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Quando se fala em Malthus as pessoas ficam nervosas.

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Este pensador (1766 – 1834) defendeu algumas hipóteses filosóficas interessantes e uma metodologia anti-ética, a saber:

  • Que o ser humano faz muito sexo e isso gera aumentos demográficos – que ninguém questiona;
  • De que aumentos demográficos nos levam à crises, pois aumentamos aritmeticamente a produção e geometricamente as demandas – razoável;
  • De que quando aumentamos a população teremos crises – o que não se comprovou, pois temos a inovação para nos salvar;
  • E de que a única forma de resolver o problema era deixar os pobres morrerem – o que é anti-ético e o fez ser colocado no lixo da história.

É preciso reler a filosofia de Malthus, ignorando a metodologia anti-ética.

Malthus nos ajuda a entender a atual Revolução Digital.

O ser humano vive sim sob a égide da Complexidade Demográfica Progressiva, já que saltamos sete vezes de tamanho da população em 200 anos.

Somos os únicos mamíferos sociais do planeta, principalmente entre os mamíferos, que crescem demograficamente sem pedir licença.

Assim, a ideia de que teríamos crises, não se mostrou válida, pois temos também a Inovação Progressiva, que nos permite superar as crises prescritas por Malthus.

E isso nos faz ter que rever o motor das grandes mudanças civilizacionais.

Precisamos rever, de forma disruptiva, como a história realmente avança no tempo.

Podemos dizer que a história se move da seguinte maneira:

  • criamos um modelo cultura que nos permite crescer demograficamente;
  • o que nos leva para demandas de macro-inovação;
  • em determinado ponto precisamos de novo patamar tecnológico de trocas (informação e comunicação);
  • e, em alguns, momentos de nova linguagem, que nos permita dar saltos culturais;
  • tal patamar tecnológico de trocas e nova linguagem nos permite superar as crises demográficas, criando novo patamar cultural humano.

Assim, o que move as rodas da história, antes de qualquer coisa, a é a demografia, que gera demandas objetivas e subjetivas, que pressiona todo o resto para atendê-las.

Há algo em Malthus que precisa ser relido.

Há algo na chegada de uma nova linguagem (dos cliques e ícones) no século XXI, que explica o conjunto de mudanças culturais que estamos passando.

Há algo numa nova maneira de pensar a sociedade que é fundamental para entendermos onde estamos e para onde vamos.

Sem essa revisão de como vemos os mecanismos da história, temos a tempestade, mas não a bússola.

É isso, que dizes?

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