Descobrir é basicamente repensar o que achávamos antes – Nepô – da minha coleção de frases.
Começando a voltar do recesso de final de ano.
Um tema que ficou girando na cabeça ano passado e que agora está mais claro.
Ouça abaixo no Gengibre.
"Quem tem um porquê para viver, pode enfrentar quase todos os comos." – Nietzsche
jan 4th, 2010 by Carlos Nepomuceno
Descobrir é basicamente repensar o que achávamos antes – Nepô – da minha coleção de frases.
Começando a voltar do recesso de final de ano.
Um tema que ficou girando na cabeça ano passado e que agora está mais claro.
Ouça abaixo no Gengibre.
dez 18th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Descobrir é tirar a cobertura de algo que sempre esteve lá, mas nos não víamos – Nepô – da minha coleção.
Bom, final de ano, ho, ho, ho.

Vou fazer um balanço deste blog que vos fala, pois entrarei em um pequeno recesso de Natal e Ano Novo 🙂
Como perspectivas para 2010, espero:
Sugiro aos “dependentes deste blog”, que são meu primo malucão e meu cunhado encostado, que aproveitem essa parada para lerem coisas antigas que bombaram e eles vacilaram e não leram.
Veja o que mais bombou abaixo. 🙂
Um 2010 com paz e serenidade.
O resto é consequência disso.
| Título | Visitas |
|---|
| 23 |
dez 17th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Viver é inventar-se: inventar sua vida, sua função no mundo, sua presença – Ferreira Gullar – da minha coleção de frases.

Estive esta semana na Prodesp para discutir com eles o projeto de implantação interna de redes sociais, que inclui blogs e wikis.
(Ouça no rodapé do post a íntegra da palestras em três partes.)
Lá pela tantas, alguém me pergunta sobre o Twitter.
“E o Twitter?”.
“Não existe”, replico.
Twitter não é uma Tv Globo.
A Tv Globo existe enquanto um canal de mídia e conteúdo.
Você liga lá e vê uma coisa só.
Tem uma opinião diferente do seu vizinho, mas partem da mesma fonte.
O programa que cada um compartilha.
Já o Twitter não existe enquanto canal de mídia, é apenas uma rede, igual a do telefone, fax, ônibus, ponte.
Ou seja, depende de quem usa.
Mesmo com aquela pergunta cretina “O que você está fazendo“, que induz muita gente a dizer que está almoçando miojo com salsicha. 🙂

Não existe um Twitter, mas tantos usos quanto o número de usuários.
Ninguém usa igual a ninguém.
Pois nunca terá os mesmo seguidores ou seguidos, a não ser que seja um “seguidor psicopata” ;).
Por isso, ninguém pergunta.
E o telefone?
E o celular?
E a ponte Rio-Niterói?
Tão lá!
O Twitter, portanto, não existe enquanto canal de conteúdo.
Mais adiante, quando nos acostumarmos a ele, parecerá estranho alguém perguntar: e o Twitter?
Talvez: como está a sua relação com ele?
De amor ou ódio?
Melhor, bem melhor!
Como já não se pergunta sobre a Internet.
E a Internet?
Como assim?
Tá lá!
Pois depende de cada um.
Depende de quem está utilizando, e aí tem de tudo.

Da sua capacidade de achar bons seguidores, conversar com eles, e ser seguido por pessoas interessantes que multipliquem, o que deve ser multiplicado.
A Internet, no fundo, é isso um canal de fios, que em cima deles, criamos um mundo ou um fundo de poço.
Depende de quem está lá em cima, querendo pular lá para baixo na água ou no cimento.
Ou escrevendo um poema como esse de bate-pronto, um hai-tweet com menos de 140 toques, que fiz vapt-vupt para este post indagativo:
Web? Posso ou fosso? Poço ou não posso?
—
Que dizes?
——
Ouça a íntegra da palestra em três partes:
Parte I:
Clique aqui para baixar e ouvir no seu MP3 Player.
|
Parte II:
Clique aqui para baixar e ouvir no seu MP3 Player.
|
Parte III
Clique aqui para baixar e ouvir no seu MP3 Player.
|
———–
Veja as fotos do dia tiradas por Maurício Barzilai, valeu Maurício!
dez 16th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Saiu a entrevista para a Revista 360º graus feita pela Natália Calandrini.
(Natália, ficou ótima, grato.)
Veja aqui a entrevista completa em áudio:
|
Ver parte da linda capa abaixo:
E se quiserem ler a entrevista no papel está na página 36 do PDF.
Ouça abaixo o podcast completo do meu papo com a Natália que gravei e combinei com ela de disponibilizar depois de publicada.
dez 14th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Leio, leio e leio.
Ouço, ouço e ouço.
E quanto mais o faço, mais considero que nosso diagnóstico em relação a Internet ainda é muito precário.
Dois exemplos?
A matéria com os assessores de comunicação das grandes empresas: “Sem Fronteiras“. E da Business Week, que saiu no Valor, ontem.
Fala-se mais não se sabe exatamente por onde e para onde estamos caminhando.
Abaixo, alguns pontos fundamentais para você refletir, antes de sair por aí com mirabolantes projetos estratégicos.
1 – A Internet traz para a sociedade um novo ambiente de troca de conhecimento humano.

Ela inaugura um novo ciclo de nossa caminhada no planeta redondo.
2- A tecnologia da Internet, portanto, por sua natureza, altera a forma do controle da informação anterior.
Isso não ocorre sempre na história ,muito raramente, e tem larga consequência na sociedade.
Antes, os canais (rádio, tevês e jornais) eram restritos, caros e fechados, limitado a um determinado grupo que se estabeleceu no poder e fez destes canais espaços para manter seus interesses.
Com a Internet, abriram-se novas portas, nas quais novas ideias de novos atores passam a circular.
Ou seja, apesar de ser impulsionado por uma tecnologia, a sociedade começa a mudar de forma ampla, em função de uma nova forma de troca de ideias, que vai exigir um novo modelo de controle, daqueles que desejam estar no poder e ver seus interesses garantidos.

Sob esse cenário, em função dos diferentes canais e da capacidade de difusão das notícias, o atual nível de descentralização impede mais e mais que modelos de controle anteriores continuem a funcionar no curto, mais radicalmente no médio prazo e de forma impraticável no longo prazo.
Estamos, assim, diante de uma ruptura radical da forma de controle informacional da sociedade.
3 – Por consequência, trata-se de uma mudança nos moldes do poder.
(Não, não temos teorias sobre esse fenômeno, pois são tão raros e tão pouco estudados, que têm uma dimensão tamanha e uma nulidade teórica absurda.)
Para podermos ter a dimensão de seus próximos passos, precisamos olhar na história um momento em que esse fato tenha ocorrido de forma similar.
No momento, identificamos com razoável bibliografia a chegada do livro impresso, a verdadeira popularização da escirta, no qual autores de todo o tipo, apoiados por uma nova classe de editores empreendedores (similar ao que ocorre hoje na Internet) passaram a espalhar novas ideias pela sociedade e romperam com o modelo de controle anterior.
As estruturas hierarquizadas da Igreja e da Monarquia começaram a viver momentos de radical transformação, pois o seu poder estava justamente estruturado no controle da informação do livro manuscrito, do qual tinham a capacidade de publicar, evitar que chegassem ao conjunto da sociedade e podiam, assim, manipular e distorcer a realidade, conforme seu interesse.
Além de, rapidamente, administrar com facilidade grandes crises.
Assim, mudanças nas formas do controle da informação, muito raras na sociedade, quando ocorrem são desestruturantes de modelos de poder em todos os níveis.
Trata-se de mudança na base de troca de ideias humanas e o que parecia “normal” e “natural” passa a ser questionado com novos tipos de ideias, agrupamentos, mobilizações.
Assim, não podemos olhar a Internet apenas como uma “nova mídia”, ou como uma “nova forma de comunicação”,
Sim, ela é, como foi o rádio, a tevê, por exemplo.
Mas, traz em si, por suas características de baixo custo e independência das pontas, um novo ambiente informacional, sobre o qual o poder estabelecido no modelo de comunicação anterior, não tem controle nos antigos modelos.
É preciso compreender o novo tipo de ambiente, se quiser dominar o novo planeta com relativa chance de sucesso.
É precisa jogar um novo jogo.
4- E é disso que se trata projetos de Empresa 2.0, Governo 2.0, Escolas 2.0. Procurar uma nova forma de estar no mundo, compatível com o novo ambiente, que permita A, B ou C continuarem a manter o controle de produzir, governar, ensinar, etc…
Assim, para efeito de diagnóstico, não devemos pensar em nos inserir em uma nova mídia, ou em uma nova forma de comunicação, mas pensar que estamos entrando em um mundo novo, no qual novas regras sociais, hoje ainda incipientes, vão reger novas instituições.
Se não concorda, conteste-o, debata-o, mas é em torno dessa avaliação do tamanho desta mudança, que está o futuro de muitas organizações. E são as questões que você deveria avaliar.
É preciso sair do piloto automático e estudar esse novo mundo de forma profunda e apontar para mudanças estratégicas de maneira de se organizar as instituições, de longo prazo, caso queira realmente se inserir nesse novo contexto.
E não achar que pode ou não pode entrar nas redes sociais, ou no ambiente web colaborativa, como se fosse uma escolha.
Não é uma opção, é uma realidade.
Reavaliar tudo, por incrível que pareça, é a forma mais barata e eficaz de se chegar lá: aprofundando a ruptura e começando a traçar as mudanças necessárias na base da gestão da organização para a mudança no novo mundo 2.0!
A tentativa e erro, sem uma visão do cenário maiorm, não só é incerta, mas muito cara, diante da ruptura dessa proporção!
Como diz Kant:
“Não há nada mais prático do que uma boa teoria”.
Ou como sugere Daniel Bell:
“Um esquema conceitual não é verdadeiro nem falso, mas apenas útil ou não”
As ações e questões que devemosm, assim, nos propor são:
Tendo, assim, o novo ambiente de comunicação como apenas um canal para anunciar e compartilhar essa mudança com seus atores, de fato, e não de mentira.
Todo o resto que foge dessa lógica, a meu ver, trata-se de um diagnóstico errado, com consequências danosas e pífios resultados.
É aplicar remédios que só vão piorar mais e mais a febre que nos assola!
Que dizes?
dez 14th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Toda linguagem contem os elementos de uma concepção de mundo – Antonio Gramsci – da minha coleção de frases;
Continuação da parte I, ver aqui.
O Jornal Valor publicou semana passada uma revista especial sobre Comunicação Corporativa, com o título “Sem Fronteiras“.
Considero a debate com os profissionais de comunicação de várias grandes empresas do Brasil como um marco, um balizador importante na tarefa de todos que querem influenciar para a ampliação do mundo 2.0 no país.
Vou usar bastante esta discussão em sala de aula, palestras, no blog, pois resume o pensamento dos comunicadores responsáveis pelo futuro da comunicação das principais empresas brasileiras.
(O Valor bem que podia disponibilizar a fita, pois acho de fundamental importância para toda a comunidade que estuda o assunto.)
Compreender o senso comum e suas divergências é o primeiro passo para proceder a mudança.
Aquele grupo reunido é responsável pela política de comunicação das grandes empresas.
O que pensam baliza muita gente.
É a tropa de elite do mercado.

O que acontece ali se espalha para o resto.
Ali, a meu ver, claramente temos diferentes análises (ou diagnósticos) diante das mudanças do mundo 2.0 em curso.
Uns, acham que muda tudo e outros consideram que, no fundo, não muda tanto.
Claro, que isso vai depender de alguns fatores:
Muitos percebem a mudança na forma de controle da informação, que considero o epicentro da grande virada, que não é tecnológica, mas de poder, como detalhei na parte I deste tema.
Mesmo quem acha que muda muito, entretanto, vê mudanças no âmbito da comunicação, algo como “com a mesma empresa eu mudo a forma de me comunicar com a sociedade”. “Eu fazia do jeito “a” e agora farei do “b”. Eu não vou entrar agora, pois posso esperar. Deve-se ou não entrar?, etc….
Mas, pergunta-se seriamente:
( a última ruptura similar que temos notícia – do livro impresso – não deixou pedra sobre pedra. Será igual?)
Talvez seja este o principal erro de diagnóstico da maioria.
Fala-se em aprofundar mais a quantos metros de profundidade? Todos devem estar muitos envolvidos no dia a dia e consideram que dá para ir improvisando.
O problema é que se você entra em um areia movediça, quanto mais se mexe, mais afunda!

Uma empresa 2.0 exige uma nova maneira de operar.
O acionista já não é o dono sozinho.
Como dividir esse poder?
Eis a questão!
Vejam na tabela o que achei mais interessante do diagnóstico, das ações em curso e meus comentários como abertura para um debate.
(Obviamente que os trechos abaixo podem não refletir o conjunto de ideias, sugiro lerem a íntegra e, se o Valor abrir, o áudio completo, que deve ter sido bem mais rico do que saiu na Revista.)
|
Quem disse |
Diagnóstico | Sobre ações |
Comentário |
|
Fernando Thompson (Vale) |
“A sociedade exige que se esteja mais conectado, seja mais transparente. (…)Quem pensa que vai controlar o que acontece na rede está redondamente enganado (…) o nosso trabalho no fundo continua o mesmo”. | “Sou meio cético com essa onda de que tem que entrar na rede social. Quando se destampa a panela, se vê o que se quer e o que não se quer. (…) Acompanho os blogs dos formadores de opinião (…) Como sou uma indústria de base, não uma de consumo, posso ficar de fora. Vocês têm outra dinâmica”. | Thompson percebe que há uma mudança na forma de controle. Mas, por outro lado, acredita que a rede social é algo lá fora. Que é possível de se entrar ou sair. Hoje, todos estamos a mercê desse novo tipo de troca de ideias, que gera uma nova fora controle da informação, ainda não assimilada por quem detém o atual poder. E mesmo as indústrias de base agem na sociedade e dependem dela para que possam ir adiante sem traumas. Considera, entretanto, que a função no fundo continua a mesma. É uma mudança maior. Ver abaixo um posicionamento diferente de Augusto Rodrigues(CPFL), que se aproxima mais do que penso. |
| Rodolfo Guttilla(Natura) | “Sua grande contribuição é colocar a empresa conversando com seu consumidor”. | “O custo de inovação pode cair drasticamente se você colocar o seu consumidor a serviço da criação de seus produtos”. | A conversa, entretanto, tem duas vias. Imaginar que o consumidor vai colaborar sem cobrar um custo de mudanças internas das empresas não vai acontecer. Não será um caminho, como estamos acostumados, de mão única. |
| Ana Clauda Pais(Holcim Brasil) | “Antes levava um tempo até a informação chegar e ter a resposta, não tinha a velocidade atual”. | “Antes se tinha o mote de falar o que é bonito e esconder o que é ruim. Hoje se diz: “Tem coisas ruins e estamos melhorando” (..) Temos – o comunicador – o papel de antecipar. | Na verdade, se o gerúndio “estamos melhorando”, tem uma data e uma eficácia, tudo bem. O problema é considerar que muda-se o discurso e não a prática. A empresa precisa se repensar. O estamos melhorando pode ser entendido – como muitas vezes é – como manipulação. A ideia não é eles lá esperando, mas eles participando do processo, melhorando junto conosco. O que exige a tal nova empresa 2.0. |
| Augusto Rodrigues(CPFL) | “Se pensarmos na forma como nos comunicamos muda tudo. Não estamos conseguindo nos comunicar a esse mundo novo”. | “É um brutal desafio” …(…) Acho que vamos ter de revolucionar o modelo de gestão da área de comunicação, a forma de operá-la, o perfi do profissional, etc” | Gosto da dúvida, mais do que das certezas. Vejo um diagnóstico mais próximo do que percebo. Uma mudança radical que exige um grande desafio. E esta ideia de revolucionar o modelo me parece mais próxima do que tem ocorrido no mercado. Acrescentaria de que não é apenas a comunicação que muda, ela aponta a mudança, mas o que está em ebulição é uma nova sociedade, valores aos quais as empresas já estão e irão mais e mais se adaptar. |
| Claudia David(Crop-Science) | “Já tive crises geradas a partir de mídia social que forma parar na mídia impressa”. | “Descobri que há pessoas favoráveis que estão em cima do muro (…) se são formadores de opinião, e passei a dar subsídios para que falasse com base”. | Na verdade, é o início do processo, mas por que não formular novos projetos e ideias de forma colaborativa com quem critica e apoia? Incorporando ideias para a estratégia da empresa? Não seria melhor a médio e longo prazo? Co-criar? |
| Gislaine Rossseti(Basf) | “É uma nova temática, uma nova demanda, um novo jeito de fazer comunicação, mas ainda é preciso se aprofundar”. | “Não dá mais para a área de comunicação fazer sozinha uma política de como vamos nos relacionar com as mídias sociais (…) uma política baseada na atitude e na confiança…(…)a informação hoje não se controla (…) a empresa é transparente com ou sem as mídias sociais (…) Depende muito da natureza do negócio”. | Gosto da abertura para se aprofundar e da ideia de que a relação com o mundo externo não é um problema que a comunicação vai resolver de forma isolada, mas através do envolvimento de outras áreas. Boa também a visão de que se trata de mudança no controle. Suspeito que há formas de se reduzir a falta de controle, como sugere a Claudia, que é atuar junto com os “influenciadores”. Só acho que não deveria ser consultando depois, mas co-criando. E gosto particularmente da ideia que transparência é um conceito, que vale para qualquer situação. Porém, mais do que ser transparente é necessário aprender a dialogar e a mudar, pois se não muda não é diálogo e, no fundo, não se é transparente! |
| Ana Gabriela Dias Cardoso(Usiminas) | “Exige um redesenho, um novo modelo de fazer comunicação”. | “Hoje, falamos e o mundo discute e devolve de uma forma que muitas vezes a gente nem sequer consegue prever, por mais que tente”. | Aponta um redesenho, o que demonstra abertura, mas considero que o modelo não passa mais por nós enviamos e eles retornam, mas nós co-criamos todo o processo, que é aonde existe o real (des)controle, ou seja, está se mais perto do que vai ser gerado apenas se você estiver fazendo e construindo junto. |
| Maurício Bacellar(Tim Brasil) | “Devemos estar em mídia social? Se não se entra por entrar, por um modismo”. | “Ou se posiciona estrategicamente ou não se posiciona”. | A ideia de entrar, ou não, volta aqui. Vê-se como mídia digital participar do Orkut, Twitter, etc. O problema é que muitas empresas ainda estão com a cabeça no controle da informação passado. E vêem o mundo externo com algo que vai se entrar. O que vemos é o início, que começou lá fora, de uma mudança na forma de comunicação, que será incorporada para dentro. E pela mudança do controle, altera a forma da empresa operar. Não se trata, repito, de entrar, mas de se posicionar sobre como vamos mudar internamente para ajustar a velocidade de dentro com a lá de fora. |
| Paulo Pompillo(Grupo Pão de Açúcar) | “Esta mídia expõe mais. Se você tiver o mesmo posicionamento não estará exposto” (…) Hoje não dá mais para acharmos que vamos comunicar usando a linguagem do passado” | A frase curta me parece que aponta para transparência? Caso sim, é um processo, mas a transparência necessariamente não é diálogo. Está tudo aberto, mas eu não necessariamente mudo. Não é uma questão de linguagem. O que muda não é a linguagem, mas, repito, a forma do controle da informação, que exige agora o resgate do conceito da própria comunicação: diálogar, e quando de fato se deve, mudar. |
dez 14th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Suponho que o AA seja a sociedade mais democrática do mundo – Bill Wilson – da minha coleção de frases;

Acabo de ler o “Levar Adiante” de Bill Wilson, “a história de como a mensagem de AA chegou ao mundo inteiro”.
O livro, a meu ver, é de grande interesse para quem estuda o mundo 2.0.
É uma metodologia clara de rede descentralizada, com efetivo sucesso.
Os grupos dos anônimos têm uma taxa de recuperação de doentes dependentes do álcool muito maior do que qualquer método tradicional isolado.
O método começa a ser desenvolvido nos anos 20, do século passado, bem antes de falarmos de colaboração em rede digital.
Ou seja, se enquadra dentro da colaboração como método, o que todos nós procuramos implantar agora em um ambiente em rede digital, que favorece ainda mais esse tipo de iniciativa.
(Falei desse tipo de colaboração como método aqui.)
Em resumo para quem está com pressa, o que fica do livro:
Para quem quer se aprofudar e tem tempo, seguem os 7 pontos que destaco no livro para aprendizado para montar redes descentralizadas, na Web ou fora dela:

Que dizes?
dez 10th, 2009 by Carlos Nepomuceno

Estive ontem no X Encontro Petrobras de Comunicação.
Lá estavam diversos gerentes e diretores de Comunicação da Petrobras para discutir o “Diálogo é fundamental“.
Dizia eu que as cidades modernas não podem mais prescindir da participação ativa da população e ainda de mais e mais tecnologia para corrigir os erros.
(Na Época Negócios, 33, de novembro, nas bancas, coletei os seguintes dados: o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) revela que até 2030, 5 bilhões de pessoas, o equivalmente a 60% da população mundial viverão nos centros urbanos, em 2050, seremos 70%. Segundo o especialista da IBM para sistemas inteligentes de transporte e gerenciamento de tráfego, Carlos Tunes, a partir de 5 milhões de habitantes começa o caos urbano. Na mesma revista, Willian D´Andréa, da Unilever, que viveu na cidade do México, relata que lá os executivos, em função dos engarrafamentos, têm motorista particular e fazem do carro o escritório e as mulheres deixam para se maquiar enquanto estão paradas no trânsito!).
Citei especificamente o caso de Curitiba. que conta com o apoio da população para o conserto dos sinais (semáforos ou sinaleiras para os não-cariocas).
Uma manutenção (diria até uma gestão qualquer) eficiente ganha muito com a participação do cliente, pois pode colocar menos gente para “procurar o problema” e mais gente para “resolver o problema”, pois os cidadãos entram para a equipe de quem aponta o erro.
Uma participante do evento argumentou algo do tipo de forma mais delicada do que resumo abaixo:
“Mas Curitiba tem esse sistema há mais de 30 anos! Isso não tem nada a ver com Internet!”.
O que me obrigou a dar uma resposta, que não achei satisfatória, que agora complemento aqui.
(Santo blog, band-aid das minhas incompletudes!)
Na verdade, temos três tipos de processo colaborativos, que se mesclam na Internet:
(Neste caso, a colaboração e o método são inseparáveis. O resultado só é alcançado, por que a colaboração é promovida, sem ela, não se teria os mesmos resultados. Paulo Freire, por exemplo, conseguia com seu processo colaborativo educar um adulto em 40 dias!;)

Paulo Freire
(Tem um filme filme que aborda algo similar: “Herói por acidente“)
(É só ver a chuva de livros sobre o tema.)
O ambiente de conhecimento, formado pelas tecnologias de comunicação, informação e conexão, que estamos entrando favorece os três tipos acima e a potencializa.

Assim, apesar da colaboração da população em Curitiba ser antiga, como saída para facilitar problemas da cidade, ela serve como exemplo de um método colaborativo, necessário para esse novo ambiente informacional no qual a troca é hiper-facilitada e, portanto, estimulada muito mais naturalmente.
É preciso separar estes três tipos de colaborações, pois uma é facilmente confundida com a outra.
E a que dará resultados para as empresas é basicamente a colaboração como método continuada, as outras duas darão a falsa impressão da participação, mas irão minguar como água.
Ou seja, separar o teclado do mouse é preciso! 
Muitos consideram que a Internet, por si só, é uma colaboração como método, desde o princípio, não é.
Ela potencializa a colaboração de emergência, digamos;
E cria um ambiente barato e propício para a colaboração como método, que precisa ser elaborado e implantado, a partir de uma dada ideologia de que o muitos dará mais e melhor como resultado final do que o um;
Ou seja, a era da colaboração exige um trabalho de forma contínua, ideologia e metodologia, que estamos construindo, um dos maiores desafio para os gestores modernos.
Tendo como pano de fundo, como já frisei, uma situação emergencial coletiva: o drástico aumento da população do planeta, que exige ambientes de conhecimento mais complexos, que explica a razão de estarmos com toda essa tecnologia prontamente aceita pela sociedade.
Lembro de novo Gullar, da minha coleção:
Toda vez que a invenção é arbitrária, ela não sobrevive – Ferreira Gullar;
Para concluir, lembro que depois da respiração, não existe outra ação humana mais cotidiana do que comunicar e se informar.
Quando algo muda na forma com que fazemos esses dois atos cognitivos, a sociedade muda de alguma maneira.
Quando alteramos de forma radical essas ações, a sociedade muda do mesmo modo.
É o que assistimos hoje em dia.
E o que veremos de forma mais acelerado ano após ano, a partir da difusão cada vez maior da Internet no planeta.;
Que dizes?
dez 9th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Existem três tipos de empresas (e pessoas). As que fazem as coisas acontecer, as que ficam vendo as coisas acontecer e as que se perguntam: O que aconteceu? – Philip Kotler, da minha coleção de frases.

Toda sociedade tem necessidades de consumo para sobreviver, que geram demandas.
As demandas são os problemas do dito “mercado” que empresas públicas e privadas vêm atender.
A razão de existirem.
Quanto mais conseguem resolver estas necessidades velhas e novas, gerais ou específicas, mais valiosas passam a ser para toda a sociedade.
(Falei um pouco sobre isso aqui.)
Assim, quanto mais formos no planeta, mais espalhados seremos por todo o globo.
E, como mostra o passado recente, mais concetrados tenderemos a viver, em megalópolis.

