliques.

Vejamos:

  • A digitalização nos permite descentralizar as ideias, os canais de distribuição e aumentar radicalmente a possibilidade de atualização dos registros.
  • A reconexão, mesmo a distância, restabelece uma aproximação perdida com o surgimento das megalópoles.
  • E a uberização que permite nova forma de produção, fiscalização e controle dos produtos, serviços, pessoas e organizações.

Todos estes elementos formam o que podemos chamar de Revolução Cognitiva Descentralizadora, que estabelece a passagem da Civilização 2.0 (Oral e Escrita), que teve o teto de complexidade marcado até 7 bilhões de Sapiens.

E inicia a chegada da Civilização 3.0 (Digital), que parte de 7 bilhões de Sapiens.

(A Civilização 1.0 foi a Gestual com populações bem reduzidas.)

Historicamente, podemos delimitar a chegada da Civilização 3.0, a partir do início do milênio, que tem como relevante a chegada de:

  • da terceira linguagem (cliques e ícones), similar a das espécies com alto maior de complexidade, como as formigas;
  • do terceiro modelo e administração (a curadoria digital), que nos permite ter nova forma de controle sobre processos, através da fiscalização pelo próprio consumidor/cidadão;
  • do surto de descentralização, que permitirá uma espécie de Renascença 3.0, no qual iremos rever os antigos paradigmas;
  • o início mais intensivo no cotidiano da inteligência artificial;
  • todas as mudanças girarão em torno dessas possibilidades.

A Civilização 3.0 tem como difícil missão viver num mundo superpovoado, interdependente, hiper transparente e conectado, com grande disparidade entre regiões.

A Civilização 3.0 tem como difícil missão viver num planeta que cada vez mais sente a presença do Sapiens, que se expandiu de forma muito rápida, sem planejamento e sem o cuidado devido com as outras espécies vivas.

O Sapiens terá que fazer o que sempre fez na Macro-História: se reinventar, através da criação de novas tecnologias, que nos permitem sofisticar a cultura e poder resolver estes problemas, via inovação.

Há hoje resistência às tecnologias, como se fossem responsáveis pelas crises que temos, mas são a única saída para superá-las sem violência.

Somos a primeira geração ainda engatinhando na nova Civilização 3.0, por isso tudo parece tão novo, interessante, assustador, confuso.

É isso, que dizes?

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Há 4 fatores que mudam nossos paradigmas, são eles:

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  1. novos fenômenos – que criam um estranhamento e a demanda por compreendê-los e agir sobre eles;
  2. novas tecnologias – que nos permitem perceber melhor;
  3.  novos pensadores – que com a sua cabeça privilegiada conseguem ver além dos demais;
  4. tempo de uso –  a prática constante, que só vem com o tempo, de pensar e agir sobre os três fatores anteriores.

É isso, que dizes?

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Há na solução de problemas três momentos distintos:

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  • a filosofia – as bases onde assentam o pensamento;
  • a teoria – as bases do pensamento aplicadas a um determinado problema/fenômeno;
  • a metodologia – como atuamos sobre o problema/fenômeno.

O objetivo de qualquer conhecimento é atuar para resolver algum desconforto, sofrimento ou gerar prazer.

Assim, diante da resposta que a vida nos traz, é preciso rever algum destes parâmetros acima.

Ora é a metodologia que precisa ser aperfeiçoada, mais simples. Ora é a teoria, algo mais sofisticado. Ora é a filosofia e a base onde assentam todo o pensamento, uma tarefa difícil, profunda e lenta.

O dogmatismo é uma paixão louca por uma metodologia – tão alucinada que não tem espaço afetivo -cognitivo nem para revisões teóricas e nem filosóficas.

Metodologias são resultados de reflexões e de experiências com a vida, que nos permitem, através de revisões filosóficas e teóricas irem sendo aperfeiçoadas.

O dogmatismo não consegue mais “subir” para as instâncias superiores da reflexão e, por mais que a vida lhe dê sinais que o método não está funcionando, insistirá nele por falta de alternativa.

É isso, que dizes?

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Teorias estudam fenômenos recorrentes. Analisam na história eventos similares, procuram causas e consequências e possíveis métodos para compreender e agir diante de determinado fenômeno.

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Uma opinião é diferente de uma teoria, pois uma opinião é resultado de análise de um dos sintomas de  determinado fenômeno.

Uma teoria é algo mais abrangente, pois pretende reunir um conjunto de sintomas, perceber como eles se repetem no tempo e procurar apresentar causas e consequências sobre ele.

Teorias eficazes procuram diagnosticar, tratar e prognosticar fenômenos.

Revoluções Cognitivas são fenômenos cíclicos, pouca gente sabe disso e, por causa disso, pouca gente procura desenvolver teorias sobre eles.

Hoje, o que temos são opiniões, impressões, pesquisas, comentários, achismos sobre a Revolução Cognitiva. Faltam teorias sobre um fenômeno tão impactante e, portanto, tão relevante.

Que dizes?

Não falo só no Brasil, mas no geral, em todos os países.

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Organizações têm que ter medo do cidadão/consumidor, por isso passam a respeitá-lo.  Quando perdem o medo, as organizações vão virar de costas para ele.

Isso é da natureza humana.

Cada um precisa pensar no seu próprio umbigo para chegar no final do mês. E, antes de qualquer coisa, está o individualismo da sobrevivência, o que não é necessariamente egoísmo.

(Veja mais sobre a diferença de egoísmo e individualismo aqui.)

Assim, todas as organizações têm dois lados:

  • aquele que serve à sociedade;
  • aquele que serva à própria organização e a seus membros.

Esse equilíbrio entre servir para dentro ou para fora vai depender de alguns fatores:

  • capacidade que a sociedade tem de fiscalizar as organizações;
  • taxa de livre mercado.

Quanto mais houver baixa taxa de fiscalização e controle do mercado, mais a tendência é a organização se voltar para dentro e vice-versa.

O final de Eras Cognitivas se caracteriza pelo esgotamento de um determinado ambiente cultural na sociedade. Há um aumento de complexidade demográfica e a obsolescência dos modelos civilizacionais disponíveis.

Assim, nesses períodos da Macro-História, no final de Eras Cognitivas, há aumento radical da taxa de Corporativismo Tóxico de TODAS AS ORGANIZAÇÕES da sociedade.

É resultado de:

  • mídias centralizadas;
  • controle de mercados;
  • legislações protecionistas;
  • incapacidade de controle de fora para dentro.

As organizações precisaram, de certa forma, se tornar monopolistas, pois precisaram atender as demandas rapidamente, o que as fez centralizar a produção. O corporativismo tóxico é o lado negativo desse processo necessário.

A Revolução Cognitiva é o primeiro passo da uma grande Revolução Cultural Civilizacional, vindo de baixo para cima, na qual se combaterá o Corporativismo Tóxico, através de novos modelos organizacionais e formas de fiscalização.

É isso, que dizes?

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Vídeo complementar:

Artigo relacionado:

A diferença entre individualismo e egoísmo

O discurso antiliberal argumenta que o liberalismo defende o egoísmo. Falso. O liberalismo assume que cada ser humano é individualista, mas não necessariamente egoísta.

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Individualismo é tudo aquilo que todos nós PRECISAMOS FAZER para poder chegar ao final do mês com mais receita do que despesa. Ninguém vai resolver esse problema por você.

Somos animais, como todos os outros, que precisam sobreviver e para isso é preciso, no mundo complexo de hoje, que se produza, se receba algo e se possa ir a algum lugar para que se obtenha os itens para sobrevivência.

Assim, cada cidadão/consumidor está preocupado onde morar, o que comer, como educar a si e aos filhos, se tratar quando ficar doente, etc. Isso é da natureza de todas as espécies, incluindo a nossa.

Há a necessidade de que pensemos no problema individual de cada um de sobrevivência: a isso chamo individualismo.

Os anti-liberais, geralmente pessoas que trabalham ou vivem do Estado, jovens que vivem de mesada e não têm essa demanda presente, chamam o individualismo necessário de egoísmo.

Assim, embolam dois conceitos distintos:

  • Individualismo – é a preocupação que todos TEMOS QUE TER para sobreviver e pensar no final do mês, dentro das inter-relações existentes. O outro está junto comigo nesse processo, numa relação espontânea de troca;
  • Egoísmo – é um transtorno desse individualismo. O outro passa a ser um inimigo e procura se estabelecer uma relação forçada de troca.

O liberalismo é a defesa de um espaço aberto de trocas espontâneas, na qual há um processo de ganha-ganha entre individualismo.

É uma espécie de arena aberta, no qual todos trazem o individualismo para a luz e se negocia para que se possa estabelecer as melhores trocas possíveis.

Quando se esconde o individualismo e se prega que todos devem pensar apenas nos outros, está se criando um falso-individualismo e não se está esclarecendo o que é o egoísmo.

Pensar no outro, antes de resolver o seu problema de sobrevivência, é algo que o ser humano não pode e não fará.

Quando se defende o aumento do estado para combater o egoísmo, no fundo, é justamente o resultado contrário que temos: o Estado impõe á sociedade monopólios, nos se cria uma elite egoísta e corporativista justamente em nome do fim do egoísmo.

Estabelecem-se carreiras com estabilidade plena no emprego, independente do que se faz ou não se faz. Cria-se uma cultura no país de falso altruísmo.

As pessoa fingem que não estão ali pelo seu individualismo, mas por uma missão de servir à sociedade. A falta de fiscalização e opção da sociedade, favorece o corporativismo tóxico, no qual o egoísmo é praticado.

O mercado de trocas espontâneas, no qual se pode praticar o individualismo, é taxado de egoísta. E o egoísmo do monopólio estatal é falsamente chamado de altruísmo. Quer se combater, assim,  a intoxicação com o mais intoxicação.

Existem mercados mais ou menos descentralizados, que depende, do ponto de vista macro-histórico de alguns fatores:

  • maturidade Tecnocultural da população;
  • taxas de aumento demográfico;
  • mídias centralizadoras ou descentralizadoras disponíveis;
  • disseminação de valores liberais ou centralizadores.

O que se desdobra em:

  • Quanto mais o mercado estiver centralizado haverá o aumento do transtorno egoísta se sobrepondo ao individualismo. E vice-versa.
  • Quando temos um mercado mais aberto, haverá o aumento do individualismo, se sobrepondo ao egoísmo.

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Estou aqui olhando a Macro-História.

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E percebo dois ciclos liberais:

  • o da resistência – quando temos aumento demográficos e não temos mídias decentralizadoras;
  • o da inovação – quando tivemos forte aumento demográfico e já temos mídias decentralizadoras.

Podemos dizer que no século passado vivemos um Ciclo de Resistência. Os valores foram defendidos, teses desenvolvidas, mas os verdadeiros liberais foram colocados à margem.Pensamentos e práticas centralizadores tiveram o seu momento.

O liberalismo viveu momentos de aquecer a brasa para não deixar a fogueira apagar, muita gente acreditou que não havia mais esperança.

Porém, foi apenas um macro-ciclo liberal que se esgotou e se inicia outro agora, com a chegada de mídias decentralizadoras.

Podemos dizer que a descentralização é um fenômeno estrutural do Sapiens, a única espécie mamífera e social do planeta que vive sob a égide da Complexidade Demográfica Progressiva.

Pode haver de forma localizada movimentos de expansão liberal aqui e ali, porém não será movimentos macro-liberais como agora.

A chegada de Revoluções Cognitivas permite que se viva macro ciclos liberais inovadores:

  • haja mudanças da plástica cerebral, com o uso de mídias descentralizadoras, que questiona a ordem mais vertical anterior;
  • há surto de inovação, pois se amplia fortemente a horizontalização das ideias, com o surgimento de novos modelos de organização;
  •  rejeição pelo modelo centralizador passado e demanda por novos ambientes mais horizontais, descentralizados e com um novo modelo de controle da sociedade sobre as organizações.

Assim, podemos estabelecer a seguinte regra.

Aumentos demográficos levam a macro-ciclos liberais para a resistência. E chegada de novas mídias descentralizadoras abre o espaço para Macro-Ciclos Liberais inovadores.

No novo milênio os liberais têm que sair apenas da defesa de valores (ciclo da resistência)  para recriar a sociedade, com as novas possibilidades Tecnoculturais disponíveis (ciclo da inovação).

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Aumentos populacionais são vistos pelas empresas produtivas como aumentos de demandas.

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Cada pessoa que vem ao mundo traz embutido aumento de complexidade das demandas.

Podemos medir tal aumento por pratos de comida.
Uma pessoa demanda três pratos de comida todos os dias. Três bilhões vão querer nove bilhões. E sete bilhões batem na casa dos 21 bilhões de pratos de comida.

Pratos de comida são aspectos objetivos do aumento de complexidade.

É necessário de alguma forma conter as demandas e a opção é reduzir a espontaneidade da ordem, controlando mais a diversidade, através da massificação.

O que nos leva na direção da padronização.

É preciso, assim, com aumentos demográficos reduzir a ordem espontânea e aumentar a planificada.

É um problema matemático.

Assim, quando temos aumentos demográficos, haverá aumento do poder centralizador na sociedade.

A única forma de aumentar a população e aumentar a ordem espontânea é a chegada de novas Tecnologias de Trocas, que permitem um “upgrade” civilizacional, permitindo uma Ordem Espontânea sustentável.

O século XX foi extremamente centralizador, pois foi o século em que o aumento demográfico se fez sentir.

Os impasses civilizacionais do século XX só podem ser superados com a chegada do Digital, que nos permite agora descentralizar, aumentar a ordem espontânea, sem que isso gere crise de produtividade.

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Muita gente disse diante das Manifestações de 2013 que a garotada não tinha propostas.

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Fato.

Diria que ali, parecida com as revoltas pós-Idade Média, temos muita intuição, reação, sentimento e baixa reflexão.

É a fase em que todo o modelo centralizado das organizações perde a sua legitimidade diante de um boom de transparência radical.

A legitimidade ao final de ciclos cognitivos não é mais conquistada por narrativas, argumentos, mas apenas pelo controle das ideias.

As atuais organizações são o que são, pensem como pensam e agem como agem, muito mais pelo controle das ideias do que pelo debate, transparência e argumentação.

O primeiro ciclo pós-Revolução Cognitiva, quando há um boom de transparência, tende a ser fortemente emocional de revolta de não mais aceitação do modus operandi.

A crise que está colocada é macro-civilizacional. Aumentamos demais a população e precisamos recriar as organizações para que passem a ser compatíveis com o novo patamar de complexidade.

Porém, isso não cria o novo.

Filósofos, teóricos, metodólogos, tecnólogos e empreendedores têm como missão recriar, já baseado na lógica, na reflexão, as novas organizações a partir das novas possibilidades das Tecnologias de Trocas Descentralizadoras.

Não vamos apenas questionar as organizações, mas precisamos criar novos modelos que possam resolver seus problemas.

Não é simples, pois passa superar um modelo cultural construído ao longo de décadas, ou séculos, ou mesmo milênios e colocar outro no lugar. Preservar valores, mais alterar os métodos de fiscalização e controle.

Isso é uma missão para muita gente, para cabeças fora da curva, para inovadores disruptivos, que precisam apontar saídas filosóficas, teóricas e práticas. Leva tempo, mas vai.

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Vídeo relacionado:

O que define melhor a qualidade de vida de uma sociedade, é a relação que existe entre cidadãos/consumidor e as organizações de plantão.

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Quanto mais complexa demograficamente é uma sociedade, mais sofisticadas terão que ser as organizações.

Organizações vêm à sociedade para atender as demandas objetivas e subjetivas da espécie.

As relações do Organização-Sociedade são reguladas por Tecnologias de Trocas. Quando mudam as Tecnologias das Trocas, muda-se a relação Organização-Sociedade.

A relação Organização-Sociedade também é fortemente influenciada pelo fator demográfico. Quanto mais houver rápido crescimento, mais as organizações terão que centralizar a produção para poder atender à galopante demanda.

Organizações diante de rápido crescimento demográfico só poderão descentralizar a produção, quando temos novas Tecnologias de Trocas que permitem uma nova relação Sociedade-Organizações.

O que gera centralização das organizações é o crescimento demográfico. O que gera descentralização das organizações é a chegada de novas Tecnologias de Trocas Descentralizadoras.

