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Meu bloqueio psicológico me dizia para não abrir a empresa, eu tinha medoSteve Wozniak, fundador da Apple – da minha coleção de frases.

Dos projetos que acompanho, das palestras que participo, do que leio por aí, eis os três principais preconceitos que atormentam as pessoas diante do trabalho colaborativo, ou trabalho 2.0 (as dicas valem para empresas, autônomos, micro empresas, etc…):

  1. Se eu compartilhar, vou deixar de ser útil, vou dar de graça o que aprendi a duras penas, meu “preço” no mercado vai cair;
  2. Compartilhar e colaborar são sinônimos de mais trabalho;
  3. Eu não posso comportatilhar, pois as coisas ainda não estão “consolidadas”.

Algumas recomendações, diretrizes, reflexões para ajudar a vencer estas três barreiras.

O trabalho 2.0 não é, não pode e não deve ser a criação de práticas novas na mesma rotina, mas de adotar novas práticas em uma nova rotina.

Se trata de um processo de gestação de um casulo de passagem da lagarta hierárquica 1.0 para a borboleta descentralizada e voadora 2.0.

Ou seja, as atividades no mundo 2.0 migram toda para ambientes abertos e colaborativos.

Simples assim.

Ou seja, não vai se trabalhar mais, mas de forma diferente, salvando/publicando o trabalho intelectual em ambientes colaborativos abertos, seja na Intranet ou na Internet.

Lutando contra nossa cabeça de HD.

A rede está virando um grande Orkut.

E a wiki-intranet vai pelo mesmo caminho.

(Um exemplo é a Intranet 2.0 do HSBC.)

Tudo vira um Orkut dinâmico para pescar mais e melhor no cardume do mercado dinâmico.

Todos terão seu perfil, seus contatos de trabalho mapeados, suas comunidades de interesse e toda a produção atrelada a ele, dentro e fora dos ambientes de trabalho.

Ganha-se uma presença virtual, que passa a ser a sua ficha de avalição em tempo real, atualizada a cada clique no mundo e na corporação.

É o sonho da dita gestão de conhecimento, virando realidade, a partir do que aprendemos com a prática on-line dos nossos filhos.

Sim, com eles naqueles quartos bagunçados.

O que era uma lógica de lazer, agora, passa a valer para o ganha pão do papai e da mamãe.

O mundo 2,0, assim, desintermedia, desierarquiza, desburocratiza, deixando a informação fluir de outra maneira, trabalha-se as mesmas horas, mas de forma diferente, repito.

E, com certeza, com mais lógica, coerência, eficácia e motivação.

Por quê?

Informação na gaveta já perdia valor.

Agora, o preço dela no mercado está em queda livre sem pára-quedas!

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!

Empregado ou autônomo que esconde informação perde valor, atrapalha mais e mais.

Pior: no Orkut corporativo ou na Web já fica e ficará ainda mais claro que você esconde o jogo (tsc, tsc).

Você está atrapalhando o fluxo, mané!

Departamento que não troca, não inova;

Ficará claro que determinado chefe não consegue estimular seu pessoal ao compartilhamento  (tsc, tsc).

Empresa, seja de que tamanho for, autônomo, idem, que não coloca a informação para circular e responder rapidamente a novos desafios, se torna incompatível com a velocidade do mercado e começa a perder clientes, projetos e tenderá, no futuro, a ter que demitir.

E até fechar.

Duvidas?

Projetos 2.0, no fundo, são grandes batalhas coletivas em defesa do emprego e da sobrevivência.

Como se explica isso?

A informação hoje ganha valor e relevância para os negócios em movimento, sendo o tempo todo analisada, melhorada e avaliada para transformar pedaços de dados em sabedoria corporativa.

Aquele tempo do vovô…

“Meu netinho, em boca fechada, não entra mosquito!”.

….está desmoronando.

Boca fechada, hoje, é foco de Dengue Hemorrágica!!

