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Pensar pela própria cabeça implica o enfrentamento dos dogmas – Gustavo Bernardo – da coleção;

Todo pensador de determinado problema, que, de fato, quer mudanças, deve ser um colecionador de dogmas, sensos comuns.

Quanto mais ele identificar pensamentos com pouca discussão, mais terá facilidades para identificá-los e ajudar as pessoas a serem confrontadas com ideias diferentes, obrigando-os a rever e refletir melhor.

Eis a lista do que já identifiquei (em construção) e os links para posts aqui no blog que ajudam a refletir sobre estes sensos comuns:

PENSAMENTO PRÉ-INTERNET (1.0)

PENSAMENTO PÓS-INTERNET (2.0)

1

Internet é uma continuidade do jornal, rádio e da tevê;

Internet rompe com o modelo do rádio e da tevê, pois descentraliza de forma ampla e radical o controle da informação;

+ aqui.

2

É um fenômeno inusitado, nunca ocorreu na história humana;

É um fenômeno cíclico que já ocorreu algumas vezes, com mudanças radicais na sociedade, podendo a história nos fornecer melhores parâmetros para lidar com ela;

+ aqui.

3

É um fenômeno apenas tecnológico, comparado a outras mudanças técnicas, tais como da energia, o carro, o avião;

É um fenômeno tecnológico- cognitivo, que tem forte repercussão na maneira das pessoas pensarem o mundo, com mudanças radicais para a sociedade em seu conjunto;

+ aqui

5

Resulta apenas em consequências tecnológicas;

Terá forte impacto na sociedade, pois quando as pessoas mudam a maneira de pensar, mudam posteriormente a sociedade;

+ aqui

6

Minha instituição já tem parâmetros para lidar com esse fenômeno, basta fazer mais do mesmo;

A internet vai mudar a minha instituição, há que reinventá-la, através de um macro-planejamento estratégico, conduzindo um processo radical de mudança;

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7

É um fenômeno de comunicação;

É um fenômeno, que começa na comunicação, mas tem alcance amplo, com implicações profundas na sociedade;

+ aqui

8

Mudo apenas formas de comunicação, me adaptando a uma nova mídia, como já fiz com a tevê ou o rádio, o computador, ou um site na internet;

Altero os processo de operação e as relações que tenho com colaboradores, fornecedores e consumidores, reestruturando a empresa para este novo cenário;

+ aqui

9

Quem cuida desse projeto é um setor específico na organização;

A alta cúpula passa a compreender o fenômeno e de cima para baixo envolve toda a organização no processo de mudança;

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10

As consequências da internet não entram no meu planejamento estratégico de médio e longo prazo;

As consequências da internet entram como um dos itens principais do meu planejamento estratégico de médio e longo prazo;

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11

A comunicação da minha instituição com a sociedade continua baseada no modelo vertical – informo, através dos canais existentes;

A comunicação da minha instituição com a sociedade passa a ser baseada no modelo horizontal –dialogo, através de novos canais que serão criados;

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12

Digo algo, mas faço outro e uso os canais de mídia para ocultar o que faço, me aproveitando do espaço da sombra que os canais de comunicação me permitem;

Procuro ampliar a coerência entre o que faço e digo, pois me comprometo com o diálogo que estabeleço nos novos canais, pois percebo que não há como esconder mais, em função da mudança dos canais de comunicação mais abertos e nas mãos dos consumidores;

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13

O compromisso da empresa é com o lucro e com seus acionistas;

O compromisso da empresa é com o diálogo com a sociedade, o lucro é consequência do valor que gero nessa relação;

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14

Eu lido ou entro com/nas “redes sociais”;

Crio “redes sociais” em torno dos meus projetos, visando a inovação;

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15

Os parâmetros de medição dos meus projetos na Internet são quantitativos (número de seguidores, de mensagens, etc);

Os parâmetros de medição dos meus projetos na Internet são quantitativos/qualitativos e são medidos pela qualidade da inovação que passo a ter;

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16

Impeço meus colaboradores de acessar sites colaborativos, pois eles vão deixar de trabalhar;

Permito o acesso amplo à Internet e revejo de forma radical a forma como avalio a produção de cada colaborador;

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17

O projeto de intranet não se altera com a colaboração latente lá fora;

A colaboração é a base do novo projeto da intranet, criando uma nova forma de produzir/consumir informação da organização, visando gerar mais críticas, acerto rápido de erros e mais inovação;

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18

Não preciso ter projetos de gestão de mudança para que meu corpo de colaboradores entenda o fenômeno e suas implicações na sua vida;

Inicio um amplo projeto de reciclagem, prevendo a de gestão de mudança para que meu corpo de colaboradores entenda o fenômeno e suas implicações na sua vida;

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19

O ser humano não precisa de filtros, com a chegada da Internet, vai acessar tudo ao mesmo tempo;

O humano sempre precisará de filtros, que podem ser mais ou menos horizontais, mais ou menos pessoais, no caso da rede, são mais horizontais, reforçando o laço dos conhecidos e seguidos com reputação. Temos que nos adaptar a essa nova modalidade mais complexa.

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20

A produção coletiva é caótica, bagunçada;

A produção coletiva é uma forma nova de produzir e tem a sua dinâmica própria, é preciso entendê-la como algo novo, diferente do modelo que estamos habituados;

+ aqui

Não podemos usar velhos mapas para descobrir novas terras – Gil Giardelli – da coleção;

Faz tempo Thomas Malthus escreveu um livro relevante.

Um ensaio sobre o princípio da população ou uma visão de seus efeitos passados e presentes na felicidade humana, com uma investigação das nossas expectativas quanto à remoção ou mitigação futura dos males que ocasiona.

Nele, Malthus define que o problema humano é o sexo. 😉

Não, longe da mesma abordagem de Freud.

Na sua lógica, o humano gosta do sexo, por isso, tem filhos.

Quanto mais filhos, mais demanda social.

Quanto mais demanda social, mais necessidade de produtos e serviços.

E, segundo Malthus, como a capacidade produtiva era finita, haveria crises.

O humano cresce em escala geométrica e a produção em escala aritmética.

Ele apresenta soluções meio heterodoxas para resolver o problema, do tipo controle da população, redução de apoio aos pobres, o que o colocou na periferia dos pensadores, mas a lógica de Malthus faz sentido.

E é vital para entendermos a Internet!!!

Os críticos do inglês argumentaram que faltava algo na equação de Malthus: inovação.

Assim, quanto mais gente, mais necessidade de produzir e, por sua vez, mais necessidade de inovar.

Ou seja, o humano supera a equação de Malthus inovando, criando formas novas de atender novas demandas, vide o peixe e o trigo trangênico, por exemplo.

Beleza.

Porém, a chegada da Internet demonstra que faltava mais um elemento na equação: a informação.

O que nos leva a:

Quanto mais gente, mais necessidade de produzir e, por sua vez, mais necessidade de inovar. E quanto mais necessidade de inovar, mais de flexibilizar e agilizar os ambientes informacionais.

Numa equação pós-Malthus:

Equaçao_pos_malthus

Ou seja, quanto mais gente tivermos no planeta –  e o que não falta gente hoje em dia (7 bilhões)  – mais teremos necessidade de ambientes informacionais dinâmicos.

Bingo!

É uma equação que justifica o surgimento de tempos em tempos de revoluções da informação, a partir do aumento radical da população, como tivemos antes do surgimento do livro impresso (200 milhões para 400 milhões).

E agora com a Internet (um salto de 1 bilhão, em 1800 para 7 bilhões em 2010.)

Temos hoje uma “gravidez” de novos ambientes mais democráticos para inovar e produzir mais e melhor para mais gente.

Assim, podemos ainda colocar outro parâmetro, que nos leva a repensar a necessidade da democracia.

Há, assim, uma relação de ambientes informacionais, inovação e democracia.

Os ambientes informacionais vêm resolver demandas de inovação e precisam criar um ambiente geral na sociedade mais propício para isso.

Os modelos mais verticais migram para modelos mais horizontais.

Desse ponto de vista, o fim da monarquia para a república nos levou para algo mais aberto, no qual o cidadão passou a escolher o rei, que era “indicado” por Deus/Papa.

O rei pode ser deposto e colocado outro no lugar.

Tal mudança criou o ambiente produtivo que temos hoje bem mais dinâmico do que o feudalismo.

E isso só foi possível pela Revolução da Informação do papel impresso.

Hoje, o modelo democrático é burocrático demais para a demanda de inovação que necessitamos.

Teremos que mudar!

Essa é a fase que estamos começando a entrar.

O modelo democrático que estamos hoje  não é mais adequada ao salto populacional que tivemos, assim como a forma de produzir.

É preciso um Crt+alt+del na civilização, como propõe Tapscott.

A ideia de representantes periodicamente escolhidos que nos representa tem se mostrado lenta e pouco eficaz.

Quer-se (por necessidade) votar toda hora, como já demonstra algumas iniciativas (ver vídeo).

Motivo: os problemas são maiores, mais urgentes e mais dinâmicos.

Não dá para esperar o pessoal voltar do recesso!!!!

Iremos construir uma democracia 2.0, participativa, on-line, por causa da necessidade de inovar, por causa da produção, por causa do aumento da população.

Com essa demografia nossa democracia é precária.

E essa é a base da revolução social que está prenhe no centro do planeta.

Chutando aqui e ali a barriga da mãe Gaia.

O novo mundo vai nascer, pois é uma demanda básica para resolver a crise produtiva.

A equação de Malthus é viável e agrega valor, estava apenas incompleta.

Que dizes?

—Momento spam –

Venha participar de meus grupos de estudos on-line ou presencial!

Ou, quem sabe, opte por um coaching on-line pessoal para rever carreira, orientação de trabalhos acadêmicos, etc.

Reinvente-se!

Veja aqui!

A humanidade pode ser dividida entre os que querem conversar e os que querem fazer barulho – Juliano Spyer – da coleção;

Apesar de afirmarem pelas esquinas que vivemos na sociedade do conhecimento, pouco paramos para pensar em como conhecemos e o transmitimos.

E isso é importante, fundamental, pois afia nosso instrumento mais valioso nos dias de hoje, que é a nossa capacidade cognitiva.

Noto na minha prática contínua de dar aulas, consultorias, blogar, discutir, receber feed-backs, repensar que podemos dividir esse processo cognitivo em duas etapas:

“Laboratório de percepção dos problemas” (eu e os meus botões) – local individual, no qual constantemente analisamos e reanalisamos como encaramos os problemas que escolhemos nos debruçar. Isso é um processo individual entre nosso ego e o lego, que ficam conversando e criando, superando barreiras, o senso comum geral, produzindo sensos incomuns. Neste caso, o que vai fazer a diferença é:

# tempo de reflexão sobre determinado problema;

# fontes escolhidas para atualização, as melhores são aquelas que nos tiram com mais rapidez do prumo;

# espaço de escuta dessas fontes;

# abertura para escutar e rever;

# capacidade cognitiva para linkar, criar, sintetizar e analisar o que chega.

Transmissão/sincronização/criação do discurso – ao chegarmos a algumas conclusões preliminares, naturalmente compartilhamos isso com outras pessoas e percebemos que temos que melhorar/afinar/ o discurso adaptando a cada situação e vamos aprendendo várias coisas nesse processo:

# Identificar aonde há falhas no nosso discurso, que precisa voltar para o “laboratório de percepção” e ser retrabalhado, falta consistência no nosso senso incomum, que é um eterno aprender. Deparamos com pessoas que conseguem perceber falhas, que outras não,  o que nos leva a rever alguns pontos. Ou nos trazem dados novos, por exemplo;

# Conhecer o “senso comum” das pessoas que nos questionam para poder conhecendo-o, identificá-los e afinar o discurso tornando nossa lógica mais compreensível e uma didática que ajude aos outros a superar sensos comuns;

# Aprender a criar ambientes de maior confiança onde todos possam se expressar com liberdade e de igual para igual com o coordenador de inteligência coletiva (ex-professor);

# Ordenar o que se transmite, a partir do aprendizado constante do diálogo com os diversos públicos;

# Ampliar a capacidade de escuta, aceitando e procurando avidamente possíveis falhas, buracos, deixando o ego quieto para que possamos rever mais e mais o nosso senso incomum no laboratório de percepção.

O interessante é que podemos perceber que hoje, com tanto interação e colaboração, cada vez mais nosso laboratório é invadido por questionamentos, novos dados, pontos de vistas distintos e temos que torná-lo cada vez mais dinâmico.

O tempo que havia, na mídia passada, era da consolidação e um longo tempo até uma revisão do que se consolidou.

Hoje, já escrevemos direto no Google Doc!

Não há mais tempo entre o produzir e o transimitir.

É tudo agora, para ontem!

Não se ajoelha mais para rezar.

Ser reza andando mesmo…;)

Bem como, não cabe mais uma transmissão de conhecimento vertical, pois o que se pretende é tornar o laboratório cada vez mais gasoso, como detalhei aqui.

O processo de conhecimento, portanto, mantém as duas etapas (perceber e transmitir) , mas cada vez mais elas estão se aproximando e aumentando a velocidade entre o questionar sempre e o transmitir constante.

Ganhamos em velocidade, expandimos a mente e deixamos de solidificar, consolidar, quase em um estado gasoso.

Exemplo?

Posto no blog algo novo, cinco minutos depois alguém questiona, comento, avanço, repenso….

Essa mudança de produção do conhecimento muda radicalmente a relação com nossa identidade, nosso ego.

Pois o ego é consolidante.

E egos consolidantes em um mundo gasoso não tem sentido.

É papo longo, paro por aqui.

É isso, o que dizes?

Os egos que andavam a pé hoje já estão motorizados– do meu e-book de frases perdidas;

Um intoxicação se deve ao uso constante de determinada substância por um longo período, que deixa sequelas, mais ou menos graves.

Estamos todos intoxicados de nós mesmos.

Motivo: uma sociedade baseada intensamente em alguns parâmetros inviáveis em termos coletivos, no uso intenso de estímulos individualizantes pelos canais de comunicação e informação, a saber, entre outros:

– a ideia que cada cada um resolve por si os problemas, vide argumentos principais de filmes americanos, Cobra, Rambo, Duro de Matar (eu sozinho contra tudo e todos);

– forte parâmetro de que o meio (dinheiro) passa a ser o fim, quando deveria ser o meio para a troca;

– canais de informação e comunicação baseados na relação um-muitos, cada um com seu discurso fechado, espalhando-o, ao máximo, pela sociedade, chegando fechados e saindo fechados, vide professores, médicos, políticos, empresários, etc.

Este, entre outros pontos, nos leva a uma incapacidade do diálogo, ao fechamento para o outro, para projetos coletivos.

A necessidade de desintoxicação é um dos principais motivos da chegada de uma Revolução da Informação, através de um novo canal de troca.

Nele, note bem, que quebramos, na raiz, alguns parâmetros decadentes da sociedade anterior, por puro instinto de sobrevivência.

Assim é uma Revolução Informacional, restauradora de parâmetros básicos da humanidade para seguir adiante.

  • Há na rede o retorno do trabalho coletivo, com conhecidos e desconhecidos, a cada caso.
  • A superação do tudo por dinheiro, com projetos voluntários se expandindo em escala global.
  • E o retorno intenso ao diálogo, ou as primeiras tentativas em todos estes campos.

É importante compreender que estamos no final de uma etapa da civilização, que chegou ao seu limite.

Ela vem procurar saídas para a crise ética, moral e produtiva que nos metemos.

Isso não é obra de Deus, mas dos humanos, que, intuitivamente, como fizeram com a prensa há 550 anos atrás, perceberam o potencial da nova mídia e – como cupins – foram aos poucos roendo por trás da madeira do “armário social”.

O interessante é que a nova possibilidade de troca nos permite, no contato com o outro, estabelecer novos parâmetros sociais, que é a base daquilo que necessitamos para superar nossos problemas.

E a base das mudanças radicais que estão começando a se delinear, como consequência desse novo ambiente, assim como ocorreu com a chegada do papel impresso.

(Vejam as quatro fases de uma revolução informacional.)

Ser, assim, 2.0 é resgatar nossa capacidade da conversa!

Da troca entre estranhos e conhecidos.

Ser um agente de mudança 2.0 é se reinventar enquanto humano, readministrando seu próprio ego para promover debates honestos, à procura sempre do incentivo de ambientes de diálogos.

Para superar problemas, corrigir rapidamente os rumos.

Isso se dá na nossa capacidade de criar ambientes de diálogo honestos.

Para isso, todos nós, temos que ter consciência que estamos em processo de desintoxiação.

Há que haver paciência coletiva.

E esforço.

Não é fácil, mas também não é impossível.

Concordas?

—Momento spam —

Venha participar de meus grupos de estudos on-line ou presencial!

Ou, quem sabe, opte por um coaching on-line pessoal para rever carreira, orientação de trabalhos acadêmicos, etc.

Reinvente-se!

Veja aqui!

Cabeça de PDF

  • Primeiro, veio o software livre, depois a música, agora o livro, daqui um pouco – quem sabe  – a sociedade – do meu e-book de frases;

O que mais me irritou na produção da minha tese (que se tudo der certo é defendida em março) foram os PDFs.

Todo mundo acredita que está protegendo suas ideias publicando textos em PDFs.

Doce ilusão pré-moderna.

Uns colocam embaixo de senhas, só pagando.

Nem pensar!

Quem tem dinheiro para isso?

E como vai se saber o que tem ali serve?

Vai-se no que está mais na mão, disponível.

A maioria está em PDF.

Alguns são mais “abertos”, pois permitem copiar e colar, outros, nem isso.

Você quer copiar um trecho para citar, uma expressão para fazer busca, o nome do autor, etc…e tem que fazer uma ginástica enorme.

Baixei um programa que converte qualquer PDF para DOC.

Acabou a proteção e ficou apenas o trabalho, a dificuldade.

Tão desnecessária, tão pré-Internet, tão Século XX.

Nós todos, autores, pesquisadores,  indústria do software, da música, do livro e, aos poucos, a sociedade temos que furar um problema mental, cognitivo grave.

Nós fomos criados em um mundo da distribuição de ideias controlado por um ambiente informacional consolidado nos últimos 550 anos, que começou descontrolado pelo papel impresso e foi sendo cada vez mais controlado pela indústria da mídia e se burocratizando.


Muitos dos problemas que temos hoje é pela nossa capacidade de inovar, por causa da burocracia da circulação de ideias.

É o ponto final daquela civilização do papel.

Entre nós e as ideias existia (e ainda quer se manter a todo custo) uma rede de intermediários, que lucra com o controle e finge garantir  o “direito do autor”, “o direito autoral”.

Eles foram a vanguarda da sociedade, agora estão na retarguada!

Foram progressistas, hoje são conservadores.

Na verdade, esse modelo de distribuição e de concepção do direito só é possível em um modelo do controle.

As leis autorais  têm relação direta com o modelo da distribuição de ideias.

Você só tem uma lei que vinga, se consegue punir e achar culpados.

Quando não consegue mais, tem que mudar a lei.

As revoltas são assim.

Os negros americanos não quiseram sentar mais na parte detrás do ônibus.

Quando muitos deles se recusaram a isso, faltou polícia.

E reformularam a lei.

Muda-se a forma de distribuir, é preciso mudar as leis.

Não se deve misturar o cidadão que tem bom  senso com o ladrão.

O cidadão de bom senso é o consumidor do futuro.

O ladrão sempre será ladrão.

Chamar seu consumidor de ladrão é um risco sério para quem tem meia dúzia de ticos e  tecos na cabeça.

Assim, defendo a ideia, como fiz no meu novo livro, Civilização 2.0,  de que o autor deve eliminar intermediários, não por que é legal, mas gera mais valor para ele e a sociedade.

É preciso garantir o trabalho dos autores, mas não mais protegendo a sua obra passada, que deve ser um canal de divulgação, mas a sua obra presente, estimulando e incentivando o que pode oferecer no presente.

São autores desburocratizados, que têm valor pelo que conseguem produzir ao vivo e a cores.

O resto perde o valor rapidamente, pois por mais que se queira, é impossível impedir a cópia.

Quem quer chegar no século XXI deve escrever no Google Doc aberto, para que todos leiam, desde a primeira linha e ajudem na formulação, revisão, etc.

Publicar ali e deixar que todos possam copiar à vontade.

A citação é pedida e, pasmem, como é fácil, gentil, interessante, todos atendem.

E até citam e linkam.

E se sobe no ranking do Google.

E se ganha reputação.

E se tranforma reputação em palestra, em cursos, em consultoria.

E se gera valor.

Falta ainda indústrias  competentes para ajudar os autores a viver disso.

Que se habilita?

Que dizes?

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Não estamos numa época de mudanças, mas em uma mudança de época Chris Andersonda coleção;

Não existe consciência por parte dos nossas candidatos do mundo que estamos entrando.

É natural, pois avalia-se tudo sobre o futuro, menos a mudança informacional em curso.

Já repeti aqui que uma Revolução Informacional é um vulcão adormecido que entra em erupção. E ninguém pensa em montanhas que explodem, pois não faz parte de seu imaginário estratégico.

Ninguém imagina o que vai acontecer a partir desse fato.

Tenho insistido que o aumento da população pede mais e mais eficiência do ambiente produtivo.

(Passamos de 1 bilhão em 1800 para 7 bilhões em 2010!)

Se me perguntarem qual e a palavra central que caracteriza todas as revoluções da informação vou te dizer: descentralização.

Foi assim com a escrita, com o livro e agora com a Internet.

Por quê?

Quanto mais descentralizada (sem perder a orquestração) for uma sociedade mais ela terá capacidade de inovar, corrigir seus erros, gerar valor e, por fim, atender às demandas crescentes.

Uma coisa é um churrasco para 20 amigos, outra é um para 140 pessoas, aumentando 7 vezes o tamanho da festa!!!

(Não fizemos ainda a avaliação precisa entre o surgimento da capitalismo e o aumento da população da Idade Média que dobrou de tamanho!)

Estamos fechando um ciclo civilizacional de 550 anos, no qual o atual capitalismo se centralizou, se burocratizou, excluiu uma camada gigantesca da população e resolveu acabar com o planeta.

Tais absurdos ocorriam na Idade Média, com um modelo falido de produção baseado no poder da Igreja e Reis.

Degolaram gente!

Assim, estamos agora com um ambiente informacional que ajuda a mudar, reformar, revolucionar, alterar, transmutar códigos da placa mãe e não apenas nos aplicativos.

O sistema está em crise, tentando se reinventar, através de novos modelos de organização que incorporam o outro em seus projetos.

Não por opção, mas por falta dela.

Não se gera mais valor excluindo como no modelo do passado.

(Vai se criar, certamente, a exclusão 2.0, mas será mais inclusiva que a atual, como foi na passagem dos últimos 550 anos, quando passamos do campo, dos escravos para o modelo atual, mais compatível e inovador com o tamanho da população!)

Um capitalismo mais inclusivo e participativo para continuar produzindo valor.

Ou seja, o caminho conceitual participativo e aberto é muito mais Steve Jobs do que Hugo Chavez!

Muito mais Jeff Bezos, que abre para se criticar o sistema, através de comentários (da Amazon) do que Fidel Castro!

Descentralização inovadora x Centralização burocratizante.

Que nome terá?

Note que Google, Apple, Netfix, Amazon estabelecem redes transparentes e co-interdependentes com seus usuários.

São mais inovadoras e participativas.

Esse modelo é o germe da sociedade 2.0, que está surgindo e vai influenciar todas as instituições da sociedade.

E daí para lá e não para cá.

Infelizmente, nem a Marina levantou essa questão.

Ao contrário, aparecem propostas de mais centralização, já se fala em votos de lista fechada como o eixo da reforma política, ao invés de participação do cidadão pela rede.

Querem fechar ainda mais, colocar intermediários, ao invés de tirar.

Vejam o vídeo abaixo, que fala como o cidadão pode começar a votar todo dia e não de quatro em quatro anos:

ted

Estamos dando Rewind, pausa, rewind, pausa.

Ao invés de play!

O mundo está indo para o século XXI e estamos discutindo se queremos modelos do século que acabou!

Precisamos de um neo-criativo-inovador-participativo-planeta, empreendedor, inclusivo e ecológico.

Abram alas para a nova geração!!!

Um novo partido, ou um movimento de abertura vinda de baixo, como foi o movimento do Ficha Limpa.

Note que não o movimento ficha limpa não teve pai ou mãe, assim, como não tem o pai do sequenciamento do Genoma ou da própria Internet.

É preciso outra concepção de poder, de participação do cidadão, de transparência, de inclusão radical empreendedora.

Algo que o Obama começou na campanha e fechou o blog e o Twitter dele assim que  foi eleito, tsc, tsc, não é à toa que está despencando.

Muita gente traída diante da tela.

Precisamos de líderes que consigam olhar para daqui a 20 anos e não para o daqui a 20 dias!

Esse é falta de visão estratégica do mundo a meu ver e um dos grandes problemas que se constata nessa atual eleição.

Só olhamos para o retrovisor.

Pelo menos, podemos dizer, não se trata apenas do Brasil.

É um desconhecimento geral, sendo começado a ser estudado por meia dúzia de pesquisadores isolados aí pela rede, sem voz no grande ambiente midiático atual, por enquanto.

Que dizes?

Estamos aqui fazendo nossa primeira experiência.

Veja a foto tirada pelo @valessiobrito

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Para saber mais detalhes dos próximos, clique aqui.

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Só existe diálogo honesto quando os dois lados estão dispostos a mudar, a partir da interação com o outro – Nepôdo meu e-book de frases.

O maior problema humano hoje é a nossa incapacidade da conversa.

Ainda mais com pessoas que não fazem parte da nossa tribo, geralmente no trabalho, em grupos mais abertos.

O outro nos assusta e precisamos rotulá-lo para nos sentirmos bem, confortáveis e – por que não – superiores.

Perdemos a capacidade de ouvir e falar com sinceridade e disposição para crescer juntos.

Quem não conversa, opta sempre por se fechar em guetos para viver catarticamente na reafirmação de si mesmo.

Motivos mil, consequência milhões! ;(

Todo o esforço hoje, a meu ver, é resgatar essa arte perdida da conversa aberta, do diálogo honesto, em alguma caverna perdida, atrás dos aparelhos dos livros, dos rádios, da tevê e agora da Internet e celulares.

Nada disso garante diálogo, apenas informação.

Ainda mais em profissões que lidam diretamente com pessoas.

Aí se inclui: comunicadores, inovadores, gestores de todos os tipos, informadores, etc…

Assim, acredito que a melhoria das relações está baseado na capacidade do diálogo. E a capacidade do diálogo na melhoria da qualidade da relação.

Evitar a cristalização de guetos, dogmas, tribos, grupos, igrejas, etc.

Quando colocamos o outro em um quadro, é o primeiro passo para nos afastarmos da pessoa e nos ensurdecer.

Sim, não é fácil, mas devemos nos concentrar nessa meta.

Estou assumindo pessoalmente, com toda dificuldade, esse esforço nas minhas aulas, palestras, consultorias, vida pessoal, etc…

Isso, a meu ver, resume uma atitude 2.0, conseguir, de novo, fazer debates honestos.

Quando não dialogamos, tendemos a pasteurizar o outro.

É preciso ouvir para saber:

– como o outro de fato pensa?

– o que há em comum e incomum entre você e o pensamento do outro?

– como ele chegou aquelas conclusões? Amadureceu muito, ou discutiu pouco? Está disposto a rever ou se manter nela?

– qual é, de fato, a disposição dos dois para o diálogo?

– qual é o grau de sua atenção e a do outro quando cada um conversa?

– ambos estão respeitando o outro, sem sarcasmo, ironias, desqualificações, adjetivações?

(Meu filho mais velho, Jonas, me chamou a atenção de que quando se tem problemas no diálogo, começam a surgir os adjetivos. Concordo com ele.)

– como me sinto em relação ao discurso do outro?

– como expresso esse meu sentimento?

– o tempo e o local do diálogo estão ajudando ou atrapalhando?

– ter outras pessoas asistindo ou participando, está ajudando ou atrapalhando?

– a plataforma usada (e-mail, twitter, telefone, pessoal) está ajudando ou atrapalhando?

Problemas recorrentes, que observo que encontra-se ao se conversar de ambos os lados:

– não querer escutar;

– só querer falar;

– não querer falar;

– vontade de doutrinar;

– vontade de ser doutrinado;

– indisposição para mudar.

Acredito que o diálogo é um jogo em que as duas partes devem estar dispostas a superar estes obstáculos, ambas com interesse de mudar, a partir da troca.

Se alguém se diz fechado para a mudança, não há diálogo, mas apenas monólogo e tentativa de doutrinação.

Quase perda de tempo, muito chato, rua sem saída.

Vale o dito: “quando um não quer dois não brigam“, que pode ser adaptado para “quando um não quer dois não dialogam”. Quando dois não dialogam, por consequência, brigam.

(Árabes x Judeus, PSDB x PT, esquerda x direita, etc..são exemplos nessa direção.)

Temos que resgatar a arte do diálogo perdido em alguma caverna lá do passado….se quisermos começar a pensar em fazer projetos inclusivos na Internet, pois a rede é um espaço aberto ao diálogo dos desconhecidos.

Esse é o principal desafio que uma mídia interativa – aberta ao diálogo – traz para a sociedade.

E é o diálogo a principal ferramenta de um agente indutor de mudança.

Concordas?

Procura-se significado para não se ter uma vida insignificante do meu e-book, de frases;

Ver programas já feitos, aqui.

Caso tenha sugestão de tema, convidado, projeto, etc, basta preencher o formulário.

O programa de video “Mundo 2.0” visa levar um senso incomum sobre o fenômeno Internet.

Teremos dois níveis de programas.

Para o público geral, em vídeo, editado, decupado.

E em áudio, apenas, sem edição, mais aprofundado, com insights e mais demorados.

Será transmitido regularmente pela Web.

Pretende aprofundar as consequências da chegada da Internet para a sociedade e as maneiras que os agentes de mudanças conscientes possam agir para interferir nesse processo, visando gerar valor, onde se inclui nos aspectos sociais, políticos e econômicos.

Será baseado em entrevistas, respostas às perguntas feitas pelos Internautas.

O programa tem um conselho editorial que são meus “Grilos Falantes” nos mais diferentes aspectos, trocando impressões em uma lista na Internet, fazem parte desse grupo:

Bruno Valente, Camila Leite, Dora Lima, Fabiana Gaspar, Janaína Machado, Jonas Nepomuceno, Luiz Eduardo  Garcia, Marina Henriques de Almeida, Mônica Couto, Nina Zonis, Rafael Samways e Rodrigo Nepomuceno.

O programa tem o apoio de divulgação das seguintes iniciativas parceiras (caso queira constar dessa lista, basta me dizer):

nos

jornalistas_web

logomarca-plurale-em-site-no-preto

webinsider2

Apoios:

allbusiness

videolog

O programa está aberto a patrocinadores.

Caso tenha sugestão de tema, convidado, projeto, etc, basta preencher o formulário.



Se ao ler você não entende o que alguém está dizendo e se não exerce a crítica diante do que lhe está sendo dado, não apreende e passa a ser apenas um escravo da informação – Nélida Piñon;

Um  dos principais problemas que encontro hoje entre meus alunos e clientes é saber lidar com a enxurrada de informação: o conhecido e repetido mal, que aparece também no novo século, impulsionado pela Internet.

Tenho escrito sobre isso e pensado bastante sobre o assunto.

Das coisas que leio, considero que posso atribuir alguma distinção ao entrar em contato com informações, independente sua origem para os problemas que procuro ajudar a “resolver” (entre aspas, pois não existe solução):

(Marcos Cavalcanti sugeriu em papo outro dia usar a expressão dissolver problemas, achei mais adequada)

Qualquer informação poderia ser classificada, assim:

  • Novidade: o que traz algo novo, fora do que estamos acostumados;
  • Reforço: o que reforça nosso ponto de vista, de um ponto incomum, agregando mais dados, afirmando que concorda, etc, mostrando que a rota que tomamos está se mostrando viável;
  • Inutilidade: o que não agrega nada, coisa repetida que todo mundo já sabe, nem reforça, nem inova, um senso comum gasto e mediano;

Para cada uma destas avaliações, posso ainda separar por:

  • Dado – uma tabela, uma pesquisa, o fato de alguém adotar determinado software, metodologia, o que o Moreno na tese dele, chamou das coisas que “eu vi”.
  • Ponto de vista – uma forma nova de encarar o problema, um jeito diferente de dizer as coisas, o que o Moreno na tese dele, chamou das coisas que “eu acho”.

A cada um destas informaçõs que chegam podemos atribuir valor. Um ponto de vista completamente novo que nos faz parar para pensar podemos atribuir de 1 a 3, a nota 3.

Saber que uma metodologia inovadora está sendo implantada em uma importante empresa merece também nota 3.

Tendo isso em vista, podemos começar a aferir e criar uma métrica das fontes que costumamos acompanhar (blogs, twitter, facebook, linkedin, revistas, jornais, etc) e ver, no geral, o que realmente tem agregado e levado nota 3 e o que está deixando a desejar, levando zero.

Na maioria dos casos e das fontes, sem percebermos, estamos consumindo notas zeros e não conseguindo seguir notas 3.

E cada vez mais ficamos escravos da informação e não senhores da mesma.

Outro dado importante é o esforço para entender os modelos mentais, papel da filosofia, mas isso é outro assunto para outro post.

Que dizes?

A realidade sempre vence a representação, o marketing deve gerar valor real– Frank Striefler – da coleção;

Temos a ilusão de que estudamos assuntos.

Inviável.

Nos debruçamos sobre problemas.

E nosso objetivo com eles é procurar ações viáveis para gerar valor.

Todo o resto é fumaça, perda de tempo.

A humanidade procura soluções de valor para continuar seguindo com mais qualidade.

Todos tendem a essa meta, apesar de nos perdermos muitas vezes pelo caminho.

Se temos como fenômeno de estudo a Internet, portanto, temos como questão central:

Como gerar valor com a Internet para a sociedade?

E isso se dá através do desenvolvimento de ações viáveis.

Ou seja, atos que faremos que tornarão aquele instrumento uma ferramenta de valor.

Para que isso aconteça um conjunto de fatores têm que estar bem alinhados:

– Os princípios éticos que iremos analisar qualquer fenômeno, seja ele qual for. Diria que se resume basicamente, entre prever a inclusão dos seres vivos do mundo no projeto (incluindo pessoas). Isso é o valor de longo prazo mais valioso de qualquer projeto. Ou seja, em nome de que ética estamos agindo;

– Depois, passamos a compreensão histórica do fenômeno, o que podemos chamar de teoria macro, que nos dá um cenário geral das causas, das consequências e das condições variantes de como ele se desenvolve, no caso a Internet (detalhei mais isso aqui.);

– Depois disso, iremos detalhar, a partir dos princípios e da compreensão histórica, as estratégias gerais, apontando as grandes tendências, ou seja, de onde partimos e onde queremos chegar;
– O detalhamento de que projetos devem ser feitos, as ações viáveis para tirar determinado grupo do ponto “A” para o ponto “B”;

– E, por fim, as medições que serão feitas para saber se estamos, de fato, gerando o valor definido nos princípios que nortearam todo o processo.

