maio 7th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Todo o movimento é feito de extremos.
- Gelado -> vapor
- Vertical -> horizontal
- Centralizado -> Descentralizado

Quando analisamos um dado fenômeno e queremos construir uma dada teoria é preciso identificar os pólos de contra-posição.
Neste áudio, por exemplo, mostro a dicotomia entre humildade e arrogância e a toxidade de ambos os pólos.
E neste apresento a contradição entre hierarquia absoluta versus a hierarquia nenhuma.
Um teórico não trabalha com valores absoluto, defendo que ele trabalha taxas.
O que amadureci é que ele precisa identificar as dicotomias e as forças extremas para poder graduar. Nas pontas, quando se trata de sociedade humana, sempre toxidades.
Assim podemos ter o otimista e o pessimista, mas podemos ter o otimista tóxico e o pessimista tóxico.

O papel das teorias é definir leis e estas leis devem estabelecer os valores para colocar o termômetro, demonstrando o que é a toxidade nas duas pontas.
É isso, que dizes?
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maio 7th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Quem tem acompanhado este blog, sabe que estamos empenhado em uma tarefa hercúlea, a saber:

- – desenvolver uma nova visão filosófica da tecno-espécie, que chame de filosofia tecno-cognitiva, que é um aprofundamento filosófico das teorias da Escola de Toronto;
- – desenvolver uma nova área que é a Antropologia Cognitiva e, dentro dela, a ideia das mutações da Governança da Espécie, a partir de Revoluções Cognitivas, que aparecem para responder ao aumento de complexidade demográfica, também aprofundando o caldo teórico da Escola de Toronto;
- – desenvolver uma nova metodologia, da criação de laboratórios de migração da governança fora das atuais organizações para a criação de uma nova cultura em um espaço desintoxicado, adaptando ideias lidas na Harvard Business Review e adaptadas para o atual cenário.
Ou seja, é um desafio e tanto, mas é para isso que acho que serve a vida: para conseguir chegar além do que imaginávamos.

Pois bem.
Na experiência da criação de Laboratórios de migração da Governança, que acaba sendo chamado de Laboratórios de Inovação Colaborativa Digital, ou Disruptiva, há um conjunto de complexos problemas a serem enfrentados no pensar e no agir:
- -compartilhar com uma parte de membros da organização, incluindo gestores, da guinada civilizacional, tendo noção mais aproximada do momento histórico que estamos passando e perceber o Laboratório como a resposta mais eficaz para lidar com ela;
- – formar um núcleo de pensadores/atores dentro da instituição, que possa passar por um “lava-jato filosófico, teórico, metodologico” para problematizar, através de aulas participativas, com muita troca;
- – E colocar o Laboratório para funcionar na prática e passar a resolver os problemas complexos, via a comunicação algorítmica, que as ferramentas da voz, da escrita e do computador isoladamente não conseguem resolver.
Imagina-se que algo dessa natureza demanda um tempo, pois não estamos falando de implantação de um novo software, mas de coisas que vão ter que mudar nessa equipe de inovadores digitais.
A saber:
- – uma visão mais aberta para poder olhar o mundo diferente, através de um trabalho do modelo mental fechado do século XX para o mais aberto do novo século;
- – uma revisão ética do seu papel no mundo, tanto do ponto de vista individual, assumindo o seu papel significante histórico de agente de implantação de nova Governança, bem como de compromisso com a redução do sofrimento da sociedade, a partir desse novo instrumento humano de descentralização do poder;
- – um aprendizado de trabalho participativo, que vai contra toda a formação que tivemos das atuais organizações verticais (família, escola e empresa);
- – e, por fim, o domínio de novas técnicas que lhes permitam, a partir de um problema complexo, analisar se se aplica o uso da comunicação algorítmica e, em caso, positivo, ser capaz de desenvolver de forma eficaz uma plataforma digital colaborativa, que atenda a demanda.

Para ficar ainda mais difícil, imagine ter que fazer isso em um ambiente novo, um laboratório, fora da hierarquia atual, sem um gestor definido, tateando no escuro, sem um livro de Dummies para ler? E com a desconfiança generalizada tanto na filosofia, teoria, metodologia?
Por isso, falo para os formadores do primeiro projeto desse tipo, na IplanRio, que eles devem se ver como uma Tropa de Elite, pois estão se comprometendo para algo de extrema dificuldade. E forte risco de resistências e até de erros e fracassos.

O caminho não é fácil, mas, acredito, ser o mais eficaz e barato para lidar com o mundo que nos invade. É uma respostas sofisticada, complexa e de médio e longo prazo para um problema sofisticado, complexo que estará entre nós no médio e longo prazo.
É isso, que dizes?
Todos os detalhes da criação do projeto piloto, de 2014, podem ser vistos aqui, nas turmas deste ano.
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maio 6th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Os dois têm funções distintas: o palpite é algo que alguém tem sobre um determinado fenômeno, a partir da sua experiência, seja agindo, pensando, sentido. Uma teoria é algo que alguém tem, a partir do estudo em uma bancada de laboratório, no qual um determinado fenômeno é “dissecado”.

Podemos até dizer que o tempo para se formular um palpite pode até ser igual ao de formular uma teoria, não é uma questão de tempo, mas de abordagem.
Um fenômeno analisado por uma teoria deve ter:
- – uma maior precisão do escopo do fenômeno, através de classificações, através de uma lógica que separe o joio do trigo e melancia de tomate;
- – uma aplicação do escopo e suas diferentes classificações em contextos distintos (local, tempo), ou seja, onde e quando isso já aconteceu antes, pois nada é inusitado, apenas não foi bem percebido;
- – uma procura de similaridade do fenômeno em diferentes contextos, que é a base de toda teoria, o sentido de repetição, de ordem diante do caos;
- – e, por fim, o registro de normas e leis mais eficazes que regem aquele dado fenômeno, o objetivo sinal de toda teoria, que vai guiar, a partir daí, a construção de metodologias para agir em cima do dado fenômeno.

Quando vejo análises sobre o mundo digital, de maneira geral, noto logo quando é palpite ou o esboço de uma teoria, pois os elementos acima não aparecem ou aparecem ainda de forma embrionária.
A pessoa não se preocupa em situar o escopo do fenômeno, colocá-lo em outros contextos, incluindo o passado, não procura similaridade e não procura normas e leis.
Apenas tem palpites vagos, a partir da sua experiência e sensibilidade, o que pode ser útil em problemas mais simples, mas JAMAIS em problemas sofisticados, desconhecidos e complexos, o que seria um crime!

Isso não quer dizer que toda teoria é mais consistente do que palpites, vai depender dos palpites e das teorias e dos problemas a serem disssecados.
Mas não se pode comparar quando se tem uma teoria mais consistente, quando se tem palpites consistentes, as teorias são as ferramentas humanas para se entender e agir sobre problemas complexos e inusitados.
E os palpites para algo rápido e já bem conhecido.
No fundo, os palpites são sugestões em cima de velhas teorias, sem que a pessoa se dê conta disso.

Não utilizar métodos teóricos, quando necessários, pode ser considerado um crime contra a inteligência humana, com consequências perigosas, pois toda teoria (e palpite) gera uma ação, mais ou menos consistente.
É isso, que dizes?
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maio 6th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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“A pessoa pode suportar perder tudo na vida, menos o significado” – Victor Frankl;

A questão do significado é algo interessante, pois vivemos, no fundo, uma luta contra a baixa Taxa de Significado do mundo.
Disse aqui nesse vídeo, portanto, que a luta pelo significado é uma luta política!

Toda a estrutura de poder, seja ela mais ou menos concentrada, vai defender o velho tripé da Ambição Humana: poder, dinheiro e fama.
Digamos que uma baixa taxa de significado é seguir aquilo que é hegemônico. Aquilo que nos venderam e compramos sem pensar.
Você faz algo por que simplesmente quer poder, fama e dinheiro.
E?
Ok, nada contra, mas isso tem significado para você?
Quando alguém vem com essa proposta fechada não há nada que alguém que faça Coaching Orgânico ou Mentoria Orgânica que é o meu caso, possa fazer.
Não acho que faça parte do meu trabalho significativo reproduzir o que a sociedade está aí clamando aos quatro ventos. É preciso criar o contra-ponto ao discurso hegemônico não refletido.
Há no final da atual Ditadura Cognitiva uma baixa Taxa de Subjetividade que pede um trabalho mais profundo para saber o que pode ser alterado, via um trabalho terapêutico.
Não acho que o coaching e nem a mentoria consigam lidar com isso, quando é uma questão inegociável.

A Ambição Tóxica é, claro, um sinal dos tempos, está dentro da normalidade de uma sociedade com alta Taxa de Concentração de Poder, mas acaba por mascarar problemas mais profundos que não foram tocados.
E se vai se criar uma guinada precisam ser tocados.
Diante disso, é preciso procurar em cada um duas coisas:
- – o que você pode fazer a diferença para aumentar a sua significação no mundo?
- – e onde há oportunidades para isso?
Fiz um áudio no qual falo sobre isso, que temos três elementos:
- – o barco – sua capacidade;
- – o vento – as oportunidades:
- – a regata – os opositores e concorrentes.
Assim, é preciso aumentar a Taxa de Subjetividade para poder criar uma sabedoria para saber o por que e para onde (que acho que o coaching pode ajudar) e depois desenvolver que e o como (que é o papel da mentoria).

Gosto de dar um exemplo das minhas lutas por pequenos problemas no bairro em que moro. Adoto cada uma delas como se fossem uma batalha campal, persisto até resolver, pois percebo que se eu não agir, talvez ninguém o faça. É um exemplo típico de juntar: propósito certo, no lugar certo e na hora certa.
Assim, a procura de significado é justamente perceber que se você não fizer determinada coisa, talvez ninguém faça e algo ficará faltando no mundo.
É essa a procura que faz com que você mais e mais vá se engajando em um trabalho significativo, pois perceberá que se você não fizer, o buraco nunca será preenchido.
É isso, que dizes?
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maio 6th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Vejam o gráfico abaixo:

Note que tivemos, a partir de 1450 uma construção de ideias e valores para a mudança de Governança da Espécie, que vai ocorrem em 1800, com as Revoluções Liberais.
Há uma curva ascendente no gráfico. É o momento do Pêndulo Cognitivo de Expansão, que podemos chamar de Primavera Cognitiva, quando as ideias saem de uma ambiente fechado, uma Ditadura Cognitiva e começam a se espalhar na sociedade, aumentando a Taxa de Subjetividade e, por sua vez, pressionando a Taxa de Concentração de Poder para baixo.
O período ascendente é o que chamo também de Surto Filosófico que permite que mudemos de paradigma e preparemos a sociedade para assumir mais responsabilidades, que a nova Governança exigirá.
- Uma coisa é um rei escolhido por Deus.
- Outra é um representante escolhido por nós!

Em 1800, temos as Revoluções Sociais que estabelecem uma nova Governança da Espécie, que é necessariamente a redução da Taxa de Descentralização de Poder. Ou seja, um ajuste entre o tamanho da população com a necessidade de um novo modelo de tomada de decisões que possa subir a Taxa de Diversidade na sociedade – mais gente participando de mais decisões.
Isso de fato acontece.
(Vivemos no século XIX e XX uma luta de poder para ocupar a mesma Governança da Espécie, mas sem uma proposta de descentralização de poder, o que pode-se ver na briga capitalismo x comunismo.)
Há no momento seguinte uma consolidação da nova Governança da Espécie e, por sua vez, uma nova concentração dos Ambientes Cognitivos, em função do aprendizado pela estrutura do poder de seu funcionamento.
Ou seja, a população consegue aumentar, pois o ambiente político e econômico ficou mais aberto e mais sofisticado, porém não há uma continuidade na Distribuição do Poder, que tende a se concentrar.
E há dois movimentos inversos que levam necessariamente a um ponto de inflexão:
- – aumenta-se a Complexidade Demográfica, criando cada vez mais diversidade;
- – porém as decisões vão ficando cada vez mais relacionalmente fechadas mais gente querendo opinar e menos gente decidindo.
O que nos leva a ser capaz de aumentar o tamanho da população, porém sem aumentar a qualidade da tomada de decisões, o que causa a crise que temos hoje.
Aumentamos a população e sua diversidade, mas não conseguimos que ela tenha voz para exercer esse potencial.
A nova Governança da Espécie que começa a se delinear a partir de 2004, com a chegada da banda larga e a massificação do uso da Internet, provocando um radical aumento da Taxa de Canalização Humana. Ou seja, mais gente com mais canais para se expressar, iniciando, assim, o processo de Surto Filosófico Digital, que já está em curso, porém um encurtamento muito maior de tempo comparado a última Revolução Cognitiva.
As tecnologias se massificam de forma mais rápida, mudam mais rapidamente em um mundo muito mais conectado.
Ou seja, não vamos levar 350 anos para que as primeiras Revoluções Sociais aconteçam!

O que nos leva a reiniciar o processo de criação de uma nova Governança da Espécie, começando a construir um novo modelo, que procurará descentralizar o Tripé de Ambição humana: poder, dinheiro e fama.
Veja bem, assim, que voltamos, sob esse ponto de vista, para a conjuntura política, social e econômica dos séculos XVI, XVII e XVIII, quando se procura um novo modelo para gerir a sociedade e fugindo dos séculos XIX e XX, quando estávamos apenas lutando pelo poder NA MESMA GOVERNANÇA!
Assim, não faz sentido no Século XXI reviver a luta esquerda x direita, que é típica briga de poder na mesma Governança dos séculos XIX e XX, o momento atual é de procurar um novo modelo de Governança que repense todo o modelo, algo muito mais profundo, resgatando o que viveram os iluministas e renascentistas daquela época!
A luta atual é pela reinvenção da República e de um modelo econômico que seja coerente com esse novo ambiente político. Esqueçam comunismo e capitalismo, que só fizeram sentido no Ambiente Cognitivo Oral-impresso-eletrônico.
A conjuntura atual é completamente outra!

A mudança da Governança nos leva à procura de um novo sistema social, político e econômico, que chamo no gráfico de Pós-capitalismo, mas que tenho arriscado a chamar de colaboracionismo ou “partipacionismo”, que incluiria ações econômicas e políticas, em uma República regida pelo Ambiente Cognitivo Oral-Escrito Impresso – Eletrônico e agora também com o Digital.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, E-book 2014 - segundo trimestre, Em busca da Antropologia Cognitiva, Em busca da Governança Digital, Em Busca da República Digital?, Históricas, Passado, Presente | 1 Comment »
maio 6th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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A alta Taxa de Concentração de Poder pede necessariamente uma baixa Taxa de Subjetividade social!
Entendo subjetividade como espaço interno de cada ser humano de pensar e se repensar o que sente e pensa e transformar isso em ações práticas que guardam uma relevante coerência com o que pensou.
(A pessoa pode até pensar muito sobre a vida, mas se não a transforma continua com uma baixa taxa de subjetividade.)

Uma alta taxa de subjetividade é a capacidade que temos, assim, de criar um espaço interno mais amplo e conseguir colocá-lo em prática nas nossas vidas.
As taxas de subjetividade variam conforme o Pêndulo Cognitivo.
- Quanto maior a Taxa de Concentração de Poder tivermos, mais a taxa de qualidade da subjetividade tende a cair. E vice-versa;
- Quanto menor a Taxa de Concentração de Poder tivermos, mais a taxa de qualidade da subjetividade tende a subir.

Isso se explica da seguinte forma.
O aumento de Taxa de Concentração de Poder pede que haja uma uniformidade maior da subjetividade humana, pois serão menos decidindo por mais. Quanto mais baixa for a Taxa de Subjetividade da sociedade, menos complexa será a tomada de decisões e vice-versa.
Assim, a alta Taxa de Concentração de Poder pede necessariamente uma baixa Taxa de Subjetividade social!

O que impede uma tomada de decisão de mais qualidade e mais diversidade?
1) Falta de interesse – quem está no poder acaba por atrelar as decisões tomadas a seus interesses e dos grupos que os mantêm. Assim, os interesses impedem que haja mais abertura;
2) Falta de ferramentas – a incorporação de mais diversidade implica necessariamente uma Aparato Tecno-cognitivo para que as demandas sejam processadas. Muitas vezes as Tecnologias Cognitivas disponíveis (que são a base da Governança da Espécie) não são adequadas para essa tarefa.
Assim, como saída para resolver o problema da Governança da Espécie – menos gente decidindo por cada vez menos – é o de apostar em uma redução na Taxa de Subjetividade, achatando a diversidade individual e coletiva, através de um intenso trabalho de homogenização das visões.