Guardada, na velocidade da rede, a informação é cada vez mais lixo não reciclado.

Assim, ganha valor quem aprende a fazê-la circular e melhorá-la mais e mais, pois esta é a única forma que nos restou para acompanhar o atual processo.

Esse novo olhar informacional nos ensina que saberá mais quem fortalece o movimento de troca, pois fica próximo do centro, é reconhecido por quem está ali e passa a saber para onde as coisas estão indo.

A luta é ganhar a reputação positiva da colméia!

Ou seja, na rede da colaboração digital, quem ajuda  informação a circular, ganha valor.

Quem a atrapalha, se escondendo, perde.

O Karma Digital ou não existe, ou está lá embaixo.

E, escutem, quem não se encaixar na nova lógica tende a ser abolido, pois a pessoa passa a ter um Karma virtual, no qual, além do chefe, a comunidade vai te dar nota.

E isso vai estar escancarado na Intranet 2.0!

Seu Karma Virtual é pequeeeeno…

Seu Karma Virtual é pequeeeeno…

Seu Karma Virtual é pequeeeeno…

🙂

Tudo o que você faz, os sites que visita, os livros que está lendo, as palestras que assistiu, o vídeo interessante, tudo isso tem que gerar valor para os outros!!!

O que volta para você em dobro!

No novo e disputado Karma digital, ganha ponto quem colabora!

Mais e mais!

Acorda!!!

Assim, o trabalho de hoje, suas atividades, migram para outro ambiente.

Acredite, blogar é trabalhar!

Não se trabalha mais ou menos, mas trabalha-se de forma diferente, colaborativa, à procura da reputação coletiva, que já é, mesmo que você não saiba, ponto principal de avaliação pela empresa e mercado.

Converse com um head-hunter.

Quem vai e quem fica dependerá disso.

Nada mais é “publicado” em um ambiente fechado, sem acesso, que não permita comentários, notas, ou ser achado por uma ferramenta de busca.

Não diga nunca:

Ah, o que eu estou fazendo ainda não está consolidado!

(Veja mais sobre o mito da consolidação.)

Veja o Wikipedia.

O importante não é o erro, mas a sua capacidade de arrumar e ajeitar on-line.

E o timing correto de estar ali com o que se precisa, mesmo que ainda em processo!

É pecado mortal salvar no HD.

Tudo agora DEVE IR para a rede interna ou externa, conforme a sua posição de empregado.

Salva-se em um espaço, tipo um blog pessoal corporativo, que está dentro de um blog coletivo departamental, que, por sua vez, está dentro de um blog coletivo corporativo que reúne o trabalho colaborativo de todos.

Resumindo no popular: em um Orkut profissional!

Por causa disso e com tudo isso estes três receios 2.0 não fazem sentido.

  • Você não perde compartilhando, ganha.
  • Você não vai trabalhar mais, mas diferente.
  • E o que ainda não está consolidado, interessa e muito!

Sugiro aos incentivadores de projetos 2.0, a passar para o pessoal receoso:

  • noção clara das mudanças por que passamos;
  • construção coletiva da própria mudança da pessoa 1.0 para a 2.0 (tudo tem que ter lógica, tanto na forma quanto no conteúdo.);
  • E, por fim, conversa, conversa, conversa, conversa e mais conversa, pois é uma mudança cultural difícil, mas inevitável.

Os receios, como tudo na vida, quando trabalhados com carinho e sinceridade, passam….

E depois achamos graça!

Fecho com um belo poema do Vinícius que pode muito bem simbolizar a velocidade da  informação do mundo de hoje:

Eu morro ontem.

Nasço amanhã.

Ando onde há espaço.

Meu tempo é quando.

Que dizes?

3 Responses to “Os três grandes preconceitos ao trabalho 2.0”

  1. jhonatan disse:

    pois isto é muito elevante paranos.
    valeu..

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