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Marx tem uma frase emblemática que marca a passagem do marxismo de uma corrente política para uma religiosa:

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A filosofia é uma área de debate sobre determinados temas humanos, que também é submetida a testes no tempo. Demora, mas são.

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Teses filosóficas, viram teorias e depois metodologias, que são usadas e recebem o retorno da vida e precisam ser repensadas, num ciclo constante.

A tese principal filosófica de Marx parte da ideia do homem bom que precisa de uma sociedade boa para termos uma sociedade mais justa.

Isso não deveria ter virado um dogma, mas uma proposta a ser testada no tempo.

E foi, mas a revisão filosófica não foi feita pela maior parte de seus seguidores. As pessoas procuram explicações metodológicas, mas são poucos os que percebem o equívoco filosófico.

Com o tempo, as sociedades baseadas na tese da natureza boa, não se sustentaram, pois acabaram dando poder a um determinado centro, que deveria ser bom e praticar o bem.

O resultado tem sempre um efeito contrário.

O poder absoluto das pessoas do bem, com baixa fiscalização da sociedade, nos leva à corrupção e à violência sobre as massas.

Por quê?

Quando Marx tira o papel do filósofo de revisor de teses filosóficas sempre abertas e o coloca no papel de praticante de uma metodologia (Filósofos precisam transformar o mundo), está tirando aquele debate da roda.

Quando se elimina o debate filosófico de qualquer tese, parte-se do princípio que determinadas premissas filosóficas não precisam mais ser debatidas.  É questão fechada.

Parte do princípio que esse debate está superado. Se o debate está superado, fechado, não há como se reabrir e a tese que tem que ser testada, deixa de ser tese/hipótese (aberta) e passa à dogma (fechado).

O filósofo não tem mais o papel de debater aquela tese, analisar o que resultou e reavaliar.

Calem-se os filósofos!

O marxismo fecha a revisão dessa hipótese.

Quando se fecha o debate filosófico sobre qualquer tema humana, não estamos mais falando de projetos políticos, mas de religião.

O marxismo nesse momento passa a ser uma metodologia sem direito a debates filosóficos mais amplos. A ideia de que o ser humano é bom, de que a natureza humana tenderá ao bem, independente qualquer circunstância é o dogma de plantão.

Pior que é o mesmo dogma que levou ao totalitarismo católico da idade média, com fogueira, inquisições e cruzadas.

E à tese da monarquia absoluta, na qual o rei ia praticar o bem para seus súditos, pois foi escolhido por Deus, que nos legou séculos de opressão.

As teses marxistas e variantes, tal como a do Estado Islâmico, ou mesmo do nazismo do século passado bebem da mesma fonte: homens bons, movidos por classe, raça ou religião trarão uma sociedade melhor e mais justa.

Mesmo que a história tenha insistido em demonstrar que tal hipótese nunca é aceita pela vida.

É isso, que dizes?

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One Response to “Quando e por que o Marxismo virou uma religião?”

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