Quando temos aumentos demográficos significativos as organizações tendem a aumentar a taxa de controle sobre a sociedade. E vice-versa. Quando temos a chegada de Tecnologias de Trocas Descentralizadoras a taxa de controle da sociedade sobre as organizações aumenta.

Após a massificação de Tecnologias de Trocas Descentralizadoras, gradualmente a sociedade viverá  forte movimento de recontrole das organizações por parte da sociedade.

O controle das organizações sobre a sociedade e da sociedade sobre as organizações dependerá, portanto, fortemente do aparato das Tecnologias das Trocas.

Quando vivemos Revoluções Cognitivas Descentralizadoras, massificação de Tecnologias de Trocas Descentralizadoras, a sociedade entra em um profundo processo de recontrole das organizações. Novos modelos de controle serão criados que permitam que se possa fiscalizar melhor as organizações.

Organizações que passam muito tempo sem controle desenvolvem uma espécie de Corporativismo Tóxico, que se caracteriza por  alta taxa de pensamento e ação preponderante dos interesses internos em detrimento dos externos.

Nenhuma pessoa ou organização tenderá a se auto-controlar, pois sempre precisará ser fiscalizada de fora para dentro.

A tendência natural do Sapiens quando não é controlado ou fiscalizado é só pensar nos seus próprios interesses.

Isso significa necessariamente que as organizações e seus membros devem ter um certo receio e medo da fiscalização da sociedade, ou por perda do sustento ou de parte dele.

A perda do controle sobre as organizações é refletida por essa incapacidade da sociedade poder fechar organizações e tirar o sustento ou parte dele.

O movimento de centralização organizacional é fruto da redução da taxa de transparência, de articulação horizontal da sociedade, de instrumentos eficazes de controle sem perda de produtividade.

Quando temos aumentos demográficos e não temos novas Tecnologias de Trocas Descentralizadoras haverá uma crise na relação Organização-Sociedade.

A crise Organização-Sociedade só é superada quando há o surgimento de novos modelos organizacionais, que incorporam as novas Tecnologias de Trocas Descentralizadoras, fazendo-as mais compatíveis com o novo estágio de Complexidade Demográfica.

A missão que temos novo milênio é criar Organizações 3.0, mais compatíveis com 7 bilhões de Sapiens.

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Todas as trocas humanas são reguladas por Tecnologias das Trocas.

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Gestos são tecnologias. Palavras são tecnologias.

Qualquer ambiente econômico é fruto das Tecnologias das Trocas disponíveis. Ninguém troca nada que não passe antes, durante e depois por Tecnologias das Trocas.

Assim, mudanças econômicas podem acontecer entre diferentes Eras Tecnológicas, mas haverá profundas mudanças na passagem de uma Era para outra.

As mudanças econômicas são gritantes quando começamos a falar e sofisticamos a linguagem dos gestos. A agricultura e a redução radical do nomadismo são resultados dessa passagem.

A chegada de novas Tecnologias de Trocas, como temos hoje, com a chegada da Revolução Digital obrigará a uma revisão profunda em todos os campos sociais, incluindo a Economia.

Passamos a poder trocar e antes não podíamos.

O que significa que ampliamos as possibilidades das trocas, a base de qualquer pensamento econômico.

Modificamos, assim, as possibilidades do combate à escassez e ao desperdício com novas ferramentas de trocas. E isso tem passado despercebido para os economistas de plantão.

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Quando Marshall MacLuhan (1911 – 1980), o Carl Menger (1840 – 1921), da Escola Canadense de Comunicação lançou o seu livro “O Meio é a Mensagem”, se abriu uma nova etapa do pensamento humano.

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McLuhan explicava que independente do canal que você assiste, a televisão está mudando a sua cabeça.

O conceito do meio é a mensagem é um debate filosófico humano.

Nos remete à Filosofia da Tecnologia, que estuda as relações Sapiens-Tecnologias.

O que McLuhan disse, na minha tradução, é de que somos uma tecnoespécie.

A cultura está encapsulada dentro da tecnologia.

A tecnologia não é um subproduto da cultura, pois quando temos novas tecnologias podemos fazer o que antes não era possível.

A cultura é um rio que corre e as margens são as tecnologias. Quando alargamos as margens, a cultura se adapta a esse novo leito.

Todo pensamento das Ciências Sociais terá que ser revisto, no novo milênio, pois não temos sociedade, mas tecno-sociedade.

E isso implica uma revisão profunda também na Economia.

Não praticamos Economia, mas Tecno-Economia, pois as ações que praticamos hoje só é possível dentro de um cenário tecnológico e o que praticaremos amanhã dentro desse novo cenário.

Qualquer regra, lei, norma econômica, que não estiver atento para as mudanças tecnológicas da sociedade cometerá equívocos, pois mudanças ocorrerão e não se terá explicações econômicas razoáveis.

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A ideia da informação dos preços de Hayek é algo fundamental para se pensar o novo milênio.

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Ao comparar um sistema de livre mercado com os países comunistas, Hayek percebeu a importância da informação descentralizada e distribuída.

Mas percebeu isso com o olhar de economista.

Hayek defendeu que quanto menos uma sociedade tem informações descentralizadas, produzidas de baixo para cima, mais chance tem errar na economia.

Os preços seriam algo construído de forma espontânea, pois parte do desejo de cada um por consumir e produzir.

Como não se pode sair pela rua perguntando para as pessoas o que elas querem hoje, o que não vão querer mais, o que vão demandar no futuro, é preciso informações coletivas circulando em forma de preço.

Com eles, as pessoas podem tomar decisões de forma descentralizada, reduzindo o risco de crises econômicas.

Quando analisou os sistemas planificados comunistas. Hayek percebeu o quanto a falta de preços aumentava o risco das crises de escassez e desperdício.

Na verdade, do ponto de vista geral, Hayek naquele momento estava indo muito além da Economia.

O que podemos apreender dessa percepção são várias deduções mais gerais:

  • que há na sociedade uma geração de Informação Descentralizada Espontânea na sociedade, que uma delas é o preço;
  • que Informações Descentralizadas Espontâneas permitem que as pessoas tomem decisões melhores;
  • que quando temos o aumento de Informações Descentralizadas Espontâneas reduzimos o risco de crises e vice-versa.

Podemos dizer, assim, que quanto mais Informação Descentralizada Espontânea forem produzidas, estiverem acessíveis e se aumentar, assim, a troca informacional horizontal entre as pessoas mais a sociedade pode decidir melhor em várias áreas.

Podemos citar a lista de best sellers, o público em grandes eventos, que vai ou não vai, o aumento de interesse em determinado programa de televisão, via Ibope, etc.

Um conjunto de Informação Descentralizada Espontânea vai sendo gerada na sociedade para que balize as pessoas nas decisões que vão sendo tomadas.

E aí temos o fator mídia e tecnologias cognitivas dialogando com as teorias de Hayek.

Toda Informação Descentralizada Espontânea circula na sociedade, através de tecnologias de informação e comunicação. Mesmo oralmente, usamos a linguagem que também é um tipo de tecnologia.

Assim, podemos estabelecer alguma relação entre a taxa de Informação Descentralizada Espontânea e as tecnologias de informação e comunicação disponíveis.

Há tecnologias de informação e comunicação que por seus limites técnicos, reduzem a taxa de Informação Descentralizada Espontânea, pois reduzem a capacidade de troca horizontal e aumentam a vertical, ou vice-versa.

Dessa maneira, podemos dizer que mudanças tecnológicas da informação e na comunicação interferem na taxa da Informação Descentralizada Espontânea.

Em determinados momentos da história, quando criamos novas Tecnologias de Informação e Comunicação que, por suas características técnicas, ampliam a horizontalização da Informação Descentralizada Espontânea e vice-versa.

Por quê?

Por que aumentamos a taxa de Ordem Espontânea na sociedade, pois cada vez mais gente passa a informar e ser informado de forma horizontal. Ou o contrário, reduzimos a taxa de Ordem Espontânea.

Mídias aparecem, se disseminam, caem no gosto popular, e acabam por influenciar pelos suas características técnicas a taxa de Ordem Espontânea na sociedade.

Uma Revolução Cognitiva Descentralizadora, a chegada de Mídias que por característica técnica aumentam a horizontalização das trocas, aumentam a taxa da Ordem Espontânea da sociedade.

E estamos, de alguma forma, quando isso, ocorrer, caminhando na direção da redução de Crises, não mais apenas econômicas, mas de maneira geral, pois muito mais gente passa a ter mais capacidade de decidir melhor.

Assim, podemos começar a inferir que a taxa de Ordem Espontânea de uma dada sociedade é influenciada diretamente pelas mídias que temos disponíveis.

E que determinadas crises podem ser provocadas pela incapacidade de se criar novas tecnologias de informação e comunicação que permitam aumentar a taxa da Ordem Espontânea.

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Assim, podemos dizer que ao se pensar economia não estamos falando de algo abstrato, mas de um conjunto de ações que ocorrem a cada segundo na sociedade.

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A economia é um processo dinâmico, como um formigueiro em ação, pessoas andando, comendo, correndo, consumindo, produzindo, de um lado para outro.

E aí introduzimos os primeiros conceitos da Escola Austríaca. Friedrich Hayek (1899-1992), em particular, quando defendeu a tese da Ordem Espontânea.

Hayek defende que a Economia é um processo de bilhões de ações coletivas, que vão ocorrendo ao longo de cada dia, com cada pessoa contribuindo com suas micro decisões para um panorama geral.

Hayek neste momento tira a Economia de um pedestal de que haveria um centro econômico que deve decidir a vida das pessoas para nos apresentar uma nova proposta descentralizada da sociedade.

Somos seres  que lutamos com todos os demais para sobreviver e que a cada dia com as micro decisões que vamos tomando, vamos tentando viver da melhor forma possível.

E que é no somatório dessa luta diária de cada um que vai se somando, que vamos ganhando mais capacidade de tomar melhores decisões, reduzindo o risco de escassez e de desperdício.

Vai além.

Hayek defende que quanto mais uma sociedade permitir que essa experiência de baixo para cima ocorra, mais a sociedade vai dividir a responsabilidade das decisões e menos chance tem de errar.

E mais além ainda.

Que toda vez que uma determinada sociedade reduzir a capacidade de decisão dessa Ordem Espontânea, perderá a capacidade de tomar decisões melhores. E irá aumentar o risco de escassez e de desperdício.

Podemos até dizer que é uma equação matemática, pois se você digamos tem 100 decisões a serem tomadas e deixa que cada uma das 100 pessoas envolvidas, com sua diversidade (objetiva e subjetiva) tome a decisão, você está dividindo o risco de 100 para 100. Se um poder central toma sozinho a decisão por todos, você aumenta o risco de 1/100 de errar, aumentando a chance de escassez e de desperdício.

Neste momento, Hayek dá uma espécie de ciência ao pensamento liberal e ao que vou chamar de descentralismo. Ele não defende o descentralismo das decisões, o livre mercado, como uma opção da espécie que pode ou não ser adotada. Mas defende que se isso não ocorrer, no seu papel de economista, de que se aumenta o risco da escassez e do desperdício.

Hayek defende que a objetividade e subjetividade de cada um deve definir os rumos da economia para reduzir o risco das crises econômicas, pois se há uma demanda objetiva e subjetiva por cebola, não se deve plantar alho.

Assim, é na tentativa de dar voz e poder para os umbigos invisíveis que podemos reduzir os problemas maiores das sociedades.

E ele traz um elemento muito interessante que vai começar a nos remeter para o reino da Escola Canadense de Comunicação: a questão dos preços, como elemento informativo para que os umbigos invisíveis possam decidir.

Que veremos a seguir.

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Partimos, assim, do princípio que a melhor economia possível é aquela que uma determinada sociedade toma as melhores decisões para evitar escassez e desperdício. E vice-versa.

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Muitos dizem que as pessoas não sabem votar, não sabem escolher seus destino, são incapazes de pensar por conta própria.

Mas toda a espécie é dotada do instinto da sobrevivência, que se liga exatamente e diariamente naquilo que lhe permite viver, de forma mais básica, e depois melhor.

Assim, cada pessoa, desde um bebê que sai da barriga da mãe, até um idoso em estado terminal, sabe a cada momento se está satisfeito com a economia.

Se entendermos economia como a situação da qualidade de sobrevivência de cada pessoa em cada recanto da terra. Cada um é capaz de dizer se tem o suficiente para sobreviver da melhor forma possível.

Quando um bebê chora de fome, procurando o peito da mãe, já está ali exercitando o seu primeiro exercício de economia, denunciando uma escassez temporária, que precisa se rapidamente atendida.

Assim, podemos dizer que as pessoas de maneira geral sentem a economia, mesmo que não a entendam como os especialistas.

Cada pessoa, em cada sociedade, a cada hora do dia, está de alguma forma praticando o exercício de escassez e abundância, desde quando acorda e vai tomar café até quando vai dormir e usar uma pasta para escovar os dentes.

Adam Smith talvez pudesse ter uma metáfora mais exata: ao invés da mão talvez fosse mais exato o umbigo invisível.

A ideia de que as pessoas são incapazes de participar da economia, ou de que a economia é aquilo que o banco central realiza, ou os economistas de plantão, é extremamente falsa.

Cada Sapiens, desde que nasce, até morrer, está todas as horas do dia praticando a sobrevivência, ao produzir e consumir, está lidando com as bases fundamentais da economia: escassez e desperdício.

Assim, qualquer sociedade, cada pessoa, sabe se está indo na direção da melhoria ou da piora na economia local, geral, mundial. De um grupo, de uma empresa, de uma corporação, de um tipo de profissão, de um ramo de negócios.

Qualquer tentativa de acreditar que as pessoas não são preparadas para entender melhoras ou pioras econômicas, é uma fantasia. Todos, a cada dia, sabem dizer como está indo a economia.

Podemo não se reunir para um debate, mas sabem se a coisa vai indo na direção do pior para o melhor, do melhor para o pior, ou se está do mesmo jeito.

Eles tem o seu melhor termômetro: o umbigo, que somado a todos os outros umbigos, satisfeitos ou insatisfeitos, provocam um movimento que podemos chamar de umbigo invisível.

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Vejamos como podemos definir economia:

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“Ciência que estuda os fenômenos relacionados com a obtenção e a utilização dos recursos materiais necessários ao bem-estar.”

“Economia é uma ciência que estuda os processos de produção, distribuição, acumulação e consumo de bens materiais.”

Podemos dizer que a Economia é o campo que estuda fenômenos ligados à escassez, abundância e o desperdício.

O objetivo da economia, do ponto de vista ético, seria orientar sociedades a evitar que haja escassez ou desperdícios, estimulando melhores decisões.

Economia, assim, é um campo de estudo, como todos deveriam ser, voltado a ajudar o ser humano a viver melhor.

Toda vez que haja aumento de sofrimento por escassez ou desperdício, algum economista será chamado para tentar procurar sugerir melhores decisões.

Um economista é um consultor social para que não haja, assim, nem escassez e nem desperdício.

Quanto melhor determinada sociedade regular a relação entre escassez e desperdício, mais podemos elogiar as políticas econômicas adotadas.

Enfim, o objetivo principal e mais básico da Economia é impedir que o Sapiens passe fome. E o mais nobre é que, depois de superada a sobrevivência básica, de que viva melhor.

É isso, que dizes?

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Uma das principais contribuições da Escola Austríaca para o pensamento do novo milênio é o conceito de ordem espontânea.

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Segundo a Escola, qualquer sistema que impeça que os preços sejam criados pelas pontas, tenderá a ter problemas de escassez.

Por quê?

Os preços são ferramentas informativas, de baixo para cima, para gerar tomada de decisões.

Um agricultor, baseado nos preços, pode decidir o que plantar com mais segurança, pois será orientado por uma ordem espontânea, que lhe dirá o que está em queda ou em alta.

Quanto mais os preços forem gerados de forma espontânea e livre, mais haverá a possibilidade de melhores decisões e vice-versa.

Na verdade, o que se defende é que diante da complexidade dos dados, é preciso descentralizar as decisões.

O que a Antropologia Cognitiva pode agregar nesse debate?

O primeiro fator é o estudo da relação de demografia com necessidade de mudanças nas mídias, que impactam nos estudos da escola austríaca.

Quanto mais gente houver no mundo, mais haverá complexidade.