E, por sua vez, mais e mais sofisticadas e complexas serão nossas necessidades enquanto coletivo.
O que exige mais sofisticadas plataformas empresarias (público e privadas) para oferecer, no tempo certo, produtos e serviços para a população, ou como queiram, seus clientes em escala cada vez mais global.
Na procura de realizar sua tarefa de antender as demandas toda plataforma organizacional trabalhou desde o início, como agora, sempre com dois movimentos distintos em termos de processo produtivo para solução destas demandas:

Sem informação não há processo produtivo. E sem processo produtivo não há necessidade de informações.
Nossa primeira plataforma empresarial, antes da revolução industrial, foi a dos indivíduos – artesões, que produziam e comerciantes que negociavam o que sobrava, um conhecimento passado de pai para filho;
Com o aumento da população depois da Idade Média, criamos a plataforma das máquinas, que substituíam as individuais para ganhar escala, substituindo a força braçal, por equipamentos.
(Só possível pelo surgimento do livro impresso, que guardou nas páginas o conhecimento para que esta nova parafernália pudesse funcionar e ser melhorada gradualmente.)

Na evolução das plataformas das máquinas sentimos necessidades da acelerar o processo produtivo e o processamento da informação para continuar atendendo mais e e melhor mais gente, movidos também pela competição entre diferentes plataformas empresariais.
Assim, o computador foi introduzido nos dois processos, permitindo o armazenamento digital, que guarda cada vez mais em um espaço menor e calcula de forma mais rápida e barata.

Vemos, assim, hoje computadores e robôs do chão das fábricas aos escritórios, para realizar as duas funções, produzir e processar a informação necessária em em torno dessa ação.
Portanto, podemos dizer que inauguramos um outro ciclo: o da plataforma digital, a partir de 1940, com a larga utilização dos computadores nas empresas para apoiar na sua produção de bens e serviços, ampliando a capacidade cognitiva humana.
A introdução das redes digitais eletrônicas, por fim, em 1990, inaugura um novo momento na escalada destas plataformas.
Toda a digitalização dos processos e das informações ficam, agora, passíveis de acesso a distância, via rede, por toda a cadeia produtiva – agora também do lado de fora das empresas.

Os bancos de dados, onde os registros ficam depositados, ora protegidos localmente permitem agora o acesso de qualquer lugar, a critério de seus donos, como mais uma forma de acelerar o processo produtivo, permitindo que fornecedores e consumidores possam consultá-lo e, assim, continuar a escalada oferta/demanda que dá o tom desde o início da humanidade:
Atender bem (o que implica rapidez e qualidade) a uma população cada vez maior.
Nesse cenário, a plataforma digital colaborativa estabelece uma outro paradigma para as empresas que querem ganhar escala.
Precisam estar em rede com o objetivo de atender de forma mais precisa seus consumidores, com o mínimo de recursos possíveis de seus fornecedores. Ou seja, através de uma interação cada vez melhor com seus colaboradores, externos e internos, criar uma vasta rede de relações entre todos, de tal forma, a conseguir competir em um mercado cada vez mais complexo e dinâmico.

Hoje, ao se falar em Governo 2.0 e Empresas 2.0 nada mais estamos falando do que abrir bases de dados, antes inatingíveis, para que o usuário principalmente externo não só possa acessar (fase 1 da Web), incluir dados e trocá-los com outros usuários (fase 2) e, agora, produzir também aplicativos por sobre estes registros (fase 3).
Ou seja, não basta apenas a plataforma colaborativa, mas a criação de uma rede humana em torno do projeto!
Ouvi de uma pessoa lá em NY, no evento Web 2.0, sobre o tema Governo 2.0:
“Não basta colocar o PDF, é preciso também abrir a base de dados, de tal forma que cada cidadão/programador que saiba criar uma API possa fazê-lo das mais diferentes maneiras”.

É uma fase na qual a preservação do valor das instituições, para ganhar velocidade e qualidade, depende da co-criação, em torno de bancos de dados e relação direta com os robôs do chão da fábrica das empresas, na qual o usuário passa a participar efetivamente do processo produtivo.
É uma forma de se garantir que o resultado final fique a seu gosto, reduzindo o desperdício do que a empresa tem que fazer baseado nas hoje já antigas pesquisas de mercado, sempre imprecisas e facilitando, assim, mais e mais a logística, pois tudo se transfere para a relação usuário-plataforma.
É a potencialização de recursos, colocando o usuário dentro da fábrica, encomendando direto no banco de dados, o que antes era feito, através de previsões, além de inventando novos produtos, como é o caso da Camiseteria, ou do Fiat Mio para ficarmos apenas em dois exemplos de co-criação entre os milhares existentes.
Um novo capitalismo que suscita uma relação mais estreita e de confiança entre a plataforma agora digital e colaborativa e sua rede de agentes, sendo que o consumidor faz parte dela.
É uma ruptura na maneira de se trabalhar e, portanto de pensar.
Há um outro controle informacional em curso, similar o que tivemos com a era do livro impresso, que está, enfim, sendo destronada depois de quase 500 anos.
O que estava fora, agora tem que vir para dentro, em uma relação muito mais próxima.
O que era um namoro, ou uma relação “ficante”, tem que virar casamento!

E suspeito que uma nova forma do capitalismo floresce, marcando uma forte ruptura na relação empresa/cliente/fornecedor/rede de parceiros/competidores.
Estamos de certa forma voltando, em outro patamar, aos tempos de artesões, mas agora para a massa.
É individual, mas é para todo mundo.
(Quem discute isso bem, e fala muito de co-criação em escala global é Prahalah no livro “The New age of Innovation“. )
Sob este ponto de vista, o que faz a diferença é a qualidade da plataforma colaborativa, no hardware, no software e, principalmente, na rede de comunicação em torno dela, baseada na confiança, que se estabelece.
(Vide as corretoras de venda de ações, que hoje basicamente são plataformas para home brokers, com valores agregados na relação, além da cada vez melhor, rápida e segura tecnologia.)
As empresas deixam de ser uma plataforma de produção isolada, com base de dados fechadas, e passam a uma plataforma colaborativa em rede, abrindo as bases de dados e estimulando que todos possam criar, sozinhos ou em grupo, em cima dos dados ali depositados, em uma relação direta do consumidor com a prancheta do designer e o robô da fábrica.
Co-criem, desde que seja comigo.
Portanto, quem fará a diferença neste mundo 2.0 serão justamente aqueles que estabelecerem a melhor rede de colaboração entre todos os agentes necessários no processo produtivo, melhorando mais e mais a plataforma e a relação com os que a usam.
Vivemos a época das empresas abertas eletrônicas, digitais, colaborativas e de massa.
Aprendendo e ajustando com seus acertos e erros, gerando mais e mais valor, em uma relação cada vez mais estreita e em rede global, funcionando mais com um enxame de abelhas, que vira para lá e para cá ao sabor do vento das demandas, sempre mutantes.
Leve, leve, leve….

É isso.
E você vai ficar aí lendo tudo isso calado? 🙂
dez 8th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Bom, graças à Lúcia Peixoto (valeu!) eis a foto da qualificação:

O meu documento de qualificação está aqui, que foi lido e discutido pela banca, que será objeto de melhoria, ajustes, mas serve para quem estuda o tema.
E aqui o que falei em minha defesa, guardando apenas para mim os comentários da banca, que foram super-úteis para a minha tese.
Pode ouvir aqui direto:
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Agradeço aos membros da banca: Aldo Barreto, Lena Vânia, Ana Malin e Vânia Araújo.
E aos meus orientadores: Rosali Fernandez e Marcos Cavalcanti.
A tese caminha para o fechamento até março de 2011.
dez 7th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Toda vez que a invenção é arbitrária, ela não sobrevive – Ferreira Gullar – da minha coleção de frases.
Estive esta semana na palestra de Artur Matuck, pesquisador da USP, na UFRJ, a convite da Bia Martins.
Matuk é um pesquisador que reúne duas qualidades difíceis hoje em dia: criatividade e humildade.
Ou seja, é aquela pessoa que consegue ver um cenário maior, mas não se deixa levar pela sua peculiar e rara capacidade cognitiva, querendo aparecer mais do que suas ideias.
Lembra um pouco o que o rabino pós-moderno Nilton Bonder alerta e sugere:
“Não é fácil ser dotado de inteligência e consciência e não se asfixiar no próprio ego”.
De forma simples, foi apresentando o que para ele, com uma lógica clara, será a escrita do futuro da escrita.
Hoje, digitamos em processadores de texto.
Amanhã, digitaremos em processadores de matrizes – máquinas dotadas de Inteligência Artificial.
Citou:
Relação simbiótica homem-máquina segundo James Pulizzi:
“Os computadores tem sido programados para desvendar mensagens cifradas, para converter textos em fala, para conduzir analises gramaticais e parseamentos de enunciados humanos, para gerar fontes e inclusive para desenhar circuitos eletrônicos patenteáveis.” Ver mais aqui.
E ainda:
/Apesar de tais limitações, o computador é uma excelente extensão de áreas deficientes da cognição humana, tais como classificar listas extensas, realizar cálculos, armazenar e recuperar dados e corrigir erros. / /Se esses recursos puderem ser combinados com a superioridade humana no reconhecimento de padrões, na adaptabilidade, no processamento natural da linguagem e na habilidade de distinguir informações relevantes das irrelevantes, o computador e o humano podem adquirirem uma relação simbiótica potencialmente poderosa.”
Loucura?
Realidade?
(Viraremos poetas de máquinas, que produzirão infinitamente poesia por nós. Estranho?)

Estas máquinas poderão, no futuro, em seu desdobramento:
Nesse futuro provável a complexidade do mundo nos levaria a reduzir a perda de tempo com textos repetitivos e estaríamos todos procurando novos “textos-matrizes”, aqueles que as máquinas não poderão (ainda) nos ajudar.
Ou seja, o que valerá não é o que se repete, mas o que se cria de realmente novo, pois o repetido o robô resolve, seja indicando algo igual, ou desenvolvendo, a partir da matriz.
Pelo que entendi, esta é a base do que apresentou Matuk, que me disse ao final que sua vontade agora é publicar suas ideias em um livro, deveria.
Deveria, aliás, ter também um blog ativo, mas…
Como abstração, podemos dizer algumas coisas:

Matuk reforça a ideia, numa avaliação minha particular, que a tal Web 3.0, ou a pós-Web será toda baseada na Inteligência Artificial e na relação homem-robôs, inaugurando um novo ambiente informacional, principalmente, quando tivermos tudo massificado;
A ideia dele reforça a teoria da tese do Moreno na tese dele dos blogs do “eu vi”, aqueles que repetem o que viram por aí e o “eu acho”, que opina sobre determinado assunto;
Dentro do campo do “eu acho”, teríamos quem acha, mas repete outras mentes. E aqueles que acham fora da caixa, que seriam os mais valorizados, pois colaboram com novas visões. E criam novas matrizes para robôs poderem desenvolver em cima.
(No fundo, os grandes poetas e pensadores sempre fizeram isso. Influenciaram com seu estilo uma legião de seguidores!)
Essa ideia coopera ainda com o avançar da nossa civilização para a sociedade da inovação acelerada, termo que prefiro ao da sociedade do conhecimento, da informação, etc…

O que já faz e fará a diferença é a nossa capacidade de termos assistentes que nos deixem trabalhar cada vez menos em tarefas repetitivas e redundantes.
As redes sociais, no fundo, têm essa função.
Hoje, apelamos para a colaboração humana.
Amanhã, além dela, e no seu limite, apelaremos para a colaboração dos robôs.
E você o que diz?
PS – Adorei ter ido. Tks, Bia!
dez 4th, 2009 by Carlos Nepomuceno
A maioria dos erros consiste apenas em que não aplicamos corretamente o nome às coisas – Espinosa – da minha coleção de frases.

Desenvolvi aqui um mapa mental de como tenho pensado em cima do senso comum (que necessariamente não é de uma pessoa específica, mais do geral).
Clique em cima de cada imagem para ver ampliada.
Comente abaixo o que achou e o que melhoraria.
Ou discordaria do mapa.
TECNOLOGIA:
SOCIEDADE DO CONHECIMENTO:
REDE:
CONHECIMENTO:
RUPTURA 2.0:
dez 3rd, 2009 by Carlos Nepomuceno
O futuro já está aqui. Ele só é mal distribuído – William Gibson – da minha coleção de frases.

Li em meia hora o ótimo livro de 61 páginas de Antonio Graeff.
Não é para Dummies, é alto nível, cita o pessoal de peso. Útil para quem pensa web 2.0 e, principalmente, quem vai meter a mão na massa em campanhas ano que vem.
É daquela safra dos livros a R$ 10,00 reais da Submarino, que comprei e estão chegando em partes, acredite se quiser.
Pego emprestado do Blog Social News este trecho sobre o livro:
O autor Antonio Graeff, especialista em tecnologia, mostra em seu novo livro, Eleições 2.0, lançado pela Publifolha, como a mudança nos meios de comunicação não está relacionada apenas ao uso feito pelos candidatos e, sim, pelo uso do cidadão, que utiliza meios como YouTube, Wikipédia e Orkut, para descentralizar a informação.
“Esta eleição (do Obama) vai marcar o nascimento de uma nova força política irresistível que vai dominar e transformar os EUA. E, 2015, quando todos eles tiverem idade para votar, serão um terço do eleitorado”.
O que aprendi, evoluí e destaco do livro:
- Ele fala de uma rede Meetup americana que promove encontros da rede para o presencial. O pessoal esteve presente nos dois Web 2.0 Expo, já tinha até colocado um adesivo deles no meu laptop, mas tinha esquecido da boa ideia que eles promovem. Já vi que o pessoal está se reunindo para falar em inglês, aqui no Rio, achei bem legal, veja o próximo encontro aqui. Vou passar a monitorar e vou nos próximos, me aguardem!
- Frase, que foi para minha coleção: ” A primeira coisa que aprendi foi que a internet é uma comunidade, não apenas uma ferramenta” – Howard Dean;
- Outra novidade foi saber que antes da campanha do Obama, Howard Dean, que disputou indicação na campanha dos democratas nas eleições de 2004, um pré-Obama 2.0. Sobre ele, o autor indica para ler uma entrevista sobre a campanha fortemente baseada em conceitos 2.0, isso não circulou muito por aqui;
- Outra frase boa: “(Num blog) o truque é transformar o ouvinte em orador. Um blog bem-estruturado inspira tanto a leitura quanto a escrita – Lawrence Lessig – também foi para minha coleção“;
- A ideia de que em uma campanha deve prevalecer o conceito da rede descentralizada,para agir sem precisar consultar o comando da campanha constantemente, com as pontas conectadas uma às outras. No fundo, como em todas as partes do livro, as mesmas regras que valem para uma campanha ou qualquer movimento de rede social eletrônica;
- Indicação de livro, The Revolution Will Not Be Televised: Democracy, the Internet, and the Overthrow of Everything by Joe Trippique já coloquei na minha lista de compras futuras na Amazon:
- Da campanha do Obama, o destaque da frase do Tapscott no livro dele “Crescendo na era digital“, que diz:
(Isso vale também para as empresas, que vêm cada vez mais os novos funcionários, querendo redes sociais internas.)

Outra boa frase que coletei para a coleção:
A possibilidade de publicar comentários em um site vale muito pouco se as pessoas sentirem que ninguém faz nada com base nesses comentários. É preciso criar um canal de retorno real pelo qual as discussões, dúvidas e sugestões de cada comunidade cheguem à campanha – Antonio Graeff; (Esta, aliás, vale para toda a Web colaborativa, movimentos fakes não vão adiante…);
Frase que já estava na coleta: “O Futuro já chegou, só não está distribuído uniformemente” – William Gibson. Por fim, fala-se das restrições das leis brasileiras, de algumas experiências, do Kassab e Serra. Faltou a do Gabeira que acho que foi também interessante. Dicas para candidatos e eleitores. E algumas ONGs brasileiras que lutam para melhorar nosso ambiente político, entre elas:
É isso. Que dizes?
dez 2nd, 2009 by Carlos Nepomuceno
Pessoal, convido os amigos e amigas para a minha defesa de qualificação.
(A qualificação é uma etapa necessária para seguir com a tese, com previsão de término em dezembro de 2010.)
ESCOLA:
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
DOUTORADO EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO
CONVÊNIO UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – INSTITUTO DE ARTE E
COMUNICAÇÃO SOCIAL
INSTITUTO BRASILEIRO DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA – IBICT
TÍTULO PROPOSTO:
A RUPTURA DO CONTROLE DA INFORMAÇÃO NOS
SISTEMAS DE CONHECIMENTO COLABORATIVOS DA INTERNET
VISTA COMO ALTERNATIVA PARA O EQUILÍBRIO SISTÊMICO
Quando?
Onde:
Veja como chegar a partir do “Sujinho”, famoso bar do local, todo mundo conhece.
É seguir o roteiro, veja o vídeo.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=lWm9BxWK60Q]

Bom, coloquei aqui a palestra que fiz sobre como implantar redes para o combate à Dengue.
A visão de rede que apresento já é atualizada pós ida a NY, quando evoluí algumas coisas.
A palestra de Valcler Rangel da Fiocruz.
No dia 25/11, discutindo como as redes podem ajudar no combate à Dengue.
Os links da palestra:
Artigo sobre ciência em rede do WSJ.
Cidade Santa Cruz na Califórnia.
Acompanhamento da gripe suína, via GPS.
Podcast: Reproduzir em uma nova janela | Baixar
Toda linguagem contem os elementos de uma concepção de mundo – Antonio Gramsci – da minha coleção de frases;

Somos testemunhas de um fato raro.
Como disse Pierre Lévy só aconteceu três vezes na história da nossa civilização:
Mudanças radicais aconteceram nestes três momentos.
Não é à toa que vivemos esse susto prático e teórico.
É tudo muito novo e radical.
Não tínhamos teoria sobre isso, pois acontece tão poucas vezes e quando aconteceu no passado não tínhamos tantos pesquisadores como temos hoje testemunhando e tentando entender o fenômeno.
Ou melhor:
Nunca na história dessa humanidade (como diz nosso presidente), tivemos tantos pensadores levando o mesmo susto ao mesmo tempo!!!

(O ser humano não sabia que vivia sobre um vulcão informacional, que explodia e mudava tudo.)
Sim, a meu ver, há uma lógica por trás disso.
Um detonador de momentos como este: o crescimento populacional.
Quanto mais somos, mais complexos têm que ser nosso ambiente de conhecimento.
É uma questão de sobrevivência.
Estávamos maduros para a Internet, pois o modelo de troca de ideias anterior não permitia que pudéssemos sobreviver com o conforto necessário.
Criou uma entropia que a Internet veio resolver!
Hoje, com 7 bilhões de habitantes, que precisam de 21 bilhões de prato de comida, o papo é outro.
A rede das instituições anteriores, hierárquicas, não estavam mais conseguindo ser ágil o suficiente para resolver os problemas variados e cada vez mais complexos.
A rede digital vem trazer essa emergência: reduzir o tempo entre a “doença” e a “cura” de forma cada vez mais rápida e eficaz!
E precisamos, a partir daí, compreender por que entramos em uma nova era.
Isso se dá, não apenas por causa da tecnologia, que é apenas indutora, mas principalmente pela mudança do controle da informação. E só temos essa mudança de controle de informação, quando a tecnologia passa a ser difundida em larga escala.
Enquanto a Internet estava restrita a meia dúzia, assim com o livro manuscrito, não fedia nem cheirava.
Quando se disseminou o livro impresso e caiu o preço.
Ou veio a banda larga e colocou a Web em qualquer Lan House a baixo custo…as coisas começam a ser diferentes.
E serão muito mais!

A Idade Mídia estabeleceu um tipo de ambiente de conhecimento, basicamente um sistema de controle informacional, no qual as caras mídias de massa ficavam nas mãos de um conjunto de parceiros, que estabeleceram regras sociais para defender seus interesses.
E tudo que faziam como difusão era para mantê-los e preservá-los.
Basicamente, a grande mudança que assistimos é uma mudança radical na forma do controle informacional.
Quem mandava antes dominava um determinado meio.
Agora, com a chegada de outro, estabelece-se novas formas de controle e, por sua vez, com novos agentes e mentalidades, necessitando que a mesma classe ou uma nova, entenda como a banda toca, para poder, de novo, se estabelecer no poder.
Estas nova mentalidades são mais compatíveis com a necessidade do todo, cada vez mais numeroso, do que a mentalidade anterior.
Assim, estabelece-se outras bases, com novas regras.
Não vamos nos iludir.
Haverá um outro patamar e diversas práticas da Idade Mídia não terão mais lugar.
(Veja, por exemplo, a discussão sobre a ética do lucro.)
Nesse sentido, pode-se admitir que entraremos em um outro patamar civilizacional com mais humanidades do que a fase anterior, como foi com o livro impresso, a escrita massificada, que empoderou o cidadão, aboliu a escravidão, deu novos direitos às crianças e recolocou o papel da mulher na sociedade.
(Mesmo que haja este tipo de exploração ainda hoje em alguns recantos do planeta, a ideologia dominante é contra, como foi a favor no passado.)
As anteriores se tornarão obsoletas, pois parte eram convencimento pela repetição, parte pela força da não oposição de ideias.
Saltamos, assim, de um ambiente antes controlado por um grupo, para um novo, no qual novos agentes passam a atuar, utilizando-se da nova mídia.
Portanto:
Estamos vivendo dentro de uma mudança tecnológica radical, um novo ambiente de conhecimento, no qual há uma ruptura com o modelo de controle de informação anterior, inaugurando, por causa disso, não da tecnologia, uma nova etapa da civilização com novas regras para se conseguir e se manter no poder.
Todas as éticas, ideologias e mentalidades eram fruto direto desse controle informacional, ou como dizia Marx:

” A ideologia de uma sociedade será a ideologia da classe dominante. E uma nova ideologia pode ser estabelecida por uma revolução social por uma nova classe dominante”.
E precisaríamos complementar agora, diante dos fatos presentes:
“A ideologia da sociedade será a ideologia da classe dominante. E uma nova ideologia pode ser estabelecida também por uma revolução tecnológica, desde que mude de forma massiva a maneira pela qual os humanos trocam ideias e, por sua vez, se mobilizam, o que propicia o ambiente fecundo de novas revoluções sociais”.
Assim, estabelece-se com o novo ambiente uma nova ideologia, pois para se manter a anterior, era preciso o controle das vozes.
Mesmos nas democracias mais abertas, a mídia, a indústria cultural e as instituições serviam de filtros, não permitiam o debate amplo de ideias, entre os que não estavam lá dentro, ou que tinham pouco tempo, ou que nem tinham interesse de estar.
Era um debate de cima para baixo e não, como vemos hoje, um debate mais horizontal de baixo para e com o baixo, a distância e com recuperação do que rolou pelo Google.
(O mesmo ocorreu com a chegada do livro impresso quando mais autores puderam conversar com mais autores, na rede social do papel.)
Agora, nas redes sociais, blogs, twitters, skypes, msn a porteira abriu e inauguramos uma nova luta pelo poder.
As mentalidades anteriores só sobreviverão pela força de sua aplicação na realidade.

O que era fake, forçado, imposto pela mídia anterior, vai virar, aos poucos, pó.
É, na verdade, esse o movimento passo-a-passo que assistimos, revisões de conceitos que são recolocados, a partir desse novo ambiente.
Muitos eram bons e ficarão, readaptados.
Outros serão resgatados e remixados do passado, mesmo antes da Idade Mídia;
E novos surgirão, na eterna escalada humana para povoamento e agora superpovoamento do planeta.
Enquanto crescermos a população nessa velocidade, as mídias terão que acompanhar o ritmo.
E o que era exceção, pode vir a ser uma prática, como se diz Web 2.0, 3.0, etc…
E mudarão, com novos ambientes de conhecimento, os controles informacionais, destronando reis e fazendo novos, no ciclo eterno de poder, como já versificava e profetizava Shakespeare, que entendia, principalmente, da alma humana.
Que dizes?
dez 1st, 2009 by Carlos Nepomuceno
As empresas devem responder os ataques on-line com a verdade – Barry Libert e Rick Faulk – da minha coleção de frases;

As empresas como a conhecemos hoje são o resultado de um longo processo, iniciado com a Revolução Industrial, depois da chegada do livro impresso, que proporcionou um ambiente de troca de informações, muito favorável a poderes centralizados.
Elas basicamente surgiram e evoluíram para oferecer produtos e serviços que nos ajudem a resolver problemas sociais.
Precisamos nos vestir, comer, beber, nos entreter….
E as empresas vêm para solucionar estas demandas.
Oferece-se algo ao mercado e consegue-se determinada remuneração pelo serviço/produto.
Estabeleceu-se, assim, a lógica do lucro como necessidade para incentivar a alguém a trazer para a sociedade soluções para os problemas. Um estímulo para que os problemas fossem resolvidos e todos ficassem contentes na relação custo/benefício entre cliente/fornecedor.
Assim, é bom que se diga claramente:
Uma empresa originalmente veio resolver o problema da sociedade e DEPOIS ser remunerada por isso, o tal “dar lucro”.
Com o avanço do capitalismo, a partir da Revolução Francesa, os donos da empresa chegaram e passaram a influenciar fortemente o poder central. E se sentiu à vontade para tornar o lucro o centro, a mola propulsora, do processo, deixando a resolução do problema para segundo plano.
Estimulando uma lei de mercado, na qual o cliente teria diversas escolhas, vencendo o mais forte.
Empresa boa é a que dá lucro!
Resolver problemas é secundário, ou pelo menos, necessário para continuar dando lucro, em uma relação dialética.