Quando se pensa em valor, não se exclui o lucro, que deve ser consequência do processo e não motivo principal.

As empresas que geram mais lucro, são justamente aquelas que não os persegue alucinadamente.

É isso,

Que dizes?

“Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure.” – Vinicius de Moraes.

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Começando de baixo para cima, da esquerda para direita: Pedro (camisa cinza), Paula, Verônica (de amarelo), Gabriela (de verde) e Bianca. Na segunda fila, de camisa azul à esquerda, Rodrigo, Carmem, Thiago, Cláudia, Juliana, bem perto da Cláudia. Na terceira, de amarelo, Fabiano, Karol, Raphael, Eu, Stéphanie e fechando a direita, Kátia. Do meu lado esquerdo, mais no alto, Naiara, Victor (à direita) e Paola, que é Paula, de verde. No alto, perto da porta, também da esquerda para direita Raphael, Luca e Marcel. (A Samara faltou).

Ok, perguntas finais:

– O que é necessário mudar na legislação para se chegar numa sociedade 2.0? (@fabianomartins);

– Como quebrar os sensos comuns do mundo 1.0? @malulei;

– O que é necessário para as pessoas estarem preparadas para essa revolução informacional – @rodrigo_emelo;

Como ser um profissional 2.0 num mundo 1.0? – @karolfelicio;

– Como a comunicação pode querer mudar os processos das empresas, a partir das reclamações das mídias sociais – @katiapeixoto;

–  Até que ponto as informações na Internet são confiáveis – @vhcmobile;

–  Como gerar valor para a sociedade com a Internet – @rsperle;

E avaliações.

Fica abaixo o védeo dos agentes de mudança:

Deixa a vida me levar
(Vida leva eu!)
(Zeca Pagodinho/ Serginho Meriti)

Acredito que não existe nada mais Brasil do que essa música.

Sugiro até que vire o hino do país.

Temos a ilusão, pois nos convenceram disso, de que existe “vida”.

De que ela pode “nos levar”.

Porém, a (s) vida (s) sempre será (ão) uma ilusão construída por alguém (ns) com determinado (s) interesse (s).

A vida é igual ao senso comum.

Ser é questionar o senso comum para trazer ao mundo nossa capacidade de olhá-lo com nossa particularidade e poder modificá-lo.

Nos deixar levar é deixar de ser.

A sociedade é uma ilusão bem vendida pelos meios de difusão de ideias disponíveis (jornais, rádios, tevês, amigos, parentes, cinema, CDs – que tocam essa música do Zeca Pagodinho). 😉

As vidas são várias e são construções sociais (conceitos/filosofias gerais/sensos comuns).

Quem se deixa levar por essa construção social, sem questionar, abdica da possibilidade de ser alguém.

Aceita o que lhe dão.

Será alguém inventado por outro alguém.

A vida não leva ninguém, você é levado por alguém, que chama o projeto que fez para você de vida.

Matrix na veia, em forma de pagode!

Vejo isso também quando alguém diz:

“Sou pragmático, não gosto de teorias”.

É um Zeca Pagodinho com verniz!

Não existe prática sem teoria, ou seja, o que ele quer dizer, no fundo é:

“Existe uma teoria (que eu aceito sem questionar, geralmente americana importada), vou tocando com ela, não quero parar para pensar, não enche o saco, deixa a teoria me levar, teoria leva eu”. 🙂

Desconfie dos pragmáticos, pois eles escondem uma teoria de forma consciente ou inconsciente.

Assim, quanto mais uma sociedade, organização, grupo, pessoa for autoritária:

  • Mais estará forçando que a “vida”, que nos leva, seja igual à verdade/realidade;
  • Mais acreditaremos que as boas teorias atrapalham, vamos fazendo!;
  • Mais pragmáticos gostaremos de ser, pois seremos levados!;
  • Não vamos querer parar para pensar, apesar de ser a “sociedade do conhecimento”!;
  • E não vamos querer ouvir falar de filosofia, que vem ao mundo para questionar sempre, nem pensar!.

Tanto que tiraram a bichinha (filosofia) da escola.

(A conta está vindo a cavalo!)

Filosofia, mais do que uma Ciência, é a atitude de parar para pensar o tempo todo em busca de uma verdade inalcancável.

Como se fala do mundo da inovação sem filosofia, justamente a arma de séculos para rever como pensamos?

Explica santa!

Deixar a vida nos levar é aceitar o que alguém construiu, quer preservar se beneficia disso e aceitamos sem questionar. Deixar levar é manter esse mundo (sempre esquisito) do jeito que está.

Portanto, quando for ao próximo show do Zeca Pagodinho, leva o cartaz:

“Quem leva a minha vida sou eu”.

No mínimo, vai namorar alguém. :0

Concordas?

Bom, caminhamos para o nosso sexto encontro, discutindo o que seria uma cidade 2.0.

Uma meta do prefeito virtual e fictício: Kiko 2.0.

Mais sobre os outros projetos do Kiko, aqui.

Sugeri conduzir a discussão da seguinte forma:

Baseado na teoria desenvolvida nos encontros do que de fato significa a Internet desdobramos princípios, que se consolidaram em projetos.

Depois, não era o objetivo da aula, tais projetos, se desdobrarariam em táticas de implantação, definição de custos, dificuldades, etc.

Como propostas tivemos:

  • Call center online aberto – com cidadãos acompanhando tudo o que acontece no call center;
  • Consultas on-line – tanto um plebiscito por mudanças de leis, como definições de orçamento, obras, etc;
  • Unificação de bases de dados e permissão acesso – de talr forma que se possa desenvolver APIs em torno delas.

Faltou algo?

O pessoal vai complementar abaixo nos comentários.

Vivimos con Internet, no en Internet- Manuel Castells – da coleção;

Se refletirmos em como pensamos, podemos separar três elementos distintos para nos ajudar a entender as “coisas do mundo”.

Elementos que identificamos como causas de determinado fenômenos.

Ex: andamos na chuva e ficamos resfriados/gripados.

Elementos que são consequências do resfriado/gripe.

Ex: tosse, espirro, febre.

Obviamente, que duas pessoas podem andar na mesma chuva e uma se gripar e outra não, o que nos dá um outro elemento que é a base, as condições pré-existentes:

Ex: noite mal dormida/bem dormida, bem/mal alimentado, com vitamina C/sem vitamina c, de capa/sem capa, tirou logo a roupa molhada/não tirou, etc.

Tal estrutura de causas, consequências e condições nos ajudam a melhor lidar com a informação.

Desse ponto de vista, tentar agir com qualquer projeto na Internet sem entender as causas que motivam o seu surgimento é tatear completamente no escuro.

Depois, com as causas diagnosticadas, caminha-se para as consequências.

E, por fim, se analisa as condições, as variações como ela vai se instalar, de forma mais ou menos radical, conforme cada situação.

Tenho insistido, sob esse ponto de vista que:

  • Causas: aumento populacional, que gera demandas produtivas, pressiona o o setor produtivo geral a inovar mais e precisa de um ambiente informacional mais dinâmico. Este é o DNA da Internet, foi o do livro impresso e será de outras revoluções da informação mais adiante.
  • Consequências: aumento da velocidade, troca de informações com desconhecidos, questionamento de sensos comuns, teorias e conceitos, criação de cada vez mais rápida de novos produtos e serviços, mudanças radicais na sociedade, no âmbito social, político e econômico;
  • Condições: que irá ocorrer conforme o modelo cultural, social, econômico, educacional de cada pessoa, grupo ou país.

Obviamente, que isso se mistura em um liquidificador e uma coisa não é tão isolada da outra, pelo contrário, mas nos dá uma boa medida, quando nos deparamos com novas informações, aonde vamos encaixar cada uma das coisas.

Geralmente, quando se mistura tudo, se olha sempre para as consequências como se fossem causas, não se avalia propriamente as condições.

Um caos.

E, por sua vez, possamos interferir para garantir que essa revolução destaque sempre o valor social, onde se incluir a política e a economia para isso é preciso não analisar esse fenômeno de causa, consequência e condição de forma passiva, sugere-se adotar:

Como evitar que a gripe ocorra e depois que ocorre como minimizá-la e tirar a pessoa daquela situação?”.

Nossas atuação na vida são mais viáveis e eficiente se nos debruçamos em cima de problemas e não assuntos.

E posteriormente como ajudamos a melhorar a qualidade de vida das pessoas que são afetadas por eles.

No caso do nosso foco sobre a Internet, diríamos que nossa meta principal, seria mais eficiente se abordássemos a questão da seguinte maneira:

“Como usar a Internet para melhorar a qualidade de vida das pessoas, minimizar seus impactos negativos e ressaltar os positivos?”

É isso, que dizes?

O Twitter, como a própria Internet, pode ser um remédio ou um veneno, depende da mistura das substâncias e da dose – do meu e-book de frases;

Bom, se você usa o Twitter para se divertir, beleza.

Pode dar um back, pois não é  para você este post.

Este é para quem visa gerar valor com o Twitter, redes de trocas para ter reputação para comprar e vender, através dele.

É o meu caso.

Meu objetivo no Twitter é, antes de tudo, profissional.

Quero divulgar minhas ideias, ampliar minha reputação (a partir da geração de valor real de quem me segue) e conseguir ampliar meu espaço de venda de meus serviços: palestras, cursos, consultoria.

Obviamente, que isso é feito de uma forma, que esteja adequada ao ambiente daquele meio, respeitando a ética, o bom senso e o diálogo honesto com todos que estão ali.

Dito isso, nesse processo tenho aprendido algumas regrinhas que se mostram úteis e quero compartilhar.

A principal delas é uma questão que um amigo chama de “timing e position“.

Ou seja, o que e quando.

Há que existir um balanço do que dizemos e quando.

Detesto aquelas sugestões que você deve ser outra pessoa para estar no Twitter (um hábito entre os marqueteiros 1.0)

Esse marketing unidirecional, vazio, fake, enfumaçado é algo que pode ficar de fora das redes sociais, pois a Internet veio trazer transparência para uma civilização decadente.

Faz parte da auto-sobrevivência da Inteligência Coletiva, acredite, ou não!

(O marketing é a exposição para a sociedade da marca e hoje a marca deve ser repleta de significado e não de fingimento!)

O que vale é o diálogo e trazer a originalidade para as pessoas.

O que você viu por aí, que agrega, aquilo que você fez, ou pensou, ou vai fazer que significa um a mais para quem o segue.

Ou seja, deve-se jogar luz aonde existe escuridão.

Quem repete o que já existe, cai no limbo, gera poluição.

E quem gera poluição e não significado perde seguidores, pois todos querem filtros e não barulho!

Bom, aí vem o segundo aspecto.

O timing.

Uma coisa que fui aprendendo foi que não se deve usar o Twitter sem um programador de mensagens.

Você, às vezes, tem apenas 30 minutos na frente do computador e quer mandar todas as mensagens ao mesmo tempo, poluindo a tela dos outros.

Tsc, tsc…

A maioria das debandadas que tive de seguidores foram seguidas de momentos como esse.

Santo mané!

(Note que a entrada e saída de seguidores faz parte do jogo, pois é um refinamento de quem segue e é seguido pois a pessoa entra para “te experimentar”, mas às vezes tem pessoas que não ficam, por causa do excesso de mensagens e não pelo conteúdo que você apresenta. E isso pode e deve ser evitado!)

Assim, comecei a usar o TweetDeck, que,  oferece, te dá a possibilidade de programar mensagens.

twwtdeck

Tenho respeitado um teto de 30 minutos entre cada uma delas, repetindo algumas mais importantes entre os diferentes horários, inclusive para o pessoal da noite e da madrugada.

Ainda estou avaliando, mas pude perceber que reduzi bastante a debandada, me senti mais ecológico e pude, inclusive, em vários momentos revisar coisas e reprogramar, conforme necessidade.

Acredito que assim respeito mais aquela ecologia digital.

Note que em alguns casos, não vale a programação para fatos e situações atípicas, que o disparo automático é fundamental.

Mas no geral, no dia a dia, em 90% dos casos espaçar  mensagens é fundamental.

Por enquanto é isso…

Quem sugere algo mais?

Que dizes?

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Venha fazer um treinamento comigo!

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Vimos a segunda parte do filme Lutero.

Discussões gerais sobre o tema, muito boas.

O livro que sugeri para a turma:

Quem está no comando – Ori Brafman;
Analisa redes diferentes como a dos Apaches, dos Alcoólatras Anônimos e mostra que o dinamismo e a organização mais flexíveis não dependem apenas das tecnologias utilizadas.

Partindo para o VI encontro.

Iremos fazer exercício sobre Cidade 2.0.

E no último dia é balanço final, triando últimas dúvidas, avaliação geral, notas, foto e The End.

Qualquer inovação na maneira de conectar os seres humanos é uma conquista – Gary Hamel – da coleção;

Muito me perguntam como o Facebook vale tanto.

Pelo mesmo motivo que colocam despachos na encruzilhada e não no final da rua.

Ou por que a origem das grandes cidades são marcadas por lugares de passagem, nas quais as pessoas precisavam passar se quiserem ir do ponto “A” para o “B” (vide o entrocamento que é São Paulo)?

Ou por que o “ponto” de uma joja na entrada do shopping vale mais do que uma no último andar num canto…

Ou seja, o valor para quem quer vender aglo é dado pela circulação de gente.

Pelo potencial do que pode e não exatamente pelo que aparentemente é.

Uma loja pode até estar fechada, ou ainda sem movimento, mas pela localização tem potencial.

Não é tudo, mas é muita coisa.

E isso não é de hoje!!!

Quanto mais gente passa, se sente atraída, mais aquele “local” tem valor.

Na Internet, há uma luta por ser essa encruzilhada.

Criar atrativos para que os usuários passem por ali.

Quanto mais gente passar, mais aquele canto vale.

Isso explica o valor do Google, do Facebook ou do Twitter, frente a outros ambientes on-line.

Atraem mais gente.

Podem nem ser as melhores ferramentas, pois podem haver outras mais fáceis de usar, mas valem pela circulação, pela atração das pessoas, pelo valor da rede, que se cria em torno daquele espaço.

Como um bar que reúne os velhos amigos.

Ou num campo de futebol, no qual vão jogar sempre os mesmos peladeiros.

Ninguém quer ir para uma ilha deserta, ainda mais se quer abrir uma loja.

A grande batalha na Internet – e fora dela- portanto é criar encruzilhadas para que todos queira fazer as suas macumbas por ali.

E ainda mais se ficam mais tempo, pois a partir da atração, se pode colocar as bancas dos camelôs e sair vendendo.

(As mudanças no Twitter de exibir videos na própria tela vai nessa direção de aumentar o tempo de permanência dos usuários.)

(Vide a cidade de Nossa Senhora Aparecida que tem um comércio religioso gigantesco por causa da Basílica. Ou as tevês medidas pelo Ibope, que define o  preço dos anúncios, etc….)


Uma coisa puxa a outra.

O interessante é que – apesar de muita fumaça – a relação encruzilhada, pessoas e venda  é tão antiga quanto a humanidade.

E agora, segundo alguns “gênios” foi inventada na Internet.

Sites populosos são potencialmente bons para a venda, pois passa por ali muita gente.

Mesmo que não tenham AINDA colocado todas as barracas para as vendas (caso claro do Twitter mais, Facebook menos).

Quando Wall Street eleva o valor do Facebook lá em cima não está avaliando o site, mas o ponto e o valor da luva (luva é o preço que se paga para assumir de outra pessoa determinado ponto de venda).

Não sabe ainda como ganhar dinheiro, mas se sabe que se vai.

Questão de tempo.

Os macumbeiros das finanças sabem valorizar o ponto.

Que dizes?

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Venha fazer um treinamento comigo!

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O diálogo enriquecedor é aquele que ambos os lados estão dispostos a rever o tempo todo forma e conteúdo – do meu novo e-book de frases;

Estávamos discutindo tecnologias cognitivas na turma da Facha e uma aluna levantou a hipótese de que a guitarra é uma tecnologia cognitiva.

(Tecnologias cognitivas são aquelas que expandem o poder do cérebro, podendo chamar também da inteligência ou do conhecimento.)

Levei um susto, pois era uma afirmação nova e diferente, já que estava eu o tempo todo pensando em computador, caneta, Internet, etc…

Ela defende.

“Música é uma extensão do cérebro, não é?”

É…o papo foi cortado para passarmos o filme Lutero, mas a questão rondou a minha cabeça.

E temos várias questões interessantes aí.

O argumento da aluna nos leva a um refinamento do conceito “tecnologias cognitivas”.


Que vou passar a chamar de tecnologias cognitivas pragmáticas e abstratas.

As pragmáticas, do tipo um computador, um lápis, um papel, um livro, etc são usados quase majoritariamente para produzir conhecimento que visa um determinado fim para solucionar problemas práticos: resolver uma fórmula, projetar um produto, desenvolver uma tese;

E as abstratas que nos levariam a expandir o cérebro, o que envolve toda a arte, importantes para a saúde mental, para sua expansão, mas são usadas não para um determinado fim pramático, mas como algo que será útil para a pessoa, a levando, inclusive, a melhorar a sua capacidade cognitiva, podendo utilizar para esse fim um lápis, um livro, um computador porém sem fins práticos.

Para facilitar, a primeira nos permite gerar novas tecnologias.

As segundas, não.

Não há juízo de valor, mas apenas uma classificação útil, o que nos leva a outra questão sobre um debate honesto que é o objetivo que nos leva a estar juntos, naquela sala de aula.

O curso “Estratégia de Merketing Digital” da Facha  visa, a meu ver, tentar responder a um problema da sociedade:

“Como gerar valor humano e social para a sociedade com a Internet?”.

Assim, o foco daquele curso teria mais interesse para responder a essa questão, através da análise das tecnologias cognitivas pragmáticas, podendo apontar que existe outro campo das abstratas, porém o foco principal é discutir a primeira e não a segunda.

O que nos levaria a uma constatação de que em debates honestos existe uma diferença entre questões relevantes e interessantes.

A questão levantada pela aluna é interessante, que daria horas de discussão em uma mesa de bar, andando na praia, porém para o foco da discussão, que tem um objetivo específico não é relevante para o objetivo daquele grupo.

E isso é o papel do animador da Inteligência Coletiva que tem que preservar o foco principal, o motivo que levou a todos a estarem ali juntos em um de semana a noite, com perspectivas profissionais.

Dito isso, independente de qualquer coisa, o espaço aberto pela questão inusitada, me levou a aprofundar o conceito e melhorar minha percepção do que responder nessa caso.

O que avançou minha percepção na forma e no conteúdo, o que é sempre interessante quando nos deparamos diante de questões novas, que podem ser as mais estranhas ao aparecerem, mas com o tempo vão sendo digeridas e transformadas.

Um senso incomum extremamente útil para expandirmos nossos aquários.

Agradeço a aluna por me fazer avançar.

E ter a sinceridade (e coragem) de trazer suas inquietudes, pois é com elas que a humanidade avança, desde que haja um debate honesto, no qual todos querem se auto-coovencer.

Que dizes?

Passamos a primeira parte do filme Lutero.

Já fiz várias discussões sobre esse filme no Blog:

Bom, vou falar mais sobre guitarras e tecnologias cognitivas no blog. 🙂

Quem não conhece sua própria rede não tem como usufruir da mesmado meu novo e-book “Frases que chovem”;

Fala-se muito em monitarizar as redes, mas afinal o que esse nome feio?

Tentar transformar relações informais e a distância em relações de troca de valor, que envolvem permuta, podendo ser dinheiro.

Algo que fortaleça e ajude ambos os lados a gerar mais valor na sua vida, seja pessoa-pessoa, seja empresa-pessoa, pessoa-empresa.

Estou vivendo isso e vou compartilhar com vocês expondo passos e pedindo sugestões de ideias.

Como consultor, tenho alguns projetos de consultoria.

Sempre considerei que consultor é como bombeiro que apaga incêndio.

Você fica deitado no quartel, esperando o alarme tocar.

Tem algo de passivo nisso.

E funciona no atacado, grandes clientes, projetos demorados.

Estou ampliando, aos poucos, minha atuação.

Quero ampliar as atividade com trabalhos de cognição (treinamento) atuando mais no varejo, com pessoas físicas e jurídicas menores.

Atuando nas das pontas, um reforçando o outro lado.

Aumentando o trabalho no varejo, com os meus seguidores do Twitter, blog, etc, montando turmas presenciais e a distância para trabalhos de “coo-vencimentos” coletivos, a partir do que tenho estudado, pensado, discutido, lido, refletido sobre o mundo pós-internet.

O que geraria de valor?

Ajudar as pessoas a dar um upgrade mental do senso comum sobre o mundo pós-Internet, a partir de uma série de novas ideias.

Tenho bastante tempo de discussão sobre isso e desenvolvi um certo senso incomum.

Não é melhor do que ninguém, mas ajuda o pessoal a confrontá-lo com suas ideias e parar para pensar.

Pois bem, como transformar meu seguidores do Twitter, quem vem ao blog, a minha lista de emails de anos, que mando mensagens toda a semana em pessoas dispostas a pagar algo pelos meus serviços?

E aí temos que começar a separar os públicos, que geralmente são embolados.

Acredito que temos três perfis:

os frequentes – que seguem para valer, se identificam;

os que pingam – de quando em quando;

e os que estão na rede – se conectam a você de forma distante, de longe.

Imagino que o trabalho inicial começa com os primeiros, que seria o público fortemente dispostos a aprofundar a relação e transformá-la em algo mais valoroso, criando canais de trocas mais formais, descendo, conforme o tempo, ou migrando de fora para dentro.

Os que estão na rede, migrando para os que pingam e deste para os frequentes.

Ao se estabelecer a frequência caímos para um outro estágio, que tenho tido com meus ex-clientes, alunos, que são canais de reflexão permanente, que alimento diariamente com upgrades, muitas vezes sem remuneração, pontuando aqui e ali com eventos pagos opcionais.

Acredito que está aí o jogo do valor das redes: ir criando um elo forte e ir aprofundando com que se identifica mais com seu “produto ou serviço”.

Estou montando um grupo de estudos experimental, a distância, em novembro.

E um grupo presencial, em março de 2011, o terceiro, já que fiz dois este ano.

Vamos ver no que vai dar.

Alguma sugestão?

As críticas são excelentes termômetros para os processos de melhoria. Basta enxergar os problemas como fonte de inovação  – Charlene Li – da coleção;

Ontem, dando aula para a turma #Dig7 do curso de Estratégia de Marketing Digital da Facha caiu a ficha.

(Já me preparando para o encontro da Aberje no final de outubro)

Projetos de mídia social, de “redes sociais” (esse nome anda me irritando), de comunicação corporativa vão migrar, vão ser chamados, de projetos de inovação.

Tem uma lógica nisso e espero que você seja coo-vencido:

– O mundo ia bem, ou do jeito que dava, mas cresceu muito (nos últimos 200 anos pulamos de 1 para 7 bilhões);

– Esse crescimento não pode ficar impune, concorda? Alguma coisa vai mudar no planeta com tanta gente chegando mais e mais. Só um louco acha que não!;

– Ok, se joga uma pressão para o setor produtivo, que tem que atender demandas, apesar de tudo, tem se virado, aumentando mais e mais o ritmo de inovação para atender no tempo, na hora, na diversidade, qualidade e quantidade que o novo público exige;

– Bom, chega um momento que o “barraco” não permite mais puxadinho e aí vem a hora das “Revoluções da Informação” (que chega pelas portas do fundo sem pedir licença), que criam um novo ambiente de troca de ideias mais dinâmico, que ajuda a inovar e, por sua vez, produzir melhor, caso da Internet, como já foi o do livro impresso.

Diante desse quadro, temos que rever o papel da comunicação corporativa.

Estamos imersos na pseudo-comunicação (de massa) que eu chamo de doutrinação 1.0.

Ou seja, o que chamamos hoje de comunicação não é comunicação, pois esta pressupõe o diálogo.

O que temos é uma comunicação-unilateral-convencimento resultado de um ambiente informacional demarcado pelo controle dos meios, poucas fontes, portas fechadas para novas vozes, ocultação de “cadáveres”/crises/erros e  repetição insistente até que todos comecem a cantarolar, sem sentir, a músiquinha:

“Escondo o que é ruim e jogo confete (e muito) no que é bom!”

(Parecem o Lula!)

Não existe comunicação sem diálogo.

O que chamamos de comunicação hoje é algo inventado e preso a uma mídia vertical que ficou decadente.

Uma hipnose:

“O mundo é bom, nós estamos fazendo a coisa certa. Senta, compra e relaxa”.

É essa mensagem.

Uma nova comunicação (mais interativa) se estabelece para resolver problemas de produção.

A Internet tem esse objetivo principal: nos ajudar a resolver problemas produtivos de todos os tipos.

Volta-se o sentido da comunicação/diálogo (2.0) versus a comunicação/doutrinação (1.0).

Motivo: ganhar velocidade para que o que o consumidor deseja seja atendido, modificando processos.

Ampliação da coerência entre o que se diz e o que se faz.

Não por opção, mais por imposição da nova transparência!

Criando mais fogo e menos fumaça.

O que é difícil ainda hoje de ser percebido.

Por quê?

Por causa da formação, cognição de todos, dos profissionais de comunicação, aos de processo, de qualidade, de inovação, gestores de conhecimento e dirigentes corporativos, que foram criados no mundo informacional passado.

É um outro paradigma, no qual tudo isso é visto separado e não fazendo uma lógica só!

Assim, a ideia da comunicação corporativa desalinhada de processos, como “comunicação pura” é uma deturpação que se consolidou em uma mídia controlada para justamente evitar a inovação, mudanças, denúncias de coisas que estão sendo feitas e são inviáveis.

Ou seja, a comunicação servia para conservar e não mudar.

Bingo!

Não geram valor para a sociedade, por isso, precisam ser modificadas!

Se pudesse mudar todos os cursos do mercado, eu mudava.

Trocava o nome de pós de redes sociais, mídias sociais, comunicação corporativa para:

Como inovar usando ferramentas de comunicação e informação?

O eixo é esse.

Qualquer coisa que fuja disso corre sérios riscos de capotar na curva da inviabilidade histórica!

Não tende a gerar valor.

Ponto!

O uso das ferramentas das mídias digitais devem aferir isso.

Como está se gerando valor com essa nova comunicação do debate honesto, com base no novo ambiente informacional?

Vejam que a Apple, a Netfix, Norvatis avaliam seus “projetos 2.0” no aumento de valor de mercado e não no tolo número de seguidores no Twitter, ou do canal criado no Facebook.

Eles deram a volta por cima, por baixo e pelos lados.

Galera, vamos tomar banho frio e acordar!!!

No fundo, somos todos profissionais de inovação (para gerar melhores produtos e serviços) para uma população cada vez maior, diversificada e exigente.

Pior, em rede e com poder de mídia!

A comunicação deve ser viabilizadora disso e não a “impedidora”, como tem sido, escondendo os erros que deveria estar na luz do dia para serem corrigidos.

Essa é a guinada 2.0 pura e simplesmente!

O difícil é encarar de frente, pois abre um baú de velhos dogmas.

Que dizes?

Saiu uma boa entrevista com o filósofo Mário Sérgio Cortella, na HSM deste mês, na entrevista provocadora de Adriana Salles Gomes (@DriSallesGomes)

Se sua empresa não existisse, que bem ela faria?

As frases abaixo foram para a coleção:

Se uma empresa quiser construir o futuro, não pode fazer qualquer negócio, porque quando se perde a credibilidade, perde-se tudo – Mário Sérgio Cortella;

Nossa vida é marcada pela pressa e não pela velocidade – Mário Sérgio Cortella;

Está é uma sociedade que está adoentada e que precisa de tratamento, além de cuidar só da ecologia exterior, tem de tratar a ecologia interior Mário Sérgio Cortella;

Antes éramos todos perto e ninguém juntos; agora somos todos juntos e ninguém perto, tanto nas empresas como na Internet – Mário Sérgio Cortella;

Dinheiro não é essencial, por que ele, em sim, não lhe dá sentido – Mário Sérgio Cortella;

Precisamos de sentido para o que fazemos enquanto não morremos para que a visa não seja vazia e desperdiçada – Mário Sérgio Cortella;

Ambiciosa é uma pessoa que quer mais, isso é um valor bom em qualquer área. porque faz a humanidade avançar. Gananciosa é a que quer só para si – e a qualquer custo – Mário Sérgio Cortella;

Quando se vai fazendo as coisas de forma automática, nas empresas e na vida, não se pensa certo, nem se age certo – Mário Sérgio Cortella;

Fiz um resumão aqui de uma versão beta para fazer os doze mandamentos dos Agentes de Mudanças, vejam o que acham, pode parecer piegas, mas é a essência de quem quer trabalhar no mundo 2.0, criando redes sociais:
1- toda a mudança de uma agente começa nele mesmo por vencer seus próprios paradigmas;
2- mudar, assim, é travar uma luta interna, em momentos de reflexão, revisão e contestação dos modelos de comportamentos até então adotados por nós, encarando a vida não como coisa, mas como processo;
3- desapegar de verdades prontas e nos disponibilizar a aprender a aprender;
4- não é possível passar aos outros escuridão, onde não existe luz;
5- mais do que os fins, importa o processo e a relação com os demais;
6- procura-se ações e não discursos;
7- os princípios são sempre balizados pelo poder superior da cooperação e do coletivo, não fazendo ao outro o que não querem que façam conosco;
8-  a mudança se concretiza em nossas ações diárias para auxiliar os demais em seus processos de mudança;
9 – acredita-se sempre que todos os humanos são potenciais  agentes  e podem promover  transformação na realidade, cabendo a nós ajudá-lo a ser protagonista de sua história,  afazeres e, portanto, responsável perante suas escolhas;
10- É preciso desenvolver a atenção plena, a paciência, a flexibilidade, o bom humor, a capacidade de argumentação, de compartilhar, de inovar, de influenciar positivamente as pessoas, além de competência técnica na função;
11-  Participação é resgatar o exercício da cidadania e permitir que os demais redescubram seu valor, sua importância e singularidade;
12- A essência, por fim, de um agente de mudanças é ser humano.
A partir do texto: http://www.sebraemg.com.br/culturadacooperacao/cultura_cooperacao/03.htm
Se queremos manter o controle sobre nossos destino, precisamos aprender a nos antecipar as mudanças que ocorrem a nossa voltaFrancis Bacon – da coleção de frases;


Fiz um resumão aqui de uma versão beta para fazer os doze mandamentos dos Agentes de Mudanças, vejam o que acham, pode parecer piegas, mas é a essência de quem quer trabalhar no mundo 2.0, criando redes sociais:


1- Toda a mudança de uma agente começa nele mesmo por vencer seus próprios paradigmas;

2– Mudar, assim, é travar uma luta interna, em momentos de reflexão, revisão e contestação dos modelos de comportamentos até então adotados por nós, encarando a vida não como coisa, mas como processo;

3- Desapegar de verdades prontas e nos disponibilizar a aprender a aprender;

4– Não é possível passar aos outros escuridão, onde não existe luz;

5– Mais do que os fins, importa o processo e a relação com os demais;

6– Procuram-se ações e não discursos;

7– os princípios são sempre balizados pelo poder superior da cooperação e do coletivo, não fazendo ao outro o que não querem que façam conosco;

8-A mudança se concretiza em nossas ações diárias para auxiliar os demais em seus processos de mudança;

9 – Acredita-se sempre que todos os humanos são potenciais  agentes  e podem promover  transformação na realidade, cabendo a nós ajudá-lo a ser protagonista de sua história,  afazeres e, portanto, responsável perante suas escolhas;

10- É preciso desenvolver a atenção plena, a paciência, a flexibilidade, o bom humor, a capacidade de argumentação, de compartilhar, de inovar, de influenciar positivamente as pessoas, além de competência técnica na função;

11– Participação é resgatar o exercício da cidadania e permitir que os demais redescubram seu valor, sua importância e singularidade;

12- A essência, por fim, de um agente de mudanças é ser humano.

As fotos de cima foram do primeiro dia das aulas na Facha.

Estivemos ontem reunidos.

Discutimos alguns dogmas sobre Internet.

  • Que ela é uma continuidade das outras mídias e não uma ruptura;
  • Que ela é uma tecnologia como outra qualquer e não uma tecnologia cognitiva, que tem suas características especiais;
  • Que esse ruptura nos leva a uma Revolução da Informação com diversas fases;
  • E apresentei, por fim, o senso incomum da relação entre população, necessidade de produção, inovação e ambientes informacionais.

Surgiu a dúvida, afinal o que é cognição.

Recorro ao Houaiss:

substantivo feminino

ato ou efeito de conhecer

1 processo ou faculdade de adquirir um conhecimento

2 Derivação: por extensão de sentido.

percepção, conhecimento

3 Rubrica: termo jurídico.

fase processual de uma demanda em que o juiz toma conhecimento do pedido, da defesa, das provas etc., e a decide em contraposição à fase executória

4 Rubrica: psicologia.

conjunto de unidades de saber da consciência que se baseiam em experiências sensoriais, representações, pensamentos e lembranças

5 Rubrica: psicologia.

série de características funcionais e estruturais da representação ligadas a um saber referente a um dado objeto

6 Rubrica: psicologia.

um dos três tipos de função mental [As funções mentais se dividem em afeto, cognição e volição.]

Dica de livro:

O lado oculto da mudança – Luc de Brabandere;

Próximo encontro veremos o filme “Lutero”.

substantivo feminino
ato ou efeito de conhecer
1 processo ou faculdade de adquirir um conhecimento
2 Derivação: por extensão de sentido.
percepção, conhecimento
3 Rubrica: termo jurídico.
fase processual de uma demanda em que o juiz toma conhecimento do pedido, da defesa, das provas etc., e a decide em contraposição à fase executória
4 Rubrica: psicologia.
conjunto de unidades de saber da consciência que se baseiam em experiências sensoriais, representações, pensamentos e lembranças
5 Rubrica: psicologia.
série de características funcionais e estruturais da representação ligadas a um saber referente a um dado objeto
6 Rubrica: psicologia.
um dos três tipos de função mental [As funções mentais se dividem em afeto, cognição e volição.]

Dando sequência e depois de vários pedidos de pessoas, estou abrindo a minha primeira turma experimental para discutirmos a Ruptura 2.0 a distância.

Ouça aqui como será a abordagem!

O grupo de estudos funcionará da seguinte maneira:

Duração: todo mês de novembro.

Roteiro sugerido:

Senso comum pré-Internet (1.0)

Senso incomum
pensamento pós-Internet (2.0)

Dogma 1: a Internet existe como algo que pode ser definido… como se pudéssemos tocá-la, é uma verdade que podemos chegar; (Ouça o áudio que servirá de base para os debates.)

Só consigo compreender a Internet, se analisar como penso e os outros pensam sobre ela, será sempre algo intocável, nossa definição sobre ela é toda conceitual;

Dogma 2: Internet é uma continuidade do jornal, rádio e da tevê;

(Ouça o áudio que servirá de base para os debates.)