Assim, dentro da lógica austríaca, haverá problemas da ordem espontânea, se houver aumento de complexidade.

Mesmo que você tenha o mesmo modelo de governo descentralizado, se a população for aumentando gradativamente, o centro que toma decisões, se não criar novas formas de fazê-lo, vai ficando incapaz de lidar com a nova complexidade.

Pior. A tendência é centralizar.

Por quê?

O que podemos imaginar é que a complexidade da sociedade não é estática, mas pprogressiv, devido ao aumento demográfico.

E que, de tempos em tempos, o modelo de ordem espontânea precisará ser sofisticado.

Mais ainda.

De que o aumento da complexidade, em não se podendo sofisticar a ordem espontânea vigente, tenderá à centralização, pois precisará reduzir diversidades subjetivas para atender às demandas objetivas.

Ou seja, aumentos demográficos, que não tenham em paralelo a possibilidade de sofisticar a ordem espontânea, naturalmente resultará em centralização das decisões, centralização de inovação e ideias, para permitir que a sociedade lide com a escassez.

Podemos dizer que isso ocorreu no século passado, quando o mundo todo, incluindo os países mais desenvolvidos cresceu tremendamente, no geral de um para sete bilhões.

Os Estados Unidos cresceu 3 vezes em 100 anos. A Europa 2 vezes. E o Brasil sete vezes.

O sistema, nestes casos, tenderá a se centralizar para combater a escassez.

Só haverá a possibilidade de sistemicamente voltar a descentralização, pela ordem:

  • com a chegada de novas tecnologias de comunicação e informação, que permitam a sofisticação das trocas, gerando um novo patamar de ordem espontânea;
  • o surgimento de nova linguagem e/ou o upgrade das antigas;
  • e um novo modelo de administração, que permita uma nova taxa de ordem espontânea, antes da Revolução Cognitiva, inviável.

 

Os dez erros cometidos pelos liberais no século XXI:

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  1. não mesclar a Escola Austríaca de Economia (ordem espontânea) com a Canadense de Comunicação (inteligência coletiva);
  2. não compreender a influência e o papel das Revoluções Cognitivas nas ideias liberais, desde a Grécia (chegada do alfabeto grego) e pós-Medieval (prensa) e agora a Digital;
  3. não compreender a Macro-crise civilizacional por que passamos e como o liberalismo é a única corrente de pensamento (com seus valores, filosofias, teorias e metodologias) que poderá ajudar a superá-la;
  4. não conseguir incluir na sua análise passada o papel do crescimento demográfico (de 1 para 7 bilhões em 200 anos) com o principal motivo centralizador do século XX;
  5. não compreender que 7 bilhões de habitantes foi uma conquista liberal e que tanta gente é algo positivo e não negativo, pois fomenta a descentralização e a inovação;
  6. considerar o liberalismo como movimento cultural e não Tecnocultural;
  7. se considerar de direita e não tecno-descentralizador contra todos os centralizadores, incluindo os que se denominam “esquerda”;
  8. não liderar a bandeira da uberização da sociedade, a grande saída liberal para o novo século, revendo os modelos sociais, políticos e econômicos;
  9. ainda acreditar em partidos e não em movimentos Tecno-liberais;
  10. não compreender que há ciclos Macro-liberais na sociedade logo depois de Revoluções Cognitivas e que é preciso agora revisões profundas filosóficas, teóricas e metodológicas para se chegar ao Liberalismo 3.0.

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Há muito achismo sobre a Revolução Digital e pouca teoria.

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Carecemos de um campo de estudos sobre o problema.

Vivemos hoje como os medievais, que viviam crises econômicas, mas não havia economia para poder auxiliá-los.

Mudanças de mídia na história demoram, mas são recorrentes. E tudo que é recorrente necessita de  teoria para analisar causas, consequências e comparações entre os diferentes fenômenos no tempo.

Podemos dizer, assim, turbinados pela Antropologia Cognitiva, de que a atual Revolução Cognitiva Digital tem duas fases:

  • a mais incremental ou radical, que é a atualização do aparato tecnológico de comunicação e informação, que permite a sofisticação das linguagens existentes – a digitalização do que já existe;
  • e a mais disruptiva:  a partir dessas mudanças, o surgimento de nova linguagem.

As mudanças que estamos vivenciando hoje com mais intensidade é a digitalização das linguagens existentes: gestos, oralidade e escrita para o meio digital.

Todos os olhares se voltam para essa, sem dúvida, pois já está bem avançada. Porém, a grande novidade não é essa, mas a chegada da Quarta Linguagem humana, dos cliques e ícones.

Por quê?

O modelo de qualquer administração de qualquer espécie viva e social é baseada no gerenciamento e controle de processos. Tal modelo tem como objetivo principal manter espécies vivas, evitando que haja escassez.

Todos os animais, bem ou mal, tem modus operandi que estabelece um triângulo entre tamanho do bando, administração do mesmo e modelos de comunicação existentes.

Todo modelo de administração é baseado em  determinada linguagem de comunicação e informação que permite que as trocas sejam feitas entre os membros de qualquer espécie.

No caso do Sapiens, as linguagens de trocas avançam no tempo, se modificam e permitem que alteremos o Modelo de Administração.

Nossas linguagens, diferente dos outros animais, não são genéticas, mas Tecnoculturais.

Para que possamos sofisticar o Modelo de Administração, é preciso que tenhamos  nova linguagem para proceder o gerenciamento e controle de forma a não haver escassez.

Até a chegada da Quarta Linguagem, todo o modelo administrativo necessitava de  gestor que tinha o objetivo de processar as linguagens existentes: gestos, oralidade e escrita e, a partir disso, decidir.

Tal administrador esbarrava nos limites possíveis da quantidade de dados que chegava, no  limite da sua capacidade de receber, pensar e decidir.

Podemos dizer que o aumento demográfico tornou as atuais linguagens humanas obsoletas, pois se aumentamos a quantidade de dados a serem processados, começamos a ver os gestores cada vez menos capazes de decidir.

E por isso tivemos a necessidade de criar uma nova linguagem e, com ela, o novo modelo de administração.

Na Quarta Linguagem muito mais gente pode apontar as suas necessidades, avaliações, desejos e se atendido, sem que isso gere um caos econômico, pois apenas clica.

Quando falamos da segunda fase da Revolução Digital, assim, não falamos mais de digitalização, que foi a primeira, mas de Uberização, quando vamos iniciar, de forma massiva, o processo, para valer, de alteração do modelo administrativo.

Na uberização, uma quantidade muito maior de pessoas pode interferir nos processos, pois podemos dispensar o antigo administrador de carne e osso (gestor).

E colocamos no lugar um curador, que vai passar a controlar e gerenciar processos, via inteligência artificial.

  • Na Digitalização, melhoramos as linguagens que existiam, mas mantivemos a antigo modelo administrativo, com os administradores de carne e osso, no que chamamos de Gestão;
  • Na Uberização, criamos nova linguagem e novo modelo administrativo, com a chegada de inteligência artificial, que podemos chamar de Curadoria.

O novo administrador não é mais alguém que controla processos diretamente. Ele transfere o poder para o cidadão/consumidor, que, munido de aparelhos que permite a prática da nova linguagem, abastece Agentes Artificiais para que tomem decisões melhores.

Os Agentes Artificiais recebem os inputs dos cliques e consegue, de forma dinâmica, compreender, como nunca, o real desejo e interesse do cidadão/consumidor.

A Quarta Linguagem viabiliza, assim o surgimento do Terceiro Modelo de Administração do Sapiens: o pré-oral, o oral e agora o pós-oral.

Pela primeira vez, começamos a sair do modelo dominante das espécies mamíferas, que necessita de líderes-alfas para tomar decisões. E adentramos no mundo da tomada de decisões ao estilo dos insetos, em redes muito mais complexas, com demanda-oferta feita de forma muito mais distribuída e descentralizada.

Nosso grande problema é que tal mudança Macro-Histórica disruptiva tem ocorrido de forma muito veloz e ainda não é compreendida na sua completa dimensão por 99% dos estudiosos dos fenômenos sociais.

As organizações não têm ferramentas para entender e agir, o que está criando verdadeiro fosso entre o Mundo 2.0 e o 3.0.

O resultado da falta de compreensão da Revolução Digital é medo, inação, resistência, cegueira, infantilização e irracionalidade que muitas vezes pode descambar para a violência política, na tentativa de preservar o antigo modelo, mesmo que seja obsoleto.

O exemplo mais gritante da falta de compreensão da Revolução Digital  na política é o movimento radical dos taxistas anti-Uber e similares, o estado islâmico e mesmo o bolivarianismo na América Latina, que sugerem um retorno para um mundo pré-medieval.

As pessoas querem destruir algo que não entendem pela falta completa de capacidade de enxergar a semente do novo mundo que brota.

Na área de negócios, vemos grandes empresas tomando atitude completamente infantis e irracionais diante da Revolução Digital, mesmo com perdas graduais e acentuada de valor de mercado. Querem fingir que se ficarem debaixo da cama, a bruxa 3.0 vai sumir num passe de mágica.

Não, não vai a Bruxa 3.0, com a sua vassoura da quarta linguagem, veio para ficar!

É isso, que dizes?

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Nosso cérebro é formatado pelas mídias de plantão.

Na verdade, temos três camadas de formatação:

·         a externa das mídias;

·         a intermediária, da plástica cerebral;

·         a interna, formada pelos próprios órgãos.

As mídias mais ou menos centralizadas são resultados de movimentos sociais, fortemente influenciadas pelo aumento demográfico.

Quando aumentamos a população, a tendência é centralizar as mídias, para permitir a padronização e a massificação da produção.

O século passado é um exemplo típico desse fenômeno da macro centralização, que passou de localizado a global, em função da interconexão entre as regiões e países.

Assim, estamos passando de um Macrociclo civilizacional centralizador para um Macrociclo civilizacional descentralizador, com impactos diretos no nosso cérebro.

Mídias descentralizadas impactam as áreas intermediárias do cérebro e podem afetar futuramente os próprios órgãos, no tempo.

(Analiso isso pela dedução e não pela indução, que pediria pesquisas aplicadas.)

Movimentos descentralizadores, que ocorrem depois de Revoluções Cognitivas, fenômenos cíclicos e recorrentes na Macro-História do Sapiens,

“Antes de qualquer coisa, estamos vivendo mudança na forma das pessoas pensarem e agirem diante do mundo. O cérebro delas entrou em processo de mutação para poder se adaptar a camada externa, formada pelas órteses digitais, um novo “capacete cognitivo””.

Passamos depois de Revoluções Cognitivas de cérebro menos ativo, menos reflexivo, menos inovador, menos criativo para o inverso.

Há um movimento necessário para a revisão civilizacional que precisará a ser feita.

Há um ajuste, pela ordem:

  • ·         antes de tudo do cérebro, da plástica cerebral e depois orgânico;
  • ·         depois o gradual aumento da taxa de novas ideias e inovação;
  • ·         que provoca revisões tecnológicas, metodológicas, teóricas e filosóficas;
  • ·         o que acaba por abrir um grande questionamento pelo modus operandi da sociedade e das organizações.

Isso ocorre com o surgimento de qualquer Revolução Cognitiva Descentralizadora, tal com a da Escrita Impressa.

Porém, no caso da Revolução Digital, além de tudo descrito acima, temos ainda a chegada da Quarta Linguagem, a dos ícones e dos cliques, que aponta um novo macro modelo do ser humano se relacionar com a vida e seus problemas.

Muitas mudanças são relevantes, mas nada é mais impactante para o Sapiens do que a chegada de uma nova linguagem, que possibilita a criação de um novo modelo de administração.

Os cliques e os ícones permitem, pela primeira vez, nova forma de solução de problemas, envolvendo número muito maior de pessoas, não regulados por intermediadores de carne e osso, já contando com intenso uso da nova inteligência artificial.

Tais experiências serão as que mais impactarão a sociedade futura.

Podemos dizer que estamos passando de uma espécie fortemente marcada por um modelo de administração-trocas-comunicação mamífera dependente de líderes-alfas, que durou 70 mil anos para uma nova etapa marcada pelo modelo dos insetos, no qual passamos a nos comunicar por “rastros químico-digitais”.

O Waze é um exemplo didático dessa migração do Sapiens Mamífero para o Sapiens colônia de insetos: não preciso gesticular, falar ou escrever para ninguém no Waze para que todos saibam os problemas que terão pela frente.

Tal mudança é o início de um grande salto civilizacional, que vai nos permitir lidar melhor com a Complexidade Demográfica Progressiva, que foi crescendo no tempo.

Muitos estranham tal mudança civilizacional, justamente pela incapacidade de entender o Sapiens: sempre fomos assim, apenas não sabíamos.

Quando se fala em Uberizar o cérebro estou me referindo a novo modelo de educação para que se possa ajudar o Sapiens a viver nesse novo mundo, no qual todos nós fomos formatados para obedecer e repetir um líder-alfa.

No mundo 3.0, precisamos refletir e criar macro colônia humana parecida com a dos insetos, justamente para continuarmos a sermos humanos.

Quando falo isso, me dizem que quero transformar o humano em formiga.

Do ponto de vista demográfico, já somos formigas, gerenciados por tamanduás, o que precisamos agora é um modelo de administração compatível para que possamos aumentar a nossa taxa de humanidade.

É isso que dizes?

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O Brasil está passando de uma fase semi-absolutista para viver numa república mais aberta.

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O conceito de Democracia Republicana é aceitar, através do voto, que diferentes formas de pensar sobre a sociedade sejam experimentadas ao longo do tempo em cidades, estados e a nível nacional.

Na tentativa e erro, as pessoas vão aprendendo coletivamente o que funciona e o que não funciona.

O grande mistério desse regime é o controle coletivo sobre nossas vidas. É uma espécie de ordem espontânea, que vai regendo de forma descontrolada os rumos do país.

Tanto no livre mercado, quanto ao longo das votações a cada eleição.

O que me chama a atenção nesse processo é a maneira torta que os anti-republicanos pensam democracia, em particular os bolivarianos.

O conceito deles de democracia não é republicano, mas tribal.

A democracia, para eles, é o direito que as pessoas têm de fazer tudo que eu acho que elas devem fazer.

Quando um grupo religioso elege um candidato de sua preferência. Ou há a ascensão de candidatos como a família Bolsonaro isso é visto com algo inaceitável.

O interessante é que essa maneira de pensar se expandiu para a sociedade e passou a ser uma espécie de conceito geral sobre democracia.

Porém, só vamos aprender quem realmente somos e o que as pessoas querem justamente com a possibilidade no tempo de aprender com as experiências.

Todas as propostas que estiverem dentro da república, que permitam que se experimente uma ideia e um projeto, se reavalie e depois venha outro, é saudável no longo prazo.

O que não se pode é imaginar, através de ardis não-republicanos, querer impor à sociedade, como tentou o PT e tem conseguido Maduro, reverter o processo republicano, através da ações por debaixo do pano.

A república tem como base um destino aberto.

Não se sabe para onde vamos e esse destino é definido pela ordem espontânea da tentativa e erro.

Os anti-republicanos não aceitam isso, pois eles definiram um destino para o mundo, do qual eles sabem o caminho, e qualquer coisa que apareça que vá atrapalhar a rota é visto como “retrocesso”.

Isso aparece em todos os discursos bolivarianos, incluindo o do Freixo ontem no debate. Quem são eles para julgar e querer impor uma pauta a milhões de brasileiros?

 
Vamos deixar as pessoas experimentar e errar livremente, pois é assim que vamos aprendendo coletivamente.

Hoje, podemos tornar o processo democrático republicano ainda mais participativo, através do uso intenso de tecnologias, que podem nos ajudar a errar menos e mais rápido.

Esse é o objetivo.

O interessante que esse empoderamento tecnológico de cada indivíduo nunca é uma pauta dos anti-republicanos. Sabe por quê?

O empoderamento tecnológico individual dará ainda mais liberdade para as pessoas de caminhar com as próprias pernas –  tudo que quem já traçou o destino do mundo, não quer.

É isso, que dizes?

 

Todo mundo quer dizer que agora está na Economia Criativa.

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Sim, vivemos hoje a passagem da Economia Repetitiva para a Criativa. E há muita ilusão por aí que basta fazer um curso de criatividade na esquina de dois dias para deixar de ser repetitivo.