E conseguia, de uma forma ou de outra, manter seus consumidores satisfeitos, dentro de um conjunto de informações parcialmente diponíveis.
Na verdade, era um consumidor nem sempre satisfeito, pouco informado e nada participativo.
Na verdade, usava-se como recurso padrão um tipo de marketing/propaganda baseados, muitas vezes, na desinformação e na manipulação para colocar no biombo que o objetivo final não era o acionista, como de fato o é, mas um pseudo-consumidor iludido, na qual ele tinha razão na frente e, no fundo, quase nenhuma.
Isso, apesar do contra senso, se manteve intocado como a máxima principal do capitalismo.
Os clientes sempre têm razão, depois dos acionistas, claro!
A empresa estava de um lado, com seus acionistas ávidos e seus governantes de plantão para garantir um certo controle, reforçado com a força da mídia. E o consumidor, do outro lado, passivo e manipulado.
O pagodeiro que bebe X fazendo propaganda de Y.
Mas tudo isso se sustentava numa base de uma ambiente informacional controlado para que o consumidor se sentisse ilusoriamente rei, quando, na verdade, o acionista era (e é) a majestade de fato.
Fumaça, fumaça, fumaça.

E mais: o produto chegava pronto para o consumo na mesinha do neném.
Olha o aviãozinho….abre a boquinha… 🙂
Agora, há uma mudança.
Haverá uma revisão da lógica do lucro acima da solução de problemas, pois o que muda com a nova tecnologia informacional é o ambiente de troca de ideias, na qual não há mais a mesma regra de controle.
Não há mais silêncio, o vital, silêncio entre os consumidores para a sustentação da ética anterior.
Há vozes discordantes que podem ser recuperadas pelo Google.
E agora?
Quebra-se, como mágica, o ambiente controlado pela mídia, no qual as empresas tinham total controle do que circulava, pois eram elas que patrocinavam com seus anúncios seu funcionamento.
Claro que havia pequenas brechas, mas nada que não pudesse ser resolvido com um papo entre o presidente da empresa e o dono do jornal nas grandes crises.

Como não se tinha espaço para que as decisões que privilegiam o lucro em detrimento da solução do problema, pudessem estar claras, nítidas, havia um bom espaço para a manipulação.
Na televisão, a empresa diz que é o seu banco, a sua corretora de imóveis, o seu fabricante de eletrodoméstico, mas por trás dos panos, se fazia mil manobras para que o que você comprava tivesse um cavalo de tróia: antes o lucro, depois você.
Era a falsidade mantida por um sistema baseado no controle informacional da Idade Mídia.
Hoje, com a troca de informações entre os consumidores, via redes eletrônicas, o espaço para esse tipo de manipulação tende a se reduzir cada vez mais.
E talvez mude a face da própria ideia do capitalismo.
Será cada vez mais fácil, para o consumidor, onde se inclui o cidadão diante do Estado, acompanhar e saber o quanto realmente aquela empresa/governo está focada no problema do consumidor/cidadão ou no dos acionistas/amigos do governantes.

Mais:
Agora, até o problema a ser resolvido na ponta, no mercado, que justifica o produto e serviço, está mudando rapidamente!!!
É preciso, assim, fazer uma parceria de produção cooperativa com o consumidor para evoluir os produtos.
O que leva a empresa a trazer o seu antigo manipulado para dentro de sua corrente de decisões, cada vez mais para cima. O consumidor passa a ganhar status que antes só cabia ao acionista.
Isso tem ocorrido aos poucos, mas é uma tendência forte.
O consumidor quer ver solucionado o problema e aceita o lucro, mas desde que haja uma lógica que o defenda.
O espaço para o cavalo de tróia é bem menor!!!
Isso não se dá na força, na marra, mas no convencimento, o que muda o DNA básico do conceito do lucro x problema.
Hoje, como vemos todos os dias, é cada vez mais difundido o quanto é fundamental criar redes de parceria com fornecedores, empregados e consumidores para acelerar a inovação.
Estas redes, entretanto, não podem se basear na manipulação, mas em um compromisso de todos para solucionar o problema de origem, (que agora, aliás, é cada vez mais mutante.)
Claro, que uma coisa não deve ir contra a outra, espera-se que quem presta um serviço seja remunerado por ele, mas não que coloque o lucro acima da solução do problema.
Esta é a mudança mais profunda que o capitalismo vai viver nesse novo ambiente informacional que estamos entrando.
Criar redes sociais é rever o conceito lá detrás.
Voltar a privilegiar o consumidor e seu problema, em primeiro plano e o acionista em segundo, pois se o consumidor migrar para o concorrente, que vai adotar a mesma rede, o acionista de lá será o beneficiado.
É um ambiente que revisa tudo.

Portanto anote:
Criar redes sociais envolvendo consumidores, hoje, um discurso predominante no mercado, pressupõem a revisão do conceito de lucro x solução de problemas.
Quantos estão realmente preparados para essa nova fase?
Uma nova ética vai se estabelecendo, na qual, o problema do consumidor está acima de tudo, pois procura-se garantir não mais apenas a fidelidade, mas o envolvimento e a colaboração para fazer pensar junto nas soluções.
Esta aliança não pode se basear na ética passada.

Os acionistas devem ser os primeiros a acordar, pois o lucro vai caminhar para quem entender a nova ética primeiro.
Não, não é a Internet que está mudando o capitalismo.
Ela trouxe apenas, e somente, uma nova tecnologia que permite um novo ambiente de troca e articulação de ações humanas a distância, na qual os reis e papas corporativos já não podem pedir que todos rezem em latim e ajoelhem em milho da mesma maneira.
O fiel hoje já não é mais o mesmo.
Eles trocam entre si em escala global.
E aprendem cada vez mais rápido sobre a mentira dos padres.
Querem outra Igreja para consumir na qual são pró-ativos precisam, antes de tudo, ter fé, que elas estão realmente a seu lado, mas com armas poderosas para descobrir quando mentem.
Que dizes?
nov 30th, 2009 by Carlos Nepomuceno
O brasileiro é alegre, mas não feliz – Renato Russo – da minha coleção de frases;

Nós pensamos sempre, entre outras coisas, no aqui e no agora.
E achamos que temos que ver todos os problemas resolvidos na nossa geração.
O primeiro passo para irmos adiante e navegarmos em outros mares é pensarmos sempre no que fazemos, como irá impactar o país daqui a 10 gerações adiante.

Difícil?
Necessário, pois se os nossos antepassados tivessem pensado assim, não estaríamos hoje com os problemas que temos.
E qual o nosso principal problema?
Mentalidade.
O que acho que temos que rever:
Dizem que com a educação naturalmente iremos caminhar nessa direção?
Será? Em quanto tempo? E que preço pagaremos para viver nesse eterno país que não aprende?
Lendo o livro, “Levar Adiante“, que recomendo fortemente para quem estuda redes, Bill Wilson o idealizador do AA (Alcóolatras Anônimos) formou uma metodologia de rede para resolver problemas de compulsão, que serve como base para solução de diversos problemas.
O interessante que a ideia da partilha do AA foi buscada nos cristãos primitivos, antes do confessionário, que, ao invés de confessarem para o padre, conversavam entre eles. O pecado era coletivamente discutido. Era 2.0! 🙂

Bill Wilson
Faço, aliás, um paralelo das ideias de Wilson com as de Paulo Freire e Augusto Boal.
O aprendizado coletivo em redes, a partir de problemas insolúveis individualmente.
Na base do aprendizado daquelas redes, baseando mais no AA, que servem para qualquer outra, temos:

Pode, a princípio, parecer ingênuo, mas seria interessante tentar formas de criação de grupos focais para discussão de problemas, tendo como foco a procura de soluções do dia a dia sobre outro ponto de vista, questionando a nossa maneira de ver o mundo (alternado mentalidades.)
Nessa direção, o PT, nas suas origens, que participei, tinha a ideia de núcleos por bairro, empresas, etc.
O empoderamento pela base.
O problema que aqueles núcleos passaram a ser meio para se chegar a um determinado fim: o poder.
Ou seja, os grupos focais (núcleos do PT) que elegeram Lula, eram apenas um canal de transmissão para algo maior.
Na metodologia do AA, de Freire e de Boal não se trabalhava com Redes de Ação, mas Redes que visavam puramente a melhora da cognição, que levava aos participantes a terem outras atitudes, na vida, fora daquele ambiente.
O que elimina a disputa do poder interno, um dos grandes pulos do gatos, aliás, do AA.
Por isso, acredito que grupos focais de discussão (Redes de Cognição) de problemas podem ser instrumentos poderosos para melhoria cognitiva de cada participante e não devem atuar para determinado fim, mas apenas reunir as pessoas para que se mútuo-ajudem a resolver seus problemas do lado de fora, tendo como foco sempre rever a nossa mentalidade.
Pode dar certo?
Quem sabe?
Brasileiros anônimos?

É uma semente que vou desenvolver mais adiante.
E, obviamente, testar em algum momento.
Que achas da ideia e o que melhoraria nela?
Diz!
nov 27th, 2009 by Carlos Nepomuceno

Apesar de achar que R$ 16 mil foi muito e que merecia algo mais compatível com o que ele podia pagar, algo educativo, o que fica desse processo é:
1- se queremos liberdade, temos que ter responsabilidade;
2- comentários devem ser sempre monitorados, não antes, mas logo depois que chegam, você é o responsável, se não tem tempo, deixe comentários para aprovação, blog dá trabalho. Caso não queira ter, fica comentando no blog dos outros;
3- de maneira geral, acusações de cunho pessoal, (veja bem não falo de política) deveriam ser evitadas em blogs, pois não estamos aqui para isso, tanto nos textos ou nos comentários;
4- se alguém xingar alguém, mande o comentarista de blogs alheios xingar as pessoas no blog dele!
Parece difícil, mas é importante pensarmos sempre nas consequências do que fazemos para os outros.
Modelito cidade 1.0.
Tem ônibus mal distribuídos, pequenos.
Em Brasília, tem aqueles integrados, em Curitiba, que são mais longos.

Em NY, a mesma coisa.
Aqui perto de casa, o 473 demora séculos para passar.
Ou seja, falta é uma melhor coordenação e articulação com a população que poderia ter mais controle de horários nos pontos, de quanto em quanto tempo passa, um canal mais aberto e um estudo da prefeitura, até mesmo, em tempo real, de onde está carente, deslocando a frota, conforme necessidade.
Dã!
Se alguém acha que vai resolver problemas de cidade grande sem a participação da população nos problemas, enlouqueceu ou tomou a pílula verde 1.0, da não mudança.
É preciso envolver a população em tudo, cada vez mais, através de todos os gadgets possíveis, de celular a redes sociais.
É isso, bom fim de semana.
nov 26th, 2009 by Carlos Nepomuceno
O destino apenas suscita o incidente; a nós é que cabe determinar a qualidade de seus efeitos – Montaigne – da minha coleção de frases.

A meu ver há uma certa confusão quando falamos a palavra: REDE.
Nos referimos a ela como se fosse um elemento único e indivisível.
Não é, como jesus, ali estão contidos o pai (conexão), o filho (informação) e o espírito santo (comunicação) no mesmo corpo. 🙂
Veja mesmo que na entrevista do Castells esta semana para o “El Pais”, ele diz, veja marcas em vermelho:
La gente que utiliza Internet tiene más amigos, sale más frecuentemente, participa más políticamente, tiene mayores intereses y actividades culturales… Internet expande el mundo.
Apesar de concordar com ele na mesma entrevista, quando diz que a Internet não elegeu o Obama, mas sem ela não teria sido eleito, (como coloquei na minha coleção de frases) Castells, me parece que cai na casca de banana de ver a Rede como um bloco.

O fato de usar a rede não quer dizer que a pessoa vai ter mais amigos ou expandir seu mundo.
Pelo contrário, as salas dos viciados anônimos da Internet mostram justamente o contrário.
Há o risco do vício sim e do fechamento de espaços.
Ou seja, depende do uso que cada um fará da rede de conexão e informação, colocando elementos de comunicação sobre estes dois!!!

Assim, é necessário que possamos analisar as três camadas distintas de rede, que formam um bloco único de um grande ambiente de conhecimento, necessário para a manutenção e evolução da espécie humana no planeta:
Qualquer sociedade têm estes três elementos para sobreviver e é a harmonia entre eles e a motivação para que o fluxo seja cada vez melhor que fará a diferença no final. Vamos detalhar:
(Aí, concordo com Castells na mesma entrevistas, quando diz que: Vivimos con Internet, no en Internet)

(Note que há inovações em cada uma delas. Hoje, o usuário cria APIs para as redes de conexão 2.0. Temos a inclusão de dados nestas bases direto pelo usuário na rede de informação 2.0. E um novo tipo de rede de comunicação, que seriam as redes sociais, redes de comunicação 2.0. É muita novidade para uma geração só, né verdade?).
Obviamente, que para haver um bom ambiente de conhecimento é necessário haver uma harmonia entre estas redes. Ou melhor, que tudo seja feito, de tal forma, a não prejudicar o fluxo do aprendizado.
(Sob este ponto de vista, nota-se que não fazemos gestão de conhecimento, mas gestão de ambientes de redes. E que esse trabalho é um processo dinâmico para mantê-las harmônicas, visando produzir inovação.)
O aprendizado é necessário para que a espécie continue a sobreviver diante de cada novo desafio: do clima, da superpopulação, das crises, etc.
E, em última instância, como sugere Maslow, o principal objetivo humano é a realização de cada pessoa. Eu acrescento: sentir que está colaborando de alguma maneira para a melhoria do mundo em que vive, sempre o aperfeiçoando.
Tudo que atrapalha este objetivo deve ser eliminado para que ele atinja sua meta principal.

Quando isso não ocorre, há a desmotivação, a procura de atividades que aplaquem esse desejo não realizado.
(A sociedade de consumo, na verdade, está estruturada em não deixar que essa realização ocorra, oferecendo em troca algo para ficar no lugar, transformando o que deveria ser resolver necessidades, em consumismo, aplacando frustrações.)
As redes devem ser estruturadas para que todos – como em uma utopia – consigam atingir estas metas.
Muitas vezes nos envolvemos em projetos que nos pareciam ou parecem significar este tipo de melhoria.
(É o caso do Wikipedia, Linux, Youtube, projetos dentro das nossas empresas, do governo, etc…)
E é este espírito holístico de melhoria geral que nos faz querer participar e colaborar.
E é este o papel de quem quer incentivar a saúde do ambiente de conhecimento.
Manter a harmonia sobre tudo, mas tendo como perspectiva principal de que o propósito maior é a ilusão manipuladora (que tende a ser passageira) ou a realização (de fato, que tende ao longo prazo) de que seus elementos acreditem que estão construindo algo maior do que os benefícios práticos que a participação ali oferece: salário, posição, etc. Ou a melhoria de produtos, no caso das redes de consumidores.

Esta é a meta a ser alcançada, fazer que o humano chegue a este propósito de melhoria do planeta, através dos ambientes de conhecimento, fortemente centrados na comunicação, em um processo de aprendizado dos erros cometidos, visando a melhoria contínua.
O que nos leva a nossa sentença:
Chapar a Rede como uma só é escolher um caminho pouco eficiente de lidar com o problema, que tem derrubado muita gente boa numa casca de banana teórica, colocada no meio da calçada.
Cuidado!
É isso, concordas?
nov 25th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Você tem que ser a mudança que você quer para o mundo – Gandhi – da minha coleção de frases.

A Wikipedia está em crise.
Quem levanta a lebre é o WSJ em matéria desta semana.
Os sintomas, segundo o artigo:
– um número sem precedentes dos milhões de voluntários online que redigem, editam e policiam o seu conteúdo começou a abandonar o barco.
O assunto volto à baila –> Wikipedia vem perdendo colaboradores
Dados concretos, segundo o jornal:
Nos primeiros três meses de 2009, o site da Wikipédia em inglês teve uma perda líquida de mais de 49.000 editores, ante perda líquida de 4.900 no mesmo período um ano antes, segundo o pesquisador espanhol Felipe Ortega, que analisou o histórico de edição dos mais de 3 milhões de colaboradores ativos da Wikipédia em dez línguas. No mesmo período, o site em português teve uma perda líquida de quase 1.800 editores, ante ganho de 147 um ano antes.
Apesar de manter a visitação e crescer em número de acessos:
Na verdade, a Wikipédia continua muito popular, com o número de visitantes tendo crescido 20% no período de 12 meses encerrado em setembro, segundo a comScore Media Metrix.
Explicações para o problema da queda de participação dos próprios colaboradores:

Os problemas levaram ao jornal a repensar o próprio modelo 2.0, de se gerir informação:
Os problemas na Wikipédia também suscitam questionamentos sobre a evolução do “crowdsourcing”, um dos princípios mais celebrados da era da internet. Esse conceito defende que há sabedoria em agregar contribuições independentes de uma infinidade de usuários da internet. Ele foi promovido como um meio novo e melhor de grandes números de pessoas colaborarem em tarefas, sem as regras e a hierarquia das organizações tradicionais.
Como se consegue fazer este controle com sucesso?

Já no início do ano critiquei a maneira como os novatos eram tratados por lá.
Acredito que há uma certa ilusão, como até aponta o WSJ:
“As pessoas geralmente têm essa ilusão de que a sabedoria coletiva é uma espécie de pó mágico que você lança sobre um sistema e coisas mágicas acontecem”, diz Aniket Kittur, professor assistente de interação entre humanos e computadores na Universidade Carnegie Mellon, dos Estados Unidos, que estudou a Wikipédia e outras comunidades virtuais de grande porte. “Mas quanto mais pessoas você agrega a um problema, mais dificuldades enfrentará para se coordenar com essas pessoas. É como ter cozinheiros demais na mesma cozinha.”
Pelo acompanhamento que venho fazendo do projeto de inclusão de comentário pelos leitores nas notícias do Globo on-line podemos dizer que um projeto de administração de colaboração é uma nova técnica de gestão da informação em desenvolvimento e carece de diversas condutas e tecnologias para se manter a relevância e a motivação dos colaboradores.
Tais como:

Agora o mais importante:
O excesso de regras do Wikipedia demonstra que eles estão sem recur$o$ ou sem a visão, criando regras, aonde deveriam ter ferramentas que ajudassem a diminuí-as, interfaces melhores e mais inteligentes.
Por exemplo, transferir para os formulários de inclusão de artigos os critérios de edição, por exemplo, pois para cada um tipo de artigo tem um modelo distinto.
Não se deve pedir para se ler as regras, mas transferi-las para a interface que cuida de solucionar e direcionar para que não se saia do script. Ao se terminar de preenchê-los tudo estaria certinho, sem necessidade de leitura das ditas cujas.
Assim, funcionam cada vez melhor os sites de comércio eletrônico para que você não sinta que está gastando!
Vai aprendendo e facilitando a vida do usuário para que cada vez mais, ele com menos esforço, chegue aonde quer.
(Será que também não temos aqui um problema de modelo econômico do Wikipedia, que não consegue recursos para esse tipo de medidas, que sim, são caras, pois é tudo novo e precisa ser criado, pensado e desenvolvido?)
Deve haver um controle dos usuários, mas também um controle dos controladores.
Hoje, no Wikipedia se formou uma casta radical de Wikicolaboradores.

Toda a interação colaboradores x usuários deve ser aberta e passível de leitura para qualquer um na rede.
Este fato pode evitar que a “panela” se forme e os radicais do lado de dentro, que se acham os reis da wikicocada preta. 🙂
Neste aspecto, podemos dizer que até o Wikipedia, o farol do mundo 2.0, também ainda tem o seu lado 1.0.
Ou seja, não é fácil.
Como costumo dizer, todo dia, como um alcoólatra em recuperação, devemos olhar no espelho e dizer:
“Só por hoje, serei 2.0“. 🙂
Nossas cabeças ainda pensam sempre no modelo anterior, vamos precisar de algumas gerações para viver plenamente o mundo novo que estamos entrando…
Ou seja, não se pode questionar a produção coletiva como modelo, pelos tropeços que temos e teremos.
Ela será talvez a única, ou a mais utilizada saída para um mundo super-povoado que precisa de velocidade e complexidade dos seus sistemas de informação!
![]()
Mas deve se saber que ela exige um esforço, um novo tipo de gestão informacional, para o qual não temos ciência, normas, regras, detalhamento.
É uma nova floresta virgem, na qual estamos penetrando com lanternas pequenas, com MUITO pouca luz.
A crise do Wikipedia é saudável, desde que vivida de forma aberta e se aposte sempre na visão e nas tecnologias adequadas.
Será útil, não para questionar o modelo, mas para sabermos que ele precisa ser sempre pensado e inovado, pois somos neófitos em produções coletivas nessa magnitude.
Abre e fecho o artigo com mestre Gandhi:
“Você tem que ser a mudança que você quer para o mundo.”
Se não for assim, já (não) é.
Que dizes?
PS- mais detalhes sobre o tema no WSJ.
nov 24th, 2009 by Carlos Nepomuceno

Qual a melhor medição possível para os projetos de redes sociais, web 2.0, empresas 2.0, intranets 2.0, mídia digital, governo 2.0 ou seja lá o nome que você vai dar para o que você anda fazendo em nome do melhor uso da Internet!?
Acredito que existe uma principal:
Qual a capacidade da organização (pública ou privada) de identificar e corrigir de forma inovadora os erros que comete?
E que se desdobram:
Qual a capacidade de criar redes de comunicação entre todos os envolvidos no seu processo de produção, fornecedores, clientes e colaboradores internos? Como o ambiente geral estimula a todos querer melhorar realmente o processo? Qual a liberdade de crítica que todos que estão nesta rede têm para apontar erros e vê-los corrigidos? E qual a velocidade de correção dos erros que vão surgir a partir das críticas?

O objetivo de toda instituição deveria caminhar nessa direção, pois no momento atual e futuro:
(Fica difícil ter a mesma opinião formada sobre tudo. Ou seja, a metamorfose ambulante passa a ser regra e não exceção – para desespero de Raul Seixas na cova);
Já era antes, pois não é de hoje que se fala sobre as empresas, nações, instituições que aprendem.
Veja este que andei lendo faz um tempo e vou voltar a dar uma olhada:
Se antes tínhamos o discurso, nem sempre levado a sério de inovar a cada passo, agora isso é mais emergente e vital.
Aparecem com toda a força de uma grande ruptura no epicentro informacional da sociedade as ferramentas das redes sociais, que estabelecem uma nova rede de conexão. Que por sua vez consolidam uma nova rede de informação, que permite a recuperação da memória humana.
E sobre as duas a mais nobre de todas, a rede de comunicação, que já aponta rapidamente diversos resultados de sucesso.
É este ambiente externo, destas redes, que vai dar o empurrão que faltava no discurso do Senge do livro aí de cima.
Mostra, na prática, como é poderoso, o que era antes só discurso.
Vide:
Assim, quem se apoderar destas “armas” e as utilizar nessa direção de uma empresa mutante, tende a fazer a diferença.
Fala-se em lições aprendidas, como se os erros fossem estáticos.

É preciso colocar em prática processos inovadores em que repensar o piloto automático faz parte intríseca do cotidiano a ser atingido.
Não se deve focar em lições aprendidas, como se olhássemos para trás.
Deve-se aprender e repensar o dia-a-dia, todos os dias.
O que se deve é se olhar para o piloto automático e não deixar que ele nos governe.
Isso vale para um e para o conjunto.
Devemos combater tudo que fazemos de forma rotineira.
Para isso é preciso analisar se existe uma forma melhor de executar aquela tarefa, de forma individual e coletiva.
Como intuo, cada vez mais trabalharemos para melhorar os processos, do que no processo em si, já que não haverá nunca um processo consolidado, mas sempre algo a ser rearranjado.
Entramos na era do beta e nossas empresas serão sempre betas.
Nosso país, a meu ver, nesse sentido está entrando em um beco sem saída, não pelas atitudes, mas pela falta de crítica geral a elas.

O atual presidente acredita que nunca antes na história dessa humanidade houve tantas melhorias e nunca estivemos tão bem.
Tudo é festa!
É o anti-discurso inovador.
Uma nação para se desenvolver deve estar focada como loucos compulsivos nos erros, azeitando a máquina o tempo todo para melhorar processos.
Note que somos um fracasso na correção necessária entre o fato que acontece na sociedade, sua constatação de que é preciso melhorar algo no processo, sua ida ao Congresso, a virada em lei, e a justiça aplicando a dita cuja, ou as autoridades tomando novas atitudes.
Tudo é lento, muda-se pouco, fora e dentro das empresas.
É a nossa herança portuguesa-burocrática-autoritária-cristã.
Existe um corpus-resistentis no país, formado por blocos de poder, que emperram os canais e não permitem que mudanças aconteçam. O problema é que não estamos produzindo inovações, num mundo que as necessita, estamos empobrecendo nosso ambiente e, como consequência, seremos cada vez mais pobres.
Temos que assumir estes impasses estruturais para depois poder descartá-los e não fingir que não existem!
Se pudéssemos investir em mudanças, seria acompanhar o fluxo disso tudo, limpando a cada passo o que não deixa que esse círculo se dê.
E esta é a missão das redes de comunicação 2.0: limpar os canais de comunicação que impedem o ciclo de aprendizado contínuo cada vez mais dinâmico e eficaz!!!
Seja na organização pública ou privada.

