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Viver é inventar-se: inventar sua vida, sua função no mundo, sua presença Ferreira Gullar – da minha coleção de frases.

Estive esta semana na Prodesp para discutir com eles o projeto de implantação interna de redes sociais, que inclui blogs e wikis.

(Ouça no rodapé do post a íntegra da palestras em três partes.)

Lá pela tantas, alguém me pergunta sobre o Twitter.

“E o Twitter?”.

“Não existe”, replico.

Twitter não é uma Tv Globo.

A Tv Globo existe enquanto um canal de mídia e conteúdo.

Você liga lá e vê  uma coisa só.

Tem uma opinião diferente do seu vizinho, mas partem da mesma fonte.

O programa que cada um compartilha.

Já o Twitter não existe enquanto canal de mídia, é apenas uma rede, igual a do telefone,  fax,  ônibus,  ponte.

Ou seja, depende de quem  usa.

Mesmo com aquela pergunta cretina “O que você está fazendo“, que induz muita gente a dizer que está almoçando miojo com salsicha. 🙂

Não existe um Twitter, mas tantos usos quanto o número de usuários.

Ninguém usa igual a ninguém.

Pois nunca terá os mesmo seguidores ou seguidos, a não ser que seja um “seguidor psicopata” ;).

Por isso, ninguém pergunta.

E o  telefone?

E o celular?

E a ponte Rio-Niterói?

Tão lá!

O Twitter, portanto, não existe enquanto canal de conteúdo.

Mais adiante, quando nos acostumarmos a ele, parecerá estranho alguém perguntar: e o Twitter?

Talvez: como está a sua relação com ele?

De amor ou ódio?

Melhor, bem melhor!

Como já não se pergunta sobre a Internet.

E a Internet?

Como assim?

Tá lá!

Pois depende de cada um.

Depende de quem está utilizando, e aí tem de tudo.

Da sua capacidade de achar bons seguidores, conversar com eles,  e ser seguido por pessoas interessantes que multipliquem, o que deve ser multiplicado.

A Internet, no fundo, é isso um  canal  de fios, que  em cima deles,  criamos um mundo ou um fundo de poço.

Depende de quem está lá em cima, querendo pular lá para baixo na água ou no cimento.

Ou escrevendo um poema como esse de bate-pronto, um hai-tweet com menos de 140 toques, que  fiz vapt-vupt para este post indagativo:

Web? Posso ou fosso? Poço ou não posso?

Que dizes?

——

Ouça a íntegra da palestra em três partes:

Parte I:

Clique aqui para baixar e ouvir no seu MP3 Player.

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Parte II:

Clique aqui para baixar e ouvir no seu MP3 Player.

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Parte III

Clique aqui para baixar e ouvir no seu MP3 Player.

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———–

Veja as fotos do dia tiradas por Maurício Barzilai, valeu Maurício!

7 Responses to “O Twitter não existe”

  1. Ana disse:

    Nepomuceno, muito interessante o seu ponto de vista.
    Mas fiquei refletindo se a televisão também não se enquadra neste mesmo perfil que você fez do Twitter e do telefone…
    Será que a televisão também não é conjunto de fios? Só que fios construídos por um número menor de pessoas “não identificadas” e sem interesses explícitos?
    Por outro lado, será que não podemos considerar que o Twitter também tem conteúdo. Qualquer pessoa que entrar lá, vai ver o conteúdo, ou os fios que outras pessoas criaram.
    PArece então, que a diferença entre TV e Twitter se resume na quantidade de pessoas que tem voz e espaço para fazer conteúdo, não???

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Ana,
    tem conteúdo produzido pelo número de usuários, mas vc não entra para assistir, mas para interagir com seus seguidos e seguidores.

    Talvez por isso um seja um canal de conteúdo e outro de relacionamento, o que não impede que tenha conteúdo armazenado em um canal deste tipo.

    Diferente do telefone que não deixa rastro, a não ser que grampeiem.

    E ai teria uma boa discussão.

    Vamos pensando,

    Valeu pessoa pelos comentários!

    Nepô.

  3. Carlos Nepomuceno disse:

    Ana, pensando ainda, não seria o Twitter um telefone grampeado, com busca? 😉

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