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O principal problema do Sapiens hoje é com a Complexidade Demográfica Progressiva.

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Mais gente, mais complexidade. Mais complexidade exige decisões melhores.

Precisamos, portanto, melhorar as decisões que tomamos.

Boa parte da crise civilizacional e que vivemos é de que as decisões que são tomadas não são aderentes à sociedade.

Ou seja decide para cima ou para baixo, para o lado ou para o outro, mas não se acerta no alvo.

O problema, já diagnosticou Friedrich Hayek (1899-1992), é de que a complexidade só pode ser combatida com descentralização.

É preciso aumentar o poder das pontas para que decida de forma cada vez mais descentralizada e melhor.

Assim, mais dia ou menos dia, aumentos demográficos vão nos levar à descentralização das decisões.

Pode faltar ferramentas Tecnoculturais durante um período, mas naturalmente aparecerá tecnologias que nos permitirão promover essa descentralização mais dias ou menos dia.

Vamos entender, assim, que, quando passamos das tribos que tinham propriedades comuns e estabelecemos a propriedade privada, por exemplo, foi a forma que conseguimos lidar melhor com a complexidade.

Cada um passou a cuidar de uma parte do todo, do seu próprio espaço, retirando a necessidade de um poder central cuidar de tudo.

Há uma micro-partição gradual dos espaços e das decisões para que possamos lidar melhor com a complexidade.

O mesmo se deu com o fim da escravidão, que, no fundo, foi uma autonomia maior para que cada indivíduo pudesse ter mais liberdade e o feitor não tivesse que cuidar de um exército de escravos.

Há também muito de operacional nesse processo.

As franquias 2.0 (atuais) são um modelo baseado num centro “conhecedor e promotor de marketing”, que permite que pessoas usem a marca de forma descentralizada.

A franquia 2.0 mantém, porém, a manutenção da responsabilidade do produto ou serviço de uma determinada marca.

Na Franquia 3.0, no caso do Uber, Airbnb, etc é diferente.

As organizações não são mais responsáveis pelos produtos e serviços, mas pelas relações entre pessoas que os querem consumir.

O Uber não promove viagens de carros com motoristas particulares, mas a relação entre quem quer se locomover e quem recebe pelo serviço. 

Seria uma hiper franquia.

O Uber, assim, deixa de ser uma organização responsável direta por entregar algo ao consumidor. Ele deixa que outras pessoas façam por ele.

O que ele agrega valor na sociedade é criar  ambiente para que essa relação fornecedor-consumidor possa ser feita, através dos cliques (a terceira linguagem), que permite uma produção descentralizada e um ambiente de controle e fiscalização muito superior ao da gestão.

O Uber agrega valor na introdução de novo modelo de administração (Curadoria), que permite a descentralização radical produtos e serviços.

Na qual, temos uma nova forma de controle e confiança entre as pessoas envolvidas.

O Uber e similares é um modelo típico da grande guinada que estamos dando, através da chegada de uma nova linguagem humana, que nos permite dar mais um passo na direção da descentralização das decisões.

É isso, que dizes?

 

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