Tal trabalho, utilizando-se das organizações de produção, repasse e circulação de ideias, reduz, assim, a capacidade de reflexão, expressão e de recebimento de feed-back baixando a qualidade da subjetividade da sociedade.
As pessoas passam a ser cada vez mais consumidoras e reprodutoras do modelo hegemônico, em uma espécie de hipnose coletiva, que é característica da baixa Taxa de Subjetividade, o que podemos até chamar de Hipnose Tóxica.
O que move o poder central passa a mover toda a sociedade, no que chamei de tripé da alta taxa de ambição, que podemos chamar de Ambição Tóxica: poder, fama e dinheiro.
Hoje, passado décadas de forte aumento da Taxa de Concentração de Poder, vivemos um momento dramático de Hipnose Tóxicas, com baixa Taxa de Subjetividade individual e coletiva. A luta dos progressistas é de criar projetos digitais que reduzam a Taxa de Concentração de Poder e possam descentralizar o poder, a fama e o dinheiro.
É isso, que dizes?
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maio 5th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Quando se trabalha com aulas participativas, há sempre um pé atrás dos alunos se eles serão manipulados ou persuadidos pelo coordenador das atividades.

Gosto de trabalhar com o termo coo-vencimento, que é melhor que convencimento, quando alguém “vence” alguém.
A persuasão, que podemos chamar que é algo parecido com o coo-vencimento, é o trabalho de discussão científica sobre um dado problema, no qual todos estão tentando construir uma filosofia, uma teoria e uma metodologia mais consistentes de abordagem.

O coordenador tem mais tempo de problematização, mas não tem o problema fechado, pois problemas nunca são fechados, pois mudam de contexto e precisam sempre ser revistos.
O trabalho de persuasão científica exige, assim, que as carta estejam na mesa. O coordenador deve dizer o que sabe e o que não sabe. Quais os conceitos estão mais sólidos e quais estão mais líquidos.

E apresentar a memória de cálculos para envolver os alunos na pesquisa junto para se procurar a visão e ação mais eficaz diante daquele problema.
O que ocorre é que estamos tão acostumados à manipulação, que temos dificuldade em trabalhar aulas de persuasão.
Tendemos a estar defendidos.
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Aplicações, Aplicações, Ciência Ninja, Da Filosofia dos Dialogadores, E-book 2014 - segundo trimestre, Educação 3.0, Em busca de aulas participativas, Em busca do Conhecimento Líquido, Filosofia Tecno-Cognitiva | No Comments »
maio 5th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Um laboratório dedutivo deve ser criado quando há problemas teóricos e filosóficos para lidar com um dado problema complexo. Metodologias já não são mais eficazes, ver mais detalhes aqui.

Rever teorias e filosofias exige um exercício de lógica e não apenas de análise de fatos.
É preciso colocar na bancada o seguinte:
Existe algo que vem funcionando do jeito “a” e está passando para “b”.
O jeito “b” é algo novo.
E as metodologias criadas em “a” não são mais eficazes.
Para começar a rever teorias e filosofias devemos procurar o seguinte:
Qual é a força que está atuando em “a” que está provocando a passagem para “b”.
Só pode ser uma força nova e desconhecida.
Para revermos a teoria, temos que nos abrir para ver o seguinte.

Que força é essa?
É preciso isolá-la no laboratório para que se possa entender que força é essa que não estava dentro do escopo conhecido.
O isolamento da força exigirá que seja colocada na bancada as explicações disponíveis para ver qual delas parece a mais razoável para se partir para o estudo.
Feito isso, é preciso isolá-la, como se fosse um vírus, com um DNA e procurar a ação dessa força no passado.
Nada é novo no mundo de bilhões de anos dos seres vivos.
O que existe é uma novidade que “passou batida” no passado por algum motivo.
É preciso rever mudanças similares no passado para tentar identificar aonde isso pode ter sido possível.

Não existe uma teoria consistente, nenhum, que não haja similaridade no passado.
Se alguém afirma algo e diz que isso começou só agora e isso é novo.
Pode ter certeza que é uma teoria inconsistente, pois só podemos chamar algo de científico, quando se repete no tempo de forma similar.
Mesmo que chegue ETs no planeta algo ali deve ser comparado aos outros seres vivos.
O exercício dedutivo é um exercício basicamente de lógica para reconstruir o paradigma para, só então, com algo mais sólido e consistente, começar a pensar em uma nova metodologia.
É isso, que dizes?
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maio 5th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Não existe um pesquisador sem um laboratório.

Teorizar é colocar algo dentro de um laboratório para se analisar e concluir algo.
Dependendo do problema que se estuda, existem vários tipos de laboratório.
- Laboratórios que conseguem controlar o problema – existem problemas que são passíveis de reproduzir os fenômenos no laboratório – são o que chamo de estudos de complexidade passível de controle;
- Laboratórios que não conseguem controlar problema – existem problemas que você pensa sobre eles no laboratório – são os que chamo de estudos de complexidade impossíveis de controle. Os estudos da maioria dos seres vivos se encaixam nesse.
O estudo da sociedade se encaixa no segundo modelo Laboratórios que não conseguem controlar o problema. Por isso, é feito de maior aproximação e são mais inexatos, por isso, acredito, podemos chamar os primeiros de mais exatos e os segundos de menos exatos.

A ciência, além disso, trabalha com dois tipos de problemas.
- Os mais ou menos conhecidos – que os paradigmas atuais ainda dão conta para criar metodologias eficazes;
- Os desconhecidos – que os paradigmas atuais NÃO dão mais conta de criar metodologias eficazes.
Quando temos problemas desconhecidos cuja as metodologias não conseguem mais um bom resultado, estamos diante de um problema ou teórico ou filosófico, pois precisamos rever alguns princípios que guiaram a solução daquele problema.
Há a necessidade de se criar um novo paradigma teórico-filosófico para depois refazer a metodologia.

Nestes momentos, o método indutivo, que é trabalhar dentro da mesma metodologia, não funciona mais, pois há uma “intoxicação” de visão que precisa ser refeita. E para isso é preciso atuar no método dedutivo, que é o estudo das teorias e filosofias de plantão para procurar possíveis equívocos.
Assim, nestes casos de crises paradigmáticas, é preciso colocar teorias e filosofias na bancada
O que vai para a bancada nas crises paradigmáticas são teorias e filosofias.

E isso exige uma discussão interessante, que vou detalhar no próximo post.
“Como colocar teorias e filosofias na bancada de um laboratório dedutivo?”
É isso, que dizes?
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Aplicações, Ciência Ninja, E-book 2014 - segundo trimestre, Em busca da melhor teoria, Em busca do Conhecimento Líquido, Epistemologia, Filosofia Tecno-Cognitiva | 1 Comment »
maio 5th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Podemos dizer que a sociedade tem variações nas Taxas de Circulação Horizontal de Ideias.

- Antes da prensa, em 1450, a taxa era mais baixa que depois da prensa, pois houve uma redução de custos para que as ideias fossem reproduzidas, criando-se novos canais, que antes o Ambiente Cognitivo não oferecia.
- Antes da Internet, a taxa era mais baixa que depois da Internet, pois houve uma redução de custos para que as ideias fossem reproduzidas, criando-se novos canais, que antes o Ambiente Cognitivo não oferecia.
A mudança de uma baixa taxa para uma maior provoca mudanças profundas na sociedade e em cada indivíduo.
Um longo período de baixa taxa de circulação de ideias significa um aumento da taxa de um cidadão consumidor de ideias e menos produtor. Isso impacta da seguinte maneira no Circuito de Produção do Conhecimento processo de conhecimento, como vemos abaixo:

- O cidadão recebe muita impressão, de fora para dentro, mas não tem como se exprimir, por isso reflete pouco.
- Tem pouco espaço para a reflexão, pois não terá necessidade de se exprimir, pois há poucos canais.
- O que, por sua vez, reduz o feed-back.
Há uma baixa capacidade de abstração, pois o circuito de produção de conhecimento é parcial, não sinergético e precário.
Quando temos a Primavera Cognitiva, com a Canalização Horizontal de Canais, aumenta radicalmente o cidadão-produtor, o que exige dele saber lidar mais com a reflexão e o recebimento de Feed-back.
O salto de qualidade educacional que temos que proporcionar nesse novo século é o estímulo, tanto na capacidade de refletir, de se expressar em canais públicos, que permitam feed-back para melhorar mais e mais a sua capacidade de receber novas impressões.
É isso, que dizes?
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maio 5th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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O ser humano, qualquer um, tem três necessidades, que podemos chamar de ambição.

Ter ambição não é um “pecado”. O problema é a alta taxa de ambição, que podemos chamar de ambição tóxica.
São três demandas, como vemos na figura abaixo:

- A fama é o desejo de ser reconhecido;
- O poder é o desejo de participar da vida em sociedade;
- E o dinheiro é a possibilidade de sobreviver do seu trabalho.
O problema é que quando temos uma Ditadura Cognitiva, uma forte concentração da circulação de ideias, produtos e serviços, o tripé se concentra. Cada vez menos gente tem fama, poder e dinheiro.
As organizações e a sociedade se voltam para essa meta como objetivo final e escolhem pessoas que possas que querem reforçar essa meta e tudo passa a girar em torno desses propósitos.
Isso nos leva a uma baixa taxa de qualidade e de diversidade humana.
Pois mais e mais quem quiser fama, poder e dinheiro terá que se render ao “modus-operandi” concentrador, não tendo espaço para modelos alternativos.
- Quem quer fama terá que se render aos meios de circulação de ideias;
- Quem quer dinheiro aos modelos de produção;
- E o poder aos ambientes de tomada de decisão política.

Como disse no vídeo abaixo, não teremos uma sociedade em que isso seja perfeitamente distribuído, mas teremos momentos em que haverá uma alta taxa de concentração, como temos agora.
E o desejo da sociedade é pela distribuição destes três elementos, através de projetos, usando o novo Ambiente Cognitivo, que permita distribuí-los, através de canais de circulação de ideias que permitam a distribuição da fama e, por sua vez, de projetos produtivos do dinheiro e políticos, de desconcentração do poder.
Os vídeos abaixo complementam a ideia.
É isso, que dizes!
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maio 2nd, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Este seria o sonho de toda a Escola de Toronto e de McLuhan seu principal representante, que afirmou “O Meio é a massagem”, que acabou ficando “O Meio é a mensagem”.
Ou seja, independente daquilo que você vê na televisão, ela está mudando a sua cabeça. E isso se daria também com todos os outros meios, escrita e Internet.
Para chegarmos a uma conclusão dentro de um laboratório de neurociência, temos três elementos:

O cérebro tem duas possibilidades de mudança, que vou simplificar, como leigo no assunto:
- Software – como acontece a troca entre as peças do hardware;
- Hardware – o tamanho e aparência dos órgãos.
Os equipamentos medem as duas coisas, possivelmente, é mais provável que haja uma mudança maior nos códigos de software (“ondas”) e não de hardware (tamanho e aparência dos órgãos).
Assim, o equipamento para medir teria que ser o de “ondas” para saber o que muda.
Os testes, aparentemente, são comparativos de:
- – Quem usa a Internet, via algum aparelho;
- – Versus quem não usa, nunca usou.
Como ponto de partida, acredito que teríamos que mapear uma radicalização dos dois aspectos.

O primeiro passo seria analisar o cenário de quem usa.
Ser capaz de medir um jovem usando um computador durante um período, saindo da posição de não uso para uso e saber o que é acionado lá dentro. Alguém que tem um uso há bastante tempo desse aparelho, mas já focando na medição de algum tipo de mudança do ponto passivo (não uso) para o ativo (usando). E depois colocar no mesmo lugar alguém que nunca usou talvez de mais idade.
Essa passagem do não uso-para o uso no jovem identifica a necessidade de uma prática contínua, que iria “musculando” de alguma forma aquela região para que cada vez usasse melhor aquele aparelho, o que iria, ao longo do tempo, criando uma mudança do que era antes (não uso) para o uso.
É como se o cérebro que não estava acostumado a praticar aquela ação, começasse a usar continuamente e isso precisa ser aperfeiçoado, alterando aquela região, talvez alguma coisa no hardware, pois com o tempo tudo que vai sendo mais utilizado, o corpo acaba por desenvolver formas para que isso seja feito de forma mais fácil e menor esforço.
Teríamos que começar a pesquisa justamente sabendo onde temos que mirar os equipamentos. E aí, comparando as duas medições, perceber alguma mudança, alguma “onda”. diferente para depois escalonar, só então, isso com mais gente.

Uma espécie de piloto, como primeiro passo e depois chamar mais garotos e mais idosos para repetir o teste até termos certeza de que, de fato, isso se repete sempre.
Certamente, há estudos nessa direção para dar um atalho de caminho de onde devemos começar a medir.
É isso, que dizes?
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maio 1st, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Já vimos aqui o problema do ceticismo tóxico para a inovação.

O ceticista tóxico não é um ceticista passivo, mas ativo. Ou seja, ele defende com argumentos que nada deve ser feito em nome de que nada funciona mesmo, é melhor deixar do jeito que está.
É diferente do ceticismo passivo, que está na mesma onda, mas não levanta bandeira.
No fundo o ceticista tóxico é algo problemático, parecido com a inveja, não faz e não deixa fazer.
É diferente de ambição, por exemplo, que tenta fazer, mas não se incomoda com quem faça.
O ambicioso não é um incentivador da inação, como o ceticista tóxico.
O ceticismo tóxico, assim, desconfio que tem problemas emocionais que o levam para o mesmo campo dos invejosos, que são aqueles que não gostam que façam determinadas coisas, que ele gostaria de fazer, mas não consegue.

É o mais perigoso agente anti-inovação, pois é difícil identificar que aquele crítico ativo é, no fundo, uma pessoa que está ali para defender com unhas e dentes, de todas as maneiras, que nada seja feito pela sua incapacidade de fazer e deixar que os outros façam.
É isso, que dizes?
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maio 1st, 2014 by Carlos Nepomuceno
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O que realmente muda nas organizações no novo mundo digital?

A tomada de decisão atual, baseada no oral e escrito, que tinham suas limitações, passa para o digital, através do uso intenso de algoritmos. Objetivo: aumentar a produtividade, reduzindo custo. Como? Tirando o poder do atual gestor em decidir, a partir das informações orais e escritas, contando a partir da agora com o apoio de robôs e algoritmos.
O gestor “dá ordens” para o algoritmo que atua baseado no movimento real do cliente e não mais naquele imaginado, como é hoje em dia!
Não é algo novo para muitas organizações, que já tinham um grau maior de digitalização, mas isso se espalha de forma radical em toda a cadeia produtiva, com o aumento da passagem da tomada de decisão interna para mais e mais contar com a participação do cliente, que pode atuar de forma passiva, através de cliques, ou ativa, quando deixa a sua impressão, a partir de alguma experiência.
As organizações tradicionais, pré-digital, tinham a seguinte atividade:
Projetavam, “imprimiam” produtos e serviços e distribuíam.
Havia um risco entre o que eu imagino o que se quer para o que se quer de fato.
Hoje, ela não faz mais dessa maneira, pois é muito mais caro do que o novo modelo.
A organização digital, ou 3.0, cria uma Plataforma Digital Colaborativa de Venda/Distribuição e começa a colocar “chips” em tudo que se movimenta na cadeia, além da coleta e uso intenso dos cliques dos usuários, comentários, criando rastros voluntários e involuntários, colocando o robô, via algoritmos, para decidir mais e mais em nome da produtividade.
E programa os robôs, através de algoritmos para que tome cada vez mais e melhores decisões em direção às tendências coletadas.
Assim, reduz-se em muito a comunicação oral-escrita, que continua apenas para casos mais nobres, para se apostar naquilo que ele faz na prática, através dos rastros que deixa nas telas.
Quebra-se um “gap” de sombra que existia na gestão atual para a nova gestão, tomando decisões muito mais adequadas para o que realmente o cliente deseja.
Dessa maneira, se reduz tempo, esforço e tem-se um resultado melhor.

Assim, não só se é capaz de produzir melhor, como o de projetar as tendências, com uma eficácia incomparavelmente maior do que o modelo atual.
Teremos nas Organizações 3.0 algumas variações, dependendo de cada caso, sempre baseado nos dados coletados mais e mais pelos cliques, geração de conteúdo espontânea e chips, através da programação dos robôs, via algoritmos:
- – o gestor toma decisões direta a partir das sugestões coletadas pelos robôs;
- – o gestor transfere decisões para usuários, a partir das sugestões coletadas pelos robôs;
- – os robôs tomam as decisões, a partir das sugestões coletadas pelos robôs.
As variações vão depender da necessidade de tempo, custo, quantidade de dados a ser analisado e isso deve ser dosado caso a caso.
Podemos dizer ainda que teremos três modelos de organizações 3.0, que terão o mesmo tripé (gestor decide, usuário decide ou robô decide):
- Organizações 3.0 totalmente a distância – como é o caso de venda de cursos de inglês, no qual o serviço é oferecido e vendido a distância, sem nenhuma ação tangível fora da Internet;
- Organizações 3.0 a distância/presencial – como é o caso de venda de mercadorias, no qual o serviço é oferecido a distância, digitalmente, mas tem uma parte física, como é o caso do Taxibeat, Mercado Livre e Estante Virtual;
- Organizações 3.0 presenciais – como é o caso do metrô, no qual o serviço é oferecido sempre presencialmente, mas a rede a distância, digitalmente, define as prioridades das decisões a serem tomadas, tais como melhoria, distribuição de carros, ações a serem feitas e problemas a serem sanados.
É isso, que dizes?
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abr 30th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Podemos dizer que uma inovação precisa negociar com o passado e isso implica em um esforço.
![hp-xadrez_01[1]](http://nepo.com.br/wp-content/uploads/2014/04/hp-xadrez_011.jpg)
Tudo que implica esforço tem um custo, pois alguém (ns) terá que dedicar um número de horas para negociar uma determinada mudança.
O pessoal da gestão da mudança lida com isso.
- Equipe de desenvolvimento da inovação – há um esforço para desenvolver e inovar que é da ordem do pessoal de produção.
- Equipe da negociação para preparar o ambiente para receber a inovação (que chamam de gestores da mudança) – E há um esforço para convencer e preparar que é da ordem do pessoal da negociação da inovação.
Não existe inovação, como disse aqui, sem custo de negociação.