O aumento da velocidade disso é a garantia de que estaríamos melhorando, numa eterna imperfeição, em processo de melhoria, mas nunca antes na história dessa humanidade, dormindo em cima dos louros.
Isso, do ponto de vista político eleitoral, dirão alguns é fundamental para se manter no poder.
Mas para um projeto de país é péssimo.
O líder – que tem a visão – precisa sempre apontar a virtude de se olhar para tudo e procurar os erros, para se aprimorar. É o discurso contrário.
Sim, melhorou, mas falta muito, me apontem como melhorar ainda mais.
Muitos dirão, mas isso não é humano!
Talvez, seja a hora de rever nossos conceitos de humanidade, não?
Este é o espírito da inovação que as instituições precisam assumir e, por consequência, o país.
E é isso que se espera como resultados e medição do esforço dos projetos 2.0.
O ciclo cada vez mais rápido e cada vez mais afiado das mudanças!
Está dando certo?
Veja o ciclo!
É isso que se quer.
É isso que se deve medir.
O resto, desculpem, é papo 2.0 (furado).
Que dizes?
nov 23rd, 2009 by Carlos Nepomuceno
We shouldn’t have illusions – the Internet didn’t come to save the world. José Saramago, from my phrase collection in Portuguese.

(Well, I’ll continue to talk a bit more about ideas going through my mind after the RioInfo debate.)
Here are some theoretical premises for reflection on the role of the Internet in the world.


See what Burke had to say about the industrial book, which MacLuhan considered to be the first mass media, as all others that followed it:
As many as three or four million copies of almanacs were printed in seventeenth-century England, as well as in Venice, with almost two million copies, through the work of 500 publishers, this resulted in general in the production of over 16,000 titles with 18 million copies in Europe. As proof of this “explosion,” it should be noted that approximately 400 universities had been founded only in Italy around 1600, and they were spread all over Europe, from Portugal to Poland (retranslated from Uma história social do Conhecimento/ A Social History of Knowledge, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2003.)
(Prior to the Internet, there was nothing more collaborative than academic work.)
Do not believe that collaboration is a novelty.
It’s only one more necessary motion, as in the past, to advance as a species. (Don’t fool yourselves!). Thus, collaboration on the Internet (as in the universities) has not and will not lead us to another civilization.
It’s more a process of change, out of necessity, not generosity, within a new support system – the network of our time.

Collaboration is – and will always be – used to solve survival problems of information and in no way can be viewed as a philosophical change of human condition, which requires a deeper and more general discussion of our nature. Unfortunately, the Internet, as the book prior to it, doesn’t bring answers to this.
People collaborate out of necessity!
So, it’s urgent to continue deepening the historical study of similar network ruptures in the past, or else we will never have the precise dimension of what we are currently going through, in what we should believe, and what changes will actually make a great difference for future generations. This includes a philosophical vision more geared to wisdom in broader terms than the reductionism of utilitarian knowledge, as we see today.

Otherwise, we will take an updated old for a completely new phenomenon.
And the new in this movement might get confused with something old.
That’s it for now!
Do you agree?
Twitter in English. Follow me.
Twitter in Portuguese. Follow me.
Translated by Jones de Freitas. Edited by Phil Stuart Cournoyer.
nov 23rd, 2009 by Carlos Nepomuceno
Em épocas de ruptura, estudar teorias é a coisa mais prática que podemos fazer! – Nepô – da minha coleção de frases,
Existem talvez dois tipos de crimes: os que acontecem aqui e agora, uma briga de bar.
Um cara mata o outro e a polícia chega, os dois nunca tinham se visto.
Pronto, resolvido o caso.

Bem diferente, é um, que envolve jogos políticos, interesses, que dão bons filmes e romances, intrincados.
Esse segundo exige pesquisa histórica e leva tempo.
Assim, um detetive não pode olhar todos os crimes do mesmo jeito, depende do tipo de morte.
O fenômeno da Web, das redes sociais não é o crime de bar simplesinho.
É complexo.
Há todas as implicações do passado, que nos permitirão entender a lógica da coisa.

É preciso criar um grande cenário para saber, afinal, por que estamos mudando tanto e como iremos mudar de novo.
E em que direção.
A Web é uma surpresa teórica e prática.
Exige muito carinho e atenção.
Misturar um crime com o outro, talvez tenha sido o maior pecado da Web 2.0 Expo, que ocorreu, agora em novembro, em NY, aliás, uma máxima nos encontros que tenho ido, aqui e lá fora,
Todos nós temos procurado, a partir de uma visão rápida – muitas vezes superficial- olhar rápido a cena do crime, saber como se vai empacotar a coisa e vender serviço e criar o passo-a-passo.
E escolher alguns culpados e dar medalhas para policiais despachados.
Se você não entende a lógica, fica difícil conseguir criar estratégia.
Entender os meandros da coisa.
O EUA são ótimos, talvez, a nação mais capacitada do mundo, pelo seu ambiente de negócios, em transformar pedra em leite.
O problema é que o detetive não pode usar sempre o mesmo método para tudo.
E é o que aconteceu.
Assim, as palestras, muitas delas, com aqui no Brasil também tendem a se arrastar em uma certa superficialidade dos exemplos, em uma certa monotonia do mesmo discurso.
Um passo a passo de acertos e erros.
O problema que a estratégia sem visão geral é mais carta e lenta de resultados.
E não permite grandes retornos de capital.
Tudo que se quer, mas para isso é preciso ter essa visão geral!
Falta uma boa e decente dose de grande cenário.
Exceções?
Aqui e ali se pescou algo por láq.
Sim, do alemão, Sören Stamer, que tentou abordar o problema, a partir do Darwinismo.
E da palestra polêmica e inquietante de Douglas Rushkoff, que questionou o discurso oficial.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=OHMvknT_uk4&feature=PlayList&p=A0D433518BDA7856&index=7]
Ele é autor do livro, que comprei, Life INC.
Gostei também da experiência da cidade de Santa Cruz de Orçamento e Governo 2.0.
Veja foto:
E ainda Web 2.0 Goes to Work: How Two Media Companies Implemented Business Social Software Ross Mayfield (Socialtext), Dave Burke (The Washington Post), Patrick Durando (McGraw Hill).
Nas palestras, ainda destacaria a Tara Hunt, na
The Whuffie Factor: The 5 Keys for Maxing Social Capital and Winning with Online Communities. O que vi, coloquei aqui.
Vale ainda dar uma olhada nos videos:
Da responsável pelo Governo 2.0 do Obama:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=HqRRdNn8mTU&feature=PlayList&p=A0D433518BDA7856&index=1]
A discussão sobre plataformas do próprio O´Reilly:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=EYRC8nfZ67M&feature=PlayList&p=A0D433518BDA7856&index=2]
Destacaria a palestra do Scott Berkun:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ID9vylV2PNs&feature=PlayList&p=A0D433518BDA7856&index=12]
E sugeriria que visse a palestra mais aplaudida, engraçada do evento, um inglês, entretanto, para ouvidos rápidos, confesso que vou ter que ouvir de novo, várias vezes:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=xkyqKPcfx64&feature=PlayList&p=A0D433518BDA7856&index=0]
Do exemplo de implantação de projetos 2.0 nas empresas, captei este slide, que confesso já nem lembro de que palestra, mas que aponta para coisas que concordamos por aqui:
Exposição de produtos:
Outro destaque, apesar do esvaziamento este ano, foi da feira, que mostra um pouco a tendência dos empreendedores e o que vi por lá é a aposta nas redes sociais nas organizações.

É a crise, mermão…
Mas há forte tendência de pequenos e grandes produtores de software de colocar boas ferramentas de redes sociais nas empresas.
De duas formas: ou instalando nos servidores, os maiores (Microsoft e IBM).
Microsoft ataca de SharePoint 2010:
E IBM de Lotus Connection:
E os menores apostam as fichas nas nuvens. Você paga mensalmente para criar a rede interna.Com pouca gente até de graça e, a partir de um determinado número, paga mensalmente.
Vejam as que achei nessa linha por aqui, coloca no Google para obter mais detalhes:
E ainda:
E talvez a mais badalada:
A pergunta que fica: e se você quiser migrar?
Perde tudo?
Bom, a feira aqui tem essa virtude é o faro americano para onde o vento 2.0 está apontando.
Vi ainda como curiosidade na feira:
1) a empresa de serviço brasileira que pagou 10 mil dólares para tentar a sorte no mercado americano: “Montar estande aqui é mais barato do que no Brasil”.
2) A presença do Opera (estavam também no Intercon, quando até ganhei uma camiseta. Devem estar com investidores);
3) O ooVoo para conferências, todos os participantes, na mesma tela, um vendo o outro, uma vantagem sobre o Skype;
Destaquei aqui o que podemos aprender com eventos americanos.
Aqui, os livros que comprei em NY.
Já postei também o que podemos aprender com um evento americano.
E, por fim, todas as fotos que tirei no evento, no Flickr.
nov 19th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Não, não comprei um Kindle aqui em NY.
Tá tudo muito nebuloso.
Vi só duas pessoas no metrô lendo em algo parecido.
Veja abaixo, a foto.
(Tá escura, mas na sombra há uma Kindle-woman, eu “agarantio”):
Não, não tem Kindles nas lojas para se olhar e tocar.
Só comprando direto na Amazon, no escuro, mas aí já é.
Ou como dizem no Nordeste: pronto!
Vi um Sony Reader na BH, loja famosa de eletrônicos, mas a Sony não tem nada on-line para vender.
Ou muito pouco.
Como já disse no Twitter, o Kindle e similares são Tokens para garantir acesso ao banco de dados da Amazon e concorrentes.
Paga-se pelo acesso.
Pois ler por ler deitado ou sentado, tenho meu nettop que serviria como luva.
Não tenho é livro dentro!!!
Tenho uma teoria que uma tecnologia só está pronta quando chega no Edifício da Avenida Central em várias lojas. 😉
Foi assim com o Palm.
E com os smart-phones.
Ainda não é o caso.
Será um dia?
A Amazon vai vender no varejo?
Muitos livros que queria não tinha no formato Kindle para baixar.
Assim, volto mais uma vez com a mala pesada.
Para compra de livros de papel, recomendo a Strands.
Mas aviso.
Tem que entrar no site antes e ir lá com tudo matigado no papel.
Não têm micros para consultas e os vendedores não são tão pacientes.E não sei se tem Wi-fi.
Tem até livros novos por bons preços.
A Strands é o maior sebo do planeta.
Onde me achei mesmo para livros novos foi na Borders.
Tem um wi-fi poderoso.
O livro Life é de um dos palestrantes aqui do evento.
Um dos poucos que saiu da forma de bolo.
Bom, hoje vou comprar mais livros,com 30% de desconto na feira do evento.
Só tem livros da O’Reilly.
Aliás, os autores, muitos, são palestrantes,meio jabá?
Alguns livros citados no evento de palestrasntes, não estão lá.
Posto depois a xepa de hoje.
Fui.
nov 18th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Palestra na WEB 2.0 NY:
Web 2.0 Goes to Work: How Two Media Companies Implemented Business Social Software
Ross Mayfield (Socialtext), Dave Burke (The Washington Post), Patrick Durando (McGraw Hill)
Quem começou:
Patrick Durando (McGraw Hill)
Estrutura da apresentação:
Necessidade:
+ Organização global;
+ Projetos ineficientes;
+ Tecnologias
+ Acesibilidade entre departamentos;
+ Mais visibilidade e interação;
+ Conteúdo gerado pelo usuário.
+ Mostra tela de sistema de projeto de compartilhamento de trabalho;
+ Mostra tela de sistema de apresentação de empregados.
(Lembra problema comum a todos: como reter os novos empregados?)
+ Mostra tela de sistema de eventos chamado “Eventspace”, usado como uma agenda coletiva;
+ Mostra tela de sistema de comunicação e oportunidade de aprendizado;, que permite inclusão de filmes, fotos, etc.
+ Fala (não mostra) plataforma de base de conhecimento e de documentação;
Lições aprendidas:
Valor:
Planos
Questões da platéia:
Problema:
Problema da imprensa – negócio em transição;
Precisam da interação para ideias.
Compartilhamento de projetos, via Google Docs;
Backlog de projetos;
Sistema de documentação – Usam o Social Text.
Usam o wiki para documentações diversas.
Mostrando que a maioria não costuma participar.
Futuro: Postpedia.
Mostra um vídeo de como se achar um lugar dentro da empresa, tipo um roteiro fácil para se achar um canto, o que facilita, pois não tem texto.
Usam Twitter.
nov 17th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Bom, vai aqui o que vi de melhor, fora a palestra que postei antes:
A palestra da Tara Hunt, quebrando os paradigmas.
Deve-se apostar nas pessoas.
Veja aqui o PPT.
Na palestra dela, citou:
Social intelligence – Daniel Goleman;
Rebuilding trust – Harvard Business Review
Porftofilio – Trust (não achei ainda o link);
Ideias soltas:
O mito dos superconectores, mas na verdade influenciar é algo imprevisível;
As influências mudam conforme os objetivos;
As influências são muito instáveis.
Quem realmente ajuda a decidir:
Amigos e família;
Análise de Produtos;
Vendedores – intermediários;
Vários fatores, incluindo custos;
AIUAPR – buying decision process;
Por onde começar
Centrar em pessoas e não em estratégias mídias;
Não fazer:
Ver as pessoas como consumidores;
Com lentes de produtos;
Integrar o feedback
E inovar junto com eles;
Criar felicidade para os consumidores;
Como?
Autonomia – Que as atividades são escolhidas por cada um;
Competência – ser eficaz;
Relacionamento – ligado aos outros;
Self-esteem (?)
Recompense o entusiasmo;
Influenciadores x entusiastas.
nov 17th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Bom, hoje assisti a palestra Darwinism on the Web: Surviving and Thriving in a Web 2.0 World Sören Stamer (da CoreMedia) na Web 2.0 Ny 2009.
Ele lembrou que estamos apenas a 6000 dias com a Web e tudo mudou.
Segundo ele, o mundo hoje é:
+ Rápido
+ Complexo
+ Transparência
+ Sincronização Global
+ Inteligência Coletiva
+ Abundância de opções
+ Crescimento exponencial
Exemplos de websites (transparência):
http://ratemycop.com/
O Que fazer?
+ Engajar pessoas e não mais considerar que o conteúdo é o rei;
+ Empoderar as pessoas;
Ex: harley-davidson.com;
+ Receber feed-back (e acreditar neles, um discurso recorrente, vi o mesmo tema em outra palestra);
+ Engajar as pessoas em conversações;
Ex: razortv.tv (Singapura);
+ O que conecta as pessoas é a emoção;
(O que importa vem da emoção e não da informação);
+ Seja pessoal;
Ex: oprah.com
+ O viral é poder;
+ Faça suas ideias mais contagiosas;
+ A ressonância pessoal é a que importa;
+ Quem estabelece os paradigmas passa a ser o usuário;
+ Abra e faça pouco;
Evolução é difícil de prever.
+ Deixe-se levar;
+ Pessoas pagam por atenção, por infomação exclusiva;
Ex: yelp.com;
+ Estamos entrando na era também da Internet sem website, via gadgets;
+ É preciso permitir acesso de diferentes maneiras;
+ Procure oferecer um serviço de graça;
O livro dele: “The Art of letting go – Enterprise 2.0“.
Vou tentar comprar amanhã na exposição que tem promoções.
O Deixar Rolar é talvez a chave desse mundo da mudança de controle da informação.
Gostei da abordagem dele.
nov 17th, 2009 by Carlos Nepomuceno
O anonimato é o arquiteto da Casa a Mãe Joana – Nepô – da minha coleção de frases.

Vejam que a sociedade quando tenta avaliar a Internet acredita que ela é uma rede de comunicação.
Não é.
A Web é uma rede de conexão igual a do telégrafo, o telex, o telefone.
A diferença é: o que circula na rede, fica registrado, antes não ficava.
E isso gera uma certa confusão.

Tal como:
O Rubinho processa o Google por causa dos seus perfis falsos e comunidades falsas no Orkut.
A culpa é do Google, que coloca uma rede de conexão disponível ou do usuário que faz o que desagrada a alguém?
A meu ver essa discussão é fundamental para mantermos a liberdade na Web e a possibilidade da continuidade das redes sociais.
Não estamos entrando na casa da mãe joana, a receita é simples:

Sem isso, vai virar o caos e vamos perder nossa liberdade!
Não existe um Twitter, mas o uso que cada um faz dele.
Diferente da Tevê, que tem um canal igual para todos e um responsável.
Nas redes sociais,por outro lado, como no Twitter ou Orkut cada um se manifesta naquele canal e deve assumir o ônus e o bônus que isso representa.
Da mesma maneira, nas inúmeras revistas da UOL ou do Terra.
Cada editor é responsável pelo que se publica ali.
A vida é assim e as leis assim determinam.
Ou seja, é preciso para que a Web funcione colocar o login no CPF de cada pessoa e poder responsabilizá-las.
É a lei básica por onde nosso direito de dizer terá em contrapartida a responsabilidade pelo que dizemos.
Se no Orkut há perfis falsos, cabe ao Goggle apresentar para a justiça o CPF dos responsáveis por cada um deles e que sejam punidos, conforme tenham exacerbado no direito do outro.
Rapidinho, a prática termina.
Os bandidos dos filmes da bang-bang quando iam assaltar um banco colocavam aqueles lenços na cara.
O anonimato é o arquiteto da Casa a Mãe Joana.

Os fora da lei não interessam à sociedade.
Cada um deve ser responsável pelos seus próprios atos.
Senão não há democracia!
Se for assim, dentro da mesmo lógica do processo do Rubinho, se alguém me passar um trote eu devo processar a Telefônica, o mesmo se alguém me passar um torpedo de propaganda, processar a Vivo.
Calma lá!
A rede é de conexão e que cada um pague pela comunicação que nela circule e não o contrário!
Vamos acordar!!!
Nossa liberdade on-line depende disso!
Concordas?
nov 16th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Se existe algo que o americano têm a nos ensinar é de como organizar eventos. Vejamos alguns detalhes fundamentais do evento Web 2.0, em NY, que começou hoje.
Cadastramento funciona com um localizador, tipo Cia Aérea.Os laptops ficam disponíveis para você colocar seu ID. Isso não teve no ano passado:

Ao colocar o identificador sue crachá já é impresso para pegar no estande, facilitando a chegada. O número foi enviado no ato da inscrição por e-mail. Veja onde se pega o crachá:

Cada participante – e isso também é novidade em relação ao ano passado – pode incluir no seu crachá adesivos que o ajudem a identificá-lo melhor.

Veja a mesa, com opções do tipo: Blogger” e “Twitter Addict”.

As palestras sempre começam na hora. (Bom né…)
Distribuem a programação de cada dia, num lugar próprio, além do catálogo completo:

Há, como vemos, espaço para conexão com lugar embaixo da mesa para recarregar aparelhos:

E tomar um café:

Suporte para quem está com problemas de conexão:

Por fim, há uma tela para, ao vivo, apresentar os últimos Twetts. Os em outros idiomas não aparecem no telão. Devem ter um filtro qualquer.

Destaco ainda o website do evento, no qual você pode fazer sua programação pessoal e divulgá-la, veja o link da minha.
Além de fazer contato com pessoas que estejam por aqui.
Um lance legal ainda é que no almoço será possível organizar mesas por temas.
A dos brasileiros já é uma tradição. 😉
Já encontrei dois por aqui Marcelo e Daniela.
Posto + depois.
nov 16th, 2009 by Carlos Nepomuceno

Fiz semana passada uma palestra em João Pessoa, para o projeto Dataprev 2.0.
Lá pelas tantas, um dos programadores da Dataprev me pergunta como se vai conseguir colaborar, participar, mudar com a quantidade de trabalho que se tem?
Não sobra tempo!!!
Na verdade, o que consideramos trabalho, é tudo aquilo que colocamos na nossa rotina, o que fazemos de olhos fechados, no piloto automático.
Certo?
Qualquer coisa que se faz fora disso, consideramos perda de tempo, ou não-trabalho.
Pois é justamente o não-trabalho de hoje, que pode ser considerado o totalmente-trabalho de amanhã!!!
Iremos mais e mais trabalharmos para melhorar processos, do que nos processos em si.
Duvidas?

Hoje, temos algumas coisas que nos fazem pensar sobre se realmente este modelo baseado no piloto automático, da rotina cega, será realmente eficaz no futuro:
(Veja o café da manhã que tive com o pessoal do Abduzeedo, que fala do poder da improvisãção.)
Ou seja, com o piloto automático podemos repetir, mas não mudar.
Interessa?
Ao se defender “empresas que aprendem”, deve-se pensar aprende-se exatamente o que?
Diria: aprende-se a se olhar para o piloto automático e ver o que estamos fazendo de forma repetitiva, burra, sem sentido, sem troca, perdendo tempo, focando nossa inteligência em problemas de baixa complexidade, deixando os de alta complexidade para alguém de cima.

O problema que transferir problemas de alta complexidade para uma hierarquia superior é jogar fora a capacidade de pensar sobre o mesmo de quem está envolvido com este, embotando a sua capacidade.
Jogando no lixo a capacidade da inteligência coletiva de todos.
Ou seja, usando cada vez menos a criatividade do cérebro e emburrecendo a força de trabalho, cada vez mais dependente da capacidade de improvisar.
Desta forma, ao se emburrecer as pontas, cria-se ruídos na rede de comunicação, dando mais poder ao modelo aranha e menos ao da rede descentralizada da estrela do mar.
(Leiam: quem está no comando?)
Inovar, assim, é olhar o tempo todo para o que se faz para se fazer diferente, de forma mais fácil,com o grupo ajudando nessa direção, com ferramentas colaborativas a distância e encontros presenciais quando der e aonde der.
Ter espaços, contados como trabalho, talvez o mais nobre, para repensar o que é feito.
E normatizações de gestão para que estas demandas mudem realmente o processo de trabalho.
Ou seja, o modelo bottom-up.
Nada adianta dar voz e não dar poder de decisão.
Se não vai mudar mesmo, por que discutir e colaborar?
Há uma lógica nisso!
Inovar é dar poder às pontas para se ganhar agilidade, revendo o tempo todo rotinas.
![]()
Esse é o desafio da organização 2.0, que aprende o tempo todo em redes descentralizadas.
E você o que diz?
Concordas?
Ver foto:

nov 12th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Pessoal, é eclética, estou estudando filosofia, pensadores, de como determinadas religiões e pensamentos tem a ver com redes, etc…está aí a minha lista:
nov 12th, 2009 by Carlos Nepomuceno
As pessoas colaboram voluntariamente quando consideram que podem, de alguma forma, mudar o mundo – Nepô – da minha coleção de frases.

Fala-se em Inteligência Coletiva e relacionamos o conceito à Internet:
“A rede traz Inteligência Coletiva”.
“O objetivo da rede é a Inteligência Coletiva”.
De fato, pode ser.
Depende de diversos fatores.
E pode-se dizer que temos ferramentas hoje que nunca sonhamos para resolver problemas de forma coletiva a distância, vide Linux, Wikipedia, etc…
Os humanos sempre tiveram e sempre terão problemas que precisam de mais gente para ajudar a pensar, seja para ganhar em velocidade, profundidade, qualidade e posterior adesão.
(Quem discute e compartilha do resultado, tem mais facilidade de adesão futura, conforme li e concordei com o livro do Horácio Soares, “O Tiro e o Alvo“.)
A opção pela resolução dos mesmos, via Inteligência Coletiva, do trabalho colaborativo em rede descentralizada, depende de uma postura diante do mundo.
Ou seja, esbarra-se em questões que pedem redes descentralizadas, com as quais as redes centralizadas não se adequam bem.
E, ou, adota-se redes descentralizadas como forma de resolver problemas que as redes centralizadas e controladas pelo status quo não deixam para ter controle das mudanças.
Papo de poder, mermão!
Estou lendo o livro “Levar Adiante“, a biografia de Bill Wilson, um dos idealizadores dos alcoólatras anônimos.

Bill Wilson
Eles tinham um problema: não conseguiam parar de beber.
E viram que só o compartilhamento coletivo dos problemas, da partilha de seus “pecados”, ao invés de uma confissão para o padre, da força mútua, era possível ver uma luz no final da boca da garrafa.
Optaram, assim, pela rede descentralizada, sem líderes, sem estruturas formais, sem patrimônio: um modelo completo, já consolidado, de rede descentralizada, que pode ajudar bastante na tarefa de criação de projetos 2.0.
(O tema, aliás, começa a ser estudado pelos pesquisadores web, veja aqui no “Quem está no comando“, um livro maravilhoso, que fala do poder autônomo dos apaches, do AA, das redes de distribuição de música e da diferença da aranha, que tem uma cabeça central e patas; e da estrela do mar, que não tem nem cabeça e nem patas!)