Está cada vez mais evidente que se há uma Economia Criativa Emergente, tínhamos uma antiga prosaica, prática, realista, desimaginativa, extenuada, esgotada, exaurida, estéril, infrutífera, desprovida, seca, gasta, exausta, infecunda, improdutiva Economia.

Porém, há muitos mitos sobre tudo isso.

Vejamos:

  1. Revoluções Cognitivas na história promovem a passagem de ciclos de baixa taxa de inovação para alta taxa de inovação. Ou seja, não vivemos uma novidade histórica, mas algo natural na caminhada humana;
  2. A causa principal da baixa criatividade da atual economia é aumento demográfico progressivo, que nos legou o abacaxi de 7 bilhões de habitantes, aumento de sete vezes, nos últimos 200 anos;
  3. Saltos demográficos provocam concentração da produção para massificar ofertas;
  4. Concentração da produção favorece concentração de mídia;
  5. Concentração de mídia, nos leva à concentração da inovação em organizações cada vez maiores.

Há, assim, um esgotamento de um ciclo do Sapiens que fez tudo que podia dentro de um determinado ambiente cultural-organizacional.

A chegada do digital não é apenas a passagem de uma Economia Repetitiva para uma mais Criativa. Este é o sintoma da mudança.

Por trás da Economia Criativa tem uma nova forma de resolver problemas, baseada em uma nova linguagem e um novo modelo de administração.

Ou seja, uma organização que pratica a Administração 2.0 terá limites de criatividade, pois o modelo de trocas que pratica não pratica o que podemos chamar de Criatividade 3.0.

A Criatividade 3.0 precisa de um novo modelo administrativo, a saber:

  • sem gerentes;
  • com o consumidor decidindo, via aplicativos;
  • totalmente digital.

Não é possível, a meu ver, praticar a Criatividade 3.0 no modelo de Administração 2.0.

Sim, pode-se ser mais Criativo no ambiente 2.0. Claro que se pode, mas não é isso que vai resolver o problema, pois a geração de valor do lado de fora da organização não é uma empresa mais criativa.

O que se está exigindo como desafio é uma mudança administrativa para que se possa praticar a Criatividade 3.0.

Ou seja, não é a Criatividade 3.0 que vai entrar nas atuais organizações repetitiva, mas é uma mudança administrativa disruptiva que vai permitir as atuais organizações a entrar nesse novo ambiente criativo.

A Criatividade 3.0 não é, portanto, uma mudança das pessoas que estão mais criativas, mas uma nova forma de resolver problemas usando um novo aparato tecnológico, que cria um novo modelo de administração.

O que assistimos do lado de fora das organizações tradicionais é o uso de uma nova linguagem humana (a quarta, dos ícones e cliques) que criam novo modelo de administração, a curadoria.

Podemos dizer que a Economia Repetitiva, que trabalhava na Criatividade 2.0, do século passado marcou o esgotamento da gestão, baseada nos gestos, na oralidade e na escrita, que exigia um gestor, gerente, chefe para decidir.

A Economia Criativa só pode ser criativa dentro das novas possibilidades do mundo digital, que pratica um novo modelo de administração.

O que estou dizendo é que a Gestão tem uma limite de criatividade específico, um tipo de modelo hierárquico, que tem um teto criativo.

Por mais que se queira passar esse teto, há um limite do próprio modelo. Só existe possibilidade de aumentar a criatividade, se o ambiente criativo for o 3.0.

Ou seja, não adianta querer ser Criativo, aonde há uma forte cultura que ficou cada vez mais repetitiva!

O salto que precisa ser dado é muito maior para continuar gerando valor.

É isso, que dizes?

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A dicotomia esquerda/direita é boa para quem se diz de esquerda e péssima para quem se diz de direita.

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A república e a economia de livre mercado e consumo é algo que se mostrou válida no tempo e gerou uma cultura. Já não é mais uma ideologia que quer virar uma cultura, mas uma cultura que sobreviveu no tempo, a partir de uma ideologia.

Há dentro da cultura republicana diversos grupos que defendem rumos diferentes para o estado moderno, para a economia de livre mercado e consumo.

Há grupos mais religiosos, outros menos, outros mais radicais no tamanho do estado e outros menos.

São grupos republicanos que têm projetos republicanos distintos, talvez mais ou menos autonomistas e mais ou menos assistencialistas. Com um viés mais ou menos religioso.

Há também em todas as sociedades republicanas grupos que defendem o fim da república, seja para criar um estado apenas de trabalhadores (comunistas/socialistas), de raça (nazistas) ou de credo (radicais islâmicos).

Tais grupos não são republicanos, não disputam o poder político da mesma maneira, pois não querem que a república se mantenha do jeito que é. Questionam não os métodos dentro da república mas a própria filosofia que a estruturou. São filosoficamente anti-republicanos.

Tais grupos anti-republicanos não estão criando uma dicotomia dentro da república, mas são grupos que querem acabar com ela.

Quando se estabelece na sociedade uma dicotomia esquerda/direita, na verdade, estamos escondendo algo fundamental que é a distinção entre pessoas que defendem a república e quem não defende. Que é o primeiro passo para separar o joio do trigo.

Digamos que haja pessoas que digam que são, de esquerda, por causa de uma visão mais assistencialista e estado maior, mas pode-se dizer que é uma esquerda republicana e que defende o livre mercado, é o caso no Brasil de grande parte do PPS e uma ala do PSB – que saíram da anti-república e passaram a aceitar a república.

Os conceitos dúbios, entretanto, atrapalham muito o debate e confundem a maioria das pessoas.

Um liberal, assim, ao se colocar como sendo “de direita” estaria se opondo alguém “de esquerda”.

Porém, a luta republicana  reúne todos republicanos contra os movimentos anti-republicanos, sejam eles ideológicos, raciais ou religiosos (quando falo de religião estou falando de califados ou estados religiosos e não de partidos republicanos religiosos, como democracia cristão, por exemplo).

Assim, uma classificação mais clara para a sociedade é:

  • movimentos que defendem valores republicanos e de livre mercado, com diferentes aspectos;
  • movimentos anti-republicanos e anti-livre mercado com diferentes aspectos.

A ideia de “ser de direita”, no fundo, confunde, justifica e ajuda quem tem uma ideologia anti-republicana, criando a falsa ilusão de que se está falando de pessoas que estão jogando o mesmo jogo.

Tais grupos antirrepublicanos, se escondem como uma opção republicana, mas não são.

Ambos disputam o mesmo espaço na república, quando, no fundo, não é fato: o grupo que se diz da esquerda usa a república, mas não quer viver nela.

Querem trabalhar de forma dissimulada em duas frentes: colhem os benefícios da liberdade republicana justamente para acabar com ela.

Ao esconder seu caráter antirrepublicano e estando na república, quer se colocar como alternativa de poder, apenas para solapar o sistema. É uma espécie de vírus, que simula que é um falso programa.

É preciso chamar cada um e perguntar a cada um o que pensa, como age, qual é o seu propósito para que tenhamos uma classificação não preconceituosa, baseada em reais intenções.

Por isso, um liberal ao se colocar como direita reforça a ideia de que a esquerda é um pólo de oposição válido.

O que é historicamente falso.

A república se estabeleceu depois da idade média para se contrapor as tribos. Projetos anti-republicanos, do ponto de vista do tempo, são pré-medievais. São ideologias que até hoje não conseguiram ser cultura.

Um liberal não é um ser de direita em contraponto a um ser de esquerda.

Um liberal tem uma agenda política progressista e de futuro para uma república de livre mercado, baseada na defesa da descentralização do estado e na valorização da ordem espontânea, dando liberdade aos indivíduos.

Ele combate de forma mais radical correntes antirrepublicanas, que são fortemente centralizadoras e vão fortemente contra tudo que acredita.

E também se opõe a outras correntes republicanas que preferem uma república mais centralizada.

São duas frentes de batalha, uma com mais ênfase e menos espaço de diálogo, devido ao dogmatismo do outro lado, e outra com mais conversa e espaço de interação.

Um liberal se define muito melhor como um Republicano Liberal descentralizador, não assistencialistas, que gostaria de um estado menor.

Não se situa no mundo para fazer oposição a outros, mas para defender uma agenda de descentralização em diferentes ciclos históricos mais ou menos centralizadores.

Um liberal não pode se guiar por ser contra alguém.

Um liberal tem uma agenda propositiva, que, de quando em vez, é oposição a quem vá contra a mesma. Ele não nasce para ser oposição, ser um lado, mais de criar um futuro.

É isso, que dizes?

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Vídeo complementar:

Digo isso, pois vivemos hoje uma mudança profunda que nos remonta há vários séculos e talvez milênios.

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Todas as mudanças pelas quais as organizações e seus administradores passaram nas últimas décadas, foram basicamente ajustes sociais, políticos e econômicos. E propostas novas no modelo da gestão. Os atuais gestores de negócios estão acostumados a lidar com mudanças, mas não as atuais.

É preciso ter claro que estamos mudando o modelo da linguagem humana, com a chegada de novas Tecnologias das Trocas.

As mudanças que estamos passando no século XXI são raras na história, tal como a chegada da oralidade, da escrita e da escrita impressa e todas elas impactaram profundamente a sociedade, as organizações e os negócios.

A chegada de nova linguagem permite que possamos praticar novo modelo de administração, que permite geração de melhor relação de custo/benefício.

Isso significa que novas organizações que praticam a quarta linguagem e o novo modelo de administração conseguem gerar mais valor do que as organizações tradicionais que estão nas linguagens antigos e no antigo modelo de administração.

Muitos misturam as mudanças atuais com propostas metodológicas, tais como reengenharia, qualidade total. Não. Tais mudanças vieram de dentro de empresas de consultoria para dentro das organizações tradicionais. Foram opcionais.

As mudanças atuais não estão vindo das empresas de consultoria, mas do mercado, através do surgimento de novas organizações, que estão comendo o mercado das antigas organizações, pois estão praticando a nova linguagem e o novo modelo de administração.

É completamente diferente.

Note que o Uber e similares não há nada de parecido com nenhum ambiente de administração do século passado.

  • Há um número ínfimo de gerentes;
  • Não há patrões e empregados;
  • Há uma avaliação constante do serviço por parte do consumidor, que não sugere decisões, toma decisões, tais como afastar os motoristas inadequados.

O problema se agrava ainda mais quando os tradicionais “olheiros” do mercado não conseguem ver a dimensão da mudança, pois é preciso um estudo mais amplo da antropologia cognitiva para conseguir enxergar com mais clareza o que está ocorrendo.

Muitos dirão que isso é fora do comum.

Fora do comum não é procurar novas ferramentas de análise, mas é não conseguir entender e agir diante de mudanças tão visíveis e tão marcantes para os mais diferentes tipos de negócio.

O século XX pode ser considerado uma brincadeira de amador, se comparado ao XXI.

É preciso estar preparado para promover a Business Digital Transformation mais adequada.

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Toda vez que o ser humano aumenta a população precisa descentralizar a administração. 

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Foi o que aprendi na história.

Descentralizar a administração implica basicamente aumentar o poder das pontas sobre o centro.

Desde a criação das propriedades privadas, da passagem da escravidão para o emprego, da criação das empresas privadas ao invés de apenas estatais, que temos vindo descentralizando poderes para lidar com a complexidade.

A descentralização permite que cada um cuide de espaço menor e particular, facilitando que o conjunto complexo seja melhor administrado.

Em outras palavras, aumento de complexidade demográfica é combatido na história, quando temos mídia descentralizadoras que permitam isso, com descentralização e pulverização das decisões.

Quanto mais tiver gente no mundo, mais teremos que apostar na ordem espontânea e menos na ordem planificada.

A ideia de Educação Estatal esbarra justamente no problema da quantidade. Um volume muito grande de escolas a serem administradas nos obriga a massificação.

O Estado não consegue particularizar e deixar autônomo o processo educativo e tende à massificação.

Materiais didáticos terão que ser produzidos em série, aos milhares ou milhões. Os professores terão que ser meros reprodutores.

Há aí, independente, o problema ideológico, o problema administrativo.

A melhor saída para o problema é a descentralização e a pulverização. Cada pessoa passa a cuidar mais de escolas de forma isolada.

O estado deixa de ser o administrador das mesmas.

Pode ser cooperativas, privadas, religiosas, corporativas, o que seja, mas o Estado deixa de ser o administrador das mesmas, tanto na administração, na forma, como no conteúdo.

A função do estado passa a ser de articulador de qualidade, através da promoção de melhores práticas, da promoção de seminários, congressos para que se troque experiências.

Deixa de ser gestor e passa indutor.

A descentralização promoverá as experiências múltiplas e a inovação.

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A ideia de educação gratuita foi questionada aqui.

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O que temos é um custo da educação e podemos começar a debater qual a melhor forma de pagamento para garantir mais eficácia.

O atual modelo de pagamento majoritário no Brasil é de forma indireta. O cidadão paga impostos, ao consumir produtos e serviços. Ou diretamente no desconto do salário ou ainda no Imposto de Renda. Não é educação gratuita, portanto, é educação paga de forma indireta.

Esse montante vai para um bolo federal, estadual e municipal, que faz a intermediação  e organiza um conjunto de atividades, com determinado custo de administração, que resulta nos serviços prestados.

Um dos serviços prestados é o da educação.

Assim, do ponto de vista matemático é preciso analisar que há um custo de administração do pagamento de educação da forma indireta, que consegue, ao final, estabelecer uma relação de custo/benefício. O que se gasta e o que se oferece.

Boa parte do dinheiro que é arrecadado é colocado em diversas etapas intermediárias até chegar na prestação do serviço da ponta.

O pagamento indireto da educação, via impostos, tem um conjunto de desvantagens, a saber:

  • alto custo de administração;
  • baixa fiscalização das pontas;
  • geração da ilusão do conceito de gratuidade, o que infantiliza o cidadão/consumidor;
  • aumento gradual do corporativismo dos servidores da educação (que passam a ter baixo controle da sociedade e risco de perder os benefícios adquiridos).

Assim, um serviço que é pago de forma indireta gera a falsa ilusão de que é uma benesse gratuita, algo que é dado, e não uma prestação de serviços.

E por ser algo controlado e regulado pelo Estado o cidadão, que consome o serviço, tem pouca voz ativa nos rumos, no controle, na fiscalização do serviço.

O problema não para por aí.

Passamos a ter um problema mesmo de administração. Com o aumento radical da população no terceiro mundo de maneira geral e no Brasil em particular (de sete vezes em 100 anos) o centro cada vez fica mais incapaz de promover um bom serviço.

Não por que não tem vontade, mas há um aumento radical de complexidade, que é cada vez mais incompatível com o modelo de administração praticado. Aonde deveria haver inovação, há cada vez mais repetição e burocracia.

O que nos leva inapelavelmente à massificação, a lidar com a quantidade sem qualidade. E o que torna tudo ainda mais grave e perverso quando estamos entrando num mundo cada vez mais inovador.

Que é o que vamos ver no próximo texto.

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A ideia de educação gratuita faz parte de um tipo de mistificação religiosa infantilizadora da educação.

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Qualquer ser vivo precisa se alimentar para sobreviver. É preciso repor as energias gastas.

Em qualquer sistema econômico que for criado, socialismo, comunismo, anarquismo, liberalismo haverá energia sendo gasta e necessidade de repor.

Isso nos leva a esforço empreendido, que podemos chamar de custo que gera um determinado resultado para a sociedade.

Assim, a lei econômica de custo/benefício não é liberal, mas universal, que vale para todos os animais da natureza.

Isso vale para todas as ações da sociedade, incluindo a educação.

Há um esforço de energia para produzir tijolos, que não nascem em árvores, carteiras, quadro negro, giz, apagador, luz.

Além disso, a cada dia o ambiente de aprendizado deve ser limpo, deve haver educadores presentes, vestidos, com desodorante em dia, cabelos penteados.

Alunos vestidos, com café tomado.

Tudo isso é energia que está sendo gasta e precisa ser resposta por esforço de alguém, que trabalha com esforço de outro alguém, em uma cadeia.

Assim, não podemos dizer que a Educação é feita sem  esforço.

Ela não é, assim, gratuita de esforço.