Quanto mais disruptiva for a inovação, mais resistência e estranhamento ela vai causar e maior será o esforço a ser empregado para a negociação.
Aplicando a taxa aos projetos de Inovação Disruptivos para a nova Governança que estamos envolvidos, diria que quando imaginei a metodologia de implantar laboratórios de migração para a nova Governança propus algo FORA dos muros tradicionais da organização, pois a Taxa de Disrupção é muito alta e isso implica em uma maior Taxa de Resistência à Inovação.
Assim, o isolamento ajuda a permitir que o esforço seja feito em separado, mas isso não implica que não haverá a negociação na organização, pois o espaço separado ainda pertence a organização e isso exige um esforço para que os recursos sejam alocados ali.

É preciso passar pelo convencimento em um esforço de negociação não de cada projeto de inovação para a nova Governança, mas da própria criação do espaço separado.
É isso, que dizes?
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abr 30th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Ninguém inova em Marte, mas no planeta terra, dentro de uma sociedade humana.

Assim, há o passado com produtos e serviços que existem.
Alguém inventou algo e outros resolveram adotar.
Há, assim, um problema qualquer que já está sendo resolvido de uma determinada maneira e o inovador vai chegar para propor uma nova maneira.
Ou seja, há um passado que gosta, tem o hábito, se acostumou, acha que aquela maneira é a melhor. Inovar, portanto, é negociar e convencer que algo pode ser diferente.

Não existe inovação sem negociação e nem existe inovação sem a contradição entre o passado e o futuro, uma ponte que se estabelece para sair do modelo “a” para o “b”.
Podemos dizer que quem quer inovar e não negociar, terá mais problema para conseguir seu objetivo.
Há a necessidade de criar uma sabedoria para poder “vender” a inovação para quem gosta do passado.
E existe uma Taxa de Negociação da Inovação, que tem um custo. Dependendo da inovação mais incremental ou mais disruptiva é possível imaginar algo dentro ou fora do ambiente tradicional.

Vejo que muita gente acredita em inovação sem contradição.
Talvez se for para Marte….
É isso, que dizes?
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abr 30th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Muitos afirmam que a Ciência visa procurar a verdade ou o conhecimento.

Acho que é um caminho equivocado.
A Ciência nasceu para resolver problemas humanos complexos e quando foge disso se perde.
Há o fim, assim, ético da Ciência que é resolver problemas, que causam sofrimento aos seres vivos.
É o que nos resta em um mundo incerto, sem propósito claro, em um planeta perdido entre bilhões de galáxias.

O que deve motivar qualquer pessoa é acordar na segunda feira e se sentir bem e motivado para tocar a semana.
E isso, a meu ver, ocorre quando sentimos que estamos ajudando aos demais a pensar e poder ajudar a resolver problemas de forma mais eficaz.
Feita a introdução ética, acredito que temos um problema ao pensar na Ciência que é a Taxa da Curiosidade.
Muitas pesquisas são motivadas pela curiosidade humana.
Somos uma espécie extremamente curiosa.
Como aliar, então, a luta por uma ciência focada em problemas e uma focada apenas na curiosidade?
Talvez, cruzando as taxas.

Seria ideal aliar a curiosidade a um dado problema, bem como não perder a curiosidade em resolver um dado problema.
Ou seja, é papel da Ciência direcionar a curiosidade para problemas relevantes e incentivar a curiosidade permanente em melhorar mais e mais as sugestões para minimizar os problemas.
Não acredito que há uma contradição entre as propostas.
Não poderia haver, assim, curiosidade sem problema e nem problema sem curiosidade, o que deixa a ciência mais ligada aos problemas do mundo e dos seres vivos, deixando-a livre para voar, mas sem esquecer que existe um ninho.
É isso, que dizes?
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abr 30th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Outro dia me chamaram para um encontro fora do Rio.

E eu perguntei se iria dar palestra e me responderam:
“Não, aqui não tem isso, é tudo em rede”.
Criaram a ideia de que rede é um objetivo, um fim em si mesmo.
Nada mais equivocado.
Redes são ferramentas humanas que variam de modelos, conforme os contextos de cada problema a ser resolvido, no micro cenário. E no macro, a partir das Eras Cognitivas, condicionadas pelas Tecnologias Cognitivas disponíveis.
Não há um formato ideal de rede, mas um conjunto de opções no menu, que deve funcionar a cada circunstância.

Entendo até a birra do pessoal com os velhos e estáticos modelos verticais, pois justamente estamos saindo de um modelo hegemônico e padrão de redes, todas no mesmo formado, apesar de contextos distintos.
Ou seja, as redes verticais atuais são assim e pronto, não se modulam pelo mérito.
Uma rede, portanto, a meu ver, será modelada, a partir do problema que tem a ser resolvido e a experiência/possibilidade de participação que os membros da rede tenham para ajudar a resolvê-lo.
Quando temos, através do mérito, pessoas que podem contribuir mais e melhor para aquele objetivo, a rede eficaz deve ser capaz de se moldar para que quem tem mais a colaborar tenha mais voz até que a sua contribuição se harmonize com o resto.
Não há, assim, um formato, mas vários que devem poder ser ajustados.

Uma plataforma de debates boa será aquela em que os algoritmos possam ajudar nessa modelagem.
O Twitter é uma tentativa ainda primitiva disso, quando apresenta o número de seguidores e de seguidos. Ninguém é obrigado a seguir ninguém, então, parte-se do principio que tem mais seguidores em uma dada área tem, por mérito, algo a contribuir a mais.
Deveria haver um desconto, ao se medir influência, de quem tem exposição nas mídias de massa e quem não tem, pois 500 mil para alguém que aparece na TV Globo e 5 mil para quem nunca foi visto, pode ser a mesma coisa em termos de mérito.
Um outro modelo que tenta medir tal modelagem das redes é o Klout, que faz uma avaliação das redes sociais e dá uma nota algorítmica a alguém em função de critérios de capacidade de influência.

Estamos engatinhando.
Em um evento presencial, por exemplo, poderíamos ter aplicativos que poderiam avaliar as pessoas que estão falando durante um período curto e, dependendo da performance, ganharem mais tempo, a partir do interesse.
Aí sim, você teria uma rede mais horizontal ou mais vertical, com a pessoa falando mais ou menos tempo, a partir de critérios mais meritocráticos.
Ou seja, uma rede deve ser vista não como um fim em si mesmo, uma ideologia a ser defendida, uma bandeira. O que deve ser defendido é a capacidade de cada rede em possibilitar que seja alta a taxa do mérito, a partir da participação/escolha da influência de cada participante na ajuda que presta para se resolver um dado problema.
Por aí, que dizes?
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abr 30th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Quem faz teoria escreve para si mesmo.
O grande desafio é poder superar o que pensava ontem.
Trabalho com este modelo do ato do conhecimento:

- A narrativa é o que vai se construindo fora de você. Os rastros.
- A impressão vem de fora, a partir da interação com fatos e ideias.
- Há um espaço de reflexão interna e outro de expressão para fora, publicar (tornar público);
- E o feed-back, que é fundamental para que se possa ser avaliado.
Quanto mais dinâmico for esse processo, mais a capacidade de pensar vai ser desenvolvida.
Mais o cérebro se aguça.

Quando começo um novo post no blog, meu desafio é me superar e questionar aquilo que eu pensava e ir abrindo novas frentes de pensamento, a partir da estrada.
Fico imaginando a cabeça de quem está dentro da academia, preso à publicação de artigos acadêmicos de longa duração, o quanto estão perdendo tempo, sem ter um blog.
A prática da escrita cotidiana acelera em muito e aproxima o processo de reflexão-expressão, pois quando se tenta exprimir algo, está no fundo refletindo de novo e vendo do lado de fora o que estava apenas dentro.
A expressão, no fundo, é uma impressão de novo, que leva à reflexão.
Nada melhor do que publicar e se ler ou se ouvir de novo!
Muitos falam que o espaço dos blogs morreu com a chegada do Facebook, mas eu acho que ele se sofisticou e agora será mais e mais usado para quem tem uma obra textual de maior fôlego a ser desenvolvida.

O blog não é o melhor espaço para fotos ou vídeos, mas quem quer ter uma obra, principalmente os teóricos, têm um prato cheio, pois aqui é possível reunir as reflexões da pesquisa ao longo de tempo de forma muito consistente, barata, com fácil recuperação e passível de diálogo com os interessados.
Digo sempre que o meu trabalho principal é produzir ideias e manter a minha capacidade de pensar aguçada.
O resto é consequência disso.
O fato de não receber para escrever no blog, ainda, se deve não ao exercício, mas a incapacidade que ainda temos na sociedade atual de valorizar esse tipo de projetos alternativos, que geram qualidade, mas que não há instrumentos suficientes, redes de produção, para que a grana venha.
Mas vamos chegar lá.

Digo a todos que me perguntam qual é o caminho para estudar, pesquisar ou pensar melhor?
- Eu digo: tenha um blog onde você possa melhorar o que vê e reflete.
- Tudo que vem depois, é consequência desse aguçamento das ideias.
- Quando a cabeça abre e aprende a se aguçar, nada mais segura ela.
É isso, que dizes?
Este vídeo complementa essa discussão:
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abr 28th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Podem falar à vontade, mas a ciência tem o papel de ajudar o ser humano a tomar melhor decisões em todas as áreas.
Todo o resto é papo para boi dormir. Nem sempre uma decisão conta com uma teoria consistente. Vivemos o fim de uma Ditadura Cognitiva que faz com que, cada vez mais, tomemos decisões baseados em intuição e menos em teorias. As teorias disponíveis, em sua maioria, são de baixa qualidade.
Por isso, vivemos, como naquele filme Ensaio da Cegueira. Muitos cegos e poucos que conseguem ver. Assim, o ciclo de toda a Ciência deve estar em uma circular parecida com essa:
Obviamente, que uma teoria quando “desce” para a decisão está encapsulada em uma metodologia e que vai ter um impacto na tomada de decisão. A análise do resultado da decisão é o que fará a revisão teórica.
Assim, como diz a frase principal do blog, “não temos explicações finais, mas apenas melhores”. Diria que não temos a teoria perfeita, mas aquela que pode nos ajudar a tomar melhores decisões a cada momento.
Há algo que está sendo pensando antes de agir que precisa ser revisto. É isso, que dizes?
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abr 28th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Há duas batalhas para se conseguir vencer barreiras na aula participativa, no que chamei de Didática Reversa:

- – os problemas emocionais – que impedem de agir diferente;
- – os problemas cognitivos – que impedem de pensar diferente.
Quando se vai estrutura um curso participativo deve se procurar identificar as dificuldades nos dois campos para poder atuar.
A didática reversa vai procurar, ao longo dos encontros, ir quebrando estas barreiras.
É isso, que dizes?
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abr 28th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Cepticismo ou ceticismo é qualquer atitude de questionamento para o conhecimento, fatos, opiniões ou crenças estabelecidas como fatos.

Ninguém é totalmente cético, ou totalmente não cético.
Temos que colocar taxas.
Quando a taxa de ceticismo chega a determinado nível, podemos dizer que beira o Ceticismo Tóxico. Que é uma atitude na vida que leva a pessoa a questionar tudo, às vezes com grande poder de argumentação, mas procura inviabilizar qualquer atitude pró-ativa, pois nada vai dar certo. É uma forma de criar muita fumaça, mas permanecer no mesmo lugar.
Se estamos falando em aulas participativas, em inovação, em mudanças na sociedade o Ceticismo Tóxico paralisa a pessoa e a coloca em uma atitude de inativo crítico. Como é uma pessoa que costuma participar muito, começa a criar um problema delicado de resolver, pois o questionamento visa mais embolar do que desembolar.
Ou seja, é um pró-ativo da inatividade, que usa do poder de argumentação para justificar a sua atitude de inação pelo ceticismo.
Assim, podemos dizer que existe dois tipos de inativos no geral e em sala de aula:
- – os inativos passivos – que são passivamente inativos, sem crítica;
- – e os inativos ativos – que são criticamente inativos, com crítica.

O ceticismo tóxico, assim, contraria a máxima da inovação, baseada no lema do AA:
Serenidade para o que não se pode mudar, coragem para o que se pode e sabedoria para perceber a diferença.
O ceticismo tóxico não tem, sob esse ponto de vista, sabedoria, pois ele não tem serenidade para o que não pode mudar, pois está sempre inquieto e ativo, mas não trabalha a coragem para mudar o que pode, pois nada pode ser mudado, nada tem jeito.
Se transforma em um agente de não transformação ativo, porém com um discurso extremamente coerente do ponto de vista teórico, mas completamente ineficaz no prático, que dificulta muito quem quer tentar ter coragem para mudar algo.
É aparentemente um pró-ativo que esconde uma inovação crônica.
A alta taxa de ceticismo tóxico é extremamente perigosa em aulas participativas, pois exige uma clareza muito grande do Incentivador de problematizações.
Veja aqui um pouco como eu sugiro a lidar com este transtorno.
É isso, que dizes?
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abr 28th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Há dez anos dou aulas participativas.

A maior dificuldade que tive ao longo destes anos do ponto de vista coletivo é lidar com o perfil reativo das pessoas. A maioria dos alunos sofre o mal da passividade e da baixa taxa de reflexão sobre o que recebem da vida.
Isso se revolve, através de muita conversa, incentivo ao diálogo e exercícios específicos, incentivando que todos falem o tempo todo.
Os maiores problemas, entretanto, não são estes coletivos.
São quando lidamos com o que chamei de “ceticismo tóxico” (ver mais sobre isso aqui).

São alunos que aparentemente parecem pró-ativos, pois falam muito, participam, mas são extremamente reativos à mudanças, pois adoram discutir, mas não acreditam em nada que possa ser feito em termos práticos. São falsos-pró-ativos.
É um tipo de perfil de aluno cético em relação a tudo e passará ao longo do processo tentando provar que nada vai dar certo, seja na forma de pensar, mas principalmente na de agir. Tudo tem um porém, uma dúvida, uma desconfiança, sem propor, entretanto, nada no lugar.
Como vimos aqui na Didática Reversa, as aulas participativas visam levar a turma de um ponto “a” para um ponto “b” para que possam lidar de forma mais amadurecida diante de determinados problemas.
Em algum momento existe um trabalho no pensar e outro no agir.
O ceticismo crônico levará à exaustão a discussão em ambos os casos, sem que haja nenhuma proposta no agir, pois nada há a ser feito em um mundo sem solução.
Aparentemente, parecerá um aluno pró-ativo, mas com o tempo, vai se perceber que, no fundo, o que ele gostaria é permanecer com sua crítica cética e inativa sobre a sociedade, que é cômoda e lhe dá um status de um ser pensante.
É difícil de identificar esse perfil.

Lidar com esse tipo de aluno exige que se trabalhe não com o que está sendo discutido (maneira de pensar), mas na atitude (maneira de agir). Veja que temos duas batalhas em aulas participativas: a da emoção e da razão, como agir e como ver.
Neste caso, é preciso puxar do ceticismo tóxico a sua contradição, que está por debaixo do discurso muito bem estruturado: a não proposta de ação e mostrar que essa atitude é problemática.
O retorno que deve ser feito é.
- Ok, qual é a sua proposta, então, para atuar no mundo?
- O que você sugere em termos de ação?
- Se esta ação não leva a nada, o que colocaria no lugar?
- E se não há ação o que fazemos, nos suicidamos todos? 🙂
O trabalho de lidar com esse cético/crítico/imobilizado/imobilizante dentro do conteúdo e das teorias levará sempre a um impasse, pois ele é profissional de debates inócuos, que visam levar a inação, um ponto em que se sente confortável.
O que deve se trazer é o objetivo dos encontros, que visam uma ação e questionar as propostas inativas ou não estruturadas de ação, o que vai dirimir o problema e reduzir o espaço para um debate infrutífero.

