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Comentei no seguinte artigo da Revista da Unisinos (do Instituto Humanitas):

Ecologia da mídia e a percepção do mundo

http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3765&secao=357

 

Oi Anelise Zanoni, muito boa a entrevista e oportuna, a ideia da ecologia, que Lévy toca depois e Davenport idem é um salto importante para desvendar o fenômeno Internet., pois o impacto das ecologias informacionais na história não é algo considerado pelas Ciências Sociais como fator relevante para se pensar os rumos da sociedade.

A influência desse ambiente nos rumos da história, ou da macrohistória, como abordei na minha tese de doutorado.

Na banca um dos professores questionou essa ideia, que está embutida nessa frase do artigo que linquei em cima:

“Mas esse novo ambiente introduzido por um novo meio é tão imperceptível como a água para o peixe”.

Há – disse eu para ele na ocasião – na introdução dessa nova ecologia fatores que não são premeditados, tais como uma “mão invisível” que nos leva de uma a outra, como foi a chegada da prensa e da Internet.


Quem as criou não sabia que estava criando um novo ambiente informacional, que condicionaria à sociedade a fazer um conjunto de mudanças, a partir da troca de ideias que elas proporcionam, diante da passada.


Marx ao pensar a história acertou ao defender o materialismo, necessidades, como fator principal, mas deixou ao largo a questão das mudanças das mídias, bem como outros historiadores, por um fato simples: é um fenômeno muito eventual e ainda não problematizado a fundo pela Ciência.


Só agora estamos vivendo algo assim de forma mais consciente.


Esse ponto me parece chave para montar estratégias na rede e repensar como imaginamos a história, ou o que chamo de macro-história, que é regida de tempos em tempos, por revoluções informacionais radicais, como é o caso agora com a Internet.


O que reforça esse Tweet que acabo de receber:
RT @JPBarlow The internet is the first thing that humanity has built that humanity doesn’t understand. – Eric Schmidt

Só não concordo que é a primeira, mas tivemos outras.

Vai na mesma linha.

Muito boa a entrevista, fiquei a pensar.
Nepô.

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