Cortemos as cabeças de todos os reis que antes falavam por nós.
Cortemos as cabeças dos grandes veÃculos de comunicação, cortemos as cabeças das unanimidades. Agora temos a faca e o queijo na mão. Temos a web 2.0 nas mãos.
Agora construÃmos informação, temos poder de reflexão, voz e todas as ferramentas disponÃveis. Somos um coral.
Nepo:
Gostei muito do texto que a Karol comentou….mas confesso que parece que estou na cozinha da minha casa, no começo do anos 70, quando meus pais – intelectuais/filosofos lutavam por um Brasil melhor, com divisão de rendas, possibilidades etc.
Particularmente, nunca havia pensando na internet como processo da revolução da informação. Achei muito interessante a sua aula de ontem, porque consegui me reposicionar em relação ao papel da internet.
Saudações Veronica Solti
Cortem a cabeça do Rei – Internet 2.0, uma nova ruptura
Quando a Lei era Igreja e Rei, a bÃblia escrita em latim, um povo inteiro era doutrinado, engolindo verdades sob qualquer suspeita. E tudo funcionava muito bem assim. A disseminação da escrita, com a criação da prensa por Gutenberg, veio despretensiosamente quebrar todos os paradigmas, causar uma ruptura, primeiro no âmbito da comunicação e depois, entranhando-se por toda a estrutura social-polÃtico-religiosa existente.
Não foi o livro quem promoveu a mudança por si só, foi primeiro o acesso à informação, depois o domÃnio e a disseminação da mesma. A popularização do livro e da informação foi a oportunidade de tomada de poder pelo povo. Instaura-se a Revolução Francesa. Cortem a cabeça do Rei!
Por muito tempo isso foi suficiente. Tirar o poder do rei e da igreja e distribuÃ-lo a filósofos, cientistas e intelectuais, de uma forma geral, era suficiente para dar voz ao povo. Agora podia-se conhecer a verdade, agora heróis falavam por todos, agora era possÃvel ter acesso a qualquer leitura e dissemina informações para todo o seu cÃrculo de amigos.
O fato é que, com a internet o cÃrculo de amigos deixou de ser uma rua, uma quadra, um bairro. O cÃrculo de amigos é o mundo. O fato é que com a web 2.0 mais do que lermos os grandes Ãcones e tomarmos conhecimento de muitas ideias revolucionárias agora podemos ser os produtores e disseminadores de todo e qualquer conhecimento. Ou falta dele.
Essa é a nova ruptura. Essa é a nova ordem. Cortemos as cabeças de todos os reis que antes falavam por nós. Cortemos as cabeças dos grandes veÃculos de comunicação, cortemos as cabeças das unanimidades. Agora temos a faca e o queijo na mão. Temos a web 2.0 nas mãos.
Agora construÃmos informação, temos poder de reflexão, voz e todas as ferramentas disponÃveis. Somos um coral. Essa é a ruptura, essa é a nova chance de quebra de paradigmas, essa é a verdadeira esperança de mudar toda essa caretice de sistema polÃtico no qual estamos engessados. O desafio agora é adequar toda essa infinidade de possibilidades 2.0 a nossa cabeça, com muita generosidade, 1.0.
Karol, gostei particulamente do seu resumo de:
Nepo:
Gostei muito do texto que a Karol comentou….mas confesso que parece que estou na cozinha da minha casa, no começo do anos 70, quando meus pais – intelectuais/filosofos lutavam por um Brasil melhor, com divisão de rendas, possibilidades etc.
Particularmente, nunca havia pensando na internet como processo da revolução da informação. Achei muito interessante a sua aula de ontem, porque consegui me reposicionar em relação ao papel da internet.
Saudações Veronica Solti
Parabéns Karol pelo excelente texto, o interessante de tudo isso é ver que mesmo assim a maioria dos diretores de grandes empresas ainda acreditam que podem se manter com o mesmo modelo de gestão de 50 anos atrás, vide o caso da Nokia que em menos de 10 anos comentou um erro fatal que lhe custou a liderança no seu segmento. Esse papo me deu até um insight para escrever um texto sobre isso lÃderes pragmáticos x mundo digital. rs! Abs
Muito bom, Karol. Gostei muito do texto.