A ideia que se vende de educação gratuita é mitológica. É uma tentativa, que se faz com frequência, para infantilizar o cidadão e tornar o estado algo invisível, como se fosse uma espécie de igreja neutra.

Note que os padres católicos também são “vendidos” dessa maneira. Pessoas, acima do bem e do mal, que não se preocupam com trabalho ou com relações sexo-afetivas. Santificam os padres para que eles pairem acima dos mortais, com todas as consequências perversas que isso tem trazido.

O conceito de educação gratuita vai na mesma linha, de um estado que não tem problemas de custo/benefício, que está acima do bem e do mal. O que acaba colocando os servidores estatais no mesmo bolo.

A venda do conceito da educação gratuita, como se fosse uma benesse, e não um pagamento indireto, faz parte do culto messiânico de tornar e manter os cidadãos infantis e dependentes de um centro provedor santificado.

Houve, há e sempre haverá custo social da educação e que não é pelo fato dele ser pago pelo estado, não existe. O que precisamos discutir é de que forma ele vai ser pago, de forma direta pelo cidadão ou indireta, através de impostos.

O que nos leva a outro post.

O pagamento da educação será direto pelo cidadão ou indireto pelos impostos?

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Muita gente diz que a dicotomia esquerda/ direita já era. Não era, enquanto não sofisticarmos os conceitos e colocar algo no lugar que expresse bem melhores posições políticas na sociedade.

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Parece claro que do ponto de vista filosófico temos:

  • Destinistas – aqueles que acreditam o futuro é fechado e que sabem para onde caminha a humanidade. São os “pastores”, que vão levar o rebanho até lá. É um projeto de centro planificador, ordem controlada
  • Topologistas – aqueles que acreditam que o futuro é aberto e que a humanidade não caminha para lugar nenhum, apenas para melhor as condições de vida. São fiscais da forma e da topologia. É projeto de centro articulador, do incentivo à ordem espontânea.

Podemos dizer que os religiosos ativos na política, os marxistas são destinistas e os liberais topologistas.

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O Brasil está vivendo um momento incrível.

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Vivemos sob a égide de uma Revolução Digital, com o uso intenso das novas tecnologias, que  aproximam pessoas de novas pessoas e ideias

Uma Revolução Digital quebra as antigas cercas.

E isso nos faz ter mais liberdade de escolha.

Um aprendizado que colho de tudo isso é o quanto amizades são controladoras e não percebemos.

Hoje, as pessoas são muito mais públicas do que antes, pois cada um foi empoderado de mídia e começa a ter um aumento radical da taxa de autonomia de pensamento.

Passamos a abandonar determinadas ilhas de percepção e começamos a navegar em outros mares e em outras ilhas.

Não resta menor dúvida que quanto mais vamos conhecendo coisas novas, vamos mudando a nossa forma de perceber e agir diante do mundo.

E é parte natural do processo a revisão de antigas amizades, pois se mudamos, podemos começar a não mais concordar tanto com outras pessoas.

Pessoas se tornarão mais próximas e outras mais distantes.

Você pode querer encontrar mais com algumas pessoas e menos com outras.

Se os amigos não pertencem a nenhum grupo dogmático em que o outro não pode pensar de forma distinta, nada se altera.

Porém, determinadas amizades dogmáticas podem querer impedir você de pensar diferente.

E ao nos tornarmos dependentes das amizades com pessoas dogmáticas, sem querer, ou perceber, nos tornamos, por consequência, dependentes das ideias e valores que aquele determinado grupo defende.

Nos tornamos presos a dogmatismos, pois não queremos perder a amizade com pessoas dogmáticas e isso nos torna escravos dos dogmatismos alheios por dependência emocional.

Quando há rompimentos individuais ou coletivos, a liberdade de escolha faz com que precisemos romper com determinados grupos  dogmáticos, principalmente quando estes não aceitam pensamentos diversos, que passam a ser os teus.

  • Um gay que se descobre gay e frequenta um grupo religioso que não aceita gays viverá algo desse tipo.
  • Um liberal que se descobre liberal e frequenta um grupo político dogmático centralizaro que não aceita liberais viverá algo desse tipo.

Quando uma sociedade toda rompe com determinados paradigmas políticos como nós estamos vivendo agora no Brasil há um macro-arranjo das relações de amizades.

Muitos amigos dogmáticos terão que ser deixados para trás para que pessoas possam se reposicionar na vida, principalmente, como agora, na política.

Tais problemas não ocorrem se ambos os lados têm abertura para aceitar valores diferentes.

Porém, se há limitações da maneira de pensar, no qual as opções que são tomadas não são aceitas, é um ato de liberdade romper as amizades dogmáticas, pois elas querem exercer determinado controle sobre a liberdade de escolha do outro.

Percebo que várias pessoas, por serem dependentes de determinados grupos, tomam decisões ilógicas, irracionais, em função da incapacidade de romper com antigas relações.

Se tornam afetiva e cognitivamente dependentes de grupos dogmáticos.

A liberdade de pensamento e ação implica necessariamente se afastar de grupos dogmáticos de todos os tipos.

Amigos dogmáticos são abusivos, pois condicionam a amizade a que se pense dentro de determinado paradigmas do que eles consideram aceitável.

Dogmáticos necessariamente vivem na bipolaridade do bem e do mal, daqueles que são fiéis e os infiéis. E logo você será considerado do mal e infiel.

Em alguns momentos de escolha na vida, ou você assume suas escolhas e rompe com determinadas amizades dogmáticas, ou viverá encapsulado dentro do ambiente de controle sem conseguir exercer o seu direito de pensamento próprio.

É isso, que dizes?

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Tenho defendido que o liberalismo é uma topologia de poder.

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Um liberal é aquele preocupado com que a sociedade tenha cada vez mais liberdade nas pontas.

E para isso é preciso autonomia de decisão, melhores condições de vida e poder de mídia, como detalhei aqui.

Nesse aspecto, a ideia de uma educação liberal conteudista, não faz muito sentido, pois o que deve nos preocupar é que as pessoas possam exercer o direito de escolha.

Um liberal defende uma educação aberta voltada para a autonomia. Assim, a educação liberal não é entupir os alunos de autores liberais para que eles se tornem liberalistas.

  • Uma educação liberal é fortemente voltada para análise dos problemas baseados em lógicas e números. Na experiência prática da vida, no estudo das tendências históricas humanas diante dos impasse que já tivemos.
  • Uma educação liberal visa aumentar o pensamento lógico para que as pessoas possam, de forma cada vez mais autônoma, tomar decisões melhores para ela e para os demais.

O interesse em autores liberais é consequência desse estudo mais racional e lógico dos problemas, via números, lógica e experiência histórica.

A educação liberal é anti-mistificadora, anti-utópica, combate qualquer doutrinação, pois é ela que reduz a capacidade de autonomia das pessoas.

A educação liberal está muito mais preocupada com a topologia de como o repasse de conhecimento está sendo feito, do que como o que está sendo dito.

Uma educação liberal é toda voltada para o aprendizado em torno de problemas, no qual os alunos têm que ter liberdade de chegar às suas próprias conclusões sobre as soluções mais eficazes e lógicas.

Quanto mais lógico e racional forem as decisões tomadas pelas pessoas, mais uma determinada sociedade caminhará para o liberalismo.

Uma educação liberal acaba, por tendência, favorecendo o empreendedorismo, pois quanto mais as pessoas tiverem contato com problemas, mais se sentirão estimuladas a empreender para resolvê-los.

É isso, que dizes?

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É possível implantar o socialismo ou o comunismo, via revolução, sim. É possível fazer o mesmo com o liberalismo? Não.

O liberalismo é uma equação cultural representada no triângulo abaixo:

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Quando em um determinado país não tivermos esse triângulo estruturado, ideias liberais terão pouca influência na sociedade.

Haverá  tendência à centralização social, política e econômica, pois a população se sentirá incapaz de tomar decisões por conta própria.

Um dado importante, porém, é observar o papel da descentralização das mídias nas ideias liberais.

Vivemos no século passado uma baixa das ideias liberais, mesmo em países e regiões com alta autonomia de decisões e com sobrevivência básica resolvidas.

Quando tivermos mídias concentradas, as ideias liberais terão uma baixa propagação.

O que ocorre nestes momentos para a baixa taxa de ideias liberais circulantes é o controle das mídias.

Quando se aumenta o controle das mídias, se reduz a autonomia de decisões e se aumenta a taxa de ideias centralizadoras, não liberais.

Podemos dizer, assim, que um aumento da taxa de liberalismo social, político e econômico não é algo que se constrói do centro para as pontas, mas, ao contrário, das pontas para o centro.

O liberalismo é uma cultura e não uma ideologia.

Uma cultura vigente já foi uma ideologia, que foi aceita na sociedade ao longo do tempo, pois conseguiu atingir determinados requisitos básicos: sobrevivência objetiva e subjetiva.

Um projeto liberal, portanto, não é um projeto político, que visa a tomada de poder. Isso faz sentido para grupos centralizadores não liberais.

O liberalismo é a implantação de uma cultura de longo prazo, com diversas ações educacionais e culturais, que vão permitindo que os indivíduos queiram e possam ter mais liberdade individual.

Claro que um poder liberal pode apontar projetos e caminhos para se ampliar as ideias liberais, mas seria o início de um processo e não o projeto em si.

O liberalismo é um processo de descentralização de poder que depende da capacidade de autonomia de pensamento das pessoas e das melhores condições de vida, além de poder de mídia individual para que as pontas possam se sentir mais seguras para não depender do centro.

É isso, que dizes?

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A principal mudança que passamos hoje é da Ordem e Controle 2.0 para o 3.0.

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Na Gestão, modelo de administração que estamos saindo, havia um centro, uma pessoa, que processava as demandas, via pedidos escritos, orais ou até por gestos e decidia o melhor caminho.

Era o modelo de Ordem e Controle 2.0, na qual se organizava processo de uma determinada maneira, a partir das ferramentas de trocas que tínhamos.

A grande novidade é a chegada de uma nova Ordem e Controle a 3.0, na qual não temos mais um gestor de carne e osso, que toma decisões.

Há uma nova linguagem dos ícones e cliques, com a qual as pessoas expressam vontades, desejos e padrões, que não conseguem mais ser interpretadas e processadas por um gestor de carne e osso.

Neste novo, devido ao volume de dados a ser processado, é feita por robôs administrativos, que usam a Inteligência Artificial para ajudar o Administrador 3.0, um Curador, decidir.

Os novos administradores 3.0 não trabalham mais diretamente nos processos, mas são programadores de robôs administrativos, que conseguem entender e processar cliques e ícones e decidir, a partir da Participação de Massa, coletada nas Plataformas Digitais Participativas.

Há uma nova forma de administrar processos, baseado em nova Ordem e Controle 3.0, que precisa de uma mudança radical de paradigmas.

Toda nossa concepção é recorrente de que precisamos voltar para um centro decisor, de carne e osso, gestor, e só então, podemos nos acalmar.

Mesmo em lugares que já estão praticando a Administração 3.0, a maneira de pensar do passado volta, como espécie de intoxicação que vai tendo que ser reduzida aos poucos.

É isso, que dizes?

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O marketing é o campo de pensar e agir, que procura aproximar oferta e demanda.

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O marketing varia conforme o mercado de trocas varia.

É importante perceber a grande guinada que está ocorrendo no Século XXI, influenciado pela Revolução Digital.

O século XX foi marcado por dois grandes movimentos:

  • aumento demográfico radical;
  • centralização de inovação e ideias.

Todo o marketing que foi pensado até aqui teve um forte viés centralizador. Havia uma oferta centralizada para uma demanda, digamos, domesticada.

O cidadão/consumidor aceitava uma série de imposições por falta de opção, informação e articulação.

Uma Revolução Cognitiva propicia radical e rápida revolta do cidadão/consumidor, em pequeno espaço de tempo.

Há uma migração de um tipo de marketing tradicional da imposição para um marketing da adesão.

Organizações não podem mais ser intransigentes, verticais, mas precisam ser dialógicas e horizontais.

Há um impasse nesse processo, pois o modelo atual das organizações, baseado na gestão, gerentes, alta taxa de verticalização é incompatível com a demanda do novo cidadão/consumidor.

Organizações precisam resgatar conceitos perdidos.

Precisam voltar a gerar significado.

A grande novidade do novo século é o surgimento do que podemos chamar de Marketing Conceitual, fortemente ligado ao movimento inovador, que não quer impor, mas ir criando produtos e serviços juntos com o cidadão/consumidor (até rimou).

É um tipo de marketing aberto, não fechado, que vai conversar e dialogar e não impor.

É uma mudança da água para o vinho.

É isso, que dizes?

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A anatomia do dogmatismo ou a tentativa de entender a cabeça de um bolivariano.
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Um dos grandes mistérios da política brasileira recente é o fenômeno do dogmatismo nocivo messiânico.
 
Um conjunto grande de pessoas socialmente abastada, inteligente, dotada de educação superior, muitos mestres e doutores, não conseguiu criticar o governo bolivariano, apesar da crise política, econômica e ética no país. Por quê?
 
A isso podemos chamar de dogmatismo nocivo messiânico.
 
Um dogmático de maneira geral não tem espaço de percepção necessário para fazer o jogo saudável entre vida-identidade, pois o espaço da percepção foi incorporado pela identidade dogmática.
 
O dogmatismo é oriundo, a meu ver, de um transtorno cognitivo/emocional, no qual há junção da percepção (que deve ser mais líquida e interativa/social) com a identidade (um pouco mais sólida e subjetiva/pessoal).
 
A vida telefona para o dogmático, mas o aparelho está sempre mudo.
 
Podemos dizer que um torcedor de um time de futebol é dogmático do ponto de vista esportivo, pois nada do que houver com o seu time o fará deixar de ser torcedor do mesmo.
 
E aí podemos separar dois tipos de dogmatismos:
 
O dogmatismo inofensivo – no qual há uma junção da percepção com a identidade e NÃO acarreta sofrimento ou dano para a sociedade;
 
O dogmatismo nocivo – no qual há uma junção da percepção com a identidade e SIM acarreta sofrimento ou dano para a sociedade.
 
Um membro de torcida organizada que quer bater em todos os adversários é um dogmático nocivo, mesmo que não estivermos falando de política ou religião.
 
O dogmatismo nocivo é todo aquele em que o dogmático quer impor aos outros os seus dogmas, como se os outros não tivessem direito de pensar ou sentir de forma diferente.
 
Para o dogmático nocivo não haverá revisão ou autocrítica, há uma verdade única que os outros têm que se curvar a ela. A sua identidade dogmática vê uma verdade que o torna um emissário do futuro no presente.
 
E aí entramos na política e nas religiões. E isso nos faz chegar ao dogmatismo messiânico aquele que além de não conseguir separar identidade e percepção tem projeto fechado do futuro, do qual ele sabe ou defende para onde todos devemos ir.
 
Podemos dizer que existem políticos e religiosos que praticam o dogmatismo não messiânico, aquele que NÃO tem um projeto fechado do futuro, do qual não sabe ou defende para onde todos devemos ir.
 
O dogmatismo não messiânico pode ser incluso naqueles inofensivos, pois com o tempo a sociedade irá descartar tais propostas por serem consideradas inválidas.
 
O dogmatismo não messiânico torna a pessoa apenas incompetente, pois vai cometer os mesmos erros.
 
A maior escala nociva, assim, dos dogmatismos são aqueles que têm projeto político para a sociedade e é messiânico. Tais projetos, independentes os fatos, tentará impor verdades fechadas para a sociedade.
 
Um dogmático nocivo messiânico é um emissário do futuro, pois ele já definiu o que virá, já viu para onde todos nós devemos ir e o que ele quer é trazer o quanto antes esse futuro (chamado de utopia) para o presente.
 
O que assistimos no Brasil nos últimos anos, com a derrocada do PT, é a explicitação desse tipo de dogmatismo nocivo e messiânico que explodiu justamente quando a vida brasileira bateu num poste.
 
Há uma incapacidade, transtorno cognitivo/emocional de contorno grave, de conseguir criar espaço saudável de percepção entre a identidade e a vida, que permita que os dogmáticos nocivos messiânicos possam absorver o que aconteceu.
 
Na incapacidade interna para que isso seja possível, recorrem a uma espécie de narrativa repetitiva, fechada, tribal, fantasiosa de ver inimigos por todos os lados, atribuir aos demais todos os erros e demonstrar a total impossibilidade de lidar com a vida.
 
