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Quanto custa?

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Esta é a pergunta que pouca gente faz, mas deveria fazer sempre sobre novos métodos de educação, principalmente para o Brasil.

Educação é tratada como algo abstrato, como não tivesse custos e fosse regulada pelas leis da economia: abundância e escassez.

Projetos educacionais inovadores devem se perguntar o tempo todo: quanto custa se pensarmos em milhões ao invés de centenas?

O que se faz hoje, sem esse questionamento, na falta de opção, é criar projetos educacionais de qualidade para pouca gente para criar  espécie de semente para ser espalhada. Mas que nunca o é por falta de verba.

Porém, a pergunta que não quer calar, volta: quanto custa?

Apesar da fantasia que criamos no Brasil que educação é gratuita, pergunte a um gestor educacional se ele não tem contas todo mês para pagar.

O educador joga a culpa no descaso das autoridades, como se ele não tivesse que ser também um pouco economista, fazendo cálculos para que qualidade rime com quantidade.

Vejamos:

O problema de pensar o futuro da educação é que não conseguimos superar os limites da Civilização 2.0, que não tinha disponível o aparato digital e as novas filosofias, teorias, metodologias e tecnologias, que vem no vácuo.

 

 

Assim, projetos experimentais para 200 não interessam muito se não puderem ser replicados para 200 mil, pois não se terá dinheiro para tanto.

E este é o impasse civilizacional que vivemos. O atual modelo geral de educação, baseado no aparato tecnológico cognitivo oral e escrito, que nos legou a gestão, não consegue mais ter qualidade na quantidade de um mundo hiperpovoado.

A superação do impasse qualidade-quantidade será feito, através do uso do novo aparato digital, que criará um modelo novo de educação, através de inteligência artificial, cliques, curadoria, horizontalização.

O atual modelo hegemônico de educação, aliás, usou a escrita para aumentar a qualidade na quantidade, mas chegou a um impasse devido ao aumento demográfico dos últimos 200 anos.

A educação de qualidade do novo milênio para ter escala vai ter que abandonar o modelo professor-aluno, oral-escrito para novo paradigma da qualidade para milhões.

Hoje, quando falamos em qualidade de educação pensamos só em dezenas ou no máximo centenas, mas nunca em milhões. E é daí que se deve conduzir o debate.

É isso, que dizes?

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