Se você cortar a estrela do mar, ela se divide e não morre...
O AA e grupos similares de mútuo-ajuda são claramente projetos de inteligência coletiva, sem tecnologia, que vêm dando bons resultados.
A rede descentralizada é adequada, se formos analisar, para a maioria dos problemas, nem todos, diante da rede centralizada, na qual o poder central tem mais controle.
A rede descentralizada dá poder às pontas, mas, por outro lado, define regras de conduta geral que todos seguem para manter a ordem sistêmica.
Não é algo sem controle, mas de um controle diferente, mais auto-regulado, precisando, como veremos adiante, de um propósito maior.
É assim que funciona os grupos dos anônimos e é assim que funciona o Wikipedia, Rede dos desenvolvedores do Linux, etc…

Paulo Freire
Ou seja, tal como na colaboração a distância na Web, os grupos de mútuo ajuda, a Pedagogia do Oprimido do Paulo Freire, o Teatro do Oprimido de Augusto Boal, os orçamentos participativos do PT são todas propostas de redes descentralizadas, que se utilizam da Inteligência Coletiva, como filosofia, para resolver problemas antes tentados e não conseguidos, através de redes descentralizadas.
Note que todos sem ajuda de redes eletrônicas!!!
Algo que me chama a atenção em todos os exemplos é a necessidade de uma causa maior para que as redes descentralizadas emplaquem.
As redes centralizadas, pelo controle rígido, depende menos da vontade das pessoas, pois há uma fiscalização maior. As pessoas trabalham, pois se não o fizerem sabem que serão punidas de alguma forma por quem está no comando.
As descentralizadas precisam da motivação, de espaço para a iniciativa, portanto, pedem um objetivo maior que transcenda o ego de cada um. Algo que desperte o bem comum, deixando para a auto-regulação de seus membros também qualquer tipo de punição.
E trabalha-se, portanto, pela motivação e não pela fiscalização, tal como:
O que nos leva a uma reavaliação interessante sobre projetos de redes descentralizadas em empresas e instituições, as tais redes sociais de colaboradores internos, de consumidores, etc…

Será preciso que a visão das instituições se amplie e não se reduza somente ao lucro e ao dinheiro, importantes, fundamentais, mas não necessariamente mobilizantes.
Funcionam na rede centralizada, mas não vão adiante nas descentralizadas!!!
Talvez, para que haja um envolvimento em redes descentralizadas, seja necessário que exista uma causa maior, um envolvimento que faça bem para cada um e para um todo, o bem comum.
Eu faço por que quero, pois vejo o resultado mais geral disso no futuro!
As organizações, caso isso se comprove, terão que, além de querer resolver problemas de consumo, pensar em algo maior, como já vem sendo feito nos projetos de envolvimento social. Ou seja, as redes devem visar o bem da sociedade em primeiro lugar e o resto é consequência, podendo até ser o lucro de alguém, desde que em nome de um bem maior.
O que nos leva a pensar que as redes descentralizadas em torno de projetos de co-criação, as tais redes sociais, devem envolver os participantes, não por benefícios individuais que dividem, mas algo que todos ganhem e que a sociedade também usufrua no médio e longo prazo, mesmo que todos ganhem alguma coisa no processo.
Um bem estar? Um sentimento de dever cumprido? O reconhecimento?
Se for isso, pergunta-se no espanto de uma caixa alta e negrito: ESTAMOS PREPARADOS?
Vamos pensando…por aqui…
Que dizes?
nov 11th, 2009 by Carlos Nepomuceno
É extremamente reduzida a quantidade daqueles que pensam sobre as próprias coisas, a maioria pensa sobre livro, sobre o que os outros disseram – Schopenhauer – da minha coleção.

Vivemos todos em bolhas de conhecimento.
Não nos relacionamos com as coisas, pois há um filtro entre nós e o mundo.
Somos mais mulas do que filósofos.
Vivemos em filtros conceituais sem nos darmos conta.
Todos os incentivadores de mudança, os revolucionários, lutam, basicamente, contra a maneira que as pessoas vêem o mundo, ao introduzir uma nova maneira.

Aprendemos e incorporamos, em geral, de forma involuntária, um conjunto de filosofias que formam a nossa maneira de ver as coisas.
Há as filosofias e os conhecimentos estabelecidos e os novos conhecimentos.
Para criarmos novos conhecimentos precisamos conhecer os velhos.
Gramsci diz que há em toda a sociedade filosofias e não uma filosofia.
Que as filosofiam se degladiam pela hegemonia.
Que toda a filosofia é histórica, está em processo.

E que só há a possibilidade de conhecer o mundo se conhecemos as filosofias em curso para escolher algumas delas.
Acredito que, até, é impossível uma pessoa dizer que tem a mesma filosofia da outra.
Podem pensar parecido, mas o próprio ato de conhecer, nos leva a mixar conceitos, a partir da nossa cognição, temperamento, interesses, idade, ambiente que vivemos, etc…
Vamos fazendo, cada um a sua salada filosófica.
O conhecimento se dá do mesmo jeito.
Vemos as coisas, a partir do que aprendemos sobre elas.
Os poetas e os artistas tentam procurar olhar para elas de forma diferente e reinterpretá-las a partir de uma linguagem artística, que, da mesma maneira, para inovar, precisa conhecer as outras linguagens e optar por uma delas, caso queira inovar.

Para pensar fora da caixa é preciso saber o que existe dentro da caixa!
Existem, portanto, três possibilidades de olhar para as mesmas coisas de forma diferente:
A ruptura atual trazida pela rede está na terceira hipótese.
Olhamos para um fenômeno que ocorre de forma inusitada, anômala e não temos nem na comunicação, na ciência da informação, nem no estudo do conhecimento teorias viáveis que nos possam servir de parâmetro para entender tal ruptura.

É preciso agora mentes brilhantes para linkar o antes não linkado para entender melhor tudo que estamos passando.
Não é hora da prática, mas da revisão conceitual, de novos filósofos.
Por isso, sempre falo para meus alunos, que irão mais longe fazendo mestrados, do que pós e MBAs.
É preciso repensar a caixa e não repetir a caixa!
Assim, as mentes brilhantes precisam reconstruir como olhamos essa coisa: o fenômeno da informação, da comunicação e do conhecimento, tudo que sabíamos antes só ajuda se for remixado!!!
Criar uma nova lógica, que é o papel das Ciências, divulgar essa lógica de forma coerente para que possamos lidar com ela no dia-a-dia de uma nova forma, olhando as plataformas de conhecimento, não como no passado, imutáveis, mas mutantes, trazendo-as para o senso comum, é o maior desafio teórico que os pesquisadores de Ciências Sociais e, em particular, os da área da informação, da comunicação e do conhecimento têm pela frente.

Concordas?
nov 10th, 2009 by Carlos Nepomuceno

Existem dois autores básicos para sair da areia movediça das interpretações “afundantes” e “atolantes” sobre Internet.
As pessoas têm se perdido, ou por não terem lido, ou por não terem dado a importância devida a estes dois pontos de vistas fundamentais.
Recomendo que você escolha ler os dois para avaliar e ter opinão própria sobre os temas.
Pierre Lévy que procura na história outras rupturas similares à Web, tal como o surgimento da fala e da escrita, sugiro o Cibercultura.
Sem esta visão histórica de largo cenário, qualquer visão será limitada, superficial e pouco eficaz!
Cuidado!
Destaco ainda a relevância de Dominique Wolton que nos lembra que conexão é uma coisa e comunicação é outra, sugiro o livro: “O que é a Internet“.
Faço um mix dos dois em um liquidificador.

Existem dois movimentos que caminham em paralelo e não se encontram naturalmente, só através de muito empenho: a plataforma da conexão e a plataforma da comunicação!!!
A plataforma de conexão é técnica.
É a novidade que a tecnologia da Internet traz ao mundo.
Lévy (e Castells também) afirmam, a meu ver com fortes reflexos na realidade, que é a primeira vez que temos um ambiente de troca de ideias que permite e conexão muitos para muitos, diferente da fase oral (um-um) e da escrita (um-muitos), onde se incluir o rádio, jornais e tevê.
Se você entrar no Facebook e publicar algo, caso não bloqueie ninguém, fala rá com muitos e se alguém comentar em aberto também todos poderão ler a réplica.
Ou seja, sem ideologia, opção, discussão, reflexão essa plataforma web estabelece, como princípio, esta possibilidade de todos falarem com todos a distância.
Diferente da anterior do livro, do jornal, do rádio, da tevê que era algo vertical de um para muitos, quando as pessoas não estavam presentes no mesmo lugar.
Esta é a contribuição fundamental que o Lévy nos traz.
1) visão histórica como princípio para a compreensão, discorde dele, mas apresente outra leitura histórica;
2) a grande novidade do muitos para muitos a distância, idem, idem.
Ou seja, ele é alguém que deve ser questionado, mas nunca ignorado!!!

Lévy
Do outro lado, Wolton, filósofofo, afirma que uma coisa é a conexão, mas outra bem diferente é a comunicação que não está dada com a Internet.
Ele chama a atenção que estamos cada vez mais conectados, mas nos comunicando cada vez menos.
O que é bem relevante.
E aí eu, pensando junto com ele, posso partir do princípio que há uma outra plataforma conceitual, acima da básica das máquinas, que é a iideológica e conceitual: a plataforma de comunicação, que se estabelece na possibilidade nova por sobre a da conexão.
Ou seja, apesar da conexão permitir o muito para muitos ela necessariamente pode não estabelecer a comunicação muitos para muitos, ou ainda, pode ser algo pobre, tão pouco aproximador das pessoas, que não estabelece mudanças.
Fica na superficialidade.

Wolton
Para que isso ocorra, comunicação, é preciso ter uma ideologia, descentralizadora e um conceito de se acreditar na rede como forma de administração de ações humanas.
Este conceito, aí sim, aplicado por sobre uma plataforma de conexão aberta e distribuída, que é uma opção de comunicação descentralizada que fortalece as pontas.
Note que essa ideologia de empoderar as pontas segue uma linha de Paulo Freire, Augusto Boal, Gandhi, Bill Wilson (fundador do AA), o projeto Linux, Wikipedia, etc.
São propostas ideológicas de rede, na qual a tecnologia é um dos elementos relevantes. Algumas propostas, inclusive, bem antes da Web.
Ou seja, naturalmente temos na Internet a tecnologia que viabiliza o muitos para muitos, mas não necessariamente este tipo de conexão desdobra-se numa rede de comunicação muitos para muitos com poder para as pontas.
O empoderamento das pontas é uma opção ideológica em cima da conexão tecnológica.
Pode, alías, haver uma sem a outra, como já tivemos vários exemplos antes da Web.
A conexão não impõe estas opção, apenas facilita, sugere, cria uma certa cultura, dá o gostinho, mas é preciso, para aprofundar a comunicação em rede muitos para muitos, uma opção ideológica e cultural para tirar todo o potencial dessa nova plataforma que estabelece a troca múltipla a distância.
Esta opção está basicamente na decisão de quem hoje detém algum tipo de poder (seja governo, empresa) perceber e procurar estabelecer esse novo tipo de compartilhamento.
A tendência é que todos os adotem, pois:
1) a velocidade atual, exige dinâmica;
2) a dinâmica é obtida dando-se poder às pontas;
3) a plataforma de conexão induz as mudanças e modelos, que influenciam os concorrentes, obrigando todos a migrar para o novo ambiente.
Mas, antes de tudo, é preciso mudar cabeças, filosofias, formas de se ver o controle da informação.
Estabelecendo-se, assim, as bases de uma nova sociedade, com modelos de instituição mais horizontalizados, dos que conhecemos hoje.
No qual aceita-se que o contro saia de em um núcle central e vertical e dê poder às pontas com a participação direta nas decisões de dado ambiente.
Empoderando, assim, as pontas.

Tenho para mim – e isso faz parte dos meus estudos de doutorado – com apoio de Aldo Barreto, que me levou à Galileu e suas teorias de sistemas.
Interpretando do meu jeito Galileu, acredito que essa necessidade de empoderamento das pontas se deve ao aumento do tamanho da população, que empurra, força uma mudança dos sistemas de conexão para que ganhem velocidade para atender às demandas de um planeta cada vez mais habitado.

Barreto
Em resumo, conectar estabelece um ambiente, mas é o primeiro passo técnico, para que um outro conceitual e ideológico aconteça que é o aprofundamento desse novo ambiente.
O primeiro está dado o segundo sempre será opcional e demanda trabalho, envolvimento e metodologia!!!
Este é o trabalho de quem quer trabalhar com informação, comunicação ou conhecimento.
O interessante, conforme li em diversos autores da história, com o tempo esse ambiente conectivo vai permitindo e influenciando, pois passa a ser utilizado por mentes brilhantes e visionárioa que o adotam para fazer as mudanças sociais, demandas e impossíveis na plataforma conectiva anterior.
Acredito que esta maneira de olhar o problema, ou a partir dela e modificando, vai nos ajudar bastante e pode tirar-nos de um certo atoleiro.

É isso, que dizes?
nov 9th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Só se deve aceitar os elogios pelas nossas escolhas – Nepô – da minha coleção de frases;
(Das reflexões pós-participação no Intercon.)

Faz-se a palestras e se recebe diversos elogios, ainda bem, mas quais devemos moralmente aceitar?
Se eu digo para uma menina:
“Você é bonita!”
Qual o mérito ela teve da beleza?
Não seria diferente se disesse:
“Parabéns, você consegue ser bonita, mas não vaidosa”.
Ou
“Você sabe valorizar a sua beleza!”
Ou seja, ela trabalhou em cima de uma característica herdada, fez escolhas, refletiu e conseguiu não se deixar levar pela beleza.
Acredito que devemos aceitar os elogios, dos quais somos merecedores, a partir de escolhas e esforços do que fizemos. Quanto mais abrimos aos outros nossas escolhas, demonstramos as opções que tivemos, atribuímos os méritos aos outros que nos ajudaram no processo, mais transparente é o caminho e mais possibilitamos que o outro, que vem depois perceba as escolhas do mundo e damos a opção para que ela faça as dele.
De maneira mais sábia e com liberdade.
Viver é escolher.

E ter liberdade é perceber que sempre temos escolhas e somos responsáveis pela nossas vidas, mesmo que tenhamos deixado que outros tenham feito a escolha por nós!
Quanto mais alguém esconde o seu caminho e suas escolhas, mais ele quer atribuir a si mesmo os méritos de ter chegado aonde chegou, evitando, assim, que os outros “cheguem lá”. Querendo todos os elogios apenas para si próprio e dificultando o caminho daqueles que o acompanham.
Ou seja, chegou do nada e ninguém vai até lá.
Uma boa palestra, nem sempre estava preocupado com isso, mas passarei a estar, é justamente aquela em que conseguimos mostrar todas as nossas escolhas, justificando-as e deixando que cada um pense nas que fizeram ou vão fazer.
Ajudando nessa reflexão, estou lendo a biografia de Bill Wilson, o precursor dos Alcóolatras Anônimos.
Depois de uma palestra, quando os outros vinham elogiá-lo de como era positivo o programa do AA e a sobrieredade para a vida deles, tinha uma resposta padrão:

“Foi bom para você? Concordas? É isso mesmo? Leve adiante!“
Tirando de si o mérito do conteúdo e se transformando em canal de transformação para ajudar os outros nas suas próprias escolhas daquilo que te ajudou e pode ajudar a alguém.
Ou seja, era o anti-galvão-bueno, não queria se colocar entre as pessoas e o jogo, mas justamente deixar que as pessoas entrassem no jogo, tornando-se transparente, deixando a vaidade de lado.
O “Leve Adiante” me parece uma boa resposta para aqueles que gostaram do que eu disse lá na palestra do Intercon e vieram falar comigo logo depois, ainda durante o evento.

Sou grato a todos.
Mas o que não consegui expressar, pois não havia refletido, é que o elogio não pode ser para mim, enquanto pessoa, das facilidades particulares que tenho em uma palestram, que são minhas qualidades que potencializo.
Mas do mérito das minhas escolhas teóricas cognitivas, políticas, afetivas e profissionais, que me levaram a estar ali, falando as coisas do que eu disse da forma que disse, procurando destacar minhas qualidades e superando os defeitos.
Veja o vídeo feito pelo Vinícius:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=Fjb3xSja9c0]
Veja o vídeo feito pela Frika.
Mais coberturas do Intercon, veja aqui.
E, se realmente foi importante de alguma forma para você aquilo que disse, repito, com prazer, o velho Bill:
Leve adiante!
Que dizes?
nov 7th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Tudo que pode ser colocado no Youtube não tem mais valor – Nepô, da minha coleção de frases.
Encontrei o Fábio Sasso da Abduzeedo, no café da manhã.
A história dele é interessante.
Sua firma de design foi roubada anos atrás: “levaram tudo”.
E para fazer backup de tudo, resolveu criar um blog em inglês, “pois lá ficaria guardado”.
Voltando de uma palestra do exterior e alguns anos depois, ele avalia que chegou aos 35 mil seguidores do Twitter, muitos lá de fora, pergunto: qual o diferencial?
Ele me diz que coloca todo o processo de criação de cada um dos seus trabalhos.
O making of, incluindo como chegou com a solução técnica com o Photoshop.
“Ao invés, dos clientes copiarem, eles nos chamam mais e mais, pois não querem produtos, mas sim ideias novas”.
E acho que isso resume o mundo que estamos entrando.
O conteúdo, informação, dados, registros precisam de mentes brilhantes para que as coisas se juntem de forma diferente e inovem.
O que é, o detalhe técnico, o que já foi feito perde valor rapidamente, pois a força da cópia é muito forte.
É importante, para se destacar, de mentes diferentes e inovadoras, linkadoras, tipo leite com manga, como a do Fábio.
Que percebe que o seu real valor não está na sua capacidade de operar o Photoshop, mas naquela parte do cérebro, o processador de links, que junta laranja com aimpim e fica um prato gostoso.
Mais e mais veremos que palestrantes, bandas, profissionais de todo tipo se destacarão por improvisar mais e mais, tornar todo o processo disponível em rede, abrindo tudo para a sua comunidade de seguidores, sendo fiel a estes.
E, sobretudo, sendo um espaço de aprendizado sincero, elevando o nível do senso comum.
O que é o caminho natural das empresas, que terão que dar mais e mais poder às pontas, ao consumidor, investindo não no seu cofre do passado, mas na invenção do presente, com a capacidade cognitiva de improvisar.
No meio do café, entra o Tiago, organizador do evento e comenta que só agora, 7 da manhã, conseguiu arrumar o espaço do teatro, do pessoal da comédia em pé, Marcelo Adnet e Cia, que fizeram um show até às 3 da manhã!!!
São outros que improvisam a cada espetáculo e colocam tudo no Youtube.
Acordei em São Paulo com o valor da improvisação saltitando nos meus olhos.
Depois falo mais sobre Intercon.
nov 4th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Toda linguagem contem os elementos de uma concepção de mundo – Antonio Gramsci – da minha coleção de frases.

Quando os europeus precisaram de escravos para alavancar seu desenvolvimento social, pediram para a Igreja tirar a alma destes. E num passe de mágica, se fez a nova filosofia oportunista, da hora:
“Os negros e os índios não têm alma, podem arrepiar”!
A luta dos abolicionistas foi basicamente de tentar repor a alma para aquelas pessoas!
Tirá-las da exclusão humana!
Quando Hitler quis exterminar os judeus, retirou destes o rótulo de humanos. Elevou os arianos a um patamar superior e do alto mandou exterminar os comunistas, os homossexuais, os ciganos e os judeus utilizando-se, diga-se de passagem a tecnologia nascente dos computadores.
O outro, sempre foi e talvez sempre será, uma marionete nas nossas fantasias e se adota uma filosofia da hora para justificar determinados interesses conjunturais.
Grandes crises nacionais são revolvidas com guerras ao “bárbaro exterior”, como foram a das Malvinas (um genocídio de uma juventude argentina) e os recentes conflitos provocados por Israel no Oriente Médio, às vésperas de uma eleição, como foi também a ida em vão dos EUA contra as imaginadas e nunca encontradas armas químicas do Iraque.
É melhor brigar com o outro!

No avançar do capitalismo, diferente da relação dos artesãos com seus clientes, se estabeleceu a famosa frase:
“Negócios são negócios, amizade à parte”.
Tirando do consumidor, fornecedor, empregados sua alma.
Pois se deduz, nos negócios eu só tenho inimigos.
E os inimigos, como se viu aqui, não têm alma!

No bom filme, Distrito 9, o burocrata recebe um líquido na cara e passa o filme a virar um alien.
E, como alien, passa da figura de raça superior à inferior, sentindo na carne a discriminação.
Uma metamorfose do alto da cadeia alimentar, ( logo ele que acreditava tanto!!!), para o posto mais baixo.
No final, aparece totalmente alien, o que nos permite, por fim, nos identificar com “aqueles camarões gigantes”, pois dentro daquele ser existe um de nós.

A chegada da Internet, como foi a do livro impresso, em 1450, estabelece novas pontes entre os humanos.
Um canal novo e poderoso de troca de ideias.
Margens de rios antes sem contato passam a se conectar, somar conceitos, pensar diferente.
As academias surgiram dali, o que podemos chamar de Redes Sociais do Papel.
Os orkuts dos pensadores!
E isso implica, entre outras coisas, a se rever como vemos o outro.
Todas as revoluções que se seguiram à invenção de Gutemberg, possibilitadas pelas pontes informacionais erguidas, foram na direção de um empoderamento da alma em camadas, antes fora do tabuleiro, que pediam Igualdade, Liberdade e Fraternidade.
No filme Piaf, veja a força da alma da menina que canta esse direito:
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=ucOIDOMsrQE&feature=player_embedded]
No caso, hoje vivemos a luta pelo resgate da alma do cidadão, o consumidor, a população em geral massacrados pela massificação das grandes empresas, da globalização, do afastamento da política da vida das pessoas, de cada um conseguir ser cada um.
É uma possibilidade que se abre, através de novas pontes informacionais, de estabelecermos um upgrade civilizacional, no qual um conjunto de sem-almas, reivindica o seu novo espaço no mundo.
Não por causa da tecnologia, que é apenas ponte, mas sobretudo pela possibilidade de troca dos sem-almas, que agora invadem a nova praia e estabelecem que do jeito que estava não vai ficar.

Assim, é preciso rever como vemos o outro, tanto em outros países, mas em torno de nós.
Aquele cidadão e consumidor agora quer um novo espaço.
Sim, eu tenho alma e desejos.
Quero e vou colocá-los para fora, pois agora posso me manifestar e, conforme sua capacidade de conexão e comunicação pessoal, fazer a diferença, seja se manifestando ou mesmo construindo projetos coletivos, Linux, Wikipedia, Youtube, etc.
É preciso, assim, a revisão da filosofia de como vemos o outro.
Um upgrade filosófico de como vemos a alma alheia.
Estamos impregnados de navios negreiros!!!

É essa revisão filosófica a base conceitual dos projetos 2.0, seja nas empresas, governo e sociedade.
O resto tenderá ao vazio, pois os sem almas já não se sentem tão sem alma assim.
É uma revisão filosófica típica da pós-novas-pontes-informacionais.
(Sugiro, por fim, ler, ou reler, como é meu caso, “Xogum” do James Clavell, uma aventura dos bárbaros europeus nas terras dos bárbaros japoneses, um o tempo todo, estranhando a falta de alma do outro.)
Que dizes?
nov 3rd, 2009 by Carlos Nepomuceno
É preciso usar a tecnologia para o bem, em lugar de usar bem a tecnologia – Horácio Soares Neto – da minha coleção de frases,

Imaginem duas cidades com um rio no meio.
Se olham, mas não se encontram.
E se faz uma ponte.
Passa a haver uma ligação entre as duas, uma conexão.
Agora, com a ponte, há a possibilidade do encontro, de todos os encontros e desencontros.

O que vai acontecer, a partir, ou depois da construção da ponte, dependerá de cada habitante, saber usá-la para se encontrar com quem estava, sem contato, do outro lado.
A Internet é uma ponte.
Que passou a unir as pessoas distantes geograficamente e aqueles que compartilhavam interesses comuns, que não se conheciam.
É algo que possibilita o encontro.
O resto depende de cada um fazer a sua parte e transformar a ponte em algo humano.
É bom lembrar que nas guerras, os primeiros alvos são justamente, elas, as pontes!
Se iludir que a ponte por si só fará tudo, é apostar no concreto e não na relação das pessoas.
Por sobre a ponte é preciso trazer a comunicação humana.
Essa é a nosso dificuldade hoje.

A ilusão da conexão, sem comunicação!
Estamos tão inebriados com a possibilidade da ponte, que achamos que por si só o mundo vai mudar.
Mas, é bom frisar, que o que se fará com a ponte de um lado e de outro, dependerá basicamente de tudo, menos dela em si!
Que está ali parada, vendo o rio passar por entre as pernas.

Concordas?
out 30th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Deus 2.0 escreve certo por códigos de programação tortos – Nepô – da minha coleção de frases.