Internet rompe com o modelo do rádio e da tevê, pois descentraliza de forma ampla e radical o controle da informação;

É um fenômeno inusitado, nunca ocorreu na história humana;

É um fenômeno cíclico que já ocorreu algumas vezes, com mudanças radicais na sociedade, podendo a  história nos fornecer melhores parâmetros para lidar com ela;

É um fenômeno apenas tecnológico, comparado a outras mudanças técnicas, tais  como da energia, o carro, o avião;

É um fenômeno tecnológico- cognitivo, que tem forte repercussão na maneira das pessoas pensarem o mundo;

Resulta apenas em consequências tecnológicas;

Terá forte impacto na sociedade, pois quando as pessoas mudam a maneira de pensar, mudam posteriormente a sociedade;

Minha instituição já tem parâmetros para lidar com esse fenômeno, basta fazer mais do mesmo;

A Internet vai mudar a minha instituição, há que reinventá-la;

É um fenômeno de comunicação;

É um fenômeno, que começa na comunicação, mas é social, com implicações profundas na sociedade;

Mudo apenas formas de comunicação, me adaptando a uma nova mídia, como já fiz com a tevê ou o rádio, o computador, ou um site na Internet;

Altero os processo de operação e as relações que tenho com colaboradores, fornecedores e consumidores;

Quem cuida desse projeto é um setor específico na organização;

A alta cúpula passa a compreender o fenômeno e de cima para baixo envolve toda a organização no processo de mudança;

As consequências da Internet nãoentram no meu planejamento estratégico de médio e longo prazo;

As consequências da Internet entram como um dos itens principais do meu planejamento estratégico de médio e longo prazo;

A comunicação da minha instituição com a sociedade continua baseada no modelo vertical – informo, através dos canais existentes;

A comunicação da minha instituição com a sociedade passa a ser baseada no modelo horizontal –dialogo, através de novos canais que serão criados;

Digo algo, mas faço outro e uso os canais de mídia para ocultar o que faço, me aproveitando do espaço da sombra que os canais de comunicação me permitem;

Procuro ampliar a coerência entre o que faço e digo, pois me comprometo com o diálogo que estabeleço nos novos canais, pois percebo que não há como esconder mais, em função da mudança dos canais de comunicação mais abertos e nas mãos dos consumidores;

O compromisso da empresa é com o lucro e com seus acionistas;

O compromisso da empresa é com o diálogo com a sociedade, o lucro é consequência do valor que gero nessa relação;

Eu lido ou entro com/nas “redes sociais”;

Crio “redes sociais” em torno dos meus projetos, visando a inovação;

Impeço meus colaboradores de acessar sites colaborativos, pois eles vão deixar de trabalhar;

Permito amplo os sites colaborativos e revejo de forma radical a forma como avalio a produção de cada colaborador;

O projeto de Intranet não se altera com a colaboração latente lá fora;

A colaboração é a base do novo projeto da Intranet, criando uma nova forma de produzir/consumir informação da organização;

Não preciso ter projetos de gestão de mudança para que meu corpo de colaboradores entenda o fenômeno e suas implicações na sua vida;

Inicio um amplo projeto de reciclagem, prevendo a de gestão de mudança para que meu corpo de colaboradores entenda o fenômeno e suas implicações na sua vida;

Encontros coletivos às terças – de 19 às 22 horas, ou em chat ou, via Skype, ainda resolvendo essa questão mais técnica, de qualquer forma haverá encontros coletivos às terças.

Não é obrigatório participar dos encontros coletivos, mas seria ótimo, a discussão principal será, via lista de discussão.

Valor: R$ 200,00 (o valor do grupo de estudos on-line em 2011 será de R$ 420,00 . Este primeiro é experimental, sujeito a problemas e ajustes, por isso haverá desconto para os participantes).

(50% de desconto para quem já me segue faz tempo ou costuma comentar no blog!!!)

Ferramentas: Lista do Google Doc / Chat/ Skype.

Dia de início: 01/11/2010 – 30/11/2010.

Comente abaixo para fazer a pré-inscrição e responda:

Por que gostaria de fazer parte do Grupo de Estudos Ruptura 2.0 – online (1.0)?

Apoios:

webinsider

nos

jornalistas_web

sala

foco

A arte e a filosofia pretendem tudo aquilo que o poder detesta: demonstrar que a realidade sempre será inventada – Nepô – do e-book;

Vamos cavando o buraco e cada vez vai-se chegando mais longe.

Cheguei num estágio da discussão sobre a Internet que considero que podemos, ao se comparar a história, conseguir conceituar quatro etapas de uma revolução informacional, como descrevi aqui.

  • – Fase tecnológica ( a que estamos agora);
  • – Fase filosófica ( a que vamos entrar dentro em breve);
  • – Fase da consolidação das filosofias, através das leis (depois de revoluções sociais, que podem ser mais ou menos sanguinolentas, reformistas ou revolucionárias);
  • – Fase da nova sociedade consolidada.

(Uma Revolução da informação vem ao mundo pra compatibilizar o ambiente informacional ao tamanho da sua população.)

Tal visão sobre Revoluções Informacionais quebra alguns paradigmas tradicionais da Ciência, pois não há ainda uma relação consolidada dentre rupturas do pensamento e revoluções da informação.

A Filosofia pós-moderna admite o conhecimento histórico e de rupturas, (o que nos leva a Kuhn e seu conceito de paradigma), mas não aprofundamos ainda o quanto mudanças radiciais no suporte informacional influenciam nisso tudo.

É um salto a frente, uma mata virgem que estamos entrando, pois não é todo dia que uma Internet aparece na nossa porta como um bebê, pedindo para ser adotado.

Papai. Mamãe. 😉


São questões que deveriam ou já estão na cabeça de todos aqueles que estão querendo fugir do senso comum de mercado.

O que se observa, a título ainda especulativo, é de que a Internet nos traz dados suficientes para compará-la a Revolução Informacional do livro impresso e do surgimento da escrita para nos mostrar que quando muda-se o suporte, há mudanças radicais na civilização.

Que seguem as etapas acima.

Foi mais ou menos assim na Grécia, pós escrita e na Idade Média, pós-livro-impresso.

Já vimos que não é toda mudança de suporte que causa isso, mas só aquelas em que se modifica principalmente o controle da informação, a partir de tecnologias cognitivas que trazem oxigenação social para a humanidade.

O surto tecnológico é esse que todos estão vendo.

As novas trocas, geram inquietações nas pessoas.

Hoje, estamos tendo contato com ideias, pessoas, numa velocidade e diversidade infinitamente maior.

Nosso cérebro era estimulado “x” e hoje multiplicamos isso por “z”.

Foi o que ocorreu no fim da Idade Média.

Há uma ebulição cognitiva em função das novas trocas.

O que inquieta pessoas, que são os filósofos, aqueles que amam procurar a verdade das coisas.

(Pergunta-se, ser um filósofo se deve a determinado perfil, um dom, uma maneira de estar no mundo, tudo junto?)

Isso faz com que esse perfil de pessoas comecem a olhar os conceitos que temos vigentes, que se estabilizaram pela falta de troca e comecem a perguntar o por que das coisas?

Por que é assim?

Por que não pode ser assado?

Essa base é fundamental para que comecemos a solidificar as bases da nova civilização.

Os filósofos, geralmente, criam as questões, colocam novos patamares.

Perguntam coisas óbvias que poucos viram.

Inquietam.

Mas não são eles que promovem as mudanças.

São os revolucionários sociais, que bebem dessa filosofia.

E, só então, começam a agir.

Dessa forma, se pudermos comparar com o passado especulando, sem forçar a barra, podemos dizer que a próxima etapa da civilização 2.0 será a do surto filosófico, que começou aqui e ali, mas não para valer.

Ainda estamos empolgados com as máquinas e seus inventores.

A segunda etapa será começar a esquecê-las e nos perguntar se essa sociedade deve continuar do jeito que está.

E apontar novas opções.

Que alguém vai achar muito boa e implementar.

Pode não ser tão simples, mas será que é mais complicado?

Que dizes?

Entrevista muito interessante na Época Negócios (Agosto 2010) , pois reforça vários pontos dos pensadores que acreditam na mudança na sociedade, a partir da Internet.

Don Tapscott fala uma linguagem mais corporativa.

“As redes podem mudar governos”

Ei-la:

Completa: (exige senha)

O crescimento das redes sociais e do compartilhamento das informações tem exigido empresas menos hierarquizadas e funcionários cada vez mais independentes. Quem não se adaptar a essa nova realidade corre o risco de se tornar uma companhia pouco ágil e nada inovadora.

Afrouxar hierarquias organizacionais e dar poder aos funcionários pode levar a uma inovação mais rápida, estruturas de menor custo, maior agilidade e melhor capacidade de resposta aos clientes, além de conferir mais autenticidade e respeito à empresa no mercado.

Se quiserem se conectar com seus clientes em um diálogo honesto, terão de ter fé no produto ou no serviço que oferecem, e acreditar que seus clientes agem de forma responsável.

A internet está se tornando um novo modo de produção e provoca profundas transformações na estrutura da empresa. Começa a mudar o modo como direcionamos os recursos na sociedade para inovar, criar produtos e serviços, governar, educar e assim por diante.

Os clientes apreciam e, na maioria dos casos, estão dispostos a pagar por um produto que responda às suas necessidades específicas. O iPhone é praticamente uma commodity, já que um aparelho é idêntico ao outro. Mas são os parceiros de negócios da Apple, sob a forma de desenvolvedores de aplicativos, que dão aos clientes a capacidade de personalizar os telefones com mais de 200 mil diferentes aplicativos.

O desafio é diferenciar a sua empresa, absorvendo a informação que está sendo livremente compartilhada e, assim, compreender o sentido do mercado.

O futuro não é algo a ser previsto, é algo a ser alcançado.

O  futuro (das organizações) será mais parecido com uma banda de jazz, em que os músicos improvisam criativamente em torno das mesmas melodia e ritmo.

O crescimento das redes sociais e do compartilhamento das informações tem exigido empresas menos hierarquizadas e funcionários cada vez mais independentes. Quem não se adaptar a essa nova realidade corre o risco de se tornar uma companhia pouco ágil e nada inovadora
Afrouxar hierarquias organizacionais e dar poder aos funcionários pode levar a uma inovação mais rápida, estruturas de menor custo, maior agilidade e melhor capacidade de resposta aos clientes, além de conferir mais autenticidade e respeito à empresa no mercado.
Se quiserem se conectar com seus clientes em um diálogo honesto, terão de ter fé no produto ou no serviço que oferecem, e acreditar que seus clientes agem de forma responsável.
A internet está se tornando um novo modo de produção e provoca profundas transformações na estrutura da empresa. Começa a mudar o modo como direcionamos os recursos na sociedade para inovar, criar produtos e serviços, governar, educar e assim por diante.
Os clientes apreciam e, na maioria dos casos, estão dispostos a pagar por um produto que responda às suas necessidades específicas. O iPhone é praticamente uma commodity, já que um aparelho é idêntico ao outro. Mas são os parceiros de negócios da Apple, sob a forma de desenvolvedores de aplicativos, que dão aos clientes a capacidade de personalizar os telefones com mais de 200 mil diferentes aplicativos.
O desafio é diferenciar a sua empresa, absorvendo a informação que está sendo livremente compartilhada e, assim, compreender o sentido do mercado.
O futuro não é algo a ser previsto, é algo a ser alcançado
o do futuro será mais parecido com uma banda de jazz, em que os músicos improvisam criativamente em torno das mesmas melodia e ritmo.
  • O uso de dois pesos e duas medidas também costuma ser chamado de hipocrisia – Rodrigo Constantino – da coleção;

 

(Este post ficou velho!!! –> Fiz um outro post mais novo sobre isso aqui.)

A hipocrisia da atual sociedade está atrapalhando.

Sim, eu sei que você anda cansado disso, mas não é do seu consaço que estou falando.

É no geral.

Atrapalha a todos, por isso teremos o surgimento ainda incipiente de uma nova classe social dominante menos hipócrita, que vai assumir os rumos do capitalismo 2.0, ou seja lá o nome que vamos dar para criar uma nova hipocrisia 2.0, mais competente que a atual.

(Que obviamente se não for vigiada vai criar a sua própria incompetência, sombra e hipocrisia.)

No velho filme, assim, caminha a humanidade.

Vejamos.

O crescimento populacional deu uma apertada geral na sociedade.

Não dá mais para determinadas incompetências acontecerem.

É cara, anti-produtiva, não gera valor.

E explode em crises.

Toda a incompetência sempre bate no muro da próxima crise!

A incompetência é fruto de algo que se faz, se repete, ninguém vê (ou não se quer ver), ninguém pune e continua a se repetir.

Há uma relação entre incompetência, sombra e hipocrisia.

Quanto mais incompetente é determinada sociedade, empresa, governo, mais vai precisar de hipocrisia entre o que faz e o que diz que faz para se manter incompetente.

Para isso, vai fazer fumaça para reduzir a transparência, ampliando a sombra para esconder a hipocrisia, que, por sua vez, mantém a incompetência.

Transparência significa reduzir o espaço entre o que se diz e de fato faz.

E, dar subsídios, para o coletivo corrigir o que está inviável, atrapalhando a todos.

Revoluções informacionais têm essa característica.

Vêm ao mundo para reduzir determinada hipocrisia, que gera uma  incompetência, dentro de determinada sombra, que atrapalha o produzir para mais gente, quando há um salto quântico, como agora, na demografia.

Isso é feito basicamente dando espaço para novos talentos olharem velhos problemas com olhos novos e darem novas soluções, viáveis a partir da troca que se estabelece nos novos canais, no caso, a Internet.

Uma revolução social faz isso de forma limitada, pois são poucos olhos.

Numa revolução da informação são muitos, ao mesmo tempo, é uma revigorada geral na civilização inteira.

Se me perguntarem qual é o objetivo da chegada da Internet no mundo, direi:

A Internet é uma nova mídia que veio resolver uma crise de demanda, em função do aumento da população, que precisa de um ambiente produtivo mais eficiente, por isso mais inovador e, portanto, com mais liberdade e, principalmente, qualidade e velocidade de informação.

No mundo pós-Internet já temos algumas tendências para reduzir a hipocrisia, que é monitorar o que antes não era monitorado.

O quadro da televisão em Barueri do CQC é exemplar.

Chip, celular, satélite dentro de uma televisão doada para uma escola mostrou o desvio de conduta da diretora que levou o aparelho para a casa dela.

O bip colocado dentro da tevê levou o pessoal da televisão para a casa da marginal da educação, como um cavalo de tróia, que apitava.

Alta tecnologia do século XXI (transparente) contra um fazer do século XIX (sombra), tirando de crianças uma aparelho.

Quer algo mais perverso do que isso?

(Não seria um crime hediondo?)

É um exemplo claro da relação que se estabelece entre hipocrisia x transparência / sombra x luz / fazer x dizer / tecnologia nova x prática antiga.

O mundo tecnológico-cognitivo, com menos controle informacional e mais fontes alternativas de informação,  inibe a hipocrisia passada.

No caso, usou-se na mídia antiga com ferramentas novas.

Note que o pessoal do CQC é filho do Youtube, novos talentos, novo formato, que rapidamente migra também para a Internet, o video lá bombou!

Do que se trata afinal?

Precisamos de uma nova classe social que consiga saber utilizar a nova sombra que essa nova mídia proporciona com taxas maiores de competência e menores de hipocrisia.

Ela vem com a missão de  resolver as demandas postas, não compatíveis com a filosofia, tecnologia, metodologia, hipocrisia, sombra da classe passada pré-Internet.

Seria forte dizer “nova classe social”?

Talvez, seja a mesma revigorada, uma nova geração, porém a mudança cognitiva é tão radical, que não acredito que será assim tão fácil.

Anote: tenho dúvida!

De qualquer forma, esse é o embate político do século XXI, que apenas está começando: um conjunto de novos capitalistas atuando dentro de uma nova sombra, com menos hipocrisia 1.0  versus os da sombra passada, um modelo produtivo que gere mais valor em um ambiente mais competente.

Acha possível?

Nada que tem valor é desconhecido –  Nilton Bonder – da coleção;

(Continuo a discussão sobre conceitos e teorias, viáveis e inviáveis, que começou neste post.)

Há no mundo um critério da procura da “verdade”, da “realidade”.

Os filósofos passaram por acreditar que a realidade existia, depois que era subjetiva, histórica e, por fim, de que, além de histórica, é parcelada.

Ou seja, um conceito ontem, muda amanhã.

Não em continuidades, mas em rupturas.

Estabelece-se algo chamado “conhecimento”, através de pessoas que o constroem, seja autores isolados ou dentro da academia, seja o cidadão comum com seus botões, blogs, nas comunidades on e off-line.

Com métodos de aferição.

Mas o que seria uma teoria ou um conceito válido ou inválido?

São aqueles que confrontados, através de experimentações geram valor humano e social.

O senso comum, inclusive na Ciência, dirá que são aqueles que são “comprovados à luz da verdade”.

Mas que luz é essa?

De que verdade?

(Vou caminhar por um mar novo e diferente. Me ajudem a elaborar melhor.)

Quando Galileu, através de percepções e cálculos, defendeu que a Terra não era o centro do universo estabeleceu, através de uma nova lógica, uma nova teoria.

A partir dela, podemos construir uma nova visão de mundo.

Era uma teoria que tinha valor, mesmo que na época não fosse atribuído a ele, pelo contrário.

Ou seja, o valor não é algo que se mede no momento, mas se revela ao longo do tempo.

Uma boa teoria seria aquela que dura mais tempo, que transpassa modelos, sistemas, interesses, invejas, mesquinharias.

Uma determinada lógica, que junta “A” com “B”.

Assim, gênio é aquele que demora mais tempo para ver seu “recorde científico” batido.

Independente qualquer coisa, a humanidade na relação com a natureza escolhe as ideias que seus antepassados formularam para seguir adiante.

São teorias e conceitos de valor, pois se mostraram úteis na prática para resolver problemas de todo tipo.

São verdades que ficam.

Mesmo aquelas que foram depois questionadas, serviram por um período e foram fundamentais para fazer o contraponto para o futuro.

São as ideias que ficam, pois são úteis ou foram úteis por um longo período.

É um critério da verdade: aquilo que se consolidou ao longo do tempo.

Cabe à academia (e todos os setores interessados na geração de valor) ir trabalhando, percebendo, intuindo, comprovando quais são os conceitos e teorias que vieram para ficar, a partir de uma série de métodos de aferições.

E por uma lógica que tem mais bom senso, a partir de um diálogo honesto ir apontando com uma lanterna caminhos para a sociedade.

A verdade assim, seria aquela que gera valor para a humanidade seguir viagem. Aquelas ideias ou teorias que não nos ajudam a ir adiante são descartadas.

Note que ideias com interesses (de classe) por exemplo serão desmascaradas como tal ao longo do tempo.

Calma, isso não se mede em pouco tempo e precisa suplantar as barreiras dogmáticas e ideológicas, da disputa de poder, sempre presentes, que ocultarão e tentarão questionar teorias.

Conhecer é lutar sempre contra o senso comum de determinada época!

O mundo gira.

Quem consegue suplantar – dentro dos limites possíveis – com novas ideias ajuda mais a esse processo, não se deixando levar pelo que é conjuntural, mas nos levando ao estrutural, naquilo que consegue demonstrar relações de fatos que se repetem em uma certa semelhança, mesmo que sejam históricas e datadas.

Seria o novo que é viável.

A procura de “leis” relacionais pelas quais causas, efeitos e consequência se dão.

  • Schumpeter, por exemplo, sugeriu que as inovações humanas são divididas em incrementais e radicais.
  • Darwin de que a natureza tem uma lógica evolutiva.
  • Freud de que sempre houve sexualidade nas crianças e um inconsciente, sendo o humano inimigo da sociedade, tendo essa que criar leis e normas para se proteger dele.

São teorias de valor, pois passamos a analisar determinados fenômenos de outra maneira e eles, mesmo que tenham evoluído e alterados com o aprofundamento nos levaram a tomar decisões sobre determinados problemas da humanidade, a partir dessas teorias viáveis.

Que nos ajudam a enxergar melhores fenômenos que se repetem, pois fazem parte da atividade humana.

O conhecimento, assim,  deveria ser o instrumento de todos que tem atitudes filosóficas, a procura das teorias viáveis, aquelas que deverão mais adiante fazer com que a humanidade possa olhar determinado fenômeno de outra maneira, superando assim como vemos tal coisa e procurando novas maneiras de nos relacionarmos com ela.

Portanto, a ideia vigente que existem diversas verdades em paralelo não pode servir de justificativa para cada um ter a sua verdade, independente da lógica e do diálogo.

Depois dessa, de muita discussão, pode-se chegar a impasses afetivos-cognitivos que impeçam os participantes da discussão de ir adiante, mas não necessariamente de que as duas ou mais teorias têm o mesmo valor, pois a que resistir ao tempo terá se mostrado mais eficiente.

Com o tempo, a história demonstrará quais serão aquelas que a humanidade pelo bom senso acabou adotando, mesmo que dure bastante tempo para isso.

Assim, uma teoria viável é aquela que gera valor na capacidade humana de resolver seus problemas presentes e futuros.

E isso seria a busca da “verdade”, rompendo a ideia de que é possível conviver com várias “teorias”.

O critério da “verdade” será sempre coletivo.

(Note que não se trata aqui da verdade dos vitoriosos, mas aquela que resiste até a estes.)

O que há não são várias teorias paralelas, mas apenas nossa dificuldade de diálogo entre quem as professa e a possibilidade de ouvir o que o outro argumenta de contraditório na nossa.

Dizer que há várias teorias em paralelo é se render a dificuldade que temos da comunicação, de cada um tentar admitir o que há de contraditório na sua, acima dos interesses e dos dogmas, na medida do possível.

É isso…

Que dizes?

!Até aqui!

Permitam-me escolher os Nepôsts que considero os principais insights que tive, nem sempre os mais visitados.

São eles:

A Internet e a crise da inovação produtiva (Aqui versão em inglês);

As 4 fases de uma revolução da informação;

Filosofia da tecnologia;

O valor é um sabonete

Sombra 2.0

Anatomia de uma cabeça 1.0

O aquário de todos nós

As duas revoluções da informação

A diferença entre civilização e humanidade

A realidade é aquela que nos interessa

(passando dos 10  + 2)

Democracia e Inovação

A Internet não é uma mídia

Bloqueios cognitivos

A informação em camadas para um século sem tempo

 

Os 4 pilares da comunicação humana

 

Que dizes?

 


Os escolhidos até aqui, vou incluir dados até o final do ano.

Alguém tem alguma sugestão?

Artigos:

Século XXI pode trazer o fim da administração moderna – artigo confirma hipótese de que Internet (e outros fatores) podem mudar modelo de gestão das empresas, criando um novo, que chamamos por aqui de Empresa 2.0;

Humans: Why They Triumphed, Matt Ridley, WSJuma visão histórica, mostrando a importância da Inteligência Coletiva, que não nasceu com a Internet;

Como a Nokia passou de lição de sucesso a caso de decepção – demonstra importância das estratégias em redes sociais;

Movimento do Software Livre: por uma relação livre com a tecnologia foi aqui que ouvi pela primeira vez o termo “Filosofia da Tecnologia”;

O consumidor como parte da estratégia de negóciosimportante, pois defende a ideia que “redes sociais” são canais de conversa e não de enrolação;

Once Upon A Time In America … Blockbuster Files For Bankruptcy- mais uma empresa perde radicalmente o valor por não ter compreendido a Internet devidamente;

O sucesso vem do time matéria de Clemente Nóbrega sobre produção coletiva;

Produção de alimentos precisa aumentar 70% até 2050, diz ONU – matéria reforça o modelo de que a pressão da demanda força a inovação e, no nosso entender, a inovação necessita de ambientes informacionais mais dinâmicos;

O ‘Professor Pardal’ do capitalismo – de forma didática e com dados, Meira aprofunda a questão da Empresa 2.0;

Twilight of the elites: Tapscott – Tapscott defende a nova civilização em livro que vai ser lançado;

O poder do cérebro coletivo – reforçaideia que existe relação entre produção x ambientes de troca de ideias;

Uma revolução intelectual – Reflexões sobre o futuro do Brasil, a procura de um novo paradigma para procurar soluções para nosso país;

Estudo: Mídias sociais nas empresas no Brasil – boa apresentação do relatório de como empresas usam as mídias sociais da Deloitte;

Do oral ao Digital – professor da Dinamarca defende que Internet é resgate do mundo oral, entre um parágrafo da prensa;

WikiLeaks: the revolution has begun – and it will be digitised – artigo reúne o conceito de revolução e mudança que governos terão que fazer. Comentei sobre ele em áudio.

Colunistas:

(nem todos são do mundo 2.0, mas considero-os indispensáveis)

Carlos Alberto Almeida – toda sexta, na Revista do Valor, última página, visão bem aberta sobre política, eleições, cabeça do eleitor;

Clemente Nóbrega – na Época Negócios, tema Inovação, com visão bem ampla;

Marcelo Gleiser – colunista sobre Ciência na Folha, de Domingo, escreve bastante sobre filosofia da ciência;

Suzana Singer

Suzana Singer – ponderada a Ombudsman da Folha consegue fazer contra-ponto sobre jornalismo;

José Miguel Wisnik – escreve no segundo caderno do Globo, filosofia, cultura;

Francisco Boscoescreve no segundo caderno do Globo, cultura;

José Castelloescreve no Prosa e Verso do Globo, poesia, literatura e filosofia;

José Simão – diário Folha, quando preciso rir, vou lá e leio;

Marcelo Adnet – do Youtube para a MTV e depois como colunista do Globo, mundo 2.0 é isso, talentos que surgem mais rápido;


Livros:

(Novos que li este ano)

Criação Imperfeita – Marcelo Gleiser;

Os Avanços Tecnológicos e o Futuro da Humanidade – Rose Maria Muraro;

(Antigos que só li este ano)

Convite à Filosofia – Marilena Chauí;

Serviços 2.0:

Estante Virtualcomunidade on-line de sebos, ampliando o negócio de todos e levando ao usuário livros mais baratos;

Peixe Urbano – aproximando comunidades de usuários e fornecedores, reduzindo preços e fidelizando;

Clube dos autores – ao estilo Lulu.com, o país ganha um lugar para produzir livros por demanda;

Troca de livros – mais uma comunidade interessante. Esta aproxima leitor do leitor, através de cooperação para se gastar menos;]

Gato Sabidotentativa de iniciar comercialização de e-books no país;

Wikileaks – site que demonstra que os governos têm que mudar radicalmente, pois o segredo já não é mais como antigamente.

Vídeos:

CQC – Tevê de Barueri – quando a tecnologia de ponta do século XXI, esbarra na corrupção de ponta grossa, mostrando que as “sombras” em uma sociedade com GPS, celular, youtube diminui;

Stand By Me | Playing For Change | Song Around the Worlddemonstração de como a rede pode romper fronteiras e criar projetos coletivos, no caso, através da música. Quando me sinto meio mal, vejo este vídeo;

Escada de metrô é transformada em piano – o humano, antes de tudo, gosta do lúdico, imagina na escola!

Projetos 2.0:

Baiacantor talentoso (seguidor de Raul Seixas)  coloca todo seu repertório on-line a aposta em shows. Show!

VideoMak – do Kaká Machine, a ideia de fazer um programa de entrevista e colocar na rede, me parece tudo o que precisamos de alternativo, qualidade ótima do teaser e da edição;

Café filosófico – um espaço de debate, com tempo, em português, de aprofundamento. Muito bom;

Vote na Web – aponta hoje como será a participação democrática no futuro;





Pensar pela própria cabeça implica o enfrentamento dos dogmas – Gustavo Bernardoda coleção;

Honesto que procede ou se enquadra rigorosamente dentro das regras de uma ética socialmente aceita (Houaiss).

Desaprendemos a dialogar.

Uma conversa franca, aberta e honesta pressupõe várias normas, antes de tudo, vontade de aprender com o outro, abertura de espírito, atitude filosófica, amor à logica.

Diálogo é troca. Monólogo é despejo.

Hoje achamos que se comunicar é passar uma doutrina e convencer por diversos recursos da oratória, muitas vezes apoiado por ferramentas tecnológicas sofisticadas (ppts, na frente), que caracterizam 90% das palestras e ambientes de ensino, frutos do mundo pré-Internet, que continua a ser a base dos nossos encontros presenciais.

Um fala os outros abaixam as orelhas!

Somos filhos do rádio e da tevê, que se entranharam na nossas maneira de nos comunicarmos.

Embrulha-se a mensagem em papel de presente midiático, com muita fumaça, para embrulhar os outros!

Para que ocorra diálogo honesto é preciso ter algumas pré-disposições:

  • Ouvir;
  • Ponderar;
  • Comparar com o que pensamos;
  • E, honestamente, analisar o que temos que mudar, a partir dessa interação.

Debates honestos devem privilegiar o espaço de exposição de ideias;

  • A argumentação das lógicas, não pela veemência, repetição, impedimento do outro expor seu ponto de vista;
  • Apresentação da aplicação prática dos conceitos e teorias, tanto reforçando como questionando argumentos;
  • Chegada, o mais rapidamente possível, em  pontos em comum e divergências para que sejam aprofundadas as encruzilhadas, enriquecendo todos presentes.

Você entendeu de fato o ponto de vista do outro?

O diálogo almoça e janta atenção!

As divergências podem ser provocadas por:

  • Ego inflado – problemas afetivos-cognitivos dos participantes que colocam o ego na frente dos conceitos e já não ouvem mais o outro, pois precisa reforçar a sua imagem, sem reflexão sobre ela;
  • Monólogos – os dogmas dos interlocutores, no qual o ego está junto também, nos quais não se pode ir adiante, pois não se alteram dogmas ou crenças, pessoas que não dialogam, apenas monologam;
  • Paredes das ignorâncias –  por esgotamento, dos argumentos, a chegada de impasses teóricos e práticos que vai exigir de ambos os lados, ou de todos que estão lá, mais aprofundamento nas suas ignorâncias, tendo contato com novas ideias ou experiências, a partir das dicas que aparecem, que é um grande saldo  geral: todos mais interessados em aprender ainda mais.

O problema é que ninguém quer dialogar, mas apenas ser escutado, dar o seu recado, normalmente com uma intenção nem sempre consciente por trás.

(Geralmente, repetimos como “mulas” ideias implantadas no nosso cérebro.)

E queremos sair da conversa do mesmo jeito que chegamos com um discurso fechado, pronto e acabado.

Com seu ego reforçadinho.

(Aplausos, aplausos, aplausos!)

Não existindo ali separação entre o ego, a verdade, a realidade, o conceito e a teoria.

(Aliás, pode-se medir o autoritarismo/opressão de uma sociedade pela quantidade de pessoas que acha que o que pensa sobre a realidade é a própria realidade. Tal como, nós somos a opinião pública, por exemplo.)

Um problema central e quase insuperável para se estabelecer diálogos.

O ego tem que ficar o mais possível distante nesses encontros.

Essa capacidade de afastá-lo é a chave para que tudo se dê de forma interessante.

Cabe a quem organiza e promove diálogo honestos, agentes de mudanças, promotores de inteligência coletiva procurar criar  clima agradável, não competitivo e de confiança para que a ignorância seja, enfim, a único grande inimiga.

Concordas?

Compreendendo a Internet como algo diferente de outras mídias.

Pensar pela própria cabeça implica o enfrentamento dos dogmasGustavo Bernardoda coleção;

Melhorei este post, sugiro ver aqui.

Vou chamar de 1.0 aqueles que tem tido mais dificuldade de compreender as mudanças advindas da Internet. Realmente não é fácil, pois é preciso novas formas de pensar para se ter uma visão mais ampla.

Fiz abaixo um quadro depois de anos discutindo o tema em diversos locais.

Veja se concorda, ou não, caso sim, ajude a ampliar o antídoto para que possamos usá-la de forma mais viável do que está sendo:

Pensamento pré-Internet (1.0)

Pensamento pós-Internet (2.0)

Internet é uma continuidade do jornal, rádio e da tevê;

Internet rompe com o modelo do rádio e da tevê, pois descentraliza de forma ampla e radical o controle da informação;

É um fenômeno inusitado, nunca ocorreu na história humana;

É um fenômeno cíclico que já ocorreu algumas vezes, com mudanças radicais na sociedade, podendo a  história nos fornecer melhores parâmetros para lidar com ela;

É um fenômeno apenas tecnológico, comparado a outras mudanças técnicas, tais  como da energia, o carro, o avião;

É um fenômeno tecnológico- cognitivo, que tem forte repercussão na maneira das pessoas pensarem o mundo;

Resulta apenas em consequências tecnológicas;

Terá forte impacto na sociedade, pois quando as pessoas mudam a maneira de pensar, mudam posteriormente a sociedade;

Minha instituição já tem parâmetros para lidar com esse fenômeno, basta fazer mais do mesmo;

A Internet vai mudar a minha instituição, há que reinventá-la;

É um fenômeno de comunicação;

É um fenômeno, que começa na comunicação, mas é social, com implicações profundas na sociedade;

Mudo apenas formas de comunicação, me adaptando a uma nova mídia, como já fiz com a tevê ou o rádio, o computador, ou um site na Internet;

Altero os processo de operação e as relações que tenho com colaboradores, fornecedores e consumidores;

Quem cuida desse projeto é um setor específico na organização;

A alta cúpula passa a compreender o fenômeno e de cima para baixo envolve toda a organização no processo de mudança;

As consequências da Internet não entram no meu planejamento estratégico de médio e longo prazo;

As consequências da Internet entram como um dos itens principais do meu planejamento estratégico de médio e longo prazo;

A comunicação da minha instituição com a sociedade continua baseada no modelo vertical – informo, através dos canais existentes;

A comunicação da minha instituição com a sociedade passa a ser baseada no modelo horizontal –dialogo, através de novos canais que serão criados;

Digo algo, mas faço outro e uso os canais de mídia para ocultar o que faço, me aproveitando do espaço da sombra que os canais de comunicação me permitem;

Procuro ampliar a coerência entre o que faço e digo, pois me comprometo com o diálogo que estabeleço nos novos canais, pois percebo que não há como esconder mais, em função da mudança dos canais de comunicação mais abertos e nas mãos dos consumidores;

O compromisso da empresa é com o lucro e com seus acionistas;

O compromisso da empresa é com o diálogo com a sociedade, o lucro é consequência do valor que gero nessa relação;

Eu lido ou entro com/nas “redes sociais”;

Crio “redes sociais” em torno dos meus projetos, visando a inovação;

Impeço meus colaboradores de acessar sites colaborativos, pois eles vão deixar de trabalhar;

Permito amplo os sites colaborativos e revejo de forma radical a forma como avalio a produção de cada colaborador;

O projeto de Intranet não se altera com a colaboração latente lá fora;

A colaboração é a base do novo projeto da Intranet, criando uma nova forma de produzir/consumir informação da organização;

Não preciso ter projetos de gestão de mudança para que meu corpo de colaboradores entenda o fenômeno e suas implicações na sua vida;

Inicio um amplo projeto de reciclagem, prevendo a de gestão de mudança para que meu corpo de colaboradores entenda o fenômeno e suas implicações na sua vida;

O ser humano não precisa de filtros;

O humano sempre precisará de filtros, que podem ser mais ou menos horizontais, no caso da rede, são mais. Temos que nos adaptar a essa nova modalidade mais complexa.

