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Os debates intensos sobre filosofia nos levam à equivocada pergunta: “O que é a filosofia?”. Filosofia como algo sem relação ao ser humano e seus problemas.

Prefiro lançar outra pergunta, mais pragmática e empírica: para que serve a filosofia? Por que continuamos precisando dela e de filósofos?

O que nos remete a uma pergunta anterior a esta: Por que precisamos da filosofia nas nossas vidas?

Filosofia tem que ser vista como ferramenta humana para solução de determinado tipo de problemas.

O ser humano, do meu ponto de vista, não tem propósito em si, mas apenas, como todos os outros seres vivos, viver.

(Admito que várias outras cosmovisões pensem diferente disso, mas adotei essa.)

Sendo assim, toda vida, que ainda está viva, precisa resolver problemas para se manter assim.

O principal problema humano para viver é o contínuo resolver problemas todos os dias por todas as pessoas várias vezes ao dia.

  • E existem vários tipos e graus de problemas, desde os mais simples, conhecidos, concretos, sensíveis, indutivos, comuns, conjunturais.
  • Aos mais complexos, desconhecidos, abstratos, reflexivos, dedutivos, incomuns, estruturais.

Podemos dizer que existe espaços humanos para resolver problemas dos dois tipos.

Quanto mais estivermos próximo dos primeiros, menos a filosofia estará presente e vice-versa.

A filosofia, assim, para mim, é o espaço de debate criado e necessário para que possa apoiar os seres humanos nos problemas mais complexos, desconhecidos, abstratos, reflexivos, dedutivos,  incomuns, estruturais.

A Filosofia não é portanto disciplina, apesar de ter continuidade de debates, mas espécie de UTI para resolver problemas, quando várias tentativas de tratamento já foram tentadas em outras instâncias dentro “do hospital do conhecimento”.

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