Sugiro nestes casos, uma dedicação maior, inclusive fora da sala de aula, para atuar junto a eles para que possa procurar um caminho, que não inviabilize ao longo dos encontros o diálogo mais aberto. O trabalho é procurar demonstrar que por trás da crítica existe um gap de ação, que precisa ser sanado.
É isso, que dizes?
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abr 28th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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O fim da Idade Média é bastante similar ao movimento que estamos vivendo hoje, nas devidas proporções. Quem quer projetar de forma eficaz o futuro, tem esse caminho histórico maravilhoso, pouco explorado pelos estrategias de plantão.

Durante a Idade Média houve a consolidação do Altar como o grande canal de comunicação de massa (podemos brincar de missa). 🙂
Como isso foi possível?
- 1- se estabeleceu um livro único, a bíblia que serviu de base para a doutrinação no altar;
- 2- resolveu-se mantê-la em latim para que a interpretação pudesse ser restrita a poucas pessoas intermediadoras, tal com os padres;
- 3- as alterações do texto base eram feitas por poucas pessoas que estabeleciam os critérios das mudanças, através de concílios, cada vez mais polêmicos e mais distantes das filosofias originais.

Todos que questionavam aquela verdade, dogma, estavam sujeitos a serem presos e/ou mortos, pois havia uma heresia em questionar as ideias consolidadas pela Mídia de Missa.
A prensa, em 1450, vem quebrar esse poder.
É por isso que passo o filme Lutero em sala de aula, pois vemos exatamente como se dá a luta de uma mídia descentralizada, que quer ter o direito de:
- – Circular ideias;
- – Interpretar a realidade de forma distinta;
- – Questionar o poder vigente.
A luta de Lutero é justamente a dos outros Divergentes da Expansão Cognitiva, após um longo período de Ditadura Cognitiva, no qual as organizações estavam com uma alta Taxa de Ganância, vivendo ao extremo o seu Narcisismo Organizacional.

O filme ajuda a entender melhor aquela Ditadura Cognitiva, baseado no Atar, um Meio de Comunicação de Missa para o agora Rádio, Tv e Grandes jornais, os Meios de Comunicação de Massa.
Ali, se vê o que uma Contração Cognitiva é capaz de fazer e o início do movimento de Expansão Cognitiva, que vai detonar as mudanças que se seguiram até a Revolução Francesa, já no final do Século XVIII.
É isso, que dizes?
Sugiro complementar com este áudio, que foi o debate em sala de aula este semestre:
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abr 28th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Já abordei aqui que em uma Expansão Cognitiva vamos partir para aulas cada vez mais participativas baseada em problemas.

O ensino baseado em problemas nos leva a uma didática reversa.
O problema não é resolvido de forma mais eficaz, pois há impasses afetivos e cognitivos que estão impedindo os alunos de vê-lo melhor e agir de forma mais eficaz.
O que vai se trabalhar em sala de aula é a passagem de um aluno que chega no estágio “a” e o levar para um “b” em que duas coisas estarão na roda:
- – as dificuldades emocionais diante do problema;
- – as dificuldades cognitivas diante do problema.

O provocador ou o problematizador, que seria o antigo professor, será um estudante destas dificuldades ao longo do tempo para fazer dos encontros algo eficaz e efetivo.
Ele tem que ser uma pessoa que tem experiência em pensar e resolver aquele dado problema e vai ajudar os alunos a ter um atalho para que possam, no prazo ideal, receber problematizações para capacitá-los a ver e sentir o problema de uma forma mais eficaz.
O provocador/problematizador não deve esconder suas preferências, mas colocá-las sob o julgamento da turma para aprender com eles o que pode ser melhorado.
Problemas são abertos e permitem diferentes visões e sentimentos em relação a eles.
Isso é o que faz que a aula participativa ganhe validade, pois todos estão contra aquilo que não os permite resolver melhor o problema.

O inimigo é o problema e não o aluno versus o professor, como é hoje em dia na aula de assuntos em um mundo mutante e inovador.
É isso, que dizes?
Sugiro este áudio para complementar:
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abr 28th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Toda Revolução Cognitiva traz para a sociedade o aumento radical da Taxa de Canais Horizontais para a sociedade.

Saímos de uma Alta Taxa de Controle das Ideias para um ambiente em que essa taxa tende a baixar ao longo do tempo.
E isso implica que haverá espaço para novas ideias circularem na sociedade, principalmente dos divergentes, aqueles que estão fora da curva, sejam artistas, empreendedores, pensadores, líderes políticos.
Se aumenta, assim, a Taxa de Diversidade e um conjunto de ideias hegemônicas passa a ser sistematicamente questionado, um primeiro passo para se procurar um novo modelo para promover uma nova Governança da Espécie.
Podemos identificar nesse movimento, as seguintes etapas:
- – surgimento de novos Canais Horizontais sem remuneração, que entram como alternativa de difusão de ideias. Os divergentes ficam à margem da remuneração, mas com pouca sustentabilidade;
- – transformação destes Canais Horizontais para se ter remuneração e mais sustentabilidade.
Isso se dá em todas as áreas chamadas alternativas.
Um exemplo é a venda de produtos orgânicos, por exemplo.

É algo não incentivado pelo ambiente produtivo atual e precisa criar:
– uma nova cultura de produção;
– e um canal de escoamento.
Para queles que queiram viver de produção orgânica possam passar a viver disso.
Ou seja, é preciso criar a Indústria do Orgânico, com canais de produção e distribuição para que possam se disseminar na sociedade.
O problema é que a lógica de produção, devido a Alta Taxa de Ganância do final de uma Contração Cognitiva empurra e não incentiva esse novo modelo.
O setor incentivador de novos projetos, que investe, está mais voltado para uma outra lógica.
É preciso criar fontes alternativas de investimento, que tenham uma Taxa menor de Ganância, que envolva mais princípios para que esse tipo de projeto possa florescer.
Uma alternativa que aparece é o Crowdfunding, por exemplo, em que projetos que não recebem apoio passam a oferecer.
Vejam um exemplo típico são os milhares de produtos de vídeo no Youtube versus a remuneração que é feita.

O Youtube – uma rede de produtores de vídeos amadores – tende a incentivar o pagamento de anúncios apenas para os Blockbusters, relegando a segundo plano, apesar de colocar anúncio no vídeo de quem se candidata.
Ou seja, a lógica é horizontal, mas o compartilhamento do valor é vertical, favorecendo, sem princípio, quem se massifica ou atende a um público maior, repetindo o erro do modelo da televisão de massa.
Ao invés de criar uma indústria nova de produtos de vídeos alternativos, permitindo uma nova e pulverizadas indústria de vídeo, prefere seguir a mesma lógica da televisão.
Assim, mata-se a Indústria Emergente, criando uma latência por algo que consiga promovê-la mais adiante.
O que está por trás disso?
O Youtube trabalha com a nova Governança da Espécie na produção, mas não a adotou na distribuição do valor gerado, o que é cria uma desarmonia, que mais adiante o levará a uma crise.
- Ou haverá uma revolta dos produtores;
- Ou, o que é mais provável, um novo modelo alternativo que consiga ser Governança 3.0 mais pura: na produção e na distribuição do valor gerado.
Enquanto não houver essa “cauda longa” de distribuição do lucro, os modelos alternativos ainda ficarão à margem.

Arrisco dizer que a grande macro-tendência para os próximos anos é o surgimento dessa Governança 3.0 mais pura, em que haverá mais sintonia entre estes dois extremos.
É isso, que dizes?
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abr 28th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Muita gente atribui a atual ganância na sociedade ao capitalismo.

Discordo.
Se analisarmos, por exemplo, as organizações do fim da Idade Média elas estavam mais ou menos na mesma Taxa de Ganância que a atual.
Há uma lei na Antropologia Cognitiva que diz (ver mais leis aqui.):
Independente do sistema econômico/político que estejamos, toda vez que tivermos um forte controle da circulação de ideias, a taxa de ganância da sociedade tende a aumentar.
Assim, podemos dizer o inverso.

Quando temos uma Expansão Cognitiva, o ambiente mais diverso e transparente obriga as organizações a lidar com uma sociedade mais pró-ativa e isso obriga, de novo, baixar a taxa de ganância, subindo a taxa dos princípios.
É isso, que dizes?
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abr 28th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Há uma forte guinada no século XXI na produção e compartilhamento do conhecimento.

- Uma sociedade regida por uma Contração Cognitiva tem uma Baixa Taxa de Inovação e, por sua vez, a produção e compartilhamento do conhecimento tende a ser consolidador, baseado em assuntos, pois são mais controlados;
- Uma sociedade regida por uma Expansão Cognitiva tem um aumento da Taxa de Inovação e, por sua vez, a produção e compartilhamento do conhecimento tende a ser não consolidadora, baseado em problemas, que são mais descontrolados.
Num mundo fortemente controlado não adianta discutir problemas, pois não é só a produção do conhecimento que é controlada, mas a capacidade da sociedade em querer e absorver mudanças.
Assim, há uma relação entre o conhecimento e o compartilhamento que se espera, a partir da Taxa de Inovação necessária.

-
Se a inovação é baixa, tenderemos ao ensino de assuntos.
-
E se a inovação é alta, tenderemos ao ensino de problemas.
Isso tanto no micro, quanto no macro.
É isso, que dizes?
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abr 26th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Os pensadores pós idade média
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abr 25th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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O Brasil de maneira geral não se acha no direito de inventar nada. Não se acha capaz, pois acredita que o que pensa, sente não é algo que pode ser sentido ou pensado, pois está aquém de uma determinada “excelência fantasiosa” que é feita lá fora.

É um país que prefere seguir os outros.
Somos seguidores tóxicos!
Nossa formação é de seguidor de alguém lá de fora.
Como um Macro-Twitter intra-países.
Primeiro, seguimos Portugal, depois Inglaterra e agora Estados Unidos.
Somos repetidores de ideias dos outros e não criadores das nossas.
Aceitamos o lugar que nos colocaram e ficamos quietos, passivos.
Somos reclamadores profissionais, mas amadores em solucionar nosso problemas.
Quando alguém entre nós pensa ou faz algo diferente, só pode ser considerado se tiver validade lá fora. Tem que ir lá bater na parede e voltar para ser reconhecido.
Tem que ter o carimbo oficial estrangeiro.
Além disso há algo além do seguidor tóxico de inveja tóxica.

A inveja é diferente da ambição.
- A ambição é algo que eu quero, mas tudo bem que os outro queiram e consigam.
- A inveja é algo que eu não quero que o outro consiga.
Essa sina que é algo que nos tira o direito de inovar, nos condena a ser repetidor e oferecer produtos e serviços de baixo valor agregado.
Tem que haver um movimento nacional muito forte de potencialização do nosso direito de inovar, superando o medo que temos de fazer algo diferente e um combate sistemático à inveja à submissão tóxica.
E isso se reflete no todo.
Se não inventamos nada e só repetimos, o modelo organizacional vai na mesma direção.
Nossas organizações são fechadas para o novo, pois refletem essa karma mais geral.
Vivemos a primotocracia da mesmice, ao invés da meritocracia inovadora.
Elas repelem qualquer um que pense diferente e sentem uma atração enorme quando se vêem no espelho.

Isso não se resolve apenas com educação, mas com conscientização e superação na maneira de pensar e agir.
É isso, que dizes?
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abr 25th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Uma Revolução Cognitiva é marcada pela introdução de um novo Tecno-código que permite que a espécie seja mais flexível e potente, nos dando novas possibilidade de tomadas de decisão mais baratas, o que nos leva a um novo modelo de Governança da Espécie. Revoluções Cognitivas são uma resposta coletiva para fazer frente aos desafios que aumentos populacionais trazem para a sociedade.

Assim, podemos dizer que tivemos três grandes Revoluções Cognitivas:
- A linguagem oral – que nos permitiu sofisticar a comunicação presencial;
- A escrita – que nos permitiu viabilizar a comunicação a distância;
- O digital – que nos permitiu sofisticar a comunicação a distância.
Foram Revoluções Cognitivas, seguidas de Evoluções Cognitivas.
Toda Revolução ou Evolução Cognitiva nos leva para um movimento de Expansão da Circulação de Ideias. Porém, há movimentos de Expansão Cognitiva que nos levam ao aumento da taxa de verticalização ou de horizontalização de ideias.

Podemos dizer que:
- O altar das Igrejas – via discurso oral – nos levou à concentração;
- O rádio e a televisão – via discurso oral e imagens – nos levou à concentração.
O movimento de Concentração Cognitiva serve de consolidação da Governança da Espécie anterior, mas, por outro lado, nos empurra para Ditaduras Cognitivas, pois as organizações que passam a controlar as ideias vão mais e mais sofrendo do que chamei de Narcisismo Organizacional, pois aumentam sua Taxa de Empoderamento Social em detrimento à sociedade.
Aumentam a taxa de uso da sociedade a seu favor, se servindo da sociedade e menos servindo à sociedade.
A quebra da Ditadura Cognitiva também é tecnológica.
Surge uma nova Tecnologia Cognitiva, a partir de novos Tecno-códigos, que barateiam a circulação de ideias até chegar a um ponto em que estão pronto para se massificar. Podemos dizer que se massificam quando novos canais horizontais de circulação de ideias se multiplicam rapidamente.
(O marco da massificação da Internet foi a banda larga, em 2004.)

Os Tecno-códigos criam a possibilidade de novos canais de circulação de ideias, quebrando o controle anterior e permitindo que um conjunto grande de pensadores, empreendedores e inovadores de diferentes áreas ganham canais para se expressar, invadindo a sociedade de novas ideias, projetos e visões, questionando o modelo vigente.
Os novos canais e o uso intenso e massivo dos mesmos, provoca mudanças na plástica cerebral das pessoas e vão construindo as bases cognitivas para a preparação da nova Governança, tanto do ponto de vista inconsciente e involuntário, dentro do cérebro.
Quanto do ponto de vista voluntário, através de projetos sociais: criação de novos modelos mentais, filosofias, teorias, metodologias, tecnologias, capacitações e métodos, que permitem que se barateie a tomada de decisões, aumentando a participação da sociedade, possibilitando que uma nova Governança da Espécie se expanda e se estabeleça, mais adiante, como hegemônica, a partir de Revoluções Sociais.
- A Revolução da Escrita teve a duração de 10 mil anos, com a fase encubada de 9,500 anos e da massificação, levando 500 anos.
- A Revolução Digital, iniciada em 1940, é muito mais veloz, podendo dizer que a sua fase incubada levou 65 anos até a massificação em 2004, com a massificação do uso e criação para valer de novos canais de circulação de ideias ainda apenas com 10 anos de existência.

Não é possível precisar sua evolução, mas as primeiras mudanças radicais na área social, econômica e política surgirão de forma muito mais rápida do que foi no passado. O que levamos milênios ou séculos agora assistiremos em décadas.
É isso, que dizes?
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abr 25th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Vendo e debatendo o filme Lutero, de novo, com minha nova turma da Iplan (ver áudio completo aqui), pensei novas coisas sobre a Revolução Cognitiva da Escrita.

A escrita surge há 10 mil anos e tem uma longa trajetória.
Podemos dizer quem uma Revolução Cognitiva tem duas fases:
- – a de introdução do novo Tecno-código de forma discreta na sociedade (que no caso da escrita durou 9.500 aos);
- – a massificação do novo Tecno-código, aí sim colhendo seus efeitos (que durou 500 anos, de 1450 até agora).
Para que haja massificação dos novos Tecno-códigos, é preciso torná-la mais barata para que possa ser consumida por mais gente.
O esforço feito na escrita foi nessa direção, ou seja:
- Aumento da quantidade de ideias em cada vez menos espaço – o que pode ser marcado pela passagem dos desenhos para o alfabeto e depois da escrita manuscrita pela impressa;
- Facilidade de reprodução e mobilidade – do papiro para o papel solto e deste para o livro, que durava mais e depois do texto manuscrito para o impresso, que permitiu baratear as cópias e reduzir o tamanho dos livros.

Podemos marcar a Revolução Cognitiva em três fases:
- Escrita 1.0 – O surgimento – que podemos dizer que introduz a possibilidade do monoteísmo;
- Escrita 2.0 – O surgimento do alfabeto – que permite o desenvolvimento da filosofia grega e o conceito de democracia – (Ver mais sobre isso em Havelock – “A Revolução da Escrita na Grécia”);
- Escrita 3.0 – O surgimento da prensa – que permite o iluminismo e a posterior chegada do capitalismo e da República, como praticamos hoje em dia.
Note que podemos, a partir desta análise, termos algo melhor para comparar com a Revolução Cognitiva Digital.
O computador surge no mundo em 1940, introduzindo um novo Tecno-Código de circulação de ideias, baseado no 0 e 1 e leva da fase de introdução à massificação, que podemos colocar com o uso intenso pela sociedade, a partir de 1990, com a chegada da Internet.
E aí podemos comparar:
- Digital 1.0 – O surgimento 1940;
- Digital 2.0 – O surgimento da Internet – 1990;
- Digital 3.0 – O surgimento da Banda Larga e a difusão de canais horizontais de circulação de ideias – 2004.
Quando falamo de Web 1.0 e Web 2.0, teríamos a passagem da Internet ainda embrionária de 1960 até 1990 e desta para 2004, quando começa a sua fase massiva, com o uso intenso dos novos Tecno-códigos para a sociedade.
É isso, que dizes?
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abr 25th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Podemos chamar de Ditadura Cognitiva um período na história em que há forte concentração de circulação de ideias em torno de poucas organizações.