Nenhum fenômeno histórico é igual a outro: paralelos servem, entretanto, para iluminar diferenças – Demétrio Magnoli da coleção;

Bom, tenho trabalhado aqui neste blog com o conceito da revolução da informação, veja o último post aqui.

A Internet traz ao mundo uma nova forma de interagir com a informação, que nos leva à momento similar da história humana da chegada da fala e da escrita (ver mais em Lévy, Cibercultura).

É algo de uma dimensão tamanha que será um ponto de partida para todo o próximo século (e os demais) que serão definidos como pré e pós-Internet.

Não temos teorias sobre isso, pois não precisávamos.

Não é todo dia que chega algo desse tamanho na sociedade.

Uma revolução do mesmo tamanho ocorreu há 550 anos atrás, quando o papel impresso potencializou o poder da escrita na sociedade, inaugurando, o que vou chamar de Escrita 3.0.

Vivemos, entretanto, influenciado pelo modo de pensar americano, sob a cultura do imediatismo, pragmatismo e da a-história, visões filosóficas que nos dificultam perceber melhor esse fenômeno global, cíclico, radical e histórico que é a chegada da Internet.

Agora chegou e inês 1.0 é morta no túmulo 2.0.

Há que se entender, pois perder o bonde da história, jamais!

Bom, esse blog está repleto de reflexões sobre isso, mas vamos aprofundar mais um pouco, pois conhecer é uma ignorância cada vez mais trabalhada.

A escrita data de 50.000 a.C.

Reconheço até aqui teve três fases (pode ter tido mais), até agora balizadas, a partir da introdução de evoluções, novas tecnologias que reduziram seu custo para difundir ideias para a sociedade:

  • A escrita 1.0 que vai de 50.000 a.C a 2.000 AC DC, até o surgimento do alfabeto, na fase do papiro e do livro manuscrito pelos símbolos;
  • A escrita 2.0, que vai de  2000 AC a 1450, do alfabeto nos livros manuscritos até o surgimento do papel impresso;
  • E a escrita 3.0 que vai de 1450 até os 1990, quando chega a Web. Há nessa fase, além do papel impresso, o surgimento evolutivo tanto do rádio e da televisão, que são evoluções importantes, mas mantém o mesmo modelo vertical da distribuição de ideias do papel impresso, não podendo ser consideradas Revoluções Informacionais, apenas evoluções.

O alfabeto, como o livro impresso e a Internet têm em comum: redução de custo de ideias em um dado suporte.

Podia-se, com eles, transmitir mais, com novas possibilidades interativas, com menor custo. O papel impresso, como o rádio e a tevê expandem a capacidade de um enviar mensagens para muitos. E a Internet, além de outras coisas, de permitir a troca coletiva em rede a distância.

Com eles, mais ideias puderam circular, de forma mais barata, o que caracteriza um dos aspectos básicos das revoluções da informação.

Uma revolução desse tipo traz a oxigenação de ideias em dada sociedade, a partir da massificação de determinado meio.

Tal fato gera uma onda de questionamentos de problemas antes não percebidos ou sem espaço para a troca de ideias e discussão no modelo informacional anterior.

Alargam-se as mentes, o que abre espaço para mudanças radiciais mais adiante.

Pois bem, depois da chegada do alfabeto, temos a explosão do mundo grego, a chegada de pensadores como Sócrates e Platão, sendo que o primeiro nunca escreveu nada e o segundo, já adotou a nova mídia, da escrita com alfabeto.

Note, entretanto, que demoramos 48 mil anos para chegarmos dos sinais gráficos da escrita ao alfabeto e mais 3.500 anos para que houvesse uma tecnologia (papel impresso) que barateasse o preço da difusão de ideias pelo papel manuscrito e permitisse a sua massificação, mudando radicalmente a civilização, a partir dos novos canais.

A mídia era restrita como elemento de dominação cognitiva por quem detinha o poder.

E as ideias no papel impresso inundaram o mundo com novas ideias!

Estas revoluções da informação (como a que vivemos agora), que começam com uma nova tecnologia cognitiva, têm em comum:

1- estagnação – um ambiente estagnado de ideias em função de mídias controladas pelo poder vigente, que impede a inovação e, por sua, vez o desenvolvimento, criando crises sociais, pois a população cresce e começa a ter problemas sérios de demanda não resolvidos, quer-se liberdade para criar, por isso precisa-se de novos canais para troca de ideias;

2- uma nova mídia – vinda de fora da estrutura de poder – amplia a possibilidade da troca de ideias, que surge sem essa intenção, mas se presta muito bem a esse papel, sendo adotada por visionários tecnológicos, filósofos, revolucionários e, por fim, por uma nova classe social que assume o novo ambiente de poder, estabelecendo novas regras mais ajustadas ao tamanho da população;

3- renascimento –  há, após a revolução tecnológica, um renascimento de ideias, um surto filosófico, logo após a sua massificação para se questionar o modo que se pensava antes, uma necessidade humana de reciclar civilizações, em função do aumento da população, iniciando uma revisão radical dos sensos comuns na sociedade;

4- revoluções sociais – na sequência do surto filosófico, iniciam-se revoluções sociais para ajustar novas ideias ao conjunto de normas e regras da sociedade, emergindo uma nova classe social, mais antenada com as ideias filosóficas novas, que questionam completamente o modus operandi anterior e ajustam à sociedade a uma ambiente inovador, compatível com o tamanho da população. Ganha-se em liberdade informacional, pois sem ela, o sistema produtivo não consegue inovar e dar conta das demandas.

Uma revolução informacional, assim, vem rever uma civilização parada e numa crise latente, marcada por um ambiente informacional dominado por uma determinada classe social conservadora que resiste às mudanças exigidas pelo novo tamanho e diversidade da população.

Se quisermos mirar o futuro é preciso olhar para o retrovisor, de quando em quando, para comparar estágios.

Hoje, em 2010,  podemos nos situar na fase 1, da revolução, massificação tecnológica, expansão, caminhando para a fase 2, que é o início do surto filosófico, com visionários projetando o futuro: capitalismo 2.0, empresas 2.0, cidades 2.0, escolas 2.0, etc….

Iremos precisar dos pensadores – principalmente filósofos –  para começar a rever nossos conceitos e sensos comuns.

É a nossa fase atual, que significa os espaços que estão se abrindo – inclusive na mídia tradicional – para esses filósofos.

Depois disso,  provavelmente estas ideias vão se consolidar e teremos o espaço, se a história tiver a mesma lógica, para as revoluções (ou evoluções) sociais, nas quais novas leis e regras serão implantadas, fruto desse surto filosófico.

Não vamos copiar um mundo, precisamos inventar outro!

Como afirma Demétrio Magnoli que paralelos históricos, não só servem para iluminar diferenças, mas facilitar encontrar as perguntas certas, tais como:

Tais mudanças serão tão violentas como no passado? Serão revolução ou evolução? Serão incorporadas ao capitalismo ou surgirá um outro regime, não mais baseado no capital e lucro? Em quanto tempo? Com que bandeiras? Será assim tão demarcado? Ou tudo misturado ao mesmo tempo? Como é tudo isso em um planeta completamente interdependente? E já com uma certa democracia consolidada?

(Note que o conceito de democracia hoje aceita que bilhões vivam na miséria, pois está baseada na democracia local e não global.)

Isso não dá para prever apenas especular, mas questões tais como: Ecologia, lucro, capitalismo, exclusão social, novos conceitos de espiritualidade, novas instituições, tais como – escola, parlamento, organizações, governos, países, governo mundial, etc, estarão fazendo, muito provavelmente, parte desse balaio 2.0.

Nessa escalada, podemos dizer que temos e teremos os seguintes perfis de atores bem demarcados:

  • Os revolucionários da tecnologia – inventores do alfabeto, Gutenberg e a indústria de impressores que o seguiu, inventores do computador, Bill Gates, Steve Jobs, Linus Torvald, o cara do Twitter o outro do Facebook, etc, que aperfeiçoam as plataformas, reduzindo custo, facilitando o uso e construindo uma nova indústria cogntiva, com novos patamares;
  • Os filósofos – Sócrates, Platão, Rousseau, Thomas Paine, Marx, Freud, Pierre Lévy, Castells, Wolton, Baumann, todos os que projetam e projetaram a sociedade futura, são geralmente pouco ouvidos e até desacreditados na sua época, mas  introduzem questionamentos no senso comum civilizacional, que dão bases para as revoluções (ou evoluções sociais) que se seguem,  já usando as novas mídias como ferramentas de mobilização, como os panfletos na pós-Idade Média, como hoje blogs, redes sociais, e mesmo revistas, jornais, etc…
  • Os revolucionários/evolucionários – na grécia me faltam exemplos (estou estudando), Robespierre, Jefferson, Lenin, Trotsky e os que virão para transformar o que são hoje intuições 2.0 em uma nova sociedade. (Um palpite: virão do terceiro mundo e usarão (ou inventarão)  novas mídias digitais para mobilizar como ninguém ainda previu!), algo como se viu timidamente no Irã e na eleição de Obama, isso é a pontinha, da pontinha, do iceberg;
  • A nova classe social, que se beneficiará das novas leis pós-revolução, que vão refrear os ânimos, devem dar um chega para lá nos filósofos e estabelecendo um controle sobre o novo ambiente e consolidando essa nova civilização em novas bases, restabelecendo novos patamares de poder, mais ajustados ao número de habitantes, com uma mídia mais adequada para o ritmo da inovação da vez, com um patamar de respeito humano e democracia mais ajustado a essa necessidade.

Há vários fatores que nos apontam nessa direção hoje em dia.

Uma revolução informacional é, assim, tão poderosa como uma bomba H, diante de um estalinho de uma revolução social, que apenas consolida leis, que já estavam prenhes pelos filósofos, que só conseguiram pensar o que pensaram em função da mudança de mídia.

(Vide o fim da monarquia, pré-Revolução Francesa com a defesa dos pensadores pelo direito de escolher governantes, fora dos desígnios de Deus.)

É uma incubradora de revoluções sociais, depois de um surto filosófico, que vem estabelecer nova civilização mais ajustada ao tamanho da população.

Pode não ser assim?

Pode.

Podemos viver outra complexidade diferente do que foi a Idade Média ou a Grécia?

Sim, podemos, com certeza.

Mas se temos que nos agarrar a algo hoje de forma mais consistente, com tantas mudanças que se repetem ciclicamente é olhar com carinho para trás e estudar, estudar, estudar, comparar, comparar, comparar, dialogar, dialogar, dialogar, rever, rever, rever.

(É fato: nada socialmente falando pode ser novo para o humano, pois não mudamos nossa essência, apenas como a desenvolvemos históricamente.)

Esse mergulho na história é chave para projetar estratégias para o futuro.

Se o impacto será menor, pode ser, mas deve seguir, muito provavelmente, a mesma  trilha, com fases entrelaçadas, ou bem demarcadas e atores bem visíveis.

A ver e acompanhar, até onde estivermos vivos.

Que dizes?

Complemento o post com duas frases do Demétrio Magnoli:

A realidade sempre vence a representação, o marketing deve gerar valor real– Frank Striefler – da coleção;

Estava em sala de aula este fim de semana.

E fiz um exercício sobre se a Internet é uma revolução ou ou uma evolução.

O senso comum vai pela evolução (veio o jornal, o rádio, a tevê…e agora a Internet, tudo em sequência evolutiva, não sendo a última algo “revolutivo”).

Alguns acham que é uma revolução, mas nem sempre conseguem justificar.

Lá pelas tantas, uma aluna que resistia à ideia de uma ruptura mais do que uma evolução vira e diz:

“Tudo bem, são conceitos mesmo, né!?”.

Do tipo, cada um escolhe o seu e estamos conversados.

É isso?

Conceitos e teorias vêm ao mundo para nos ajudar a resolver problemas.

Se temos conceitos e teorias inviáveis, vamos ter atitudes inviáveis.

E vale a discussão:  o que seria inviável?

É tudo aquilo que não gera valor.

Diria até energia.

A Ciência, no fundo, é uma medidora de energia, pois avalia se os conceitos quando colocados em prática ajudam a resolver os problemas da humanidade.

Existe várias formas de transformar um arroz do saco em um prato de comida. Há algumas que viabilizam que vire comida, outras, não.

A Ciência procura as receitas que permitem a alimentação.

Obviamente, que aí temos algo a ser aprofundado, o que prometo fazer mais adiante num post sobre viabilidade, valor, problemas humanos.

Sigamos.

Podemo supor, portanto, que há teorias e conceitos mais viáveis do que outros e este é o papel da Ciência, tornar isso mais claro.

Isso substituiria o conceito de certo e errado.

De verdade ou mentira.

Mas sempre, a partir da prática, o que ajuda a resolver problemas humanos e o que não ajuda.

(Obviamente que ao definir problemas humanos entra a visão ética, outra questão filosófica e geradora de valor.)

Claro que todos têm o livre-arbítrio de pensar do jeito que quiser.

Porém, o estudo das coisas, na qual a Ciência está empenhada, vem ao mundo para apenas demonstrar o que é viável ao ser aplicado e o que não é.

Ou quando e em que casos, vai-se para “A” ou “B”.

No dia que não houver separação entre teorias viáveis e inviáveis, acabou a Ciência. Vira tudo poesia, arte ou música. Uma meta, aliás, de muita gente que defende uma academia distante dos problemas da vida (humanos inclusive).

Se você não acreditar na lei da gravidade, pode pular de um prédio. 🙂

Saindo dos fenômenos da natureza e indo para os sociais, é possível também ter uma certa medição.

Se você não der liberdade para as pessoas, na maior parte das vezes elas não inovam.

Pode-se tentar demonstrar isso de várias maneiras.

O mesmo se dá ao pensarmos sobre a Internet.

Geralmente, comparamos a Web com outras mudanças de mídia, tal como o rádio e a televisão.

Porém, essa visão tem se mostrado inviável na prática.

O rádio e a tevê, que foram evoluções midiáticas importantes e com consequências relevantes, não têm algumas características como a Internet, tal como:

  • – ampliação de novas canais de expressão a baixo custo, ampliando a visão dos que estão fora da estrutura de poder formal;
  • – inclusão de comentários em mensagem publicadas por grandes emissores;
  • – possibilidade de colaboração a distância;

Só para ficar em algumas.

Parte-se, assim, do princípio que as consequências futuras da Internet devem – por causa disso – ser diferentes da chegada do rádio e da tevê.

Há uma lógica, um bom senso nisso, não?

Assim, comparar a passagem do rádio para a tevê e desta para a Internet foge a uma lógica racional.

A não ser que demonstre-se que o rádio e a tevê tiveram essas características, quando, onde em que lugar, etc…

E isso ajudaria, só então, a repensar a questão.

Até aqui não aparecerem esses fatos!

São fatos, assim, passíveis de compreensão e lógica!

Quem defende algo assim (A Internet é igual ao Rádio e a Tevê)  tem que se cercar de argumentos para coo-vencer os demais que isso tem sentido, que não é algo BEM diferente.

E não tentar “vencer” o debate pela negação de novos argumentos ou pela repetição da ladainha.

Porém, essa visão tem se tornado cada vez mais inviável, ao se colocar em prática tal maneira de pensar, pois ela nos induz necessariamente à estratégias evolutivas e não “revolutivas”.

No fundo, desaprendemos a conversar de forma honesta.

É a chamada crise da comunicação no auge do mundo interativo, “da sociedade do conhecimento” e da “informação”, denunciada por Dominique Wolton.

(Leiam o cara!)

A redução desse debate a algo como se fosse – “você tem o seu conceito e eu tenho o meu” – é algo grave do ponto de vista da comunicação e do avanço do conhecimento sobre qualquer problema.

Não se rebate argumentos, alegando que cada um tem a sua visão de mundo.

Se for assim, é melhor todo mundo ligar o Ipod e ficar ouvindo sua música.

Argumenta-se com lógica, fatos, ponderações.

Ambos os lados devem estar abertos à:

  • – ouvir o outro;
  • – compreender os argumentos;
  • – ser capaz de se render, questionar, complementar o que o outro te traz – um processo honesto de querer conhecer mais sobre dado fenômeno.

Rejeitar os argumentos do outro sem aprofundá-los é uma atitude de negação, com consequências danosas para a compreensão e futuras ações de quem as ignora.

Faz parte da não-comunicação que estamos inseridos depois de 550 anos, vivendo uma mídia vertical, baseada na interação (um) falando para (muitos), do papel impresso, da mídia de massa.

Isso deixa marcas!

É a anti-ciência, o anti-conhecimento e a anti-filosofia, que é toda baseada na interação e no questionamento de como pensamos.

É preciso em um debate sustentar argumentos e admitir que o outro apresenta pontos interessantes, mesmo que você tenha que pedir um tempo para pensar.

Uma sociedade e o conhecimento (uma ignorância eternamente trabalhada) se formam com a garantia de debates honestos e estes passam por entender o ponto de vista de outros e admitir quando os argumentos apontam contradições nos nossos.

Sendo uma lógica menos viável, ao tentar resolver problemas, do que a outra, gerando, portanto, menos valor, pois se gastará mais tempo e esforço ( dinheiro) e pode-se não chegar aos mesmos resultados.

(Em qualquer sociedade, sempre haverá um esforço para ter ideias de valor, não confundir valor com lucro, algo histórico da sociedade atual.)

Quando não há algo tão claro, vai-se à prática para demonstrar o que pode ser comprovado.

E assim se segue avançando com lógicas mais viáveis de compreensão e, por sua vez, de ações que se originam dela, podemos ser mais ou menos úteis para a sociedade.

O útil significa valor.

E o valor, em última instância, garante a sobrevivência da pessoa, do grupo das organizações sociais diante dos desafios de sobrevivência e qualidade de vida.

Reduzir os debates a cada um tem a sua verdade e me deixa com a minha é algo que deve ser combatido, ainda mais em sala de aula e pessoas que se propõem a lidar com comunicação.

(Obviamente, que há interesses em jogo, pontos de visas ideológicos, embates políticos (dogmas) que envolvem esse entorno, mas até chegar neles, muitas coisas podem ser bastante dirimidas pela conversa franca com os não dogmáticos.)

Porém, quando se fala em filosofia, ciência, conceitos e teorias viáveis e geração de valor a base de tudo é o diálogo honesto, algo que no mundo da interação está cada vez mais escasso.

Que dizes?

A maioria dos erros consiste apenas em que não aplicamos corretamente o nome às coisas – Espinosa – da coleção;

(Post surgiu depois de um diálogo, ontem, com o pessoal da Dig7)

Imaginamos as coisas como coisas.

E achamos que os conceitos sobre as coisas não importam.

Já que as coisas existem por elas mesmo, flutuando no espaço como um balão de festa junina.

As coisas, entretanto, só são, a partir dos conceitos que fazemos delas.

Há lentes.

Conceitos bem fundamentados nos ajudam a definir melhor as coisas e vice-versa.

Quando não discutimos termos e conceitos, estamos aceitando algo que alguém definiu por nos e deixamos nossa lógica desligada.

Aceito, mestre, os desígnios de sua (in) definição. 😉

O termo “Redes Sociais”, que procura definir tudo que acontece hoje na Internet que não conseguimos explicar nessas ferramentas colaborativas (Facebooks, Twitters e agregados), está dando mais dor de cabeça do que sendo aspirina.

O que é um sintoma claro de um termo pouco trabalhado, pouco discutido, pouco pensado, sem lógica interna ou mesmo algo situado na história.

Ou seja, um samba do Steve Jobs doido!

“Rede social” é um termo a-histórico, pois fotografa algo em movimento.

Finge-se que é uma foto, mas é um filme que tem processo roteiro, ou início, meio e algum fim.

Só é possível entender tudo isso, a partir de um passado para se projetar o futuro, mas como temos pressa de pular do abismo, desde que seja com todo mundo, beleza! 🙂

Pergunta-se, então, qual a diferença de uma rede social do Facebook e outra dos pescadores de siri em Arraial do Cabo?

Uma é eletrônica, a distância,  e outra é presencial, localizada?

E a diferença entre as redes sociais de quem assiste a novela Passione da Globo e a rede social Orkut?

A do Orkut é interativa on-line e a outra não é?

Em função da confusão, começa-se a ser comum em altas rodas do senso comum dos especialistas – geralmente repetidores de verdades (ou verdades pouco trabalhadas)  importadas –  ver e ouvir a discussão:

“Minha organização deve ou não deve entrar em redes sociais?”

“Não, ela já está nas redes sociais, você que não sabe!”.

Caraca, se existe rede social que temos que entrar ou sair não estaríamos confundindo fenômenos sociais com ferramentas?

“Vou sair agora dessa rede social dos celulares. Pronto, desliguei!”.

“Eu não, vou sair da rede social da Revista Caras, cancelei a assinatura. Tô irada”.

Imagine em 1480, quando os papéis impressos (livros, jornais e panfletos) começaram a circular, o pessoal dizia:

“Lá vai aquele pessoal da Rede Social”.

“Como assim?”

“Ah tá, aquele pessoal que anda lendo papéis.” 🙂

E imagina-se ainda lá em Roma, junto ao Papa, naqueles idos:

Papa: “Vou entrar ou não na rede social do papel impresso?”

Assessor de marketing (para mídias impressas) papal: “Você já está, pois tem um panfleto que fala mal de você”.

Papa: “Chamem mais especialistas! Mandem estudar o assunto! Faz um livro impresso aí só falando bem de mim”.

O que era uma “Rede Social” minoritária, uma forma nova de receber e produzir informação (ideias no papel impresso) se espalhou na sociedade.

Ninguém é louco de falar que existe uma “Rede Social de quem lê livro”. Ou assiste televisão. Ou tem?

As “Redes Sociais de hoje” são a ponta do iceberg da nova sociedade.

Aquela (impressa) e a nova (digital interativa)  forma de trocar informação será o dia-a-dia da sociedade, dentro em breve (pelo menos a banda privilegiada que conseguir ter acesso à Internet).

Todas as instituições da sociedade vão migrar para esse modelo mais dinâmico e mais rápido de gerar Inteligência Coletiva e, mais adiante, valor.

E como vamos chamar isso se o que é minoria virar maioria?

Sociedade Digital Interativa?

Lembra aquela música do Caetano:

“Não é o Rolling Stones que não cabe na Times Magazine, mas é a Time que não cabe no mundo dos Rolling Stones”.

Quem não estiver conectado, será, então, o pessoal da Rede Social off-line, os ETs?

É o tipo do fenômeno que, quando absorvido, sumirá.

Teremos vergonha da nossa ignorância enrustida em arrogância e do tempo perdido nesse papo furado sem história.

E teremos que jogar fora os quilos de livros, papéis de seminários, palestras, cursos, pós-graduações que perdemos discutindo algo que vai virar pó rapidinho.

O problema é que até lá vai se gastar muito dinheiro para nada.

E tem gente ganhando com a confusão.

E enfiando esse conceito meio – mouse, meio teclado – goela adentro dos incautos!

Aprofundar – sem afundar – é preciso!

Que dizes?

A realidade sempre vence a representação, o marketing deve gerar valor real– Frank Striefler – da coleção;

Vamos ver o que vai rolar hoje por aqui.

O tema é realidade.

Para discutir o que é a tal procura da verdade!

Marcelo Gleiser – Criação Imperfeita;

Dominique Wolton – ver crise da comunicação;

O que é realidade?

Grupo 1

Grupo 2

É a visão de mundo, vivenciada e aprendida por cada indivíduo ao longo da sua vida, de acordo com suas crenças, valores e experiências. É o que existe ou acontece na verdade do coletivo ou de um único ser.

Somos como um peixe que vive aprisionado num aquário; mesmo que o nosso “aquário” cresça sempre (pois é isso o que ocorre com o corpo do conhecimento humano), tal como o peixe, nunca poderemos sair dele e explorar a totalidade do que existe. Haverá sempre um “lado de fora”, além do que podemos explorar – Marcelo Gleiser – da coleção;

Essa imagem do Gleiser do aquário talvez tenha sido uma das mais importantes na minha maneira de pensar nos últimos tempos, pois sintetiza de forma simples o que já pressentia. Nela temos algumas diferenças em relação a um senso comum generalizado, vejamos:

  • – Nunca chegaremos à realidade, mas sempre nos aproximamos dela;
  • – Cada um tem um “aquário” (aquilo que já pensou/sentiu/estudou/pesquisou/trabalhou) que consegue perceber a realidade diferente dos demais;
  • – E quanto mais analisarmos a nossa ignorância e avançamos, mais o “lado de fora” se expande, como afirma Sócrates: só sei que nada sei.

Nessa linha, me parece cada vez mais fora de propósito um discurso abusivo e autoritário (bem difundido no Brasil) de quem tem determinado conhecimento e faz dele um escudo e não uma escada para os demais.

Para defendê-lo e ter uma espécie de barreira de proteção contra novos pensadores, cria-se frases bem difundidas por aí:

  • Você não pode ser leviano;
  • – Isso é inconsistente;
  • – Você tem que se aprofundar mais.

Do ponto de vista filosófico-aquariano-gleiseriano, sempre seremos levianos, inconsistentes e precisamos nos aprofundar mais. O último aprofundamento, aliás, só será feito quando colocarem terra por sobre nossos corpos.

Esse discurso anti-filosófico, de opressão científica, dever ser combatido. Se pegarmos a ideia do Gleiser que estamos e estaremos sempre dentro de Aquários, há os mais expandidos e os menos expandidos sobre determinado tema.

Diria que há um tempo maior ou menor de discussão sobre as nossas ignorâncias, na seguinte escala.

  • Inicia-se lutando contra o senso comum comum;
  • Depois contra o senso-comum em determinado ramo da ciência, pois toda ciência tem os seus;
  • E depois, se possível, contra os sensos incomuns, que os pensadores mais originais constroem, que vão virar mais adiante o senso comum da ciência e, por sua vez, mais adiante, o senso comum da própria sociedade.

Assim, um pensador se diferenciará de outro pelo tempo de expansão de seu aquário, sem dúvida, mas mais do que tudo, pela atitude filosófica diante dele.

Em admitir para seus alunos/pares/sociedade o estágio que se encontra, suas dúvidas e apontar o que existe um “lado de fora”, que está tentando chegar para aprimorar o seu senso incomum, que um dia poder vir a ser comum, naquela Ciência e mesmo na sociedade.

O contato com outros aquários pode lhe dar (e sempre dá):

  • Novas maneiras de rever o senso comum na sociedade e aprimorar o discurso, a ponte, para questioná-lo e tentar ajudar com seus estudos os demais e não se isolar deles;
  • Novas maneiras de ver o senso comum dos especialistas daquela Ciência, para, idem, aprimorar o discurso, a ponte, para questioná-lo e auxiliá-los também na expansão;
  • E conhecer novos sensos incomuns, que questionem o seu e o aprimorem.

A interação, do ponto de vista, da expansão é sempre bem-vinda de quem ama aprender!

Sempre trabalhando e observando como tudo isso se reflete no seu aquário em movimento de expansão.

E isso nos leva a respeitar o aquário de cada um, independente a sua expansão, pois para determinado grupo o aquário “x” é topo de linha e todos se expandem a partir dele, até bater em uma nova parede.

Aquela pessoa é a que conseguiu chegar com a parede mais longe e leva os demais, num jogo solidário e não competitivo versus um outro autoritário de uns querendo impedir a expansão dos demais.

Ou seja, um “aquário” vale, desde que esteja em processo de expansão, independente sua largura!

(Não seria isso um pouco o perfil da nossa academia, impedindo as pessoas de assumirem o tamanho do seu aquário para ampliá-los, em função da defesa e da colocação de barreiras competitivas?)

Marilena Chauí, no livro “Convite à Filosofia” (que recomendo) defende essa atitude filosófica, de estarmos sempre pensando sobre como pensamos.

Para ela, filosofia é uma atitude e não uma Ciência.

Sob esse ponto de vista, vale mais um jovem que mesmo que não tenha o aquário amplamente expandido, tenha uma atitude filosófica sobre ele, pois está em processo de expansão.

Do que um senhor com PHd, que considera seu aquário completo, pronto para doutrinar os outros e impedir a sua própria (pois já chegou à verdade) e a expansão dos demais.

Este ser completo não tem mais a paixão pelo saber, mas o comodismo de quem chegou lá (num lugar totalmente falso e imaginado) é um inimigo do conhecimento, apesar de ter um pseudo-conhecimento.

Assim, um cientista/professor sem atitude filosófica deixa de ser cientista/professor passa a ser um doutrinador, mais para padre do que pesquisador.

A Ciência e a escola deveriam ser a busca permanente da realidade/verdade (mesmo que nunca cheguemos lá).

É preciso mais filosofia e menos arrogância!

Um “dono do aquário”  sempre terá a atitude de não deixar que os demais expandam os seus,  o que no fundo não tem nada de sábio e passa longe de quem ama a Ciência.

Por fim, não existe “o aquário”, mas vários, pois somos bilhões, porém há teorias mais viáveis e outras menos viáveis.

(Aprofundei o assunto aqui.)

O mais importante em todos é como nos relacionamos com ele, com atitudes de humildade, compreensão, compaixão e disposição para troca de águas.

Um processo de expansão e relação solidária com o aquário dos outros.

Numa luta de todos contra o “lado de fora”: nossas eternas ignorâncias.

E não de um usando o seu conhecimento, como arma competitiva e opressora, contra o aquário dos demais.

Que dizes?

Quanto menos um homem conhece a respeito do passado e do presente, mais inseguro terá de mostrar-se seu juízo sobre o futuro Freud – da coleção;

Fruto de alguns anos de estudo, pesquisa, reflexões, segue abaixo uma tabela (em beta contínuo) na comparação entre as Revoluções do livro Impresso e da Internet, uma tentativa de tentar combater algumas visões que estão ficando cada vez mais inviáveis (diante dos acontecimento) sobre o que está acontecendo, de fato. É uma tabela que vou atualizar com frequência. Assim a versão abaixo é a 1.0 – de 09/09/2010.

Comparação entre a Revolução Informacional do Livro impresso versus da Internet

Revolução da Informação, que se inicia com o  livro impresso

Revolução da Informação que se inicia com a Internet

Duração da Era Informacional da Escrita Impressa: (1450 – 1990)

Duração da Era Informacional da Escrita Digital: (1990-?)

Nova tecnologia que vem de fora – que surge fora da estrutura de poder da sociedade. Gutenberg era um empreendedor que queria vender livros;

Nova tecnologia – que surge fora da estrutura de poder da sociedade. A Internet se inicia para resolver problemas militares;

O livro impresso é uma tecnologia cognitiva radical – que permite novas vozes, desestruturando com novas ideias o ambiente de poder da sociedade, diferente das outras tecnologias cognitivas (também inovadoras) que vieram depois, como o telefone, o rádio, a tevê, mas que não tinham essa característica de descentralização do poder;

A Internet é uma tecnologia cognitiva radical – que permite novas vozes, desestruturando com novas ideias o ambiente de poder da sociedade, diferente das outras tecnologias cognitivas (também inovadoras) que vieram antes, como o telefone, o rádio, a tevê, mas que não tinham essa característica de descentralização do poder. Confunde-se a passagem da Indústria de Mídia para a Internet, mas não se leva em conta essa descentralização;

Demografia na era anterior – Forte e rápido crescimento populacional, de 300 milhões de habitantes em 1100 para 460 milhões de habitantes em 1500, um aumento de 50% em 400 anos, gerando uma crise de demanda, que o ambiente produtivo vigente (feudalismo) não conseguia resolver, no tempo e a hora da quantidade e diversidade da nova população;

Demografia na era anterior – Forte e rápido crescimento Populacional de 1 bilhão, em 1800; para 7 bilhões em 2010, crescimento de 600% nos últimos 200 anos, gerando uma crise de demanda, que o ambiente produtivo vigente (capitalismo hierárquico) não tem conseguido resolver no modelo vigente, no tempo e a hora da quantidade e diversidade da nova população;

Adesão de empreendedores – que percebem o potencial da nova tecnologia para seus negócios. Multiplicam-se editoras em toda a Europa;

Adesão de empreendedores – que percebem o potencial de ter lucros com a nova tecnologia, multiplicam-se    novas empresas para vender todo tipo de serviços, desde acesso e vendas pela Internet;

Novo ambiente informacional – com a disseminação da tecnologia é formado um novo ambiente informacional no qual há uma mudança radical na forma de consumir e produzir informação, reduz-se a importância do mundo oral, ganhando força a palavra escrita, começa-se forte movimento de alfabetização, principalmente, com destaque, os Luteranos;

Novo ambiente informacional – com a disseminação da tecnologia é formado um novo ambiente informacional no qual há uma mudança radical na forma de consumir e produzir informação, reduz-se a importância do mundo oral e escrito, ganhando força as trocas pelo meio digital, começa-se forte movimento de alfabetização digital;

Saída de impasse – que permite com a nova tecnologia sair de paralisia social, em função de um novo canal de troca de informação entre as pessoas (livro impresso/”Orkut do papel”), resolvendo os impasses que o canal anterior (livro manuscrito) deixava: elitizado, escondido nas bibliotecas, caro, de difícil manuseio, com pouca possibilidade de permitir a difusão de novas vozes para gerar a informação;

Saída de impasse – que permite com a nova tecnologia sair de paralisia social, em função de um novo canal de troca de informação entre as pessoas (Internet/”Orkuts”), resolvendo os impasses que o canal anterior (mídia de massa) deixava: elitizado, emissor único, caro para emissão de sinal, de difícil manuseio, com pouca possibilidade de permitir a difusão de novas vozes para gerar a informação;

Objetivo principal: revelar novos valores humanos (inovadores, empreendedores, visionários, revolucionários)  para que a inovação pudesse ser acelerada, através dos novos autores que passam a difundir suas ideias no papel impresso;

Objetivo principal: revelar novos valores humanos (inovadores, empreendedores, visionários, revolucionários)  para que a inovação pudesse ser acelerada, através dos novos autores que passam a difundir suas ideias no ambiente digital;

Descentralização de poder – há uma nova gama de ideias que passa a circular na sociedade, que questionam o que era o senso comum.Denunciam o agir e o discurso dos reis e papas, que impediam com sua ideologia que novas inovações ocorressem. Mudança fundamental da civilização para superar as novas demandas que o forte crescimento populacional trazia de novo para a sociedade, permitindo-se, a partir das mudanças que ocorreram, fazendo mais com menos, em menos tempo, com menor custo, através da consolidação de direitos humanos, antes inexistentes;

Descentralização de poder – há uma nova gama de ideias que passa a circular na sociedade, que questionam o que era o senso comum. Começa-se a questionar o modelo das organizações e governos, que impediam com sua ideologia que novas inovações ocorram. É um primeiro passo para a mudança fundamental da civilização para superar as novas demandas que o forte crescimento populacional traz de novo para a sociedade, permitindo-se, a partir delas que se possa fazer mais com menos, em menos tempo, com menor custo, através da consolidação de direitos humanos, antes inexistentes (ecológicos, do consumidor, do lucro pelo lucro.)