O dogmatismo se converte em uma paranoia coletiva alucinógena.
 
Do ponto de vista racional (e nem afetivo) não há nada que possa ser feito, pois encarar as mensagens que a vida está mandado implica em rompimento com a própria identidade.
 
É como se pedisse para um flamenguista deixar de ser flamengo, por que perdeu-se um campeonato.
 
Talvez, possamos ter experiências similares na queda do muro de Berlim, com os dogmáticos soviéticos. Ou no fim da era nazista, naqueles que acreditavam no Terceiro Reich. Ou ainda mais longe, nos fiéis da Igreja Católica Totalitária Medieval.
 
A queda do PT é muito mais do que apenas um projeto político que ruiu, mas a derrocada de uma base estrutural do ego, da identidade, que não consegue mais ter espaço no mundo dos fatos
 
Há uma crise existencial dos bolivarianos, que é vista apenas pelos outros, de fora para dentro. Será um processo lento e dolorido que apenas poucos conseguirão passar.
 
O que resta para quem está de fora é simplesmente fazer de tudo para reduzir o espaço destes transtornados na esfera da política, deixá-los isolados, lambendo as feridas e esperar que alguém um pouco menos intoxicado comece o processo de reconstrução dos egos.
 
Vai ter que partir da tribo para a tribo.
 
Não vai ser fácil.
 
É isso, que dizes?

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Não é o mundo que está mudando, é o Sapiens.

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Hoje, temos o Sapiens 3.0, que pode fazer  o que o  2.0 não podia.

Ele tem uma outra plástica cerebral, tem muito mais informação, pode decidir melhor, é mais próximo dos demais, tem mais informação, conta com robôs de todos os tipos para lhe ajudar cada vez mais. E inicia o processo de mutação genética.

O Sapiens 3.0 está reformando a sociedade para viver na complexidade de sete bilhões de habitantes.

Nosso problema é que achamos que o Sapiens será sempre o mesmo, independente o aumento demográfico e o aparato tecnológico que temos pela frente.

Há, como disse aqui, algumas novidades:

  • Nunca fomos tantos;
  • Estamos diante de uma nova linguagem dos cliques e ícones;
  • Contamos, pela primeira vez, com Inteligência Artificiais, fora de nós para nos ajudar a operar e decidir;
  • E podemos alterar geneticamente seres vivos, inclusive nós mesmos.

Esse conjunto de novas possibilidades formam as macrotendências do século XXI.

O principal erro dos achistas (aqueles que pensam o futuro baseado em achismos) é olhar para anéis e não para os dedos.

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Tecnologias só se massificam quando ajudam a resolver determinados problemas humanos latentes.

Se olharmos para problemas humanos e não para tecnologias conseguiremos ver muito mais longe.

Porém, se olha para o dedo que aponta à lua e não para o satélite natural da terra.

O principal problema do século XXI é uma profunda dicotomia entre uma nova complexidade demográfica progressiva e uma cada vez maior incapacidade das organizações de plantão decidir adequadamente.

Estamos tomando decisões de forma muito centralizada, baseada nos interesses e incapacidade dos poderes centrais, que não conseguem atender às latências da sociedade.

O que realmente fará diferença no futuro são tecnologias que nos permitam decidir melhor.

Muitos falam em big data, gestão de conhecimento, internet das coisas,que são apenas metodologias e tecnologias que giram em torno de falsos problemas.

O que o ser humano quer é sair do impasse civilizacional que nos metemos quando crescemos demais demograficamente e perdemos a capacidade de decidir de forma mais participativa.

Podemos dizer que a nossa inteligência coletiva hoje está muito burra!

O problema principal é: usar todo o novo aparato para decidir melhor: aumentar a capacidade das pessoas em participar das decisões.

Quando o poder central passa a decidir por cada vez mais gente, o grupo, o país ou mesmo a civilização entra em crise ou colapso.

De maneira geral, todo o aparato tecnológico que estamos construindo vai nessa direção. Essa é a macro-tendência e o resto é penduricalho.

Temos três módulos tecnológicos que vão nos ajudar a superar esse impasse:

  1. novo aparato que podemos chamar de Digitalização da informação e da comunicação;
  2. o surgimento da quarta linguagem (cliques e ícones), que se agrega às já existentes: gestual, oral e escrita;
  3. e o surgimento da primeira onda de inteligência artificial administrativa.

Esse pacote não pode ser visto de forma isolada, pois é o que permitirá que possamos mudar com segurança o modelo de Administração do Sapiens, através de outro modo de tomada de decisões.

O pacote visa permitir que possamos tomar decisões melhores, de forma mais participativa, pois consegue aumentar a capacidade dos administradores em:

  • informação sobre as ações das pessoas de forma muito mais detalhada do que antes, o que amplia a transparência e eficácia;
  • comunicação mais horizontal, o que aumenta a coesão social;
  • pode-se contar com a avaliação delas sobre a experiência que passaram;
  • pode-se pedir para que decidam de forma muito mais massificada do que antes;
  • pode-se inovar de forma muito mais descentralizada;
  • e o uso de inteligência artificial administrativa, que pode não só coletar padrões mais próximos do desejo coletivo para  ajudar administradores de carne e osso a decidir (primeira etapa) e logo depois decidir sozinha (segunda etapa), baseado em critérios dos curadores, os novos administradores.

A Administração 3.0, a Curadoria, vem substituir, assim, a gestão e é nova forma de tomada de decisões mais participativa.

Na Curadoria, vamos gradualmente abandonando gestores e passando aos curadores.

Todo o aparato tecnológico que estamos criando, não se iluda, visa antes de tudo permitir que decidamos melhor.

É isso, que dizes?

Vídeo relacionado:

Fiz pesquisa para afirmar isso?

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Não, é uma afirmação filosófica dedutiva.

Várias manifestações da geração Y no Brasil e no mundo pedem uma explicação tecnológica.

Não é a primeira vez, por exemplo, que tivemos manifestações de rua. Porém, é a primeira em que não se aceitava carro de som, palavras de ordens centralizadas.

Qual a explicação disso?

Segundo McLuhan (numa adaptação), independente o aplicativo que você executa, o celular está mudando o seu cérebro. 

Digamos que o Aparato de Trocas, formado pelas tecnologias de informação e comunicação alteram a plástica cerebral das pessoas.

Nosso cérebro precisa se adaptar às órteses que nos cercam, principalmente as comandadas diretamente pelo cérebro, as cognitivas, ferramentas de comunicação e informação.

O cérebro ajusta a plástica cerebral para que tais aparelhos se tornem naturais, não ameaçadores. Ele precisa descansar para tudo que não é perigoso, para guardar espaço para o que é.

Precisa saber o que é confiável e o que não é.

Todo o Aparato de Trocas formado pela oralidade e escrita era muito mais vertical do que atualmente, com a chegada do digital. Aos poucos, o que vinha horizontalmente foi se tornando confiável.

Há uma horizontalização da plástica cerebral, que passa a tornar confiável informações e conhecimento que não vêm do alto para baixo, mas também o que vem do lado para o lado.

A horizontalização da plástica cerebral é uma explicação plausível e razoável para a negação dos jovens para partidos, sindicatos, hierarquias, carros de som e palavras de ordem.

O cérebro está se adaptando a um novo Aparato de Trocas muito mais horizontalizado, que formará a base da cultura descentralizada do século XXI.

Podemos afirmar que, na verdade, a grande mudança cultural do século XXI, como a que ocorreu em todas as outras Revoluções Cognitivas, começa primeiro na plástica cerebral e depois ganha o mundo.

Quando organizações tradicionais se preocupam em tentar entender e lidar com essa nova geração, devem entender que há uma mudança relevante do próprio cérebro, que nem os jovens têm consciência.

O novo cérebro já está pronto para lidar com um novo modelo cultural e rejeitará tudo aquilo que parecer estranho a essa nova topologia mais horizontal.

Foi o que ocorreu com a chegada da prensa, em 1450, primeiro houve mudança cerebral e depois a cultural, que nos legou à Sociedade Moderna.

Arrisco a dizer que o Sapiens Medieval tinha uma Plástica Cerebral, baseada na oralidade. O Moderno, outra, baseada na massificação da escrita. E o 3.0, Digital, terá outra em função do novo Aparato das Trocas.

Nossa espécie é uma Tecnoespécie e as macro mudanças culturais que ocorrem a partir de Revoluções Cognitivas começam, antes de tudo, dentro das nossas cabeças. E, só então, ganham o mundo.

É isso, que dizes?

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Em produção, quando disponível aqui.

Vejamos.

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GanânciaEm que há avidez por ganho lucrativo lícitos ou ilícitos. É um sentimento humano que se caracteriza pela vontade de possuir somente para si próprio tudo o que existe. É um egoísmo excessivo direcionada principalmente à riqueza material, nos dias de hoje pelo dinheiro (http://tinyurl.com/zef82zw

Ambição – Desejo intenso de alcançar determinado objetivo, geralmente, material (http://tinyurl.com/h3t3po6)

Muitos defendem que a melhor sociedade seria uma sociedade sem ganância ou ambição.

Vou chocar um pouco, mas vou defender que só podemos baixar a taxa de ganância e ambição se controlarmos fortemente a população.

Aumentos populacionais empurram a sociedade necessariamente para a inovação e a inovação necessita de pessoas gananciosas e ambiciosas.

Se não houver pessoas que queiram sair da mesmice, não haverá inovação e se houver aumento de complexidade, entraremos em crise.

Aumentos demográficos nos empurram a fazer mais com menos e isso necessariamente nos leva à inovação, que nos empurra para uma certa taxa de ganância e ambição.

Mesmo que tenhamos crescimento zero e que não haja necessidade de inovação é preciso pensar que cada ser humano precisa produzir para sobreviver.

Assim, cada ser humano tem algum tipo de interesse particular e pessoal de resolver o seu problema diante da sobrevivência.

Haverá um pensamento individual e focado em resolver esse problema de alguma forma. Seja por emprego, trabalho, lucro, remuneração de qualquer tipo, venda.

Antes de qualquer pensamento social, cada pessoa precisa resolver o seu problema individual para chegar no final do mês e arcar com os custos de sua sobrevivência.

Mesmo que vivamos no regime mais comunista do mundo a pessoa estará pensando aonde vai trabalhar, em que organização, se perto de casa, se longe, com que chefe, fazendo o que?

Podemos dizer que sempre haverá o interesse individual e que esse interesse gera ambições de querer melhorar de vida, o que pode levar a ganância, que seria uma espécie de radicalização da ambição.

As vertentes políticas existentes de alguma forma sugerem como lidar com a questão do interesse, da ambição.

  • Grupos centralizadores e da ordem planificada, que acreditam que o mundo tem um destino específico, sugerem uma mudança no ser humano para banir o interesse, a ambição e a ganância.

Querem, de alguma forma, ou pela religião ou ideologia, extirpar esse tipo de sentimento do ser humano.

  • Grupos descentralizadores, defensores da ordem espontânea, que NÃO acreditam que o mundo tem um destino específico, sugerem é na explicitação do interesse, da ambição e da ganância, através da competição que se pode tornar estes sentimentos benéficos para a sociedade.

A vantagem da segunda abordagem é de que:

  • não se elimina algo que historicamente se demonstrou fazer parte da humanidade;
  • não cria crises de inovação, pois permite que tais sentimentos produzam novidades.

Para que isso seja possível, é preciso ambientes sociais transparentes, de livre concorrência e que se estabeleça uma cultura aberta de interesses.

Há uma certa resistência no Brasil por esse tipo de cultura, pois é um pouco incompatível com nossa religiosidade católica.

É isso, que dizes?

Vídeo relacionado:

Parece estranho dizer isso, mas vou defender tal visão, pois foi a que cheguei revisitando à Macro-História, a partir das mudanças de mídias.

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O ser humano sempre vai caminhar na direção da descentralização de poder.

Por quê?

Nossa espécie não tem limites demográficos e, por causa disso, vivemos sob a égide da Complexidade Demográfica Progressiva.

Quanto mais gente houver no planeta, mais seremos obrigados a  aumentar a complexidade do sistema produtivo.

O que nos obriga também a ter que viver o tempo todo a praticar a Inovação Progressiva Permanente.

Se não conseguirmos desenvolver a Inovação Progressiva Permanente esbarraremos em crises produtivas locais, regionais ou mundiais.

A forma conjuntural e imediata de lidar com a Complexidade Demográfica Progressiva é a concentração de poder. Reduzimos a diversidade individual, centralizamos ideias e  inovação, o que viabiliza a massificação da produção e resolve temporariamente o problema produtivo.

A opção pela centralização, entretanto, é passageira, pois vai gerar crises culturais de vários tipos, pois nos levará a alta taxa de empoderamento das organizações sobre a sociedade, que é o que estamos vivendo agora.

Tal poder  concentrado e mais absoluto é gerador de:

  • perda de liderança das autoridades de plantão;
  • aumento da taxa de corrupção;
  • baixa taxa de ética individual e organizacional, em função do d baixa fiscalização da sociedade sobre as organizações;
  • e, por fim, aumento da taxa de valores morais objetivos sobre os subjetivos.

E, se houver a continuidade de crescimento populacional, haverá gradual obsolescência cultural, aumentando a latência por novo Aparato Tecnológico das Trocas (comunicação e informação), com o possível surgimento de nova linguagem, que nos permitirá iniciar a prática de modelo de administração mais sofisticado, que permite a descentralização.

Não existe outra forma de lidar com a complexidade no longo prazo que não seja através da descentralização de poder, aumentando a capacidade de tomada de poder das pontas sobre as organizações. 

E isso só é possível quando temos movimentos de Macro-Inovação cultural, com a chegada de novo Aparato Tecnológico das Trocas, com a sofisticação das linguagens e/ou criação de  nova.

Na Macro-História, principalmente nela, é possível perceber o processo gradual de descentralização, através do aumento gradual de poder do indivíduo.

Processo de centralização, redução de liberdade, imposição de verdade do centro pelas pontas, foram sempre provisórias, pois esbarram na incapacidade do poder concentrado e absoluto em lidar com a Complexidade Demográfica Progressiva.

(O esforço que a China fez, por exemplo, de conter o aumento populacional no último século, na política de filho único, é um exemplo típico na tentativa de manter o poder concentrado, procurando reduzir complexidade demográfica, reduzindo o crescimento populacional.)

Porém, sempre com baixa taxa de sucesso.

A tendência, assim, do Sapiens no longo prazo é a descentralização de poder, que só se torna possível com a chegada de novo Aparato de Trocas, que permite que  seja descentralizado, mas sem prejuízo da capacidade produtiva.

É isso, que dizes?

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Vídeo relacionado:

“Sei lá, sei lá, a vida tem sempre razão.” – Toquinho;

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O que é a verdade?

Tal pergunta faz parte de um ramo da filosofia, a epistemologia.

Existe uma verdade, várias verdades, cada um tem a sua verdade?

É possível o ser humano conhecer, de fato, a verdade?

Muitas vezes trocamos a palavra verdade por realidade.

Eu prefiro chamar de vida.

Temos nossa identidade, a percepção e a vida, como vemos abaixo:

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E estas três instâncias estabelecem um jogo da verdade e da mentira.

Podemos imaginar a vida do jeito que quisermos, nos imaginar da forma que quisermos, mas há lá fora a vida, nos baliza até onde o que estamos imaginando é aceito.

As nossas premissas têm que se encaixar na vida de alguma forma. Quando isso não acontece, a vida está mandando você voltar para o laboratório e rever a sua percepção ou até mesmo a sua identidade.

A vida tem sempre razão, pois ela tem as suas regras dinâmicas, que nos permitem analisar o quanto a nossa percepção e identidade podem estar equivocadas.

Obviamente, que não existe  regra da vida absoluta, mas várias regras e é preciso testar nossa percepção de várias maneiras, em vários lugares, com várias pessoas para saber se é algo conjuntural ou estrutural da vida.

A vida tem algumas regras básicas e procura, a saber:

  • sobreviver;
  • melhoria contínua;
  • e se reproduzir.

Todas as ações humanas que nos levarem para esses parâmetros serão mais aceitas e vice-versa.

Isso, entretanto, não pode ser medido no curto prazo.