Não estou inventando, está lá no Wall Stree Journal:
“Para fazer seu novo sistema operacional (Windows 7), a Microsoft Corp. precisava de mais do que consertar as falhas do antecessor (Windows Vista). A empresa também teve de resolver grandes problemas em seu processo de desenvolvimento de software”.
E continua, minhas marcas em vermelho:
O esforço de três anos para criar o Windows 7, que chega às lojas nesta quinta-feira, foi marcado pela colaboração mais próxima entre as milhares de pessoas que trabalham nos vários aspectos do produto — reduzindo lacunas de comunicação que contribuíram para atrasos e defeitos no Windows Vista, um dos maiores tropeços da empresa.
E mais:

Um grande problema era que a equipe do Windows havia se transformado num conjunto rígido de silos — cada um responsável por recursos técnicos específicos — que não compartilhavam seus planos abertamente. O código de programação que cada um criava podia funcionar bem por conta própria, mas causar problemas técnicos quando integrado com código criado por outros.
Por fim:
“Em vez de ser um plano controlado por um time, nosso plano era uma parte de todos os times“, diz LeGrow, que liderou a equipe da tecnologia de toque no Windows 7.
O que este mega-case do anos nos mostra:

(Talvez, o pessoal da rede aberta 2.0 do Linux e similares tivesse algo a ensinar ao Bill Gates, não?)
O que aprendemos com isso?
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É isso!
E você o que acrescentaria?
out 29th, 2009 by Carlos Nepomuceno
O erro deixa de ser indispensável ao processo de conhecimento e passa a ser, ao contrário, claramente prejudicial, quando se repete – Gustavo Bernardo – da minha coleção de frases.

Aquela cena do aluno copiando várias vezes uma frase no quadro negro é o reflexo da escola.
Se não da escola, mas da maneira que somos e estamos nos educando e vivendo.
É melhor repetir e nos acomodar, pois o mundo depende da conservação, certo?
Errado!
Até aqui, sim, amanhã não sei.
Vivemos um tempo sui-generis na história da humanidade.
Teremos que nos acostumar a um novo mundo.
Um passado, que crescia a taxas demográficas razoáveis, visitado por pestes, catástrófes e guerras com mortandade de massa.
O mundo 1.0.
E outro que hoje dobra nossa população na faixa dos bilhões (Ver mais sobre isso aqui.)
O mundo 2.0, no qual a inovação precisa ser fast para levar food para servir as 21 bilhões de refeições diárias (café, almoço e janta).
Não, não é fácil, 21 bilhões é um número razoável, não?
(7 bilhões de boca x três refeições por dia.)

E pior: resolve morar todo mundo junto em grandes cidades!!!
E isso faz com que o problema se agrave ainda mais.
Precisamos de solução, solução, solução, rápida, rápida, rápida…

Esse fator implica em mudar constantemente para atender quem chega, cada vez mais com demandas novas.
E quem fica cada vez mais, mais tempo.
(Calcula-se que 50% dos bebês de países ricos que nascem hoje viverão mais do que 100 anos!!!)

Assim, hoje não funciona mais a nossa cabeça de conservação, pois ela não é compatível com o mundo da mudança.
Não estamos mudando mais e mais, tecnologicamente falando, por capricho, mas por necessidade para atender mais e mais gente.
Assim, é preciso revisar, mudar como ensinamos e como vivemos.
Como diz o Horácio Soares no seu excelente livro, “O Tiro e o Alvo“:
“É preciso fazer auditorias rigororas do que deu certo e não o contrário.”
Isso implica em mudar, antes de tudo a escola.
E depois as instituições.
E chegar na filosofia zen-budista secular:
A única certeza da vida é a mudança. Precisamos viver para ela. E não contra ela.
Antes era um papo zen, agora é necessidade, tem que fazer parte da estratégia.
O mundo – com a nova velocidade – só demonstra que os monges carecas do alto do Tibete estavam certos.

Nós é que não víamos!
Pergunta-se: conseguimos colocar isso em prática?
Diz aí!
out 28th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Não existe crise da informação, mas dos modelos de negócio da mídia – Aloy Jupiara, da minha coleção de frases;

O desenvolvimento humano é uma guerra de luz e sombras.
Sabemos isso, mas não aquilo.
Temos muitos dados sobre tal assunto, mas desconhecemos o outro.
Todas as mídias têm como função trazer luz à sombra.

Quando temos poucos dados, informação.
Quando estamos repletos de informação, sentido.
E, depois de tudo, sabedoria para irmos adiante.
Este é e sempre será o papel dos multiplicadores sociais.
Assim, não há o fim da mídia, mas a rearrumada para deixar de jogar luz aonde agora já existe e passar a iluminar o novo escuro.
O novo escuro atualmente é dar sentido ao caos informacional.
Juntar as partes, precisar informações inalcançáveis pela rede, agregar o inagregável, formar cenários.

É um mundo, um prato cheio de oportunidades.
Os blogs e as redes sociais jogam luz nas vozes escondidas pela Idade Mídia, mas trazem luz demais.
E quando há luz demais, por incrível que pareça, nossos olhos se fecham.
Quem trouzer sentido nessa excesso de luz, ajudará bastante o mundo a ir adiante e, por que não, será bem mais competitivo.
Concordas?
Desenvolvo mais este tema?
Aqui:
out 27th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Conceitos são bons para namorar, mas não casar com eles – Nepô, da minha coleção de frases.
Consegui emprestado o livro “Gestão de Empresas – na Era do Conhecimento“, de Ricardo Vidigal e Ana Neves.
Curioso, pois há neste livro e em diversos outras tentativas de entender a ruptura que estamos passando, através do enfoque fortemente influenciado pelo aspecto econômico, o que nos leva à quase berração do termo “Sociedade do Conhecimento”.
No livro, na página 32, temos o seguinte quadro:
Era Industrial Era da Informação
Músculo X Cérebro
Tangíveis X Intangíveis
Massa X Diversidade
Hierarquia X Redes
Comando X Persuasão
Padronização X Customização
Sistemas fechados X Sistemas abertos
Capital X Conhecimento
Na verdade, estamos diante de um impasse teórico.

Os economistas não beberam na água da antropologia da informação. E estes ainda não conseguiram ainda fazer uma relação entre esta com a economia.
Defendo o que disse Castells:
1) não somos a sociedade do conhecimento, esse sempre foi importante;
2) somos a sociedade da rede.
Veja o texto literal, na qual ele questiona a idéia da sociedade da informação e do conhecimento:
” This approach is different from the conceptual framework that defines our societies as information or knowledge societies. To be blunt, I believe this is an empirical and theoretical error“.(pg.8)
Apesar de concordar em parte com Castells, também não considero que vivemos a primeira sociedade da rede, pois sempre vivemos em rede, só que não nos dávamos conta.
Hoje, vivemos a rede digital, que, com um ambiente informacional diferente, estabelece novas formas de controlar a informação, que afetam toda a estrutura social.
Não temos ainda uma Ciência que nos ajude a ver a relação das rupturas informacionais e seus impactos na sociedade. Que explique por que de tempos em tempos temos estas rupturas e como elas se dão.
Embarcar na canoa da Gestão na Sociedade de Conhecimento é tentar algo em uma sociedade pseudo-nova e diferente, abandonando o passado, sem história.
O navio vai encalhar na areia!

Assim, podemos repensar o quadro para dizer que sempre usamos nosso cérebro para fazer a diferença, sabendo utilizar de forma melhor o ambiente informacional da vez, ou como disse um historiador “Quem sabia ler, ficou com as melhores terras”.
Os valores Intangíveis sempre foram fundamentias, agora temos mais produtos intangíveis, em função do meio digital. Um piloto que sabia navegar era uma mina de ouro nas navegações!!!

A Diversidade é fato, mas sempre foi uma meta humana, viável hoje com a chegada dos robôs.
A hierarquia continua nas redes. De outra maneira, mas continua. Opor uma contra a outra é não ver que os organogramas atuais das grandes empresas são redes pouco eficazes para o novo ambiente, mas são redes!
O comando sempre foi persuasivo, mas hoje, o espaço da imposição apenas diminuiu. A Padronização X Customização se encaixa igual à diversidade, santos robôs.
Os sistemas fechados ou abertos não são consequência da nova sociedade, mas sempre opcionais, ambos conviverão no novo mundo, conforme o caso e necessidade.

Não existe e nunca existiu Capital sem Conhecimento. E nem conhecimento que gerasse valor sem algum tipo de capital.
É preciso ter muito cuidado, pois estamos vendendo um peixe, olhando o mundo com os mesmos olhos, com as mesmas ciências da era Industrial, o que nos coloca uma venda nos olhos
É preciso nessa ruptura uma nova ciência que consiga recolocar o papel fundamental da informação no mundo e sua relação com as mudanças sociais e econômicas.
Ruptura nova, ciência nova!
Queremos ser modernos, mas estamos usando ferramentas do passado.
Cuidado!
Que dizes?
out 26th, 2009 by Carlos Nepomuceno
As pessoas colaboram para mudar o mundo – Nepô – da minha coleção de frases.

Esta semana aconteceu um fato curioso.
O clube que frequento no Rio estava com 14 espreguiçadeiras com problemas, faltando uma ripa, pelo menos.
Fiz uma carta na secretaria, reclamei e recebi em casa uma justificativa do responsável, uns três dias depois.
Fui no clube este fim de semana e todas as quebradas foram trocadas!!!
Ou seja, minha colaboração deu certo!
![]()
As pessoas, na verdade, colaboram para mudar o mundo.
E quanto mais houver comunicação e mudança, mais vão colaborar.
Imagine-se dentro de uma empresa.
Alguém sugere algo e rapidamente é atendido.
A tendência é colaborar mais e mais, pois quanto mais colabora, mais sua vida melhora.
O problema é que a maioria dos ambientes de trabalho (ou fora dele) sugerem a colaboração, a participação, da boca para fora.
Fingimos que queremos diálogo, quando, na verdade, queremos enrolar e manipular os outros.
“Fala aí que eu não estou te escutando mesmo…”
A estrutura é toda pensada de cima para baixo.
E não de baixo para cima, através das sugestões das pessoas.
Colaborar implica em estabelecer comunicação.
E a verdadeira comunicação implica a abertura para ouvir o outro e mudar, conforme interagimos mais e mais.
E montar uma gestão que parta sempre da ponta para o centro e não mais, como no capitalismo industrial, do centro para as pontas.
Se duas pessoas sentam em uma mesa para dialogar e ninguém está disposto a mudar, para que sentam?
Num mundo da hiperconexão – apesar de falarmos sobre colaboração – para que esta aconteça temos que nos abrir para a verdadeira comunicação, esta cada vez mais difícil.

Este é, a meu ver, o principal problema quando novas empresas – que não têm a prática de escutar e mudar – se aventuram no mundo 2.0.
Não se trata de um projeto de mídias sociais, nem de tecnologia, nem de ser moderno, mas simplesmente de repensar a filosofia na relação com o outro que sempre foi falsa, baseada em um ambiente informacional, no qual a falsidade não tinha tanta visibilidade.
Agora, tem!
A web traz à luz aonde existia sombra!
Assim, mudanças filosóficas têm tudo para ir bem e adiante.

Caso contrário, problemas vão se multiplicar.
Pode anotar!
Concordas?
out 23rd, 2009 by Carlos Nepomuceno
Pessoal, palestra completa de sensibilização, feita no dia 06/10/09, na sede do Rio de Janeiro, vejam abaixo, são 12 partes.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=3KAXCzzc3Lw&feature=related]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=xDqGdfE0CDw&feature=related]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=f3MPCY6YCbM&feature=related]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=N1CY6nUy0og&feature=related]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=rJD1aZ2jaMo&feature=related]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=y3cGq90eMow&feature=related]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=TcLKehqWCqY&feature=related]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=1a-zowrx9jU&feature=related]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=eDA-Yer_UYI&feature=player_profilepage]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=8dTPjmc6WzE&feature=related]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=Jsq3JYkRXLc]
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=kQ0RA4fClKE&feature=related]
out 22nd, 2009 by Carlos Nepomuceno
Pensar pela própria cabeça implica o enfrentamento dos dogmas – Gustavo Bernardo – da minha coleção de frases;

Muito se fala, mas muita coisa considerada como grandes novidades no mundo contemporâneo, ao se falar da chegada das novas tecnologias e seu impacto, na verdade são elementos já existentes com novas roupagens, tendo alguns pontos marcadamente novos.
Destacaria como grandes novidades que nunca ocorreram na história dessa humanidade (imitando nosso presidente.) 🙂

E você o que acrescentaria neste quadro?
Diz.
out 21st, 2009 by Carlos Nepomuceno
Não tenhamos ilusões, a internet não veio para salvar o mundo – José Saramago; – da minha coleção de frases.
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Bom, vamos a algumas reflexões.
(Esta relação rupturas de gestão e ambiente informacional começa a ser compreendida e ainda não tem uma Ciência que a embale);

(É o nosso caso contemporâneo, em um planeta de 7 bilhões de habitantes, que precisa consumir (e rápido) para sobreviver, necessitando de organizações que consigam prover essa demanda;)
(Quando nasci em 1960 éramos 3 bilhões de habitantes, em uma geração, já somos 7, quase dobramos. Ver mais!!!)


Assim, não estamos entrando em um novo e sui-generis mundo colaborativo, mas em um novo ciclo de revisão do mundo, pré-web que não dava mais conta das necessidades informacionais humanas, mais colaborativo do ponto de vista passado e menos, certamente, do futuro, com novos modelos de gestão, radicalmente diferentes do que conhecemos hoje.
Trabalhar de forma isolada não é mais eficiente como já foi, ou melhor, como já não devia ser, mas a velocidade anterior, permitia que organizações mais lentas sobrevivesse, continuarão agora?

É preciso readequar.
Normal e natural.
É um mundo tão colaborativo do que foi pós-livro impresso, que criou nossas instituições, que estão apodrecendo de velhas.
Como as novas, assim o farão.
Ou seja, vamos viver grandes transformações, que tendem a se tornar engessadas pelo próprio ciclo de (inovação – consevação), que o mundo humano vive, na eterna luta pelo poder fazer e se estabelecer e não deixar que o outro se estabeleça.

Por fim, mudanças como a que vivemos, são propícias ao surgimento de grandes líderes, que revisam as atuais religiões e visões do mundo também engessadas e, procuram estabelecer novos paradigmas filosóficos-espirituais, que, por sua vez, tem a sua fase.
Havia uma ideologia liberal quando o capitalismo surgiu e constitui a base da nossa sociedade!
E, de certa forma, serão utilizadas nesses novos modelos de gestão, como pano de fundo, como a necesidade de colaboração humana, troca livre de conhecimento, etc..
As ideias se espalham até que uma estrutura burocrática as formatam dentro de determinada “tipo de igreja” para, aos poucos, deturpar o que realmente muda e usar os ensinamentos para o seu interesse pontual.
Nem tudo vai mudar, nem nada vai mudar.
Mudanças necessárias virão, quanto podemos ampliá-las, aí sim, temos um desafio!

O que depende de cada um em alargá-las, ao máximo, humanamente falando!
É isso?
Que dizes?
out 20th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Estive no XXXIIIº Simpósio dos Centros Binacionais, realizado nos dias 14 a 18 de outubro, em Campinas.
Veja as fotos:
out 19th, 2009 by Carlos Nepomuceno

Veja a foto da turma!

Da esquerda para direita, no fundo: Ana, Lúbia, Adriana, Parisi, Gustavo, Eu. Na fila da frente, Pedro, Milena, Renata, Gisely, Rodrigo, Ricardo. Valeu!
Exercício da manhã: o que é Internet?
A Internet é um ambiente de comunicação de muitos para muitos, onde é possível acessar, compartilhar, trocar, gerar informações, idéias e conhecimentos.
Exercício da tarde: premissas de um Governo 2.0.
Discutimos ontem premissas e objetivos da implantação de um projeto 2.0
em um dado Governo.
O que eu concluí dos debates.
Neste aspecto, considero que existem duas esferas que precisam estar relacionadas.
As ações Internas e Externas.
Dentro da instituição, não tem jeito, o que vai se caminhar é para um novo modelo de gestão. A organização passa a ser vista como uma grande rede e o objetivo é fazer com que a comunicação entre elas aconteça, seja em cada uma e na relação de todas.
O trabalho passa a ser feito e publicado em ambientes inteligentes e interativos, reduzindo a publicação no “Meu HD” e no “Meu setor”.
Palavras como co-laboração voltam com força, pois não tem sentido falar em trabalho de um lado e co-laboração, que é trabalho conjunto de outro.
Procura-se dirimir o espaço do eu-laboro, da eu-quipe.
Mudança cultural e cognitiva?
Com certeza?
Difícil?
Idem.
Vimos aqui que este tipo de mudança não ocorre de bate-pronto, mas vai se trabalhando como uma gaveta emperrada (imagem trazida pelo Parisi), empurra-se um lado, o outro e vai se encaixando.

Do lado de fora, a interação com os usuários, passa a ser feita com a abertura gradual dos dados e na incorporação do cidadão nas diretrizes para reduzir o espaço mais e mais entre os anseios do público e as ações de cada órgão, aumentanto a eficácia.
Como metas, internamente:
Do lado de fora:
Por enquanto, é isso.
Agradeço o carinho de todos!
out 19th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Os dois problemas fundamentais e decisivos para o futuro do planeta são o demográfico e o ecológico – Eric Hobsbawm – da minha coleção de frases;

Existem três razões para a Internet existir:
Todo o resto é consequência disso, olhem com atenção o quadro abaixo:

Desde 1800, viemos dobrando o tamanho da população em cada vez menos tempo e ficamos mais tempo vivos e morremos menos em massa, como ocorria frequentemente no passado.
Assim, é preciso um conjunto cada vez maior de dados para alimentar, vestir, educar, transportar, iludir, distrair esses 7 bilhões de pessoas que habitam nosso planeta.
Já disse aqui e repito: por dia, são necessários 21 bilhões de refeições, do café a janta.

Repito: por dia!
Quantos bilhões de dados isso gera e precisam ser bem administrados?
Note que o computador de grande porte (o Eniac) aparece na década de 40 quando passamos dos dois para os três bilhões. E as pesquisas da Internet aparecem na década de 60, quando começamos a virada para os quatro bilhões.

Hoje, com 7 bilhões não é mais possível imaginar um mundo tão cheio sem celular, sem laptops, sem uma rede digital nos moldes que temos hoje, que ficará obsoleta quando atingirmos os oito bilhões dentro dos próximos 10 anos.
Estamos indo em direção as redes digitais mais e mais sofisticadas para dar conta do recado, utilizando agora, além de tudo que já vemos, assistentes digitais, a rede digital dos robôs.
Ela está aí de fraldas, mas começa a dar suas primeiras engatinhadas.

Esse tamanho de população exige um banho de loja civilizacional.
O modelo hierárquico funcionou criando intermediários, gerentes, deputados, vendedores, corretores, por falta de opções.
Quando começamos a produção em massa, Henry Ford disse:
“Escolham todas as cores de carro, desde que seja a preta.”
Hoje, a rede digital, resgata o artesanato de massa. Algo assim:
“Escolha o produto que você quiser, desde que seja comigo, meu robô arruma para você.”
A rede, seu rastro, a reputação digital, a participação e a co-criação a distância, o acesso direto às bases de dados viabilizam uma nova forma de gestão menos centralizada, mais adaptada ao tamanho atual.
É o modelo de gestão do futuro, pois é mais coerente com 7 bilhões de bocas, que sempre quiseram personalização, mas não havia ferramentas que viabilizasse a massificação com a customização por cliente.
Agora, é diferente!
É inapelável.
Pode estrebuchar a la vontê, mas Inês é morta.

O problema é que nunca fomos tanto e nem crescemos tão rápido.
E nunca precisamos acelerar nossas plataformas de conhecimento nessa velocidade.
Isso é um fato tão claro e óbvio que se pergunta:
Por que somos tão cegos para não encará-lo de frente?
Responde aí, vai!
out 16th, 2009 by Carlos Nepomuceno

Aproximam-se as eleições e as cartas começam a ser jogadas na mesa com duas visões distintas para o mesmo problema: conectar a parcela mais pobre da população.
Bem verdade, que o Governo Federal quer levar fibra ótica aonde ainda não existe. E o Serra baratear onde já tem.
Porém, em ambos os casos nem um nem outro, como sempre, lembram que já pagamos por tudo isso.
![]()
Cadê a grana do imposto do Fust, que tem ficado há anos com 1% de todas as contas telefônicas do pais?
Veja abaixo detalhes, nas marcas em vermelho:
“Uma das alternativas para envolver as empresas no projeto, segundo a mesma fonte, poderá ser a utilização dos recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que têm R$ 8 bilhões em caixa, retidos nos cofres do Tesouro para fazer superávit primário. O Fust foi criado para massificar a telefonia fixa, mas já existe um projeto de lei no Congresso para redirecionar seus recursos para a banda larga. O governo, então, lançaria mão do fluxo anual de recursos do Fust, que é de R$ 900 milhões, para compensar as empresas privadas pelo uso de parte de suas redes” (mais.)
Note que nessa discussão e nas propostas apresentadas temos a nossa velha polêmica do Estado Máximo (PT) e do Estado Mínimo (PSDB), sobre a qual já me posicionei aqui.
(Nenhum dos dois, no caso brasileiro, pensa no consumidor e cidadão como objetivo principal.)
Na verdade, o dinheiro do FUST que sumiu e ninguém viu deveria financiar todo o projeto de cabeamento para levar à rede para os lugares mais distantes e se procurar a forma mais eficiente e pública para garantir a alternativa mais barata e eficaz, portanto de maior interesse público.
E ir de graça para quem precisa e não pode pagar, desde escolas, bibliotecas, a redes Wi-Max em bairros mais carentes.
A ideia não era essa?
A criação de estatais nem sempre dão boa coisa, começam pequenas, mas os políticos vão descobrindo primos, amigos, sobrinhos, vejam isso:
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), criada em dezembro de 1972, nasceu a partir de um compromisso das autoridades da Aeronáutica de que seria uma empresa para regular o setor com, no máximo, 600 funcionários. Hoje, a Infraero emprega 28 mil trabalhadores, administra 67 aeroportos, 81 unidades de apoio à navegação aérea e 32 terminais de logística. (Ver mais.)

A meu ver um Governo 2.0 é inclusivo, que se preocupa com quem não tem, mas ao mesmo tempo eficaz, dando a quem não tem a capacidade de se tornar cidadão e não apenas eleitor.
Esse projeto da banda larga para os mais pobres reflete esta questão de fundo, pois para o cara ter banda larga, antes tem que ter também computador, manter, etc…
Ou seja, é um sistema global e não isolado.
Não seria melhor privilegiar os espaços públicos? E redes sem fio?
O debate nos leva a pensar também no fundo que querem criar do pré-sal.
Fala-se em passar tudo para a educação, saúde, etc. Mas será que vai virar mais um FUST?
Barbas de molho.
Concordas?
out 15th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Se você não tomar conta do seu ego, ele toma conta de você – Nepô – da minha coleção de frases;

Outro dia escrevi sobre a dupla Tico e Teco na nossa cabeça.
Que chamei o Ego e o Lego.
No ego estão armazenados os dados, as informações e os conhecimentos que temos do mundo.
O lego é a nossa capacidade de linkar tudo isso de forma individual e criativa, quando possível, saindo da manada, da caixa e da maneira padrão que nos habituaram ver as coisas, reconstruindo o aprendido com alguma liberdade.

Entretanto, há um outro elemento importante que compõe esse tripé que é a consciência, que está por baixo dos dois.
Os dois primeiros estão no nível do pensamento e a segunda da intuição, da ligação das pessoas com as coisas subjetivas, não ditas, das emoções.
Como no desenho abaixo:

A maioria dos filósofos orientais atribui à violência do mundo atual ao fato de acharmos que somos o nosso Ego, ou o piloto automático, que guia nossas vidas.
Segundo eles, vivemos hoje com o seguinte modelo relacional com o mundo:

Ao não pensarmos nas coisas e nos deixarmos levar, como mulas, aceitamos os dogmas e os reproduzimos sem parar, multiplicando a violência, movidos pelo nosso ego, sempre condicionado.
(É no fundo o tema recorrente de Quentin Tarantino, mais explicitamente no filme “Bastardos Inglórios“, só que ele não vê saída, em um grande labirinto em que a violência se multiplica mais e mais, inclusive no seu próprio filme em uma escalada cada vez maior.)

O trabalho zen, budista e os ensinamentos de Gandhi, em contra partida, vão justamente na direção oposta.
Na nossa capacidade de olhar de fora esse ego, através da consciência, e poder perceber o quanto ele é condicionado, parando em nós a violência e não a multiplicando = mais sabedoria e menos violência.
Quando se pensa sabedoria, entretanto, coloca-se a obtenção da mesma no tempo, ou confunde-se com acúmulo de conhecimento.
Mas a sabedoria pode ser vista também, como é minha opção, como algo não cumulativo, mas relacional.

Somos sábios ao nos libertar mais e mais a relação com nosso ego condicionado!
Assim, do meu ponto de vista hoje, pelo que tenho lido e visto na prática, a sabedoria não se dá no acúmulo, mas na relação que se estabelece a cada dia com o nosso ego. Na nossa capacidade de desenvolver uma capacidade de olhá-lo de fora.
Ou seja, próximo ao que dizem desde a década de 30 os grupos de anônimos de mútuo ajuda (muitos para muitos) do mundo todo para se livrar de qualquer compulsão:
Só por hoje eu vou olhar meu ego de fora e não vou beber, cheirar, etc, pois é ele que o quer e não a minha consciência.
(Falei mais sobre compulsões e com detalhes da informacional aqui.)
Entretanto, além da relação ego-consciência, acredito que existe um outro elemento: o lego, nossa capacidade criativa.
Ao estabelecermos uma nova relação com o ego, abre-se um espaço e começamos a ver o nosso condicionamento de fora, o que dá a cada um, conforme sua capacidade de sair dos dogmas.
Ou seja, nossa capacidade criativa de ver o quanto estávamos manipulados por ele.
O Lego tem essa capacidade de recriar esse legado, a partir de um determinado olhar sobre o ego conservador e repetidor, tanto em saber lidar com ele, ajudando a consciência nesse papel, como também, de repensar sobre o legado, o conhecimento, introduzindo a inovação e o pensar fora da caixa (egóica).