Resultante – mais poder ao cidadão (consumidor), que ganha novos direitos, através de novas leis, com novas ferramentas de denúncia e tomada de conhecimento: papel impresso em rede social;

Resultante – mais poder ao cidadão (consumidor), que começa a ganhar nova voz, que pode resultar em novos direitos, através de futuras novas leis, com novas ferramentas de denúncia e tomada de conhecimento: meio digital em rede social;

Gestação de Revoluções –Tecnológica (inicialmente) Filosóficas (a seguir/Renascimento), que questiona os valores e estabelece novos parâmetros do senso comum vigente, difundido pelo poder do ambiente de informação que terminou com a chegada do livro impresso. Abriu-se, assim, novo campo para as mudanças sociais que vêm a seguir alterando radicalmente os campos políticos e econômico. Para que elas ocorressem, foi necessário que filósofos apontassem novos conceitos, visionários revolucionários se apoderassem do uso massificado da nova mídia e percebessem as brechas conjunturais para que o conjunto da população estivesse disposta a assumir o risco da mudança mais radical, apontadas pelos filósofos;

Gestação de Revoluções –Tecnológica (inicialmente) Filosóficas (provavelmente a seguir/Renascimento 2.0?), que deve questionar os valores e estabelecer novos parâmetros do senso comum vigente e difundido pelo poder do ambiente de informação que termina. Deve-se abrir um espaço para as mudanças sociais que devem vir a seguir com a intenção de alterar radicalmente os campos políticos e econômico. Para que elas ocorram, (se se repetir o passado) será necessário que filósofos apontem novos conceitos, visionários revolucionários se apoderem da maneira de reprodução da nova mídia e esperem brechas conjunturais para que o conjunto da população esteja disposta a assumir o risco da mudança mais radical. A eleição do Obama aponta um pouco esse cenário, porém, sem a filosofia da mudança, pois o Governo dele não assume o que se pregou na campanha;

Oxigenação social – Nova tecnologia oxigena a sociedade com novas ideias, através da circulação de novos autores, como novo tipo de visão do mundo, tal oxigenação não permite mais que determinadas ideias antigas façam sentido, criando um ambiente de questionamento geral e mostrando o quanto determinadas práticas eram incompatíveis com o novo momento, do que se diza com o que se fazia (Igreja única, poder papal, poder monárquico absoluto, compra de lugar no céu, indulgências, grandes palácios, impostos, fome, falta de produtos, miséria, etc…)

Oxigenação social – Nova tecnologia oxigena a sociedade com novas ideias, através da circulação de novos autores, como novo tipo de visão do mundo, tal oxigenação não permite mais que determinadas ideias antigas façam sentido, criando um ambiente de questionamento geral e mostrando o quanto determinadas práticas são hoje incompatíveis com o novo momento, do que se diz com o que se faz, tal como:  produtos com problemas, falta de diálogo com consumidores, lucro pelo lucro, parlamentares descolados da realidade, governos centralizados, aquecimento global, fome, miséria, etc….

Sombra – o cidadão passa a ter instrumentos para jogar luz na sombra do poder (ideias no papel impresso), com isso tem noção mais clara dos atos do poder que antes ficavam na sombra. Esse espaço do qual se aproveitava o poder vigente, através dos abusos de papas e monarcas, começa a se reduzir cada vez mais, eclodindo as mudanças tempos depois, com a maturação de novos conceitos e propostas para a sociedade;

Sombra 2.0 – o cidadão passa a ter instrumentos para jogar luz na sombra do poder (ideias no meio digital), com isso tem noção mais clara dos atos do poder que antes ficavam na sombra. Esse espaço do qual se aproveitava o poder vigente, através dos abusos de organizações e governantes, começa a se reduzir cada vez mais, possivelmente gestando mudanças que vão ocorrer daqui a alguns anos, com a maturação de novos conceitos e propostas para a sociedade, o que chamamos de empresas 2.0, escola 2.0, sociedade 2.0, capitalismo 2.0, etc…

Inovações na nova tecnologia cognitiva – fazem com que o livro impresso fique cada vez mais fácil o acesso à informação de qualquer lugar, barato para ser consumido, através de:  livro de bolso, novas impressoras, nova diagramação, nova maneira de se apresentar a informação cada vez mais adaptada ao novo meio para ser digerida. O modelo anterior do livro manuscrito entra em colapso e praticamente desaparecem, incorporados pelo novo ambiente. Nota-se que, entretanto, não morre a necessidade humana de se informar, através da imagem, do som, através do contato oral (missas, teatro), mas passam a ser fortemente influenciados pelas ideias que circulam no texto impresso;

Inovações na nova tecnologia cognitiva – fazem com que o acesso à rede fique cada vez mais fácil (de qualquer lugar), barato, fácil de ser consumido, através de celulares, laptops, fibras óticas, banda larga, nova diagramação na maneira de apresentar a informação, nova maneira de se apresentar a informação cada vez mais fácil de ser digerida. O modelo anterior do livro impresso, do rádio e da tevê não digital devem desaparecer, incorporados pelo novo ambiente. Note-se que, entretanto, não morre a necessidade humana de se informar, através da imagem, do som e do texto impresso, através do contato oral (encontros presenciais), mas passam a ser fortemente influenciados, entretanto, pelas ideias que circulam no meio digital;

Massificação da tecnologia – em dado momento o custo cai ao ponto de se tornar acessível para a grande massa, através da redução do preço de cada exemplar. Só neste momento há o início da percepção pela maioria das sombras do poder e se inicia a possibilidade das revoluções sociais;

Massificação da tecnologia – em dado momento o custo cai ao ponto de se tornar acessível para a grande massa, através da redução do preço do acesso, via banda larga. Se houver similaridade com o passado, só neste momento há o início da percepção pela maioria das sombras do poder e se inicia a possibilidade das revoluções sociais;

Popularização – assim, estabelece-se o acesso do potencial das ideias,  a partir da escrita impressa para a maior parte da população. Nota-se que a escrita impressa já era utilizada há séculos, porém, a população mais pobre só começa a ter acesso, a um custo razoável, a partir de 1450, quando passa, inclusive, a ser vendida nas primeiras livrarias, podendo-se, assim, conceituar que a chegada do livro impresso foi a viabilização da Escrita 2.0, já que poucos tinham acesso ao seu potencial e com a massificação ganha um outro caráter;

Popularização – assim, estabelece-se o acesso do potencial das ideias,  a partir do meio digital para a maior parte da população. Nota-se que a o meio digital  já era utilizada há décadas (desde 1940), porém, a população mais pobre só começa a ter acesso, a um custo razoável, a partir de 1980, quando passa, inclusive, a ser vendido  micro computadores, em 1990 inicia-se a comercialização deles em rede (Internet) e em 2004, passa-se a oferecer um serviço da banda larga, com custos menores, comparados ao acesso discado, via modem e linhas telefônicas. Surgem tempos depois as lan-houes, podendo-se, assim, conceituar que a chegada do meio digital em rede foi a viabilização do Digital 2.0 (web 2.0), já que poucos tinham acesso ao seu potencial e com a massificação ganha um outro caráter;

Relação humana – Estabelece-se nova forma de relação humana massificada a distância – um-muitos, na qual o autor pode expressar suas ideias sem estar presente no mesmo tempo e lugar, ampliando o poder que era restrito ao mundo oral, que era prisioneiro da relação um-um, que obrigava aos interlocutores a estarem no mesmo tempo e lugar . Reduz-se distâncias, aumenta-se a velocidade da troca, permite-se que pessoas de uma dada região possam ter acesso a ideias dos “de fora” e diminui-se o conceitualmente o tamanho do mundo, iniciando-se um processo de globalização, sendo as ideias impressas em texto a gota d’água que faltava para as explorações marítimas que surgem 50 anos depois, que levam os Europeus à todos os outros continentes, criando o modelo de nações que se esboçaram nos séculos posteriores;

Relação humana – Estabelece-se nova forma de relação humana massificada –muitos-muitos, na qual os autores podem expressar suas ideias sem estar presente no mesmo tempo e lugar, ampliando o poder que era restrito ao mundo oral, pois reuniões de pessoas exigiam a presença física. Com a rede digital, reduz-se distâncias, aumenta-se a velocidade da troca, permite-se que pessoas de uma dada região possam ter acesso a ideias dos “de fora” e diminui-se o conceitualmente o tamanho do mundo, reforçando ainda mais o processo de globalização, sendo as ideias espalhadas pelo meio digital a gota d’água que faltava para novas etapas humanas, sendo esta a formadora da nova Civilização que está por se formar. Somos a primeira geração desse novo mundo;

Inteligência Coletiva – a interação (inteligência coletiva) ganha nova energia, criando os movimentos renascentistas (filosóficos), que formularão as bases e os conceitos que serão o suporte para as revoluções sociais, que vieram a seguir. A Inteligência Coletiva anterior era dependente da presença física, o que impedia em muito o seu desenvolvimento;

Inteligência Coletiva – a interação (inteligência coletiva) ganha nova energia. Espera-se, assim, que se criem cada vez mais movimentos renascentistas (filosóficos), que formularão as bases que serão os suportes para as revoluções sociais, que possivelmente virão a seguir. A Inteligência Coletiva anterior era dependente da presença física ou das ideias impressas, ainda via áudio e imagem, centralizadas, o que impedia em muito o seu desenvolvimento;

Explosão informacional – depois de massificada com a chegada de novos autores na sociedade, via panfletos, jornais e livros impressos, expande-se radicalmente a produção de material impresso, o que obriga a sociedade a criar novas formas de armazenamento e recuperação da informação (bibliotecas, livros de índices, ficha catalográfica, taxonomia);

Explosão informacional – depois de massificada com a chegada de novos autores na sociedade, via blogs, sites de comunidades, youtubes, expande-se radicalmente a produção de material digital, o que obriga a sociedade novas formas de armazenamento e recuperação da informação (ferramentas de buscas, diretórios, tags, folksonomia);

Revoluções sociais – ocorreram, ajustando a civilização às novas ideias que passaram a circular na sociedade, permitindo novo ambiente mais compatível com a demanda da população mais numerosa;

Revoluções sociais – ocorrerão (?). Se sim, deverão ajustar a civilização às novas ideias que passaram a circular na sociedade, permitindo novo ambiente mais compatível com a demanda da população mais numerosa;

Política – o Rei não é mais escolhido por Deus (questionamento filosófico), agora tem-se o voto e o parlamento, no qual surge a ideia dos Direitos Humanos (Revolução Francesa), fortemente baseada no poder do papel. Forma-se o conceito de Estado Nação e cria-se a ideia de democracia moderna e do parlamento;

Política 2.0: Parlamentares não serão mais escolhidos, mas se estabelecerá canais diretos de participação (bases da Política 2.0). Amplia-se a ideia de regulação global, com formação de blocos e governança global para resolver problemas supra-nacionais. Deve-se fazer revisão da democracia moderna e do parlamento, prevendo uma relação melhor entre democracia e inclusão social (não separando como é hoje as duas) e a participação direta, via rede, dos eleitores decidindo diretamente, além do fortalecimento do poder local, articulado com questões globais;

Capitalismo – Cria-se o conceito de lucro como estímulo à iniciativa privada para inovar, por sua vez, ao que vem se chamar capitalismo, no qual, ao longo do tempo, o lucro de meio passa a ser o fim em si mesmo das empresas, tornando tangível o poder do dinheiro, que de um facilitador virtual de trocas, passa a ser o objetivo principal da sociedade. Surge o conceito de empresa moderna, concentração nas cidades, surgimento da academia, que viabiliza a explosão tecnológica que veio a seguir, cada vez mais rápida;

Capitalismo 2.0 – o lucro passa a ser questionado como fim em si mesmo das empresas, procurando-se voltar ao conceito das empresas como resolvedoras de problemas humanos, como motivações mais justas e equilibradas, repensando-se o papel do dinheiro, introduz-se a questão ecológica e do sustentável, que deverão ganhar cada vez mais força. Surge o conceito de empresa 2.0, o questinamento da concentração nas cidades, os novos conceitos de cidade (2.0), através do trabalho a distância, em rede, descentralizado, o surgimento de uma nova academia aberta e colaborativa, para viabilizar a explosão tecnológica que está vindo a seguir, cada vez mais rápida e necessária. Aponta-se como tendência um capitalismo participativo, no qual o lucro deve ser questionado, o modelo em pirâmide de conselho diretor, diretor, gerentes, formando uma grande rede de atores, que compartilham a geração de valor, baseado em parâmetros cada vez mais adequados a nova sombra, que não vai permitir práticas que vão contra a nova ética (inclusão social, ecológica e respeito aos consumidores/colaboradores/fornecedores);

Organizações – Surgem as empresas para produzir produtos e serviços para suportar as demandas do crescimento populacional que se seguiu, que passaram a resolver as crises demográficas, inventando novos métodos de gestão, tecnologias e treinamento de seus empregados, baseados no modelo hierárquico, influenciado pelo ambiente informacional  um-muitos, no qual é preciso centralizar para produzir e inovar;

Organizações 2.0 – Inicia-se processo de reestrutura das empresas para produzir produtos e serviços para suportar as demandas do crescimento populacional em curso, inventando novos métodos de gestão, tecnologias e treinamento de seus empregados, baseados no modelo hierárquico,influenciado pelo ambiente informacional muito-muitos,  no qual o consumidor, fornecedores e colaboradores internos passam a ter participação mais ativa em todo o processo, no qual é preciso descentralizar para produzir e inovar, operando em rede digital, questionando o antigo modelo vertical, que funcionou, mas é lento na tomada de decisões para o novo ambiente;

Escola – surge a academia e as escolas, baseada no conceito hierárquico do conhecimento fechado, consolidado, único e vertical, a partir da troca baseada no mundo do papel, no qual o professor é indutor ativo e o aluno é passivo;

Escola 2.0 – Questiona-se o modelo das academias e as escolas, baseada no conceito menos hierárquico, do conhecimento aberto, sempre em consolidação (beta contínuo), diverso e horizontal, a partir da troca no mundo digital, no qual professores e alunos são ativos contra o senso comum, em um ambiente de produção de conhecimento colaborativo;

Novos direitos – do voto, das mulheres, dos escravos, das crianças, dos trabalhadores, ao de se ter lucro, dos pobres, que conseguiram melhorar em algumas regiões;

Novos direitos – (que surgem como tendência) dos homossexuais, da participação direta sem intermediários, do planeta (seres vivos), do consumidor ativo, ao lucro compartilhado e social, dos pobres, que continuam pobres em várias regiões;

Conhecimento – cartesiano, da especialização para conhecer, da disciplinaridade, dos ambientes menos complexos, causais, mundo previsível, no qual ocultar gerava poder, do convencimento, da doutrinação;

Conhecimento – holístico, da multi-disciplinaridade para conhecer, dos ambientes mais complexos, relacionais, mundo caótico, no qual ocultar não gera poder, compartilhar, amplia a troca e o valor, do “coovencimento”;

Sombra 2.0

Falta um link fundamental no mundo moderno para se entender onde estamos e para onde vamos.Há relação direta entre o que somos e pensamos, em função do que os outros podem saber sobre nós.Ou seja, somos regulados pelos outros.Se formos filmados o dia todo, não faríamos determinadas coisas que fazemos.Assim, quanto mais filmados, formos, mais vamos mudar a nossa maneira de estar no mundo.Ou vamos tentar arranjar formas de fugir das câmaras.(De qualquer forma, seremos afetados por elas.)Todos o setor produtivo (chamado negócios), assim,  está fortemente baseado no controle da informação, ou o controle das câmaras e quem pode filmar o que.Se há centralização na filmagem, controlo quem filma.Se há uma ruptura na filmagem, tenho que mudar minha maneira de ser, pois outros vão filmar e divulgar o que faço.O que antes não era possível!A tendência humana para o “pecado” para passar por cima das regras é um fato corrente.O que garante que tais “pecados” não ocorram, é justamente o controle social.O controle social é feito, a partir da menor ou maior transparência da sociedade.Portanto, pode-se dizer que:Os negócios são regulados pelo controle social e quanto mais houver transparência, mais terão que prestar conta para a sociedade e mais éticos terão que ser, ou parecer ser.A revolução informacional da Internet, basicamente, retirou da sociedade um tampão de determinada sombra, só possível pelo poder centralizado da Idade Mídia.Os negócios das empresas eram feitos contando com a sombra que a Grande Mídia projetava sobre suas ações.Os pecados – que sempre vão existir – eram escondidos e a “regra do jogo” permitia coisas, lógicas, maneiras de pensar, um status quo compatível com determinado nível de sombra.Sem a sombra passada, cria-se outro modelo de negócio.Não é comum pensarmos nessa reengenharia, mas ela é bastante interessante para efeito da sociedade que queremos:Não existe ser humano bom ou ruim, mas seres humanos regulados pela capacidade de serem descobertos e punidos pela sociedade, por cometerem ações que sejam consideradas danosas para o coletivo.Assim, radicalmente muda uma sociedade – e todos os seus componentes – quando temos uma mudança radical na sombra que a protegia.Há, na verdade, hoje uma reestruturação social para se adaptar a esse novo período de menos sombra, como ocorreu com a chegada do livro impresso, há 550 anos.Coisas que eram feitas no período da sombra da Idade Mídia não poderão ser feitas mais na Idade do Youtube da Idade Digital.Quando falamos em projetos 2.0, na verdade, é basicamente um ajuste entre uma maneira de pensar ajustada para a sombra 1.0, para esse novo momento, da sombra 2.0, que também existe, porém com espaço mais reduzido.As sombras produzem, mais do que tudo, maneiras de pensar, pois o que se podia fazer antes não se pode mais e, portanto, eu adoto essa nova conduta como sendo minha.Deixando de ser algo que faço por opção, mas por falta dela.Obviamente, que pessoas, grupos e organizações que já agiam no dia-a-dia como se não houvesse aquela sombra saem na frente.Porém, as outras que não seguiam essa norma, por que não era obrigatório, agora passam a ter que segui-la.Essa é a mudança mais radical que estamos enfrentando na passagem da Idade Mídia para a Idade Digital.Mudanças de conceitos e atitudes, a partir da nova sombra.Concordas?
Se cada um soubesse da intimidade sexual dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém – Nelson Rodrigues – da minha coleção;
Falta um click fundamental na percepção do mundo moderno para se entender onde estamos e para onde vamos com a chegada da Revolução Informacional, trazida pela Internet e agregados.
Há na humanidade uma relação direta entre o que somos e pensamos, em função do que os outros podem saber sobre nós.
Ou seja, somos regulados pelos outros.
Se formos filmados o dia todo, não faríamos determinadas coisas que fazemos.
Assim, quanto mais filmados, formos, mais vamos mudar a nossa maneira de estar no mundo. E, no longo prazo, de pensar sobre ele.
A escravidão durou na sombra da falta dos jornais e dos livros.
Depois que os iluministas refletiram sobre ela e passaram a “filmá-la” pelos textos e poemas (Vide Castro Alves), se tornou incompatível com o pensamento mundial.
Todos o setor produtivo (chamado negócios), assim,  está fortemente baseado no controle da informação.
Faço meu negócio, a partir do que posso fazer sem ninguém descobrir.
Se há centralização na filmagem, controlo quem filma.
Se há uma ruptura naqueles que fazem a filmagem, como ocorre agora com celulares + Youtubes, tenho que mudar minha maneira de fazer, pois outros vão filmar e divulgar o que faço.
E, aos poucos, minha maneira de ser.
O Capitalismo 2.0 virá não por méritos humanos, mas por exposição de tudo que era feito no subterrâneo na sombra da Idade Mídia, que hoje não se pode mais fazer.
Será baseado na sombra 2.0, não mais na passada!
Não, não é o Serra 😉
Tal fato se dará pela lógica de que a tendência humana para o “pecado” para passar por cima das regras é regulada pelo social.
O que garante que tais “pecados” não ocorram, é justamente o controle social, normas e leis do coletivo que regulam o desejo individual de cada um fazer o que quer, independente dos outros.
O controle social é feito, assim, a partir da maior ou menor transparência da sociedade.
Portanto, pode-se dizer que:
Os negócios são regulados pelo controle social e quanto mais houver transparência, mais terão que prestar conta para a sociedade e mais éticos terão que ser, ou parecer ser.
A revolução informacional da Internet, basicamente, retirou da sociedade um tampão de determinada sombra, só possível pelo poder centralizado da Idade Mídia.
Os negócios das empresas eram feitos contando com a sombra que a Grande Mídia projetava sobre suas ações.
Os pecados – que sempre vão existir – eram escondidos e a “regra do jogo” permitia coisas, maneiras de pensar, um status quo compatível com determinado nível de sombra.
Sem a sombra passada, cria-se outro modelo de se pensar negócios, regulado por uma lógica mais transparente.
Foi isso que provocou as revoluções dos últimos 550 anos.
Basta ver no passado os ajustes sociais feitos pós invenção da Prensa de Gutemberg.
A partir da luz dos livros e jornais, que mostravam coisas que antes os Reis e Papas podiam fazer na calada da noite da Idade Média.
Esse poder oculto era baseado na sombra do mundo oral e do livro manuscrito, restrito e fechado em bibliotecas sem login ou senha pública.
Não é comum pensarmos nessa visão do humano (real), mas ela é a chave para perceber para onde estamos indo.
Não existe ser humano bom ou ruim, mas seres humanos regulados pela capacidade de serem descobertos e punidos pela sociedade, por cometerem ações que sejam consideradas danosas para o coletivo.
Assim, radicalmente muda uma sociedade – e todos os seus componentes – quando temos uma mudança radical na sombra que a protegia.
Há, na verdade, hoje uma reestruturação social para se adaptar a esse novo período de menos sombra, como ocorreu com a chegada do livro impresso, há 550 anos.
Coisas que eram feitas no período da sombra da Idade Mídia não poderão ser feitas mais na Idade do Youtube da Idade Digital.
Quando falamos em projetos 2.0, na verdade, é basicamente um ajuste entre uma maneira de pensar ajustada para a sombra 1.0, para esse novo momento, da sombra 2.0, que também existe, porém com espaço mais reduzido.
As sombras produzem, mais do que tudo, maneiras de pensar, pois o que se podia fazer antes não se pode mais e, portanto, eu adoto essa nova conduta como sendo minha.
Deixando de ser algo que faço por opção, mas por falta dela.
Obviamente, que pessoas, grupos e organizações que já agiam no dia-a-dia
como se não houvesse aquela sombra saem na frente.
Porém, as outras que não seguiam essa norma, por que não era obrigatório, agora passam a ter que segui-la.
Essa é a mudança mais radical que estamos enfrentando na passagem da Idade Mídia para a Idade Digital.
Mudanças de conceitos e atitudes, a partir da nova sombra.
Concordas?

Se cada um soubesse da intimidade sexual dos outros, ninguém cumprimentaria ninguémNelson Rodriguesda minha coleção;

Falta uma peça no quebra-cabeças para a compreensão do mundo moderno para se entender aonde estamos e para onde vamos pós-Internet.

Há uma crença de que o ser humano é bom por natureza.

A ideia cristã que todos podem escolher entre o bem e o mal e  tendem para o bem, pode não ser viável, diante da realidade, que demonstra o contrário.

(Mudei um pouco o texto acima em função de comentário abaixo, procedente.)

Freud no livro “O Futuro de uma ilusão” sentenciava que:

Todo indivíduo é virtualmente inimigo da civilização – Freud;

Assim, a história humana pose ser feita, através de uma nova ótica.

Do controle social sobre os homens.

E nisso entra o controle e o descontrole da informação.

Há relação direta entre o que somos e pensamos, em função do que os outros podem saber sobre nós e a capacidade da sociedade em punir nossos atos que vão contra o coletivo.

Ou seja, somos regulados pelos outros no que fazemos, por sua vez falamos e, em última instância, agimos.

Se formos filmados o dia todo, não faríamos determinadas coisas que fazemos.

Assim, quanto mais filmados formos, mais vamos mudar a nossa maneira de estar no mundo.

Concordas?

Ou vamos tentar arranjar formas de fugir das câmaras.

(De qualquer forma, seremos afetados por elas.)

Todos o setor produtivo (chamado negócios), assim, bem como toda a sociedade,  está fortemente baseado no controle da informação, ou o controle das câmaras e quem pode filmar o que.

Se há centralização na filmagem, controlo quem filma.

Se há uma ruptura na filmagem, tenho que mudar minha maneira de ser, pois outros vão filmar e divulgar o que faço.

O que antes não era possível!

Assim, uma mudança no controle da informação altera como a sociedade, age, fala e pensa.

A tendência humana para o “pecado” para passar por cima das regras é um fato corrente.

O que garante que tais “pecados” não ocorram, é justamente o controle social.

O controle social é feito, a partir da menor ou maior transparência da sociedade.

Portanto, pode-se dizer que:

Os negócios  e a sociedade são regulados pelo controle social e quanto mais houver transparência, mais terão que prestar conta para a sociedade e mais éticos terão que ser, ou parecer ser.

A revolução informacional da Internet, basicamente, retirou da sociedade um tampão de determinada sombra, só possível pelo poder centralizado da Idade Mídia.

Os negócios das empresas (e os atos sociais dos governantes) eram feitos contando com a sombra que a Grande Mídia projetava sobre seus atos.

Os pecados – que sempre vão existir – eram escondidos e a “regra do jogo” permitia coisas,  maneiras de pensar e agir, um status quo compatível com determinado nível de sombra.

Sem a sombra passada, cria-se outro ambiente social.

Não é comum pensarmos nessa reengenharia, mas ela é bastante interessante para efeito da compreensão da passagem da sociedade pré e pós Internet:

Não existe ser humano bom ou ruim, mas seres humanos regulados pela capacidade de serem descobertos e punidos pela sociedade, por cometerem ações que sejam consideradas danosas para o coletivo.

Assim, radicalmente muda uma sociedade – e todos os seus componentes – quando temos uma mudança radical na sombra que protegia determinados atos.

Há, na verdade, hoje uma reestruturação social para se adaptar a esse novo período de menos sombra, como ocorreu com a chegada do livro impresso, há 550 anos, que solapou o poder obscuro dos reis (escolhidos diretos por Deus) e da Igreja (que confirmava esse norma).

Uma revolução da informação traz, no fundo, uma mudança na sombra e altera toda a maneira da sociedade se comportar.

É a explicação que encontro para as revoluções que ocorreram depois da chegada do livro impresso (Francesa, Americana, Industrial, Russa), pois estava se compatibilizando a “velha sombra” com a “nova sombra”.

Coisas que eram feitas no período da sombra da Idade Mídia (rádio e tevê) também não poderão ser feitas mais na Era do Youtubes da Idade Digital.

Esta é a semente do Capitalismo 2.0 e da Civilização 2.0, que obriga a mudar pelo perfil da nova sombra.

Revoluções virão!

Quando falamos em projetos 2.0, na verdade, estamos nos referindo basicamente a um ajuste entre uma maneira de pensar e agir dentro da sombra 1.0, para esse novo momento, da sombra 2.0, que também existe, porém com espaço mais reduzido.

As sombras produzem, mais do que tudo, maneiras de pensar, pois o que se podia fazer antes não se pode mais e, portanto, eu adoto essa nova conduta como sendo minha.

Deixando de ser algo que faço por opção, mas por falta dela.

Obviamente, que pessoas, grupos e organizações que já agiam no dia-a-dia como se não houvesse aquela sombra saem na frente.

São aqueles que são honestos e éticos, independente das câmeras, que são a exceção para justificar a regra, pois sim existem, porém raros.

(Ser ético, podendo se esconder na sombra é exemplar.)

Porém, as outras que não seguiam essa norma, por que não era obrigatório, agora passam a ter que segui-la.

Essa é a mudança mais radical que estamos enfrentando na passagem da Idade Mídia para a Idade Digital.

Mudanças de conceitos e atitudes, a partir da nova sombra 2.0.

O que nos leva a pensar que as melhorias nas sociedades humanas não eram ou são regidas por “evolução humana voluntária”, mas reguladas pelas sombras que – ao longo dos séculos foram diminuindo, em função de novas mídias, que nos foram obrigando a ser menos “pecadores”.

Concordas?

PS – a sombra 2.0 não vem no mundo à toa, aparece, em função do crescimento populacional que precisa de mais espaço para inovar e alimentar de forma criativa 7 bilhões de almas. Ou seja, quanto mais formos, menos pecadores teremos que ser, pois  mais gente significa menos espaço para ir contra o coletivo. Sugiro ler o post de amanhã!

Diário do blog – esse texto marca a passagem da minha percepção que já vinha desenvolvendo da relação de sombra e luz. O que há de novo é o conceito Freudiano de que o homem é inimigo da sociedade. O que o faz seguir a norma é a capacidade da sociedade de contê-lo,  que faz o link com o controle da informação. Se muda o controle, o que o humano fazia de um jeito, passa a fazer de outro, por falta de opção. Nova etapa nas reflexões 2.0: Freud era uma peça do quebra-cabeças, que faltava.


Não acredito que a literatura revela a realidade, acho que inventa a realidade – Ferreira Gullar da coleção;

Um dos grandes problemas cognitivos com o qual me deparo é a crença enraizada e generalizada de que a realidade existe.

Falo isso por experiência de aulas, palestras,  tanto que passei a introduzir como tema inicial a discussão “O que é a realidade?”.

(Será só no Brasil? / Talvez, isso se dê em função do fim das aula de filosofia nas escolas (???) / Tudo tem um preço!)

A filosofia estuda como pensamos.

E coloca entre a dita “realidade” e nós, algo no meio, um fosso.

Assim, não olhamos a realidade com nossos olhos, mas através de “óculos culturais”. Quanto mais invisível for este óculos, mais você é enganado pela “dita realidade”.

Alguém colocou o óculos na sua cara e você não se deu conta!!!

Nesse fosso filosóficos estuda-se nossas maneiras de pensar.

Cada um escolhe uma, ou mais normalmente, é escolhido por elas, pela família, escola, meios de comunicação de massa, grupo fechados de amigos.

(Precisamos de aceitação e cedemos sem sentir.)

Quanto mais você escolhe sua filosofia, mais você é.

Quanto menos, menos és.

Vão duas frases boas sobre isso:

  • Aos poucos fui tentando transformar não mais as coisas, mas a mim mesmo – Herman Hesse;

e

  • Pensar pela própria cabeça implica o enfrentamento dos dogmas –Gustavo Bernardo;

Pois ser é ter o direito a escolher, entre tantos, ao longo do tempo, o seu jeito de ser e pensar e ir mudando e se adaptando, a partir da interação com o mundo e os outros.

Ser é viabilizar nosso novo jeito de pensar o mundo!

Ou seja, somos seres filosóficos, conscientes ou inconscientes.

Ao adotarmos determinadas “verdades”, na qual a realidade se cristaliza, se embrutece, se consolida, levamos ao mundo dogmas fechados.

E nos dogmas, ideologias, crenças, fés não se mexe.

Já que:

“Estou no caminho “certo”!!!”

(Eu e todos os meus amigos e minha tribo, seja lá qual seja ela.)

Porém, se alguém está no certo, outro está no errado.

Deve-se trazer o outro para o certo.

E/ou criticar o outro, discriminá-lo, em alguns casos, até apredrejá-los.

Quando alguém diz que é XXXX, pertence a raça YYYYY ou tem o sangue WWWW.

Já está no Dogma.

Os defensores do caminho certo versus o errado acreditam que a sua vida, por consequência, é um exemplo para a humanidade, tanto de ética como de moral.

Ou seja, há um caminho certo: o meu!

É uma filosofia dogmática da ética e da moral.

Pois, para eles, o ser  ético precisa se enquadrar dentro de uma caixa.

Porém, pode-se ser ético, sem ser imoral, ou abusivo.

E sem ter caixa, mas aberto para a relação com os outros.

O que chamaria de sabedoria.

Veja alguns aos quais me guio e note que neles não há uma norma atribuída por terceiros, mas sempre por quem a segue:

Coerência de Gandhi:

“Tens que ser a mudança que queres para o mundo”.

Respeito ao outro, Jesus:

“Não faça ao outro, o que não queres que faça contigo”.

E agente de mudança, com serendidade – dos AAs e similares:

“Que eu tenha serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que eu posso,
e sabedoria para que eu saiba a diferença”.

Note que nos três casos há um dado relacional, nestes princípios nem Gandhi, nem Jesus nem o AA definem como será a sua conduta no mundo.

Simplesmente, sugerem que use-se (auto-conhecimento + sabedoria) para se ter como referencial, aberto, sem líderes, no livre arbítrio, para que não leve ao outro aquilo que não queres para você, seja coerente e use a sabedoria para saber o caminho do que pode mudar ou não no planeta, sem ser passivo ou maluco.

E aí entra a questão da viabilidade existencial, que dá um outro bom ponto de referência. É preciso tudo isso e ainda ser sustentável.

Ninguém vai para a praia de smoking no verão de sol de 40 graus, pois é inviável, não é uma questão de certo ou errado.

O mesmo no trabalho, é preciso criar condições para que nossa maneira ética de estar no mundo se consolide.

E isso implica em economizar (não cair na lábia do consumismo), ter recursos, para escolher, optar e poder dizer não quando os limites dos princípios definidos por cada um estão sendo transpostos.

O viável depende de cada pessoa, de cada situação.

E essa ética relacional, não dogmática, que estamos precisando, ainda mais em um mundo de constante interação e inovação, como este que estamos entrando…

Tudo isso sempre sabendo que a realidade é inventada e depende de nós torná-la mais humana na medida das nossas forças.

Que dizes?

Pós- post: a questão do viável não foi bem explorada, volto ao tema depois.

Pessoal, vale a pena ler com calma a entrevista do Valor sobre redes sociais.

É a principal dica que fica do Encontro IV.

Vejam o caderno aqui.

  • Você tem que ser a mudança que você quer para o mundo – Gandhi – da coleção;

As atitudes dos grandes portais colaborativos 2.0 já demonstram uma verdade dolorida para os tecno-otimistas de plantão.

Os caras tem carro 2.0, terno 2.0, óculos 2.0, mas não atitudes 2.0.

Há, como já se disse, tecnologias 2.0 e filosofias 2.0, que são coisas bem distintas.

As primeiras chovem torrencialmente.

As outras pingam a conta-gotas!

O mundo 2.0 tem por baixo uma filosofia, ou várias, do compartilhamento humano, da comunicação horizontal, do questionamento dos direitos autorais no modelo da Idade Mídia.

Da valorização e do afinamento entre o que se diz e faz.

É uma herança do mundo hippie/socialista/igualitário/meritocrático/empreendedor (Leiam Castells “Sociedade em Rede”), que deu na indústria do computador, na rede e nos projetos inovadores, como o Google, o Facebook e o Twitter.

Os caras entraram no mercado, mas deveriam manter uma atitude coerente com a filosofia que propagam em seus projetos.

Mas não.

Isso é papo de folder!

O Facebook resolveu processar um site de professores, que trocam material de sala de aula,  por ter usado o nome Book.

Também forçou o PlaceBook site de viagens para alterar seu nome para TripTrace início deste mês.

Não satisfeito, quer ser o dono da palavra Face na Internet para projetos de rede social.

Pera aí!

Os professores processados se perguntam: “Por que nós? Com que direito? Um gigante de 500 milhões de usuários preocupado com o nome Book? Isso é justo?”

Teacher e book tem tudo a ver, há muito mais tempo, do que o Facebook dar a primeira mamada na mamadeira 2.0.

