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 A diferença entre as duas topologias é gritante, pois estamos aprendendo que é a topologia de rede quem define a cultura da sociedade (incluindo a organizacional), condicionando a política, a economia e o ambiente social e não o contrário.

Versão 1.0 – 13 de novembro de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.

Como tenho desenvolvido aqui no blog, vivemos sob o efeito de uma Revolução Cognitiva.

Uma Revolução Cognitiva é um fenômeno raro na humanidade que provoca mudanças profundas na sociedade pela chegada e massificação de uma nova tecnologia cognitiva desintermediadora capaz de alterar a topologia de rede existente.

Podemos ter mais clareza agora ao afirmar que todo o ambiente social (incluindo econômico e político) é regido pela topologia da rede de plantão, como vemos na figura abaixo:

Podemos dizer que todas as organizações tradicionais trabalham e trabalhavam na topologia de rede passada, mais vertical, centralizada, com um modelo específico de validação do mérito, baseado na indicação hierárquica.

Quem praticamente dizia quem tinha mérito no ambiente era/é quem estava/está no topo da pirâmide, o que com o tempo vai bloqueando o espírito inovador, trazendo estagnação e, portanto, crises, ainda mais com o aumento contínuo da população, pois os interesses do topo intoxicam o novo que quer surgir.

Em uma Revolução Cognitiva, a sociedade adere à nota tecnologia cognitiva desintermediadora e passa a viver do lado de fora das organizações uma nova topologia de rede, que é  mais horizontal, mais descentralizada, com um modelo específico de validação do mérito, baseada atualmente na indicação do mérito, através do Karma Digital.

Quem passa a definir também  (pois se soma) o mérito (em menor ou maior grau) é quem faz parte de um dado ambiente mais descentralizado, através dos cliques involuntários e das indicações voluntárias  (seguir, curtir, estrelar, comentar, etc).

Os atores passam a ser regidos pela nova cultura meritocrática, com um amplo leque de variações, mas condicionados pelas “paredes” da nova topologia.

Não somos tão onipotentes como achamos e nem temos o total livre-arbítrio que gostaríamos, pois temos que  viver dentro da topologia de rede de plantão, que nos condicionou e irá sempre nos condicionar.

A diferença entre as duas topologias é gritante, pois estamos aprendendo que é a topologia de rede quem define a cultura da sociedade (incluindo a organizacional), condicionando a política, a economia e o ambiente social e não o contrário.

Ou seja, a nova topologia é mais dinâmica e quem adere a ela fica mais competitivo!!!

A nova topologia de rede digital é mais sofisticada do que a anterior: com seus problemas e qualidades, que precisam ser dominadas para serem gerenciadas.

Já defendi aqui no blog várias vezes que a nova tecnologia digital desintermediadora é aceita, massificada, divulgada, espalhada, pois atende as demandas latentes de uma população muito maior do que a anterior, que quer se informar, trocar, aprender, se comunicar.

 

 

A nova topologia, que nos leva à uma nova cultura humana, traz para o mundo um ambiente mais meritocrático, pois permite:

  • – novas fontes de informação pela redução do custo de circulação de ideias;
  • – maior troca de ideias, em menos tempo que na topologia passada;
  • – criação de Karmas Digitais, que permite criar um novo modelo de meritocracia tanto para pessoas, como para documentos, sites, fotos, filmes, tudo que esteja on-line;
  • – além da eliminação radical das fronteiras de tempo e espaço, quebrando intermediadores ao longo de sua evolução.

A nova topologia é, assim, um novo e bem-vindo ambiente de inovação muito mais sofisticado e dinâmico do que a passado e por isso a sociedade, que é, por sobrevivência, evolucionista por natureza, tenderá ao longo do tempo a migrar para esse novo modelo topológico, criando novas formas de gestão tanto organizacional, como política e econômica, como já temos visto a experiência em diversas projetos-pilotos nativos, na área pública e privada.

A questão que está colocada é como o mundo faz uma migração da topologia passada para a nova?

O problema principal é que as organizações de plantão não conseguem AINDA perceber o que de fato está mudando e têm procurado promover a passagem alterando práticas que estão na topologia passada, acreditando que estão mirando para a nova, mas, de fato, não estão!

Afirmo:  não é uma mudança de comunicação, tecnológica, nem na gestão, mas topológica da rede humana!!!

E como se faz mudanças topológicas humanas?

(Não, não existe um livro “Mudanças topológicas para Dummies”) 🙂

É preciso, pelo que tenho experimentado, criar uma célula separada (zona de inovação 2.0) para que os novos e velhos problemas passem a usufruir de forma integral e sem toxinas da nova topologia, dentro de uma plataforma plena da tecnologia cognitiva desintermediadora.

É preciso entender, assim,  que as duas topologias são incompatíveis, pois criam critérios de validação de processos, pessoas, métodos e documentos de forma distinta. Ou seja, resolvem os velhos e novos problemas de maneira diferente!

  • Na topologia passada são poucas pessoas que definem o valor, dão ideias, definem o rumo dos processos – critérios mais fechados de ação e de decisão;
  • Na nova,  mais gente define o valor, dá ideias, define o rumo dos processos – critérios mais abertos de ação e de decisão, pois o modelo de validação permite.

Na zona de inovação 2.0 teremos um novo ambiente mais meritocrático e aberto, que permitirá a inovação com outra dinâmica, mais compatível com a sociedade do lado de fora.

Ou seja, são dois mundos que convivem em paralelo, mas com  dinâmicas de solução de problemas distintas!

Por isso, que viver o início de uma Revolução Cognitiva é tão pirante!

As organizações nativas, os pensadores 2.0 e a geração Y estão mostrando o caminho e é através deles que o novo mundo está chegando e se estabelecendo, com toda a resistência e incompreensão que temos assistido.

Por aí..

Que dizes?

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