As Tecnologias Cognitivas, por suas características, favorecem a concentração.
Ditaduras Cognitivas provocam a redução da Taxa de Diversidade da Espécie.
O que significa:
- Redução da capacidade de crítica;
- De abstração;
- De argumentação;
- De diálogo;
- De separar percepção da realidade.
Uma Ditadura Cognitiva se conclui com a chegada de novas Tecnologias Cognitivas que permitem a Canalização Horizontal, ou seja, mais gente passa a poder circular ideias na sociedade.

As duas últimas Ditaduras Cognitivas podemos afirmar que foram no mundo Ocidental:
- – A da Idade Média – com forte concentração de ideias baseada no mundo Oral, via missas;
- – A da Idade Mídia – com forte concentração de ideias baseada no mundo Oral Eletrônico, via mídias de massa.
É isso, que dizes?
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abr 24th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Teorizar é o exercício intelectual, que visa criar leis provisórias que possam reorganizar fenômenos do passado e projetar futuros, através do estudo das forças e a relação entre elas dentro de diferentes contextos.

O objetivo, assim, das teorias é criar leis, que vão servir de base para que as metodologias possam atuar no mundo, guiando as ações humanas em direção à maior eficácia.
A ideia de criação de leis peguei de Descartes e me aber a possibilidade de criar uma nova página em que vou registrar as leis que vou descobrindo do estudo das Revoluções Cognitivas.
Ver mais aqui.
É isso, que dizes?
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abr 24th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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O principal problema que tivemos até aqui é como escutar mais gente para decidir, de forma barata e ágil.

- Os gregos inventaram a praça, baseado no oral;
- Os iluministas inventaram o voto, baseado no escrito.
Mas as consultas para tomada de decisão sempre foram custosas.
O impedimento justificaram o fato de poucos decidirem por cada vez mais – o que nos levou à atual crise de representação. Quem decide não nos representa!
Note que a Revolução Francesa que deu início ao processo foi feita com 1 bilhões de almas no mundo e agora somos 7 bilhões.
Muito mais gente sendo ouvida em cada vez mais decisões.
Assim, o impasse civilizacional era/é:
Como decidir ouvindo mais gente de forma barata?
Enquanto esse impasse continuava, estávamos na Governança Oral-Escrita colocando crises para fritar ao fogo baixo.

O digital criou a base para que – depois de 2004 – começássemos a experimentar um novo modelo de Tomada de Decisão de Massa, via Algoritmos.
Isso está sendo praticado, aos poucos, na sociedade, em projetos pilotos e logo chegará na política. Um passageiro de táxi do Rio hoje é capaz de evitar que um mal motorista ande pelas ruas, dando notas baixas depois da corrida. Assim, como um comprador do Mercado Livre ou da Estante Virtual.
É a Colaboração de Massa atuando, de forma barata, para apontar problemas, tomando micro-decisões para o bem do coletivo.
Algoritmos regular as fraudes, os problemas, os erros, os excessos e os buracos.

No fundo, todo o aparato tecnológico que estamos criando, que já está mudando muito a sociedade, venho com esse objetivo maior. Mais gente, de forma barata, decidindo cada vez mais.
É o grande salto civilizacional, um ajuste para um mundo super-povoado, que precisa aumentar a diversidade sem perder a sustentabilidade operacional.
É isso, que dizes?
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abr 24th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Ontem na palestra uma pessoa comentou algo interessante.

Já ouço estas previsões mais radicais há um tempo, mas tudo continuou mais ou menos igual.
Argumentando contra as minhas ideias das mudanças radiciais que o Digital trará ao mundo.
O problema é que tudo que analisamos até aqui do digital estava na sua fase de consolidação e não de chegada de novos modelos de tomada de decisão, que foram possíveis com a Web 2.0, a partir de 2004, com a difusão dos Algoritmos de Colaboração de Massa, que nos permite ampliar a Governança 3.0.
O que nós vimos até aqui foi apenas o aperitivo, pois o almoço ainda está sendo servido.
Não se baseiem no que tivemos até aqui, pois não tínhamos novos modelos de tomada de decisão em massa, agora temos.
E é isso que vai mudar de ponta cabeça o mundo e não as tecnologias que viabilizam isso.
É isso, que dizes?
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abr 24th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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A filosofia nos ensina que existem duas formas de abordar um problema:
- A indutiva – a mais tradicional, rápida, mais comum no dia-a-dia que vou chamar de martelo, na qual você apenas se baseando na sua experiência, intuição, contatos, emoções, conversas para chegar a uma conclusão de como abordá-lo. Aqui você vem dos fatos para as teorias, pois trabalha com um problema que está dentro de paradigma conhecido.

- A dedutiva – a menos tradicional, que vou chamar de chave de fenda, na qual você se baseia na análise racional de um dado problema, identifica suas características e procura na história situações similares. Aqui você vem das teorias para os fatos pois trabalha com um problema que está indo para um paradigma desconhecido.

Qual a melhor?
Depende do problema.
- O martelo, a indução, é boa para pregos, ou problemas conhecidos, que já foram estudados, que são muito parecidos com o que se conhece. No fundo, pode-se entrar em uma fase indutiva em problemas que já passaram há tempos por uma dedução e agora estão mais compreendidos.
- A chave de fenda, a dedução, é boa para parafusos, problemas desconhecidos, pouco estudados, que são muito diferentes daqueles que se conhece. Um problema desconhecido exige um esforço mental muito maior, pois ele demonstra que algo do nosso repertório de conceitos não se encaixa e é preciso criar um novo repertório.
E ainda:
- Se você usar a chave de fenda, dedução, para algo simples, vais gastar tempo e dinheiro para algo que pode se resolver de forma mais fácil, através da troca de experiências sobre um dado problema.
- Se você usar o martelo, indução, para algo diferente, complexo, vai gastar tempo e dinheiro para algo que se pode se resolver de forma mais reflexiva, teórica, através do estudo da situação e fatos que aconteceram no passado.

Assim, recomenda-se quando temos uma continuidade dos processos, tirar da caixa de ferramenta o martelo, a indução, pois é algo que conhecendo mais os fatos, se chega a uma conclusão eficaz.
Trabalha-se, assim, sem a necessidade de quebra de paradigma do pensar, há uma continuidade do pensamento e nossas emoções, intuições e conversas com quem convive com o problema são suficientes para nos ajudar em uma tomada de decisões.

Por outro lado, quando temos uma descontinuidade dos processos, sugere-se tirar da caixa de ferramenta a chave de fenda, a dedução, pois é algo que conhecendo/criando novos conceitos, se chega a uma conclusão mais eficaz.
Trabalha-se, assim, com a necessidade de quebra de paradigma do pensar, há uma descontinuidade do pensamento. E por isso nossas emoções, intuições e conversas com quem convive com o problema (e sob o mesmo paradigma) NÃO são suficientes para nos ajudar em uma tomada de decisões.
Porém, temos um sério problema hoje pós Ditadura Cognitiva, dentro de um processo de fim de Contração Cognitiva, em que temos uma baixa capacidade de abstração e uma dificuldade muito grande do pensamento dedutivo.
Quando analisamos a guinada do mundo digital, 99% das pessoas têm adotado o método indutivo para entender a ruptura. “Eu falei com fulano, eu acho isso, sinto aquilo, intuo aquilo outro”.
O caminho indutivo na ruptura dificulta mais a ver o cenário, pois há uma intoxicação do paradigma que se vive. Todas as emoções e intuições precisam ser questionadas, em novas bases e quando não são refletem o que passou e não o que está por vir.
Enquanto isso não for feito, vai se “rodar” o emocional no paradigma passado.
É preciso passar por um lava-jato teórico, através de um questionamento contínuo do pensamento atual para começar a ver diferente e voltar a poder usar a emoção e a intuição, sob um novo olhar e não o mesmo.
A indução só é possível a ser praticada, quando já estamos dentro de um novo paradigma e não do antigo!!!
Não quer dizer que a teoria que a dedução defende é a melhor, a certa, pelo contrário, é apenas uma tentativa de entender melhor o problema de formas mais adequada.
Há, assim, um grande diferencial entre as abordagens indutiva e dedutiva para quem deseja fazer um planejamento estratégico mais eficaz.

- A indutiva, martelo, procura entender o digital, a partir da emoção e não procurando criar uma análise mais consistente, pois só métodos mais apurados podemos nos ajudar a entender o fenômeno, pois trata-se de uma ruptura da maneira de pensar.
- A dedutiva, chave de fenda, procura entender o digital, a partir da razão e procurando criar uma análise mais consistente, com métodos mais apurados para nos ajudar a entender o fenômeno, pois leva em conta a ruptura da maneira de pensar.
Assim, não é possível comparar as duas abordagens neste caso, pois a dedutiva tende sempre a ser mais convincente e aí tem um risco, pois a dedução é um método mais eficaz para analisar o problema, que tem que procurar teorias consistentes.
Pode haver a abordagem dedutiva que produzam teorias menos eficazes. E até se pode ter uma indução que chegue a algumas conclusões próximas de uma dedução, com menos argumentos ou mesmo precisão.
Qualquer análise indutiva sobre o digital é um grande risco, pois pode induzir a cenários pouco consistentes e a custos sem necessidade. O problema que a dedução exige uma capacidade de abstração e um tipo de pensamento que usamos no passado cada vez menos. Aí está o problema para lidar com tudo que temos pela frente, vivemos o paradoxo de que agora precisamos ser radicalmente dedutivos em um mundo radicalmente indutivo.
É isso, que dizes?
Tags: carpintaria teórica
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abr 22nd, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Estou na estrada do empreendedorismo digital, desde 1995, com mais de 400 projetos nas costas.

Tive algumas fases na minha empresa:
- – a que fazia homepages;
- – a que fazia softwares web.
E agora estou na que:
Vocês podem achar que enlouqueci, pois é preciso se perguntar se uma startup pode vender teorias!!!! E eu digo que tudo que é escasso no mercado pode e deve ser vendido, desde que você gere valor para quem compra, levando algo para alguém que precisa e não encontra.
Quando é algo tão novo, pode gerar um estranhamento e aí é o investimento no convencimento.

Muita gente acha que teoria não gera valor e eu vou repetir aquela frase gasta de tão usada do Kurt Lewin:
“Nada mais prático do que uma boa teoria”.
Quanto mais leio análises, propostas, discussões no mercado sobre como e o que é o mundo digital, mais chego a conclusão que minha startup vai bombar.
Vivemos em uma fase no mundo de fim de Contração Cognitiva, em que nossa capacidade de abstrair e pensar anda muito reduzida. Hoje, em um mundo mutante e sem nexo, é preciso ANTES DE TUDO entender o que está acontecendo. E eu digo para vocês que não é fácil.
Olho para a produção acadêmica e dá vontade de rir.
A academia vive em um mundo à parte, em um processo profundo de Narcisismo Organizacional (que atinge a todas as organizações) produzindo teorias para os teóricos pensarem teorias para outros teóricos.

É preciso uma revisão profunda na produção acadêmica e científica.
Hoje, há uma carência no mercado de boas teorias sobre o digital, que estejam comprometidas com problemas reais e que possam realizar um círculo importante: novo modelo mental, novas filosofias, novas teorias, novas metodologias, novos modelos de negócio.
Assim, exatamente quando comecei a minha empresa, que vive agora a sua terceira fase, há dificuldade de encontrar clientes, pois ninguém bate à minha porta querendo teorias para comprar.
Mas, aos poucos, a coisa vai andando e vamos começando a criar metodologias mais consistentes e ajudar os clientes a pensar melhor para agir melhor.
Quem busca um trabalho significativo tem essa difícil missão:
- – juntar algo que ele faz muito bem (no meu caso teorizar);
- – com clientes interessados em gerar valor a partir do que você faz muito bem;
- – sendo que este valor gera benefícios concretos para a sociedade.
Claro que a oferta e a demanda, em algo tão novo, demoram a se encontrar – mas quando se gera valor e aqui acredito ser o caso (se não não estava nesta aposta) – acredito que é uma questão apenas de persistência, divulgação e prospecção do mercado.
É isso, que dizes?
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abr 22nd, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Note que estamos vivendo um fenômeno novo. Revoluções Cognitivas no passado eram muito lentas. Duravam milênios.

Evoluções Cognitivas levavam menos tempo, mas eram séculos.
(Ver a diferença entre uma e outra aqui.)
A Revolução Cognitiva Digital tem uma característica própria da velocidade. O que no passado se levava séculos para perceber o efeito, hoje estamos levando décadas.
(E é por isso que há a emergência para que esse fenômeno precise ser estudado e incluído nas filosofias, teorias e metodologias de plantão.)
Ou seja, pela primeira na história dessa humanidade (como diria o Lula) uma Revolução Cognitiva pode ser diagnosticada e trabalhada de forma estratégica, se nossas baixa de abstração permitirem.

Digo mais: tal Revolução pode servir de ferramenta política de transformação, pois antes era algo que acontecia e só nos dávamos contas séculos depois.
Quando se pensa nisso pode parecer algo do outro planeta, mas começamos a ter ferramentas de análise para ela e quando entendemos um fenômeno é o primeiro passo para poder lidar com ele.
Até o momento, estamos ainda engatinhando para compreendê-lo fora da superfície.
Por isso, acho que deve haver um retorno ao estudo da Escola de Toronto, que é o pessoal que estudou rupturas como essa no passado. Eles são os pais do que chamei de Antropologia Cognitiva (do ponto de vistas teórico) e Filosofia Tecno-Cognitiva (do ponto de vista filosófico) e da implantação da Migração para a nova Governança, via laboratórios disruptivos (do ponto de vista metodológico).

Há, assim, uma junção entre implantar novas tecnologias da nova Governança e fazer política, algo impensável no passado.
Hoje, uma Revolução Social se confunde com uma Revolução Tecno-cognitiva, uma não ocorrerá sem a outra. Para que isso passe a valer, precisamos enterrar o que pensávamos sobre política no século passado.
E isso talvez não seja algo possível em uma ou duas gerações.
É isso, que dizes?
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abr 22nd, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Vivemos hoje uma Revolução Cognitiva diferente da: 
- Evolução Cognitiva Reintermediadora do Papel Impresso ou a;
- Evolução Cognitivo Intermediadora dos Meios de Comunicação de massa.
Como distinguir?
- Uma Revolução cria um novo Tecno-código, que nos permite criar canais de Comunicação completamente novos e permitir uma mudança radical na Governança da Espécie;
- Uma Evolução atualiza um Tecno-código já existente, que nos permite criar canais de Comunicação novos, mas não nos permite uma mudança radical na Governança da Espécie, algo apenas incremental.

- A chegada do papel impresso criou novos canais, usando um Tecno-código já conhecido, o da escrita e permitiu uma evolução da Governança. Neste caso houve uma reintermediação, pois os canais, que tinha baixo custo, permitiram uma expansão de vozes.
- As mídias eletrônicas de massa criaram novos canais de comunicação, atualizaram os códigos orais e escritos. Neste caso houve uma intermediação, pois os canais, que tinha alto custo, permitiram uma concentração de vozes, servindo para consolidar a Governança da Espécie anterior.
Uma Revolução Cognitiva introduz um novo código, permite novos canais, cria uma Reintermediação das ideias, com mídias de baixo custo e permite o surgimento de uma nova Governança da Espécie.
Assim, podemos dizer que tivemos três Revoluções: Oral, Escrita e Digital.

E diversas evoluções:
Oral grunhidos, palavras, oral eletrônica.
Escrita cuniforme, no papiro, no papel, manuscrita, alfabética, impressa.
Há evoluções intermediadoras e reintermediadoras.
E revoluções sempre reintermediadoras.
É isso, que dizes?
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abr 22nd, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Diferente do que achávamos, nossa maneira de pensar é condicionada pelos Ambientes Cognitivos, que quando mudam se tornam o marco zero para as mudanças da forma de pensamento da Espécie.
Fiz abaixo um desenho de como o pensamento evolui no tempo, a partir de uma Revolução Cognitiva.
Veja o desenho, que vou detalhar abaixo:

A primeira etapa de uma nova Governança da Espécie é a mudança de nossa maneira de pensar é a chegada de um novo Tecno-código.
Tivemos três, até agora, que se somam e se entrelaçam: linguagem, escrita (com variações) e digital. Cada um destes define os canais de circulação de ideias e a taxa possível de inovação da sociedade.
O novo tecno-código e o uso das novas Tecnologias Cognitivas que ele vai comportando e o sofisticando, vai alterando uma plástica cerebral, que é a etapa invisível e autônoma da chegada da Governança.
Depois, isso provoca uma mudança do Modelo Mental, do qual temos um pouco mais de controle, que é percebido e com mais adesão por quem se utiliza dos Tecno-códigos.
O novo modelo mental irá influenciar novas escolas filosóficas, teóricas e metodológicas.
Muitos não saberão por que estas mudanças ocorrem, mas se formos colocar no laboratório, como foi com a chegada do iluminismo, teremos novos paradigmas nestes campos, que têm que ser compatíveis com a nova Governança da Espécie e estes com o Tecno-código.
É isso, que dizes?
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abr 22nd, 2014 by Carlos Nepomuceno
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57
A espécie humana, artificial como ela só, precisa para sobreviver criar organizações. A Governança da Espécie é exercida, através de organizações que fazem por nós aquilo que não podemos fazer sozinhos.