Na próxima vez que o dono do Facebook vier ao Brasil seria bom perguntar para ele, com aquela cara de inovador e gênio da raça se existe coerência nessa atitude.

As contradições não param por aí.

O Goggle vai na China e aceita censurar as páginas.

O Twitter cancela contas (aconteceu com uma das minhas alunas) manda um e-mail enigmático por motivos técnicos de muitos RTs (!!!???).

Pensa-se que terão um perfil no Twitter para atender possíveis enganos?

Há, há, há… (risos sonoros)

Os caras devem beber na sexta-feira rindo desse pessoal que acredita no Twitter e nas ferramentas 2.0.

No atendimento pelas redes sociais. (Quá, quá, quá.)

Lá fora, tudo bem, mas aqui é capitalismo 1.0, meu!

OK, Brô?

E a coisa não pára.

O pai do termo Web 2.0 (Tim O´Reilly – foto abaixo) quis patenteá-lo e chegou a tentar processar uma garotada que ia fazer um encontro usando a expressão, depois da grita, recuou.

O Chris Anderson escreve o livro “Free” (para os outros), mas é vendido, sem alternativa na Web, pois tem o leitinho das crianças !!!!

Ué, se é assim, deveria ser.

“O Free é bom, desde que nos livros dos outros”

A Nokia que fala que é uma empresa moderna desenvolve sistemas de controle de ceulares para o Governo do Irã contra os manifestantes.

(Será que tem gente que pode ser apedrejada por causa disso?)

E o Wikipédia cria uma panela de especialistas, que ficam lá atrapalhando a criação coletiva.

Ou seja, o mito que a tecnologia colaborativa faz da pessoa um ser especial, ou que seus projetos vão nos levar ao Nirvana na terra.

Sei não!

Falta filosofia e coerência.

Assim, vou de Gandhi na entrada:

“Tens que ser a mudança que queres para o mundo”.

E de Jesus (mesmo que ele não tenha existido) (sem ser religioso ou dogmático) no prato principal:

“Não faça ao outro, o que não queres que faça contigo”.

Por fim, a centralização dos projetos de redes sociais na mão de poucas pessoas é algo que vai mais adiante ser incompatível com o mundo 2.0 colaborativo.

Começam, aqui e ali,  projetos para fazer redes sociais sem centro.

A garantia da democracia humana vai passar por essa descentralização, pois estamos dando muito poder para pouca gente, que pode, a seu critério, criar critérios, já que tudo é de graça.

Assina-se ao entrar, algo que não lemos e não temos alternativa!

Já disse em palestra e repito aqui:

O Orkut é apenas um servidor num lugar qualquer, uma máquina ligada (ou várias), sobre a qual o Google tem o poder de desligar a qualquer momento.

Pling!

Espere o dia que o pessoal de lá achar que já não é mais legal brincar no Brasil.

Ou resolver estabelecer regras heterodoxas.

Isso pode, aquilo, não.

Podem ou não podem fazer isso? Paranóia?

O caso do Twitter me diz o contrário.

(Se acaba, o que vai ter de gente tremendo por aí com crise de abstinência, vai ser uma festa.) 🙂

Anote: isso não é #fake é #fato!

Concordas?

O valor é um sabonete difícil de segurar – Nepô;

Coloquei a polêmica no ar, ao defender o fim do livro impresso.

(Comentários entusiasmados aqui e aqui.)

Provocar é bom.

Um blog é um espaço de provocação para tirar as pessoas do conforto e extrair o que pensam sobre determinado assunto.

Ajudamo-nos todos a pensar juntos e ir avançando sobre o que pensamos, já que a realidade não existe, apenas nos aproximamos dela.

E quanto mais nos aproximamos, mais ampla fica.

Defendi que a cada livro publicado deve ter um exemplar de graça na Internet.

E acho que isso, ao contrário, do que se pensa vai gerar muito mais dinheiro do que não colocá-lo, pois tende a aumentar a base de interessados, leitores, que serão consumidores de outros produtos, que gerem valor.

Os mais reticentes vêem nesse movimento do DE GRAÇA mais um gesto oportunista do brasileiro que não quer pagar nada, da pirataria, de não respeitar o trabalho alheio.

Têm motivos, pois há muito disso, porém, não é o caso por aqui.

Sugiro mentes abertas para separar o mouse do teclado. 🙂

Então, como vai sobreviver a indústrias (e seus trabalhadores)  que produzem hoje os livros impressos?

O problema é que o dar de graça para gerar valor, não é algo que surgiu com a Internet.

Veja que o modelo do rádio, da televisão foram baseados justamente nessa lógica: de graça, para vender anúncio.

Na época, muito capitalista achou que era um modelo fadado ao fracasso.

Como já nasceu assim, ninguém estranha.

E se montou uma mega-indústria em torno dessa lógica aparentemente ilógica de se ganhar dinheiro.

E quem diria tempos depois que haveria uma tevê paga, como a do cabo? E todos pagaríamos por ela!!!

(De volta, o sabonete do valor, que escorrega na “banheira” social…)

Não seria um absurdo imaginar que se pagaria para ver tevê?

(Se fosse algo estatal diria-se que se caiu a qualidade para justamente vender depois algo que era de graça. 🙂 )

O valor, entre outras coisas,  é dado por alguém que quer comprar e outro vender.

E quando se têm novas tecnologias cognitivas pela frente, o que gerava valor informacional ontem pode não gerar mais amanhã.

Vide a indústria do som, incluindo a da música, que empacotava e distribuía, com seu monopólio –  e hoje não faz mais sentido algo assim.

O valor migrou, não a vontade de ouvir música.

O Google é o exemplo disso.

É tudo de graça e é uma das marcas mais valiosas do mundo.

Vendem anúncios personalizados, que será um dos caminhos das editoras.

Se o de graça fosse loucura, teríamos que repensar o modelo da TV Globo. E ninguém pode dizer que a Tv Globo é um hacker do mal, ou que está falindo por que adotou aquele modelo.

Ou seja, hoje vivemos com a cabeça que um livro custa para ser feito e deve ser pago para ser consumido.

Mas se for para a rede direto, o custo da produção será muito menor do que é hoje, certo?

Há um custo, mas o grosso do investimento –  que era imprimir e distribuir – acaba.

Vira-se para a outra opção, o livro de mercadoria final, passa a chamariz, para vender o que estava lá dentro: conteúdo, de outra maneira, podendo na versão de graça na rede, ter anúncios personalizados.

Livro sobre jardinagem?

Mecânica? Aeromodelismo?

Imaginem só!

Pessoas vivem dessa lógica atual de geração de valor e associam que acabar com ela é colocar gente desempregada, por causa de um “malandros que não querem pagar!“.

Pior que se acha que são as editoras que resistem, mas são os próprios leitores que se sentem violentados na sua relação amorosa com o suporte que muda.

É um paradigma cognitivo que envolve quem faz e quem consome!

Porém, já se viu que há momentos em que o de graça/chamariz gera negócio, dá emprego e pode sustentar muita gente.

Ou não?

O que se deve passar agora é tentar compreender aonde está o valor dessa indústria baseada na venda de textos?

(Pois não acredite no mito de que uma editora vende livros, pois isso é falso. Ninguém compra papel, mas conteúdo, ideias, informação.)

O futuro das editoras não será muito diferente do que o Google apresenta, a Tevê apresentou antes ou o rádio.

Veja o caso da TV Globo.

Ela contrata atores, que ganham para serem do “cast” da emissora.

Podem até não fazer nada, mas ganham para estar lá, uma novela aqui, um programa acolá.

Eles valem pela sua imagem.

Não é assim?

Os escritores devem seguir a mesma lógica dos atores globais.

Os escritores de best seller  já tem algo parecido – só que para produzir livro.

Isso vai mudar, como já está, principalmente, os que pensam sobre o mundo dos negócios, da ciência, da vida, etc?

(O caso dos romances, poemas, de arte, etc são casos particulares, que vão se perpetuar por mais um tempo, até que estes primeiros – os mais técnicos e didáticos – consolidem o novo modelo.)

Quem vai financiar estes contratos dos escritores do cast das editoras?

Todos nós.

As editoras estão baseadas hoje no empacotamento destes escritores em livros, que ainda vão render dividendos, mas cada vez menos.

Cada vez mais as pessoas vão querer ter contato com estes pensadores, seja em uma palestra, em um seminário, em um DVD com um tema específico.

Por vários motivos:

1) a cabeça dessas pessoas vai mudar muito mais rápido (interação, mais inputs, reflexões, etc), os livros estarão desatualizados muito mais cedo, portanto, vão perder o valor muito mais rápido. Vai se querer o pensamento da hora e não do semestre passado!;

2) o livro não permite a interação direta, como o que está pensando agora, ou o que ainda não pensou sobre um tema específico. Um pensador pode dar boas ideias em vários campos e será estimulado a pensar sobre eles, por demanda;

3) o livro pode ser copiado, perde o valor, pois pode circular nos bastidores, o autor será sempre algo sem possibilidade de cópia, ainda mais se estiver num processo de cognição constante e questionado sobre novas questões diante de uma nova platéia.

Tudo que rolar depois dos encontros é sub-produto e pode ser vendido como valor agregado.

  • DVDs para uma empresa circular para quem não foi;
  • Livros personalizados;
  • Audio-books para serem ouvidos no MP3, celulares, etc.

Quando estes “escritores” do “cast” das editoras produzirem de forma personalizada todos vão ganhar dinheiro, pois serão encontros de todo tipo dos grandes ao pequenos.

(Veja modelo embrionário nessa direção aqui da O´Reilly, promovendo seminários sobre o mundo 2.0. Já fui em um e tinha milhares de pessoas!!.)

Quem quiser consumi-lo ao vivo vai pagar.

Na rede será de graça  para que possa ser cada vez mais conhecido e ir ganhando status na bolsa dos palestrantes da editora de pensadores.

Se houver demanda para livros impressos, ótimo!

A pessoa encomenda e recebe em casa, em dois dias.

E se for algo muito procurado, manda-se uma quantidade boa para as livrarias, que vão se tornar cada vez mais encontros entre pessoas e espaços para palestras, uma tendência, aliás.

Sim, acredito que vai ter espaço para aqueles que não abrem mão do papel ( será que vão ser xingados nas ruas como anti-ecológicos?) 🙂

Os salários dos palestrantes será definido pelo número de seguidores, de valor de sua área de atuação e do quanto seus textos de graça na rede são baixados.

A rede será a ferramenta de pesquisa – de graça – para as editoras separar o joio do trigo.

E tomar decisões estratégicas em quem investir.

Entra a meritocracia.

Se a editora quiser apostar em valores novos, que não têm Ibope, continuarão no seu papel de “perceber potenciais”.

O livro impresso passa a ser um sub-produto de tudo isso.

E não o carro-chefe como é hoje.

O que era o único canal, agora vai passar a ser o menos valioso.

O pessoal que está preocupado com as mudanças no livro impresso, deveria, ao contrário, se preocupar com a não-inovação, pois editoras falidas não interessa a ninguém que gosta de ideias circulando!

O que pode nos levar a ver o leitinho das crianças  derramado!

Que dizes?

Partido 2.0

  • A essência do 2.0 é dar poder a quem tem que ter o poder. Todo o resto é acessório, dando suporte a esse processo – André Cardoso;

Bom, eleição definida e como ficamos?

A proposta vencedora, Dilma/Lula, é anti-histórica.

Ou melhor, é o retorno da história com outras cores e barba.

Um governante que cuida do povo e não governa.

(“Na verdade a gente não governa. Deve ter sido um intelectual que criou essa palavra governar. O que nós fazemos é cuidar do nosso povo. A palavra correta é cuidar do nosso povo”.  Ver aqui)

Alguém que ama e sabe o que o povo quer.

O povo fica lá paradão admirando seu líder.

Isso é Neo_Pai_Getúlio_Forever.

Isso vai contra o mundo 2.0 da participação em rede.

Parece que está todo mundo indo para a praia e nós para a montanha.

Ok, o Lula não está errado, pois havia esse brecha e ele entrou.

Podia ter sido um estadista, mas preferiu ter 70% de aprovação.

Os grandes estadistas só são entendidos depois (assim como os artistas geniais).

Geralmente propõem mudanças, conseguem, saem questionados, mas a história os redime.

Quem dá o povo o que ele quer, não o coloca um passo adiante!

Para quem veio para mudar, 70% de aprovação é bola fora.

Foi o Governo do Zeca Pagodinho, deixa a vida me levar.

(Desculpem-me os dogmáticos.)

Muito bem.

E o Serra?

O Serra também é a-histórico.

A social-democracia no terceiro mundo passa por inclusão social radical e não periférica ou de maquiagem.

A que está aí – modelo PT ou PSDB beneficente da feira da providência – está colocando gente no super-mercado, mas não no mercado.

Não está independendo as pessoas, pelo contrário, cria a dependência para a perpetuação do pai e da mãe no poder.

Do Estado pai agora Estado mãe.

O PT FOI  o primeiro partido brasileiro que falou em “empoderamento das bases”, criou núcleos descentralizados de debates e ainda o orçamento participativo.

O PT foi  2.0  e não sabia.

Capotou na curva do poder pequeno.

Um partido social-democrata tropical deve tentar algo inclusivo/competitivo.

Não se pode falar em mercado, competição, estrada, aeroporto, correio, celular, privatização, se as pessoas nem sabem o que isso significa, pois nunca viram um avião, só pela tevê em preto e branco.

Nem mesmo política externa a favor das liberdades no Irã, em Cuba, quando muita gente no Brasil vive em Estados ditadores, sob o jugo violento, criminoso e repressivo do tráfico de droga, que é tão radical quanto um Fidel ou um Armadinejad.

É preciso, antes de tudo, fazer com que os excluídos sejam incluídos na dinâmica do mercado e isso se faz com empreededorismo, associativismo, cooperativismo, capitalismo 2.0, na veia.

No qual as pessoas passam a lidar com o mercado de forma pró-ativa e depender deles, querer um bom correio para mandar encomendas, precisam das estradas, começam a andar de avião, querer banda larga.

Além de não achar que saúde e educação é um favor de quem cuida dele, mas ter consciência que o Estado é um serviço público, de servidores públicos.

De quem deveria servir, por obrigação, e não cuidar, por amor ao povo.

Ou seja, querer eficiência e não bolsa-qualquer-merreca.

O celular é o exemplo mais típico.

Todos dependem dele para trabalhar.

Imagina se não tivessem hoje nas mãos da iniciativa privada?

O problema é que a parcela interessada em Brasil competitivo nem sempre quer incluir essa massa da população.

São elitistas.

A maioria que ganha dinheiro no país é assim, de costas para a massa.

Gente como essa está pagando um alto preço na Venezuela.

Ou muda, ou afunda!

No voto, na democracia, na pós-ditadura, a população escolhe quem olha por ela, seja populista, autoritária, de direita, de esquerda, do céu ou do inferno.

Estão na dela.

Não é o povo que escolhe?

Assim, é preciso incluir de forma pró-ativa no mercado, de forma a criar interdependência e não dependência.

Convencer com fortes argumentos que é esse o caminho possível.

Ter uma proposta honesta para as pessoas e dizer isso sem medo em todos os lugares, durante muito tempo, com um projeto de país e não de poder.

A Marina toca um pouco nestes pontos, quando propõe uma aliança nacional contra a corrupção unindo setores comprometidos com a inclusão e a democracia.

Por isso, voto nela, mas não a vejo AINDA com essa visão geral da passagem de um ambiente 1.0 para outro 2.0, que vai envolver todos os países, mais dia menos dia.

Tomara que ela funde uma oposição decente e não se alie aos vencedores, o que representaria uma grande derrota do futuro.

É preciso, além disso, aliar a inclusão com a percepção da mudança que a revolução informacional traz, revendo absolutamente tudo, da escola, governo, parlamento, empresa.

Esse novo partido dever ser um partido 2.0, que dá cidadania, participação e inclusão e usa a rede digital para unir as pessoas e decidir seus destinos, tanto no social, político e econômico.

É a refundação do empoderamento das bases, mas não para acabar com o capitalismo, mas para revitalizá-lo em direção ao futuro mais colaborativo e ecológico.

Com 7 bilhões de pessoas (Brasil com quase 200 milhões), precisamos cada vez mais de inovação e produção acelerada e não de centralização.

Que dizes?

Matéria instrutiva sobre o tema:

“Chávez viu sua popularidade cair recentemente, em meio à recessão, a uma inflação que passa de 30% e ao aumento da criminalidade. Em 2008, a aprovação do presidente estava acima de 70%, segundo a maioria dos institutos de pesquisa do país.”
http://br.noticias.yahoo.com/s/27082010/87/economia-chavez-corre-risco-perder-controle.html

O uso de dois pesos e duas medidas também costuma ser chamado de hipocrisiaRodrigo Constantino – da coleção;

Segundo Houaiss, Hipocrisia é o ato ou efeito de fingir, de dissimular os verdadeiros sentimentos, intenções; fingimento, falsidade.

A hipocrisia é a cortina social entre o que falamos para todos e o que fazemos, no particular ou até no público, mas não queremos que joguem luz.

Gandhi propunha menos hipocrisia na ação do mundo ao defender que:

Você tem que ser a mudança que você quer para o mundo”

Nesse buraco está a diferença entre a intenção e, de fato, o que se pretende.

A hipocrisia da sociedade é maior ou menor, conforme o controle dos filtros de informação.

Quanto mais controlada for a informação, mais hipocrisia, por tendência, teremos, pois se dirão coisas que não se poderá comprovar, na prática, se estão coerentes com o discurso.

Todo regime autoritário nos leva a fechar a mídia para esconder os fatos.

Já vi gente defender a volta da ditadura, pois adoram hipocrisia.

É melhor não saber, ou pensar, vamos fingir que não existe.

A Internet é uma revolução da informação que vai refazer a nossa civilização justamente rever a hipocrisia 1.0 e criando a hipocrisia 2.0. 😉

A 1.0 era baseada na escassez.

A 2.0 no excesso!

Vamos construir uma nova sociedade, com novos valores, sendo que a hipocrisia atual ficará velha e criaremos uma nova, verdinha, que aos poucos vai amadurecer, pois os hipócritas são espertos.

Antes escondia-se atrás de pouca e agora de muita informação.

“Deixa falar, ninguém vai ler”.

A diferença é que pode bombar, e aí.

É mais avançada, sem dúvida.

A informação está lá, mas há que se ter um esforço para ser difundida, pois a vida em sociedade é essa eterna luta para reduzir (mas nunca acabar, pois é impossível) o espaço contra os abusadores do bem comum.

Uma sociedade saudável é aquela que recicla sua hipocrisia em menos tempo e vice versa.

Sobre esse assunto a Ombudsman da Folha, Suzana Singer, reclamou domingo passado da cobertura do seu jornal nas eleições. Concordo com ela, não só a Folha como os demais estão acomodados. É bem mais barato cobrir tudo pela Web e não correr atrás de fatos…

Diz ela:

“Até agora, a cobertura eleitoral tem se concentrado na campanha, no diz-que-diz de cada candidato, no que se vê na TV (…) A “missão impossível” é romper os limites impostos pelos candidatos e enveredar por terrenos ainda inexplorados (…) como financiamento de campanha (…) É preciso ainda avaliar profundamente as políticas adotadas pelos principais candidatos e discutir programa de governo, se os partidos se dignarem a produzir algo que mereça esse nome”.

O problema é que nossa imprensa é viciada no release.

O jornalismo de hoje é o da cadeira e do computador.

E não da apuração.

É o salto que precisa ser dado!

Um dos impasses da mídia é que ela quer continuar a ser aquilo que a sociedade não precisa mais.

(Assim como as editoras de livros.)

Questionar qualquer autoridade baseada em discursos, análises, etc, qualquer blogueiro até faz e, talvez, melhor.

Só um jornalista pode  ter tempo, já que é pago para isso , de posse de uma carteira de imprensa, que lhe dá o direito de ter acesso a lugares e documentos que o cidadão comum não tem.

E perguntar o que deve ser perguntado para as autoridades.

É isso que precisa ser incentivado, é a sombra que está ainda sem luz, mesmo com a Internet.

Aquilo que não vem para a rede deve ser forçado que venha.

E jogada luz para se destacar no palheiro.

Estamos no início da batalha de saber usar melhor as verdades na rede escondidas no excesso, tanto do que já está on-line, como o que vai estar e ainda nos aproveitarmos das denúncias do cidadão comum.

Esse é o novo cenário da luta contra a já nascente hipocrisia 2.0.

Reduzimos, assim, o  espaço das  mentiras  sociais, construindo uma sociedade menos hipócrita, do que a passada, porém mais hipócrita que a futura, num eterno jogo.
Que dizes?
Que dizes?


Midiocridade

O que fazer com jovens talentos? É literalmente sair da frente deles e deixá-los livres para criar – Oscar Motomura – da coleção;

Por mais que o discurso pareça velho, é atual.

As mídias de massa nos midiocrizaram.

Qualquer sociedade precisa reconhecer seus talentos expoentes para sobreviver.

Quem se destaca com visões originais, precisa exercer influência para nos ajudar a resolver nossos impasses.

Sempre foi assim.

Quem sufoca talentos, não vai durar muito,  pois os problemas sem solução se agravarão e levarão àquela sociedade a um impasse.

E, por isso, precisamos dos filtros das “celebridades talentosas”.

Quanto mais rápido saírem do anonimato para a “fama”, melhor!

São aqueles que pelo seu talentos diferenciados e originais (em todos os campos) trazem luz à escuridão.

Uma sociedade é mais ou menos conservadora pelo tempo que as novas “celebridades” passam a exercer influência.

  • As mais radicais e consevadoras, matam ou prendem os inovadores;
  • As menos radicais, não deixam que eles apareçam, destacando os medíocres (O Brasil está cada vez mais aqui.);
  • As inovadoras, os incentivam, ao máximo o novo, inclusive investindo neles.

O Brasil atual – com sua mídia centralizadora e fechada em pequenos e poderosos grupos –  sufoca novos talentos.

  • Precisamos de mais mídia, mais liberdade, nenhum controle.
  • E não menos mídia, menos liberdade e mais controle, como se quer, de ambos os lados, por aí.

A mídia de massa pode (como ocorre agora no Brasil) se tornar um canal perverso, pois coloca os poucos holofotes para os velhos e (já não mais tão inovadores)  talentos, sem espaço para os novos.

São precisos muito mais holofotes para os novos !

(Que jornais incentivam hoje a difusão de ideias de blogs interessantes, por exemplo?)

E em torno dessa mídia se cria um círculo vicioso de quem aparece é parente ou amigo (do círculo) daqueles que já apareceram.

Confete para cá, confete para lá.

(“Você está ótimo”; “Não, é você que está…”)

Geralmente,  não se chama o pessoal de fora da panela!

É a meritocracia do talento, que faz à sociedade avançar.

Quanto mais tempo a sociedade levar para revelar seus novos talentos, mais parada ficará no tempo e mais tempo levará para vencer suas impossibilidades.

Isso se reflete na mídia e se espalha em todos os campos, principalmente dentro das empresas.

A Internet se propõe a rever esse conceito, trazer meritocracia, novos canais, novas vozes.

Porém, blogueiros, pessoal que está no Youtube, que é muito seguido no Twitter não têm acesso garantido no canal oficial da mídia de massa.

Há, hoje, um abismo entre a mídia de massa e a mídia de missa!

Há o preconceito, o medo, o receio, a barreira.

Blogueiro é brega. ;(

Um blogueiro que diz coisas interessantes não vai estar nas bocas, pois prefere-se quem tem proximidade com o canal maior em nome da mediocridade automática.

E se chegar ao canal maior tem que refutar sua condição de blogueiro.

Ou um, ou outro!

E tem muito blogueiro que o fim, seu propósito máximo, passa a ser aparecer na mídia maior, perdendo justamente o objetivo que o levou a fazer o blog.

O que me leva à frase:

  • “O talento que visa só à fama; quando consegue, perde”.
  • Deixando de ser aquilo que precisamos: trazer luz à sombra.

    É completamente perverso.

    (Artistas independentes que ganha fama, geralmente passam por isso também, caindo no conto de que são especiais, pois agora são e estão “na mídia”.)

    É a nossa cabeça televisiva preconceituosa, que dá valor, cutuca, vira a cabeça para celebridades midiáticas, muitas delas, destituídas de talento e de luz para nossos impasses.

    Pessoas muitas vezes destituídas de méritos.

    Obviamente, com várias exceções à regra, que por exceção, a justifica.

    Cuidado, assim, para não incentivarmos, sem querer, o confete no Carnaval midiático, enquanto muitos estão lá atrás contando seu vil metal e fazendo tudo como nossos pais, como cantava Belchior, (um exemplo de um artista que não soube lidar com a fama.)

    Temos que rever, cada um, nossa cabeça de telenovela, pois não são “eles” que se sentem menores diante de um deus da Tevê.

    Somos nós, que telefonamos na hora para o amigo.

    Sabe quem está aqui…pertinho”

    E o que fazemos para reverter isso?

    Se o país é medíocre (e é) temos uma boa dose de responsabilidade nesse processo, já que a sociedade como um todo aceita a  mídiocracia e não a meritocracia, criando a midíocridade ao engolir  celebridades, não pelo que dizem, mas por quanto pesam (no Ibope).

    E o fundo do poço fica cada vez mais fundo!

    E sem baldinho que o alcance!

    Fica a última frase:

    “O futuro de um país pode ser medido pela falta de talento de suas celebridades”

    Concordas?

    (Eu) reador

    • Não confunda jamais conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar a vida; o outro a construir uma vida – Sandra Carey – da coleção;

    “Não quero esquentar a cabeça”.

    Esta é a frase que define a maneira de pensar do brasileiro.

    Passiva, reativa, conservadora e, pior de tudo, cancerígena.

    Só que, na prática, isso não acontece, vivemos de explosões.

    Há uma clara impossibilidade, um abuso e, estouramos.

    A raiva repentina é um sintoma de que não há equilíbrio e que, geralmente, a reação não vai dar em nada, pois é geralmente intempestiva e sem desdobramento.

    A raiva é a anti-sabedoria.

    Faz parte do sistema, quanto mais te enerva, menos energia tens para mudar.

    Quando alguém resolve fugir desse “modus operandi” vai para o oposto, questionar tudo, contra a passividade geral.

    Saímos da impotência para a onipotência.

    Ou é tudo, ou nada.

    E a raiva volta.

    A pessoa coloca a camiseta do “enfezadinh@”.

    A lição de quem trabalha com mudanças humanas radicais que funcionam, os grupos de mútuo-ajuda, tipo AA, NA etc nos traz algo bastante útil.

    (Estes grupos não religiosos e pouco estudados,  são canal interessante para diversas mudanças necessárias da humanidade. Já falei mais deles aqui)

    A base da mudança, contida na filosofia dos anônimos para tirar pessoas do fundo do poço gira em torno da “oração da serenidade“, que não é uma “oração”, porém uma maneira de se posicionar no mundo.

    É pró-ativa, voltada para o livre-arbítrio e defensora da potência, o caminho do meio, entre o tudo e o nada, destacando o papel da sabedoria, que seria a fusão e o equilíbrio entre cognição e afeto leiam:

    “Que eu tenha serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que eu possa,
    e sabedoria para que eu saiba a diferença”.

    Dentro dessa ótica, resolvi assumir que sou um Eureador.

    Um vereador, sem mandato formal, mas com mandato informal, a partir da minha sabedoria, não raivosa.

    Sou um cidadão presente, independente de qualquer coisa!

    E quando vejo que posso, ajo!

    Mobilizo-me naquilo que posso atuar.

    Nessa linha, já consegui acionando apenas os canais estabelecidos para reclamação, levando poucos minutos:

    – uma rampa para atravessar a rua perto do meu prédio, junto à Prefeitura do Rio;

    – que o bar do Santos Dumont abrisse mais cedo (5:30 da manhã) para quem pega a ponte-aérea, através da ouvidoria da ANAC;

    – que fossem tirados cones de uma rua para “moradores vips” perto do clube que frequento, via Disque Ordem, 153;

    – que fossem trocadas todas as espriguiçadeiras do clube, via reclamação na secretaria.

    – resolver um bug no sistema da Gol, no checkin, via ouvidoria.

    Entre tantas outras micro-questões desse vasto mundo.

    Pode ser pouco, mas, confesso que me sinto muito mais brasileiro e cidadão depois dessas “besteirinhas” conquistadas.

    Quando encaro minhas “micro-conquistas” me agiganto, consciente da minha pequenez, diante do planeta!

    Sou ativo, porém não onipotente!

    Ou seja, o Brasil não está melhor como poderia, pois nossa cultura é a de nos preocuparmos com aquilo que não podemos mudar e não tomamos atitude com aquilo que podemos.

    Simples assim!

    Não queremos esquentar a cabeça.

    Um país que não assume a sua potência de cada um no seu espaço.

    Precisamos sair desse fosso entre a (im) e a (oni) potência.

    (Já falei mais sobre isso aqui.)

    É nesse espaço que um Lula e uma Dilma se arvoram no direito de ser nossos papais e mamães.

    E darem na boquinha tudo que precisamos.

    Fiquem aí que mamãe já vem!

    No fundo, eles têm, uma certa razão, pois conseguem ter a esperteza (oportunista?) de perceber que, sim, que queremos continuar filhinhos, desde que fiquemos na aba deles.

    E para sair desse impasse, só com sabedoria!

    Concordas?

    Aquele que não conhece história, está condenado a repeti-la – George Santaiana – da coleção;

    Comecei aqui uma nova jornada de estudos, através da Filosofia da Tecnologia.

    A nova área  visa não mais acompanhar como anda a tecnologia (algo praticamente impossível e sem nexo) para como pensamos sobre tecnologia (algo factível e com nexo), já que se soubermos como pensamos sobre teremos mais facilidade de saber como vamos usá-la.

    Parece óbvio, mas não é prática.

    Nessa linha, é importante conhecermos a  fonte que bebemos, antes de analisar o teor de “cloro” da água e os seus resultados após ser degustada.

    Temos três grupos de tecno-pensadores:

    • Os alternativos (blogueiros, que não estão na grande mídia e exercem influência menor);
    • Os midiáticos (blogueiros, ou não, que publicam livros, geralmente sem colocá-los na rede para leitura, com forte poder de influência);
    • Os acadêmicos (geralmente não blogueiros, que publicam artigos científicos, com influência também menor).

    E misturas entre tudo isso, alternativos acadêmicos,  acadêmicos midiáticos ou midiáticos acadêmicos.

    Como a vida não é simples, nem preto e branca, sigamos.

    Podemos dizer, assim, que quem faz a cabeça do mundo sobre tecnologia, principalmente as cognitivas (Internet no meio) são os midiáticos, apesar de sofrerem influência e pressão dos alternativos e acadêmicos.

    Normalmente, os midiáticos são americanos (Shirky, Anderson, Keen, Tapscott, O´Reilly, entre outros).

    Portanto, a maior parte dos conceitos e estratégias que temos sobre Internet são produzidas, concebidas, consumidas e digeridas, a partir de tecno-pensadores midiáticos americanos, que têm, entre eles, algumas características em comum:

    – geralmente, não baseiam seus argumentos na história, seus livros começam no hoje e falam do futuro, como se não houvesse passado. Isso é, provavelmente, a influência da cultura do aqui e agora, do a-historicismo cultural, que temos uma descrição no bom livro do Guy Debord (francês):  Sociedade do Espetáculo;

    (Nele, ele diz: Um Estado em cuja gestão se instala por muito tempo um grande déficit de conhecimentos históricos já não pode ser conduzido estrategicamente – Guy Debord;)

    – ideias sem origem, prendem mais o leitor a seu dono, o que cria uma dependência cognitiva, forçando a ler o próximo livro;

    – geralmente, são leitores de textos em inglês, com pouco espaço para estudos de autores de outros idiomas. Nós lemos eles, mas eles não nos lêem. (Engraçado, pois nossos gurus estão em desvantagem, pois têm menos opiniões sobre o mesmo assunto, comparado aos demais que lêem bem em inglês, o brasileiro lê espanhol e vice-versa)

    Ou seja, os  que menos interagem no planeta interconectado, são os que têm mais palco!

    – e geralmente são muito pragmáticos, pouco teóricos e, muitas vezes, avessos a tudo que pode se chamado de teoria, mesmo aquelas consistentes.

    Consumimos e defendemos ideias desses pensadores.

    Temos que, claro, ressaltar seus méritos, pois existem.

    Mas saber das limitações, para complementá-las, o que normalmente não é feito.

    Engolimos anzol, chumbada e – às vezes – até o molinete!

    E a nossa prática se espelha nesse conjunto de premissas, digamos, limitada, apesar de acharmos que temos “a verdade”, sem saber que tal “verdade” é construída por alguém.

    (Assemelha-se ao filme Origem, quando vamos ao ponto em que estão fazendo a nossa cabeça. Ver mais sobre isso aqui.)

    Fazemos, por que pensamos, a partir do que consideram bacaninha.

    O que explica nossa grande dificuldade de superar alguns conceitos sobre Internet e compreender a marginalização de algumas ideias importantes.

    Reflete, por exemplo, na não difusão em maior escala nas ações relevantes de grandes empresas e governos dos conceitos, tais como os de Lévy e Castells, que vão procurar estudar a história para entender o que estamos passando.

    E justifica o estranhamento quando esse tipo de visão é passada, como se fosse algo do outro mundo.

    Sim, é de outro mundo: não-americano!

    (Ressalvo que não há  pré-conceito contra o que vem dos EUA, pois tudo que é bom, seja de onde vier, vale a pena, não se pode é ser apenas de um lugar só.)

    Na minha tese de doutorado, quem se destaca e aparece com força é Pierre Lévy, que é Tunisiano, que fez o contra-ponto a essa visão a-histórica.

    (Parece que não lêem Lévy nos EUA!)

    Seus livros partem da compreensão da rede, através de um estudo da história da cognição humana, o que nos dá um sentido amplo para entender o fenômeno.

    Outros que seguem na mesma linha é Castells (Espanhol) e Burke (Inglês).

    Todos fundamentais para compreensão do fenômeno.

    Todos menos midiáticos e um pouco mais acadêmicos, porém de comunicação fácil.

    Lévy, que parece ser casado com brasileira, vem muito ao Brasil.

    Castells nem tanto e Burke, idem.

    Se vieram, foi sem grande fumaça.

    Ficando com influência menor na nossa maneira de pensar.

    Notem que a influência na maneira de pensar negócios no Brasil é muito forte e tem se passado para a visão que temos da Internet.

    Temos um “espírito de índios esperando as caravanas chegarem na praia“.

    Vide o espaço que damos ao importado, by EUA e como pouco valorizamos o que é produzido aqui ou em outras praças.

    Isso nos remete a uma discussão ainda maior sobre modelos dos eventos no Brasil sobre tecnologia, futuro, internet, etc..

    São na maioria uni-direcionais, um palestrante por vez, sem debate entre pensadores, sem interação forte com a platéia.