E, acrescentando ao que o Marcel disse, interessante também é ver empresas e empresários que se dizem 2.0 bloquearem o acesso de seus funcionários ao twitter, msn, facebook, entre outros. Temos a web 2.0 nas mãos, mas na prática a cabeça ainda nem é 1.0. Manda quem pode e obedece quem tem juÃzo? Revolução da informação neles!
Abraços,
Paula
PERCEBENDO, COMPREENDENDO E EVOLUINDO PELA METADE
Hoje, as transformações tendem a um novo contexto e as riquezas são cada vez mais abstratas. O valor é baseado na informação e o produto do momento é o da era digital, doutrina ligada a globalização que elimina milhares de fronteiras, caracterÃsticas básica da Nova Economia.
As novas tecnologias abrem também a estrada para o diálogo entre pessoas de diferentes paÃses, culturas e religiões. Na arena digital, no cyberspace, podemos encontrar e conhecer os valores e as tradições alheias em poucos cliques. Contudo, tais encontros requerem formas honestas e corretas de expressão juntamente com uma escuta atenciosa e respeitadora. Tais evoluções demandam uma reinvenção contÃnua por parte de profissionais e pesquisadores, porque as teorias e os relatos que atribuÃam sentido ao mundo já não são suficientes para dar conta de realidade digital e global. Como os paradigmas até então vigentes mais nos cegam do que iluminam. Porque caminhamos para métodos que mais engessam, esquartejam e fragmentam do que promovem evolução?
É preciso prestar atenção a não banalizar o conceito e a experiência da amizade. Seria triste se o nosso desejo de sustentar e desenvolver amizades on-line fosse realizado à custa da nossa disponibilidade para a famÃlia, vizinhos e para aqueles que encontramos em nosso dia a dia, no lugar de trabalho, na escola, nos tempos livres. De fato, quando o desejo de ligação virtual se torna obsessivo, a consequência é que a pessoa se isola, interrompendo a interação social real. Isto acaba por perturbar também as formas de repouso, de silêncio e de reflexão necessárias para um são desenvolvimento humano.
Passamos por rupturas na sociedade, na polÃtica, na economia, na educação, na história, na ciência, no mundo do trabalho, nas cidades, nas organizações, nas hierarquias, nos processos criativos, na arte, na linearidade e também na convergência digital. Mas que impactos econômicos, culturais e sociais as rupturas já constatadas provocaram no âmbito das organizações sociais? Que novas competências precisam ser desenvolvidas? Que novos métodos e teorias emergirão da observação e da intervenção deste cenário?
Precisamos romper também com os relacionamentos virtuais sustentados por informações duvidosas e que nos direcionam ao raciocÃnio involuntariamente, ao que não enxergamos. O mundo 2.0 está em desenvolvimento e em constante evolução, mas, com ele, cresce também um universo “fake “, muitas vezes não mensurável, mas que influencia e abala a qualidade e a veracidade de quaisquer relacionamentos, dentro ou fora da rede.
Devemos nos preocupar por fazer com que o mundo digital, onde tais redes podem ser constituÃdas, seja um mundo verdadeiramente acessÃvel a todos. É um grave dano para o futuro desta realidade digital, que os novos instrumentos da comunicação, que permitem partilhar saber e informações de maneira rápida e eficaz, não tornar acessÃveis à queles que já são econômica e socialmente marginalizados ou que contribuam apenas para incrementar o desnÃvel que separa os pobres dos ricos.
Os Reis do passado ainda existem, só que também em desenvolvimento 2.0. Como eles, temos também seus senhores feudais infiltrados, mascarados e influenciadores de uma realidade digital. Precisamos, gradativamente, identificá-los e desconectá-los do poder.
Como no passado, nosso futuro depende do desprendimento dos paradigmas e das amarras impostas, sugeridas ou disfarçadas para que então possamos entender por completo e fazer bom uso do que está por vir.
Veronica, que bom, veremos que a revolução informacional é mais explosiva do que a social.
Marcel espero ler o texto ” lÃderes pragmáticos x mundo digital.”.
Paula vc disse:
Paula, considero uma falta de critérios claros de avaliação dos funcionários, pois eles podem voltar ou continuar a jogar paciência 😉
Bom, vejamos…
Victor Hugo Campos disse:
O pessoal gosta de chamar de intangÃveis.
E espaço dentro tb do próprio paÃs, possibilitando o retorno de alguns laços perdidos nas grandes cidades….
Essas são as perguntas do que vc mesmo batizou de “analistas de tendências”, que eu vou passar a adotar…