Quanto mais gente tivermos no planeta, mas as organizações terão que fazer por nós e mais terão que se sofisticar.
O problema que existe é que quando aceitamos criar organizações, ou deixamos que elas surja, há sempre uma pedra fundamental, que são os princípios fundadores.
Aquilo que oferece algo para a sociedade em troca.

Criamos isso para oferecer aquilo
O problema é que uma organização depois de criada, quando se sobe o tijolo passa a ter interesses próprios divergentes da sociedade, pois, se não houver uma visão ética e apenas moral:
- – cria-se um corpo que passa a sobreviver daquela organização internamente;
- – que gostaria de ganhar o máximo possível e dar o mínimo possível;
- – e para isso o ideal é criar algo que permita o mínimo controle social sobre seus atos.
Isso é algo humano, querer o mais, dando o menos possível.
Há aí, a meu ver, a principal tensão da sociedade: as organizações farão de tudo para terem “independência social” versus a sociedade que quer poder controlá-la para defender os princípios fundadores.
Essa tensão faz parte dos paradoxos da nossa espécie ao longo da história.

Há, entretanto, pontos extremos dessa tensão.
Algumas Falsas Máximas, tais como:
- – Uma empresa nasce para dar lucro – não uma empresa nasce para servir a sociedade e ter uma motivação para fazer isso, a partir do valor que gera;
- – O papel da ciência é procurar a verdade e o conhecimento – não o papel da ciência é ajudar a resolver problemas complexos e, para isso, pesquisa.
A procura do conhecimento pelo conhecimento, ou do conhecimento à procura da verdade seria algo como o rabo balançando o cachorro e não o cachorro balançando o rabo.
Os meios passam a ser o fim e os fins passam a ser os meios.
Esta é a inversão quando temos uma contração cognitiva.
As organizações conseguem fazer como que aquilo que deveria ser um meio passe a ser fim e a sociedade, impotente, aceita.

Todo o movimento de revisão organizacional será o de repensar conceitos fortemente enraizados e aceitos hoje pela sociedade. Não eram verdades absolutas, mas ideologias que foram vendidas e aceitas pela sociedade, diante da Contração Cognitiva exercida.
É isso, que dizes?
O áudio abaixo fala mais sobre isso:
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abr 21st, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Já defendemos que teoria é o estudo das forças em movimento e seus contextos.

O primeiro passo para se dedicar ao estudo de um dado problema é identificar as forças.
Isso é um passo relevante.
Porém, se é uma força ela tem dois extremos.
De máxima e mínima potência.
Uma determinada força, assim, tem seus extremos e graduações entre eles, motivados por contextos.
Gelado – frio – morno – quente – pelando.

Teorizar é taxar as forças, graduar, a partir de seus movimentos nos contextos. Não existem forças absolutas, mas momentos em que ela exerce mais ou menos potência.
Teorizar é graduar as forças fugindo de valores absolutos.
Acho que podemos chamar isso de Pêndulos, que migram para extremos e para uma posição intermediária, com taxas que podem ser medidas a cada momento.
Momento em que ele está de um lado, que produz um movimento de baixa potência e outro de alta potência. Ou de contração, ou de expansão.
Uma força, assim, nunca é absoluta, mas um pêndulo que varia, conforme o contexto e diante de outras forças, que podem provocar alterações no pêndulo.

Ao teorizar, estamos:
- – detalhando as forças;
- – como reagem entre elas;
- – como os contextos influenciam;
- – quais são os pêndulos, que levam as forças ao extremo, tanto de um lado quanto de outro;
- – E, por fim, quais as resultantes/consequências mais prováveis destas forças + contextos para que se possa lidar com elas (através de metodologias) reduzir sofrimento.
Ou seja, toda força tem extremos e meios temos quando entram em fase de equilíbrio.
É isso, que dizes?
Tags: Marcenaria Teórica
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abr 21st, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Por quê?

Por que se baseia na ideia de Ciências por assuntos ou áreas.
A rede é uma ferramenta a serviço de solução de um problema maior, que vai agregando, ao longo do tempo, mais e mais elementos, que hoje estão divididos em outras ciências, como detalhei aqui.
Uma ciência da rede é uma ciência com roupa nova, mas um corpinho bem caidinho.
A contra-posição é o estudo dos seres vivos e seus problemas, no qual a ferramenta rede é mais uma a ser utilizada nessa direção.
É isso, que dizes?
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abr 21st, 2014 by Carlos Nepomuceno
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A Ciência começou quando um conjunto de pessoas mais experientes precisou se reunir para resolver um problema sofisticado ou mais complexo que a galera não conseguia.

Assim, a origem da ciência é resolver problema que a maioria das pessoas não tem condições e/ou tempo para resolver.
Como o passar dos séculos, fomos criando a ciência pela ciência, ou a falsa-questão de que a ciência deve procurar a verdade ou o conhecimento.
Falso, pois conhecimento e verdade não são fins, mas meios para se chegar a solução de problemas. Uma Ciência que quer procurar conhecimento ou verdade é uma falsa ciência, pode embrulhar e jogar fora!
A ciência procura resolver problemas de forma cada vez melhor.

E eu diria, eticamente, de tal forma a minimizar os sofrimentos humanos.
Dito isso, podemos dizer que pegamos uma estrada lá atrás equivocada quando imaginamos que a ciência ia estudar os assuntos para ter conhecimento. Isso nos levou a necessidade de dividi-la por áreas para que pudéssemos aprofundar mais e mais o tal “conhecimento” ou a “verdade”.
Assim, se vamos entrar no século XXI e queremos algo novo e acreditamos no que estamos chamando de procura de um pensamento mais complexo, temos que sepultar as ciências separadas por áreas ou assuntos.

Vamos ter que reorganizar tudo por problemas.
Os problemas dos seres vivos.
- Os racionais, nós;
- Os outros animais;
- Os vegetais;
- Os minerais.
Como reduzir o sofrimento destes ou incentivá-los para se auto-apoiarem?
Temos que quebrar o muro das atuais ciências e as escolas agregadas para recomeçar o estudo dos problemas baseado em redução de sofrimentos. O estudo por áreas engaiola o pensamento e não permite, de forma mais eficaz, que os problemas/sofrimentos sejam minimizados.
É isso, que dizes?
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abr 21st, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Podem jogar pedra na nossa sociedade, mas ela não podia aumentar a taxa de diversidade humana.

O motivo é simples.
Não tínhamos ferramentas para lidar com uma diversidade muito grande.
A diversidade aumenta a complexidade da tomada de decisões, o seu custo e a sua qualidade, pois temos um problema de tempo.
O mundo da Governança Oral-Escrita precisava de um Gestor humano para definir o critério de Relevância das Ideias que iam ou deveriam receber destaque nos Canais de Circulação de Ideias da sociedade.

O trabalho humano tem as suas limitações de quantidade x tempo.
E isso impedia que mais gente ou pensamentos muitos diferentes daqueles gestores entrassem nos canais que eram limitados.
A nova Governança Digital cria a possibilidade de automatização do critério de Relevância de Ideias, através do uso de Algoritmos de Colaboração de Massa, que trabalham em cima dos novos dados que passam a ser registrados, via cliques e geração de conteúdo nas telas digitais, reduzindo a Sombra Cognitiva.
Assim, começamos a ter a possibilidade de administrar melhor a participação de mais gente, sem encarecer o custo de tomada de decisão e nem perder qualidade.
A Governança Digital tem a capacidade, em função das novas Camadas mais sofisticadas permitir que isso aconteça. Podemos ter mais diversidade com baixo custo e alta qualidade.

Esta é a base das mudanças que teremos, modificando a forma que escolhemos os gestores que se encarregarão de cuidar dos critérios de relevância, que influenciarão as tomadas de decisão e, por fim, a forma que os valores gerados sejam compartilhados.
É isso, que dizes?
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abr 21st, 2014 by Carlos Nepomuceno
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“Procure ser um homem de valor e não de sucesso” – Einstein;
Trabalhei aqui com o conceito de autenticidade.

Autenticidade é uma luta inglória para sermos mais do que querem que sejamos.
Quando temos Canais de Circulação de Ideias Digitais, que permite que as pessoas se expressem, podemos ter mais ou menos uma taxa de autenticidade colocada neles.
Diria que a baixa taxa de autenticidade é quando você utiliza o canal para aparecer para os outros. Ou seja, faz aquilo que a sociedade quer que você faça, o que dá Ibope.
Repete, assim, no novo meio digital mais horizontal o modelo do meio vertical oral-escrito antigo, no qual o que vale é o que o outro pensa e não aquilo que você quer pensar.
É um uso de reforço moral, pois você faz o que acha que deveria, pois o seu objetivo é estar a serviço mais geral. Diria que é um ego pouco trabalhado, pois não há uma reflexão do que é você diante do ego que lapidaram ao longo do tempo por você.

Diria que aumenta a taxa de autenticidade quando você utiliza o canal para se aparecer para você mesmo, faz do canal um elemento da briga pela autenticidade perdida. Faz dele aquilo que você acredita que é mais você do que aquilo que esperam de você.
(Note que a autenticidade é a briga do rochedo contra o mar, sem vitoriosos.)
O uso de um canal mais horizontal quando procura a autenticidade passa a ser algo independente de quem vem de fora. Sim, há uma influencia, mas não é o fundamental, pois trata-se de uma luta interna e individual pelo auto-reconhecimento, antes de tudo.
O problema é que há hoje uma intoxicação muito forte do ambiente verticalizado que estamos saindo (chamo de Ditadura Cognitiva) que faz da gente seres carentes de reconhecimento de baixa qualidade.
Queremos aparecer rápido e de forma massiva e vamos repetindo – em menor escala – o mesmo problema que temos do ambiente vertical passado: uma baixa taxa de diversidade no mundo.

A crise que passamos é justamente a baixa diversidade e baixa qualidade de tomada de decisões, pois o esforço pela autenticidade de cada um é muito pequeno. O mundo, apesar de não dizer isso, precisa de sua diversidade e de sua autenticidade.
É hora de você lutar por ela!
É isso, que dizes?
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abr 21st, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Vejamos o quadro abaixo:

A base da Governança da Espécie é o Tecno-código.
- O Tecno-código é a tecnologia básica da espécie que dá a base de como expressamos nossas ideias e como elas vão circular na sociedade. Os Tecno-códigos condicionam os Canais de Circulação de Ideias.
- Os Canais de Circulação de Ideias se utilizam dos Tecno-códigos. Quanto mais flexíveis são os tecno-códigos mais canais poderão ser abertos e mais ideias poderão circular e vice-versa;
- O Gestor de Relevância de Ideias são metodologias mais sofisticadas que atuam sobre os Canais de Circulação de Ideias, filtrando-os, classificando-os, definindo o que é mais ou menos relevante para um determinado público/pessoa;
- O Gestor de Escolha de Gestores são os instrumentos utilizados para escolher quem é capaz de promover a Relevância de Ideias nos Canais de Circulação de Ideias. Critérios são definidos e se modificam, conforme os Tecno-códigos e os canais se modificam;
- O Gestor de Decisão é aquele ou aqueles que acabam por decidir, a partir das ideias e gestores selecionados;
- Por fim, as decisões tomadas gerarão algum tipo de valor (que vai se expressar em algo com poder de troca e será definido quem e de que forma a divisão será feita.
Toda a cadeia se modifica quando um Tecno-código é alterado, pois uma camada depende da outra e se modifica quando a outra se modifica.
É isso, que dizes?
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abr 19th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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A autenticidade não é um lugar, mas um caminho.

Uma taxa, que sobe e desce.
Autenticidade é a capacidade de você lutar contra aquilo que te impuseram.
Não é assim uma força autônoma, mas o resultado de um conflito daquilo que você não acha que é você do que acha que é.
O resultado diário dessa luta é o que podemos chamar de autenticidade.
A sociedade não gosta de autenticidade, pois é algo mais caro a ser administrado no curto prazo. Quanto mais pasteurizada for a sociedade, mais barata será a sua administração no curto prazo, mas criando profundas crises no médio e no longo.
Por quê?
O problema que a opressão da autenticidade gera violência individual e coletiva na sociedade e isso vai criando um passivo, que vai explodindo ao longo do tempo.

A busca pela autenticidade, assim, é contra-corrente, não é bem vista, pois dá mais trabalho. É algo que se defende quando se pensa no longo prazo, pois quanto mais autenticidade, mais diversidade teremos no mundo e as decisões sairão com melhor qualidade.
A autenticidade, por causa disso, é uma luta individual e coletiva.
Esta busca vai te levar a procurar ser aceito e reconhecido por atos diferentes daqueles que esperam de você.
(Todo mundo precisa de alguma taxa de reconhecimento).
Aprendemos, desde cedo, a ser amado pelo olhar do outro em nós, daquilo que esperam que você seja, que é o que podemos chamar de moral. A autenticidade pode não ser querida e você vai colocá-na na gaveta para poder ser amado.
A busca pela autenticidade, assim, é uma luta política e ética para trazer mais diversidade ao mundo e para você conseguir ser menos o que quiseram de você.
Nós nunca seremos nós, ou eu, pois o nós ou o eu não existe, sendo sempre uma luta entre o que conseguimos ser e o que a sociedade quer que sejamos!

Há duas discussões aí entrelaçadas:
Isso falo depois.
Que dizes?
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abr 18th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Escrevi aqui sobre os impasses do Taxibeat e mostrei que estamos chegando a um impasse interessante.

Note que já vivemos um processo intenso de Reintermediação das novas organizações. Organizações como o Facebook, Google, com seu Youtube, Amazon, Mercado Livre chegaram na frente e souberam usar o novo Modelo da Governança Digital.
O que elas fizeram na frente?
Usaram intensamente os Rastros Digitais e os Algoritmos de Colaboração de Massa para gerar valor. Simples assim.

Enquanto as organizações tradicionais operam ainda no modelo da Governança Oral-Escrita, que não consegue migrar para o uso intenso de Algoritmos de Colaboração de Massa, as nativas, que geraram valor, partir nessa direção.
Como estavam e continuam sozinhas no mercado, conseguiram atrair o capital, incharam e trouxeram para a sua administração a Velha Ordem Oral-Escrita.
Ou seja, a Governança Digital aparece no uso intenso dos Algoritmos de Colaboração de Massa, mas não conseguiram reproduzir esse modelo na posse das organizações.
É um modelo novo embaixo, mas não em cima. Isso tem provocado, mais e mais, contradições, pois a demanda de curto prazo e sem princípios do capital financeiro, bate de frente com um mundo mais aberto, participativo e transparente.

(Vide a grita toda do pessoal, por exemplo, contra os critérios de remuneração dos anúncios do Youtube.)
A análise que fiz do ambiente competitivo dos táxis, me leva a crer que não há mais o que competir do ponto de vista tecnológico com as organizações nativa já reintemediadoras.
Elas são uma espécie de lobo na pele de cordeiro.
É um pouco o que também vejo na política, quando novos partidos querem uma democracia digital, mas abrem partidos para isso, há uma contradição evidente, que precisa ser percebida e trabalhada, sob o risco de se perder no processo.

Vivemos nesse momento, a meu ver, uma passagem entre três momentos da nova Governança:
- – A Governança Oral-escrita pura – sem nenhum uso de Algoritmos de Colaboração de Massa;
- – A Governança Digital mista – com uso intenso de Algoritmos de Colaboração de Massa, mas o modelo de posse das organizações ainda do modelo da Governança Oral-Escrita;
- – E a Governança Digital “pura” – que será o uso dos Algoritmos de Colaboração de Massa para abrir o capital e a posse das organizações.
Muitos dirão que é algo revolucionário, mas eu diria que é da ordem da competição da espécie e o modelo mais dinâmico sempre acaba vencendo, mesmo que leve tempo.
E isso vai acontecer da seguinte forma.
Não restará a alguém que queira competir com o Facebook, com o Google, ou com o Youtube, através de novas tecnologias.
Nesse aspecto o binômio capital + tempo de desenvolvimento atual é imbatível. Restará a quem quiser competir inventar um novo modelo em que a Governança Digital estará presente no modelo de negócios e no modelo do capital.