    Não se paga ao palestrante brasileiro, só aos que vem de fora e geralmente os caras que nem sempre vão agregar, geralmente, para falar coisas até mais básicas, do que os nossos índios. 😉

    Quando Stallone diz lá fora que ele explodiria tudo aqui e ainda ganharia um macaco, dói de ouvir, mas, na sua sinceridade de Rambo, há uma certa verdade dura de escutar.

    Concordas?

    O professor é incentivado a tornar-se um animador de inteligência coletiva de seus grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentosPierre Lévy – da coleção;

    Legal, gosto desta ideia do Lévy.

    Tento ser esse animador de inteligência coletiva, um professor 2.0, numa sala 2.0.

    E caio para a filosofia.

    Um animador de IC é um arqueólogo de ideias de quem está ali reunido.

    O que é preciso?

    1) revelar qual são os sensos comuns quem estão estacionados nos participantes sobre o tema abordado para poder começar a tirá-los da poeira e iniciar o trabalho de polimento;

    2) tentar que estes sensos comuns sejam discutidos entre eles para que avancem no máximo que puderem (tem várias técnicas para isso);

    3) colocar esses sensos comuns coletivo, depois de esgotada a possibilidade de todos num lugar visível para que todos possam ver o que avançou, qual é o máximo que o grupo conseguiu superar na discussão conjunta;

    4)  agregando, só então, o tempo de discussão do animador, frente ao que o pessoal colocou para identificar pontos e mostrar pensadores que conseguiram superar alguns dos impasses que aparecem.

    O objetivo é não perder tempo com discussões que não brotam do grupo, falsos problemas e se concentrar nos verdadeiros problemas.

    Essa metodologia (com variantes, claro)  é a forma mais rápida para:

    a) conseguir ver o que a turma pensa sobre o tema, ao máximo;

    b) identificar maneiras de pensar do coletivo;

    c) e colocar as questões chaves para que as pessoas saiam de “a” para “b”, a partir do que tem sido discutido além do que a turma conseguiu sozinha.

    Não, o p0nto “b” não é o do coordenador, mas aquele que todos conseguiram ir, com o esforço coletivo, todos mudar, inclusive quem tem mais tempo de discussão.

    Basicamente, a tarefa é a de ser inteligente coletivamente e ganhar tempo de todos para fazer um encontro gostoso, agradável e profícuo

    Deve-se evitar polêmicas falsas, aprofundando-se no que é de fato polêmico e o que não é não entra, pois está superado.

    Isso incentiva ao animador a lidar com novidades e mudanças ao longo do caminho, mas sempre tentando mostrar que há um “senso comum”, que há “sensos incomuns”, a partir da discussão do tema.

    E levar todos para crescer no tempo de discussão, em um processo rico e motivador para todos.

    Assim, trata-se de encurtar o temo e ganhar vozes de todos os lados, capturando não só o que se pensa, mas também as novidades, as novas maneiras de olhar o problema.

    Que dizes?

    São as certezas, sobretudo as absolutas, que deformam e desfiguram a realidadeJosé Castello – da coleção;

    O que é a tal da realidade?

    Será que o Zeca Pagodinho tem razão?

    Deixa a vida me levar?

    Fizemos o exercício coletivo com o seguinte resultado:

    Grupo 1:

    A realidade é subjetiva. É o vivo, aquilo que eu vejo, percebo, sinto e me aproprio. É o que existe no mundo, tangível e intangível, consciente e inconsciente. A realidade não é UMA verdade.
    Ou não…

    A realidade é subjetiva. É o vivo, aquilo que eu vejo, percebo, sinto e me aproprio. É o que existe no mundo, tangível e intangível, consciente e inconsciente. A realidade não é UMA verdade. Ou não…

    Grupo 2:

    A realidade é um paradoxo

    É atemporal

    É produzida pela mente

    Está constantemente em construção

    É relativa a um contexto histórico, cultural e emocional

    A realidade não cabe numa definição.

    É algo que faz sentido para cada um ou para um grupo

    A realidade não é.


    Discutimos bastante. Posts vão acontecer ao longo da próxima semana e continuam na lista do grupo.

    Dicas de autores que apareceram:

    Que mais?

    Quem ajuda a complementar?


    Apropriar-se da cultura digital, é reiverntar a Escola – Léa da Cruz Fagundes – da minha coleção de frases.

    Car@s participantes, eis o roteiro do nosso curso.

    Começamos no dia 13/09.

    (Quem vai coordenar  o primeiro dia é o @Roneyb, que vai apresentar um video e promover uma discussão sobre algumas ideias que tenho desenvolvido.)

    Título: Conversão 2.0

    Objetivo: Repensar o que realmente é a atual Ruptura Informacional 2.0 e procurar ter  nova visão para atuaar nesse ambiente sem estar imerso na confusão conceitual e no senso comum, criando coletivamente um senso incomum;

    Total de aulas: 7;

    Habilidade: ao final desse módulo do curso deverá ser capaz de  analisar os problemas de informação,  geração de conhecimento e relacionamento pós-Internet sob  nova ótica, deixando para trás o “senso comum” que há hoje no mercado sobre a Internet, Redes Sociais e outros termos do gênero.

    Conteúdo genérico: O que é realidade?  Como defino conceitos?  O que é, afinal, a Internet? Redes Sociais? Estamos entrando em uma nova civilização? Em outra humanidade? O que serão as  organizações 2.0 e como devemos atuar nelas? O que é a Web 2.0? Como posso ter uma melhor ação pessoal na Web 2.0? Cidade 2.0? Escola 2.0? Governo 2.0?

    Conceituação do módulo:

    O coordenador (incentivador de inteligência coletiva) é apenas um coordenador da colaboração entre participante-participante / participante/coordenador.

    Não existe conhecimento pronto, mas só aquele elaborado em conjunto, no qual todos aprendem com a ignorância/experiência/criatividade/conhecimento/luz/sombra/individualidade/criatividade do outro.

    O participante não deve vir para “aprender” de forma passiva, mas trazer a sua curiosidade ativa. Tudo que sabe (ou não sabe) ou tem dúvida, interessa,  é fundamental para que o processo de aprendizagem seja proveitoso para todos.

    Venha falar e não assistir!!!

    Não há transmissão de conhecimento, mas sincronização de vivências, na qual todos saem do encontro em outro patamar, incluindo o coordenador.

    Não teremos Power Point – justificativa do professor para eliminar o Power Point:

    http://nepo.com.br/2008/11/27/power-point-asa-ou-corrente/

    (Considera-se o material didático da sala todo o conteúdo do blog, os filmes  e os posts exclusivos para os participantes. A avaliação final dos participantes do coordenador deve levar isso em conta) 🙂

    Apesar de ter vários na sala, não será permitido o uso do computador e nem de celular nesse módulo, o objetivo é o incentivo da troca!

    (Quem começar a tremer por falta do Twitter, dou uma colher de chá depois do intervalo de 5 minutos on-line! 😉 )

    Veja mais as razões dessa atitude pseudo- radical aqui.

    Recomenda-se ter conhecimento o que as outras turmas de pós da Facha já fizeram nos meus módulos:

    http://nepo.com.br/tag/facha_nepo/

    A nota será finalizada da seguinte forma, no último encontro, com auto-avaliação de cada participante:

    Presença em sala de aula – 7  pontos, divididos assim.

    1,0 – para cada aula, totalizando 7 pontos;

    1,5  –Participação do aluno em sala de aula;

    1,5 – Participação do aluno na Internet (**)

    (*) o coordenador fará posts a cada aula neste blog e o participante poderá comentar lá. Ou em qualquer espaço que toda a turma e o coordenador do curso possam ter acesso.

    (**) a participação dos alunos na Internet só vale até o início da última aula!

    Ou seja, tirará 10 o aluno que for a todas as aulas, participar ativamente em sala e na Internet!

    Roteiro propositivo, pode mudar, conforme a dinâmica:

    • Aula 1 – O que é realidade?
    • Aula 2 – Uma nova visão sobre o mundo 2.0 – Parte I;
    • Aula 3 – Uma nova visão sobre o mundo 2.0 – Parte II;
    • Aula 4 – Voltando para ver a história – Filme: Lutero (parte I);
    • Aula 5 – Voltando para ver a história –Filme: Lutero (parte II);
    • Aula 6 – Como deve ser uma Escola 2.0?
    • Aula 7 – auto-avaliação dos alunos e da turma.


    Os alunos que faltarem as aulas deverão “pagar” em atividades extras em favor da turma. Este “pagamento por atividade”, que é produção de textos, resumo de aulas, etc… só será contabilizado até o início da última aula, quem faltar a última aula, não terá ponto extra, nem a possibilidade de repor. E quem não “pagar” até lá, também.

    Assim, não serão aceitos trabalhos de reposição depois da última aula.

    As propostas aqui apresentadas estão abertas para comentários e aprovação da turma até o final da segunda aula, quando assinaremos informalmente nosso acordo de trabalho comum.

    É isso, bem-vind@s!

    Sou free na Web; ao vivo, não – Nepô;


    Acredito que estamos vivendo uma inversão de conceitos, pois o que perdeu valor é o  produzido e publicado na Web, isso deve ser de graça e servir como elemento de construção coletiva e divulgação dos autores.

    É o que você oferece ao mundo!

    O que será cada vez mais caro é o evento ao vivo, presencial, inventado na hora, pois exige uma coisa cada vez mais limitada: tempo e atenção.

    É o que o mundo oferece a você!

    Segue carta que define minha posição, que acabei de mandar para um convite,  vou passar a melhorá-la e passar a mandar este link para quem me convidar para palestras sem remuneração, explicando meus motivos, sendo algo público e aberto, o que vira uma posição política conceitual, que visa incentivar à reflexão de quem vai e quem convida.

    (Segue abaixo carta que enviei há pouco para uma pessoa, explicando minha posição sobre eventos presenciais.)

    Prezada Jovanka,
    grato pelo retorno, mas gostaria antes de me posicionar, ser informado de:
    a) o evento será gratuito para os participantes ou terá alguma cobrança? Caso sim quanto custa a participação e qual o público esperado em termos de quantidade de pessoas?
    b) como seria a participação do mediador do debate? Ele também tem um tempo para expor suas ideias ou apenas faz a mediação entre os palestrantes, marca o tempo e seleciona questões, que é geralmente algo esperado?
    c) em tendo um tempo para expor ideias quanto tempo terá cada palestrante para expô-las?
    Espero que compreenda minhas questões, pois tenho divulgado gratuitamente minhas ideias na Internet (com posts diários no meu blog), meu último e-book está também gratuitamente na Internet para que todos possam lê-lo e baixá-lo, ver em (www.nepo.com.br).
    Oferecer gratuitamente minhas ideias faz parte de minha estratégia de negócio e mesmo ideologia diante do mundo 2.0 que estamos entrando, mas tenho sido muito reticente em eventos presenciais.
    Tenho limitado bastante a minha participação nestes eventos, pois exigem dedicação de tempo e investimento, já que fecho a agenda  para outros convites (inclusive viagens) e deixo de me dedicar aos estudos, que tenho que fazer para continuar a exercer minha atividade de consultor.
    É uma atividade que vai tomar tranquilamente toda a manhã.
    Ou seja, hoje ganho dinheiro basicamente com palestras e consultorias, esse é o meu negócio.
    Note que é possível participar de eventos com o intuito de “divulgação dos meus serviços” ou mesmo “das minhas ideias”, o que acabaria resultando em venda de serviços mais adiante.
    Não me furto em fazê-lo.
    Tenho feito isso, aqui e ali, desde que os eventos sejam também gratuitos (que visem uma comunidade sem recursos) e/ou que tenham, pelo menos, uma possibilidade de forte exposição das minhas ideias para possíveis contratos futuros.
    Mas para isso teria que ter espaço para apresentá-las.
    Participar como mediador não me daria, até que entenda melhor a função, nem remuneração e nem espaço de divulgação.
    Tenho grandes amigos na Aberje e sou super-simpático a seus propósitos, já fiz palestras de graça para vocês, em eventos gratuitos, visando divulgação dos serviços, aliado ao apoio à instituição, que acho que exerce papel relevante no Estado.
    Me informe melhor para que possa me posicionar, e chegarmos a um bom termo e que todos possam (platéia, eu e vocês)  saírem satisfeitos depois.
    Caso não conheça meu trabalho, sugiro assistir a esse vídeo, no qual exponho minhas ideias, inclusive sobre o tema proposto: http://videolog.uol.com.br/video.php?id=545112.
    grato pela atenção , abraços
    PS- aguardo retorno,
    Nepomuceno
    nepo.com.br

    Prezad@ promotor@ do evento,

    Grato pelo retorno, mas gostaria antes de me posicionar, ser informado de:

    a) o evento será gratuito para os participantes ou terá alguma cobrança? Caso sim quanto custa a participação e qual o público esperado em termos de quantidade de pessoas?

    b) quanto tempo terá cada palestrante para expô-las?

    Espero que compreenda minhas questões, pois tenho divulgado gratuitamente minhas ideias na Internet (com posts diários no meu blog), meu último e-book está também gratuitamente na Internet para que todos possam lê-lo e baixá-lo.

    Oferecer gratuitamente minhas ideias faz parte de minha estratégia de negócio e mesmo ideologia diante do mundo 2.0 que estamos entrando, mas tenho sido muito reticente para aceitar convites para eventos presenciais.

    Tenho limitado bastante a minha participação nestes eventos, pois exigem dedicação de tempo e investimento, já que fecho a agenda  para outros convites (inclusive viagens) e deixo de me dedicar aos estudos, que tenho que fazer para continuar a exercer minha atividade de consultor.

    É uma atividade que vai tomar tranquilamente toda a manhã, tarde, noite, dias, etc…..

    Ou seja, hoje ganho dinheiro basicamente com palestras e consultorias: esse é o meu negócio.

    Note que é possível participar de eventos com o intuito de “divulgação dos meus serviços” ou mesmo “das minhas ideias”, o que acabaria resultando em venda de serviços mais adiante ou colaborar de alguma forma para melhorar nossa sociedade.

    Não me furto em fazê-lo.

    Tenho feito isso, aqui e ali, desde que os eventos e/ou sejam também gratuitos e/ou visem comunidade sem recursos e/ou que tenham, pelo menos, uma possibilidade de forte exposição das minhas ideias para possíveis contratos futuros.

    Se começar a não cobrar para eventos presenciais, serei obrigado a querer vender o que hoje dou de graça na Web. Ou uma coisa ou outra, prefiro aquela (que atinge mais gente e é permanente) do que essa.

    É uma difícil decisão, mas viver é decidir.

    E decidir é se definir enquanto pessoa.

    Acredito que estamos entrando no mundo, no qual deve haver uma coerência em fazer e agir.

    Este aqui é o caso.

    Caso não conheça meu trabalho e avalie a possibilidade de geração de valor com a minha presença, sugiro assistir a esse vídeo, no qual exponho minhas ideias, inclusive sobre o tema proposto:….

    grato pela atenção , abraços

    PS- aguardo retorno,

    Nepomuceno

    nepo.com.br

    • Quem lê demais e usa pouco o próprio cérebro passa a ter preguiça de pensar – Einstein – da coleção.

    Escolho no Houaiss, entre tantas definições esta:

    Filosofia – Investigação da dimensão essencial e ontológica (a investigação teórica do ser) do mundo real, ultrapassando a mera opinião irrefletida do senso comum que se mantém cativa da realidade empírica e das aparências sensíveis.

    O que é interessante nessa definição é de que vemos o mundo, a partir de uma dado senso comum, muito ligado ao que sentimos e não ao tempo de reflexão sobre aqueles sentimentos.

    Assim, o exercício do pensamento é o tempo nosso – e com os outros – de várias maneiras, conversas, leituras, filmes, videos, áudios, etc… e o acúmulo sobre essas reflexões, o que eu chamo de “tempo de discussão“.

    Quanto mais o promotor de Inteligência Coletiva você é, mais você acumula tempo de discussão sobre as ideias, pois não passa pelos outros com o discurso fechado, mas aberto.

    • E recebe tanto o senso comum dos demais como os sensos incomuns.
    • E vai crescendo, quanto mais discute.
    • Quanto menos interage, menos discute.
    • E mais ficas no seu próprio senso comum.

    Trata-se, assim, de ver, nesse mundo da Inteligência Coletiva, quem consegue criar canais para que a discussão ocorra da melhor forma possível.

    Bom, feito esse parâmetro inicial, retomemos à filosofia.

    A filosofia tenta não estudar as coisas em estado puro, nem as sensações que temos com as coisas, mas TAMBÉM e principalmente como pensamos sobre tudo isso.

    A filosofia, assim, é o estudo de como pensamos/sentimos  sobre / as coisas.

    Assim, quando pensamos sobre tecnologia, podemos separar algumas maneiras de olhar o fenômeno:

    • – os que acompanham seu avanço, baseado, quase sempre, nos produtos e serviços (a maioria);
    • – e os que acompanham as ideias de como as pessoas pensam sobre tecnologia (a minoria).

    O estudo das ideias sobre como pensamos sobre a tecnologia, seria o campo de estudo emergente que se batiza como “Filosofia da tecnologia“.

    Esse campo é de extrema valia para quem quer estudar a Internet e correlatos, pois nos permite sair do estudo do “objeto”, enquanto algo puro, que existe, o que é.

    • “A Internet é…”

    Para

    • “As pessoas pensam Internet como…”

    Essa abordagem nos daria a possibilidade de ver as diferentes maneiras de pensar sobre tal fenômeno e ficar mais claro que, no fundo, ele não existe isoladamente, mas apenas enquanto um processo cognitivo em construção, a partir da capacidade/interesse/afeto/possibilidade de interação/tempo de reflexão de cada pessoa com o fenômeno.

    Dentro da ideia do ser/estar, ao mesmo tempo, que desenvolvi aqui.

    Pensa-se sobre tecnologia de várias maneiras, por exemplo, problemas que observo:

    • Tecnologias de maneiras geral x tecnologias cognitivas, muitos acham que é a mesma coisa, mas as primeiras são meios e as segundas fins.

    (Sem o celular (fim) não se consegue encontrar fulano no shopping. O celular não é o motivo, apenas o canal.)

    • As tecnologias cognitivas são ferramentas para se criar todas as outras.

    (Sem o livro impresso, não haveria revolução industrial, por exemplo, nem a academia que a incentiva.)

    São raros os autores que ainda refletem sobre a reflexão de como se pensa tudo isso.

    E tem mais, hoje nos dividimos em três categorias distintas de produtores de realidades sobre tecnologia:

    – Os alternativos (que estão na rede de maneira informal, onde não se incluem blogs de grandes corporações de mídia);

    – Os pensadores não acadêmicos, tipo Chris Anderson, Tim O Reilly e outros;

    – E os acadêmicos.

    Todos transitando, ou deveriam, entre um mundo e outro.

    Nos atualizamos sobre as novidades tecnológicas, mas não sobre como os humanos pensam sobre a tecnologia, seja ela cognitiva, ou não, o que nos daria muito mais vantagem, pois uma é muito dinâmica, a segunda, nem tanto, pois muda com o tempo.

    O que nos dá possibilidade de ver tendências de médio e longo prazo e trabalhar naquilo que importa: com a cognição, ou seja como as pessoas pensam sobre as coisas, que vai refletir, ao final, como elas vão atuar, usando aquela dada tecnologia cognitiva para determinado fim.

    E pior se não identificamos escolas de pensamentos tecnológicos, perdemos a oportunidade de separar o joio do trigo.

    Se identificarmos tais “escolas” podemos logo localizar de onde tal pensador bebeu, de que fonte. E, por tendência, como ele vai acabar agindo, além de prever tendências, pois quanto mais conhecemos a maneira de pensar mais pode se adivinhar para onde tudo vai.

    Pois ninguém faz nada se não pensou antes no que ia fazer.

    (Mesmo o cara que atira em uma discussão de trânsito, “sem pensar”, já comprou o revólver com alguma intenção”.)

    É um campo vasto de estudo, para o qual vou começar a me debruçar cada vez mais nos próximos anos, talvez em um pós-doc.

    E é a bússola para podermos lidar melhor com a velocidade tecnológica, que está atrelada a essa maneira de pensar sobre ela.

    Que dizes?


    Aprender é matar ideias antigas – Nepô – da coleção;

    Há hoje uma reavaliação sobre a cognição humana.

    A Internet está nos fazendo rever a ideia de desenvolvimento da inteligência individual e coletiva.

    Percebe-se agora de forma mais clara que a inteligência individual se desenvolve mais rápido quando é estimulada.

    Isso vale para do bebê que a mãe conversa, ao professor que dá aulas.

    (Dizem até que as plantas crescem melhor, quando se bate papo com elas.)

    Quanto mais estímulos de qualidade recebemos, mais temos que sair da zona de conforto e mais progredimos.

    Assim, quanto mais conseguirmos montar redes interessantes para nos estimular e isso vale para grupos e empresas, mais conseguimos pensar diferente e, por fim, inovar.

    (Passamos a chamar isso de Inteligência Coletiva, a palavra da moda, que não nasceu com a Internet, mas desde que o humano é humano, não estaríamos aqui se não fosse ela.)

    Portanto, o DNA de projetos 2.0 é desenvolver métodos de trocas de qualidade!

    Observo que quando entro em contato com pessoas por aí, vejo claramente quem está na estrada 2.0 e quem ainda está parado na 1.0.

    São quase dois tipos de cérebros diferentes.

    Um mais limitado e outro ilimitado.

    Precisamos levar os dois para um laboratório para medir. 🙂

    Um palestrante ou um professor (que vou chamar de “televisivos”), já que chegam e saem com uma mensagem fechada, nada ganham depois de um encontro.

    E pouco levam para quem os assiste.

    (Falei mais sobre isso aqui.)

    Podia-se ver um video deles no Youtube que seria a mesma coisa, já que é algo que se repete, como uma banda de rock que toca sempre a mesma música.

    Tã, tã, tã….

    Ou seja, desperdiçam o espaço rico para:

    • – coletar o senso comum sobre o que os outros pensam e, a partir disso, calibrar constantemente e melhorar o seu discurso para atingir com menos tempo mais gente, que é o que se espera de encontros cognitivos/afetivos;
    • – de coletar complementações ao que acham, novos exemplos, novas formas de se dizer a mesma coisa, dos que concordam com os argumentos e pontos de vista;
    • – e ainda de quem discorde dos argumentos, trazendo novos “sensos incomuns“, o que acrescentaria novas reflexões, novas defesas e rediscussões sobre teorias e conceitos.

    Tudo isso é jogado pela lata do lixo, quando não há troca!

    (Isso vale para empresas na conversa com consumidores, fornecedores e colaboradores internos.)

    Outro dia tive uma conversa sobre isso com  uma amiga, que me perguntou se esse tipo de visão de mudança cognitiva não seria atrelada a campos de estudos que mudam mais do que outros, menos mutantes, algo como, no caso dela:

    Tecnologia (meu caso)  x antropologia (área dela).

    Pensei e respondi que não pensava assim.

    Depende basicamente da forma que nos relacionamos com a informação.

    Quanto mais usarmos canais e metodologias para que haja qualidades da troca, mais o repensar será acelerado e vice-versa.

    Um antropólogo 2.0 estará com a cabeça mais dinâmica e mais ágil, do que um tecnólogo 1.0.

    A ideia, portanto, de consolidação, de tempo lento, se deve a relações pré-Internet e pré-conceito de troca constante e, principalmente, através da visão que temos da colaboração e aproveitar melhor as ferramentas que temos para exercê-la.

    (Como, por exemplo, quando estamos juntos desligarmos todos os aparelhinhos e aparelhões e usar a maravilhosa tecnologia do bate papo. Mais sobre isso aqui)

    Quanto mais fizermos uso da Inteligência Coletiva 2.0, digital e no conceito, da troca, cada vez menos teremos a noção da consolidação, o chamado conhecimento beta contínuo, que não se consolida mais.

    O Houaiss define assim consolidação:

    Consolidação – ato ou efeito de passar (uma substância) do estado líquido para o sólido; solidificação, endurecimento.

    Na rede digital com o incentivo das trocas e da possibilidade de mudar o que está registrado, antes impossível ou muito caro, teríamos algo como um conhecimento nunca consolidado, sempre gasoso, passível de ser alterado, com pontos de um gás mais ou menos denso, 1.0, 1.1, 2.0, etc.

    Porém, não mais sólido ou líquido, sem se consolidar jamais: um conhecimento gasoso, temporariamente visível em algum lugar, porém, sempre mutante e nunca mais palpável, como já foi antes.

    Que dizes?

    Não estamos numa época de mudanças, mas em uma mudança de época – Chris Anderson – da coleção;

    Outro papo que rolou  no grupo de estudos II, que começou há duas semanas, foi sobre a questão das revoluções.

    Que desembocou na necessidade de  explicitar  duas revoluções  humanas possíveis: as sociais da contra-informação e as informacionais, que me parecem emboladas teoricamente.

    Vamos a elas.

    Vamos detalhar algumas coisas, que são premissas básicas.

    • 1- o ser humano precisa de ideias para viver, que é a mola propulsora do cérebro.  As ideias estão contidas naquilo que chamamos de informação. Sem elas, adeus humanidade;
    • 2- toda sociedade estabelece uma estrutura de poder, que cria um ambiente informacional para que as ideias correntes, ou o senso comum, ou um bolsão de valores, seja majoritariamente aceito. É o que acaba circulando majoritariamente por aí;
    • 3- estabelece-se, para isso, filtros, controles informacionais, por limitações tecnológicas, por um lado, e interesse de continuar doutrinando por outro. E estabelece-se que isso é o “bom”, “muito bom” e repete-se isso,via meios disponíveis.

    É assim que considero que funciona qualquer sociedade.

    Assim, sempre precisaremos de ideias, de filtros, de bolsões de valores, de poder para podermos viver em sociedade –  fazem parte do jogo humano, até aqui.

    Não há sociedade sem isso.

    (Não se pode saber o que virá com a mudanças dos genes, que pode alterar o que somos, mas até aqui nessa humanidade, é assim que nos parece.)

    A forma como isso se estabelece nos cria zonas de conforto e desconforto sociais.

    Quando há uma zona de desconforto, quando boa parte da população não está mais conseguindo resolver seus problemas (que podem ser básicos ou abstratos), dependendo do nível de desenvolvimento, há a possibilidade de uma revolução.

    Toda revolução social acontece quando um determinado grupo de visionários/revolucionários:

    • a) percebe/sente o desconforto;
    • b) se utiliza de forma criativa dos  canais de emissão de ideias existentes  e passa a jogar uma contra-informação (furando o bolsão de valores corrente) para que se aponte  nova possibilidade, através de novos conceitos, vindos principalmente de pensadores e filósofos, que elaboram os novos conceitos, que vão ser a base para a construção do pós-neo-bolsão-de valores;
    • c) o movimento chega a um ápice, retira-se do poder quem definia o bolsão, coloca-se novas pessoas, criam-se novas leis, novos filtros, novo bolsão de valores, cai-se de novo na zona de conforto e a vida segue.

    Vamos chamar essa mudança radical de:

    Revolução social a partir de um processo de contra-informação utilizando os meios de divulgação de ideias vigentes.

    Que pode ser resumida de:

    Revolução social pela contra-informação

    Basicamente, é esta a história das mudanças sociais, incluindo-se da Revolução Francesa à Soviética, para falar de duas relevantes em história recente.

    O fenômeno Internet foge desse regra geral de mudanças revolucionárias, ainda não estudada pela sociologia, por falta de repetições históricas.

    A passagem do mundo pré-Internet para o pós-Internet segue uma lógica diferente, com algumas semelhanças, vejamos, que é uma revolução, mas de outro tipo, com consequências muito mais explosivas:

    • a) há um desconforto geral, por problemas de consumo e produção da informação, que não são latentes, são invisíveis, pois é algo que as pessoas mesmos não sentem, que é uma característica das crises informacionais, caladas (sente-se que há problemas, mas não se sabe de onde ou como vai se resolver.);
    • b) nesse tipo de revolução informacional não há ninguém que se apropria dos canais de emissão de ideias e joga uma contra-bolsa de valores para que aponte uma nova possibilidade. Há, ao contrário, uma tecnologia que surge por baixo da sociedade, que recebe uma grande adesão, pois resolve a latência invisível, porém ela não vem para a sociedade com essa intenção, mas é apropriada por ela, pois resolve a latência invisível;
    • c) esse novo ambiente informacional-tecnológico permite uma oxigenação social – aí sim – potencializando que novos conceitos, vindos principalmente de pensadores e filósofos, antes sem voz, que sustenta o pós-bolsão possam começar a circular suas ideias na sociedade. É um ambiente de pré-revoluções sociais;

    • d) o movimento informacional-tecnológico se massifica e cria o espaço da pré-condição para que as Revoluções sociais pela contra-informação possam ocorrer em larga proporção, foi o que se viu depois do livro impresso. É um renascimento de ideias para se reestrutura de forma profunda, e não superficial, TODO nosso conceito de humanidade e sociedade.

    Motivo: crescimento populacional. (Mais sobre isso aqui.)

    Assim, a Internet é uma Revolução informacional-tecnológica, que funda uma nova civilização, pois semeia o solo para as outras revoluções sociais da contra-informação possam acontecer.

    As causas para que isso ocorra, tal como o aumento da população, que exige uma nova ordem social, podem ser lidos aqui, no meu novo E-book.

    O que é interessante é que quando temos uma Revolução informacional-tecnológica necessariamente temos um rompimento de velhos filtros, os bolsões de valores são questionados de forma conjunta, de maneira geral, tudo ao mesmo tempo.

    Não é a toa que logo depois do livro impresso, tivemos o fenômeno da renascença e do iluminismo.

    Era luz, já que ideias novas surgiam e mexiam com a cognição das pessoas, gerando uma velocidade maior de Inteligência Coletiva, tal como ocorre hoje.

    Todos os conceitos – que eram fruto do controle passado – vêm para a luz do dia e passam a ser respensados, tais como agora:

    Lucro, privacidade, comunicação, informação, relação, diálogo, tecnologia, amor, solidariedade, capitalismo, sociedade, economia, escola, Deus, Ciência, Religião, colaboração.

    Absolutamente tudo ganha nova roupagem, pois nossa maneira de pensar é condicionada pelo filtro da vez, que cria o Bolsão de Valores.

    Novos filtros, novos bolsão de valores.

    Note que há uma retirada global dos filtros para todos os habitantes do planeta, ao mesmo tempo, agora!

    Estamos desfiltrados, gestando um futuro radicalmente diferente.

    Uau!

    Numa revolução social da contra-informação os questionamentos são mais conjunturais e pontuais para resolver parcialmente um desconforto, geralmente de uma região específica, que pode se espalhar depois.

    Muda-se o poder, mas se mantém a mesma relação na forma de produzir e consumir informação.

    Numa revolução informacional-tecnológica os questionamos são mais globais e abarcam toda a civilização de maneira mais geral,  todo o globo, pois muda de maneira geral a forma que TODOS lidam com a informação e com todos os conceitos embutidos no Bolsão de Valores anterior, que estavam condicionados pelos filtros passados.

    O poder não muda (por enquanto), mas se muda a relação na forma de produzir e consumir informação.

    O que é algo muito mais radical, porém invisível para quem não consegue enxergar seu potencial.

    Uma revolução informacional é algo extremamente explosivo, mas nós não nos damos conta disso.

    Por isso a revolução que a Internet traz é tão radical, global, incontrolável.

    É um ajuste sistêmico de um mundo A (com poucos habitantes) para um B (com mais habitantes), pois precisamos continuar a viver.

    E por isso estamos numa fase de eclosão de novas revolucões  da contra-informação.

    O que falta são apenas líderes que saibam usar bem os novos canais, que consigam perceber desconfortos.

    Os três elementos estão aí (novos filtros/canais, desconfortos e revolucionários)  questão apenas de tempo.

    Estamos com a Internet, assim, gestando revoluções que vão nascer em breve.

    Não, não  sou eu que digo isso, como uma profecia.

    É o que consegui apreender da história das revoluções da informação, estudo fundamental para entender o que está ocorrendo.

    São prognósticos, a se repetir algo do passado.

    Que dizes?

    Diário do blog: as ideias não são tão novas, mas é uma síntese diferente, o que me faz abrir novas possibilidades.

    Livros em uma estante são apenas literatura em potencial C.S.Lewis – da coleção;

    Recebo de um amigo virtual a seguinte mensagem depois de ter postado isso no Twitter:

    Existe algo + s/ sentido do q “Bienal do Livro”? Ñ seria “Bienal das ideias presas nos livros”? Protesto:”Libertem as ideias!”. Concordas?

    Existe algo + s/ sentido do q “Bienal do Livro”? Ñ seria “Bienal das ideias presas nos livros”? Protesto:”Libertem as ideias!”. Concordas?

    Ele me manda:

    Nepô,


    Eu entendo tua posição sobre o “formato”. Mas livro é uma relação de
    cumplicidade, de intimidade que é difícil desqualificar. Claro que
    hoje eu sou adepto do debate, do aprender observando as idéias livres
    ao vento, compartilhamento, etc. Mas nem por isso deixo de lado o
    êxtase sensorial que é ler um livro sentado na cadeira enquanto tomo
    sol no quintal.Vamos dizer que eu sou como o cara que coleciona disco de vinil mas não deixa de ouvir MP3, rs. Grande abraço – Rodrigo Leme, que fez a ode ao livro no blog dele
    .

    Temos que separar algo bem importante que é o fetiche pelo livro para o que ele representa, tanto quanto opressão ou libertação.

    O livro é o condutor de ideias.

    Serviu a seu propósito como suporte durante muitos séculos e mais diretamente nos últimos 550 anos com o livro impresso, em torno dele se fez uma indústria, que, a meu ver, é nociva hoje aos interesses das pessoas.

    Hoje, com o suporte digital, deve-se ver o livro como algo opcional e não obrigatório. Devo poder ler tudo que quiser na rede e se quiser ter o fetiche do papel, pagar por ele.

    Porém, um deve independer do outro.

    As editoras, hoje, são fortes elementos conservadores na sociedade, assim como foram as Igrejas e a Monarquia na Idade Média.

    Evitar que um ser humano tenha acesso às ideias de outros, a meu ver, é um disparate que deve ser combatido!

    Ganha-se dinheiro escondendo conhecimento!

    No fundo, é isso!

    Antes, tinha-se a desculpa do custo, ok.

    Porém hoje todo livro é digitalizado para ser produzido e opta-se por não divulgá-lo em nome do lucro, do mercado, do negócio.

    É insano isso.

    Não vou saber algo que pode melhorar minha vida, pois não tenho dinheiro para pagar.

    Pense bem nisso, de maneira geral, sem estar envolvido com o que estamos acostumados….

    As editoras devem, ao contrário, sair da postura reacionária de impedir o conhecimento para ganhar dinheiro na difusão maior do conhecimento.

    Quanto mais ideias de qualidade, melhor para todos!

    Tipo, ao invés de “vender” o autor em formato de livro, “vender” suas ideias em qualquer formato, mas sempre garantindo que um básico esteja para todos.

    Quanto mais as pessoas absorverem novas ideias, mas vão querer consumir novas, quanto menos, menos.

    Fecha-se o mercado, quem tem interesse de abrir, pois estão fechadas na venda do suporte e não do miolo.

    Problema cognitivo, baby!