Várias pessoas, grupos, países ou o próprio Sapiens podem em algum momento irem contra os princípios da vida, o que levará a uma crise existencial.

Uma crise existencial, seja de uma pessoa ou grupo, é de que há uma dicotomia entre a identidade, a percepção e as regras da vida. Há algo que precisa ser reavaliado.

Pode-se sim, viver uma grande mentira temporária, que terá perna curta. Ninguém engana a vida por todo o tempo, o tempo todo.

Na verdade, sempre teremos mentiras, que passarão por um jogo entre estas três instâncias: identidade, percepção e vida.

Atos contrários às regras da vida não serão sustentáveis no tempo, pois o movimento em defesa das regras da básica da vida acabarão se impondo.udo que fizermos na direção das regras mutantes da vida terá mais aceitação e valor.

É isso, que dizes?

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O Século XXI marca a chegada da Quarta Linguagem Humana – a dos cliques e ícones.

Novas linguagens são raras na Macro-História, tivemos os gestos, a oralidade e a escrita e suas variantes.

Novas Linguagens nos permitem resolver problemas objetivos e subjetivos, através da sofisticação da cultura.

Vejamos a figura:

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Note que o aumento demográfico pressiona o Aparato de Trocas a se sofisticar. Em alguns momentos, como o atual, há o surgimento de nova linguagem, que nos permite recapacitar a cultura a solucionar de forma nova velhos problemas.

Há uma espécie de rompimento dos limites das linguagens que tínhamos, que impediam a cultura de se expandir.

Houve, por causa disso, um descontrole da sociedade sobre as organizações, gerando crise civilizacional de grandes proporções.

O problema não é da boa vontade de se resolver problemas, mas da impossibilidade de solucioná-los com o atual aparato de trocas, das linguagens existentes e do modelo cultural que temos hoje.

 

Fomos ao limite das possibilidades das atuais linguagens e da cultura, pois elas não permitem lidar com o atual patamar de complexidade.

Batemos numa espécie de parede cultural, na qual a forma como resolvemos problemas se tornou obsoleta.

Tais crises civilizacionais só são resolvidas com a chegada de nova linguagem que permite Macro-Descentralização, pulverizando a tomada de decisões para muito mais gente.

O que assistiremos de inovação no Século XXI é a expansão cada vez mais acelerada da implantação da Quarta Linguagem, que nos permitirá recriar toda a cultura do Sapiens.

É isso, que dizes?

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Quando se fala em Malthus as pessoas ficam nervosas.

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Este pensador (1766 – 1834) defendeu algumas hipóteses filosóficas interessantes e uma metodologia anti-ética, a saber:

  • Que o ser humano faz muito sexo e isso gera aumentos demográficos – que ninguém questiona;
  • De que aumentos demográficos nos levam à crises, pois aumentamos aritmeticamente a produção e geometricamente as demandas – razoável;
  • De que quando aumentamos a população teremos crises – o que não se comprovou, pois temos a inovação para nos salvar;
  • E de que a única forma de resolver o problema era deixar os pobres morrerem – o que é anti-ético e o fez ser colocado no lixo da história.

É preciso reler a filosofia de Malthus, ignorando a metodologia anti-ética.

Malthus nos ajuda a entender a atual Revolução Digital.

O ser humano vive sim sob a égide da Complexidade Demográfica Progressiva, já que saltamos sete vezes de tamanho da população em 200 anos.

Somos os únicos mamíferos sociais do planeta, principalmente entre os mamíferos, que crescem demograficamente sem pedir licença.

Assim, a ideia de que teríamos crises, não se mostrou válida, pois temos também a Inovação Progressiva, que nos permite superar as crises prescritas por Malthus.

E isso nos faz ter que rever o motor das grandes mudanças civilizacionais.

Precisamos rever, de forma disruptiva, como a história realmente avança no tempo.

Podemos dizer que a história se move da seguinte maneira:

  • criamos um modelo cultura que nos permite crescer demograficamente;
  • o que nos leva para demandas de macro-inovação;
  • em determinado ponto precisamos de novo patamar tecnológico de trocas (informação e comunicação);
  • e, em alguns, momentos de nova linguagem, que nos permita dar saltos culturais;
  • tal patamar tecnológico de trocas e nova linguagem nos permite superar as crises demográficas, criando novo patamar cultural humano.

Assim, o que move as rodas da história, antes de qualquer coisa, a é a demografia, que gera demandas objetivas e subjetivas, que pressiona todo o resto para atendê-las.

Há algo em Malthus que precisa ser relido.

Há algo na chegada de uma nova linguagem (dos cliques e ícones) no século XXI, que explica o conjunto de mudanças culturais que estamos passando.

Há algo numa nova maneira de pensar a sociedade que é fundamental para entendermos onde estamos e para onde vamos.

Sem essa revisão de como vemos os mecanismos da história, temos a tempestade, mas não a bússola.

É isso, que dizes?

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Muita gente analisa fenômenos juntando fatos e dados.

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Têm impressões sobre o fenômeno, mas não  teoria.

Não existe teoria sobre um determinado problema, que não seja baseada em comparativo histórico com outros fenômenos similares.

Assim, podemos comparar teorias e impressões.

Impressões são sentimentos, observações, intuições sobre determinado fenômeno de forma não científica.

Não existe ciência sem base comparativa com fenômenos similares no passado.

E não, não existe nenhum fenômeno que não tenha um registro no passado. Basta procurar.

O que temos hoje nesse início de século são duas abordagens sobre o fenômeno da Revolução Digital:

  • Impressionistas não científicos – que coletam sensações, sem nenhum embasamento histórico;
  • Análises científicas – que coletam dados no passado, com embasamento histórico.

Não quer dizer que impressionistas não tenham grandes sacadas e possam ajudar a enxergar o fenômeno de forma melhor.

Porém, há limitações nesse tipo de abordagem, pois deixa de coletar experiências humanas de fenômenos similares.

A Antropologia Cognitiva é a tentativa de análise científica baseada no passado. É abordagem bem superior a qualquer tentativa impressionista não científica.

Isso não quer dizer que todo o Antropólogo Cognitivo vê e sugere agir com mais clareza. Porém, não vejo condições de alguém entender o que está acontecendo sem a Antropologia Cognitiva.

Organizações que querem pensar e agir de forma mais eficaz diante da Revolução Digital devem contar com a Antropologia Cognitiva como ferramenta.

É isso, que dizes?

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Quando os nazistas resolveram criar os campos de morte massificada estavam inovando, pois de forma mais barata conseguiam matar muito mais gente. É um exemplo típico de inovação sem ética.

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Ética é uma conduta humana individual e coletiva que pressupõe a defesa da vida. A preservação da vida, de qualquer vida. Quando a inovação reduz sofrimento dos seres vivos diante da vida, podemos falar que temos inovação ética e vice-versa.

Quando uma inovação causa mais sofrimento diante da vida, temos uma inovação anti-ética.

Inovação anti-ética, assim, não pode ser avaliada ou atribuída, a partir de determinados valores de determinados grupos, mas a procura da redução ou aumento de sofrimento diante da vida.

Para este blog, o parâmetro ético ou anti-ético procura balizar a redução ou o aumento de sofrimento que determinada inovação vai causa na sociedade.

O que dá um parâmetro de avaliação.

 

 

Muita gente afirma que ser individualista é se voltar para si mesmo e não se relacionar com os demais.

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A pessoa imagina que não é interdependente dos demais. E que pode resolver todos os problemas sozinho. Podemos chamar isso de individualismo individual.

O individualismo, para este blog, é a capacidade que cada um tem de ser individual, desenvolver sua própria identidade de dentro para fora, trazendo diversidade ao mundo.

Tal individualismo só é possível se for coletivo, o que não é uma contradição, pois a percepção que temos de nós e do mundo é sempre limitada pela nossa incapacidade de perceber a nós e o mundo sem os outros.

Precisamos dos outros para ver e enxergar melhor. Não existe, assim, individualidade que não seja balizada pelo coletivo.

Assim, o individualismo coletivo é aquele que pressupõe conjunto de alta taxa de individualidade em relação ora harmoniosa,ora conflituosa com os demais.

O individualismo coletivo é diferente do coletivismo socialista, por exemplo, que pressupõe um conjunto de  baixa taxa de individualidade.

Ou do individualismo individual, que imagina que se pode viver isolado.

O liberalismo de raiz pressupõe alta taxa de individualidade coletiva. É um tipo de individualismo social, pois cada um na sua individualidade tem conjunto de liberdade em que os outros precisam ser o limite e a referência.

Há, portanto, duas margens nesse rio:

  • o individualismo individual – no qual não há limite, mesmo no outro. É algo típico do mercantilismo, capitalismo concentrado, que tivemos no século passado;
  • o coletivismo individual – no qual não há espaço para a individualidade num modelo de superorganismo de todos iguais, com uma ordem planificada condutora.

Nos dois casos acima, temos geração de crise, pois no individualismo individual temos a inovação sem ética, não social.

Ou o coletivismo individual, onde há baixa taxa de individualidade, na qual não se estimula a pensar diferente.

Haverá a mesmice da mesmice, baixa inovação e crises produtivas frequentes.

É isso, que dizes?

 

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De maneira geral, temos pouca prática de construir percepções, conceito de felicidade e valores. Importamos mais do que exportamos esses conceitos.

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Não desenvolvemos os nossos próprios valores e percepções.

Vivemos na filosofia Zeca Pagodinho: “deixa a vida me levar”. A vida nos leva, pois recebemos desde criança uma série de normas do que deveria ser a melhor conduta e não refletimos sobre elas.

Dialogamos pouco com nossos botões.

Quando há uma taxa de baixa reflexão, não podemos ter  segurança de quando estamos criando valores sobre transtornos ou quando são os transtornos que estão definindo nossos valores.

Muito do que achamos que são nossos valores, no fundo, são transtornos não conhecidos.

Transtornos são neuroses que se repetem sem o nosso controle e das quais acabamos escravos.

No fundo, Matrix é exatamente esta incapacidade de enxergar estes sentimentos importados de fora para dentro que receberam pouca reflexão de dentro para fora.

Valores são sempre individuais e devem ser resultado de reflexão de dentro para fora. Só podem existir valores vivos se estes forem adaptados para a personalidade de cada um.

Podemos dizer, assim, que há valores zumbis, que são aqueles repetidos como um mantra sem a interferência de cada um sobre eles.

Os valores podem até ser parecidos com os que foram recebidos, mas sofreram algum tipo de personalização.

Valores repetidos sem reflexão massificam a sociedade e impede tanto a diversidade quanto à inovação.

Podemos dizer que temos, então, transtornos viram falsos valores e nos levam à infelicidade, pois não conseguimos nos conhecer melhor.

Tal confusão nos leva a diferentes crises conjunturais e estruturais, pois muitas vezes iremos nos deparar com uma falsa identidade, pois perceberemos que quem age está longe de representar o que no fundo sabemos que não somos.

 

O principal problema que temos hoje da passagem do século XX (centralizador) para o XXI (descentralizador) é a capacidade das pessoas aumentarem a taxa de diversidade.

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Posso apontar dois importantes passos nesse caminho:

  • ter ferramentas internas para discernir qual é a melhor mentira provisória;
  • ter ferramentas internas para discernir se está feliz e tem sucesso.

Séculos concentradores fazem com que as pessoas não tenham mais ferramentas internas para avaliar o que é verdade/mentira e felicidade/sucesso. Tais conceitos passa a vir mais de fora para dentro do que de dentro para fora.

No caso da dicotomia sucesso/felicidade existem duas medidas fundamentais:

  • a motivação interna;
  • e o retorno do cliente.

A melhor medida da motivação interna vem na segunda de manhã. Se acordamos motivados, é sinal de que estamos no caminho e vice-versa. Se vem o desânimo, algo precisa ser revisto.

Obviamente, que isso não é medido no curto prazo, numa segunda feira, mas na sequência de segundas-feiras, quando vamos nos conhecendo.

Podemos dizer que a motivação é o termômetro que vai medir se estamos aumentando a taxa de felicidade/sucesso.

Porém, o sucesso/felicidade para ser sustentável precisa de terceiros, pois se você atua num determinado problema, está resolvendo o sofrimento/desconforto de alguém.

E esse alguém, de alguma forma, estará disposto a pagar por isso.

É o seu cliente que vai garantir que a felicidade/sucesso sejam sustentáveis, pois não adianta se sentir motivado, mas não gerar receita com isso, pois será uma motivação fake, passageira.

Na qual, o cliente que vê um desconforto ser reduzido quer pagar por ele.

É isso, que dizes?

Nenhum tipo de conceito deixa de ser usado, quando outro não ocupa o seu lugar.

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A dicotomia esquerda/direita talvez tenha ajudado bastante o século XXI por causa da guerra fria.

Dizer que pessoas capitalistas eram de direita e comunistas de esquerda representava bem posições divergentes.

Obviamente, que nazismo ficou de fora, até por que no final tanto comunistas quanto capitalistas lutaram contra.

É comum ouvir que a dicotomia não faz mais sentido no século XXI. Sim, concordo.

A queda do muro de Berlim e a centralização do capitalismo embolaram a dicotomia. 

O cenário ficou confuso e é necessário estabelecer nova macro-dicotomia, que existe e talvez sempre existirá, agora, com a experiência, de forma mais precisa.

Arriscaria dizer que colocaria no lugar centralizadores versus descentralizadores.

  • Centralizadores acreditam que a humanidade tem um determinado objetivo seja ele racial, político, religioso. São pessoas que têm um determinado conteúdo, uma proposta que acreditam que deve ser implantada por todos. Assim, querem o poder para levar todos naquela direção. Acreditam numa ordem planejada ou planificada por um centro redentor;
  • Descentralizadores acreditam que a humanidade NÃO tem um determinado objetivo seja ele racial, político, religioso. São pessoas que NÃO têm um determinado conteúdo, uma proposta que acreditam que deve ser implantada por todos. Assim, querem o poder para permitir que ninguém tenha essa proposta redentora e se focam na forma. Da passagem de situação de menos para mais desconforto. Acreditam numa ordem espontânea NÃO planificada por um centro redentor.

Sob este ponto de vista podemos classificar o nazismo, o comunismo, incluindo o bolivarianismo, o socialismo do século XXI, o islamismo radical, ou os políticos religiosos nessa categoria.

E os libertários e liberais na outra, incluindo todo o movimento dos empreendedores digitais, nos quais estão os que defendem o bitcoin, o software livre, os hackers, nessa direção, alguns beirando o anarquismo.

Qual a melhor forma de saber onde cada pessoa se encaixa aonde?

Simples, o que demonstra a eficácia da classificação.

Pergunte.

Você acredita que a humanidade deve ir para alguma direção específica? Ou deve apenas ir caminhando para uma situação de pior para melhor?

Dependendo da resposta, temos centralizadores ou descentralizadores.

O Século XXI, felizmente, propicia, em função da Revolução Digital a visão e prática dos descentralizadores.

É isso, que dizes?

Linguagem é a ferramenta básica do ser humano para as trocas de todos os tipos.

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A linguagem humana, diferente dos outros animais, é tecno-evolutiva. Avança e muda no tempo.

Já tivemos nossa fase de linguagem biológica, até a oralidade. E, com a escrita, entramos na era das Tecnolinguagens.

Tecnolinguagens são aquelas que necessitam de órteses para permitir as trocas.

Desde a escrita manuscrita, passando pela escrita impressa, rádio e televisão e depois a Internet, baseamos toda a cultura em uma plataforma Tecnolinguística.

Assim, quando chegam novas tecnologias, que permitem a criação de nova linguagem, toda a cultura da sociedade migra lentamente para que se adapte ao novo ambiente linguístico.

A sociedade terá a cara da linguagem de plantão.

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A principal mudança do século XXI é a chegada da Linguagem dos Ícones, a quarta do ser humano (Gestos, Oralidade, Escrita. Ícones).

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É uma mudança rara e marca o fim de uma Era Civilizacional e o início de outra.

Podemos dizer que estamos iniciando jornada em direção a um planeta cada vez mais superpovoado, hiperconectado e interdependente. E para que possamos sobreviver com mais qualidade foi preciso criar linguagem humana mais sofisticada.

A Linguagem dos Ícones permite que possamos tomar decisões mais rápidas, baseada na experiência de muito mais gente.