O consumidor ou o participante da plataforma será, ao mesmo tempo, dono e participante, tendo uma remuneração por isso.
Quando tivermos um Youtube que remunere de forma muito mais aberta quem dele participe, através de um modelo de investidores com mais princípios, estaremos dando um primeiro passo em direção ao que estou chamando Colaboracionismo, que é o nome fantasia da nova Governança Digital, que caminha.
É isso, que dizes?
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abr 18th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Do Wikipédia, tirado daqui:
O capitalismo é um sistema econômico em que os meios de produção e distribuição são de propriedade privada e com fins lucrativos; decisões sobre oferta, demanda, preço, distribuição e investimentos não são feitos pelo governo, os lucros são distribuídos para os proprietários que investem em empresas e os salários são pagos aos trabalhadores pelas empresas. É dominante no mundo ocidental desde o final do feudalismo.

Se encaramos a definição acima como a que mais se aproxima desse fenômeno, substituindo o antigo feudalismo que era, tirado daqui:
O feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo-contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média.
Note que os dois sistemas econômicos são baseados no modelo relação das organizações e em que nela produzem. É uma análise que define a relação dono/gestor das organizações versus quem nela trabalha.
Ou os critérios que fazem alguém ser o dono e o outro ser serviçal/empregado.
Se fôssemos procurar precisão teríamos o feudalismo, baseado nos feudos. E o industrialismo baseado na indústria e não capitalismo, baseado no capital.
Ou no feudalismo, o uso de baixa taxa de capital e no capitalismo, a alta taxa de capital. (Assim, o nome tem um problema de berço, mas vamos adiante.)

Na verdade, o que define ambos os critérios é o modelo de organizações que temos na sociedade e a capacidade que temos de alterar os gestores/donos/representantes políticos.
O feudalismo tem algo de hereditário, seguindo o modelo da monarquia e do papado, em que o nome da família e a tradição faziam toda a diferença, com forte presença religiosa de representantes escolhidos por Deus, com sangue azul, que o iluminismo tratou de questionar intensamente.
O capitalismo, da mesma maneira que a república, que pode ter a questão da família, é um sistema mais aberto, pois, teoricamente, permitira que pessoas de fora possam montar e criar seu negócio.
(O modelo atual é muito mais aberto do que o feudalismo, que me desculpem os críticos.)
O espírito do capitalismo versus o do feudalismo é igual ao da república versus a monarquia.
Não seria interessante para a sociedade basear as suas organizações, das quais todos dependemos, em critérios hereditários, pois o gestor pode ser eficaz, ou não. Seria necessário que ele pudesse mudar, sem grandes violências, através da competição do mercado e do voto. Este foi o espírito da Revolução Francesa, a mais ideológica de todas, entre a Americana e a Inglesa, nas décadas anteriores.

Assim, podemos dizer que o que define o espírito de uma época é algo que nos traz um modelo de posse das organizações e que tem um espelho nos modelos de decisão política, que marca o DNA de todas as organizações da sociedade.
Hoje, vivemos o binômio capitalismo (donos de organizações) e república (escolha pelo voto) na maioria das regiões do mundo, ou nas mais influentes.
Podemos chamar esse binômio. como tenho feito, de um modelo de Governança da Espécie, que molda toda a sociedade, caracterizando uma época ao longo de alguns séculos.
O que podemos analisar com o aprofundamento da Antropologia Cognitiva é que há uma relação entre o Ambiente Cognitivo e a Governança da Espécie.
Diferente do que achávamos, antes não é a economia e a política que definem o modelo de Governança, mas os Tecno-códigos disponíveis!!! A nossa Tecno-espécie é condicionada pelas Tecnologias Cognitivas disponíveis, que introduzem novos Tecno-códigos na sociedade e que nos permitem experimentar novos modelos de Governança da Espécie.

Estes novos modelos evoluem, conforme a Complexidade Demográfica exija.
Podemos, olhando o passado, analisar que:
Em ambos os casos, o que tivemos na passagem de um para o outro foi a necessidade de tornar as organizações mais dinâmicas, através de um Modelo de Governança que permitisse troca rápida de comando, a partir da ineficiência dos gestores e aumento de participação da sociedade na posse das organizações, através da possibilidade de abertura de negócios em pequenas empresas ou de compra de ações nas empresas maiores.
Podemos dizer, assim, que a Governança Oral-Impressa, capitalismo/república foi moldada e possível em função dos Tecno-códigos Impressos que tínhamos, até então, disponíveis.
Agora, vivemos a chegada da Governança Digital e novos Tecno-códigos.

O que as organizações nativas digitais apontam, através do uso de novos modelos de tomada de decisão, é o uso intenso dos Algoritmos de Colaboração de Massa, que permitem que possamos modificar de forma ainda mais dinâmica os gestores, o que certamente serão aplicados no modelo de posse das organizações e na escolha dos representantes políticos.
Um vendedor do Mercado Livre, por exemplo, que presta um mal serviço rapidamente será identificado como tal e perderá espaço no mercado – essa é o vírus que está se espalhando, como ocorreu no fim da Idade Média.
Esse modelo se utiliza de Rastros Digitais (voluntários e involuntários) para identificar problemas é algo completamente novo, só possível no Ambiente Cognitivo Digital e tenderá a ser usado no modelo de posse das organizações e na mudança dos representantes políticos.
É uma questão de tempo.
Haverá, mais e mais a participação do consumidor/cidadão no dia a dia das organizações, criando uma espécie de uso intenso de Colaboração de Massa, à procura de organizações mais representativas.
Hoje, já podemos, com os novos Tecno-códigos, decidir com muito mais diversidade do que antes, ver mais detalhes sobre isso aqui.
Dessa maneira, podemos, pela mesma lógica, dizer que já há indícios evidentes que começamos a estruturar algo que podemos chamar de pós-capitalismo, que na falta de um nome melhor, podemos chamar de Colaboracionismo, radicalizando ainda mais o que foi iniciado, a partir do papel impresso em 1450.
Teremos uma mudança dupla.
Um novo modelo de posse ainda mais aberto das organizações e uma República Digital, na qual em ambos os casos teremos o uso intenso de Algoritmos de Colaboração de Massa para definir os gestores que são mais representativos da sociedade para mantê-los ou mudá-los.

Motivo: um mundo muito mais habitado que exige organizações mais dinâmicas e representativas.
É isso, que dizes?
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abr 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Ontem, tivemos a palestra muito boa de Sandro Barretto, do Taxibeat, no projeto Inovação 2.0, na IplanRio.

Qual é a situação dos aplicativos de Táxi?
Diferente de outras áreas de negócio, não há ainda um player muito forte.
Há uma briga pelo mercado.
Diferente também de outros setores, o táxi é algo muito volátil, pois os passageiros são móveis, os taxistas também, e a lei da oferta e da procura varia, conforme o clima: choveu, ferrou!
Na Estante Virtual, por exemplo, você cadastra os sebos, que não têm muitas opções de serviços e cria-se uma plataforma praticamente única, com concorrentes eventuais.

O cadastro de livros é algo demorado e acaba criando uma barreira maior para mudar de plataforma, que é mais ou menos igual ao que acontece no Facebook.
Imagina mudar tudo?
Amigos, contatos, grupos, fotos, etc?
Ou seja, cria-se um ambiente em que a mudança é mais trabalhosa e demorada, pois há armazenamento de dados, gradativo.
No caso dos táxis, há uma portabilidade muito maior.
Além disso, tem-se que lidar com uma comunidade que já existe com seus vícios, não se cria uma comunidade nova, como no Youtube ou Mercado Livre.
(A Estante Virtual havia já os sebos, mas eram isolados e não competiam muito entre si, pois eram regionais, diferente dos taxistas.)
Um taxista não cadastra nada, ele apenas coloca seu nome e está no ar, hoje no aplicativo “A”, amanhã no “B”.
Podemos dizer, assim, se vamos conceituar os processos, podemos dizer que:
- – Os setores em que os usuários/fornecedores criam mais conteúdo na plataforma, a concorrência e a portabilidade tende a ser menor;
- – E os setores em que os usuários/fornecedores criam menos, ou praticamente não criam, conteúdo na plataforma, a concorrência e a portabilidade tende a ser maior.

No caso das táxis e isso tem acontecido mais no Brasil, segundo ele, pois em outros países é diferente, (não saberia ainda explicar o motivo) a concorrência se deve, em função da facilidade da portabilidade de aplicativos.
E criou-se um verdadeiro leilão para conquistar taxistas, em etapas:
- – Cobra-se pouco, R$ 2,00;
- – Cobra-se nada;
- – Oferece-se gasolina para os taxistas, a partir de dada corrida.
No caso, não há fidelidade dos passageiros, se não houver taxistas. Quem determina qual será o serviço mais ativo é a adesão dos taxistas, que acabam por influenciar os passageiros.
A pergunta que fica é: como fidelizar os taxistas em um dado aplicativo, ou seja, serviço?
Acredito que aí temos algo que nos leva a discussão mais ampla da implantação da Governança Digital, que se dá em quatro etapas:
- – chegada de novos Tecno-códigos;
- – novo modelo mental;}
- – implantação de novo modelos de Governança (quem decide?);
- – implantação do novo modelo organizacional (quem lucra?)
Sugeria na palestra e reforço aqui de que a saída nesse caso é arriscar de forma experimental o quarto modelo. Fidelizar por adesão lucrativa, oferecendo aos taxistas participação no negócio.

Que é para onde acredito que iremos avançar mais adiante para quem quiser competir com os grandes players atuais, não restará mais nada, a não ser abrir para a participação dos usuários, a nova etapa em direção ao pós-capitalismo ou ao que estou chamando de colaboracionismo, até que venha um nome melhor.
É isso, que dizes?
Um comentário relevante ainda sobre isso.
Tenho usado os aplicativos sem avaliação, como o EasyTaxi, o que ocorre é que, sem a avaliação, o taxista, que não será punido, aceita a corrida e, se consegue um passageiro no caminho, cancela.
Já aconteceu algumas vezes.
Posted in 2014 (segundo semestre) - ebooks, Antropologia Cognitiva, Aplicações, Táxi 3.0 | 2 Comments »
abr 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Quando um tecno-código muda de forma radical – e por isso temos uma Revolução Cognitiva – podemos identificar algumas mudanças no modelo da sociedade, como vemos abaixo:

- Modelo Mental – primeiro, temos uma mudança do Modelo Mental – muda-se algo de forma definitiva e autônoma dentro do cérebro;
- Modelo de Governança – Depois, começam a aparecer novos modelos de Governança, de como as decisões são tomadas;
- Modelo Organizacional – Que criam novos Modelos Organizacionais, nos quais se define os critérios de como são escolhidas, mantidas, valorizadas, remuneradas as autoridades e qual a relação de quem ali colabora de alguma forma.
A tendência com o tempo é que vá surgindo mais e mais modelos condicionados pelo novo Tecno-códigos e cada vez mais organizações, que conseguem harmonizar os três ambientes.
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abr 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Muita gente acha que teoria é vento. Quem acha isso é por que não consegue perceber o quanto de teoria está contida nas suas ações.

São pessoas que levam a vida a la Zeca Pagodinho, “deixa as teorias me levarem”. Ou seja, as teorias só são invisíveis para os que não pensam nela, o que denota uma alta taxa de ilusão.
O teórico, portanto, é um fazedor de códigos, que vão rodar no sistema operacional da cabeça das pessoas.
Conforme o código, vai se agir de uma forma “a” ou “b” ou “c” na sociedade.
As teorias antecedem as metodologias, que antecedem as ações, que criam tecnologias, produtos, serviços, relações, etc.
O papel ético de um teórico é perceber a relevância de sua atividade como um”fazedor de cabeças”.
Os códigos dos teóricos são teorias e os códigos das teorias são conceitos.
Quando começamos a teorizar, acreditamos que os conceitos podem ser imprecisos, pois não terão consequência prática.
Falso.
Se você teoriza e guarda para você, tudo bem, os códigos não serão compartilhados e você pode até se entender, mas teorizar não é conceituar e esconder, mas conceituar e publicar, tornar público. O que implica em consequências sociais de quem vai usá-los!

A luta do teórico não é conhecer a realidade, ledo engano, é construir conceitos que mais se aproximem dela e permitam que as pessoas ao lidar com as suas forças e contextos, que as teorias identificam, possam atuar com mais qualidade.
(Não, não se iluda: a realidade é indecifrável para a espécie humana, ela pode ou não existir, mas nunca tocaremos nela.)
O teórico não age sobre a realidade, mas sobre teorias, formada por conceitos, que outras pessoas vão desenvolver teorias interpretativas, metodologias interpretativas, para, só então, atuar na realidade.
- As teorias, entretanto, estão impregnadas de filosofia.
- Que estão impregnadas do Modelo Mental Hegemônico, dos Tecno-códigos disponíveis.
- Que nos levam à metodologias impregnadas.

O papel do teórico, ao contrário do que se pensa, não é apenas pensar o novo, mas PRINCIPALMENTE se desintoxicar do Modelo Mental, das filosofias, das teorias, das metologias vigentes para ajudar a pensar algo de forma diferente do que vem sendo pensado.
Um teórico que só reforça o que já existe, não é um teórico, mais uma máquina de xerox viva com um diploma.
Há, assim, na construção das teorias uma consequência social, pois alguém pode “rodar” uma dada teoria e aumentar o sofrimento de si ou dos outros.
Procurar a precisão dos conceitos, portanto, não é frescura, mas justamente o trabalho do teórico, pois em cada conceito que ele desenvolve existe ali uma toxidade do pensamento vigente, que gera ações, que pode gerar mais ou menos sofrimento.
- Da mesma maneira que um médico sabe que um diagnóstico equivocado gera um tratamento equivocado.
- O teórico tem que saber que uma teoria e conceitos intoxicados podem nos levar a percepções equivocadas e a ações, na sequência, equivocadas.

Há, claro, pequenos detalhes em como chamamos determinados conceitos, que não implicam em problemas práticos mais adiante.
Essa frescura conceitual, sem consequências, seria um falso-problema, de um capricho e isso não é teorizar, mas é se masturbar intelectualmente (desculpem a expressão).
O amadurecimento do teórico vai lhe dando a percepção do que é algo que deve ser combatido com rigor e o que é um falso problema. A prova dos nove é fácil: pode gerar interpretação equivocada? pode conter contradições? Pode gerar mais sofrimento?
Porém, há momentos que a imprecisão dos conceitos leva a dois problemas:
- – a incoerência entre eles, que deve ser permanentemente combatida para evitar confusão de quem vai “rodar” a teoria;
- – a intoxicação dos conceitos com pensamentos vigentes, que podem levar a ações diferentes das sugeridas.

Teorizar exige, portanto, uma ética profissional de perceber que é justamente da luta incessante pela desintoxicação e coerência dos conceitos que a teoria vai ficando mais “limpa” e permite que a expressão se torne mais fácil, reduzindo o risco da falta de compreensão e, por sua vez, metodologias ineficazes, que gerem mais sofrimento, se propaguem.
É isso, que dizes?
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abr 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Profissional é aquele que sabe fazer. Ética é tudo aquilo que queremos fazer, não o que somos obrigados, para que possamos reduzir sofrimento dos seres vivos.

Diria melhor, profissional é aquele que resolve melhor um dado problema.
Ou aquele que consegue de forma mais sustentável (custo social/benefício) minimizar o máximo um dado problema.
Assim, cada problema tem um tipo de profissional específico, que recebe uma formação para entender as forças envolvidas e como elas vão se alinhar, a partir da sua intervenção.
Assim, um profissional tem um compromisso ético das suas ações, pois elas têm consequências, pois vão lidar com as forças, que ele aprendeu a conhecer.
Quanto mais ele vai amadurecendo profissionalmente, mas vai recebendo problemas mais complexos e mais vai percebendo a relação dos detalhes, pois problemas simples pede uma quantidade menor de detalhes e vice-versa.
É isso, que dizes?
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abr 17th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Sombras Cognitivas – são fatos que ficam sem a possibilidade de registros, devido à limitação dos Tecno-códigos de plantão, que variam conforme o movimento do Pêndulo Cognitivo, que nos leva à Expansão ou Contração Cognitiva.
Há uma relação entre Complexidade Demográfica, Governanças da Espécie e Sombras Cognitivas, como vemos na figura abaixo:

Diria que:
- Quanto mais gente, mais Sombra Cognitiva teremos, pois é mais difícil saber o que todo mundo faz, pois não só tem mais gente, mas aumenta-se a diversidade de mais gente fazendo coisas diferentes;
- A Complexidade Demográfica é um fator de aumento da Sombra Cognitiva, que pressiona o Ambiente Produtivo e por sua vez o Ambiente Cognitivo para que se resolvam as demandas sociais;
- Quanto mais pessoas tivermos no planeta, mais precisamos saber sobre o que elas fazem para que possamos gerenciar suas demandas. Mas gente significa, mais complexidade;
- Ou melhor, o aumento da complexidade força a necessidade de redução da Sombra Cognitiva, pois tal sombra dificulta a atuação das organizações, que não conseguem lidar com a diversidade cada vez maior para que consigam tomar decisões com mais qualidade.
Note no desenho acima estamos aumentando a complexidade demográfica, que pressiona as organizações a terem mais eficiência para lidar com novas demandas, nos obrigando a procurar ferramentas para gerenciar com mais precisão os fatos, que antes não eram passíveis de registro.
Para que isso seja feito, é preciso conhecer melhor as ações da sociedade, através de ações que chamei de Meteorologia Social, que também chamam de Bigdata (ver mais sobre isso aqui.).