    Estamos tão aprisionados nesse conceito livro, como fetiche, que não vemos o quanto eles são autoritários, anti-ecológicos e excludentes socialmente.

    O tempo deles passou, invente-se outra coisa.

    Abaixo a ditadura dos livros, que aprisionam ideias!!!

    Feito o protesto…

    Que dizes?


    Já ouviu a frase:
    “Tudo é relativo”
    Diria que principalmente a realidade.
    Um fenômeno não acontece sempre, mas “quase sempre”, dependente de diversos fatores. Ou “quase nunca”, idem, idem.
    Vejamos as variáveis, que seriam:
    Do ponto de vista pessoal de quem o vive:
    Equilíbrio cognitivo-afetivo.
    Depende ainda do estado emocional-cognitivo de cada um dos envolvidos.
    Coloca-se ainda gênero (sexo), idade, procedência (região), tempo de vivência e discussão sobre aquele fenômeno.
    Canais utilizados, pessoal, (fala e audição) ou há suportes cognitivos no meio ( livros, rede, etc?)
    Some-se ainda tempo de conhecimento entre as pessoas, motivação, confiança.
    De tudo isso, teremos resultados distintos sobre qualquer coisa.
    Há realidade é uma possibilidade relacional e isso envolve qualquer atividade e mesmo a definição de conceitos.
    Para sem mais simples, imagine você mesmo em qualquer atividade.
    Todo dia é sempre igual:
    Ou depende de como você está se sentindo e as condições de como os que estão à sua volta estão.
    Do tempo, do clima, do barulho, do silêncio, dos cheiros, das dores, etc…
    Assim, somos, quase sempre.
    Porém estamos quase sempre também.
    Esse misto de estar e ser – nem um nem outro é o que vai nos colocar em um novo patamar filosófico para lidar com o mundo cada vez mais complexo.
    A informação é e está.
    Não é um livro.
    Nem está num livro.
    Ela é/está quando o livro se abre.
    Não existe informação sem um suporte.
    Nem o suporte vira informação sem uma cognição que a visita.
    Essa complexidade de pensamento é um novo paradigma que temos que trabalhar para conseguir lidar num mundo cada vez menos consolidado.
    Sei que é uma viagem ainda abstrata, mas é uma primeira tentativa de abordar esse novo olhar 3D.
    Me ajudem a aprofundar.

    Nossas teorias são apenas aproximações da realidade – Marcelo Gleiserda coleção;

    Já ouviu a frase:

    “Tudo é relativo”

    Diria que principalmente a realidade.

    Um fenômeno não acontece sempre, mas “quase sempre”, dependente de diversos fatores. Ou “quase nunca”, idem, idem.

    Vejamos as variáveis, que seriam:

    • Do ponto de vista pessoal de quem o vive, a dependência do estado emocional-cognitivo de cada um dos envolvidos.
    • Coloca-se ainda gênero (sexo), idade, procedência (região), tempo de vivência e discussão sobre aquele momento.
    • Canais utilizados, pessoal, (fala e audição) ou há suportes cognitivos no meio ( livros, rede, etc…)

    Some-se ainda tempo de conhecimento entre as pessoas, motivação, confiança.

    De tudo isso, teremos resultados distintos sobre qualquer coisa ao termos pessoas juntas, para determinado propósito.

    Assim, a realidade é uma possibilidade relacional e isso envolve qualquer atividade.

    Vemos dentro de dado contexto.

    Todo dia é sempre igual?

    Ou depende de como você está se sentindo e as condições de como os que estão à sua volta estão?

    Do tempo, do clima, do barulho, do silêncio, dos cheiros, das dores, etc…

    Assim, somos, quase sempre assim ou assado.

    Porém estamos quase sempre também assim ou assado.

    Depende.

    Esse misto de estar e ser – nem um nem outro é o que vai nos colocar em um novo patamar filosófico para lidar com o mundo cada vez mais complexo e mutante.

    Não pode mais ser isso e aquilo, mas isso, aquilo e talvez aquilo outro, depende do dia. 😉

    Prontos para mudar rápido e de um instante e não mudar no que não se deve, naquele momento.

    Um espaço, do que Paulo Freire dizia entre a luta dos sectários (que nunca mudam) para os radicais (que mudam desde que convencidos), porém mantendo os parâmetros gerais de conduta ética.

    Sou e estou em processo, os dois.

    O sou muda também, a partir do estou continuamente modificado.

    Nessa linha, por exemplo, para meus alunos na discussão da batata e conhecimento, podemos dizer que avancei um pouco na discussão.

    A informação é e está.

    Não é um livro.

    Nem está num livro.

    Ela é/está quando o livro se abre.

    Não existe informação sem suporte.

    Nem o suporte vira informação sem uma cognição que a visite.

    A informação só existem sendo e estando, ao mesmo tempo e aí está a complexidade humana, pois é o que somos e estamos.

    Essa complexidade de pensamento é um novo paradigma que temos que trabalhar para conseguir lidar num mundo cada vez menos consolidado.

    Sei que é uma viagem ainda abstrata, mas é uma primeira tentativa de abordar esse novo olhar 3D, dual core. 😉

    Será que vendem esse óculos filosófico 3D no Paraguai ou em NY?  :0

    Se acharem, comprem um para mim!

    Que dizes?

    Conceda-me serenidade p/ as coisas q ñ posso acompanhar na Web. Coragem p/ as q posso…e sabedoria p/ perceber a diferença”. 😉

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    Vamos por partes.

    Estivemos ontem lá bem servidos com a colaboração da Mônica, que levou sanduíches para todos, complementando nosso lanche 2.0.

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    Tks!

    Falamos – ou tentamos falar sobre:

    Filtros – nossas dificuldades de lidar com tanta informação;

    • Ou como acionar a tecla DEL sem culpa. 😉
    • Ou como estabelecer uma relação saudável entre qualidade e quantidade?
    • Como se desapegar da informação? Logo aquela que eu sei que é eu deveria estar vendo…caraca estou pirando!!!!
    • A Internet bagunçou a nossa vida?
    • Nela, a privacidade acabou?

    Depois entrou um papo interessante.

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    Real x Virtual?

    • O Real é o aqui o o Virtual é a Rede?
    • A Internet é encontro ou desencontro?
    • O Brasil é a pátria de muito se fala, mas no fundo é o “beijo, me liga”, mas não dou o telefone?
    • Ou seria o Rio de Janeiro?

    Mudamos as disposições das mesas, by Kiko.

    E fizemos o jogo do telefone sem fio, by Manu.

    E falei do post desta semana:

  • E me lembrei deste aqui sobre potência e onipotência, que ajuda a pensar uma forma de administrar melhor nossa relação do que eu posso e não posso.

    A nossa #Im#oni#potência…

    Sugiro ainda o post da tampa da caixa:

    As peças, a caixa e o quebra-cabeças

    O que nos leva para todos os posts que já escrevi sobre Ansiedade da Informação, que sugiro lerem aqui.

    Semana que vem pretendo mudar o modelo, como sugere o Kiko, vou sentar em outro lugar e começar tudo diferente.

    Cheguem cedo!


    O círculo vicioso não chega a colocar mentiras; simplesmente coloca nada – Gustavo Bernardo – da coleção.

    O filme é imperdível, pois consegue ser filosófico e de massa.

    Mérito, pois são  poucos criadores que conseguem ser abrangentes em termos de público e manter sua mensagem.

    Lembra Matrix?

    Sim, em dois aspectos, na linha dos filmes que se baseiam na ideia do mito da Caverna de Platão.

    O que seria tal mito?

    • Luz x sombra.
    • Sonho x realidade.
    • Objetividade x subjetividade.

    O que afinal somos nós, os outros, as coisas?

    Ver detalhes aqui sobre o Mito de Platão.

    Não é o primeiro filme – e nem será o último – que aborda essa dualidade.

    Matrix, entretanto, trabalha com um tipo de poder coletivo e Origem no individual, são duas faces da mesma moeda.

    Matrix relata o Governo  soberano das máquinas sobre os humanos.

    Da opressão para conseguir sugar a energia das nossas mentes/corpo.

    Aceitamos isso, pois estamos com os  pilotos automáticos ligados, sem saber que estamos vivendo um mito: Matrix.

    Algo que é código, mas vemos realidade.

    O que seria Matrix, então?

    Para mim, a metáfora de um estado de espírito humano da alienação, da falta de auto-conhecimento, sendo coisas a mercê de um poder que nos explora.

    A energia sugada seria nossa subetividade nos tentáculos do consumo que nos quer um cartão de crédito.

    É assim que viajei em Matrix, com variantes, que não cabe aqui aprofundar.

    Origem vai na mesma linha do poder, porém mais sutil, pois prefere a opressão individual, como cada um é dominado.

    (Seria um Matrix – parte II, detalhando o como.)

    Os cientistas que navegam nos sonhos têm o poder de incutir ideias nas pessoas para que elas mudem suas atitudes.

    Para isso, precisam ir cada vez mais fundo no nosso inconsciente até chegar em um cofre, num final de linha, no qual estaremos ligados com as coisas mais remotas (no caso a relação/frustração/emoção com o pai – podia ser a mãe também) e ali será feita a progamação da placa-mãe cognitiva-afetiva.

    Marketing de nicho? 🙂

    Se Matrix, precisamos tomar uma pílula para cair na real e lutar em grupo.

    Na Origem, temos, como sugeriu Freud, de irmos fundo no nosso inconsciente para saber por que algumas reações, ideias, maneiras de pensar e ser estão impregnadas por afetos e traumas, num sonho dentro de outros sonhos, sem volta.

    Pois tudo é e não é caverna.

    (ou cofre, no caso.)

    O que acho bacana nessa mensagem do filme (para mais gente)  é de que não há separação entre o afeto e a ideia.

    Do que achamos que pensamos, para o que achamos que sentimos e vice-versa, tudo foi programado e pode, teoricamente, ser desprogramado, a partir de um esforço afetivo-cognitivo.

    Não é isso que o filme sugere, mas é o que revela, descortina, denuncia.

    Se é possível alterar para “A” é também para “B”.

    Não adiantava nada eles falarem (cognição)  com a vítima do golpe no sonho, precisavam que o pai – com o qual ele tinha uma relação de amor e ódio – fizesse a cabeça dele, marcando fortemente a maneira que ele pensa, falando e sentindo, por isso aparece o cata-vento, que um dos poucos elo afetivo entre eles.

    Não somos muito assim?

    É um bololô de sentimento e pensamentos?

    Próximo do que a cientista que sofreu um derrame conclui.

    Na ponta direita do cérebro intuição e afeto.

    Na outra, razão e conhecimento.

    Ver mais aqui. (texto) Ou aqui (video com legenda.)

    Somos resultados dos nossos traumas afetivos (os que nos deram prazer e dor, ou os dois).

    E de como pensamos sobre eles.

    Cognição e afeto, uma dupla sertaneja. 😉

    O lego e o ego.

    Quando queremos pensar diferente temos que rever também como sentimos e nos sentimos perante determinado assunto, conceito, fato.

    • Não há mudança cognitiva sem mudança afetiva.
    • Nem mudança afetiva sem mudança cognitiva.

    As ideias foram sempre plantadas em nós, através de diferentes maneiras, muitas pelo castigo e punição e se armazenaram naquele cofre da Origem (de tudo).

    Sair de Matrix é uma tarefa que nos força a ir até lá para saber o que não nos pertence, jogar pela janela, recolher novas ideias, novos afetos e ir entrando e saindo de Matrix, nesse eterno jogo de sombra e luz que é viver.

    A diferença entre as pessoas estaria nessa capacidade de entrar e sair do sonho e conseguir ser/estar de forma diferente, não aceitando as pílulas que nos fizeram engolir.

    Quanto mais acreditamos nelas, menos originais somos nesse mundo “matrixado” por terceiros.

    Quanto mais conseguimos nos discriminar, mais, teoricamente, menos somos eles e mais somos nós.

    Porém, nunca inteiramente nós ou eles, mas um mix, dependendo da condições de temperatura e vento.

    Ser ou não ser seria, assim, ir lá e sair, e se ver, e voltar, e se reconstruir.

    Se reconstruir, portanto, é ser.

    E não se reconstruir, é não ser.

    Eis a questão?

    Diz você…

    O problema não é o excesso de informações, mas a falta de filtros Tyler Cowen – da minha coleção;

    Outro papo que rolou bacana no grupo de estudos II, que começou semana passada, foi sobre como podemos nos posicionar diante do caos informacional.

    Temos tempo para tanta informação?

    Como se informar e não se sentir vazio?

    A sociedade aborda o problema de forma equivocada.

    Da solução para o problema e não o contrário.

    1) sempre vamos precisar de filtros;

    2) quanto mais formos nos planeta, mais os filtros terão que ser flexíveis;

    3) quando flexibilizamos os filtros, um novo mundo de liberdade se abre e queremos que não só a informação seja produzida dessa nova maneira, mas toda a sociedade espelhe esse ambiente.

    É a passagem da civilização 1.0 para a 2.0.

    Os filtros desabaram, o “Muro de Berlim” da Idade Mídia veio abaixo!

    Viva a nova sociedade dos filtros novos!

    Porém, há filtros, tais como o Google, os filtros dos nossos amigos, da própria mídia, etc…

    Ou seja,  que se alterou com o mundo digital pós- Internet, mais do que tudo, foi a maneira que filtramos.

    O que ocorre  é que, ao mesmo tempo que aumentou bastante o volume de informações, os filtros com os quais estávamos acostumados,  “morreram”.

    A mídia filtrava o mundo para nós e aceitávamos isso, com todos os problemas que isso acarretava.

    Esse, a meu ver, era o gargalo da civilização.

    A mídia de massa se mostrou incapaz – com seu filtros – de nos informar adequadamente, a partir do aumento vertiginoso da população.

    Precisávamos de um novo ambiente informacional que nos permitisse:

    – sermos globais;

    – diversos, distintos, plurais;

    – rápidos, globais e locais;

    – livres para produzir, trocar, produzir, alterar, conversar e, como o tempo, como faremos mais adiante, conseguir mudar o planeta.

    Hoje, a mídia deixou de ser o filtro-mor, tem o seu peso relativizado.

    E nós estamos órfãos de filtros.

    Vivemos um verdadeiro luto melancólico:

    “ahhhh…nos bons tempos”.

    Precisamos reconstruí-los, entretanto, com outro paradigma.

    Avisa-se: excesso de informação, bem como a escassez pré-internet,  além de não nos deixar produzir bem, cria sérios distúrbios afetivos-cognitivos.

    O primeiro passo que temos que encarar é duro, vou dizer com calma e quero que você se prepare.

    (Vai pegar um café.) 🙂

    Será como a morte da mãe do Bambi.

    “A mamãe filtro mídia de massa morreu!”

    Nunca mais o humano será filtrado como fomos na Idade Mídia.

    Como precisamos de filtros, é hora de amadurecer e construir novos , que começam por cada um repensando seu papel no mundo, pois é essa mudança da maneira nova de filtrar – com mais liberdade – que construirá a nova civilização.

    (Vou aprofundar esse assunto em outros posts.)

    Resumo do Funk:

    Filhinh@ tem que crescer!

    Assim, na reconstrução, é preciso incorporar o papel da mãe-filtro dentro de nós e ir adiante.

    É algo parecido com a chegada do livro impresso, que também marcou a morte da mãe-filtro-igreja e nos colocou diante de um novo mundo de liberdades, nova igreja, novo Deus, nova sociedade, novo sistema econômico.

    Veja o que diz o diretor executivo do “El País” sobre isso, retirada daqui:

    “O problema é entendermos que estamos diante de uma mudança de civilização. Assim como os monastérios perderam o poder intelectual que tinham após a aparição da prensa móvel, hoje o poder informativo não é mais apenas dos jornais e editoras. A estrutura informativa como a conhecíamos pertence agora ao Antigo Regime. Não digo que o novo seja absolutamente bom, e que a tradição seja totalmente rechaçável. Há valores que é preciso resguardar, como os direitos humanos, o direito à propriedade intelectual. Mas temos que reconhecer que mudou”.

    Estamos entrando em outro, até nos acostumarmos a nova liberdade vai demorar, será ajustada, mas em outro patamar.

    Quando os livros impressos chegaram ao mundo, não foram poucos os intelectuais que disseram que não estava tendo tempo de ler nem as lombadas.

    Como proceder?

    O que o ser humano faz diante de qualquer grande volume informacional é atuar em duas direções:

    Do lado de dentro:

    – aprofundar o auto-conhecimento, tudo ao mesmo tempo agora:

    Quem sou?

    O que quero?

    O que posso?

    Do que preciso para?

    Isso é diário, ajustando a cada dia, pois vamos nos conhecendo mais e mais.

    Do lado de fora:

    –  aprofundar para saber quem vai nos ajudar no processo do nosso auto-conhecimento e na potencialização dele;

    Quem é?

    O que quer?

    O que pode?

    Do que preciso (dele/dela) para?

    Isso vale para pessoas físicas e jurídicas.

    Blogs;

    Revistas;

    Artigos científicos;

    Quem sigo no Twitter, minhas comunidades, etc…

    E aí vem a relação com o tempo para cada coisa:

    – merece atenção especial?

    – dar uma olhada geral?

    – apenas ler o primeiro e último parágrafo?

    – ver o título?

    – jogar direto no lixo?

    O problema principal é que o que deveria ter atenção especial, vemos o título e o que deveria ser descartado damos atenção especial.

    E precisamos de lógica, da tampa da caixa, para saber como montar o quebra-cabeças.

    (Ver mais sobre isso aqui.)

    É preciso olhar para o processo como um exercício diário de auto-conhecimento, mas como estamos todos no piloto-automático….

    O piloto-automático, aliás,  não só é péssimo para cada humano e para a sociedade, como, nessa altura do campeonato, quando precisamos viver a liberdade dos filtros, é algo acachapante.

    Que dizes?

    Diário do blog: esse post é a evolução deste aqui.

    Aos poucos fui tentando transformar não mais as coisas, mas a mim mesmo – Herman Hesse – da coleção;

    Um papo que rolou bacana no grupo de estudos II, que começou semana passada, foi sobre falar bobagens.

    Como falá-las na rede, já que ficam para todo o sempre?

    Falo, não falo?

    Fico na minha?

    Fico na dos outros?

    Já falei tantas “bobagens” nesse blog!!!

    Meus posts iniciais eram versões betas de ideias novas que vieram depois.

    E só vieram depois, por que as disse, falei em público, fui questionado, repensei e passei para a bobagem 2.0, 2.1, 2.2…

    A Ciência, aliás, é a bobagem do dia, pois amanhã, alguém vai chamar do seu devido nome, vindo com uma nova bobagem.

    Vou, de novo, de Gleiser:

    Disso, aprendemos que é loucura levar nossa visão de mundo muito a sério, pois sem dúvida ela vai mudar. É bom tomarmos nossas certezas com muita humildade.

    Diria que a Ciência é feitas de bobagens carimbadas. 😉

    Há uma ilusão que bobagens faladas na academia são menos bobagens, não são, apenas duram mais tempo, pois são bobagens mais embasadas e longe do senso comum.

    São quadros na parede colocados com brocas e não com pregos, que caem mais fácil.

    Ponto, nada mais.

    Nosso problema, a meu ver, é que misturamos nossos egos com as ideias.

    Somos as ideias egóicas que achamos de nós mesmos, falando para espelhos refletidos a cada passo.

    Note que é comum falar:

    Eu sou assim…

    Eu sou assado…

    Ah, nessas horas eu sou desse jeito…

    Caraca, fico impressionado como as pessoas se conhecem tão pouco e acham que se conhecem tanto!

    Nós somos um misto de somos e estamos.

    Somos um tanto assim, mas estamos assado.

    Tudo vai depender das condições de vento e temperatura!

    Porém, o senso comum, a caixa geral, nos faz achar que somos e, portanto, viramos consumidores daquilo que somos.

    Já viu aquele cara que compra toda a roupa de ciclista e fica tão cansado que não vai pedalar? Pois é.

    Estamos e quanto mais variarmos esse estar, mais coerentes seremos com a vida. Porém, também somos, ao se ver na história.

    Somos e estamos, ao mesmo tempo.

    Essa é a questão filosófica humana, ser ou não ser? Estar ou não estar? Ser e estar e estar e ser?

    Eis a vã filosofia 3D 2.0 do mundo caótico e complexo.

    Sabe uma tática que uso para não ter vergonha?

    Penso assim:

    Cara, se eu morrer amanhã, quem vai ligar para isso?

    É tudo tão transitório, somos tão peixes num aquário tão grande.

    Quem tá aí para o que eu falo ou deixo de falar?

    Bola adiante, pois quem sabe de mim sou eu mesmo, certo?

    Somos mutantes parados ou parados mutantes, como acertou – mais uma vez – o Raul Seixas, cantor ambulante.

    Mudamos um pouco a cada dia, mas como não vemos, achamos que tá tudo igual.

    Tudo em volta se mexe e nosso humor, amor, gestor, aflições, etc se movem também.

    Fecho com a Schiesse que lembrou que a maioria das besteiras são deletáveis, pois estão dentro do nosso espaço da tecla DEL.

    O quer estiver solto, basta um texto em algum lugar:

    “Sabe aquilo? – Esquece.”

    Quem lê, quem viu?

    Tem esse lance de achar que tudo que cai na rede é mundial.

    Baby, sorry, mas o mundo não quer saber de você.

    Tem nossa mãe, nosso pai, aquela tia..;)

    Além disso, as mudanças do tempo da informação, nos faz hoje ser betas contínuos (como gosta a Priscila da Prodesp).

    Para viver o diálogo e a democracia, preciso estar aberto ao outro, ao ponto dele me convencer que a minha ideia sobre determinado assunto, carece de mais discussão.

    Assim, a besteira é fundamental no mundo dinâmico, pois ela referencia o ponto que estamos em dada discussão e como podemos avançar.

    Quem não fala besteira, ou diz o que pensa, não sai do ponto que está.

    Ter a coragem de assumir que temos de nós muito senso comum programado lá no fundo da placa-mãe nos dá possibilidade para reprogramar!

    Mesmo que sejam atos impensados, mesmo estes, podem ser reavaliados, a partir de reflexão.

    Dar a cara ao mundo, tem um risco, mas muitas vantagens.

    É preciso só sabedoria para saber quando, como e onde se abri.

    Pero, é preciso abrir!

    É preciso leveza para aceitar que as ideias podem ser leves, mutantes e profundas, ao mesmo tempo e precisam vir à luz, para deixar de ser sementes.

    Concordas?

    Vejam o cartaz de página inteira que a ONG, AVAAZ.org

    publicou no Valor hoje:

    cartaz_valor

    Mande uma mensagem para o presidente contra a execução!

    Você tem que ser a mudança que você quer para o mundo – Gandhi – da minha coleção de frases;

    Tantas coisas.

    A primeira.

    A solução para qualquer problema complexo?

    Colocar pessoas equilibradas (afetivametne e cognitivamente) para conversar utilizando a tecnologia adequada (a fala é uma tecnologia biológica), conforme as circunstâncias, deixando-as seguir o fluxo das trocas.

    Tudo virá, acredite!

    Seria o resumo do que considero que é a missão, não evangélica, dos agentes de mudança nesse mundo e em qualquer mundo, a partir do afeto coletivo que rolou no primeiro encontro de ontem.

    Os anônimos se encontraram e foram ficando menos anônimos.

    E vamos as questões interessantes que apareceram aqui e ali durante os papos nesse mundo como sempre foi:

    Tudo ao mesmo tempo  simples e complexo, agora.

    • Como simplificar a complexidade e simplificar o complexo?
    • Como alongar o tempo cada vez mais curto e encurtar quando fica longo?
    • Como ser crativo num mundo que se padroniza e padronizar para ficar criativo?
    • Como aceitar um mundo no qual os não felizes estão sendo premiados e premiar a verdadeira felicidade?
    • Como mudar a escola sem fingir que estamos mudando a escola e manter as tradições que mudam?
    • Como arquivar subjetividades e subjetivar arquivos?
    • Como pensar soluções antes da tecnologia e incluir as tecnologias nas soluções?
    • Como passar o dia inteiro se informando e ao final não se sentir vazio, mas ao mesmo tempo se encher de informações ?
    • Como deixar seguir o fluxo sem bússola, mas ter uma bússola para seguir o fluxo?
    • Qual remédio podemos dar para empresas doentes e, ao mesmo, tempo não nos sentirmos doentes?
    • Como fazer e não falar. E falar e fazer?
    • Como ser multinacional localmente. E local multinacionalmente?
    • Como falar do sol numa reunião de trabalho e isso fortelecer os negócios e ao mesmo tempo falar de negócios em um dia de sol?
    • Como ser raso na profundidade. E profundo na superfície?
    • Como lidar com o excesso de mundo (by Jaíra) e ao mesmo tempo se sentir repleto de vazios?
    • Como fazer com que o meio seja a mensagem, mas a mensagem também seja o meio?
    • Como ler  mais e não ser menos. E ler mais e ser mais?
    • Como enfrentar os “mudançofóbicos” (by Luiz) com o cavalo de tróia (By Pedro) do diálogo, porém ser ser tecno-otimista?
    • Como evitar ser um “tecno-alpinista” (by Dora), mas continuar subindo a montanha?
    • Como deixar de ter medo de dizer bobagens, falando os maiores absurdos?
    • Como ser afetivo e ao mesmo tempo sustentável no mundo dos egos insustentáveis?
    • Como fazer psicanálise em grupo, mas não achar que tá pirando, mas pirar na psicanálise? 😉

    Como dizia Bell, o melhor de tudo são as boas perguntas, no que Gleiser retrucou, para lembrarmos  sempre que os mistérios do mundo existem e são insolúveis.

    As novas perguntas virão nos próximos capítulos da novela “Passione”, direto do Viva Rio. 😉

    Respostas?

    Quem quer respostas, se o mundo não para? 🙂

    Porém, podemos propor algumas respostas provisórias.

    E caiu a ficha:

    “O verdadeiro debate não procura respostas, mas elevar o patamar das perguntas!”

    Concordam?

    Quem acrescenta um ponto nesse conto?

    Sabadão 2.0

    Tudo que você quer compartilhar sobre o mundo 2.0…

    Evento durante todo o dia.

    Vou coordenar as atividades para tentarmos ir juntos do ponto “A” para o “B”.

    Não me pergunte onde fica cada um, pois vamos descobrir na hora. 🙂

    Roteiro sugerido:

    • A Internet cria uma nova civilização?
    • Qual a característica dessa nova civilização?
    • A nova civilização nas Organizações
    • A nova civilização na Escola
    • A nova civilização….(a partir dos participantes)

    De 9 às 17 horas, parando uma hora para o almoço (que ninguém é de bytes).

    Valor: R$ 100,00 (o almoço não está incluído).

    Local: Colégio Santo Inácio / Botafogo.

    Dia: 06/11

    Comente abaixo para fazer a pré-inscrição e responda:

    Por que gostaria de fazer parte do Sabadão 2.0?

    Nós desenvolvemos um certo apego com relação às coisas que não precisamos mais usar – John Linwood Battelle – da coleção;

    Quantas vezes vamos ler, ouvir e discutir sobre o fim do livro impresso?

    Dá até canseira isso!

    As pessoas se agarram tanto as termômetros e esquecem que o que importa é reduzir a febre.

    Por partes?

    O ser humano é ideia-dependente.

    Sem ideias morremos, pois não sobrevivemos nesse planeta próprio aos animais.

    Somos uma espécie marrenta e tinhosa, que, apesar da falta total de apetrechos biológicos (garras, asas, peles, nadadeiras) estamos aí.

    Sabe por que?

    Por causa do nosso sofisticado cérebro, que consegue, diferente dos animais, repensar ideias, saber que vamos morrer e transformar para valer a natureza, criando tecnologias que substituem aquelas que os animais possuem.

    Pé-de-pato, asa-delta, furadeira, casaco de lã, etc…

    Ponto.

    Sem ideias, babau.

    A história mostra que criamos suportes e canais para transferir, ou sincronizar, ideias uns com os outros.

    Existem alguns objetivos constantes no passado no desenvolvimento desse mundo cognitivo ao longo da história:

    • Reduzir distância;
    • Reduzir tempo;
    • Reduzir custo;
    • Aumentar a eficiência.

    Vamos adotar sempre canais e suportes que consigam resolver essa equação da melhor forma.

    Assim, se queremos olhar para o futuro devemos nos ater a observar como as ideias estão circulando de forma mais barata e eficaz, em menos tempo em mais lugares.

    É para lá que nós vamos.

    Esqueçam rádio (suporte), televisão (suporte), livro (suporte), jornal (suporte).

    • Vamos falar de ideias, através da voz.
    • De ideias, através da voz e da imagem.
    • E da palavra escrita.

    Sem elas, vamos morrer.

    Portanto, anotem:

    AS IDEIAS NÃO VÃO MORRER NUNCA.

    Parece claro que a circulação de ideias tanto através do rádio, como a tevê, jornais e livros são mais caros do que as novas mídias e menos eficazes.

    Vai se ter um upgrande geral, via digital, alterando aos poucos o antigo método.

    (Basta ver a loucura de logística que é a chegada de um jornal de papel na casa das pessoas. Existe um exército de pessoas na madrugada para isso.)

    O que hoje é mainstream, vai se tornar alternativo e exótico, como é o LP.

    E o que é alternativo, se tornará o mainstream, como é o MP3.

    Porém, tudo estará em nome da melhoria da troca de ideias.

    Algo que nunca vai acabar, pois dependemos disso para viver.

    Ponto, de novo.

    Agora, pronto, agora vamos falar de outro aspecto.

    O jeito que as ideias circulam define como se gera valor com elas.

    E aí vem o aspecto dos negócios.

    Como gerar valor (e ganhar dinheiro) no novo cenário?

    As ideias nos suportes anteriores, tinham a ideia da consolidação.

    Circulavam no tempo “A”.

    Passamos para o tempo “B”.

    Aceleramos por 1.000 o processo!

    Publicava-se um livro, editava-se programas de rádio e tevê.

    Isso demoraaaaaaava (zzzzzzzzzzzzzzzz).

    Ok, muito bem, agora é on-line.

    E isso reduz o valor do que está pronto, pois pode ser alterado, não só pelo autor, como pelo grupo que comenta.

    Ou pode ser feita coletivamente.

    O que nos leva para as ideias beta, em eterna construção.

    Portanto, o que importa não é mais a ideia consolidada, que era filha destes, porém a ideia em processo.

    Vale mais um Nepô pensando (no blog, nas palestras, nos meus cursos) do que um Nepô que pensou (em um livro, ou em um video), pois isso todo mundo baixa, copia, pirateia.

    Por isso, estimulo que copiem minhas ideias, distribuam, façam alarde.

    Meu valor não está naquilo que pensei, mas no problema de hoje e como vou pensar nele agora, já, por isso tudo aqui é colaborativo e beta, em construção.

    O blog é um rascunho, pois não existe nada consolidado.

    Se querem me copiar, que o façam, mas minha cabeça evolui e o que, de fato, faz a diferença é o eu-agora.

    Nunca existiu, na verdade, essa tal consolidação, mas tínhamos, por causa dos suportes passados, essa doce ilusão do eterno.

    Snif.

    Tudo que vai para o Youtube perde valor.

    Um livro perde valor rapidamente.

    O autor, não.

    Um caso típico de quem entendeu isso é o pessoal da HSM, que transformou uma editora de ideias em algo vivo, repleto de eventos.

    São estas as ponderações sobre esse tema tão conservador.

    Chega de se agarrar ao corpo e não a alma do mundo:

    O jeito que pensamos e recriamos nossa maneira de pensar.

    Para estes, que perdem tempo se agarrando em “termômetros”, podemos falar da febre que nos assola:

    “Saia desse corpo que não te pertence”.

    Unfollow-me

    Sustentar-se no consenso geral é precário porque significa abdicar da própria opinião – Gustavo Bernardo – da minha coleção;

    Volta e meia alguém fala do Twitter.

    Ah, o Twitter…isso, o Twitter aquilo.

    Já disse aqui que o Twitter não existe.

    Não é uma Tv Globo.

    Cada cidadão ou cidadã –  entre quem segue e é seguido – tem o seu canal.

    Não existe um Twitter, mas tantos quanto o número de usuários, que definem  canais entre seguidos e seguidores.

    (Não um Twitter igual ao outro, pois mesmo que tenham os mesmos seguidos e seguidores, cada um verá, a partir do seu perfil.)

    Tem gente que quer ter cada vez mais seguidores.

    E aposta na quantidade.

    É uma cilada.

    Um perfil vale pelo número e pela qualidade de quem o segue.

    Se uma pessoa tiver 40 mil seguidores que em média têm 10 seguidores.

    Ele multiplica por 400 mil.

    Mas se alguém tem 4 mil e tem seguidores que têm em média 1 mil, estão teoricamente empatados.

    Porém, quem tem pouco seguidor, geralmente é do tipo que não repercute, apenas lê, o que tenderia a valer a ideia de que uma rede mais multiplicadora é mais potencialmente forte do que uma receptora.

    Pode até colocar um adesivo no carro:

    “Não faça do seu  Twitter uma tevê, a vítima pode ser você”

    O que importa é a adequação de seguidores e seguidos para ambos conseguirem realizar o milagre da boa informação.

    Ponto!

    Ou seja, não adianta vir com cabeça de mídia de massa em uma mídia de missa (de nicho).

    Somos “padres” dialogando com nossas restritas “paróquias”.

    E quando alguém segue alguém é para reforçar uma maneira de pensar e de refletir cada vez mais com a sua rede informacional, que se fortalece quanto mais se aprofundar e não se superficializar.

    Tem vezes que alguém, entre meus seguidores, entra e tecla:

    “Você me decepcionou com essa opinião!”.

    Sim, unfollow-me.

    Parta para outro que não te decepcione.

    Santo botão!

    Já vi gente deixando de ser o que é (ou o que pensa), pois tem medo de perder seguidores.

    Eu quero mais é perder seguidores, pois quanto mais gente sair e outros entrarem, mais conseguirei chegar naqueles que querem ouvir meu blá-blá-blá.

    Quem quer outro blé-blé-blé, não menos relevante, segue o seu caminho.

    Quero que me acompanhem as pessoas que reforçam, me ajudam a pensar, a refletam e repercutam aquilo que acho que é relevante.

    E os que querem – são muitos – o tempo todo me questionar.

    São os que mais aprecio, pois me fazem crescer!

    É um processo sadio e necessário de depuração.

    Ter muitos seguidores e se omitir é tudo que esse mundo transparente e interconectado não quer.

    É trazer a tevê para onde não há tevê.

    Somos o que somos e quanto mais formos,  mais teremos gente próxima a nós para ajudar a mudar ou reforçar o que achamos.

    É isso que se quer de um mundo veloz.

    Assim, vamos em frente como aquela placa infame de caminhão, meio religiosa demais para o meu gosto, mas se encaixa bem a esse propósito:

    “Tudo posso naquele que me fortalece (elogiando ou criticando)”


    Assim, quem não gostou de algo e não se sente em casa, na boa:

    “Please, unfollow-me”.

    E quem achou que, por enquanto, está bom, vamos em frente, pois atrás vem gente nesse engarrafamento eterno. 😉

    Que dizes?

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