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Vivemos neste século a passagem da Civilização 2.0 para a 3.0.

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Se revoluções Cognitivas marcam mudanças de etapas civilizacionais, Revoluções Cognitivas Descentralizadoras marcam rupturas civilizacionais.

Vivemos hoje três movimentos distintos na atual Revolução Digital, que têm consequências distintas para a sociedade humana:

  • a digitalização – que é a passagem de todas as linguagens anteriores do Sapiens para o digital;
  • a reconexão – que é a aproximação entre as pessoas, via Internet, que sofreu uma explosão com as mídias sociais;
  • e a uberização –  que é a chegada da terceira linguagem dos cliques.

Vejamos:

  • A digitalização nos permite descentralizar as ideias, os canais de distribuição e aumentar radicalmente a possibilidade de atualização dos registros.
  • A reconexão, mesmo a distância, restabelece uma aproximação perdida com o surgimento das megalópoles.
  • E a uberização que permite nova forma de produção, fiscalização e controle dos produtos, serviços, pessoas e organizações.

Todos estes elementos formam o que podemos chamar de Revolução Cognitiva Descentralizadora, que estabelece a passagem da Civilização 2.0 (Oral e Escrita), que teve o teto de complexidade marcado até 7 bilhões de Sapiens.

E inicia a chegada da Civilização 3.0 (Digital), que parte de 7 bilhões de Sapiens.

(A Civilização 1.0 foi a Gestual com populações bem reduzidas.)

Historicamente, podemos delimitar a chegada da Civilização 3.0, a partir do início do milênio, que tem como relevante a chegada de:

  • da terceira linguagem (cliques e ícones), similar a das espécies com alto maior de complexidade, como as formigas;
  • do terceiro modelo e administração (a curadoria digital), que nos permite ter nova forma de controle sobre processos, através da fiscalização pelo próprio consumidor/cidadão;
  • do surto de descentralização, que permitirá uma espécie de Renascença 3.0, no qual iremos rever os antigos paradigmas;
  • o início mais intensivo no cotidiano da inteligência artificial;
  • todas as mudanças girarão em torno dessas possibilidades.

A Civilização 3.0 tem como difícil missão viver num mundo superpovoado, interdependente, hiper transparente e conectado, com grande disparidade entre regiões.

A Civilização 3.0 tem como difícil missão viver num planeta que cada vez mais sente a presença do Sapiens, que se expandiu de forma muito rápida, sem planejamento e sem o cuidado devido com as outras espécies vivas.

O Sapiens terá que fazer o que sempre fez na Macro-História: se reinventar, através da criação de novas tecnologias, que nos permitem sofisticar a cultura e poder resolver estes problemas, via inovação.

Há hoje resistência às tecnologias, como se fossem responsáveis pelas crises que temos, mas são a única saída para superá-las sem violência.

Somos a primeira geração ainda engatinhando na nova Civilização 3.0, por isso tudo parece tão novo, interessante, assustador, confuso.

É isso, que dizes?

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