A chegada de escrita (primeiro manuscrita) há 10 mil anos foi o início de um processo de redução de Sombra Cognitiva, que se aperfeiçoou com o alfabeto, depois com a escrita impressa.
O problema é que a redução da sombra de uma dada época, aperfeiçoa a sobrevivência, aumenta o tempo de vida, permite que mais gente viva ao mesmo tempo, amplia a natalidade. Tais fatos encadeados nos levam para uma crise, pois aumenta-se a Sombra Cognitiva, que nos impele a inventar ferramentas para gerenciar a nova Complexidade Demográfica.
Quanto mais papéis, mais registros, mas condições de conhecer os fatos e reduzir “achismos”. O avanço das Tecnologias Cognitivas nos leva a essa redução da Sombra Cognitiva.
O que assistimo hoje, e isso é uma das características da Expansão, primeira etapa de uma Revolução Cognitiva, é o aumento radical dos registros, que antes não eram possíveis, via cliques e produção de conteúdo.

Isso é uma das bases de suporte da nova Governança Digital, que vêm resolver crises civilizacionais, que a Governança Oral-Escrita não era mais capaz.
O que chamamos hoje de aumento da taxa de transparência nada mais é do que a possibilidade de mais e mais conhecer o que se realmente faz e não o que se dizia.
Essa é a base do que estão chamando de BigData Digital (uma metodologia de ação diante da complexidade): começar a coletar mais dados e colocar algoritmos cada vez mais sofisticados para lidar com eles, a partir de uma visibilidade que antes não havia.

O Google é a empresa mais valiosa do planeta, pois percebeu isso e saiu na frente, seguida por todas as organizações nativas que usam algoritmos, principalmente os Algoritmos de Colaboração de Massa.
É isso, que dizes?
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abr 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Nosso cérebros não funcionam no vazio.

Vivemos encaixotados de diversas formas.
A questão cultural é a mais visível, mas acredito que teremos que trabalhar com um novo conceito para entender a nossa Tecno-espécie: a questão do modelo mental.
O Modelo Mental é algo que a neuro-ciência vai ter que se dedicar cada vez mais, pois acredito que uma Plástica Cerebral Hegemônica, que é modelada pelos Tecno-códigos que temos disponíveis.
Nosso cérebro, antes de filosofar, teorizar ou metodologizar e agir precisa estar modelado pelos Tecno-códigos que temos disponíveis.
O Modelo Mental é da ordem do inconsciente, um movimento autônomo que o cérebro faz para se ajustar aos Tecno-códigos, que são mutantes.
Podemos dizer que o atual Modelo Mental Oral-Escrito moldou a nossa cabeça nos últimos 10 mil anos, desde o surgimento da escrita, com uma explosão de uso, em 1450, a partir do papel impresso.

Ou seja, o mundo vivia um Modelo Mental Oral- Manuscrito, mas muito mais Oral e só começou a utilizar, de fato, o novo Tecno-código, há 500 anos.
A chegada dos novos Tecno-códigos Digitais nos leva a Mutação da Espécie, através de uma mudança autônoma dos nossos cérebros compatíveis, criando um novo Modelo Mental.
Diferente do que achávamos, é essa mudança do Modelo Mental Inconsciente que vem primeiro, depois os filósofos, teóricos, metodológicos começam a tentar adaptar esse novo Modelo para a sociedade.

Podemos dizer, assim, que as atuais organizações operam no Modelo Mental Oral-Escrito, que moldou de forma hegemônica nosso cérebro e depois as organizações que vivemos.
E que hoje estamos na etapa de difusão rápida e massiva de um novo Modelo Mental Digital, que já está moldando o cérebro das novas gerações, que olharão para a sociedade e procurarão adaptar o mundo à essa mutação, que vem ocorrendo gradativamente nos nossos cérebros.
Para os mais resistentes, diria que há uma tendência para o modelamento do cérebro nessa direção, mas que há ações que podem ser feitas para acelerar ou atrasar esse modelamento.

O modelamento provoca uma tendência a determinadas formas de pensar e sentir, que passam a ser mais “naturais”.
Na transição entre um Modelo Mental e outro, entre duas Governanças, o modelo mental antigo só consegue migrar, através de uma ação proposital. A nova geração já tende a ter o novo modelo de forma mais “natural”.
É isso, que dizes?
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abr 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Peguei do Blog da Luciana Sodré o seguinte trecho:
Em 2008, por exemplo, o Google conseguiu antecipar em 7 a 10 dias, a dinâmica da contaminação pelo vírus da gripe H1N1, baseado nos dados de utilização da ferramenta de busca dos seus usuários. Rastreando o conteúdo das buscas, a empresa conseguiu identificar correlações inusitadas entre as pesquisas e a contração da doença em um determinado grupo social. É importante entender que o modelo antecipava não apenas a quantidade de casos, mas também o deslocamento do vírus. O modelo foi tão bem sucedido que fundamentou as ações preventivas do governo americano para impedir uma pandemia da doença.

Como disse aqui, uma Revolução Cognitiva traz para a sociedade uma redução da taxa de Sombra Cognitiva, a partir de novos Tecno-códigos, que passam a registrar o que antes era impossível.
Há um conjunto enorme de movimentações, através de Rastros Digitais voluntários (geração de conteúdo) e involuntários (cliques) que faz com que coisas que não eram registráveis passem a ser.
Note que no caso do Google sobre a gripe, descrito acima, foi feito pelo uso de Rastros Voluntários, mas desconexos que foram sendo coletados, entre outros, as buscas e o aumento pelo interesse maior sobre a gripe, o que implicava a possibilidade de sintomas, cruzado com a localização de cada usuário.
Luciana fala no post dela da metereologia, que é algo para lidar com grande complexidade. Como funciona a coisa?
- Coletores de dados são instalados para medir mudanças climáticas temperatura, ventos, nuvens, etc;
- Coletores passam a enviar dados;
- Sistemas analisam estes dados que chegam e como batem com o histórico que existe sobre estes dados para se fazer previsões.
Assim, temos três ações para reduzir a taxa de erro das previsões: instalação de coletores, coleta, análise da coleta diante do histórico do que foi processado antes, incluindo taxa de erro das previsões.

Muito dos erros de previsão meteorológica se devem a um problema em algum destes pontos. E, obviamente, um fator fundamental é o tempo que se faz a análise, que vai permitindo aumentar a “time line” para se prever com mais precisão, incluindo aí fenômenos raros, tal como Tsunamis ou Furações.
Assim, a chegada da Governança Digital e a produção massiva de Rastros Digitais nos leva a poder ter agora coletores instalados, os dados enviados e a análise, a partir dos históricos que vamos construindo.
Podemos dizer que o Google, por exemplo, ou o Facebook, se analisarem o movimento de 2013, buscas, emails, comentários de seguidores e multiplicadores, cliques, que antecederam as manifestações, nos períodos que antecederam o evento, poderão aumentar bastante a possibilidade de análise, se comparado com o momento atual.
Isso é um trabalho que ainda está incipiente, mas que vai mais e mais ser utilizados e gerar valor.
Estamos partindo para algo que é a Meteorologia Social, baseado nos Rastros Digitais, que o povo está gostando de chamar de Bigdata.
Hoje, devido a falta de histórico e o não levantamento de dados com esse objetivo torna a pergunta incerta, mas apenas por falta de estudo.
Ninguém hoje tem condições de prever com uma taxa de risco menor, a não ser o Google e o Facebook, que reúnem juntos os Rastros Digitais da maioria dos brasileiros online, incluindo o público potencial dos protestos.

Com o tempo, com cada vez mais antecedência poderemos prever tais movimentos, aumentando o percentual previsivo da sociedade nesse campo da Meteorologia Social.
É isso, que dizes?
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abr 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Acredito que a discussão sobre otimismo e pessimismo é mais uma falsa questão, como várias outras.

A pessoa só é algo se atua, enquanto pensa ou mesmo fala, mas não atua, a sua capacidade de intervenção é pequena, excetuando os que tem acesso a grandes canais de comunicação.
Ou seja, viver é agir.
Quem não age, pode ser achar ou ser achado um otimista ou um pessimista, mas não é nem uma coisa nem outra, é um projeto de otimista ou um projeto de pessimista.
Há um Pêndulo de Humor que é algo que todos temos. Ora, ele tende à depressão, tristeza, pode ser ao longo do mesmo dia, na semana, mês ano, ora tendemos à mania, euforia.

Uma pessoa que tende à depressão seria um pessimista e um eufórico, um otimista?
Acredito também que o caminho mais fácil é trabalhar em outro patamar do que é realmente importa, a ação que vem do que pensamos.
- Assim, existe o pró-ativo, aquele que faz, que sempre está disposto a agir, independente dos contextos aparentemente mais difíceis.
- E os reativos, aquele que espera, que nem sempre está disposto a agir, dependente dos contextos;
- E ainda o inativo, que não age nem por iniciativa própria e mesmo que seja direcionado.
Claro que há tonalidades, pois nem todo o reativo é alguém que não age, pode agir sem tomar a iniciativa, mas que segue ordens, etc.

O que importa aqui, entretanto, é apontar que o otimismo ou o pessimismo não pode ser visto como uma ação do pensamento, que para apenas em si, mas uma atitude diante dos fatos da vida, que vão realmente DEFINIR quem é quem, a saber:
- Há o pró-ativo, que age, e isso é pode ser encarada como um atitude otimista diante da vida, que é coerente com a sua visão ética do mundo, de mudar as coisas.
- Há o reativo que age, e isso é pode ser encarada como um atitude otimista ou pessimista diante da vida, que é coerente com a sua visão moral do mundo, de fazer aquilo que esperam dele, sem grandes iniciativas próprias.
- E ainda o inativo que não age nunca, e isso é pode ser encarada como um atitude pessimista diante da vida, que é coerente com a sua visão amoral do mundo, de não querer participar do mundo, sem iniciativa própria.
Onde você se enquadra?
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abr 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Toda época tem uma janela de mudanças.

Hoje, se o Cazuza estivesse vivo e ainda estivesse procurando uma ideologia para viver, deveria ser um implantador de nova Governança Digital.
Implantar Algoritmos de Colaboração de Massa por aí para que pudéssemos ter um modelo mais horizontal, mais aberto de comunicação.
Quando vejo a garotada implantando estes novos projetos, que não consideram ideológicos, mas tecnológicos, mas que são completamente revolucionários.
Quem se pensa revolucionário deveria entender mais da história, rever conceitos, e entender a nossa Tecno-espécie.
Talvez, seja a primeira vez que estejamos começando a transformar uma Revolução Cognitiva em uma Revolução Política (veja mais sobre isso aqui.)
Se você está procurando uma Ideologia para viver, vem para dentro!
É isso, que dizes?
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abr 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Não existe um bloco monolítico no mundo.

Nem tudo vai em direção à diversidade e nem tudo vai apenas em direção à pasteurização.
Em cada época, existem movimentos nas duas direções.
É verdade, que, a pasteurização é mais incentivada, pois é mais barata, como disse aqui. E será mais em mais, conforme aumenta o tamanho da população e se reduzem os canais de comunicação e vice-versa.
Quem procura um trabalho significativo vai ter que procurar as brechas significativas no mundo, a partir do contexto histórico.

Aqueles trabalhos que apontam para mudanças reais e ampliam a diversidade do mundo.
Obviamente, que a tendência majoritária, dependendo da época, é rumo à pasteurização e aí é possível trabalhar em alguns contextos, ao longo do tempo:
- – tenho um trabalho que incentiva a pasteurização qualquer e procuro significado fora dele;
- – tenho um trabalho que incentiva a diversidade e procuro significado dentro dele.
E aí temos que trabalhar com dois mundos distintos:
- – o plano A – que é o da sobrevivência, que é difícil até ter, mas que, quando conquistado, serve como base para o Plano B;
- – o plano B – que é o de viver com significado, que pode remunerar, ou não, dependendo do contexto social.
Por isso, é importante ter uma visão geral das mega-tendências para ver aquelas que vão gerar valor para a sociedade, que esta tem condições de absorver no curto, médio ou até mesmo longo prazo.

E você se engajar nesse movimento, seja como Plano A ou B.
Procurar um trabalho significativo como Plano A implica necessariamente em uma folga de recursos, dinheiro na poupança, por isso é tão importante trocar o consumismo pela estratégia significativa.
Em não tendo recursos, que é o caso da maioria, é trabalhar com os dois planos em paralelo, criando projetos-pilotos do plano B, sem remuneração para:
- – consolidar se aquele é mesmo o seu Dharma, em como se sente fazendo aquilo que você acha que é o seu forte;
- – e aprendendo sem maiores compromissos aquilo que pode vir a ser o seu Plano A amanhã.
O piloto do Plano B deve passar por uma prova dos nove, que é procurar uma versão 1.0 do Dharma para análise e evolução, que é o que tenho tentado fazer no meu curso pelo Skype: Criando estratégia para realizar um trabalho mais significativo.
É isso, que dizes?
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abr 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Digamos que existem dois movimentos humanos:

- – a pasteurização – reduzir a taxa de diversidade;
- – a diversificação – aumentar a taxa de diversidade.
Ambas, oscilam quando temos movimento do Pêndulo Cognitivo.
Na Expansão Cognitiva, a diversificação aumenta a taxa;
Na Contração Cognitiva, a pasteurização aumenta a taxa.
O ser humano precisa resolver seus problemas e quando não temos ferramentas para decidir com mais diversidade, aumentamos a taxa de pasteurização.
Resolve-se melhor os problemas de curto prazo, tornando mais barata a decisão, mas criamos problemas para o futuro, pois a falta de diversidade leva à tomada de decisões baratas, mas de baixa qualidade.

Ou seja, o que é feito hoje, por falta de qualidade, precisará ser refeito amanhã.
Quem decide não tem outra alternativa.
Quando temos uma Revolução Cognitiva que nos traz a possibilidade de uma nova maneira de tomada de decisões, ou uma nova Governança da Espécie o que temos é:
– redução do custo da decisão;
– aumento da diversidade e, por sua vez, da qualidade das decisões.
Decide-se melhor de forma mais barata.
A pasteurização é, assim, uma consequência dos limites de um dado Ambiente Cognitivo, que não consegue decidir de forma barata e com qualidade.
Nua e crua essa é a crise que estamos vivendo, que a nova Governança, com sua possibilidade de tomada de decisão barata e com qualidade, nos oferece.
É isso, que dizes?
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abr 16th, 2014 by Carlos Nepomuceno
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Arrisco a provocar que trabalhar com motivação é justamente trabalhar contra a desmotivação.
O que é motivação?

Ter um motivo para fazer algo.
O ser humano já acorda com um motivo: sobreviver e, se possível viver. E melhor ainda, se mais possível viver com qualidade.
Muita gente tem necessidade de incluir no quesito qualidade – deixar um legado.
Assim, todo mundo vive de alguma forma uma motivação, mas existem outros patamares que é achar que vai viver melhor, com mais qualidade, fazendo um trabalho significativo.
Sob este ponto de vista, se você quer ou deseja ser um profissional de motivação (e trabalhar com pessoas é trabalhar com motivação) é conseguir identificar as barreiras que impedem que a pessoa se sinta motivada.
Arrisco a provocar que trabalhar com motivação é justamente trabalhar contra a desmotivação.
A maioria se sente sobrevivendo, vivendo com baixa qualidade e fora do contexto histórico, sem perceber como e de que forma pode colaborar para deixar algum legado.
Se a pessoa não consegue ver as macro-tendências fica mais difícil ver aonde está a mudança para se engajar nela.

Assim, podemos dizer que existem duas formas de lidar com a motivação:
- A motivação café com leite (animação conjuntural) – é uma motivação de butique. Ou seja, vai se produzir um conjunto de ações que vai deixar as pessoas animadas, mas não motivadas, pois aquele calor vai passar, as condições objetivas que levaram à pessoa a estar desmotivada irão continuar e tudo passa com o tempo, à espera de outra dose de motivação, prática comum nas organizações;
- A motivação à vera (mudança estrutural) – é uma motivação que visa modificação daquilo que leva a pessoa a estar desmotivada. Ou seja, vai se produzir um conjunto de ações que vai deixar as pessoas motivadas, pois se estará propondo MUDAR as condições objetivas que levaram à pessoa a estar desmotivada, inserindo-a dentro de um contexto histórico, dentro de um projeto de uma macro-tendência, em que há espaço para projetos mais significativos.
Um trabalho significativo se resume a você juntar três elementos:
- – o seu Dharma – o talento naquilo que você tem de diversidade;
- – uma tendência real no mundo – que pode provocar mudanças, nas quais você pode se engajar;
- – um trabalho ou um projeto empreendedor, do qual você pode se engajar unindo os dois itens acima.
É isso, que dizes?
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