Acredito que a filosofia oriental e o conceito do ego e da consciência são peça-chave para a sinuca de bico que nos metemos.
A não-violência é justamente a nossa capacidade de viver o momento presente e interagir com os demais e com o planeta, reestabelecendo nova relação com a consciência, aprisionada, repensando o legado compulsivo e repetitivo que nos metemos, pendurados no (pr) ego.
A Web introduz em parte a cultura da colaboração, criando uma falsa ilusão de um novo mundo, mas não resolve a questão da relação consciência-ego.

Esse desafio, não é tecnológico, pois é uma ideologia, uma filosofia que precisa ser recolocada como fundamental para nossa relação com a vida.
A rede coloca de novo em pauta a discussão da colaboração humana, mas não pode trazê-la a esse nível mas profundo, pois ela é individual e diária na sabedoria de cada um em olhar seu ego de fora, só por hoje.
(Estamos, aliás, ao contrário, em pleno aprofundamento em larga escala de uma onda de compulsão informacional, através de todas as ferramentas que nos aprisionam ao invés de nos libertar e ainda e chamamos isso tudo de moderno!!!)
Relembro o @samadeu: “A pior prisão é aquela que você não sabe que está preso”
(Foi o que comecei a discutir, a partir do debate da RioInfo, este ano.)
Se queremos, assim, sair do mundo da mera conexão web, (muito forte e difundida), para o da verdadeira comunicação (muito fraca e cada vez mais perdida), como sugere Dominique Wolton, no livro “Internet, e depois” é necessário começar a repensar quem realmente somos e quem achamos que somos.
E, por fim, de fato como pensamos.
Ou, melhor, como achamos que pensamos.
É isso, felizmente, ou infelizmente, não depende do Lula, do Obama, do seu pai, da sua mãe, do Papa, nem do bêbado da esquina liberar, mas apenas de você ir adiante, através de uma relação mais sábia com o ego e o lego.
E aí as coisas se complicam….não?
Diz!
out 14th, 2009 by Carlos Nepomuceno
No mundo conectado, as ideias importam mais do que o que está impresso no cartão de visitas – Camila Fusco – da minha coleção de frases.

Alguns fatos que vou juntando marcam um novo momento no nosso mundo digitalizado e conectado.
Cena 1 – Meus filhos (gêmeos de 12 anos) vão a um show de humor.
E vibram, como se fossem, grandes astros quando vêem seus heróis, só conhecidos, via Youtube.
Cena 2 – Um amigo me conta que foi dar força para a banda de uma sobrinha.
E quase não conseguiu entrar, havia uma legião de fãs na porta. Era uma banda desconhecida para a grande mídia, mas não para a pequena mídia de missa.
Ou seja, estamos acostumados as celebridades nacionais, ou até regionais, mas não as de nicho.
Note que isso até acontecia em cidades pequenas.
Fulano era muito conhecido por ali, mas todo mundo cruzava com ele na rua.
Agora, você tem o distanciamento da mídia tradicional, através dos meios web.
Mas a adesão de nicho.
É algo novo, pois é distante, por estar lá na Web.
E perto, por ser apenas aquelas pessoas entendidas, não necessariamente levando os “idolos da missa” para o grande público.
É aquele cara que pode andar no shopping e ter que sair correndo apenas de uma fã, que o reconhece, todo mundo achando que ela é doida. 😉

Lembra uma cena do filme do Eddie Murphy, “Um Príncipe em Nova York”.
Ele é um príncipe de um país africano, que ninguém conhece nos EUA, mas tem seus súditos, que cruzam com ele em um estádio e o reverenciam na fila para comprar cachorro quente, sem a compreensão de todos os americanos, que não o conhecem da mídia de massa.
É um cara conhecido, até famoso, venerado, mas pelo nicho, do país dele.
É algo estranho, mas marca os tempos atuais.
As celebridades da mídia de missa.
Que fazem sucesso – e muito – apenas num canto específico de determinada cidade, ou em um corte por interesse no país ou no mundo.
Meia dúzia ama de paixão outra meia dúzia, via telas.
E caminham pelo resto do mundo sem alarde.
Tem seus personals fãs especializados.
Acostume-se, você pode ser um deles.
Ou fã, ou celebridade.
Ao mesmo tempo.
Ou em lugares distintos.
Bem vindo à mídia de missa!

É ajoelhar e rezar.
out 13th, 2009 by Carlos Nepomuceno
out 13th, 2009 by Carlos Nepomuceno
out 13th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Aquele que repete, de fato, não se expressa – Gustavo Bernardo;

Pessoal, estou lançando a proposta de constituir um grupo de estudos (talvez mais do que um), começando em março de 2010, fazendo seleção durante este período e discutindo com o pessoal as bases do trabalho.
Não tenho ainda local, conteúdo definido (algumas ideias) e preços.
Mas posso dizer que:
O objetivo é compreender o momento que estamos passando com as alterações nos ambientes informacionais e como podemos atuar nele de forma mais consciente e madura, tanto do ponto de vista pessoal, quanto profissional.
Está aberta a fase de pré-inscrição!
O grupo vem suprir um espaço de aprofundamento que tenho sentido nas minhas aulas, discussão filosófica para que possamos sair da superficialidade, que o momento exige.

Ou seja, não vamos discutir questões práticas, mas preparar nossa cognição para que possamos atuar nela de forma melhor.
Não pretendo ter um preço fixo, mas vou cobrar, pois é o que vai me possibilitar me dedicar ao trabalho.
E continuar estudando sozinho e em grupo.
Sugiro que cada um mande uma proposta de participação para o meu e-mail:
nepomuceno@pontonet.com.br
Detalhando:
Assunto: grupo de estudo, candidato.
Responder:
PS – caso tenha alguma sugestão de local, facilidade, etc, é importante, pois podemos ter um custo menor para todo o grupo. Já estou articulando também algum espaço.
É isso.
Espero sua inscrição!
out 13th, 2009 by Carlos Nepomuceno
O prazer não estava em ganhar dinheiro, mas em em produzir novidades – o dinheiro foi consequência –Romero Rodrigues, dono do Buscapé, vendido para uma empresa da África do Sul, da minha coleção de frases.
(Dando continuidade ao último post sobre Folksonomarketing.)

A pergunta que se coloca para as empresas no futuro: afinal, o consumidor é fim ou meio?
Estamos saindo da Idade Mídia, na qual:
Pelo próprio tamanho da base, houve uma massificação, uma pasteurização.
O que obrigou a uma nova filosofia, do tipo:
Negócios, negócios, amigos à parte.
Ou seja, como na ideologia colonial, era preciso justificar o tráfico negreiro.
Portanto, o negro e o índio não tem alma.

E agora, o consumidor, idem, também não tinha!
O marketing atual ainda espelha essa filosofia.
É tudo para enganar a massa sem alma.
O Zeca Pagodinho, todo mundo sabe, gosta de Antártica, mas bebe Brahma!
Mas como a Web introduz uma nova forma de troca de informação, que fura o bloqueio da mídia.
Isso fica mais evidente, transparente.
As mentiras têm a perna mais curta.
O mentimetrômetro que com a mídia de massa media 90%, hoje caiu para 40%.

E isso exige ajustes.
O consumidor resgata a sua alma, através das comunidades, dos blogs, dos comentários.
Cada um é cada um e qualquer desvio, os sem almas, aparecem e mostram que existem.
A ideologia da comunicação com o consumidor sem comunicação.
Ou melhor, a comunicação apenas para manipular, perde espaço.
E é preciso introduzir uma nova ideologia, filosofia.
Negócios são negócios, amizade tô dentro!
Os escravagistas também não gostaram da nova ideologia, o negro tem alma!
Mas tiveram que engolir e se adaptar, mesmo com todas as guerras (vide a de secessão nos EUA) e brigas, que nos levaram a ser o último país do mundo a acabar com a escravatura.
A sina se repetirá agora?
Decida rápido, pois é dessa estratégia, mudança de postura que depende a sua ação no mundo 2.0.
Ou melhor, farei dos consumidores escada para meus negócios, ou ele é o objetivo final?
É um valor ético e moral que está em jogo nesse novo mundo 2.0, no qual o consumidor agora tem mais poder do que nunca e impõe certas regras do jogo.
No primeiro cenário (do consumidor como meio para se chegar a outra coisa) por mais que você crie ferramentas, o diálogo nunca é possível, pois você sempre estará com uma faca nas costas, pois em um determinado momento, o lucro será mais importante, do que a relação.
Enfia a faca logo!

Quando a relação se sobrepor ao lucro, mesmo que esse ainda exista, você pode estabelecer esse diálogo, pois você está aberto a mudar, pois o fundamental é a relação e não o que se ganha no curto prazo.
Assim, a tal conversa 2.0, a abertura de blogs, redes sociais e twitters passa por essa discussão ética dos negócios, não por que as empresas são boazinhas, mas por que o espaço para enfiar a faca está cada vez menor.
O resto, a meu ver, é fumaça, marketing vazio e papo para boi dormir.

O melhor atendimento possível ao consumidor é realidade ou jogo de cena?
Antes, havia diversas escuridões no mercado da Idade Mídia, que coisas rolavam, mas não chegavam ao ouvido do seu cliente, hoje, felizmente, eles acabam sabendo.
Se a empresa tal está atendendo melhor, procurando resolver os problemas de forma honesta, etc…
Muita gente hoje não liga para isso?
Mas até quando?
E o que fará a diferença?
É a conversa furada ou a ação positiva na relação?
Vale a frase do velho Padre:
Palavras convencem, o exemplo arrasta – Padre Antônio Vieira – da minha coleção de frases;
Respeito se constrói.
Estamos prontos para isso?
Não sei, mas o caminho é longo e exige reflexão e profundidade.
A tecnologia vem beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeem depois.
Concordas?
out 9th, 2009 by Carlos Nepomuceno
O amor é tudo aquilo que acontece quando desligamos o piloto automático – frase que aprendi com a turma #posmktdig4 – da minha coleção de frases;

Na foto: debaixo para cima, começando com o Vinicius no primeiro plano, com casaco verde, Rodrigo, Manuella, Júlia (Cereja de bolo), Aline, Paula, Bárbara, Érika (nossa jurista), Renata, Hugo, Eduardo, Fábio. Na fileira de cima, começando da esquerda, Raphael, Rafael, Rafael (Rafael ao cubo.rs), Illa, Rodrigo, quase escondido, Simone, mais no canto, de lenço verde. Leandro, Ricardo e Fábio. Na fila mais acima, à esquerda, Daniel (nosso filósofo), Eu, Thiago e fechando tudo, Demevir. Não estão na foto, mais assistiram a última aula, via Skype, o Enrico e a Simone. Faltaram ainda a Deborah, melhoras para seu pai, e o Carlos, que estava atolado no aeroporto. Esqueci de alguém? Errei alguma grafia? Troquei algum nome? Me digam. Comentem!
Bom, ontem encerramos o módulo “Conhecimento em Rede” para a turma 4 de marketing digital. Chamada no Twitter de #posmktdig4.
O que aprendi com a comunicação coletiva feita com esta turma, antes, durante e depois das aulas:
Vendo a foto agora, vendo os sorrisos, me pergunto por que nós aceitamos e deixamos sermos tão oprimidos?
Um pessoal bacana, bonito, cheio de potencial.
Levo muita fé no diálogo que conseguimos estabelecer e, da mesma forma, que senti na outra turma #3, que estamos formando comunicadores humanos, que vão nos ajudar a procurar caminhos nessas trevas informacionais, que acabamos nos metendo.
Agradeço ao Nino pela oportunidade de me convidar para a aula.
E o carinho e a coragem de toda a turma que se atirou nas minhas propostas com coração.
Saí energizado, o que quero mais?
(Todos os posts sobre este módulo podem ser vistos aqui.)
out 8th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Só aqueles que usam a razão para desvendar o porquê das coisas podem de fato ser livres – Lucrécio – da minha coleção;
Bom, abrindo o post final para ser trabalhado na sala de aula hoje.
Vamos completar a tabela abaixo.
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Foco: Criação de turma 2.0
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Objetivos da turma
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Público para atingir estes objetivos
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Ações cotidianas |
Ações pró-ativas
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Conteúdo
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Ferramentas
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(O ideal é definir um prioritário e dois secundários.) |
(Quem vai nos ajudar a chegar aos nossos objetivos?) |
(Que atividades cotidianas, aquelas que nós fazemos normalmente — anotar aulas, ler, resumir, trabalhos, blogar, twittar, etc — podemos |
(Que atividades extra-aula nós podemos realizar e colocar na rede para nos ajudar a chegar aos objetivos?) |
(Quais são os conteúdos extra-aulas, baseados na coluna anterior podemos criar e disponibilizar que vão agregar valor e fazer com que nosso projeto atraia o público que nos interessa para o projeto?) |
(Qual a melhor para cada cada uma destas demandas?) |
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Prioritário: aprender Secundário: ensinar; upgrade profissional |
Contratante; professores; outros alunos (passados, presentes, futuros) |
Anotações (caixa de areia), leitura, blogs, twitter, trabalhos (em aula e nas próprias empresas), eventos, gravação de aula, filmagem de aula, powerpoints, grupos |
ebook, promoção de eventos, publicar artigos em outros sites, filmar eventos produzidos, palestras, ouvintes, consultorias, entrevistas, podcasts, debates |
quem somos; eventos que ninguém cobre, diálogo com leitor, dicas, processos de reflexão resultados dos módulos da turma, teses, trabalhos, livros, consumo consciente, review de ações de marketing, entrevistas com professores |
videolog, gengibre, flickr, blogtalkradio articulados em dois ambientes: externo – blog(modelo grupo Enrico) e interno – posterous(modelo grupo Vinicius) |
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out 8th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Gostei muito do resultado da entrevista para o pessoal do Nós da Comunicação.
Veja, em duas partes:
Parte I:
Parte II:
Valeu Vanessa e equipe!
out 8th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Quem quiser nascer tem que destruir um mundo – Herman Hesse – da minha coleção de frases;
Muito bem, estamos nadando no mar das empresas 2.0 e muitas ondas aparecem do nada.
Estou lendo e gostando bastante do livro “Concepção dialética da história” de Antonio Gramsci, conhecido pensandor de esquerda italiano, que faz uma discussão ali sobre filosofia e história.
Ele diz:

O resgate de Gramsci é interessante, que, como comunista, que viveu preso em uma prisão de Mussolini, pode ser considerado um filósofo da mudança. Para ele, só há sentido se há uma junção do mundo real com o mundo imaginado pelos filósofos, o que, por incrível que pareça, nos ajuda a pensar esse mundo de ruptura Web.
(Não tenha nunca preconceito com as ideias, as melhores podem vir de onde se menos espera.)
Quando defende-se uma mudança como essa de empresas 2.0, basicamente, uma nova maneira de fazer a gestão dos registros e de como as pessoas se relacionam, através de uma nova tecnologia esbarramos em outras filosofias vigentes, que questionam a nova que aparece!
Vou listar algumas ditas numa boa pelas pessoas em várias palestras que promovo, que vêm da experiência delas, válidas, pois resumem realidades sentidas, nem sempre refletidas, mas que merecem ser ouvidas e discutidas, pois é justamente aí que está a implantação do projeto, na mudança da maneira de pensar a empresa:

Para estas questões, há algumas respostas possíveis:

Há uma mudança em curso, que tem afetado todos os setores: música, telecomunicações, indústria do livro, nova forma de relacionamento com consumidor, chegada de um concorrente finalmente contra a Microsoft (Linux), a própria Internet.
O que une todas estas mudanças é o advento de uma nova tecnologia (que permite mais liberdade de comunicação) e uma ideologia embutida nela (pelo direito do espaço individual e coletivo de troca), que desfaz verdades passadas, filosofias arraigadas, trazendo ao mundo novas filosofias.
A melhor resposta para essa visão de considerar tudo isso um “grande modismo” são exemplos.
Infelizmente, no Brasil há poucos “Cases” de empresas realmente 2.0. Vivemos um momento similar ao início da Web quando se dizia, naquela época, que ela era colaborativa e muitos filósofos do contra, pediram:
“Me mostra, me mostra, cadê, só vejo meia dúzia de pessoas em listas de discussão”.
Hoje, quando 80% dos internautas brasileiros usam redes sociais, parece que a ideia da colaboração, vingou.
A inovação da comunicação está vindo de fora para dentro.
Já obrigou as empresas a usar o email, os sites internos e externos e agora chegou a vez das redes sociais e, pela primeira vez, vai obrigar a uma mudança mas profunda da gestão e da hierarquia.
O problema que uma empresa que é arrastada, perde a oportunidade das que vão chegar na frente.
É preciso, assim, monitorar casos concretos, principalmente lá fora e ir abastecendo o pessoal com exemplos!
E ir minando o pessoal mais arraigado à filosofia atual.
Tal como esta pesquisa aqui na Ásia:
Web 2.0 goes mainstream in Australian enterprises
http://www.itwire.com/content/view/28313/53/

Concorda-se em gênero, número e grau com isso.
Ninguém ousa dizer que agora as empresas 2.0 não terão hierarquia, mas elas serão diferentes. É o mesmo caso de um professor em sala de aula, depende de como ele “leva” os alunos. Deixa perguntar? Faz trabalhos em grupos?
Estimula a interação aluno-aluno?
Existem, assim, aulas e aulas, didáticas e didáticas.
Depende da cabeça do professor e de nenhuma tecnologia, que pode até ajudar, ou até atrapalhar, como já relatei aqui.
O problema que nossa hierarquia, principalmente a brasileira, vinda de Portugal, é autoritária, vertical, feudalista e, por que não, pouco inteligente, abafando e dificultando a inovação.
Ou seja, trata-se de uma nova forma de hierarquia mais aberta, com outras formas de controle.
Ela precisa ser implantada por uma questão de velocidade.
Lá fora, o mundo caminha de um jeito (marcha 5) e aqui dentro, de outro (marcha 3).
O tempo de resposta tem que ser o mesmo.
E hoje não é!
E isso implica em se repensar a hierarquia atual para uma nova, mais dinâmica.
Aliás, o que muita gente já fala há anos, mas agora tem tecnologia, cultura e motivo de sobra para sair do papel.

E-mail pode ser perda de tempo, tevê, rádio, jornal, um bloco de papel na sua frente, trata-se de uma forma de comunicação original, que depende de quem está “pilotando” o processo.
Ou seja, instalar redes sociais nas organizações depende muito do foco que será implantado.
Existem diversas ferramentas de redes sociais, algumas propícias para alguns casos, outras para outros e cada uma com sua característica de melhor uso.
É preciso tempo de maturação.
A Rede Social em si não é nem isso e nem aquilo.
Diga-se, entretanto, que embutido nas redes sociais vem algo muito interessante.
Que é juntar o login a foto da pessoa.
Com ela, a Web deu a cada usuário uma presença virtual, que é fundamental dentro da empresa, para que se possa rapidamente saber quem é quem, quem faz o que, o que cada um acabou de fazer.
Isso é fundamental.
O pessoal de Gestão de Conhecimento procurava tanto ferramentas de competência, o Orkut já mostrou o caminho mais fácil.
A redes social corporativa 2.0 começa com o espaço virtual de cada um, a mesa virtual, que passa a reunir tudo que a pessoa faz lá dentro.
Isso, por si só, é um grande salto quântico nas empresas de hoje!

Toda empresa tem banheiro.
Todo banheiro tem porta.
E na solidão daquele espaço cada um escreve o que quiser.
É comum ter funcionário escrevendo contra chefe na porta de banheiro?
Por que não?
Ninguém quer ser demitido!!!
Por que agora na rede aberta, onde cada um não está sozinho, pois coloca login e senha vai ser diferente?
É curioso, não?
As vantagens mais evidentes, por fim, de implantar projetos 2.0

Não, não é fácil, mas é preciso, por mais ondas que venha no meio da noite bater contra o barco!

Que dizes?
out 6th, 2009 by Carlos Nepomuceno
O que determina se estamos cumprindo nossos destino não é o que fazemos, e sim como fazemos – Eckhart Tolle – da minha coleção de frases.
Fotos de ontem:
Os trabalhos dos grupos foram muito bons.
Destaco:
Do grupo 1: a nova ferramenta de agregação: posmktdig.posterous.com, dá para pensar várias coisas sobre isso;
Do grupo 2: a idéia do blog;
Do 3: focar mais no problema da comunicação e menos na tecnologia;
Do 4: destacar a importância do Youtube e o video sobre o que a população acha sobre a Internet.
Tenho mais a falar, o que farei na Aula 7, de quinta, para adiantar, e vocês irem pensando preparei uma tabela provisória para preenchermos juntos em sala de aula para agregar as propostas dos grupos.
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Foco: Criação de turma 2.0
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Objetivos da turma
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Público para atingir estes objetivos
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Ações cotidianas |
Ações pró-ativas
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Conteúdo
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Ferramentas
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(O ideal é definir um prioritário e dois secundários.) |
(Quem vai nos ajudar a chegar aos nossos objetivos?) |
(Que atividades cotidianas, aquelas que nós fazemos normalmente, anotar aulas, ler, resumir, trabalhos, blogar, twittar, etc, podemos |
(Que atividades extra-aula nós podemos realizar e colocar na rede para nos ajudar a chegar aos objetivos?) |
(Quais são os conteúdos extra-aulas, baseados na coluna anterior podemos criar e disponibilizar que vão agregar valor e fazer com que nosso projeto atraia o público que nos interessa para o projeto?) |
(Qual a melhor para cada cada uma destas demandas?) |
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1 |
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Quem quiser ir preenchendo…
Abaixo, segue o meu rascunho, confesso que está meio sem entendimento.
Fiquei meio perdido entre tirar fotos, anotar no blog, prestar atenção na apresentação.
Prometo que na próxima me organizo melhor.
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Grupo 1 – Rede – aparecer para o mercado. Vaidade, como fazer isso? Ferramenta. Posterous.com
posmktdig.posterous.com
Por e-mail/Twitter/ Inovação de uma ferramenta integradora.
Professor vai começar. Medição de turma. Mais favoritada, gratifiação.
Pagamento de chope? Ponto a mais?
Cada um conversa de um determinado jeito. Recebe tudo.
Agregador de informações.
Érika, Vínicius, Simone, Laura, Raphael, Thiago, Debora e Aline
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Grupo 2:
Blog para a turma ou para todos as turmas?
Conteúdo: assuntos do curso e sobre marketing digital em geral;
Parcerias com outros sites para colocar nossos conteúdos.
(Viabilidade disso?)
Agenda / cobertura ao vivo de eventos;
Lista de discussão;
Posts com mídia;
Outros alunos??
Criação de blog fácil.
Tema Premium – R$ 5,00 reais por aluno.
Postar./
Ofertas de emprego?
Biografia/
Churrascos/
Agenda Geek;
Eventos periódicos (pessoas do mercado, etc.)
Lista de discussão do blog;
Podcast
Recomendações de links externos;
As fotos;
Illa, Manuela, Eduardo, Enrico, Demevir, Fábio, Rafael.
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Grupo 3: problema de comunicação
Rascunhos em sala de aula – “Caixa de areia”
Tempestades….
Conteúdos livres – ótica diferente.
Vire um jogo. Premiar a turma?
A turma escolher os melhores posts. Repasses. Importante participar.
Indexação por tag.
Exemplo da turma;
Networking 2.0 – vagas de trabalho.
Rentabilizar.
Consultoria.
Ricardo, Bárbara, Hugo, Carlos, Daniel, Rodrigo, Paula.
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Grupo 4
Rafael, Renata, Leandro, Fábio, Júlia, Rodrigo.
Youtube// videos//
Canal do Youtube.
Até onde a turma pode ir?
Rede forte.
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Gerar conteúdo.
Wikipedia?
Bibliografia 2.0
Eventos 2.0
Anotações 2.0 (Caixa de areia)
Como envolver os professores para que o trabalho da turma esteja incorporado dentro do curso?
Representante de turma?
Diálogo com professores para que os trabalhos estejam dentro do ambiente virtual;
Contato com outras turmas.
Projetos de marketing.
Envolvimento do Nino.
Perguntas. (como o pessoal vai entrar?)
out 6th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Projetos 2.0 eu entendo que seja olhar para o chão, mas não deixar nunca de continuar olhando para o céu – Rômulo Rocha, discutindo o projeto 2.0 da Dataprev – da minha coleção de frases;
Estive na Dataprev, no desdobramento do projeto Dataprev 2.0.
Estamos iniciando a implantação da colaboração em um setor de desenvolvimento de software espalhado por todo o Brasil.
Falarei mais sobre o projeto, por enquanto, posto as fotos que fizemos hoje:
Em breve, filme no Youtube.
out 5th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Se malandro soubesse como é bom ser honesto; seria honesto só por malandragem – Jorge Ben Jor – da minha coleção de frases.

Que vamos mudar (ou já estamos mudando) a relação com os consumidores, está escancarado.
Mas exatamente para onde?
Hoje, o que há de novidade nesse campo é a chegada de um novo ecosistema informacional:
Ou seja, há algo diferente, não?

