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http://bit.ly/comonaodefinireras

O que muda determinado cenário e pode receber nome de Era é algo novo, radical e marcará a vida da sociedade por várias décadas ou séculos? Uma macro demanda não atendida, que pede nova macro oferta.

Todo mundo dá palpite sobre o novo milênio.

Era da informação, conhecimento, exponencial, da abundância, das redes.

É  espécie de pseudo-ciência baseada mais no marketing e não na lógica. O nome que colar fica. Conceitua-se pelo que reverbera e vende e não pela probabilidade dos fatos.

O problema é a marquetização exagerada de conceitos. Estamos produzindo a Ciência da Dor – diga-me do seu sofrimento que faço uma teoria sob encomenda. 

Movimentos de mudança de cenário precisam de certa isenção de pensamento, que precisam estar acima das regras do marketing.

As forças lá forma se movem, independente o desejo dos nossos clientes. Muitas vezes, o estrategista vai dizer aquilo que o cliente não quer ouvir, pois está baseado no movimento da vida que é maior que todo o resto.

Precisam ser compreendidos por estudos mais científicos para ajudar nas estratégias de ação.

Para evitar exageros precisamos utilizar o infalível teste do passado.

Por que agora é sociedade (coloque o nome que quiser) e antes não era? Quais são os fatores que são alterados agora que nos levam a tal sociedade xxxx?

Peguemos exemplo da sociedade do conhecimento.

Porque não podemos chamar a sociedade dos gregos, que deu origem ao mundo ocidental, de sociedade do conhecimento?

Ou na pós-idade média do renascimento e iluminismo, que culminou em revoluções industriais?

O conhecimento sempre fez a diferença, proporcionalmente ao estágio de complexidade humana. Quanto mais complexidade tivermos, mais o conhecimento terá que ser utilizado. Assim, não podemos, pela quantidade, batizar o novo milênio por sociedade do conhecimento.

Destacar algo que sempre existiu como característica de Era é algo ilógico, sem sentido.

Basear estratégias, negócios, e, na sequência, metodologias não parece prudente.

O que muda determinado cenário e pode receber nome de Era é algo novo, radical e marcará a vida da sociedade por várias décadas ou séculos.

Uma macro demanda não atendida, que pede nova macro oferta.

Uma demanda latente,  não evidente,  que quer mudança nas ofertas.

Esta latência que se explicita por  determinado gatilho.

Assim, acredito que, se formos definir macro eras para tomar decisões de médio e longo prazo, devemos abraçar a lógica de Pierre Lévy – mais consistente.

Tivemos eras marcadas e alteradas por tecnologias cognitivas, gestos, palavra (oral e escrita) e agora digital.

Mudou o ambiente de mídia, como diagnosticou McLuhan, a sociedade muda.

Faz sentido!

Vivemos, assim, a Era Digital, algo novo e inconfundível com o passado.

Mais.

(A partir da minha pesquisa.)

Mudanças de mídia são demandadas por aumentos demográficos, que geram mais complexidade e criam a necessidade da mudança em direção à sofisticação social.

Depois da chegada das novas mídias, temos, como demonstra a história, mudanças administrativas, que visam criar novas formas mais sofisticadas de organizações para  lidar com a complexidade.

A era digital, assim, nos traz como novidade:

Condições de ligar melhor com o atual patamar de complexidade demográfica de sete bilhões.

O ambiente cognitivo digital;

E um modelo de administração mais sofisticado, através da curadoria centralizada (Ubers) e descentralizada (bitcoins).

Podemos chamar, assim,  de Civilização 3.0, que se inicia a partir do patamar de sete bilhões de habitantes, com ambiente cognitivo digital, que permite o novo modelo de organização denominado Curadoria.

Pode não ser a visão mais fácil de ser consumida, mas, sem dúvida, tem mais lógica do que as que andam por aí no mercado. E tende a ser a mais robusta para a tomada de decisão.

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