Há um aprendizado em tudo isso muito importante para entender as mudanças do Século XXI.

Não é a cultura que define a linguagem, mas a linguagem que define a cultura.

Há em toda a linguagem uma topologia de transmissão que vai acabar por influenciar, pela ordem:

  • a plástica cerebral das pessoas;
  • as pessoas;
  • as novas organizações;
  • as organizações de maneira geral;
  • e toda a sociedade.

Não foi assim a cultura que criou a sociedade moderna, mas a linguagem da escrita que se massificou e fez com que passássemos todos a viver à sua imagem e semelhança.

Muitos dirão que existe uma margem para a atuação da cultura e não vou negar que existe. Porém, será como um rio que pode correr, desde que respeite as margens estabelecidas pelas linguagens disponíveis.

“Quando temos a chegada de nova linguagem, já podemos prever que viveremos guinada civilizacional, pois toda a sociedade terá a “cara” da nova “forma linguística”.”

Se me perguntarem ou te perguntarem como será o futuro, pode responder: será filho da influência da Linguagem dos Ícones.

A imagem abaixo define o conceito:

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É isso que dizes?

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Vivemos tempos muito interessantes.

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É um privilégio poder viver uma guinada civilizacional com a chegada de uma nova linguagem humana.

E vamos aprendendo muito com isso.

Note que o uso das novas tecnologias, que permitem a prática da nova linguagem, por si só já é um processo educativo.

Não é um processo educativo cultural, voluntário, mas é o próprio uso da nova tecnologia, que obriga as pessoas a aprenderem a usar.

Isso no passado foi mais complicado, pois os pais ensinam os filhos a falar, a escola a ler e a escrever.

E o uso dos computadores, aplicativos, etc têm sido feito de forma mais espontânea. E de forma tão rápida que os jovens aprendem antes do que seus pais.

O uso da tecnologia em si já é um grande aprendizado, pois altera a forma de cada um pensar e sentir o mundo, incluindo mudanças na plástica cerebral.

Não é uma educação formal, mas informal, que está dentro do próprio uso da tecnologia.

E isso tem implicações sociais, políticas, econômicas e religiosas.

É isso, que dizes?

Toda linguagem que chega precisa de um conjunto de novas tecnologias que a viabilizem. É um aparato completo que podemos chamar de ambiente cognitivo.

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Linguagens são tecnologias.

E novas linguagens precisam de um novo aparato tecnológico para que seja criadas.

As duas primeiras linguagens do Sapiens foram a gestual e oral. Eram linguagens biológicas, que demandaram mudanças no nosso corpo para que pudessem ser criadas e difundidas.

Há estudos das mudanças nos músculos e ossos para que pudéssemos começar a falar.

A escrita foi a primeira linguagem não-biológica, através da criação de órteses que permitiram:

  • produzir;
  • registrar;
  • armazenar;
  • transportar.

Assim, novas linguagens vêm com um aparato de novas tecnologias.

Novas linguagens incorporam as anteriores, se mesclam, as alteram, para que tenhamos uma cultura mais sofisticada para que possamos enfrentar desafios mais complexos.

Novas linguagens surgem, pois o ser humano é a única espécie social e viva que vivi sob a égide da Complexidade Demográfica Progressiva.

Linguagens e, por sua vez, a cultura que praticamos ficam obsoletas, pois se tornam incapazes de lidar com patamar de complexidade demográfica mais elevado.

Quando atingimos determinado patamar de complexidade demográfica a cultura e as linguagens disponíveis vão chegando ao seu limite.

Toda vez que uma civilização em particular ou o Sapiens de maneira geral aumentar em muito a sua população haverá demanda para a chegada de novas linguagens.

Quando aumentamos a população e não conseguimos criar novas linguagens, a civilização entra em colapso, ou em crises profundas.

A grande novidade do século XXI é a chegada de nova linguagem humana.

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Toda a cultura é produzida a partir dos limites das linguagens que temos disponíveis.

Quando surgem novas linguagem há readequação das anteriores e o espaço para a recriação cultural, a partir da nova.

O que é uma linguagem afinal?

  • A linguagem humana é uma ferramenta que permite que possamos nos comunicar, aprender, trocar, imaginar. Linguagens formam a base da cultura do Sapiens.

Qual seria exatamente a nova linguagem?

  • A quarta linguagem é a linguagem dos cliques. Cliques em links, em ícones, em estrelas, em produtos, em serviços. Cliques são linguagem, pois permitem que haja trocas, decisões sejam tomadas.

Qual o impacto da chegada de novas linguagens na sociedade?

  • Toda a cultura de uma sociedade é feita nos limites das linguagens disponíveis. Somos aquilo que as linguagens nos deixan ser. Quando mudamos a linguagem, começamos a alterar a estrutura básica da humanidade,

Na prática, o que significa a chegada de nova linguagem?

  • Que o modelo de organização da sociedade entra em processo de mutação. O modelo de administração, da tomada de decisão individual e coletiva e tudo que gira em torno disso começa entrar em processo de mutação.

Não existe nada mais impactante para a vida do Sapiens do que a chegada de novas linguagens, pois tudo que existe na sociedade será readequado a esta.

Até o dia de hoje, pudemos registrar três momentos similares:

  • a incorporação da oralidade sobre a linguagem dos gestos – há 70 mil anos;
  • a incorporação da escrita sobre a linguagem dos gestos e da oralidade  – há 7 mil anos;
  • a incorporação dos cliques sobre a linguagem dos gestos, da oralidade e da escrita – há 50 anos.

Chegada de nova linguagem é prenúncio de mudanças radiciais na sociedade, pois o epicentro da cultura entra em mutação.

E tudo que era estruturado sobre uma determinada linguagem passará a ser revisto com as novas possibilidades da nova.

Sem essa visão geral e macro da Antropologia Cognitiva, que estuda a chegada de novas linguagens no mundo, fica mais difícil compreender as mudanças que temos pela frente no novo século.

A grande mudança da Sociedade Digital é um conjunto de tecnologias estruturantes que muda as bases da sociedade humana.

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Passamos da escassez para a abundância da informação e precisamos criar novas formas de pensar a educação.

No mundo, sempre haverá educação, mas com formas diferentes de transmissão da cultura passada.

Ora, será conjunturalmente importante termos mais transmissão de informação, ora será necessário traçar mapas, quando a informação estiver disponível.

Já tivemos a educação oral, a escrita, a escrita impressa e agora a base é o digital, com a chegada da quarta linguagem e da inteligência artificial, que nunca tivemos antes.

Hoje, temos duas mudanças:

  • Conjuntural –  da escassez para a abundância;
  • Estrutural – da oralidade e escrita para o digital (leia-se ícones participativos e inteligência artificial).

Hoje, a escola é baseada em assuntos, típica de uma fase conjuntural da escassez da informação e do distanciamento dos jovens dos problemas.

São educados para que alguém defina quais são os problemas, como resolvê-los, aprendam metodologias para que sejam seguidas à risca. A educação não visa criar metodologias, mas seguir as existentes.

O modelo de educação atual, no início deste novo século, ainda é formatador para metodologias existentes.

Não está em contato com os problemas diretamente, mas indiretamente, através de alguém que cuida dele.

Na escola é o professor, na empresa o chefe, o gerente.

A principal mudança da Sociedade Digital, com a explosão da abundância de ideias e, por sua vez, com um surto de inovação, é a reintermediação dos problemas.

Há uma descentralização de ideias e da inovação.

Hoje, está cada vez mais fácil de um jovem criar seu próprio negócio novo no mundo e desbancar os antigos líderes, com mais chance de ver prosperar.

Estamos saindo de um modelo de educação que visava repetir o mundo para outro que vai recriar o mundo.

E o problema que temos não é o digital na escola, mas a escola na Sociedade Digital.

 

Numa fase do mundo com informação abundante e com um surto de inovação se iniciando precisam de mentores e não de professores.

 

O Educador do Século XXI será um cartógrafo que precisa ajudar os jovens a traçar mapas para que as pessoas possam navegar de forma mais rápida e segura entre as várias opções de aprendizado.

Temos um novo aliado – e isso é fundamental compreender – que é o surgimento da Inteligência Artificial, que vai nos permitir criar essa cartografia autônoma cada vez mais sofisticada.

É o modelo do Waze aplicado na Educação.

Haverá pessoas que geram conteúdo, soltas pelo mundo, que ganharão destaque, a partir da colaboração que cada um dos navegantes de um dado problema deixar um rastro que ela é útil.

Há hoje uma gradual perda de valor na transmissão de conteúdo e na certificação e uma forte demanda por roteiros e mapas.

É isso, que dizes?

 

Vídeo relacionado:

Disse aqui que o Mundo 3.0 vai nos permitir refazer o conceito de sucesso.

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O conceito de sucesso hoje tem alta taxa de massificado, com alta taxa de massificação, que vem de fora para dentro.

Ter sucesso é ter dinheiro. Quem tem dinheiro TEM que ser feliz.

Num mundo com ideias e inovação centralizadas esse conceito de sucesso se massifica. Até por que se restringem as opções de se criar novos negócios, que não sejam das organizações centralizadas.

Num mundo em que temos o aumento radical da taxa da inovação e da descentralização dos negócios, a questão do sucesso se recoloca.

Passamos também aumentar a taxa de sucesso personalizado (que vem de dentro para fora) e reduzir a do sucesso massificado (que vem de fora para dentro).

O sucesso personalizado ganha mais sustentabilidade, pois as pessoas passam a poder viver dele num mundo mais inovador.

O problema quando falamos em sucesso personalizado é justamente a capacidade da pessoa definir o seu personal conceito de felicidade, pois acabou a sopa de alguém definir por ela.

E aí temos um nó geral, pois não fomos educados para ser personal e profundamente felizes, mas social e superficialmente felizes.

Gosto de um Felicitrometrômetro que mede a minha motivação para a vida nas segundas feiras pela manhã. Uma boa medida da felicidade é estar motivado para a semana que começa.

Tivemos o fim de semana para curtir e agora voltamos à produção.

Temos agora um novo mundo de oportunidades com o aumento da taxa de inovação e empreendedorismo descentralizado,  mas existe os transtornos que temos conjunturais e estruturais.

Diria que o sucesso e a felicidade é conseguir se alimentar de motivação ao invés de transtornos.

Transtornos são difíceis de serem superados.

Muitas vezes precisamos de ajuda. Mas quanto mais tivermos uma vida desmotivadora, mais os transtornos serão uma espécie de bengala para que não os abandonemos.

Faremos dos transtornos uma espécie de amigo perverso e conhecido, que entra no lugar da nossa capacidade de praticar aquilo que nos motiva.

Aquela frase de transformar limão em limonada se encaixa bem aqui.

Não adianta apostar em terapias que não nos leve ao aumento da taxa de felicidade-sucesso-motivação.

O sucesso 3.0 é o personal sucesso e isso implica uma mudança radical em como vamos lidar com os velhos transtornos.

É isso, que dizes?

Livro recomendado:

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Vídeo complementar:

Estive ontem numa palestra com a candidata à Prefeito Carmem Migueles do Partido Novo para o Rio de Janeiro.

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Professora da FGV, super competente, é, com certeza, o melhor currículo entre os candidatos a prefeito.

Porém, o Partido Novo tem problemas. E passa justamente por querer ser pragmático e incremental, num mundo que exige visão clara do futuro e da disrupção Tecnocultural que estamos passando.

Vamos ao problema central que nos trouxe à atual crise da representação política.

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Dados: https://pt.wikipedia.org/wiki/Demografia_do_Rio_de_Janeiro_(cidade)

Podemos observar que a cidade do Rio de Janeiro cresceu, pelo menos, seis vezes o tamanho da população nos últimos cem anos.

Cada vez mais, os vereadores têm que atender a mais gente. E, cada vez mais, cada vereador e prefeito é menos controlado por quem o elege.

Se abriu um fosso cada vez maior ao longo do tempo entre representante – representado. Podemos, assim, diagnosticar que:

O principal motivo da crise da representação política atual é da incapacidade de quem elege controlar quem foi eleito. 

O que vivemos hoje – e isso se estende para todas as organizações da sociedade – é uma crise do modelo de controle sociedade – organizações, que faz com que as organizações defendam mais o seu interesse do que o da sociedade por gozar de falta adequada de fiscalização social.

Vivemos hoje momento similar ao que nossos antepassados viveram diante da monarquia, quando inventamos a república.

O rei deixou de ser capaz de ser controlado, pois houve aumento das cidades, da complexidade, e cada vez mais as crises fizeram com que a monarquia fosse ficando obsoleta.

Sim, o que motiva as grandes inovações sociais é o aumento da Complexidade Demográfica Progressiva.

Note que a superação da monarquia só foi possível com a chegada da Prensa, que, como a Internet hoje, permitiu a descentralização de ideias, o aumento de autonomia de decisões de cada indivíduo, o que nos levou a recriar o modelo de controle, nos permitindo passar a eleger os “novos reis e os novos nobres”.

Passamos com a chegada da república do Controle 1.0, oral, para o 2.0, Escrito. Mas isso foi bom para uma determinada complexidade e não para a atual, com muito mais gente no planeta, países e cidades.

Vivemos hoje, igual ao fim da Idade Média, a obsolescência de um modelo de Controle , O controle 2.0, oral e escrito, tem limitações na sua capacidade de controlar as organizações, incluindo os partidos políticos e seus representantes.

A saída já parece clara.

Uma nova linguagem como a que vem sendo praticada pelo Uber, AirBnb, Mercado Livre, que permite que muito mais gente possa controlar pessoas e processos, através de aplicativos, resolvendo o problema da fiscalização na nova complexidade.

Um motorista do Uber não é mais bem intencionado do que um de uma cooperativa, mas é controlado de outra forma pelo consumidor, que tem o poder de decisão se ele continua ali trabalhando.

Assim, não está se resolvendo o problema do transporte coletivo com uma elevação espiritual dos motoristas de táxi, que passarão agora, depois de uma “purificação interna ou seleção apurada” a serem mais respeitosos com os passageiros.

Os motoristas de táxi passaram a ser desrespeitosos pela incapacidade da sociedade de poder controlá-los.

Os motoristas de táxi são bem parecido com os políticos: estavam ( e ainda estão) incontroláveis na forma de se servir da sociedade e não a servir.

O que existe de novo hoje não é colocar o nome Novo em um partido, mas procurar outras formas de controle em que vai se aumentar a participação do cidadão, via novas tecnologias sobre todos os antigos intermediadores, incluindo os políticos.

O Partido Novo me lembra os movimentos monarquistas que queriam resolver o problema do rei, sem acabar com o trono, através de uma transfusão de sangue azul para um sangue ainda mais azul.

Há muito boa vontade, mas pecam pelo excesso de pragmatismo num mundo disruptivo, que exige inteligência estratégica.

Isso se reflete na forma que escolheram candidatos, através de seleção que lembra de grandes corporações. O problema não é o currículo dos políticos, mas a forma como iremos controlá-los antes, durante e depois.

É preciso uberizar os políticos, colocando atrás dele eleitores com aplicativos, dando estrelinha o tempo todo!

 

No Controle 2.0 só se obtém pureza (e controle) limitando a quantidade, tornando lento o processo. É o que tem tentado o Partido Novo, reduzindo os candidatos, fazendo seleção apurada, ou dizendo que não são políticos profissionais ou que não terão mais que duas reeleições.

Isso é incompatível com uma cidade de quase 7 milhões de habitantes ou um país de quase 210.

É a tentativa de purificar o Controle 2.0, que já não dá mais conta do atual processo de complexidade.

O cidadão não está de saco cheio da política, mas percebe que se esgotou a forma de controlar os políticos. O que é verdadeiramente Novo é apresentar uma nova forma em que se saiba que isso será possível.

É preciso que o Novo faça uma reavaliação e estude profundamente o futuro, entenda que não é o político que está em crise, mas o modelo partidário do Controle 2.0.

E que o que é realmente Novo é começar a inovar para procurar novas formas de Controle, tanto internamente, quanto nas propostas para a sociedade.

Não foi à toa que a proposta de Uberização da cidade partiu de um candidato de um partido não tão novo, deixando o Novo para trás. Ver aqui o vídeo que fiz sobre isso.

O Partido Novo tem que entender que Partido é algo que está completamente velho.

 

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