E como fica o Marketing nisso tudo?
Acredito que existam três correntes em curso:
Vamos pegar, enfim, a definção do Kotler no Wikipedia:
Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros (KOTLER e KELLER, 2006) (Mais.)
Do ponto de vista conceitual, não há nenhuma fronteira de como esse “processo social” vai ocorrer. Ou como será a relação com esse consumidor para atender “o que necessitam e desejam”. O marketing, na verdade, é uma relação entre pessoas para atender necessidades e demandas, através de um fornecedor.
O problema é que o Marketing, como todo o resto na sociedade, pré-Web 2.0, era estruturado em redes verticais.
Havia um dentro, num ecosistema informacional intransponível, e um fora: a rede de consumidores.
Na verdade, rediscutir o Marketing passa pelo modelo de rede que queremos estabelecer.
Veja a diferença entre uma (a atual) e a tendência (futura.):

Mudança cognitiva, que leva a novas ações, que leva a novas ideologias e a uma nova forma de relação com o mundo externo.
Por vários aspectos, não é mais produtivo trabalhar o processo em redes verticais, perde-se tempo e dinheiro com isso.

É preciso estruturar redes horizontais, não mais por manipulação, em muitos casos, imposição, ou convencimento, mas principalmente por adesão o que nos joga para essa palavra mais complicada: Folksonomarketing.
Folk = pessoas.
O usuário deixa de ser uma peça fora do processo de decisão.
Procura-se aqui transformar latência e desejos em participação e produção de produtos coletivos, não depois que estão prontos, mas dentro do próprio processo de criação.
O usuário passa a fazer parte de dentro da empresa, trabalha junto com o pessoal de laboratório, apoiando com ideias.
É algo parecido com o que a Nokia tem tentado com o projeto Gurus (um primeiro passo ainda singelo nessa direção):
A Nokia é uma empresa moderna e dinâmica que sempre busca soluções inovadoras com o objetivo de conectar seus consumidores. E pensando assim surgiu o Nokia Guru, um programa criado para reconhecer as pessoas que são apaixonadas pela marca e que possuem conhecimento diferenciado sobre as melhores soluções da empresa.
Na Exame 953, o responsável pelo projeto diz que:
“O Consumidor que era receptor de informações passa a ser corresponsável pela reputação do produto”, Edmar Bulla, responsável pelo projeto Gurus, que já tem 500 participantes, segundo a revista.
Na reportagem, a revista destaca uma pesquisa da McKinsey com 1700 empresas que abraçaram as redes sociais e apontou que 22% delas tiveram como resultado a criação de novos produtos bem sucedidos.
Todos querem melhorar o mundo, basta que se dê chance de forma honesta.

É o que pensa Ben Self, por exemplo, que disse também na Exame que o objetivo com a nova rede com não é fazer “discursos virtuais, mas manter uma conversa que tenha um apelo emocional e aproxime quem está assistindo”. O consultor foi responsável pela campanha do Obama e está sendo contratado pelo PT para a campanha da Dilma.
O problema é que quem conversa e dialoga de verdade não se limita a ouvir, é preciso escutar, o que é diferente. E mudar, seguir o rumo. O que difere a relação com os novos consumidores entre manipulação (fingir que está ouvindo) ou participação (colocar o pessoal dentro da rede de decisões, incluindo com os acionistas.).
Difícil?
Com certeza, mas necessário!
Como defende ainda na Revista David Weinberger, professor da Universidade da Harvard:
“Dialogar com consumidores, clientes e parceiros de negócios de forma transparente é o novo imperativo nas estratégias on-line”.
Acredita nisso?
Pois deveria.
O consumidor, assim, não é mais a ponta final da rede.
Mas ele está no centro do poder decisório, em uma rede cada vez mais horizontal e relacional!
Não entra depois, mas durante, antes e depois, ou vice versa, ao longo de todo o processo da empresa, desde o seu planejamento estratégico ao de marketing.
As redes criam transparência, mais transparência, até que não vai haver separação entre o dentro e o fora.
É preciso ajustar a vela para esse novo cenário, que não é de vento.

Viagem?
Acredito que não, pois se a empresa com isso continuar dando lucro e todo mundo sair satisfeito, quem será contra?
O problema é que essa nova maneira, nos fará não mais ter o “meu” projeto, mas o “nosso” projeto.
E isso mexe com o poder e nossa cognição passada.
A fidelização se dará pela participação ativa nas decisões e não por que se gosta do produto.
“Aqui, eu também mando. Lá, eu estou de fora”.
E o importante não será a minha estratégia de marketing, mas a nossa rede de participantes nos nossos projetos.
E isso exige trocar a palavra manipulação por participação (honesta.)

Estamos preparados para isso?
Diga você!
out 2nd, 2009 by Carlos Nepomuceno
“Só a corrupção vai ganhar medalha de ouro!” – vendedor de biscoito no sinal sobre a olimpíada hoje de manhã.

Independente do resultado se vamos ou não ter Olimpíada no Rio, do ponto de vista da inserção da cidade no novo mundo colaborativo, já perdemos!
Aliás, apesar da prefeitura da cidade se posar de moderninha, a ideia de participação ainda é fumaça.

Em função da candidatura, impediu uma ONG de colocar um placar na praia de Copacabana dos mortos diários com a violência.
Vejam os dados:
A ONG Rio de Paz montou na Praia de Copacabana um painel com os números oficiais da violência no Rio de Janeiro, nos últimos 2 anos e 5 meses – o governo Sergio Cabral.
Foram 18.137 mortes violentas segundo o Instituto de Segurança Pública, órgão encarregado de produzir estatísticas de criminalidade do Estado.
Foram assassinadas 14.609 pessoas; 2.921 morreram em autos de resistência; 530 foram mortas em assaltos e 77 policiais assassinados. Além disso, 181.062 foram feridas e 11.990 estão desaparecidas.
A Prefeitura do Rio ameaça retirar o painel, enquanto o diretor-executivo da ONG, Antonio Carlos Costa, diz que “em uma democracia a transparência é a regra, o segredo é a exceção. O povo tem o direito de receber a informação” (Mais.)
O placar foi proibido!!!
Em matéria de mortos, feridos e desaparecidos, já ganhamos medalha de diamante!!! 🙁
Hoje, na Lagoa Rodrigo de Freitas, o vendedor de biscoito do sinal e o vendedor do quiosque de coco, votaram na minha personal enquete, ouvi esta afirmação de um deles:
“Só a corrupção vai ganhar medalha de ouro!”
E lembrava um lanche no Pan para a equipe de apoio, que andou pela área por causa do remo, custava R$ 30,00 para a Prefeitura. Um pão com mortadela e um refresco.
“Com R$ 30,00 muita gente almoçava e jantava – e bem!”

Ou seja, o problema não é o falso dilema: Olimpíada, sim ou não?
Mas, em caso de sim, quais são as garantias, a transparência, a novidade que a cidade apresenta para evitar que a corrupção campeie, como temem também vários cidadãos de outras cidades candidatas?
Quais são os planos do Paes, Cabral e Lula para isso?
Alguém já leu, ouviu ou viu?
Aliás, o comitê organizador das Olimpíadas não colocar a transparência como requisito básico é algo, no mínimo, estranho e incompatível com o mundo 2.0, que estamos entrando.
É preciso demonstrar por A + B que não terá corrupção.
E identificar cada item do que ficará para depois na cidade.
Lembro que todos os carros novos da polícia do Rio sumiram depois do Pan.

O carro que sumiu pós-Pan!
E a cidade ficou sem a manutenção devida, pois Cesar Maia disse que não tinha recursos.
As árvores aqui na Lagoa cresceram e não tiveram poda, por exemplo.
Vejam o que disse o Jornal The Times sobre o evento, marcas em vermelho:
O jornal britânico The Times traz uma reportagem, neste sábado, dizendo que a organização dos Jogos Pan-Americanos revelou problemas endêmicos ao Brasil, “principalmente a burocracia corrupta e ineficiente” do país.
Segundo o correspondente do jornal no Brasil, Tom Hennigan, o país investiu tempo e dinheiro para sediar o evento esportivo numa tentativa de convencer o mundo de que tem condições de organizar a Copa do Mundo ou as Olimpíadas, mas “o orçamento para o Pan-Americano saiu de controle devido a má administração e corrupção, tornando o preço final para o contribuinte cerca de oito vezes mais caro que as estimativas iniciais”.
(…)
De acordo com o jornal, a chegada de 6 mil atletas, funcionários e jornalistas acontece ao mesmo tempo em que as autoridades lutam contra gangues nas favelas da cidade numa tentativa de “retomar o controle de áreas dominadas pelos traficantes há décadas”. (Mais.)
O que resta perguntar:
Ou seja, para quem quer construir participação, qualquer situação é maravilhosa, para promovê-la.
Não foi o nosso caso.
Em termos de colaboração, não chegamos nem a ser classificados para disputar a semifinal.
Como ouvimos todo dia na rua, antes de sermos assaltados:
“Perdeu, Playboy, perdeu!”
Que dizes?
out 1st, 2009 by Carlos Nepomuceno
Você tem que ser a mudança que você quer para o mundo – Gandhi – da minha coleção de frases.
Hoje, estamos aqui discutindo algumas coisas interessantes.
1- o que é afinal uma turma de estratégia em marketing digital?
2- pode a turma querer falar para o mundo que tem que ser 2.0 e ela continua aqui bem zerinha?
3- o que seria uma turma 2.0, de marketing digital, ou não?
4- é possível que uma turma dessas seja “casa de ferreiro espeto de pau?”
5- é admissível que um “aluno de Marketing Digital 2.0” continue a ser uma pessoa que pense com o mundo 1.0?
6- como mudar isso?
Difícil, não?
Bom, algumas questoes
Não gosto muito do nome “Marketing Digital”, pois acho que a ideia do Marketing, vai se misturar com outras propostas, que e a construção de redes internas e externas nas organizações, através de uma Gestão por Rede.
O Marketing digital teria que ser um Marketing nas redes ou um Marketing por redes, desevolvo mais isso no post de segunda, no qual vou discutir “Folksonomarketing”.
Acho, assim, que, na verdade, vamos precisar de profissionais de rede em diversos campos, inclusive no Marketing, que estimulem o encontro entre as pessoas, seja na Internet ou fora dela.

Este profissional deve ser capaz de envolver pessoas em torno de projetos de empresas, governos, políticos, que estejam dispostos a criar redes humanas e que se proponham a entrar no mundo em que a mentira tem cada vez pernas menos curtas.
Passar da manipulação para a participação honesta, não por imposição moral, mas para sobreviver.
Ou seja, não são redes que será usadas como escada como um fim para algum meio, mas devem ser o próprio meio, envolver as pessoas em projetos legais, em empresas que querem construir junto e dialogar.
A manipulação campeia nas experiências de “marketing digital” ou como queiram chamar.
Você pode me dizer.
“Nepô, deixa de ser sonhador”.

E eu responderia:
“Se malandro soubesse como é bom ser honesto; seria honesto só por malandragem – Jorge Ben Jor;” – da minha coleção de frases.
Ou ainda:
O consumidor está muito mais rápido do que as organizações – Don Schultz – da minha coleção de frases..
Ou seja, quem quer chegar nesse novo mundo em que a transparência rende frutos, reduz crise e traz o mercado para próximo da empresa, é melhor ser logo sincero e conversar, do que achar que a manipulação vai te levar a algum lugar.
2- é possível que uma turma dessas seja “casa de ferreiro espeto de pau?
Aí vem a discussão da turma.
O pessoal tá tuitando, tá “bombando”, mas não existe uma rede dentro da turma. Não se anota coletivamente as aulas, o pessoal não consegue interagir entre eles, de tal forma que isso seja útil para eles e para o mercado.
Ou seja, até que se consiga transformar a turma dispersa em uma rede da turma, com algum tipo de presença, não serão ainda um exemplo a ser seguido por outras turmas, menos afeitas a esse mundo.

O grande desafio do exercício hoje é fazer uma proposta de uma turma em rede, como seria isso? Uma turma 2.0.
É o que veremos no próximo capítulo, na semana que vem.
out 1st, 2009 by Carlos Nepomuceno
I understand projects 2.0 as looking at the ground without letting the sky out of sight – Rômulo Rocha, an employee who participated in the Wikishop to discuss the project 2.0 in Dataprev – from my phrase collection in Portuguese.

Building the corporate bridge, from 1.0 to 2.0.
As I wrote in this blog, there are two collaborative trends underway in current society:

It is also necessary to understand that in implementing 2.0 technologies we can achieve two types of collaboration:
This conceptual perception of the process will help us to think through projects 2.0 for corporate intranets.
Thus, there are three different stages during the implementation of intranets 2.0 – which may or may not develop in parallel.
Let’s see.

These three stages summarize the goal of projects 2.0. Companies abroad are following this route. See the work by Jakob Nielsen, with comments in Portuguese and Spanish.

In the projects I’m involved with in this area I could perceive that the first thing people resist is accepting that the implementation of projects 2.0 will change the current way of working.
In other words, they want to implement collaboration in digital networks without changing the current corporation.
This is a myth!
This would be a burden on people, who would have to work more, and after hours!
In this case, something is out of focus!
Careful with the focus!
What is done, right off the bat, is to change the form of work to avoid repetition, by modifying the repository of digital data, resulting from the intellectual effort of each employee/collaborator.
Thus, we will have a repository 2.0 – antiredundancy and antirepetition, participatory and automatically saved.
For lack of precise information about what is coming next because it’s new, people are quite resistant to change, trying to introduce activities that won’t modify work operations. This is an escape to keep the company unchanged, without collaborative tools, creating fake actions, fantasies, to avoid the process of change.
If the company directors are not firm in their purpose, forget it!
Someone well respected in the company has to buy into the idea and sell it to the group!
It’s very easy to emphatically defend the view that collaboration and work are two different things.
This must be denounced and fought against during the implementation of projects 2.0, as there is a tendency to remain as 1.5 companies – with some concepts or even one with a few 2.0 tools, but with an old attitude towards work.

Beware of fake projects 2.0!
We are talking about changing the way of doing work (from keeping data in closed areas to placing them in open ones). Ultimately, it’s a shift in corporate management, from a model of vertical information (from top down) to a more loose and horizontal model (from bottom up), new forms of control based on the web experience.
Thus, it’s not anarchy, but a new kind of operational management, more consistent with current market speed, extracting all the good things the internet has brought us, generating in the end more innovation and value.
(Everything will be easier to accept when your competitor starts to implement this idea. The problem is that by then you will be lagging behind!)
Projects 2.0 are a frontal attack to the our present-day neurosis of viewing work and collaboration as antagonistic terms.
Thus, I suggest that we all go to the blackboard every morning and write down:

It’s necessary to rethink, redefine, and review the term co-llaboration (work together).
Write on the blackboard:
Thus, step one is to view in a different way the act of working itself.
Today, we work alone
In sum, let’s put it in other words to avoid any doubts.
We are paid to produce cognitive data and the result of this work is not available to the organization as a whole. Even when it’s available, it doesn’t allow people accessing those data to collaborate in an involuntary fashion, through 2.0 collaborative tools, by just clicking and adding relevance.
Or else in a voluntary way, making comments and rating so each result of the actual work becomes more relevant, innovating, and accurate.
Only this would prevent throwing money (resulting from intellectual capital) out the window!
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Finally, introducing collaborative tools into the work process changes where we save our work, without in any way increasing the time spent doing it.
As Sara, from Dataprev, put it:
“It can’t create a problem; it must be a solution!”
Working and saving the results in public corporate spaces doesn’t imply more work, but just a different way of storing our work, without increasing the time spent in the operation.
Write on the blackboard:

If a project 2.0 increases people’s workload, it’s got the wrong focus!
If a project 2.0 increases people’s workload, it’s got the wrong focus!
If a project 2.0 increases people’s workload, it’s got the wrong focus!
If a project 2.0 increases people’s workload, it’s got the wrong focus!
It’s a model similar to the one that has been used in sites distributing and selling software for years. See the figure below:

In a fast and efficient way, a simple and intelligent drop down menu can offer information on what type of data are useful, as each visitor aggregates value to the database.
Thus, instead of doing double work, the organization 2.0 will increasingly avoid repetitions.
The time spared with the elimination of repetitive work will be dedicated to innovation, readying people for the second stage: voluntary collaboration.
People will be more motivated and use their minds more creatively.
Will we make it?
What do you think?
Twitter in English. Follow me.
Twitter in Portuguese. Follow me.
Translated by Jones de Freitas. Edited by Phil Stuart Cournoyer.
out 1st, 2009 by Carlos Nepomuceno
A política foi inventada pelos humanos como o modo pelo qual pudessem expressar suas diferenças e conflitos sem transformá-los em guerra total, em uso da força e extermínio recíproco – Marilena Chauí – da minha coleção de frases.

Qual afinal é o papel do Congresso?
A sociedade avança, tem problemas e é regido por determinadas normas, leis.
Quase sempre, precisam ser aprimoradas.
Num movimento como este abaixo:

As leis são pensadas, a partir de problemas, criadas e depois voltam ao Congresso para ajustes.
O problema que temos no pais hoje é o tempo desse processo.
Há um descompasso entre a realidade e o tempo que o Congresso age.
O Congresso, por diversos motivos, está muiiiiiiito longe de chegar ao que precisamos.
O país assiste a situações inusitadas, tais como “Traficante foge após entrar em regime aberto no RJ“.

Vejam o que diz o juiz que teve que seguir a lei e autorizar a “fuga”, que pode levar alguns brasileiros à morte:
“Condenado a 22 anos por tráfico e associação para o tráfico, Polegar obteve o benefício para o regime aberto após cumprir um sexto da pena. “O regime aberto é um sistema falido, pois 90% dos presos não voltam”, reconheceu o juiz Carlos Borges, da Vara de Execuções Penais (VEP), autor da decisão.”
Obviamente, que deveria haver uma relação mais próxima entre as necessidades reais da maioria e seus representantes que ganham e tem recursos de todos os tipos para exercer essa função.
Um fato que não teve tanta repercussão no mundo 2.0, mas que é extremamente relevante foi a entrega esta semana do projeto Ficha Limpa ao Congresso.
” O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), responsável pelo projeto de lei que exige “ficha limpa” dos candidatos eleitorais, disse em comunicado divulgado nesta quarta-feira em seu site que a iniciativa terá “um papel preventivo, garantindo assim candidaturas idôneas no processo eleitoral”.
O MCCE lançou em abril do ano passado a campanha “Ficha Limpa” com o objetivo de combater a corrupção entre os políticos aspirantes a cargos eletivos. Desde então, recolheu mais de 1,3 milhão de assinaturas de apoio ao projeto de lei. (mais aqui.)”
Note na foto abaixo:

…o esforço de nós brasileiros para sermos ouvidos.
Pergunta-se:
Me diga você!
Já falei mais sobre isso em Wikigresso.
Vote na enquete e espalhe a ideia:
[polldaddy poll=2063408]
set 30th, 2009 by Carlos Nepomuceno
A vida é apenas aquilo que acontece a você enquanto você está ocupado com outras coisas – John Lennon – da minha coleção de frases;

Bom, passei meu primeiro fim de semana depois de tempos sem Internet (já há quase um mês) e sem ler jornal (no último.)
Na verdade, estou (estamos?) compulsivos pela informação, tanto lendo quando blogando, twittando, gengibrando….?
E isso é bom?
Veja no Wikipedia que a compulsão por informação pode ser considerada uma doença, em inglês mais sobre compulsão de informação.
Antes que digam que exagero, deixa eu desenvolver mais.
Tem um pedaço do nosso cérebro que adora um piloto automático (sugestão da Déborah da Pós de Marketing da Facha.).

Respirar, parar e dar um tempo, atrapalha esse piloto.
Decartes disse: “Penso, logo existo”.
No que se conclui: “Sou o que penso”;
E quanto mais eu penso, mais existo.
E quanto melhor eu penso, melhor existo.
Não teria uma lógica?
O problema é que a ala oriental do mundo acredita que eu “penso e tenho problemas”.
Não sou o que penso, mas quem pensa é aquele pedaço de mim condicionado pelo mundo.
Só há uma possibilidade de viver melhor e com mais equilíbrio.
Não me identificar com o ser pensante!
Antes que digam que é papo esotérico, barbas de molho.

Estamos em uma grande guinada no mundo.
O jornal Valor publicou no seu caderno de sexta, que recomendo sempre comprar para ler, um texto chamado de “O quebra-cabeça da mente“. (Link exige senha.)

Alguns trechos para refletirmos:
“Com a vivência de quem trabalha no “olho do furacão” ou no centro de conhecimento sobre o assunto, Ana Carolina explica que o cérebro deixou de ser a tradicional “caixa-preta” a partir dos anos 90, quando as neurociências tiveram um progresso espantoso.”
(…)
“A evolução na tecnologia de imagens permitiu, por exemplo, mapear o cérebro em funcionamento e monitorar quais áreas são ativadas em cada situação. Ana Carolina mostra, nos 15 ensaios do livro, o entendimento mais recente de como ocorrem percepções, memória, emoções, atividades motoras e suas disfunções, como a perda cognitiva com o envelhecimento, o mal de Alzheimer, a depressão e os transtornos de ansiedade.”
(…) Esse quebra-cabeça final, ou seja, o mecanismo exato por meio do qual a atividade eletroquímica dos neurônios se transforma na experiência subjetiva de cada indivíduo, carrega em si um imenso mundo de significados que vão além do que a ciência objetiva pôde determinar até agora.
(Mais no livro “Em Torno da Mente”, de Ana Carolina Guedes Pereira, lançado agora pela Perspectiva.)
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=0ScxluBNf6M]
Ou seja, estamos no limiar de uma nova fronteira, que, a meu ver, vai trazer à Ciência para a discussão anti-cartesiana:
Somos o que pensamos ou podemos dizer que existem alguém mais holístico por trás de tudo?
Pensar a compulsão passa por esse debate.
A meu ver, quando ligamos um piloto automático qualquer, não queremos parar.
Um dos sintomas básicos da compulsão, no caso informacional, é estarmos além da nossa capacidade ou necessidade de dar e receber.
É preciso, acho eu, dar um tempo, uma avaliada geral.
Quanto mais perto estivermos das coisas, menos conseguimos ter um quadro geral.

E quanto menos tivermos um quadro geral menos podermos colocar cada pedaço em seu lugar.
E, portanto, mais ansiosos ficamos e mais pedaços queremos por para irmos tapando os buracos, pois não temos um quadro geral.
Ou seja, um labirinto sem fim.
O problema, por outro lado, é que a sociedade do consumo (ou do consumismo, melhor dizendo) estimula nosso piloto automático, pois lucra com ele.
Os compulsivos são a maior fonte de lucro de quem sabe apertar o botão correto!
(Li, não achei, que na casa de Bingo 90% dos lucros vêm de 10% dos compulsivos que lá jogam.)
Desde necessidades em excesso, tais como comida, sexo, exercício;
Até aquelas criadas artificialmente, como jogo, droga, álcool.
A overdose da informação estaria mais próximas das primeiras.
Ou seja, são fundamentais, desde que na dose certa.
Precisamos da informação para viver e ir adiante, mas não na sobrecarga que acabamos adquirindo sem necessidade.
Achamos que estamos bem informados, mas, no fundo estamos entrando em um looping e cada vez sabendo mais em quantidade, sem nexo, e menos em qualidade, com nexo.
É preciso, caso seja também o seu caso, reduzir a expectativa do que realmente você vai acompanhar e em que nível de detalhe.

A batalha não é fácil, mas necessária.
Pode parecer loucura, mas experimente criar espaços na sua vida para respirar e verás o quanto estamos entrando numa loucura sem fim.
Achando que estamos em plena sociedade da informação e do conhecimento, mas cada vez com menos sabedoria, que é a nossa capacidade de nos relacionar com o mundo de uma maneira não violenta, holística e saudável para você e os demais.
E você o que dizes?
Vote na enquete:
[polldaddy poll=2058822]
set 29th, 2009 by Carlos Nepomuceno
Estamos discutindo o que é conhecimento com a turma.
Esta, confesso, é a aula mais difícil que dou.
Pensar o conhecimento é pensar o ser humano.
Quando alguém na turma diz: o conhecimento é algo concreto.
O conhecimento é um substantivo.
Ou seja, temos algo imexível dentro de nossa cabeça.
Nós passamos a substantivo e a coisa concreta, a coisas.
Ser, no fundo, é estar.
Viver é relação conosco, com o mundo e com os outros.
Em processo, de quem está vivo.

E em zumbido, de quem está repetindo.
Zumbido de zumbi? Talvez.
Por que estas questões se encaixam em um curso de pós de estratégia de marketing digital?
Vou ensinar o que para o pessoal?
A fazer algo que ninguém sabe?
A construir um mundo que não tem contornos?
A chegar lá e falar da minha experiência com Internet, quando todo dia eu mudo o que eu penso?
O importante é abrir a cabeça para que se possa criar.

Vivemos um momento de ruptura e precisamos de gente com mente aberta.
Não para apertar botões, mas para inventar os novos botões.
Dado, informação e conhecimento é uma relação com nossa memória, dos antepassados e dos contemporâneos.
Por mais que nos aprofundemos nesse mar cognitivo não teremos saída, se não aliarmos tudo isso à sabedoria de saber viver e de ajudar aos outros a sair do atoleiro.
Imagino estes alunos criando um mundo novo.
Sonho?
Deixo isso com eles…

É isso…
Um pedaço da aula filmado pelo Vinicius.
Boa noite!
Grato à turma.